Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
G U I A D E A C I O N A M E N T O S T É C . D I E G O L I M A C O M A N D O S E L É T R I C O S D I C A S E T R U Q U E S 3ª edição Esse guia de acionamentos de Comandos Elétricos irá te direcionar para realizar analises técnicas e a criação do seu próprio projeto. Temos aqui, os principais fechamentos de motores, identificação de bobinas, nomenclatura de dispositivos, e ainda mais de 10 acionamentos prontos para estudo. Espero que esse ebook te ajude, assim como me ajudou, e ajudou a outros técnicos ao longo desses meus 16 anos de experiência. Seja bem vindo(a) e bons estudos! Atenciosamente, Diego Lima Olá amigo(a), Eletrotécnico Projetista / Eletromecânico (2 1 ) 9955-29690 d iego l ima .pro je tos@gmai l . com ht tps : //d lpconsu l tor ia .ne t Introdução https://www.dlpconsultoria.net/ FECHAMENTO DE MOTORES - TABELAS DE IDENTIFICAÇÃO - IDENTIFICANDO AS BOBINAS - PARTIDA DIRETA SIMPLES 1 M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA DIRETA SIMPLES 2 M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA DIRETA SIMPLES 3 M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA DIRETA SIMPLES 4 M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA DIRETA SIMPLES 5 M1 E M2 (RETARDO) - PARTIDA DIRETA COM ALTERNÂNCIA AUTOMÁTICA M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO SIMPLES M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO SIMPLES 1 M1 E M2 (INCÊNDIO) - PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO SIMPLES 2 M1 E M2 (INCÊNDIO) - PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO COM ALTERNÂNCIA AUTOMÁTICA M1 E M2 (RECALQUE) - PARTIDA COM SOTFSTARTER M1 E M2 MANUAL E AUTOMÁTICO (DUAS CISTERNAS E UM CASTELO) - DIAGNÓSTICO DE FALHAS E DEFEITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS - MANUTENÇÃO CORRETIVA EM SISTEMAS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES SOBRE A FALHA DIAGNÓSTICO DE FALHAS POR SOFTWARE COMPARAÇÃO COM OUTRO EQUIPAMENTO VALIDAÇÃO DA MANUTENÇÃO CORRETIVA VALIDAÇÃO DA MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ENVOLVIDAS ROTINA PARA TESTES DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA. REGISTRO DE INFORMAÇÕES DE MANUTENÇÃO ROTINA DE ENCERRAMENTO DA ORDEM DE SERVIÇO (OS) ASPECTOS RELACIONADOS AO MEIO AMBIENTE, À SAÚDE E À SEGURANÇA 3 DICAS INFALÍVEIS PROVAS MODELO CURRICULO DO TRABALHO EM SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 03 PÁGINA 04 PÁGINA 05 PÁGINA 06 PÁGINA 12 PÁGINA 14 PAGINA 16 PÁGINA 18 PÁGINA 20 PÁGINA 22 PÁGINA 26 PÁGINA 31 PÁGINA 36 PÁGINA 40 PÁGINA 80 PÁGINA 46 PÁGINA 51 PÁGINA 52 PÁGINA 59 PÁGINA 69 PÁGINA 71 PÁGINA 72 PÁGINA 72 PÁGINA 75 PÁGINA 76 PÁGINA 78 PÁGINA 87 PÁGINA 93 PÁGINA 97 FECHAMENTO DE MOTORES 04 TABELAS DE IDENTIFICAÇÃO 05 IDENTIFICAÇÃO DE BOBINAS MOTOR DE 12 PONTAS 1º PASSO - Com o auxílio de um Multímetro em escala Ω, utilize as ponteiras para identificar os pares das bobinas. 2º PASSO – Tendo já feito a identificação dos 6 pares, vamos agora identificar o posicionamento correto de cada uma delas. Obs: faça marcações inicias em cada par, ex: (1,2,3....) pois iremos usar como base para fazer a identificação correta. 3 º PASSO – Iremos utilizar uma lâmpada de 100w a 150w para obter uma queda de tensão no nosso teste, lembrando que iremos utilizar uma tensão de 127V nesse passo. 4º PASSO – Escolha um par das bobinas já pré marcadas e faça a alimentação uma tensão de 127V 06 5º PASSO – Verifique o nível de tensão em cada bobina, com o auxílio do multímetro em escala V~. Nesse momento vamos observar os maiores níveis de tensão, onde os dois maiores representam que são bobinas laterais a que está sendo alimentada. A que representar o maior nível de tensão é a bobina central de um dos lados do bobinamento, enquanto a outra é uma das bobinas laterais da bobina central do lado oposto. 6º PASSO – Já identificado a bobina central de um dos lados, vamos fazer alimentação com tensão 127V nela, para identificarmos as “numerações” corretas de cada ponta das bobinas. 07 7º PASSO – Faça uma leitura dos níveis de tenção em cada bobina. As duas cuja estiverem com o mesmo valor de tensão, irá representar que são bobinas laterais da bobina central que está sendo alimentada. 08 Pode acontecer, que já na primeira medição, você já encontre a bobina central de um dos lados, eliminando assim alguns passos acima. Após essa confirmação dos valores, escolha uma as bobinas laterais e renomeie. Ela será seu ponto de referência até o final dos testes. 8º PASSO – Separe os 3 pares de bobinas já identificados e inicie outro teste. Agora para determinar a numerarão correta das pontas. Já sabendo quem é minha bobina central, vamos nomear suas pontas como A e B, já que não sabemos ao certo quem é ali 2 e 5. Pegaremos nossa 1ª bobina, de numeração 1 e 4 e iremos alimenta-la. Iremos também, unir a ponta renomeada B com a ponta 1. 09 Sendo feito isso, iremos realizar um teste de tensão entre A e 4. Após realizar o teste, vamos inverter A e B, realizar outro teste de medição. Agora entre B e 4. Tendo os valores anotados, iremos partir do princípio onde o valor maior, representa o número maior da bobina. Sendo assim, A representa o número 5 e B representa o número 2. 9º PASSO – Agora que sabemos a numeração correta da nossa 2ª bobina, iremos realizar o mesmo teste para descobrir as numerações da 3ª bobina. Partindo da alimentação em 127v da 2ª bobina e alocando 3ª bobina em série. Repetindo assim todo o 8º PASSO. Obs: se fosse um motor de 6 pontas, nossos testes paravam aqui. Como testamos apenas um lado do bobinado, agora vamos repetir a partir do 6º PASSO, agora do lado oposto ao que já foi testado. Para assim verificarmos a bobina central e continuar com os testes. Para adiantar o processo, iremos alimentar com uma tenção de 127v na 3ª bobina, que já foi devidamente identificada. 10 Ela irá gerar nas bobinas do lado oposto um valor de tensão. Ao realizar as medições, iremos obter valores diferentes. Onde a maior tensão vem da bobina mais próxima, nesse caso a bobina 4, e assim sucessivamente. Faça o teste do 7º PASSO para ter a certeza da sua bonina central, e assim repita os testes para verificação correta dos números de suas pontas. 11 Partida Direta Simples 1 M1-M2 Partida Direta, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Proteção única (Q0-Geral) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator de Potência do Motor 2 F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 12 13 Partida Direta Simples 2 M1-M2 Partida Direta, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Proteção individual (Q0-Geral; Q1-M1; Q2-M2) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator de Potência do Motor 2 F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) H0 - ComandoEnergizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 14 15 Partida Direta Simples 3 M1-M2 Partida Direta, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2 (Manual). Proteção individual (Q0-Geral; Q1-M1; Q2-M2) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator de Potência do Motor 2 F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 16 17 Partida Direta Simples 4 M1-M2 Partida Direta, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2 (Manual). Proteção única (Q0-Geral) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator de Potência do Motor 2 F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 18 19 Partida Direta Simples 5 M1-M2 RETARDO Partida Direta, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2 (Manual). Neste acionamento, o sistema DRY RUNNING, fica após o S1 na posição 2, para que no manual, o operador consiga secar o reservatório. Proteção individual (Q0-Geral; Q1-M1; Q2-M2) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator de Potência do Motor 2 F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 20 21 PARTIDA DIRETA COM ALTERNÂNCIA AUTOMÁTICA M1-M2 Partida Direta, M1 e M2, em manual e automático, com a alternância de motores automática, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual- 0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2, quando S1 estiver na posição 1 (Manual). Quando S1 estiver em Automático e S2 na posição 0, motores ficam alternando o funcionamento mediante o sinal de acionamento, trabalhando os 02 (dois) intercalados. Podendo também selecionar o motor que ficará em automático (S2 comutando para posição 1 - M1; S2 comutando para posição 2 - M2). Proteção individual (Q0-Geral; Q1-M1; Q2-M2) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator de Potência do Motor 2 D1 - Contator auxiliar para alternar em automático F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado 22 H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 23 24 25 PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO 1 SIMPLES M1-M2 Partida Estrela Triângulo, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2, quando S1 estiver na posição 1 (Manual). Podendo também selecionar o motor que ficará em automático (S2 comutando para posição 1 - M1; S2 comutando para posição 2 - M2). Proteção individual (Q0-Geral; Q1-M1; Q2-M2) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Intertravamento Elétrico Temporizadores para Estrela Triângulo Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual (Comando Energizado; Defeito; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator Triângulo do Motor 1 K3 - Contator Estrela do Motor 1 K4 - Contator de Potência do Motor 2 K5 - Contator Triângulo do Motor 2 K6 - Contator Estrela do Motor 2 DTK3 - Relé temporizador on delay DTK6 - Relé temporizador on delay F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fasee sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) 26 S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Motor 2 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running Acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 27 28 29 30 PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO SIMPLES 1 M1-M2 INCÊNDIO Partida Estrela Triângulo, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2, quando S1 estiver na posição 1 (Manual). Podendo também selecionar o motor que ficará em automático (S2 comutando para posição 1 - M1; S2 comutando para posição 2 - M2). Proteção individual Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Intertravamento Elétrico Contendo um Relé térmico apenas na Bomba Jockey Temporizadores para Estrela Triângulo Sinalização Visual e Sonora*(Comando Energizado; Ligado*) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 Q3 - Disjuntor de proteção para o Motor 3 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator Triângulo do Motor 1 K3 - Contator Estrela do Motor 1 K4 - Contator de Potência do Motor 2 K5 - Contator Triângulo do Motor 2 K6 - Contator Estrela do Motor 2 K7 - Contator de Potência do Motor 3 DTK3 - Relé temporizador on delay DTK6 - Relé temporizador on delay F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 3 F2 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) Motor 3 S2 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 3 S3 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 3 S4 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) 31 S5 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) S6 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S7 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S8 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S9 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 3 Ligado H2 - Motor 1 Ligado H3 - Motor 3 Ligado H4 - Alarme geral H5 - Motor 3 Defeito X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Motor 3 X4 - Pressostato jockey X5 - Pressostato Principal 32 33 34 35 PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO SIMPLES 2 M1-M2 INCÊNDIO Partida Estrela Triângulo, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2, quando S1 estiver na posição 1 (Manual). Podendo também selecionar o motor que ficará em automático (S2 comutando para posição 1 - M1; S2 comutando para posição 2 - M2). Proteção individual (F0-Geral; F1-M1; F2-M2) Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Intertravamento Elétrico Temporizadores para Estrela Triângulo Sinalização Visual e Sonora*(Comando Energizado; Ligado*) Legenda: F0 - Disjuntor Geral F1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 F2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 F3 - Porta fusível de vidro K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator Triângulo do Motor 1 K3 - Contator Estrela do Motor 1 K4 - Contator de Potência do Motor 2 K5 - Contator Triângulo do Motor 2 K6 - Contator Estrela do Motor 2 DTK3 - Relé temporizador on delay DTK6 - Relé temporizador on delay S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; M1 e M2; Motor 2) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Alarme Geral X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Pressostato 36 37 38 39 PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO 1 COM ALTERNÂNCIA AUTOMÁTICA M1-M2 Partida Estrela Triângulo, M1 e M2, em manual e automático, com a alternância de motores automática, selecionados por duas chaves seletoras 3P: S1 (Manual-0-Automático) e S2 (M1-0-M2). Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga M1, e S5/S6, liga e desliga M2, quando S1 estiver na posição 1 (Manual). Quando S1 estiver em Automático e S2 na posição 0, motores ficam alternando o funcionamento mediante o sinal de acionamento, trabalhando os 02 (dois) intercalados. Podendo também selecionar o motor que ficará em automático (S2 comutando para posição 1 - M1; S2 comutando para posição 2 - M2). Proteção individual (Q0-Geral; Q1-M1; Q2-M2) Teste de Lâmpada Esse projeto conta com um sistema de segurança padrão: Intertravamento Elétrico Temporizadores para Estrela Triângulo Botão de Emergência Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase Relé Térmico Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual e sonora* (Comando Energizado; Defeito*; Ligado) Legenda: Q0 - Disjuntor Geral Q1 - Disjuntor de proteção para o Motor 1 Q2 - Disjuntor de proteção para o Motor 2 K1 - Contator de Potência do Motor 1 K2 - Contator Triângulo do Motor 1 K3 - Contator Estrela do Motor 1 K4 - Contator de Potência do Motor 2 K5 - Contator Triângulo do Motor 2 K6 - Contator Estrela do Motor 2 DTK3 - Relé temporizador on delay DTK6 - Relé temporizador on delay D1 - Contator Auxiliar para alternância automática D2 - Contator Auxiliar para intertravamento das contatoras de potência 40 D3 - Contator Auxiliar para intertravamento das contatoras de potência e teste de lâmpada F0 - Porta fusível de vidro F1 - Relé Térmico Motor 1 F2 - Relé Térmico Motor 2 F3 - Relé Falta de Fase e sequenciador de Fase S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (Manual; Desligado; Automático) S2 - Chave seletora 3 posições (Motor 1; Desligado; Motor 2) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual motor 2 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual motor 2 S7 - Botão de Pulso para teste de Lâmpada H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 2 Ligado H3 - Motor 1 Defeito H4 - Alarme Motor 1 H5 - Motor 2 Defeito H6 - Alarme Motor 2 H7 - Teste X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running acionamento automático por boia X4 - Acionamento automático por boia 41 42 43 44 45 PARTIDA COM SOTFSTARTER M1 E M2 MANUAL E AUTOMÁTICO (DUAS CISTERNAS E UM CASTELO) Partida com SoftStarter, M1 e M2, em manual e automático, selecionados por duas chaves seletoras. Um de 3P: S1 (SSW1; Desligado; SSW2) e S2 (Manual; Automático). Com sinal de extravasão sonoro, dry running visual e comando separado para cada cisterna. Nesse acionamento, S3/S4, liga e desliga SSW1, e S5/S6, liga e desliga SSW2, quando S2 estiver na posição 1 (Manual). Quando S2 estiver em Automático, irá depender apenas do sial de acionamento do Castelo. No entanto S1 que comandará quem será acionado (SSW1 ou SSW2). DT1 irá fazer a função de manter o sinal do acionamento automático fora, quando o sinal de dry running estiver dentro. Fazendo que o SoftStarter inicie e estabilize. 7 segundos para manter o sinal estabilizado. DT2 irá retirar o sinal de acionamento (D2) quando emiti-lo, para que não fique direto no SoftStarter. Proteção Geral (F0-Geral) Esse projeto contacom um sistema de segurança padrão: Intertravamento elétrico por chaveamento (S1) Botão de Emergência Sistema de Comando a Seco (Dry Running) Sinalização Visual e sonora* (Comando Energizado; Defeito*; Ligado) Legenda: F0 - Disjuntor Geral SSW1 - SoftStarter para o Motor 1 SSW2 - SoftStarter para o Motor 2 DT1 - Relé temporizador off delay DT2 - Relé temporizador on delay D1 - Contator Auxiliar para retirar SSW1 e SSW2 em caso de dry running D2 - Contator Auxiliar para emitir sinal de acionamento automático D3 - Contator Auxiliar para Extravasão Q0 - Disjuntor de comando S0 - Botoeira de Emergência S1 - Chave seletora 3 posições (SSW1; Desligado; SSW2) S2 - Chave seletora 2 posições (Manual; Automático) S3 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual SSW1 S4 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual SSW1 S5 - Botão de pulso contato fechado NF, desligamento em manual SSW2 46 S6 - Botão de pulso contato aberto NA, acionamento em manual SSW2 H0 - Comando Energizado H1 - Motor 1 Ligado H2 - Motor 1 Defeito visual H3 - Motor 1 Defeito sonoro H4 - Motor 1 Ligado H5 - Motor 1 Defeito visual H6 - Motor 1 Defeito sonoro H7 - Alarme Visual dry running H8 - Alarme Sonoro extravasão X0 - Rede Elétrica X1 - Motor 1 X2 - Motor 2 X3 - Dry Running cisterna 1 X4 - Dry Running cisterna 2 X5 - Acionamento automático por boia X6 - Extravasão castelo 47 48 49 50 51 Diagnóstico de Falhas e Defeitos em Sistemas Elétricos Industriais Até o momento, estudamos vários equipamentos que compõem um sistema industrial, vimos as possíveis falhas e verificamos alguns procedimentos de testes para a solução. Agora, chegou o momento de aprofundarmos nosso estudo sobre a manutenção de alguns desses equipamentos. Sabemos que a competitividade das empresas está cada vez maior e que, para alcançar um preço menor no produto, as organizações tentam reduzir os custos em diversas fases da produção. Acontece que muitas vezes elas aperfeiçoam todo o processo operacional e esquecem que falhas de equipamentos e, consequentemente, as paradas para manutenção acarretam em um aumento no custo final do produto. Mas isso vem mudando ao longo dos anos, pois as empresas também perceberam que para aproveitar ao máximo o rendimento dos equipamentos é necessário que eles não quebrem. Mas, se quebrarem, que sejam consertados o mais rápido possível e com qualidade. É nesse contexto que entra a manutenção corretiva, que tem como objetivo diagnosticar e reparar a falha ou o defeito em um determinado equipamento assim que ele ocorre – assunto de que trataremos aqui. Assim, neste capítulo abordaremos como realizar os seguintes procedimentos: a) coletar dados antes de iniciar uma manutenção corretiva; b) analisar dados coletados e levantar hipóteses sobre falhas e defeitos; c) comprovar hipóteses levantadas por meio de inspeções visuais, software, testes de continuidade e resistência de isolação; d) fazer validação da manutenção por meio de testes e registros de informações; e) encerrar Ordem de Serviço (OS); f) executar manutenção respeitando os aspectos relacionados ao meio ambiente, à saúde e à segurança. Quando fazemos uma intervenção em um equipamento que apresenta uma falha, defeito ou rendimento abaixo do esperado, podemos dizer que estamos fazendo manutenção corretiva. Para entendermos melhor como é feito esse tipo de manutenção, vamos nos basear em uma aplicação industrial. Ela será contextualizada em um ambiente siderúrgico, mais especificamente no sistema de descarga de placas. Imagine que você é o mantenedor desse setor siderúrgico e que, durante o seu turno de trabalho, recebe uma Ordem de Serviço (OS) solicitando a manutenção de um motor, pois ele parou de funcionar. Sabendo que o valor da hora do equipamento parado custa muito caro para a empresa, qual procedimento usaria para a manutenção corretiva dessa falha? É a partir desse contexto que daqui em diante vamos acompanhar quais seriam os meios para o diagnóstico e a correção dessa falha, começando pela coleta de dados. Vamos em frente MANUTENÇÃO CORRETIVA EM SISTEMAS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS 52 Coleta de dados Quando a falha ainda não tem um diagnóstico definido, precisamos obter alguns dados prévios. Exemplo: se você tem um carro com uma falha e não sabe exatamente qual a causa dela, tentará solucionar o problema levando o carro até uma oficina mecânica. Mas para que o mecânico faça uma boa manutenção no seu carro, ele deverá conhecer alguns itens, como o funcionamento do modelo do seu carro e a documentação técnica dele. Além disso, o mecânico fará vários questionamentos sobre o problema que está ocorrendo. Isso é preciso porque quanto mais dados ele tiver, mais preciso e mais rápido será o diagnóstico para a posterior manutenção do seu carro. Voltando para a situação em análise, temos um contexto industrial no qual ocorre uma falha em um motor e, assim como o mecânico, antes de iniciarmos a manutenção precisamos de alguns dados, como: a) conhecer o funcionamento do sistema de descarga de placas; b) conhecer a documentação técnica do equipamento; c) entrevistar o operador. No item a seguir, vamos entender um pouco mais sobre esses dados e sua coleta para o nosso diagnóstico. 53 Análise do funcionamento do sistema Será que você teria condições de fazer a manutenção em um equipamento sem saber como ele funciona? Fica difícil, não é? Para fazermos um rápido e preciso diagnóstico da falha no motor que estamos analisando, precisamos conhecê-lo e também conhecer o sistema em que está instalado. Na Figura, veremos um resumo do funcionamento do sistema de descarga de placas em que está localizado esse motor. Esse sistema tem como objetivo movimentar placas de aço de um setor para outro. O funcionamento ocorre de forma automática e um operador apenas faz a supervisão. As placas chegam à mesa de rolos 1 provenientes de outra parte do processo, param em frente ao sensor S1 e aguardam o posicionamento correto da mesa giratória. Em seguida, a placa é depositada na mesa, que gira e a envia para a mesa de rolos 2. A partir daí, a placa é retirada por meio de uma ponte rolante, que a transporta para outro setor. Observe. 54 Agora que conhecemos o funcionamento do sistema de descarga, vamos ver o que é a documentação técnica. 55 Documentação técnica do sistema A documentação técnica é um item muito importante no auxílio de diagnóstico de falhas e defeitos, pois com ela podemos ter referências sobre o equipamento em que estamos fazendo manutenção, e não apenas gerar possíveis suposições. Os fabricantes disponibilizam vários tipos de documentação, assim como o mantenedor pode também criar as suas. Vejamos alguns exemplos: a) manual de funcionamento ou descritivo operacional; b) manual de manutenção e calibração; c) características nominais do equipamento; d) diagrama elétrico; e) ficha de acompanhamento de manutenção. Continuando a nossa coleta de dados para o diagnóstico da falha do motor M1, o próximo passo é entrevistar o operador, que nada mais é do que ter uma conversa com ele. Vamos acompanhar essa conversa no item a seguir. 56 Entrevista com o operador do sistema A entrevista com o operador é uma ferramenta simples que serve para direcionar o mantenedor no diagnóstico de uma falha. A descrição de manutenção no motor da mesa de rolos 1 é uma informação bastante superficial. Por isso, precisamos coletar mais dados para chegar a um diagnóstico. O que poderíamos questionar ao operador para obter mais informações relevantes sobre a falha? É isso que vamos ver a seguir em uma simulação de conversa entre um mantenedor e um operador. Mantenedor: - De todo o sistema, quais as mesas de rolos não funcionam? Operador: - A mesa de rolos 1. As outras estão funcionando normalmente. Mantenedor: - No modo manual é possível acionar o motor da mesa 1? Operador: - Essa mesa não está funcionando nem no modo automático, nem no manual. Mantenedor: - Você percebeu algo de anormal na operação momentos antes da falha, por exemplo, um barulhodiferente? Operador: - Houve um barulho um pouco estranho, porém acho que era algo do processo. 57 Mantenedor: - Houve algum alarme visual ou sonoro? Operador: - Não. Mantenedor: - Nos últimos dias aconteceu algum problema com o sistema de descarga de placas? Operador: - Aconteceu um problema operacional ontem. Quando eu estava efetuando o comando para o movimento da mesa 1, ela ficava parada. Após alguns minutos, ela voltou a funcionar. Com base nas informações dadas pelo operador, podemos fazer um levantamento de hipóteses sobre a falha. 58 LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES SOBRE A FALHA Após a coleta de dados, podemos fazer o levantamento de algumas hipóteses, que pode indicar possibilidades ou caminhos para investigarmos a causa da falha. As hipóteses para a causa da falha no motor M1 são diversas. No entanto, vejamos um resumo no quadro a seguir. Depois de levantar as hipóteses sobre a falha, precisamos comprová-las. 59 Comprovação das hipóteses sobre a falha Já levantamos as hipóteses das causas de parada do motor. Agora vamos verificar qual delas será confirmada. Acompanhe. A seguir, veremos uma simulação das formas para comprovação de cada hipótese levantada, a fim de diagnosticar a falha no motor da mesa de rolos 1. Inspeção visual Muitas vezes, quando um equipamento para e a manutenção é solicitada, é comum imaginarmos que algo complexo aconteceu e a primeira coisa que o mantenedor faz é correr atrás do diagrama elétrico para diagnosticar a causa da falha. Isso não está errado. Porém, em grande parte dos casos não é necessário, pois a falha pode ter ocorrido por problemas de fácil identificação, como sujeira, cabo solto ou quebra de algum mecanismo, ou seja, a falha poderia ter sido diagnosticada por uma simples inspeção visual, sem a necessidade de consulta ao diagrama elétrico. 60 Continuando o nosso levantamento de hipóteses para a falha do motor M1, recomendamos que, antes de checar o diagrama elétrico, seja feita uma inspeção visual em busca de alguma anormalidade aparente, como as já citadas: motor travado, motor desacoplado ou se houve atuação de alguma proteção, por exemplo, o desarme do disjuntor ou do inversor de frequência. Note que, após a inspeção, encontramos o inversor com falha de sobrecarga. Isso indica que houve um aumento de corrente acima da nominal do motor, o que poderia ter simplesmente como causa o motor travado. Porém, nesse caso não foi encontrado anormalidade. Nessa situação, é possível fazer o rearme do inversor e solicitar o acionamento do motor, pois pode ter ocorrido apenas um problema operacional momentâneo que causou essa sobrecarga. 61 Considerando que foi feito esse rearme do inversor e, ao enviar um comando para acionamento do motor, ocorreu novamente a falha, precisamos continuar com a investigação. Assim, o próximo passo, sabendo que o motor não está travado nem desacoplado, ou seja, não há falha mecânica, é seguir para os testes no motor e nos seus cabos. Vamos lá! Teste de continuidade Fizemos o teste de continuidade em alguns dos capítulos anteriores. Em eletricidade industrial, ele tem por objetivos: detectar o rompimento de um cabo, comparar um circuito montado com o seu diagrama elétrico e possibilitar o encontro das extremidades de um trecho de cabo que possa estar “perdido” entre outros cabos. Saiba que a medição de continuidade funciona apenas em baixíssima resistência. Por isso, dependendo do comprimento do cabo, em vez de utilizar a escala de continuidade do multímetro, é necessário utilizar uma escala de resistência com valor baixo. No teste em questão, vamos verificar a hipótese de haver o rompimento nos cabos que alimentam o motor M1, o que poderia gerar falta de fase e, consequentemente, indicar uma falha de sobrecarga no inversor. É recomendado que tenhamos em mãos o diagrama elétrico, pois ele nos dará referência do ponto a ser medido. Vamos ao teste!. 62 63 Perceba que o valor foi medido com a escala de resistência do multímetro, pois se trata de um cabo com comprimento relativamente longo. Se por acaso fosse encontrado um valor muito alto ou infinito, caracterizaria um rompimento do cabo. Portanto, de acordo com os valores encontrados, podemos verificar que a falha não está no rompimento dos cabos que alimentam o motor M1. Logo, precisamos continuar nossa investigação. O próximo passo é medir a resistência de isolação do motor. Teste de isolação Também chamado de teste de isolamento, tem por objetivo detectar se a corrente elétrica está percorrendo caminhos indesejáveis em um equipamento ou uma instalação. Assim, uma isolação perfeita é aquela que, submetida a uma tensão, não deixaria que uma mínima corrente circulasse por qualquer parte indevida do equipamento, ou seja, teria resistência infinita. Porém, uma isolação real tem uma resistência finita e, quando submetida a uma tensão elétrica, pode ser percorrida por uma corrente. Isso acontece porque, durante a vida útil a isolação é submetida a diversos danos, como os causados por impacto, vibração, poeira, óleo, umidade e aquecimento, que geram uma redução da resistência de isolação, o que é prejudicial ao equipamento. A resistência de isolação é medida por meio de um instrumento chamado megômetro. 64 Existem vários fatores que interferem nessa medição, como temperatura ambiente e da máquina, tipo de construção, potência e tensão do sistema e umidade do ar. Em razão desses fatores, fica complicado determinar padrões para o valor da resistência de isolação de cada equipamento. Por isso, é necessário muitas vezes levar em consideração os dados de medições anteriores e até mesmo o bom senso, ou seja, a experiência do mantenedor. Para cada tipo de equipamento ou instalação, existe uma regra de medição recomendada. Para o nosso motor M1, vamos utilizar a regra de máquinas rotativas. Para isso, é necessário que o motor esteja limpo e seco quando for aplicada a tensão de ensaio proveniente do megômetro. Devemos também ter um valor de referência mínimo, calculado com a seguinte fórmula: Rm = kV + 1 65 Em que: • Rm: resistência de isolação mínima recomendada em megaohm, com enrolamento a 40 °C; • kV: tensão nominal do motor em quilovolt; • 1: número constante. Caso a medição seja realizada a uma temperatura diferente de 40 °C, será necessário corrigir o valor e, assim, satisfazer o valor da resistência de isolação mínima (Rm). Para isso, utilizamos a seguinte fórmula: R40 °C = Rt . Kt40 °C Em que: • R40 °C: resistência de isolamento corrigida para 40 ºC, em megaohm; • Rt: resistência de isolamento medida à temperatura t, em megaohm; • Kt40 ºC: fator de correção de resistência de isolamento t para 40 ºC. 66 Para sistematizar o que estudamos até aqui, veja o resumo a seguir, sobre a sequência de utilização de um megômetro: a) solicitar o desligamento do disjuntor geral e fazer o bloqueio físico (esse procedimento será detalhado no decorrer deste capítulo); b) confirmar se não há presença de tensão nos terminais do motor, em seguida desconectá-los; c) escolher a tensão a ser aplicada pelo megômetro, a qual deve ser a mais próxima da nominal do equipamento; d) conectar as pontas de prova nos terminais do instrumento, de acordo com a tensão escolhida; e) testar o instrumento encostando uma ponta de prova na outra. Inserir tensão por meio do botão de início. O instrumento deve indicar leitura aproximada de 0 (zero) ohm; f) desligar o instrumento e inserir as pontas de prova nos pontos a serem medidos; g) ligar o instrumento, inserindo novamente tensão por meio do botão de início, mantendo o teste por um minuto. Normalmente, em motores de indução, a resistência de isolação é medida entre enrolamentos e também entre terra e enrolamentos. No próximo quadro, vamos acompanhar essa medição feita no motor M1. Mas, antes, devemos saber o valor de resistência mínima. Veja: como o motor M1 possui tensão nominal (Vn) de 440 V ou 0,440 kV, a tensão aplicada pelo megômetro será de 500 V, que é o valor mais próximo. Assim, o valor de resistência mínima de isolaçãoé: Rm = kV + 1 Rm = 0,440 + 1 = 1,44 MΩ 67 Perceba que o valor da resistência de isolação entre os enrolamentos ficou muito abaixo do valor de referência calculado, o que caracteriza um curto- circuito entre os enrolamentos e confirma a queima do motor. Será que agora conseguimos comprovar a hipótese levantada inicialmente de queima do motor? Sim. Porém, essa ainda não é a causa raiz do problema, pois algo de anormal gerou a queima do motor. Poderíamos, nesse instante, levantar outras hipóteses, mas agora é você quem deve refletir e pensar sobre elas. Pensou? Não podemos ficar sem essa resposta. Por isso, para ajudar nesse caso, vamos ver a seguir uma ferramenta muito importante em diagnóstico de falhas, que são os softwares. 68 DIAGNÓSTICO DE FALHAS POR SOFTWARE Com o avanço da tecnologia, é possível aumentar a rapidez quanto ao diagnóstico de falhas utilizando diversos softwares ligados à manutenção ou até mesmo à produção. Tais programas nos dão pistas sobre o que ocorreu ou está ocorrendo com o equipamento. Entre vários softwares, os sistemas supervisórios se destacam, pois, apesar de não serem feitos especificamente para a manutenção, eles estão diretamente instalados nos centros de controle operacionais e, assim, disponibilizam acesso de forma fácil à equipe de manutenção. Uma função importante do sistema supervisório é o gráfico de tendências, que fornece, por exemplo, sinais de grandezas físicas ao longo do tempo (tensão, corrente, vazão, entre outras). Agora, será que poderíamos utilizar essa função para descobrir a causa raiz da queima do motor? Vejamos a simulação dessa análise durante o momento em que gerou a parada do motor M1, observando o gráfico da corrente elétrica ao longo do tempo. 69 Acompanhe no gráfico anterior que a corrente se mantinha no valor nominal do motor, em torno de 12 A, e de repente aumentou de forma brusca para 18 A. Depois se manteve nesse valor por alguns minutos até a ocorrência de um novo aumento de corrente, detectado pela proteção do inversor, que desligou, assim, o motor. Considerando os dados do gráfico e as informações obtidas na entrevista com o operador, percebemos que o aumento brusco da corrente ocorreu no horário em que o operador relatou a parada da mesa, quando provavelmente o motor travou, ficou vários minutos tentando girar, aumentando cada vez mais a sua corrente. Agora, podemos nos perguntar: Por que o inversor demorou tanto tempo para atuar a proteção e desligar o motor? Será que o inversor estava parametrizado corretamente? Precisamos checar. Ao verificar os parâmetros de corrente nominal do motor inserido no inversor, constatamos que ele estava com ajuste de 18 A, ou seja, esse é um valor incorreto, pois o motor possui corrente nominal de 12,7 A, valor máximo que deveria ter sido colocado no inversor para que ele atuasse a proteção corretamente. Ao checarmos o histórico de manutenção do inversor, constatamos também que ele foi trocado há um mês e não foi parametrizado com o valor correto de corrente. Levando em consideração que a mesa de rolos sofre travamentos normais do processo operacional, percebemos que, se o inversor tivesse sido parametrizado corretamente, possivelmente ele desligaria o motor e evitaria a sua queima. Portanto, concluímos que a causa raiz da falha no motor é a falta de procedimento de parametrização e de inspeção após troca do inversor de frequência. 70 Agora que confirmamos a queima do motor, precisamos analisar a viabilidade de sua troca ou seu reparo, pois é comum o motor estar com muita umidade e a sua colocação na estufa resolver o problema, aumentando a resistência de isolação. Nesse caso, consideramos que a troca do motor é a melhor escolha, pois o processo estava parado e até o motor receber o reparo demoraria muito, o que causaria um prejuízo ainda maior à empresa. COMPARAÇÃO COM OUTRO EQUIPAMENTO Quando temos equipamentos semelhantes em um setor industrial, a comprovação de uma falha pode ter como parâmetro a comparação. Por exemplo, temos a mesa de rolos 1, que tem funcionamento e componentes iguais às outras mesas do setor de descarga de placas. Assim, se quisermos confirmar se o parâmetro de corrente do inversor da mesa 1 está errado, poderíamos, entre outras formas, fazer uma comparação dos parâmetros desse inversor com os da mesa 2. Além disso, poderíamos comparar outros dados, como as medições de resistência de isolação e de corrente dos motores. Portanto, a comparação é mais uma forma importante de auxiliar no diagnóstico de falha em um equipamento, principalmente quando temos poucas informações de seu histórico. Considerando que a substituição do motor feita pela equipe mecânica ocorreu com sucesso, precisamos agora testar as suas condições elétricas e isso é feito por meio de medições. Também devemos fazer uma rotina de testes operacionais da mesa de rolos 1 e registrar todas as informações. Ou seja, esse procedimento pode ser chamado de validação da manutenção, assunto que veremos a seguir. 71 VALIDAÇÃO DA MANUTENÇÃO CORRETIVA Você se lembra da validação da instalação industrial? Seu objetivo era garantir a legitimidade de tudo aquilo que foi instalado por meio de inspeção, testes e registros. Pois bem, a validação da manutenção industrial possui o mesmo objetivo, além de garantir que o equipamento que foi reparado ou substituído esteja dentro de padrões preestabelecidos. A validação deve ser registrada e para tal deve ter documentos ou formulários para oficializarmos a manutenção realizada, sendo que cada empresa adota um documento próprio. Lembre-se de que, no transcorrer deste capítulo, acompanhamos desde o diagnóstico da falha na mesa de rolos 1 até a sua correção, que aconteceu com a troca do motor M1. Agora devemos fazer a validação dessa manutenção, que seguirá o seguinte roteiro: a) medição de grandezas elétricas no motor; b) teste operacional do funcionamento do sistema; c) registros da manutenção realizada; d) encerramento da Ordem de Serviço (OS). VALIDAÇÃO DA MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ENVOLVIDAS A validação da medição consiste em confirmar se o equipamento que foi reparado ou substituído está de acordo com os valores nominais. Por isso, antes de ligar os cabos do novo motor M1, é importante fazer a medição da resistência de isolação para garantir que ele esteja em boas condições, antes que entre em funcionamento. Vejamos a seguir uma simulação de um formulário de testes desse motor. 72 Esse formulário não é padrão e cabe a cada empresa adotar ou não um modelo próprio. No exemplo que demonstramos estão contidos os dados nominais do motor, além das grandezas relevantes a serem medidas com os respectivos valores de referência. Normalmente, em testes de motores são realizadas medições elétricas de resistência de isolação, corrente e resistência do enrolamento. Note que para a nossa análise medimos apenas as duas primeiras. 73 Perceba também que, para efeito de entendimento, já foram anotados os valores de medição de corrente, mas isso só deve ser feito depois de completada a rotina de testes de funcionamento da mesa, item que veremos mais adiante. Analisando os valores medidos, notamos que a resistência de isolação está dentro dos valores de referência, diferentemente do que vimos quando detectamos que o motor estava queimado. Saiba que normalmente os valores anotados no formulário anterior são inseridos em um software de gestão da manutenção. Isso possibilita, entre outras vantagens, gerar um histórico, proporcionando um maior monitoramento do equipamento por meio de comparações com medições futuras. 74 ROTINA PARA TESTES DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA A rotina de testes do sistema consiste na verificação de que o reparo está de acordo com o padrão operacional que estava funcionando anteriormente. Concluída a substituição do motor M1, vamos ver a sequência de testes do sistema de descarga de placas: a) fazer inspeção visual ao redor do motor M1 para nos certificarmos de que não ficou nenhuma anormalidade relacionada à manutenção realizada, comosobra de material e má fixação de componentes; b) comunicar ao responsável operacional que o equipamento será liberado para testes; c) efetuar o desimpedimento elétrico do motor; d) solicitar ao operador que acione o motor; e) com o motor em funcionamento, inspecioná-lo verificando se não há algum problema aparente; f ) medir corrente elétrica do motor e anotar o valor na folha de medição. Ao final dos testes, é importante que o solicitante da manutenção registre por meio de assinatura, na OS ou em outro documento, que o serviço foi concluído, evidenciando, assim, a entrega do equipamento para a equipe operacional. Agora precisamos registrar o serviço executado. Vamos ver isso a seguir. 75 REGISTRO DE INFORMAÇÕES DE MANUTENÇÃO O registro de informações consiste na descrição dos serviços que foram realizados no equipamento, desde o diagnóstico da falha até a sua correção. Como comentamos anteriormente, esses registros são normalmente inseridos em um software de gestão da manutenção, que os armazena em um banco de dados. Essas informações geralmente são administradas pelo setor de engenharia de manutenção, que, nesse caso, tem a função de avaliar e providenciar meios para que a falha não ocorra mais. Vejamos a seguir uma simulação da tela de software para o registro de manutenção realizada no motor M1. 76 Na tela anterior, basicamente o que fizemos foi: a) preencher o código do equipamento, que é um número atribuído para relacioná-la a um banco de dados; b) informar a data e o tempo da execução do reparo; c) preencher o nome do executante do reparo; d) inserir, no campo Descrição da manutenção, as informações sobre a manutenção realizada; e) informar se a falha gerou parada na produção; f ) descrever a causa raiz da falha; g) preencher a relação do material utilizado na manutenção, a fim de que se possa providenciar a reposição. Note que a causa da falha é a falta de procedimento de parametrização e de inspeção após troca de inversor de frequência. Isso porque, de acordo com o que vimos antes, o inversor do motor M1 foi trocado há pouco tempo. Se esse procedimento tivesse sido adotado, possivelmente o motor não teria queimado, já que o inversor desarmaria por sobrecarga. Portanto, para que essa e outras falhas sejam tratadas e para que não se repitam ao longo do tempo, é fundamental que os dados da manutenção sejam registrados e disponibilizados tanto para o setor de engenharia como para a equipe de mantenedores. 77 ROTINA DE ENCERRAMENTO DA ORDEM DE SERVIÇO (OS) Concluídos os testes no equipamento e o registro de manutenção, devemos fazer o encerramento da OS, que significa informar ao software de manutenção se a OS foi concluída ou não. Você se lembra da OS recebida no início deste capítulo para a manutenção do motor da mesa de rolos 1 ? Vejamos a seguir a tela de simulação para o seu encerramento. Acompanhe que nesta tela devemos basicamente: a) preencher o código do equipamento; b) preencher a data e o tempo da execução do reparo; c) preencher o nome do executante do reparo; d) inserir no campo descrição, as Informações sobre a manutenção realizada; e) inserir se a falha gerou parada na produção; f ) descrever a causa da falha; g) preencher a relação do material utilizado na manutenção, a fim de que se possa providenciar a sua reposição. 78 A tela apresentada na Figura acima contém basicamente as seguintes informações: a) número da ordem de serviço; b) nome e código do equipamento; c) situação, que é o campo em que devemos informar se a OS foi concluída ou não. Se não, devemos descrever o motivo, para que possa ser reprogramada futuramente. d) observações gerais, que é o campo em que devemos inserir informações relevantes da manutenção realizada. Depois de inseridos todos os dados na tela de encerramento da OS, ela deve ser salva, o que fechará a solicitação. Saiba que esse encerramento é feito normalmente pelo responsável da equipe de manutenção. É importante salientar que os formulários e as telas de software até aqui demonstrados, bem como o conteúdo, são apenas exemplos – esse registro varia de empresa para empresa. Portanto, com o encerramento da OS é possível dizer que está concluído o serviço de manutenção do motor da mesa de rolos 1. Até agora aprendemos bastante sobre manutenção de equipamentos, mas isso pouco adianta se não a fizermos com qualidade, segurança, preocupação com o meio ambiente e a saúde de todos os envolvidos na manutenção. É desse assunto que trataremos no item a seguir. 79 ASPECTOS RELACIONADOS AO MEIO AMBIENTE, À SAÚDE E À SEGURANÇA DO TRABALHO EM SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL O assunto contemplado nesse item foi abordado anteriormente em outros livros. Mas agora, em se tratando da manutenção, como será que devemos proceder? Vamos ver isso daqui em diante. Segurança e saúde antes de executar a manutenção Quando recebemos uma Ordem de Serviço de manutenção, é comum fazermos perguntas. Por exemplo: a) quais ferramentas devo usar? b) o serviço é complexo? c) será possível terminar o serviço antes do prazo estipulado? d) quais riscos envolvem o serviço? Note que no exemplo dado a preocupação com a segurança foi o último item a ser lembrado. O correto seria aparecer em primeiro lugar, pois a segurança e a saúde devem ser prioridade no serviço de manutenção. O item 10.2.1 da NR 10 descreve que: “Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho”. 80 Assim, muitas empresas seguem a filosofia de que, antes de qualquer serviço, o ser humano deve estar em primeiro lugar. Com base na NR 10, as empresas adotam medidas com o intuito de eliminar ou minimizar o risco de acidente. Entre essas medidas estão formulários de Análise Preliminar de Risco (APR). Assim, antes de iniciar uma manutenção, esses documentos devem ser preenchidos com toda a equipe, visando a realizar uma avaliação prévia, planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender aos princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. Ao realizar um serviço, devemos sempre pensar em medidas de proteção coletiva e, apenas quando elas forem inviáveis ou insuficientes, devemos tomar medidas de proteção individuais. Uma medida de proteção coletiva importante antes de iniciar a manutenção é a desenergização da instalação elétrica. Vejamos a seguir. 81 Desenergização da instalação elétrica A desenergização deve estar prevista na APR e deve ser executada sempre que possível, pois possibilita um trabalho com maior segurança por parte do mantenedor. Para isso, devemos obedecer à sequência: a) desligar o circuito ou equipamento que irá sofrer manutenção; b) impedir reenergização por meio de bloqueios físicos, como cadeados e travas; c) constatar a ausência de tensão por meio de instrumentos apropriados; d) instalar aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteger elementos energizados existentes na zona controlada4; f ) instalar sinalização de impedimento de reenergização de acordo com a Norma Regulamentadora 26 (NR 26). Essa sequência pode ser substituída, ampliada ou alterada por um profissional legalmente habilitado5 e autorizado e com justificativa técnica previamente formalizada. Normalmente, as empresas destinam um profissional para executar o procedimento de desenergização, que não faz parte da equipe que executará o serviço de manutenção. Somente depois de concluída a sequência anteriormente exposta, a instalação é considerada desenergizada e pode ser liberada, por meio de um documento próprio, para manutenção. 82 Vejamos a seguir um exemplo de um disjuntor bloqueado para reeenergização. 83 Segurança e saúde durante a execução da manutenção Ao realizar a manutenção, entre outras medidas, é importante: a) utilizar ferramentas adequadas ao serviço a ser executado, que tenham isolamentoelétrico de acordo com as tensões envolvidas. Essas ferramentas devem ser inspecionadas e testadas periodicamente, de acordo com regulamentações existentes ou recomendações do fabricante; b) usar roupa adequada à atividade de manutenção desenvolvida, como roupa não inflamável e não condutora de eletricidade; c) não utilizar nenhum tipo de adorno, como brincos, anéis e pulseiras; d) realizar o serviço com calma e atenção, pois a pressa é um dos principais elementos que contribuem para a ocorrência de acidentes; e) não improvisar durante a manutenção, pois essa atitude pode até resolver o problema de imediato, mas poderá causar um acidente no futuro; f ) ter atitude prevencionista, como checar se a manutenção será realizada em ambientes que contenham riscos adicionais, como altura, confinamento e poeira e procurar sempre atender às normas regulamentadoras existentes. Finalizada a manutenção, precisamos reenergizar a instalação. Essa etapa deve ser autorizada. Assim como fizemos para a desenergização, também devemos obedecer a uma sequência de ações, que normalmente é executada pelo mesmo profissional que fez a desenergização. São elas: a) verificar e retirar ferramentas, utensílios e equipamentos ao redor do equipamento no qual foi executada a manutenção; b) retirar do local da manutenção todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; c) remover aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; 84 d) remover a sinalização de impedimento de reenergização; e) destravar, se for o caso, e religar os dispositivos de seccionamento. Terminado o procedimento de reenergização, o responsável pela operação do equipamento deve testá-lo para garantir o pleno funcionamento. Até aqui, vimos formas de trabalhar e manter a saúde e a segurança. E onde fica o meio ambiente na manutenção? Vamos ver a seguir. 85 Meio ambiente na manutenção de instalações elétricas Como já sabemos, o cuidado com o meio ambiente deve estar presente no nosso dia a dia, desde pequenas atitudes, como escovar os dentes com a torneira fechada, até fazer a separação de resíduos domésticos para coleta seletiva. As empresas estão cada vez mais se adequando às normas ambientais, por exemplo, a norma ISO 14001. Além disso, os colaboradores precisam agir de acordo com essas normas, contribuindo com atitudes ambientais sustentáveis. Agora, quais são as atitudes que o profissional da manutenção deve ter quando executa um serviço? Vejamos. É importante utilizar de forma racional os materiais de consumo envolvidos na manutenção, como fita isolante, tintas, luvas, cabos elétricos, pilhas, baterias, lâmpadas, entre outros, bem como descartá-los de acordo com a legislação aplicável. Quando executar uma manutenção, realizar o serviço com qualidade, evitando improvisar, pois fazer certo da primeira vez é mais seguro e reduz o risco de ocorrência de novas falhas, o que aumentaria a quantidade de materiais de consumo utilizados e até de recursos naturais, como água e energia elétrica. Outras atitudes já devem estar inseridas no cotidiano do mantenedor, como desligar computadores ao término da atividade, apagar as luzes quando não estiver no setor de manutenção, reutilizar papel como rascunho e não desperdiçar água ao lavar ferramentas e equipamentos. 86 3 Dicas infalíveis para passar em uma entrevista Técnica 87 1 - Conheça o ramo de trabalho da empresa É de extrema importância que você saiba qual o ramo de trabalho da empresa que você fará entrevista. Além de estar mais preparado em relação a perguntas que podem surgir durante a entrevista, você já vai ter uma noção básica do quê pode cair na prova! ex: em uma empresa do ramo alimentício, o entrevistador irá te perguntar se você conhece o produto, se faz o consumo dele, entre outras coisas relacionadas. E sabendo que lá é uma área industrial, a tendencia é que caia na prova acionamentos básicos de motores, identificação de componentes, levando em consideração que a vaga concorrida seja para a área Técnica. 88 2 - Estude sobre a vaga pretendida Se você está concorrendo para uma vaga para Técnico de campo, estude o escopo do quê você precisará saber para atuar! ex: Um Técnico de Manutenção, sua função é analisar possíveis falhas e atuar em campo. Então o conhecimento sobre a vaga vai te direcionar melhor ao usar as palavras. Por mais que seja uma Indústria de produção, sempre enfatize a segurança em primeiro lugar. Eles não querem um Técnico "bom" que coloque sua vida em risco. 89 3 - Mostre conhecimento Técnico Conte um pouco da sua história na área. Mostre o amor que você tem pela profissão! Conte sobre seu melhor trabalho/projeto, mas demostre o quanto ainda tem aprender. 90 A cereja do bolo! Agora que você já conhece o ramo da empresa, conhece sobre a vaga, e já falou sobre sua trajetória na área. Agora vai ser preciso comprovar seu conhecimento! 91 A prova! Esse é o seu momento! 92 93 94 95 96 97 Idiomas 98
Compartilhar