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FACULDADE ÚNICA ESTUDO DIRIGIDO Thaís Elita Araújo Uberlândia 2023 THAIS ELITA ARAÚJO ESTUDO DIRIGIDO Atividade de conclusão da disciplina de Teoria das Estruturas l apresentado como requisito parcial para a aprovação da mesma pela Faculdade Única. Orientador: Carlos Alberto dos Santos Neto Uberlândia 2023 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 4 2 TRELIÇAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES .................................... 5 3 LEI DE FORMAÇÃO ................................................................... 6 4 ESFORÇOS SOLICITANTES E MÉTODOS ……………………… 8 5 CONCLUSÃO ….. .......................................................................... 12 6 REFERÊNCIAS ……………………………………………………… 13 INTRODUÇÃO As treliças são estruturas formadas por barras retas conectadas em seus nós por meio de pinos, soldas ou outras formas de fixação. Essas barras podem ser feitas de materiais como aço, madeira, alumínio ou fibras de carbono, e são organizadas em um padrão que permite que a carga seja distribuída uniformemente através da estrutura. As treliças são usadas em uma variedade de aplicações estruturais, desde pontes e torres até edifícios e estruturas para suporte de equipamentos. Elas são escolhidas por sua alta resistência e rigidez em relação ao seu peso, o que as torna ideais para suportar grandes cargas sem adicionar peso desnecessário à estrutura. Além disso, as treliças podem ser projetadas para resistir a diferentes tipos de cargas, como cargas de tração, compressão ou cisalhamento. O projeto de uma treliça envolve a escolha dos materiais, o dimensionamento das barras e a análise das cargas que a estrutura deve suportar. Com base nessas informações, um engenheiro pode determinar o padrão de barras e a configuração dos nós que proporcionará a máxima eficiência e estabilidade à estrutura. TRELIÇAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES As treliças podem ser classificadas quanto à estaticidade em dois tipos principais: estáticas e hiperestáticas. As treliças estáticas são aquelas que possuem todos os seus elementos (barras) ligados apenas por juntas articuladas, ou seja, sem nenhum tipo de fixação rígida. Isso significa que as barras da treliça podem girar livremente em torno das juntas, permitindo que a treliça se deforme sob carga sem que haja acumulação de tensões. As treliças estáticas são usadas em situações em que a carga é conhecida com precisão e não há variação significativa na temperatura ou nas condições de carregamento. As treliças hiperestáticas são aquelas que possuem elementos ligados por fixações rígidas, como soldas ou parafusos. Isso significa que as barras da treliça não podem girar livremente em torno das juntas, e a treliça é capaz de suportar cargas maiores do que as treliças estáticas. No entanto, as treliças hiperestáticas são mais complexas e difíceis de projetar e construir, e requerem maior cuidado na análise de tensões e deformações. As treliças hiperestáticas são usadas em situações em que a carga é variável ou desconhecida, ou quando há variação significativa na temperatura ou nas condições de carregamento. LEI DE FORMAÇÃO As treliças podem ser classificadas quanto à sua lei de formação em três tipos: simples, compostas e complexas. As treliças simples são aquelas que podem ser construídas a partir de um único tipo de elemento estrutural, como barras retas ou tubos. Elas geralmente possuem uma geometria simples e são mais fáceis de construir e analisar do que as treliças compostas ou complexas. As treliças simples são usadas em aplicações que requerem cargas relativamente baixas, como coberturas de edifícios ou estruturas de suporte de antenas. ◦ São formadas a partir de um triângulo de barras, adicionando sucessivamente duas barras e um nó As treliças compostas são aquelas que são construídas a partir de dois ou mais tipos de elementos estruturais, como barras retas e curvas ou tubos e chapas. Elas possuem uma geometria mais complexa do que as treliças simples e são mais difíceis de construir e analisar. As treliças compostas são usadas em aplicações que requerem maior resistência e rigidez, como pontes e torres de transmissão. ◦ São compostas por treliças simples, ligadas entre si por nós ou barras As treliças complexas são aquelas que possuem uma geometria ainda mais complexa e são construídas a partir de elementos estruturais com formas diversas, como barras curvas, tubos com paredes não cilíndricas ou elementos com seções transversais variáveis. Elas são mais difíceis de projetar, analisar e construir do que as treliças simples ou compostas, mas podem ser usadas em aplicações especiais que requerem alto desempenho estrutural, como suportes de grandes cúpulas ou mastros de navios. ESFORÇOS SOLICITANTES E MÉTODOS Os esforços solicitantes em treliças são as cargas ou forças que atuam sobre as barras da estrutura, como tensão, compressão ou cisalhamento. Essas cargas podem ser causadas pelo peso da própria estrutura, pelas cargas que ela suporta, como o peso de uma ponte ou o vento que atua em uma torre, ou por outras forças externas, como terremotos. As treliças são projetadas para resistir a esses esforços solicitantes de forma eficiente, distribuindo a carga uniformemente através da estrutura e minimizando a tensão em qualquer uma das barras. O dimensionamento adequado das barras da treliça é fundamental para garantir que a estrutura seja capaz de suportar as cargas que serão aplicadas a ela. Método do Equilíbrio dos Nós O Método do Equilíbrio dos Nós é uma técnica de análise de treliças que se baseia no equilíbrio das forças que atuam em cada nó da treliça. Neste método, as forças nas barras da treliça são desconhecidas, mas as forças nos nós podem ser calculadas a partir do equilíbrio das forças que atuam neles. Para cada nó da treliça, as forças nas barras que se conectam a ele são decompostas em suas componentes horizontais e verticais, e o equilíbrio das forças nesse nó é expresso por duas equações: a soma das forças horizontais deve ser igual a zero e a soma das forças verticais deve ser igual a zero. Usando essas equações de equilíbrio, as forças desconhecidas nas barras podem ser calculadas. Passo a Passo: 1º Identifique todos os nós da treliça e atribua a cada nó um sistemade coordenadas cartesianas. 2º Para cada nó, desenhe todas as barras que se conectam a ele e marque os ângulos que essas barras formam com os eixos horizontal e vertical. 3º Decomponha cada força nas barras em suas componentes horizontal e vertical usando os ângulos marcados. 4º Aplique o princípio do equilíbrio de forças em cada nó da treliça. Para cada nó, some as componentes horizontais das forças e iguale a zero, e faça o mesmo para as componentes verticais. 5º Resolva o sistema de equações obtido para calcular as forças desconhecidas nas barras Método de Ritter O Método de Ritter é outra técnica de análise de treliças que se baseia na resolução das equações de equilíbrio para as forças nas barras da treliça. Neste método, as forças nas barras são desconhecidas, mas as equações de equilíbrio podem ser resolvidas usando um sistema de equações lineares. Para isso, as equações de equilíbrio são escritas para cada nó da treliça, e as forças nas barras são desconhecidas. Para resolver o sistema de equações lineares, é necessário impor condições de contorno, que podem ser fornecidas pelas condições de apoio da treliça. Com as equações de equilíbrio resolvidas, as forças nas barras podem ser determinadas. Passo a Passo: 1º Identifique todos os nós da treliça e atribua a cada nó um sistema de coordenadas cartesianas. 2º Escreva as equações de equilíbrio de forças para cada nó da treliça. 3º Identifique as condições de contorno para o sistema de equações lineares e utilize-as para impor restrições ao sistema. 4º Resolva o sistema de equações lineares para calcular as forças desconhecidas nas barras. Método de Cremona O Método de Cremona é um método gráfico para a análise de treliças que se baseia na construção de polígonos de força. Neste método, as forças nas barras da treliça são representadas por vetores proporcionais à magnitude das forças, e os vetores são colocados em uma escala adequada. Em seguida, é construído um polígono fechado com esses vetores, que deve satisfazer as condições de equilíbrio. Passo a Passo: 1º Identifique todos os nós da treliça e atribua a cada nó um sistema de coordenadas cartesianas. 2º Desenhe um diagrama da treliça com todas as forças nas barras representadas por vetores de comprimento proporcional às suas magnitudes. 3º Selecione um nó da treliça e desenhe um polígono de forças que conecte todos os vetores que se conectam a ele. Certifique-se de que o polígono de forças seja fechado. 4º Aplique o princípio do equilíbrio de forças no polígono, de modo que a soma das forças horizontais e verticais seja igual a zero. 5º Repita o passo 3 para cada nó da treliça e certifique-se de que todos os polígonos de força sejam compatíveis uns com os outros. Se houver discrepâncias, ajuste os vetores correspondentes para garantir a compatibilidade. 6º Calcule as forças nas barras da treliça a partir dos vetores representados nos polígonos de força. Em resumo, a complexidade e métodos de análise de treliças pode variar dependendo do tamanho e da complexidade da treliça, bem como do método específico utilizado para resolver as equações de equilíbrio. O Método do Equilíbrio dos Nós é considerado moderadamente complexo, enquanto o Método de Ritter é mais complexo e o Método de Cremona é mais lento. CONCLUSÃO Com base no estudo, podemos concluir que as treliças são estruturas de alta resistência e rigidez em relação ao seu peso, o que as torna ideais para suportar grandes cargas sem adicionar peso desnecessário à estrutura. Elas são usadas em uma variedade de aplicações estruturais, desde pontes e torres até edifícios e estruturas para suporte de equipamentos. As treliças podem ser classificadas quanto à estaticidade em dois tipos principais: estáticas e hiperestáticas. As treliças hiperestáticas são capazes de suportar cargas maiores do que as treliças estáticas, mas são mais complexas e difíceis de projetar e construir. As treliças também podem ser classificadas quanto à sua lei de formação em três tipos: simples, compostas e complexas. As treliças simples são mais fáceis de construir e analisar do que as treliças compostas ou complexas, mas são usadas em aplicações que requerem cargas relativamente baixas. Por outro lado, as treliças complexas são mais difíceis de projetar, analisar e construir, mas podem ser usadas em aplicações especiais que requerem alto desempenho estrutural. Os esforços solicitantes em treliças são as cargas ou forças que atuam sobre as barras da estrutura, como tensão, compressão ou cisalhamento. Existem vários métodos para analisar as cargas em uma treliça, incluindo o método dos nós e o método das seções. Cada método tem suas vantagens e desvantagens e deve ser escolhido com base na complexidade da treliça e nos objetivos da análise. REFERÊNCIAS ANDRINI, D. et al. Teoria das estruturas. Revisão técnica de André Luís Abitante e Rossana Piccoli. Porto Alegre: SAGAH, 2018. Material didático disponibilizado para estudo. GIASSIFERRO E AÇO. O que é treliça? Disponível em: https://giassiferroeaco.com.br/o-que-e-trelica/. Acesso em: 27 de abril 2023. NORONHA, K. Treliças. 2020. 29 f. Apostila (Disciplina de Mecânica dos Sólidos) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5285098/mod_resource/content/0/200416%2 0Treli%C3%A7as.pdf. Acesso em: 27 de abril 2023. MUNHOZ, G. C. Treliças. 2019. 23 f. Apostila (Disciplina de Geotecnia) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: https://geotecnifes.files.wordpress.com/2019/11/trelicas_20191119-1.pdf. Acesso em: 27 de abril 2023. LIMA, R. B. Método de Cremona. 2012. 10 f. Artigo (Disciplina de Estruturas Metálicas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2012. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/94242236/Metodo-de-Cremona-Artigo. Acesso em: 27 de abril 2023. CHAVES, R. B.; SPADOTTO, A. F. Treliças isostáticas reticuladas bidimensionais. Revista Brasileira de Ensino de Engenharia, Londrina, v. 32, n. 3, p. 51-62, 2011. Disponível em: http://www.uel.br/ctu/dtru/DISCIPLINAS/3tru022/TrelicasIsosRBRev2011.pdf. Acesso em: 01 maio 2023.
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