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DIREITO DIGITAL
Prof.ª Karin Cristina Bório Mancia
MARCO CIVIL DA INTERNET
Objetivos
Avaliar os fundamentos e princípios da Lei nº 12.965, de 23.04.2014 e seu impacto no ordenamento jurídico.
Conteúdos
Considerações iniciais;
Fundamentos, princípios e objetivos da Lei nº 12.965/14;
Principais pontos da Lei do Marco Civil.
MARCO CIVIL
1) Considerações iniciais:
O mundo da internet, conhecido até pouco tempo atrás como “território livre”, vem se tornando paulatinamente, por meio de progressiva regulamentação, um campo de “liberdade vigiada”, de forma a preservar os direitos e deveres dos seus usuários que transitam nessa plataforma;
A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, conhecida como a “Lei do Marco Civil da Internet”, veio preencher este papel estabelecendo princípios, garantias, deveres e direitos para o uso da rede mundial de computadores no Brasil, determinando, igualmente, as diretrizes que poderão ser adotadas pelo Poder Público sobre este assunto, especialmente para garantir o direito de acesso desta rede a todas as pessoas físicas e jurídicas (artigo 4º, inciso I).
MARCO CIVIL
2) Fundamentos, princípios e objetivos da Lei:
Inicialmente, a Lei 12.965/2014 trata dos fundamentos para o uso da Internet, destacando, em primeiro lugar, a liberdade de expressão. A seguir, são elencados o reconhecimento da escala mundial da rede, os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em meios digitais, a pluralidade e a diversidade, a abertura e a colaboração, a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor e, por fim, a finalidade social da rede (artigo 2º).
Decreto nº 8,771/2016, de 11 de maio de 2016 regulamentou o MCI.
MARCO CIVIL
Como princípios principais que regem a citada lei, foram relacionados os seguintes (artigo 3º):
a) garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal;
b) proteção da privacidade;
c) proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
d) preservação e garantia da neutralidade da rede;
e) preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões
internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
f) responsabilização dos agentes, de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
g) preservação da natureza participativa da rede;
h) liberdade dos modelos de negócios promovidos na Internet, desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos na lei.
MARCO CIVIL
De igual modo, a Lei deixou expressos quais objetivos que persegue, uma vez que se destina a promover (artigo 4º):
o direito de acesso à Internet a todos;
o acesso à informação, ao conhecimento e à participação na
vida cultural e na condução dos assuntos públicos;
a inovação e o fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso;
adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação,
a acessibilidade e a interoperabilidade entre
aplicações e bases de dados.
MARCO CIVIL
3) Direitos assegurados aos usuários – art. 7º, da Lei:
inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela Internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei;
inviolabilidade e sigilo de suas comunicações armazenadas, salvo por ordem judicial;
não suspensão da conexão à Internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização;
manutenção da qualidade contratada da conexão à Internet;
informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de Internet, bem como sobre práticas de gerenciamento
da rede que possam afetar sua qualidade;
não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a aplicações de Internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei.
MARCO CIVIL
Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que:
justifiquem sua coleta;
não sejam vedadas pela legislação e estejam especificadas nos contratos de prestação de serviço ou em termos de uso de aplicações de Internet;
consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;
exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de Internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstos em lei;
publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à Internet e de aplicações de Internet;
acessibilidade, consideradas as características físico-motores, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei;
aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo realizadas na Internet.
MARCO CIVIL
4) A liberdade de expressão e o Direito à Privacidade:
A liberdade de expressão e o direito à privacidade são os principais pilares do Marco Civil da Internet, uma vez que foram expressamente erigidos a condições essenciais para o pleno exercício do direito de acesso à Internet, sendo nulas cláusulas contratuais que as violem, tais como aquelas que ofendam a inviolabilidade e o sigilo das comunicações privadas pela Web, como dispõe o artigo 8º, caput, parágrafo único e inciso I. A proteção da privacidade constitui um princípio de utilização da Web, enquanto a liberdade de expressão é, ao mesmo tempo, fundamento e princípio, na medida em que ela vem garantida pelo artigo 3º, inciso I, juntamente com a liberdade de comunicação e a manifestação de pensamento.
MARCO CIVIL
Direito à privacidade é o conjunto de informações acerca do indivíduo que ele pode decidir manter sob seu exclusivo controle, ou comunicar, decidindo a quem, quando, onde e em que condições, sem a isso poder ser legalmente sujeito. 
Liberdade de expressão é a “exteriorização do pensamento, no seu sentido mais abrangente”. Faz parte da vida social do indivíduo, de sua inter-relação com outros indivíduos, já que todo homem tem tendência e necessidade de “expressar e trocar suas ideias e opiniões com outros homens e de cultivar mútuas relações”, o que envolve a liberdade de opinião e liberdade de comunicação; (José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional, Positivo, 20ª edição, 2002, fls. 205 e 240);
A necessidade de equilíbrio entre os princípios (preocupação constante dos julgados dos Tribunais Pátrios) e o discurso de ódio dos “haters” da internet!
MARCO CIVIL
5) Principais pontos do Marco Civil da Internet:
A Lei nº 12.965/14 possui trinta e dois artigos divididos em cinco capítulos. Dentre os pontos abordados pelo Marco Civil da Internet, destacam-se os princípios da Neutralidade, Privacidade e Registro dos acessos, tal como apresentado nos itens a seguir:
[1] Princípio da Neutralidade da rede: O Marco Civil proíbe a ação de venda de planos e pacotes de internet limitados pelo tipo de conteúdo, origem, destino, serviço ou aplicação. Além disso, a Lei coíbe a prática de redução de banda dos usuários que atingirem limites de consumo, estabelecidos pela operadora. A orientação é que o consumidor pague conforme o volume e velocidade desejados, tornando a rede um ambiente igual para os usuários.
CONTRATOS ELETRÔNICOS
[2] Princípio da Privacidade na web: O princípio da Privacidade garante o sigilo e inviolabilidade das comunicações dos usuários. A Lei prevê a quebra do sigilo, mediante ordem judicial, somente nos casos em que as informações possam contribuir para a identificação de usuários/terminais, envolvidos em ações ilícitas.
Esta seção da Lei também atribui ao provedor do recurso de internet a responsabilidade sobreo sigilo das informações de usuários, respeitado o direito da confidencialidade. Empresas internacionais que operam no território brasileiro também deverão se adaptar as regras estabelecidas pelo Marco Civil da Internet.
CONTRATOS ELETRÔNICOS
[3] Registro de acessos: A subseção II trata das diretrizes relacionadas a guarda dos registros de conexão dos usuários. Estabeleceu-se que a obrigação de guarda dos dados de conexão é atribuída ao provedor do serviço, e este deve armazenar tais registros por no mínimo 1 (um) ano. Na mesma linha da subseção II, a Lei traz nova subseção (III), que trata da guarda de registros, por empresas que fornecem aplicações, como serviço, que devem seguir os mesmos princípios relacionados ao registro dos acessos.
Autoridades policiais, administrativas ou Ministério Público, poderão requerer, cautelarmente, que os registros sejam guardados por prazo superior, ao estabelecido na Lei. O sigilo sobre estes registros deve ser mantido, tal como estabelecido no princípio da Privacidade.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Marcelo Barreto de. Comércio eletrônico; Marco Civil da Internet; Direito Digital / Marcelo Barreto de Araújo. – Rio de Janeiro : Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, 2017.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Disponível em:
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8078.htm. Acesso em: 22.jun.2018;
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Disponível em:
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm. Acesso em: 23.jun.2018;
PINHEIRO, Patricia Peck. #Direito Digital. 6 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2016;
Bom estudo !

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