Buscar

9 - Terminologia básica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SIMULAÇÃO DE 
SISTEMAS 
PRODUTIVOS
Gabriela Fonseca Parreira Gregorio
Terminologia básica 
utilizada em modelagem 
e simulação de sistemas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Enumerar os termos usuais em modelagem e simulação de sistemas.
  Criar terminologia de modelagem e simulação de sistemas.
  Aplicar terminologia em modelagem e simulação de sistemas.
Introdução
Muitos dados são utilizados nos projetos de modelagem e simulação. 
Tais dados estão relacionados aos elementos que constituem o modelo. 
Alguns termos são utilizados com frequência para a denominação e a 
classificação desses elementos. Eles fazem parte do dia a dia dos analistas 
de simulação. Além disso, as ferramentas computacionais existentes são 
estruturadas considerando tais termos.
Neste capítulo, você vai conhecer os termos mais utilizados em mo-
delagem e simulação. Você também vai estudar as boas práticas relacio-
nadas à criação de uma terminologia própria. Além disso, vai acompanhar 
a aplicação de termos em alguns exemplos.
Termos usuais em modelagem e simulação
Muitos termos são utilizados com frequência nos projetos de modelagem e 
simulação. Os recursos computacionais utilizados nas organizações podem tornar 
alguns termos mais usuais do que outros. No entanto, independentemente dos 
recursos adotados pela empresa, é comum o uso das terminologias apresentadas 
a seguir. As defi nições são apresentadas por Torga (2007), que se baseia no 
uso de determinado recurso computacional para a realização de experimentos.
  Entidades: são os itens a serem processados pelo sistema. No caso de 
um sistema produtivo, por exemplo, as entidades podem ser matéria-
-prima, produtos, pallets, pessoas ou documentos. As entidades possuem 
ritmo definido, nível estatístico e podem ser divididas ou agrupadas 
ao longo do processo de produção. Por meio de um caminho ou rede 
de trabalho, elas se deslocam de um local a outro.
  Atributos: são definidos juntamente às entidades e aos locais específicos 
e apresentam informações sobre eles. Por meio de atributos, é possível 
diferenciar elementos de uma mesma entidade. Os atributos podem 
conter valores reais ou inteiros.
  Variáveis: são utilizadas para representar valores numéricos e estabe-
lecer funções. Elas podem ser globais ou locais. As variáveis globais 
são úteis para representar valores numéricos modificáveis e podem ser 
referenciadas em qualquer parte de um modelo. As variáveis locais só 
estabelecem funções na parte lógica em que são declaradas, ou seja, 
em parte do sistema representado.
  Recursos: são os meios adotados para executar operações, transportar 
as entidades, realizar manutenção nos locais, entre outras atividades. 
Um sistema pode ser constituído de um ou mais recursos. Podem ser 
recursos humanos ou equipamentos.
  Locais: são os pontos do sistema em que os processos são operaciona-
lizados. Representam: estações de trabalho, buffers, filas, entre outros. 
Nos locais, pode ser importante estabelecer: capacidade, unidades, 
setups e regras de chegada e saída das entidades.
  Chegadas: estabelecem a entrada das entidades no sistema modelado. 
Podem ser definidas por meio de quantidade, frequência, lógica de 
chegada e períodos.
  Caminhos: são os percursos ou redes de trabalho por meio dos quais 
as entidades são movimentadas.
  Processamento: inclui as operações pelas quais as entidades passam em 
cada local. Pode ser importante estabelecer o tempo de processamento 
em cada local de forma probabilística.
Embora alguns termos coincidam, Bateman et al. (2013 apud NASCI-
MENTO et al., 2016) apresentam outros conceitos que todo analista deve 
conhecer para compreender o processo de modelagem e simulação. Veja a 
seguir.
Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas2
  Entidade: são as pessoas, equipamentos, métodos, peças e pedidos que 
integram o modelo de simulação.
  Sistema: é o conjunto de entidades que interagem entre si e com o 
ambiente, com determinado objetivo ou propósito.
  Estado do sistema: é o conjunto de variáveis determinísticas e proba-
bilísticas capaz de descrever o sistema em determinado momento, por 
meio de informações.
  Eventos: são ações que incidem sobre o sistema. O evento pode ser 
classificado como discreto ou contínuo. O primeiro acontece em de-
terminado momento, enquanto o segundo não cessa.
  Modelos determinísticos: não possuem variável aleatória como parâ-
metro. Um sinal de entrada sempre gera um sinal de saída.
  Modelos probabilísticos: possuem, pelo menos, uma variável aleatória 
como parâmetro. Assim, o sinal de saída também será dado de forma 
aleatória.
  Rodada: execução ou experimentação do modelo de simulação por 
determinado período de tempo.
Segundo Banks et al. (1996 apud SAKURADA; MIYAKE, 2003), a cons-
trução de um modelo de simulação envolve o conhecimento dos termos e 
conceitos listados a seguir.
  Elementos de modelagem: componentes ou objetos que precisam ser 
explicitamente representados no modelo de simulação.
  Atributos: propriedades das entidades.
  Filas: conjuntos de entidades, ordenadas de acordo com algum critério.
  Eventos: ações que alteram o estado do sistema.
  Atividades: durações de tempo determinado.
  Movimentações: circulações dos recursos e entidades no sistema.
Em síntese, o sistema é composto por um conjunto de entidades que se 
inter-relacionam. Essas entidades são caracterizadas por meio de atributos 
que designam propriedades a elas e permitem diferenciá-las. As entidades 
percorrem caminhos no sistema e passam por processamentos ou eventos. 
Para a execução dos processamentos, são necessários recursos, que estão em 
determinados locais. Na Figura 1, você pode ver os principais termos adotados 
em projetos de modelagem e simulação.
3Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas
Figura 1. Termos utilizados em modelagem e simulação.
Criação da terminologia
Por meio de vários softwares de simulação, as empresas têm à sua dispo-
sição um conjunto de objetos predefi nidos que facilita o desenvolvimento 
do modelo. Assim, ao utilizar as ferramentas computacionais, as empresas 
vão defi nindo os elementos necessários para a construção dos modelos e as 
alterações dos cenários.
Cada projeto, de acordo com as suas necessidades, utiliza elementos dis-
tintos. Cabe à empresa selecionar os mais adequados. Geralmente, o modelo é 
construído em uma superfície ou plano de simulação. A partir de uma biblioteca 
disponível, os objetos (como entidades, recursos, interações, caminhos, entre 
outros) podem ser criados, definidos e representados.
Ao se criar qualquer elemento em um sistema de simulação, é importante 
adotar uma lógica. Assim, em um momento posterior, o elemento criado vai 
Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas4
poder ser identificado e utilizado pelos analistas. No entanto, não existe uma 
lógica predeterminada. As empresas precisam criar, divulgar e padronizar 
os critérios a serem adotados. Assim, ao criar elementos, é necessário se ater 
ao seguinte:
  o nome dos elementos, entidades e atributos devem ter significado;
  os elementos precisam ser gerenciados para que não sejam duplicados 
desnecessariamente;
  os elementos devem ser claros;
  o layout e as interações do sistema devem representar a realidade e 
permitir que os envolvidos os compreendam facilmente;
  os envolvidos precisam conseguir fazer as alterações necessárias, testes 
e experimentações, ou seja, a linguagem precisa ser clara para todos, 
sem redundâncias ou fatores implícitos.
A cada novo evento ou alterações no cenário, resultados são gerados. 
Muitas vezes, para um mesmo modelo, inúmeros testes e experimentos são 
feitos e vários resultados surgem. Ainda, numa mesma organização, vários 
sistemas são modelados e simulados.
Além da preocupação com a criação e o armazenamento dos elementos, 
existe uma apreensãoquanto à organização das informações, modelos e 
resultados gerados. Afinal, eles precisam estar disponíveis para utilização e 
consulta sempre que for necessário.
Segundo Rondinelli e Abreu (2015), uma preocupação refere-se à organi-
zação e à nomeação dos arquivos apropriadamente. Para tanto, é necessário:
  ser sucinto, ou seja, evitar nomes de arquivos longos e uma estrutura 
complexa de pastas;
  desenvolver um padrão para atribuir nome aos arquivos e criar nomes 
que possuam significados claros para toda a equipe;
  evitar caracteres distintos, como números, símbolos, entre outros;
  utilizar padrão “aaaammdd” para apresentar datas, de modo que os 
arquivos possam ser apresentados por ordem cronológica;
  sempre eliminar aquilo que não é importante.
Não existe uma solução única para toda organização. Embora não existam 
regras, algumas boas práticas podem apresentar caminhos adequados para a 
criação e o armazenamento dos arquivos. A orientação é de que as empresas 
5Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas
definam critérios próprios, porém padronizados, para identificar e armazenar 
os arquivos gerados. Assim, quando os critérios são disseminados para todas 
as equipes, qualquer colaborador que tenha acesso a eles é capaz de identificar 
os arquivos necessários.
A criação de uma terminologia própria deve considerar alguns fatores, 
como você pode ver a seguir.
  Estabelecimento de um local específico para o armazenamento dos 
arquivos.
  Criação de pastas e subpastas por meio de critérios preestabelecidos. Um 
exemplo é a criação de uma pasta para cada sistema a ser modelado e 
simulado e a criação de subpastas de acordo com os problemas a serem 
analisados. Outra opção é criar uma pasta para cada cliente e subpastas 
de acordo com o sistema modelado e simulado.
  Nomeação dos arquivos de forma significativa e padronizada dentro das 
subpastas. Nomear o arquivo de forma significativa implica atribuir a 
ele um nome de fácil entendimento e que designe, de forma geral, o seu 
conteúdo. Dentro de uma mesma subpasta, devem existir critérios que 
diferenciem um arquivo do outro. Em casos de modelagem e simulação, 
os critérios podem ser: datas de experimentação, eventos, identificação 
do cenário, entre outros.
As orientações listadas a seguir podem auxiliar você no processo de criação 
e armazenamento de arquivos.
  Salvar os arquivos em locais específicos. A organização em pastas e 
subpastas pode ser importante, mas o excesso delas pode dificultar o 
acesso.
  Escolher bem o nome. Devem existir regras para cada palavra do nome. 
O nome deve expressar o conteúdo do arquivo.
  Controlar a versão do arquivo por meio de dígitos de controle.
Na Figura 2, você pode ver as principais orientações relacionadas à cria-
ção e ao armazenamento dos arquivos gerados nos projetos de modelagem 
e simulação.
Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas6
Figura 2. Boas práticas em relação à criação de elementos e arquivos.
Aplicação da terminologia
A identifi cação dos elementos que compõem o sistema de simulação é a base 
para o desenvolvimento do modelo computacional. A seguir, você vai ver dois 
exemplos de aplicação da terminologia em sistemas distintos.
Aplicação da terminologia em um lava a jato
Considere que aos sábados, no lava a jato Mania, clientes são dispensados, 
pois não é possível atender a toda a demanda. Hoje, o lava a jato possui quatro 
lavadores, em box individual, com seus respectivos instrumentos de trabalho, 
que são: uma máquina de jatos de água e outros instrumentos, como esponja, 
baldes, panos, etc.
7Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas
Cada lavador lava o carro do início ao fim por meio das seguintes opera-
ções: ensaboar o carro, enxaguar o carro e encerar o carro. Quando chegam, 
os carros são identificados por meio de uma senha. O lava a jato possui, em 
média, 10 carros aguardando em fila por ordem de chegada. O tempo médio 
para lavar um carro é de 47 minutos.
O responsável pelo lava a jato está pensando em instalar mais um box 
com todos os recursos necessários e contratar mais um lavador. Para tanto, 
ele solicitou que um sistema fosse modelado e simulado a fim de avaliar os 
resultados.
A seguir, veja a aplicação das terminologias de simulação ao caso do lava 
a jato.
  Entidades: carros.
  Recursos: quatro lavadores, máquinas de jato de água e outros instru-
mentos, como esponja, baldes, panos.
  Processamento: ensaboar, enxaguar e encerar o carro.
  Fila: 10 carros ordenados de acordo com a chegada.
  Atividade: tempo de 47 minutos para lavar cada carro.
  Atributos: senha de identificação do carro.
Aplicação da terminologia em uma indústria
Considere uma gráfi ca produtora de caixas de papelão. As operações do 
processo são: formação da folha, secagem, formação da chapa, montagem 
da caixa e impressão. Cada caixa de papelão recebe um código composto 
de uma letra e números que indicam a sua largura, o seu comprimento e o 
seu tamanho. Além da mão de obra, são utilizados cilindros, impressoras 
e uma máquina denominada corrugadora. A seguir, veja o tempo médio de 
cada operação.
  Formação da folha: 1 unidade de tempo.
  Secagem: 1,5 unidade de tempo.
  Formação da chapa: 2 unidades de tempo.
  Montagem da caixa e impressão: 3,3 unidades de tempo.
Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas8
Atualmente, existem 100 chapas aguardando a montagem e a impressão. 
O gestor do processo pretende trocar a impressora por uma com menor tempo 
de operação para que a montagem da caixa e a impressão gastem, no máximo, 
2 unidades de tempo.
A seguir, veja a aplicação das terminologias de simulação ao caso da gráfica.
  Entidades: pasta mecânica, folhas de papel e caixas de papelão.
  Recursos: mão de obra, cilindros, impressora e corrugadora.
  Processamento: formação da folha, formação da chapa, montagem da 
caixa e impressão.
  Fila: 100 caixas aguardando em processo para serem montadas e 
impressas.
  Atividade:
 ■ 1 unidade de tempo para a formação da folha;
 ■ 1,5 unidade de tempo para a secagem;
 ■ 2 unidades de tempo para a formação da chapa;
 ■ 3,3 unidades de tempo para a montagem da caixa e a impressão.
  Atributos: código composto de uma letra e números que indicam largura, 
comprimento e tamanho.
  Evento: troca de impressora por uma com menor tempo de operação.
NASCIMENTO, L. et al. O uso da simulação como ferramenta de apoio à decisão em um 
restaurante universitário. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 
36., 2016, João Pessoa. Anais [...]. João Pessoa: [s. n.], 2016.
RONDINELLI, R. C.; ABREU, J. P. L. Orientações práticas para a gestão do seu arquivo pessoal 
digital. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2015.
SAKURADA, N.; MIYAKE, D. Estudo comparativo de softwares de simulação de eventos 
discretos aplicados na modelagem de um exemplo de Loja de Serviços. In: ENCONTRO 
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 23., 2003, Ouro Preto. Anais [...]. Ouro 
Preto: [s. n.], 2003.
TORGA, B. L. M. Modelagem, simulação e otimização em sistemas puxados de manufatura. 
2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de 
Itajubá, Itajubá, 2007.
9Terminologia básica utilizada em modelagem e simulação de sistemas
lgoncalves
Substituir
lgoncalves
Substituir
—
[travessão]

Continue navegando