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TÓPICOS INTEGRADORES II FISIOTERAPIA UNIDADE IV 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD ___________________________________________________________________________ Cahu, Fabiana. Tópicos Integradores II – Fisioterapia: Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021. ___________________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 Sumário Para início de conversa ...................................................................................... 4 recUrsos eLeTroTerMoFoToTeraPÊUTicos ................................................ 6 a eletroterapia .................................................................................................................................... 6 Tens (Terapia por estimulação elétrica nervosa transcutânea) ................................................ 7 Parâmetros do método Tens ........................................................................................................... 8 efeitos fisiológicos .............................................................................................................................. 8 a TerMoTeraPia ....................................................................................................... 10 Ultrassom (Us) ..................................................................................................................................... 10 aplicabilidade do ultrassom ............................................................................................................. 12 Tempo de aplicação ........................................................................................................................... 12 ondas curtas ...................................................................................................................................... 13 efeitos fisiológicos ............................................................................................................................. 14 crioterapia............................................................................................................................................. 16 Laser....................................................................................................................................................... 17 4 TÓPICOS INTEGRADORES II - FISIOTERAPIA UNIDADE IV Para início de conversa Olá, estudante! Como vai? No Guia de Estudos 3, você vivenciou na disciplina de Tópicos Integradores II uma técnica da Cinesioterapia conhecida como fortalecimento muscular. Vimos também os tipos de fibras e contração muscular, assim como os principais exercícios de força muscular que são trabalhados na fisioterapia. Todo o conteúdo visto até agora serviu para o seu embasamento e preparo sobre como atender e tratar um paciente. Agora, chegou a hora de rever alguns recursos da disciplina de eletrotermofototerapia, os mais aplicados. No Guia da unidade 4, você se informará sobre os recursos como o TENS, ultrassom, ondas curtas, crioterapia e o laser. Veremos também os efeitos fisiológicos, os parâmetros, indicações e contraindicações de cada modalidade terapêutica. Podemos ir em frente? Bons estudos! orienTações da disciPLina A disciplina de Tópicos Integradores do curso de Fisioterapia tem o objetivo de proporcionar aos estudantes mecanismos de reforço e aprofundamento de determinados assuntos já vistos no decorrer do curso. No Guia de Estudos da Unidade 4, você encontrará o conteúdo referente à quarta unidade, que corresponde aos conhecimentos sobre os recursos eletrotermofototerapêuticos mais utilizados. Explore os links, leituras sugeridas e dicas de conteúdo que serão oferecidos. Ao longo do Guia, você encontrará informações adicionais que lhe auxiliarão no processo de aprendizagem como: Saiba Mais, Fique Atento, Exemplos Práticos e Links. No final do curso, você estará apto a aplicar os conteúdos no seu cotidiano. 5 PaLavras do ProFessor Caro aluno (a), Nesse último guia, você verá os principais recursos eletrotermofototerapêuticos mais utilizados na Fisioterapia. Lembre-se que as modalidades terapêuticas apresentam uma variedade enorme, por isso vamos nos deter, nesse momento, naqueles recursos frequentemente aplicados. Pronto para nossa jornada? Vamos começar! acesse sUa BiBLioTeca virTUaL Na Biblioteca Virtual, você pode acessar o livro de Eletrotermofototerapia, do autor Jones Agne, com o objetivo de rever o conteúdo abordado nessa disciplina. Não se esqueça de fazer os exercícios para rever o conhecimento adquirido ao longo da unidade. 6 recUrsos eLeTroTerMoFoToTeraPÊUTicos A eletrotermofototerapia (ETFT), atualmente, é muito utilizada na prática clínica da fisioterapia e apresenta uma grande eficácia desde o princípio da sua história, devido ao uso de recursos como o calor, frio e estimulação elétrica. Para aplicar a ETFT, é necessário que o fisioterapeuta tenha uma base de conhecimento prévio acerca das doenças e suas principais características, pois cada modalidade, assim como cada paciente e patologia, tem sua particularidade. As intervenções por meio da ETFT são utilizadas como parte do programa global de reabilitação. Além disso, esses recursos oferecem muitas vantagens, porque são intervenções não invasivas e rápidas de administrar, que resultam em poucos efeitos adversos. Contudo, para que sejam alcançados seus efeitos, caberá ao fisioterapeuta aplicá-los com cautela, conhecimento e direcionamento. vocÊ saBia? A Eletrotermofototerapia é uma modalidade de tratamento muito utilizada em clínicas de reabilitação, que constitui um recurso terapêutico no qual se utilizam correntes elétricas, princípios térmicos (calor e frio) e irradiação luminosa com fins terapêuticos para o tratamento de inúmeras patologias de origem reumática, traumato-ortopédicas, neurológicas, entre outras. A eletroterapia utiliza a eletricidade para estimular diferentes sistemas orgânicos com distintos objetivos. Já a termoterapia faz uso do calor ou frio para fins terapêuticos. E a fototerapia corresponde à utilização de recursos luminosos para fins terapêuticos. a eletroterapia A eletroterapia é um recurso fisioterapêutico bastante utilizado na reabilitação fisioterapêutica dos mais diversos tipos de patologias. Consiste em utilizar correntes elétricas de baixa intensidade através de eletrodos, que são aplicados diretamente na pele para conseguir objetivos como a interferência na transmissão dos sinais de dor para o cérebro e a estimulação da contração muscular ao estimular os músculos. Cada tipo de corrente possui indicações e contraindicações específicas e todas elas têm o objetivo de auxiliar o processo de reabilitação, podendo, portanto, contribuir de maneiras diferentes durante o tratamento de reabilitação. ??? 7 Tens (Terapia por estimulação elétrica nervosa transcutânea) O termo T.E.N.S provém do inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation e consiste na emissão de correntes elétricas pulsadas através da pele, que estimulam nervos e músculos com a finalidade de estimular, excitar ou despolarizar grupos de fibras nervosas participantes do processo de percepção e modulação do quadro álgico, levando a um bloqueio da dor. Trata-se de uma modalidade da eletroterapia conhecida por sua baixa frequência, que promove o alívio da dor e consequentemente ganhos funcionais. A TENS é considerada a eletroterapia mais usada para produzir o alívio da dor e é popular por não serinvasiva, ser fácil de administração e ter poucos efeitos colaterais. Essa terapia consiste na aplicação de eletrodos diretamente na pele, de modo que a intensidade da corrente elétrica é ajustada para cada pessoa com o objetivo de estimular as fibras nervosas A-alfa mielinizadas. Existem vários tipos de TENS, por isso é preciso que seja feita uma avaliação criteriosa sobre o caso de cada paciente para recomendar o tipo de TENS adequado para cada situação de acordo com as necessidades do paciente. De forma geral, a TENS convencional é o método mais frequentemente utilizado na prática clínica. • TENS Convencional ou de alta frequência – indicada para dores agudas, inflamatórias ou dor pós-operatórias. São correntes pulsadas cuja alta intensidade causa uma parestesia cutânea confortável, sem contração muscular, ativavando o portão modulador da dor no nível da medula espinhal. • TENS Acupuntural ou de baixa frequência – indicada para dores crônicas. Estudos apontam que este tipo de TENS estimula a glândula hipófise a liberar substâncias químicas que estimulam a produção de ß-endorfinas que reduzem a dor. Sua intensidade deve provocar uma leve contração muscular com tempo de aproximadamente 30 minutos. Uma característica peculiar dessa modalidade é a analgesia que dura horas após ser desligada. • TENS Breve-Intenso: são impulsos de alta frequência e intensidade. Nessa modalidade de TENS, ocorre a liberação da corrente em frequência de pulso elevada, maior que 100 p.p.s, e pulso de longa duração, 300 a 1.000 μs, com tempo de aplicação de 15 a 30 minutos. A redução da dor por esses parâmetros se dá pela inibição da liberação da substância P, um neurotransmissor que causa dor. 8 Esse tipo de TENS é indicado para redução da dor antes de exercícios terapêuticos, uma vez que seu efeito de alívio da dor perdura por cerca de 30 minutos. Parâmetros do método Tens LeiTUra coMPLeMenTar Agora você vai mergulhar na leitura de um artigo científico intitulado A aplicação da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e seus principais riscos e contraindicações. Nele, você vai encontrar as modalidades, tipos e características de cada método TENS. Acesse ao link: http://sereduc.com/QRUIa3 efeitos fisiológicos • O mecanismo fisiológico de analgesia do TENS depende da modulação da corrente aplicada à região afetada. • Impulsos elétricos de frequência alta bloqueiam sinais nervosos de dor. Estamos falando da Teoria das Comportas, em que o estímulo nervoso passa da pele para o cérebro pelas fibras A. Essas fibras passam pelas células T (que são consideradas comportas por onde os sinais devem passar) da medula espinhal, auxiliadoras das fibras A na condução das sensações ascendentes de dor até o tálamo (“centro da dor” do cérebro). As fibras C, que carregam o sinal de dor, têm uma velocidade de transmissão menor que a das http://sereduc.com/QRUIa3 9 fibras A, por isso a transmissão da fibra A é mais rápida, chegando primeiro ao cérebro e bloqueando, assim, a sensação dolorosa. Dessa maneira, a transmissão das fibras A bloqueia a transmissão mais lenta das fibras C. Logo, o estímulo deve ser direcionado a fibras nervosas sem dor, para que elas bloqueiem os sinais nervosos de dor enviados ao cérebro. Nessa modalidade de TENS, a aplicação pode ser feita por um tempo prolongado. • Impulsos elétricos de frequências baixas e alta intensidade estimulam a glândula hipófise a estimular a produção de endorfina pelo cérebro, provocando o alívio da dor. Nessa modalidade de TENS, consegue-se obter resultados/efeitos mais prolongados. Normalmente, o tempo de aplicação não excede 30 minutos. Benefícios • Controle da dor. • Diminuição do edema, contraturas e aderências teciduais. • Relaxamento muscular. • Diminuição de contraturas musculares. • Auxilia na regeneração dos tecidos moles. • Estimula a cicatrização óssea em fraturas. • Melhora o desempenho muscular. Indicações • Dores agudas: dor do pós-operatório, dismenorréia, fratura, bursite, tendinites. • Dores crônicas: lombalgia, cervicalgia, artrite, dor no nível da amputação, neuralgias, dor cancerígena. Contraindicações • Epilepsia. • Útero gravídico. • Pele ferida. • Boca. • Artérias carótidas. • Pacientes que utilizam aparelho marcapasso. • Apresentam implantes metálicos expostos. LeiTUra coMPLeMenTar Caro aluno, para compreender a modalidade eletroterapêutica TENS, acesse o link abaixo e leia com atenção o artigo científico intitulado Estudo da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) nível sensório para efeito de analgesia em pacientes com osteoartrose de joelho. Você vai compreender os tipos de TENS, suas indicações e 10 efeitos fisiológicos ocasionados pelo uso dessa corrente elétrica. Acesse o link: http://sereduc.com/zKy8Sc a TerMoTeraPia A termoterapia é a abordagem terapêutica por meio da variação de temperatura nos tecidos-alvo. É possível realizá-la por meio da aplicação de calor ou da crioterapia (tratamento por meio de compressas de gelo). Ultrassom (Us) O aparelho de ultrassom utilizado na eletroterapia é capaz de emitir ondas sonoras que fornecem vibrações mecânicas que favorecem a regeneração dos tecidos afetados, devido à estimulação do fluxo de sangue e aumento do metabolismo. Esta técnica é realizada por meio do deslizamento do aparelho sobre a pele, após ter sido limpa e preparada com um gel. O número de sessões é indicado pelo fisioterapeuta, de acordo com as necessidades de cada pessoa. O tempo de tratamento deve ser de no mínimo 5 minutos para cada área com 5 centímetros. Na fisioterapia, o ultrassom é utilizado para produzir um movimento em ondas longitudinais na forma de vibração mecânica, gerando calor, o que aumenta o metabolismo local, proporcionando um fluxo sanguíneo maior na região. Com isso, a nutrição e a regeneração tecidual apresentam uma significativa melhora, porque ocorre a retirada de catabólitos e acontece a liberação de aderências teciduais ocorridas pela separação das fibras de colágeno. É o número de ondas que determina a frequência do aparelho, que costumam variar entre 3 MHz e 1 MHz, sendo que os de 3MHz também podem ser usados para fins estéticos. dicas Quanto maior a frequência, maior a absorção e menor a profundidade de penetração. Por exemplo, em uma lesão profunda em músculos e tendões, deve-se utilizar a frequência de 1 Mhz. Já em regiões superficiais, como, por exemplo, a pele, deve-se utilizar a frequência de 3 Mhz. http://sereduc.com/zKy8Sc 11 As ondas são capazes de penetrar, mas a absorção vai depender da densidade e da constituição dos tecidos, de modo que tecidos mais grossos apresentam maior dificuldade de penetração. O ultrassom proporciona dois tipos de ondas terapêuticas: • Contínuas - sem interrupções, indicado para lesões crônicas. A forma contínua produz maior quantidade de calor decorrente da vibração de partículas celulares, o que altera o metabolismo e a permeabilidade das células, auxiliando na cicatrização das feridas e diminuindo o inchaço. Cuidado: nunca use o ultrassom contínuo em casos de lesões agudas, pois isso pode piorar a inflamação. • Pulsáteis - com interrupções, indicado para lesões agudas. Nesse modo, o ultrassom terapêutico não produz calor. O modo pulsado emite ondas ultrassônicas com pequenas interrupções, o que não produz efeitos térmicos. Isso se dá pelo fato de haver intervalo entre a transmissão das ondas, o que permite ao tecido dissipar o calor recebido. Estudos mostram que este tipo de US estimula a cicatrização e diminui os sinais flogísticos da inflamação. veJa o vídeo! Esse vídeo tem uma duração de aproximadamente 3 minutos e fala sobre os tipos de ultrassom: pulsátil e contínuo. Nele, você vai compreender de uma forma bem clara a diferença entre esses dois tipos e as características de cada um, o que facilitará a sua compreensão acerca do assunto. Acesse o link: http://sereduc.com/Xy2Ygq Não deixe de assistir!http://sereduc.com/Xy2Ygq 12 aplicabilidade do ultrassom Para que sejam obtidos os resultados esperados com a aplicação do ultrassom, é preciso seguir corretamente algumas instruções de aplicação, como estas mencionadas a seguir: 1. primeiro você coloca uma camada de gel condutor diretamente na área a ser tratada; 2. depois coloque o cabeçote do equipamento em cima da área a ser trabalhada e realize movimentos lentos; 3. tais movimentos podem ser aplicados de várias formas, como: circular, em forma de 8, de cima para baixo, ou de um lado para o outro. dica Não esqueça! Nunca deixe o aparelho parado sobre o mesmo local. Tempo de aplicação Antes de abordar o tempo de aplicação do US, é preciso esclarecer um fator chamado ERA (Área Efetiva de Radiação), que nada mais é do que a área de radiação ultrassônica do cabeçote. Assim, o tempo de aplicação é calculado da seguinte forma: Imagine uma região com largura de 6 cm e comprimento de 7 cm (a área total é igual a 42 cm²). A ERA é de 4cm². Calculando, temos: Tempo de aplicação: 42 + 4 = 10,5 minutos de aplicação Indicações: • dores musculares provocadas por contraturas ou tensões; • espasmos musculares; • tendinites; • restrição articular; • cicatrizes; • edema local; • mialgias; • contraturas e tensões musculares; • pontos de tensão. 13 Contraindicações: • diminuição da sensibilidade local; • doença cardiovascular avançada; • câncer de pele no local; • circulação sanguínea prejudicada na região; • sobre os testículos, ovários e útero gravídico; • ouvidos e olhos; • neoplasias; • processos infecciosos; • tromboses e flebites; • diretamente sobre marcapasso; • feridas abertas; • áreas tratadas com radioterapia. LeiTUra coMPLeMenTar Vamos a mais uma leitura? Para você se aprofundar e compreender a utilização do ultrassom, leia esse artigo: Efeitos do ultrassom terapêutico nas propriedades mecânicas do músculo esquelético após contusão. Você vai entender as características e particularidades dessa modalidade termoterapêutica. Acesse o link: http://sereduc.com/qxPN73 ondas curtas Esse é um aparelho que serve para promover o calor de forma mais profunda no corpo, porque aquece o sangue, diminui a inflamação, a rigidez muscular e alivia os espasmos nos músculos profundos do corpo. Além disso, regenera tecidos lesionados, diminui hematomas e favorece a regeneração dos nervos periféricos. A terapia de ondas curtas é a aplicação de energia eletromagnética ao corpo em frequências de ondas curtas. Nessas frequências, a energia eletromagnética é convertida em energia térmica (calor) pela indução de correntes que se formam e circulam pelos tecidos do organismo. As ondas elétricas de alta frequência geram calor e, em dosagem terapêutica, aquecem os tecidos, aumentando o fluxo sanguíneo e propiciando a diminuição de dores e inflamações. As ondas geradas pela máquina permitem que o corpo gere calor dentro do tecido alvo. O grau de calor e a profundidade de http://sereduc.com/qxPN73 14 penetração dependem das propriedades de absorção e de resistência dos tecidos que as ondas enfrentam, podendo atingir até 2”de profundidade. No caso de doenças crônicas, utiliza-se um aquecimento moderado. Já para processos mais agudos, um aquecimento mais brando pode ser utilizado. efeitos fisiológicos Os aparelhos de ondas curtas são aqueles capazes de emitir ondas elétricas de alta frequência que geram calor profundo, o que leva ao aquecimento dos tecidos. O principal efeito observado é a vasodilatação, que surge como resposta ao aquecimento, ocorrendo o aumento do fluxo sanguíneo, que, por sua vez, leva à redução dos processos inflamatórios e ao alívio da dor. Existem outros efeitos causados pelo ondas curtas, como: • aumento do metabolismo, isto é, há um aumento do consumo de glicose, de alguns nutrientes e de oxigênio, fazendo com que ocorra a eliminação de produtos metabólicos do organismo; • as fibras nervosas aumentam a velocidade e a condução do impulso nervoso por conta do calor e, consequentemente, alivia a dor; • ocorre o relaxamento muscular devido à facilitação da transmissão nervosa e da vasodilatação, que promovem a captação das toxinas produzidas durante as contrações musculares; • diminuição da dor, visto que o calor age nas terminações nervosas sensitivas e nos tecidos lesionados, estimulando a reparação celular. Benefícios: • efeito analgésico; • maior irrigação sanguínea; • possibilita um ganho na mobilidade articular; • diminui a rigidez da musculatura local; • aumenta o fluxo sanguíneo; • torna o tecido conjuntivo mais flexível; • diminui a inflamação; • reduz a incidência de edema; 15 • diminui a retenção de líquidos. Indicações A terapia por ondas curtas é indicada em situações quando é preciso que o calor atinja camadas mais profundas, como em casos de: • lombalgia; • dor ciática; • contraturas; • entorses; • contusões; • rigidez após imobilização prolongada; • anquilose fibrosa; • fibromialgia; • espasmos musculares; • artrite; • bursite; • espondilite; • epicondilite; • mialgia; • pontos de tensão. Contraindicações A aplicação do aparelho de ondas curtas está contraindicada em casos de: • marcapasso; • fixadores externos ou internos na região onde deseja tratar; • pessoas com alterações de sensibilidade térmica; • gravidez; • câncer; • tuberculose; • trombose venosa profunda recente; • em crianças e adolescentes para não comprometer o crescimento ósseo; • mulheres no período menstrual; • feridas abertas; • pacientes com próteses metálicas; • tecidos isquêmicos; 16 dica Atenção! Não devemos aplicar o aparelho de ondas curtas em pessoas com implantes metálicos, porque o calor profundo poderá causar queimaduras internas. LeiTUra coMPLeMenTar Vamos a mais uma leitura? Não deixe de ler esse artigo! Para você se aprofundar e compreender a terapia por ondas curtas, leia este artigo: Efeito agudo de diferentes métodos de termoterapia na amplitude de movimento articular. Você vai entender sobre essa modalidade de tratamento, seus conceitos, benefícios, efeitos fisiológicos, assim como suas indicações. Acesse o link: http://sereduc.com/u0rJA9 crioterapia A crioterapia é definida como terapia por meio do frio, utilizada principalmente para produzir uma diminuição na temperatura dos tecidos por meio da aplicação do gelo/frio no local acometido para uma variedade de objetivos terapêuticos, como, por exemplo, redução de edema e da inflamação. O principal efeito da crioterapia é a vasoconstrição, que consiste na contração dos vasos sanguíneos, levando a diminuição do fluxo sanguíneo local e do edema. A crioterapia é uma técnica bastante aplicada em lesões traumáticas agudas por apresentar excelentes resultados nos casos de inflamação e dor. As modalidades classificadas como modalidades de crioterapia incluem: massagem com gelo, bolsas térmicas com gelo, turbilhão frio e imersão no gelo. O tempo de aplicação utilizado na crioterapia é de 20 minutos com intervalos de 2 horas. Recomenda-se aplicar o frio durante as primeiras 24 a 48 horas, após a lesão, para, assim, se obter a redução do edema, da dor e da inflamação. Por isso, recomenda-se o uso precoce da crioterapia para que sejam alcançados os efeitos vasoconstritivos, favorecendo, assim, a reparação tecidual. Indicações A crioterapia é indicada para várias alterações/patologias inflamatórias, como entorses, contusões e diversas inflamações do sistema osteomioarticular. http://sereduc.com/u0rJA9 17 Contraindicações Sabendo-se que a crioterapia é uma modalidade que causa vasoconstrição, ou seja, contração dos vasos sanguíneos e diminuição da circulação sanguínea local, algumas situações são contraindicadas, como: casos de insuficiência venosa ou arterial e Doença de Raynaud Efeitos fisiológicos A aplicação do gelo proporciona vários efeitos no local de aplicação, dentre eles os mais importantes estão elencados abaixo.• Redução de edema e da inflamação: quando o gelo é aplicado em uma região, ocorre uma redução da temperatura local com consequente redução do metabolismo celular e do consumo de oxigênio daquela região do corpo. Ocorre, assim, uma hipóxia secundária localizada, que faz com que a lesão não se expanda, o que contribui tanto para redução do edema como da inflamação. • Redução da dor: a aplicação do gelo no local da lesão diminui a transmissão de impulsos nervosos para o local, diminuindo, assim, a sensação dolorosa. • Efeitos vasculares: sabe-se que o gelo, quando aplicado, provoca uma vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos), o que diminui o extravasamento celular e, consequentemente, reduz a formação do edema e da inflamação. Laser De acordo com Kitchen et al. (1998), a laserterapia de baixa intensidade (LTBI) consiste na aplicação de lasers com potência relativamente baixa para o tratamento de feridas abertas, lesões de tecidos moles, processos inflamatórios e dores associadas a várias etiologias. O laser promove efeitos anti-inflamatórios, analgésicos, regenerador e cicatrizante dos tecidos. A sua aplicação costuma ser feita pelo fisioterapeuta de forma localizada e a dose e número de sessões realizadas dependerá do tipo e gravidade da lesão. Os aparelhos de laser de baixa potência são usados para o tratamento de doenças, a fim de cicatrizar os tecidos mais rápido, além de combater a dor e a inflamação. Há vários tipos de laser utilizados nos procedimentos terapêuticos, alguns deles estão citados abaixo. Hélio-Neônio (HeNe): • possui comprimento de onda de 632,8 nm; • emite radiação visível e vermelha; 18 • forma de onda contínua; • feixe visível e potência de pico localizada entre 2-10 mW. Arseneto de Gálio (AsGa): • possui comprimento de onda de 904,0 nm; • forma de onda pulsada; • feixe de luz invisível e a potência de pico entre 15-30 mW. Já terapia por laser de baixa intensidade pode ser aplicada de duas maneiras. Técnica pontual: • é usada com o laser infravermelho; • a área da lesão é dividida em cm2; • cada ponto recebe a intensidade registrada no aparelho; • não deve haver contato da caneta com a ferida; • quando a radiação é aplicada naquele determinado ponto, a caneta apita para que o profissional mude o ponto de aplicação e, assim, ocorrerá a aplicação em toda região; • em situações de lesão em músculos e tendões, a área da lesão deverá ser dividida em 4 pontos com distância de 1 a 2 cm entre eles. A pressão colocada durante a aplicação deve ser ideal para permitir um bom acoplamento, sendo assim, não se deve pressionar excessivamente. Recomenda-se que a ponta da caneta do laser seja envolvida com plástico transparente de PVC de forma bem esticada para não interferir na emissão do laser. Técnica de varredura: • realiza-se uma varredura sobre a área de lesão; • caneta laser deve ser aplicada a 1,5 cm de distância da lesão; • durante a aplicação deve-se atentar para que todas as áreas do local recebam a mesma quantidade de radiação. dica Durante a aplicação do laser, independentemente da técnica escolhida, você deve realizá-la com bastante cuidado, observando o posicionamento da caneta, a velocidade da varredura, a pressão de aplicação e distância entre pontos. Lembre-se: é importante que o fisioterapeuta e o paciente estejam usando óculos de proteção durante a sua aplicação. 19 A dosagem habitual do laser de AsGa, HeNe é de 4 a 8 J/cm2. No caso de lesões nos músculos, pode-se usar doses mais altas, com máximo de 30 J/cm2 e nos primeiros 4 dias da lesão, pode-se utilizar o laser de 2-3 vezes ao dia, sem que seja excessivo. Após esse período, pode-se diminuir o uso do laser e a sua intensidade para o habitual 4-8 J/cm2. Efeitos fisiológicos A terapia por laser de baixa intensidade tem demonstrado vários efeitos no organismo, como efeitos bioquímico, bioelétrico e bioenergético, que atuam a nível celular promovendo aumento do metabolismo levando a proliferação celular e maior concentração de fibroblastos. Também incrementa a reabsorção de fibrina, induz a neoformação tecidual com surgimento de tecido de granulação. Da mesma forma, promove o aumento da síntese de colágeno e da epitelização e diminui a liberação de mediadores inflamatórios, facilitando, assim, o processo de cicatrização tecidual. visiTe a PÁGina O texto apresentado nesse site fala sobre as características dos tipos de laserterapia, apresentando com o título Laserterapia: um panorama sobre esse tipo de tratamento fisioterapêutico. Vale a pena conferir a leitura. Acesse o link: http://sereduc.com/dzGUiO Indicações O uso de laser vem sendo utilizado pela fisioterapia principalmente nas seguintes situações: • para produzir um efeito antiinflamatório; • em caso de edema ou inflamações de articulações, tendões e ligamentos; • para controlar a dor e estimular a regeneração do tecido lesionado. Contraindicações A laserterapia apresenta situações de contraindicação, como: • aplicação sobre os olhos, testículos, ovários e sobre o útero gravídico; • câncer; • ferida com hemorragia no local de aplicação; • processos bacterianos; http://sereduc.com/dzGUiO 20 • em caso de epilepsia, por poder desencadear uma crise epilética. LeiTUra coMPLeMenTar Vamos aumentar nosso aprendizado? Para você se aprofundar ainda mais e esclarecer quais os reais efeitos da laserterapia de baixa potência sobre feridas cutâneas e suas formas mais eficazes de aplicação, leia esse artigo: Efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização de feridas cutâneas. Você vai compreender como executar essa técnica de forma correta e ampliar sua aprendizagem. Acesse o link: http://sereduc.com/4Gniqb Para reFLeTir A utilização do laser de baixa intensidade no tratamento de feridas cutâneas contribui para a cicatrização, devido aos seus principais efeitos fisiológicos, como: anti- inflamatório, neoangiogênese, epitelização, maior atividade dos fibroblastos, síntese e distribuição de colágeno e fechamento da ferida. PaLavras do ProFessor Queridos alunos, estamos chegando ao término do nosso último guia de estudos e da nossa disciplina. Todo esse material foi preparado para você com bastante dedicação, para que você possa se aprofundar e abranger seu conhecimento técnico-científico sobre as modalidades de tratamentos existentes no universo da fisioterapia. Um abraço e sucesso na sua carreira profissional! http://sereduc.com/4Gniqb 21 acesse o aMBienTe virTUaL Acesse o seu ambiente virtual para obter dicas de leitura e vídeos para otimizar ainda mais a sua prática. E não deixe de tirar as dúvidas com seu tutor. reFerÊncias BiBLioGrÁFicas AGNE, Jones Eduardo. Eletrotermofototerapia. In: Eletrotermofototerapia. Santa Maria: Andreoli, 2013. AGNE, Jone E. Eletrotermoterapia: Teoria e prática. Santa Maria, Orium, 2005 ANDRADE, F. S. S.; ROSANA, M. O. C. FERREIRA, M. L. Efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização de feridas cutâneas. Rev. Col. Bras. Cir., v. 41, n. 2, p. 129-133, 2014. BAGNATO, Vanderlei S. Os fundamentos da luz laser. Revista da Escola de Física. v. 2, n. 2, São Paulo, 2001. BANDY, W. D.; SANDER, B. Exercício terapêutico: técnicas para intervenção. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. BORGES, Denne Rize de Sousa Carneiro; MACEDO, Andréia Borges. Os benefícios da associação da laserterapia e exercícios terapêuticos Na síndrome do impacto do ombro; estudo de caso. Revista eletrônica de saúde Cesuc, São Paulo, n. 1, 2010. CARCI BLOG. Laserterapia: um panorama sobre esse tipo de tratamento fisioterapêutico, 2021. Disponível em: http://sereduc.com/qX4khN DELIBERATO, P. C. P. Exercícios terapêuticos: guia teórico para estudantes e profissionais. 1 ed. São Paulo: Manole, 2007. GUIMARÃES, Cosme S.; RODRIGUES, Edgard Meirelles. Manual de Recursos Fisioterapêuticos. Rio de Janeiro: Revinter, 1998. GUYTON, A. C.; HALL, E. H. Tratado de fisiologia médica.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2008. FELICE, Thais Duarte et al. Utilização do laser de baixa potência na cicatrização http://sereduc.com/qX4khN 22 de feridas. Ecco - fibras e dispositivos, maio 2021. Disponível em: http://sereduc. com/nMJcpb. HALL, C. M.; BRODY, L. T. Exercício terapêutico: na busca da função. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. KISNER C.; COLBY L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6 ed. São Paulo: Manole, 2015. KOKKONEN, J., NELSON, A. G., ELDREGDE, C., WINCHESTER, J. B. Chronic static stretching improves exercise performance. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 39, p. 1825-1831, 2007 MCARDLE, W.; KATCH, F.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2003. FOX. E; KETEYIAN, S. J.; FOSS, M. L. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1998. PRENTICE, W. E.; VOIGHT, M. L. Técnicas em Reabilitação Musculoesquelética. Porto Alegre: Artmed, 2003. http://sereduc.com/nMJcpb http://sereduc.com/nMJcpb Para início de conversa RECURSOS ELETROTERMOFOTOTERAPÊUTICOS A Eletroterapia TENS (Terapia por estimulação elétrica nervosa transcutânea) Parâmetros do método TENS Efeitos fisiológicos A TERMOTERAPIA Ultrassom (US) Aplicabilidade do ultrassom Tempo de aplicação Ondas Curtas Efeitos fisiológicos Crioterapia Laser
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