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A população brasileira O Brasil, assim como outros países do mundo, passou pela explosão demográfica e sua população praticamente duplicou em meio século. Hoje em dia, seu crescimento vem diminuindo devido a fatores como urbanização e inserção da mulher no mercado de trabalho. Entretanto, não podemos dizer que te- mos um país povoado, já que possuímos um território muito extenso, somos no máximo um país populoso, pois em números absolutos temos a 5.ª maior popula- ção do mundo. Uma população que está concentrada em determinadas faixas do território brasileiro. Evolução da população brasileira Antes do ano de 1872, data do primeiro recense- amento, haviam estimativas precárias quanto ao total da população brasileira. Estimava-se que o número de pessoas que aqui viviam em 1550, era de 15 000, excluindo indígenas. O governo imperial fez então, um recenseamento em 1872, mas somente a partir de 1889, com o fim do Estado vinculado à igreja, quando o regis- tro civil passou a ser obrigatório, é que o levantamento populacional passou a ser melhor desenvolvido. As- sim, a partir deste momento o Estado passou a regis- trar os nascimentos, mortes e casamentos, o que era feito até então somente pela Igreja. Desde este ano até 1938, começaram a ser feitos os primeiros recenseamentos de forma incipiente e irregular. A partir da criação do IBGE, por parte do então presidente Getúlio Vargas, em 1938, temos, no ano de 1940, uma sistematização dos recenseamen- tos no Brasil. O censo se realiza de 10 em 10 anos, fato que só foi quebrado na década de 1990, quando o censo de 1990 aconteceu em 1991. Acompanhe a evolução da população brasileira: Ano População IB G E . 1872 9 930 478 1890 14 333 915 1900 17 438 434 1920 30 635 605 1940 41 236 315 1950 51 944 397 1960 70 119 071 1970 93 139 037 1980 119 070 865 1991 146 155 000 2000 169 799 170 Com esses dados podemos observar um salto na população brasileira que no período de entre 1940 até 2000, teve um aumento populacional de 41 236 315 pessoas para 169 799 170 pessoas, ou seja, neste período a população cresceu cerca de quatro vezes. Entretanto, isto não significa que a população esteja crescendo a porcentagens constantes. Nos últimos anos, temos observado uma diminuição do cresci- mento populacional, resultante da queda da taxa de natalidade. O crescimento da população entre 1940 e 1950 foi de, aproximadamente, 2,3%. Esse crescimento acen- tua-se ainda mais nas décadas posteriores, até 1970, quando a taxa de crescimento vegetativo atingiu seu ápice – 2,9%. No período em que a população brasileira cresceu vertiginosamente, houve uma queda na taxa de mortalidade, resultante da evolução da medicina e do implemento do saneamento básico. Essa queda da mortalidade não foi acompanhada pela diminuição da taxa de natalidade, fazendo com que neste período ocorresse a explosão demográfica brasileira. Nas últimas décadas, a partir de 1970, temos um crescimento de população que gira em torno de 1,6%, o menor já observado. Tal fato pode ser explicado pela diminuição das taxas de natalidade. Esta decorre de mudanças como: a inserção da mulher no campo de trabalho, além da utilização de métodos contracep- tivos. Tivemos uma diminuição gradativa da taxa de natalidade em nosso país, num processo que ocorreu de forma um pouco atrasada se comparada aos países desenvolvidos, principalmente, os europeus. 1 Se formos analisar o número de filhos que nossos avós e bisavós tinham, em comparação com o número de filhos que nossos pais têm hoje, percebemos esta queda da taxa de natalidade do país. Período Taxa de natalidade (%0) Taxa de mortalidade (%0) Taxa de cresci- mento (%) A L M E ID A ; R IG O L IN , 2 00 3, S E N E ; M O R E IR A , 1 99 9. 1941-1950 44,4 20,9 2,3 1951-1960 43,2 14,2 2,9 1961-1970 37,7 9,8 2,9 1971-1980 33,0 8,1 2,5 1981-1991 26,8 7,7 1,9 1992-1995 21,1 6,8 1,8 1996-2000 20,04 6,6 1,6 In st it ut o B ra si le ir o d e G eo g ra fi a e E st at ís ti ca ( IB G E ). Filhos por mulher no Brasil 7 6 5 4 3 2 1 0 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2,3 6,3 Atualidades vestibular, Abril 2005. Esperança de vida ao nascer (em anos) Mais idosos e menos filhos 75 70 65 60 55 50 45 40 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 68,6 45,9 Um dado que contribui para o entendimento da diminuição do crescimento demográfico resultante da queda da taxa da natalidade, é a observação da taxa de fecundidade que também caiu nos últimos anos. Esta mede o número de filhos com idade de até cinco anos por mulher em idade fértil (que no Brasil é considerada entre 10 e 50 anos). Veja a evolução da taxa de fecundidade no Brasil: Período Taxa de fecundidade (A L M E ID A ; R IG O L IN , 2 00 3) 1965-1970 5,4 1970-1975 4,8 1975-1980 4,0 1980-1985 3,3 1985-1990 2,7 1990-1999 2,3 1999-2000 2,2 O Brasil hoje está passando, segundo alguns autores, pelo estágio de transição demográfica em curso, que significa que o crescimento da popula- ção ainda é elevado, entretanto apresenta taxas de natalidade que caem de modo considerável. Há um equilíbrio entre a taxa de mortalidade e a taxa de natalidade. Países como Venezuela, Brasil, México e Marrocos podem ser enquadrados como países que possuem tais características. O Brasil com os novos dados está aos poucos se encaminhando para o es- tágio de transição demográfica avançada, no qual o crescimento da população torna-se moderado. Política demográfica brasileira As políticas governamentais, adotadas pelos governos brasileiros, contribuíram bastante para que tivéssemos no período compreendido entre 1940 e 1970, um crescimento populacional acelerado, atra- vés de políticas natalistas ou populacionistas, e a partir da década de 1970 uma diminuição nesse cres- cimento com a adoção de medidas antinatalistas. No período de vertiginoso crescimento popu- lacional brasileiro (entre 1940 e 1970), tivemos por parte dos governos, políticas que visavam povoar o território do ponto de vista da segurança nacional, as- sim como do aproveitamento dos recursos minerais. Sendo assim, na década de 60, o governo federal criou o auxílio natalidade e o salário-família. Tais benefícios contribuíram para o estímulo à natalidade. Entretanto, a partir de meados da década de 1960, início da década de 1970, começam a ser ado- tadas medidas antinatalistas. O medo da explosão demográfica aterrorizava os dirigentes e as classes dominantes de países industrializados, principal- mente o crescimento populacional dos países em desenvolvimento que poderiam, assim, ameaçar o bem-estar das sociedades desenvolvidas. Estava lançado o paradigma do neomalthusianismo, que apontava o crescimento populacional acentuado como impeditivo ao desenvolvimento econômico. Por isso, era necessário o controle da natalidade. Nessa época, instituições como a Bemfam (Socie- dade Brasileira de Bem-Estar da Família) – subsidiada por empresas e instituições estrangeiras – começaram a atuar buscando o controle da natalidade. O fim do “milagre brasileiro”, resultante de empréstimos internacionais, a partir da crise de 1973, acelerou o processo de incentivo a políticas antinatalistas. O “planejamento familiar” (modo suavizado de dizer controle de natalidade), passou a ser adotado como política de Estado, com a Bemfam, podendo atuar com mais ênfase. A esterilização feminina e o uso de contraceptivos, como a pílula anticoncepcional, foram algumas das medidas ado- tadas. Entretanto, houve um fracasso, pois o controle 2 populacional que visava o desenvolvimento econô- mico, com distribuição de renda entre a população, não aconteceu. Ocorre que o único setor que efetiva- mente ganhou com esta política foi o das indústrias farmacêuticas. Distribuição da população brasileira pelo território O crescimento populacional brasileiro não se dá de forma homogênea no território. A maior parte da população brasileiraestá concentrada junto a pri- meira área de colonização, ou seja, no litoral, e sendo assim as regiões Sudeste, Nordeste e Sul são as que possuem maior população. Porém, as regiões que mais crescem no país são o Centro-Oeste e o Norte. Isto demonstra uma incipiente, mas visível, interiori- zação da ocupação do território brasileiro. No ano de 1991, a região Sudeste representava cerca de 44% da população nacional, já nos dados de 2000 aparece com 41,98% da mesma. A população do interior cresceu mais do que a população das capitais nesse período. Enquanto nas capitais houve um crescimento de cerca de 5,2 milhões de habitantes, no interior tivemos o crescimento em 17,5 milhões de habitantes. Outro fato que comprova essa interiorização são as taxas de crescimento das cidades médias. Nos anos 90 cerca de 30 milhões de pessoas migraram para cidades médias da região Sudeste. As grandes cidades como Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,85%) apresentaram crescimentos inferiores à média nacional. As regiões metropolita- nas que mais atraem pessoas estão fora da região Sudeste. Brasília, Florianópolis, Goiânia, São Luís e Curitiba estão na ordem crescente das que mais aumentaram no país. A estrutura da população brasileira O Brasil já foi um país jovem, entretanto nos últimos anos vem passando por um processo de en- velhecimento, em virtude dos baixos valores nas suas taxas de fecundidade e natalidade, além do aumento da expectativa de vida. Desde 1970 deixamos de ser um país rural para sermos um país urbano. Sobre este dado há alguma resistência, devido a forma como ele é entendido, pois toda pessoa que mora em uma cidade (sede do município) ou em uma vila (sede do distrito) considera-se, que vive em área urbana. Mesmo melhorando os índices sociais, o Brasil ainda enfrenta seu maior vilão–a mádistribuição da renda em virtude da concentração da mesma – ou seja, temos a maior parte da população vivendo com pouca renda e uma pequena parcela da população vivendo com renda alta. Outra característica de nossa população é o fato de ser composta por uma maioria feminina, o que não significa uma melhor situação econômica quando comparada a dos homens. A formação da população brasileira No período da colonização, o Brasil possuía entre 2 e 5 milhões de índios de diferentes nações, sendo os mais numerosos, pertencentes as tribos jê e tupi-guarani. Porém, com a chegada do europeu, estes povos sofreram um grande genocídio e etnocídio. A popu- lação indígena na década de 1980 era de 200 mil in- divíduos, concentrados nas áreas mais interiorizadas como o Centro-Oeste, representando 0,2% da popula- ção brasileira. Devido à criação de reservas indígenas, esse contingente tem aumentado nos últimos anos. O restante da população brasileira provém da imigração forçada de africanos e da imigração livre de americanos, europeus e asiáticos, que ocuparam o território, cresceram e se miscigenaram. Segundo dados do IBGE, a maior parte da po- pulação brasileira é branca. Os negros são em menor número que os pardos (mulatos, cafuzos e mamelucos), entretanto, campanhas de valorização do negro têm permitido aumentar o número de pessoas que se consi- deram negras. O grande número de pardos demonstra a grande miscigenação que houve em nosso país. Composição etária da população brasileira Como dissemos anteriormente, a população brasileira vem mudando o seu perfil com relação à sua composição etária. Segundo dados do IBGE, nos anos 90, a população de 0 a 6 anos diminuiu 3,4%. Com a diminuição do número de jovens verifica-se um aumento na população adulta, inferindo sobre o aumento da população economicamente ativa, ou seja, da população em idade para o trabalho (15 a 60 anos). Isto vai significar uma mudança no planejamento es- tratégico do país, com um maior direcionamento de investimentos para a criação de empregos. A população idosa é outra que cresceu em nosso país, resultado de investimentos em saúde e condições sanitárias. Com isso se faz necessário 3 o replanejamento previdenciário, à medida que é cada vez mais crescente o número de aposentados e cada vez menor o número de contribuintes, devido ao aumento do trabalho informal. Pirâmide etária brasileira O envelhecimento da população pode ser vi- sualizado através da pirâmide etária, que cada vez mais tem diminuído sua base em detrimento do alargamento do centro e do topo. A população que possui mais de 60 anos atinge hoje, cerca de 9% da população brasileira. Atualmente, a idade mediana – aquela que separa os 50% mais jovens dos 50% mais velhos – é de 24,2 anos. Essa evolução pode ser acompanhada através dos gráficos representativos de diferentes décadas. A expectativa de vida no Brasil é, hoje, de aproximadamente 72 anos. Pirâmides etárias da população brasileira Brasil: 1970 Homens Mulheres %10 8 6 6 8420024 80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 10% (A L M E ID A ; R IG O L IN , 2 00 3) Brasil: 1991 Homens Mulheres %10 8 6 024 80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 6 8420 10% Brasil: 2000 Homens Mulheres %10 8 6 024 80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 6 8420 10% A tendência brasileira é que este estreitamento da base e o alargamento do topo continuem se acen- tuando, conforme a previsão a seguir. Transição demográfica No Brasil, com a queda nas taxas de fecundida- de e mortalidade e o aumento da expectativa de vida, cresce a proporção de idosos na população. População - 2000/2040 Atualidades, Vestibular 2005, Ed. Abril. Homens MulheresIdade 2000 2040 80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% Gênero da população brasileira A população brasileira continua possuindo uma leve superioridade numérica de mulheres em relação aos homens. Existem 96,87 homens para cada 100 mulheres, em números absolutos, a população femini- na é superior em mais de 2,6 milhões. Entretanto, um dado curioso é importante ressaltar, há um número maior de nascidos homens. Esta diminuição sensível da população masculina se deve ao fato da taxa de mortalidade entre homens ser maior do que a de mulheres. Isto porque entre a população masculina é mais comum a morte em virtude da violência, como homicídios e acidentes de trânsito, principalmente na faixa etária que vai de 15 a 30 anos. Os homens vivem em média 65 anos, enquanto as mulheres possuem a expectativa de vida de 72 anos. Somente na região Norte, a população mascu- lina é maior que a feminina. Condições de vida Nos anos 1990, melhoramos nossos índices so- ciais, graças a uma pequena melhoria na educação e na saúde. Porém este fato não foi suficiente para recu- perar significativamente os índices socioeconômicos brasileiros, que mesmo integrando o grupo de países de alto Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresenta índices abaixo de países como a Líbia e Trinidad e Tobago, ocupando a 70.ª posição no ranking do PNUD, 2007. O problema está correlacionado a fatores como a má distribuição da renda e a mortalidade infantil, que apesar de estar decrescendo, ainda está acima dos 4 valores tolerados pela OMS (Organização Mundial de Saúde), já que possui 28 mortes a cada 1 000 crian- ças, sendo que o limite aceito, é 20 mortes a cada 1 000 crianças nascidas. Outro dado que demonstra as fragilidades de nosso país quanto ao desenvol- vimento social, está no fato de que o número de mulheres que morrem em partos também é elevado, atingindo no ano 2000, o valor de 46 mortes de mu- lheres a cada 100 mil nascimentos. O analfabetismo é outro dado que alarma, mesmo com uma redução significativa, o país hoje possui cerca de 12,8% de sua população semsaber ler e escrever. A distribuição de renda brasileira é uma das piores do mundo, fato que pode ser visualizado através da tabela: Classe de rendimento médio mensal familiar per capita em salário-mínimo (%) - 1999 Até ½ Mais de ½ a 1 Mais de 1 a 2 Mais de 2 a 3 Mais de 3 a 5 Mais de 5 (A L M E ID A ; R IG O L IN , 20 03 ) 18,9 21,8 25,6 11,2 9,4 9,9 É possível visualizar que mais de 65% da po- pulação brasileira vive com renda inferior ou igual a 2 salários-mínimos. Cerca de 45% da população brasileira vive com salários inferiores ou iguais a 1 salário-mínimo. A população brasileira que vive com menos de 1 dólar por dia (abaixo da linha de pobreza) passou, entre 1998 e 1999, de 5,1% para 9%. Com isso, temos o crescimento do processo de favelização, em virtu- de das poucas condições de moradia geradas pela baixa renda. Mesmo com o número de moradores por domicílio tendo caído, tivemos um aumento no nú- mero de favelas no período entre 1991 e 2000, quan- do pulamos de aproximadamente 3 188 para 3 905, num crescimento de 22,5%. População economicamente ativa O Brasil possui cerca de 86 milhões de brasi- leiros fazendo parte da população economicamente ativa (PEA), ou seja, o universo de pessoas inseridas no mercado de trabalho, estejam elas empregadas ou não. Desse contingente, cerca de 8 milhões (9%) estão desempregados. A falta de emprego atinge principalmente mulheres, negros, jovens e pessoas que não completaram o ensino fundamental. A maior parte da população economicamente ati- va está no setor terciário (53%), o que para um país em desenvolvimento como o Brasil, significa um grande contingente de subempregados, pois, boa parte dessa população trabalha no setor informal da economia, de camelôs a vendedores ambulantes em semáforos. A população que trabalha no setor secundário é de aproximadamente 23,8% e mostra o quanto é grande nosso parque industrial. No entanto, embora esteja um pouco abaixo dos patamares registrados por países de primeiro mundo, este dado esconde um grande atraso tecnológico de nosso parque industrial. Os 23,2% restantes, trabalham no setor primário da economia, um número bastante alto, quando compa- rado aos países desenvolvidos, demonstrando, assim, o atraso de nossa agricultura, com grande número de mão-de-obra em detrimento à pequena mecanização. Imigração para o Brasil Iniciando em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Sousa, a imigração para o Brasil era de portugueses que estavam apenas interessados na ex- tração de recursos naturais de nosso território. Com a criação das capitanias hereditárias e a introdução da cana-de-açúcar houve uma maior fixação de por- tugueses e escravos negros no país, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Franceses, holandeses e britânicos ocuparam al- gumas partes de nosso território, no período colonial; no entanto, foram expulsos por índios e/ou portugueses. Em 1808, com a abertura dos portos, foi permiti- da a entrada e saída de imigrantes livres europeus de outras nacionalidades. Até este momento, somente portugueses tinham o direito de se instalar no Brasil. O fluxo imigratório, mesmo assim, foi pequeno em virtude da mão-de-obra escrava adotada no período, não havendo portanto empregos. Apenas em 1850 com a proibição do tráfico negreiro através da Lei Eu- sébio de Queirós, houve um maior desenvolvimento da cafeicultura, da indústria e o acesso à posse de terras na região Sul do país. Nesse momento houve um grande fluxo de italianos e alemães. Entre 1885 e 1934 cerca de 1 milhão de italianos imigraram para o Brasil, boa parte deles foram traba- lhar nas lavouras de café em São Paulo, a outra parte foi povoar a região Sul, em especial a Serra Gaúcha. Os alemães ocuparam áreas da região Sudeste (Rio de Janeiro e Espírito Santo) trabalhando com lavouras de café, além de ocuparem a região Sul em momento anterior aos italianos. Nesse período houve um grande fluxo de espa- nhóis que se instalaram nos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro e de japoneses que vieram para trabalhar nas lavouras de café instaladas no interior de São Paulo, ocupando em seguida o Norte paranaense. 5 Até 1929, ano da quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, quando houve uma recessão econômi- ca mundial, esse fluxo populacional estrangeiro foi intenso, depois disso observa-se uma redução sig- nificativa no número de imigrantes. Logo após este momento, iniciou-se uma crise no país, principalmente nas área agroexportadoras. A produção de café em São Paulo teve problemas, a região de Ilhéus passou pela crise do cacau, assim como na Zona da Mata, houve uma queda na expor- tação do açúcar. Estes dois últimos fatos estimularam a migração nordestina para o Sudeste. Esta migração fez com que houvesse um exce- dente de mão-de-obra, fazendo com que o governo de Vargas, em 1934, criasse a Lei de Cotas de Imigração que restringia a entrada de estrangeiros no país (esta lei só não tinha validade para portugueses). Com isso houve um controle, não apenas do núme- ro de estrangeiros, mas também do número de anarcos- sindicalistas, que normalmente eram imigrantes. A Lei de Cotas associada à crise mundial fez com que a entrada de imigrantes nesse período não fosse significativa. Com o fim da Segunda Guerra Mundial até 1973, o Brasil voltou a ter um aumento do fluxo de imigrantes em virtude do crescimento econômico gerado por investimentos estatais e estrangeiros, que ampliaram a oferta de emprego nos setores se- cundário e terciário. Fluxos como de eslavos na região de Curitiba, chineses e coreanos em São Paulo, judeus, sírios, libaneses e latino-americanos em todo o território brasileiro, também foram importantes na construção da população brasileira, porém em menor número. Brasil: país de emigração O país assume a característica de ser de emi- gração, devido às poucas oportunidades de trabalho oferecidas além dos baixos salários. Lugares como os Estados Unidos, Europa e Japão são alguns dos locais que mais recebem brasileiros. Para o Japão, temos o fluxo dos filhos e netos de japoneses (dekasseguis) que voltam à terra de seus ancestrais em busca de dinheiro, trabalhando em atividades subalternas, renegadas por cidadãos japoneses. Economizando de todas as formas, boa parte destes descendentes de japoneses acumulam divisas para retornarem ao Brasil e instalar negócios próprios. Há um grande fluxo de brasileiros na Europa, principalmente em Portugal (cuja língua é a mesma), na Itália e Alemanha (principalmente de descen- dentes que obtiveram a dupla nacionalidade), além da França, Inglaterra e Espanha. Nesses países, os emigrantes conseguem empregos pelo fato de se sujeitarem a salários baixos e ao não pagamento de alguns direitos trabalhistas (até porque boa parte desses imigrantes entra de forma ilegal). É comum o trabalho de brasileiros em redes de prostituição in- ternacional. A dupla cidadania concedida pela Itália e pela Alemanha a descendentes de pessoas nascidas nesses países, visa a redução dos efeitos gerados por um crescimento vegetativo próximo ou inferior a zero. Selecionando como imigrantes os filhos e netos de descendentes desses países, eles evitam o fluxo migratório proveniente de latinos, africanos e asiáticos, motivos da xenofobia nessa região. O fluxo para os Estados Unidos é o mais intenso, normalmente sendo feito por jovens de classe média, em busca de melhores condições de vida. Muitos deles acabam optando pela clandestinidade para viverem nos EUA, porque as leis de imigração ame- ricanas são muito rígidas. Lá, muitos trabalham em serviços subalternos, buscando com isso acumular divisas e assim conseguir, quando retornarem ao Brasil, seu próprio negócio. Um fluxo importante também ocorre para o Paraguai, sendo fruto da expansão agrícola bra- sileira, onde produtores de soja brasileiros (mais precisamente da região Sul), lá se instalaram para o plantio da mesmacultura em áreas antes pouco habitadas. Esses brasileiros são conhecidos como brasiguaios. Países de imigração de brasileiros (dados de 2001) País N.º de pessoas EUA 800 000 Paraguai 455 000 Japão 254 000 Alemanha 60 000 Portugal 52 000 Argentina 38 000 Itália 37 000 Suíça 26 000 França 22 500 Suriname 20 000 (A L M E ID A ; R IG O L IN , 2 00 3) 6 País N.º de pessoas Uruguai 20 000 Inglaterra 15 000 Outros 100 500 Total 1 900 000 A migração interna no país No Brasil predominam as migrações voluntá- rias, ou seja, aquelas que são movidas pelo desejo de melhoria de vida ou de ascensão social, geradas por questões socioeconômicas. Mesmo tendo como principal condicionante a pobreza, é importante sa- lientar que isto não invalida a condição de voluntária, pois parte da decisão de um indivíduo, ao contrário das migrações impelidas ou forçadas. Em nosso país, ao longo da história, é possível chegar à conclusão que a maioria dos movimentos populacionais foram gerados por questões socioeconômicas. De acordo com o IBGE, a faixa etária que mais migra entre estados e municípios é a população de 18 a 39 anos, a mesma que possui a maior participação no total da população brasileira. Histórico das migrações Os movimentos migratórios foram, ao longo da história, responsáveis pela ocupação de grandes extensões do território brasileiro. O primeiro fluxo de relevância ocorreu nos séculos XVI e XVII, quando os criadores de gado do litoral nordestino se dirigiram ao sertão, em função da atividade açucareira que ocupou toda a região da Zona da Mata, atraindo um grande contingente populacional. No século XVIII, nordestinos e paulistas se dirigiram para as regiões mineradoras de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, num processo que gerou uma incipiente urbanização no centro do país. Com a diminuição da produção de ouro no século XIX, começamos a ter um movimen- to de retorno aos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, em função do crescimento da economia ca- feeira. Já no final do século XIX, tomou força a saída de nordestinos – especialmente do Ceará – para a Amazônia, que nesse momento tinha na extração da borracha um grande aparato econômico. Acentuou a saída de pessoas da região Nordeste com o fluxo, na primeira metade do século XX, rumo ao oeste paulista para o trabalho nas culturas de café e algodão. Com a industrialização crescente temos o início de uma migração para as grandes cidades, após a II Guerra Mundial, aumentando o movimento de mi- grantes do Nordeste para o Sudeste, especialmente para São Paulo e Rio de Janeiro. Com a construção de Brasília temos a ocupação do Centro-Oeste, que nas décadas de 1950 e 1960 é feita em boa parte por nordestinos, chamados de “candangos”. No final da década de 1970, há um fluxo migra- tório de nordestinos para a Zona Franca de Manaus, sendo esta uma migração orientada pelo governo federal. A modernização da agricultura na região Sul, seguida de uma crise do minifúndio (quando as terras se tornaram pequenas para as famílias que cresciam) fez com que, a partir dos anos 1970, houvesse a ex- pansão da fronteira agrícola rumo ao Centro-Oeste e, posteriormente, ao Norte. Na década de 1980, zonas de mineração, como a Serra dos Carajás e a Serra Pelada (Pará), atraíram garimpeiros para o norte do país. Tipos de migração no Brasil As migrações inter-regionais São aquelas que ocorrem de uma região para ou- tra, como por exemplo, do Nordeste para o Sudeste e para a região Norte, ou do Sul para o Centro-Oeste. O Nordeste é a área do país que mais perde con- tingentes populacionais devido, principalmente, aos baixos índices de desenvolvimento econômico e social, ocorrente desde o declínio da economia açucareira. Entretanto, como o desemprego também aumentou na região Sudeste, houve uma diminuição desse ve- tor migratório, gerando, inclusive, um movimento de retorno de nordestinos à sua região de origem. Ainda assim, é grande o fluxo de nordestinos para a região Sudeste, assim como o fluxo para as regiões Centro- Oeste e Norte, além do estado do Paraná. O Centro-Oeste, é uma área do país que mais recebe pessoas do que perde sendo uma das regiões que mais cresce em população. Entretanto, os números de entrada de pessoas já foram maiores, principalmente quando da construção de Brasília e da expansão da fronteira agrícola iniciada em meados dos anos 1970. O Centro-Oeste é a região que mais cresce, seguida da região Norte. Cidades como Boa Vista e Porto Velho possuem crescimento superior a São Paulo e Rio de Janeiro, em função de seu maior recebimento de fluxos migratórios. No Sul há um certo equilíbrio entre a entrada e a saída de contingentes populacionais. 7 Migração entre 1970 e 1990 no Brasil As migrações intrarregionais Este tipo de migração se refere àquelas ocor- rentes dentro de uma mesma região, como exemplo podemos citar as que partem das zonas agrícolas de- cadentes do Sudeste (na qual temos a pecuária onde antes tínhamos a lavoura) para as cidades da própria região. Outro exemplo são os gaúchos, catarinenses e paranaenses que se dirigiram para as terras novas do oeste de Santa Catarina e Paraná. Existe uma tendência atual de atração de pólos de desenvolvimento que surgem com a desconcentra- ção industrial, podendo ser verificada pelo movimen- to de migrantes no interior de seu próprio estado ou região, principalmente nas regiões Nordeste e Sul. Tal fato pode explicar a volta daqueles que migraram. Entre as tradicionais áreas de atração popula- cional que permanecem hoje, temos ainda, os estados do Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo. Este último ainda guarda esta característica, pelo fato de ser o centro econômico mais importante do país. A migração rural–urbana, ou êxodo rural É a saída do campo em direção às cidades. Na década de 1940, cerca de 70% da população brasi- leira vivia em zonas rurais, entretanto, já na década de 1980, temos a inversão desse dado, com 67% da população vivendo nas cidades. Isto demonstra a força que teve o êxodo rural na dinâmica populacio- nal brasileira. O êxodo rural foi acentuado na década de 1970, pela mecanização do campo, que provocou a diminui- ção da necessidade de mão-de-obra, concomitante ao processo de industrialização nas cidades. Entretanto alguns pesquisadores contestam tais dados, pelo fato de o IBGE considerar como residente em área urbana, toda pessoa que vive em sede distrital (vila), que é considerada como aglomerado urbano. Uma proposta para esse impasse seria se o IBGE definisse áreas urbanas através da densidade demográfica. Atual- mente, pelos dados oficiais, 81,23% da população brasileira vive em áreas urbanas. A migração urbana–urbana Este tipo de migração é aquela que ocorre de uma cidade para outra. Pode estar correlacionada a uma continuação do êxodo rural, já que esta migração se faz, normalmente, por etapas. Num primeiro mo- mento, ao deixar o campo, o migrante se dirige para uma cidade pequena ou média, e depois, em outra etapa, acaba migrando para um grande centro. Entretanto um outro caso pode ser verificado hoje em dia: a migração das grandes metrópoles para cidades médias, principalmente na região Sudeste, na busca por melhor qualidade de vida (menor violência, trânsito, poluição e custo de vida). Com isso, é forte a atração de polos de desenvolvimento como Cam- pinas (SP), Riberão Preto (SP), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), Londrina (PR) etc. Outro exemplo de migração é recorrente nas regiões metropolitanas, onde trabalhadores das ci- dades menores executam movimento pendular, para trabalhar durante o dia nas cidades maiores. A migração rural–rural Este tipo de migração se caracteriza pela mobili- dade populacional de uma área agrícola para outra. Uma distinção entre os migrantes deve ser feita, pois existem diferenças entre os que se instalaram nas frentes pioneiras e que lá permaneceram,como os sulistas que migraram para o Centro-Oeste e Sul, e aqueles migrantes que, como trabalhadores volan- tes, vivem à procura de trabalho. Destes últimos é possível distinguir: trabalhadores sazonais – são aqueles ligados ao fenômeno de transumância, onde trabalhado- res rurais se deslocam para as frentes de trabalho apenas na época da colheita, como o que acontece 8 com trabalhadores que residem entre o agreste e o sertão nordestino e se deslocam para realizar o corte da cana-de-açúcar na Zona da Mata, faixa litorânea desta região. Estes trabalhadores são conhecidos no Nordeste como corumbás. “Boias-frias” – vivem nas periferias das pe- quenas e médias cidades do interior, são arregi- mentados diariamente para trabalhar nas fazendas, sem qualquer vínculo empregatício, executando um movimento pendular. (UFES) O Brasil é um país populoso e despovoado. Tal1. contradição aparente pode ser explicada da seguinte maneira. Tem um número relativo de habitantes acima dasa) médias normais. Tem um número absoluto de população correspon-b) dente ao tamanho de sua área. Tem uma taxa de crescimento demográfico muitoc) baixa. Tem densidade demográfica pequena em relaçãod) ao total de sua área. Tem população relativa alta e população absolutae) baixa. Solução: ` D Mesmos possuindo a 5.ª maior população absoluta do mundo, em virtude do território ser muito extenso, podemos dizer que vivemos em um país despovoado. Além desse dado, é importante frisar que a maior parte da população brasileira está concentrada nas áreas mais próximas ao litoral. Considere o gráfico a seguir.2. 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% crescimento vegetativo taxa de natalidade taxa de mortalidade Brasil - Taxa de crescimento vegetativo Ano 1890 1900 1920 1940/50 1960 1970 1980 1990/95 (I B G E , 1 99 1) O gráfico somente nos permite afirmar que: estão nitidamente expressas três etapas: até 1940,a) o declínio das taxas de natalidade e mortalidade conservam uma certa proporcionalidade; no perío- do de 1940-1970 há um declínio maior da mortali- dade, portanto um maior crescimento vegetativo e, após 1970, ocorre o inverso, a população tende a ter um crescimento menos acentuado. a grande diminuição do crescimento populacionalb) do Brasil está diretamente relacionada à melhoria das condições de vida e ao maior controle de na- talidade. o fator de maior peso no aumento da populaçãoc) brasileira é atualmente a melhoria da saúde, higiene e saneamento básico, embora a mortalidade tenha tendência a aumentar devido à presença da Aids. o período de maior destaque neste gráfico é o ded) 1940-1970, quando o crescimento vegetativo sofre uma grande queda e inicia-se o processo de desa- celeração do crescimento populacional. as baixas taxas de natalidade atuais levam a ume) aumento cada vez mais acentuado do crescimento vegetativo. Solução: ` A O gráfico nos mostra três períodos distintos da evolução da população brasileira. O primeiro, até 1940, demonstra uma grande natalidade, e uma grande mortalidade de- corrente da carência na área de medicina e saneamento básico. O segundo, entre 1940 e 1970, mostra uma evolução da medicina e das condições sanitárias, com a diminuição da mortalidade. E o terceiro, de 1970 em diante, demonstra a queda da natalidade, decorrente da inserção da mulher no mercado de trabalho, da utilização de métodos contraceptivos etc. (FURG) Selecione a alternativa que completa correta-3. mente o parágrafo abaixo. O ritmo de crescimento da população brasileira diminuiu consideravelmente nos últimos quarenta anos. Explica-se esse processo através da acelerada ocorrida nos anos 70, que estimulou o êxodo rural, aumentando a taxa de do país. Por outro lado, a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho urbano, associada aos métodos contraceptivos, desencadeou uma rápida queda nas taxas de , refletidas na acentuada queda da . da mulher brasileira. A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto é: 9 industrialização, urbanização, natalidade, fecundi-a) dade. industrialização, urbanização, natalidade, mortali-b) dade. urbanização, industrialização, fecundidade, morta-c) lidade. urbanização, industrialização, mortalidade, natali-d) dade. urbanização, industrialização, mortalidade, fecundi-e) dade. Solução: ` A A industrialização/urbanização são os fatores responsá- veis pela mudança de nossa estrutura etária, fazendo com que a maior parte da população seja de adultos, devido a queda de natalidade/fecundidade. (F. Catanduva - SP) O aprofundamento da recessão e4. do desemprego gerou uma ampliação do número de vendedores ambulantes (camelôs) nas áreas metropo- litanas, absorvendo, com isso, a mão-de-obra ociosa liberada por outros setores. Isto significa que a parte do PIB criada pelo setor terciário cres-a) ceu consideravelmente, graças à liberação de mão- -de-obra improdutiva do setor secundário. incremento de produtividade do setor terciário,b) com o respectivo aumento da população economi- camente ativa. que o crescimento da produção de riquezas peloc) setor terciário foi maior que o crescimento da força de trabalho engajada no comércio e serviços. uma hipertrofia do setor terciário, pela alta absor-d) ção de mão-de-obra barata, com investimentos li- mitados de capital e baixa produtividade. que a liberação de trabalhadores para a economiae) urbana forneceu um estoque de mão-de-obra ba- rata, mas pouco qualificada, que foi integrada ex- clusivamente ao comércio, em detrimento do de- senvolvimento industrial. Solução: ` D A maior parte da população brasileira hoje trabalha no setor terciário da economia. Normalmente esse setor consegue receber um maior contingente de trabalha- dores sem qualificação profissional, principalmente no setor informal. (UFES) Dos diversos grupos de imigrantes que vieram para5. o Espírito Santo, destaca-se um povo de origem germânica que, já na Europa, se mantinha segregado por causa de seus costumes peculiares. Concentrou-se no atual municí- pio de Santa Maria do Jetibá, falando seu dialeto original e dedicando-se, principalmente, à olericultura, conseguindo preservar uma cultura de resistência que serve para manter quase intactas suas tradições. Trata-se de: alemães.a) holandeses.b) italianos.c) pomeranos.d) tiroleses.e) Solução: ` D Os imigrantes que vieram para o Espírito Santo e se mantiveram segregados assim como na Europa, foram os pomeranos, povo que vivia no norte da Prússia, num território que estaria hoje entre a Alemanha, a Polônia e o Mar Báltico. Houve imigração de alemães da Baviera para o Espírito Santo, entretanto, eles procuraram se integrar mais a sociedade local. (Unesp) A área conhecida como “de colonização” no6. Rio Grande do Sul, é caracterizada pela existência de pequenas propriedades cuidadas por colonos europeus e seus descendentes, que se dedicaram a um tipo especial de cultivo, que logo deu origem a pequenas “cantinas” que passaram a industrializar a produção agrícola. Devido à grande aceitação do produto, a matéria-prima passou a ser produzida, também, em grandes propriedades monocultoras. Várias empresas, inclusive multinacionais, vêm-se instalando na região e, além de abastecerem o mercado interno brasileiro, têm atendido, também, à exportação. Assinale a alternativa que contém o principal tipo de imigrante e o tipo de cultivo que originou a indústria típica da área. Italiano e chá mate.a) Alemão e malte.b) Italiano e suco de laranja.c) Alemão e cevada.d) Italiano e uva.e) Solução: ` E Os italianos que se instalaram no Rio Grande do Sul de- ram início ao cultivo da uva em pequenas propriedades, ao contrário dos que foram para São Paulo trabalhar nas lavouras de café de grandes produtores. (Unesp) Os imigrantes japoneses começaram a chegar7. ao Brasil em 1908, atingindo, na atualidade aproxima- damente 1,5 milhão de nikkeis, os quais englobam emigrantes japoneses e seus descendentes. Nos últimos anos tem crescido a ida de brasileirospara o Japão, principalmente na faixa produtiva entre 20 e 35 anos. 10 Esta inversão no fluxo migratório está vinculada ao desejo de conhecer e se engajar em trabalhos alta-a) mente especializados. entrave burocrático provocado pela lei brasileirab) que proíbe o trabalho de imigrantes japoneses e seus descendentes. desejo de fazer turismo a baixo custo, devido à co-c) tação do dólar. boa aceitação da comunidade japonesa, que reser-d) va aos imigrantes os melhores e mais valorizados empregos. engajamento no mercado de trabalho não espe-e) cializado e temporário, através de agenciadores ou intermediários. Solução: ` E Os brasileiros descendentes de japoneses que migram para a terra de seus antepassados, os dekasseguis, trabalham em atividades não especializadas, já que a população local possui um alto nível de capacitação, não se submetendo a determinados tipos de trabalho. (UERJ) “Laércio Pereira da Silva, 18 anos, veio do interior8. da Bahia para trabalhar durante quatro meses na colheita de café (...). Segundo o sindicato dos trabalhadores rurais (...), cerca de 25 mil trabalhadores migram do norte de Minas Gerais e do sul da Bahia para a região cafeeira de Patrocínio [Triângulo Mineiro] nesta época [junho].” (Folha de São Paulo, 07 ago. 1998) A utilização de mão-de-obra migrante pela economia cafeeira explica-se por: necessidade de replantio anual do cafezal, obri-a) gando a contratação de um contingente extra de agricultores. sazonalidade na cultura do café, implicando uma varia-b) ção da necessidade de trabalhadores ao longo do ano. ocorrência de seca no sertão mineiro e baiano, libe-c) rando trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar na região. organização de frentes de trabalho no Triângulo Mi-d) neiro pelo governo federal, atraindo migrantes para a cafeicultura. Solução: ` B A colheita do café é feita uma vez no ano, sendo assim, um contingente de trabalhadores de áreas estagnadas como o sul da Bahia (área do cacau) e do norte mineiro (área de milho e algodão), são contratados temporaria- mente, enquanto houver trabalho. Este processo carac- teriza uma transumância no meio rural brasileiro. (UFPE) Em relação à distribuição da população brasileira,9. é incorreto afirmar que: as migrações internas no Brasil ocorrem desde oa) século XVII e foram determinadas, quase sempre, pelo aparecimento de novos pólos de atração po- pulacional. o café foi um dos principais responsáveis pelo po-b) voamento do vale do Paraíba, das “terras roxas” de São Paulo e da depressão periférica paulista. no Brasil, desde o início da colonização até os diasc) atuais, a população esteve mais concentrada na porção oriental. o êxodo rural no Brasil resultou do notável progres-d) so industrial ocorrido nas décadas de 50 e 60, na região Centro-Oeste. além de povoar o território e expandir as fronteirase) econômicas, as migrações internas promoveram, de uma certa maneira, a urbanização do Brasil e aumen- taram o processo de miscigenação da população. Solução: ` D O progresso industrial brasileiro ocorreu, primeiramente, junto ao Sudeste, onde suas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, começaram a atrair um grande contingente populacional. Atualmente a maior parte da população brasileira é considerada urbana. (UFV) A respeito do processo migratório Nordeste/Sudes-10. te no Brasil, na década de 80, é correto afirmar que: a onda migratória em direção ao Sudeste, particu-a) larmente para a Grande São Paulo, continuou inal- terada. o aparecimento do MST (Movimento dos Trabalha-b) dores Rurais Sem Terra) na região amazônica des- locou a migração nordestina para aquela região em busca dos assentamentos. a promessa do governo em realizar a transposiçãoc) do rio São Francisco para a região da seca nordes- tina influiu na redução do fluxo migratório. a região Sudeste apresentou um fenômeno inéditod) pois, pela primeira vez, o saldo migratório foi negativo. as políticas governamentais de apoio aos nordes-e) tinos afetados pela seca começaram a surtir efeito, contribuindo para reduzir a migração. Solução: ` D O saldo migratório negativo que atingiu a região Sudeste, teve como motivo a emigração de agricultores de São Paulo e Minas Gerais rumo às áreas novas do Centro- Oeste e do Norte. 11 Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma queda tanto da taxa de natalidade quanto da taxa de mortalida- de, entretanto a queda desta última foi maior do que a primeira, gerando a explosão demográfica brasileira. Hoje em dia a maior parte da população brasileira é12. composta pela etnia branca, entretanto o povo que originalmente ocupava este território eram os indíge- nas, hoje resumidos a 0,2% da população nacional. Cite um fato histórico que contribuiu para a dizimação dos povos indígenas. Solução: ` Com a mineração em Minas Gerais houve o apresamento de indígenas para servirem de mão-de-obra escrava na região. Este apresamento fez com que os bandeirantes se adentrassem no território, ocupando assim novas áreas. (UFRGS) A colonização italiana no Rio Grande do Sul13. está “em alta” na literatura, no cinema e na imprensa, com o livro e o filme “O Quatrilho”. Os colonos, sempre vistos como distantes do mundo urbano, com uma cultura muito própria, como nos mostra Lotti com sua charge, estão tendo sua cultura revalorizada também pelos jovens. A respeito da colonização italiana no Rio Grande do Sul é correto afirmar que se deu: na alta Encosta do Planalto, a partir de 1875, coma) as colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isa- bel, com imigrantes da região do Vêneto. na Depressão Central, a partir de 1824, com asb) Colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isabel, com imigrantes da região do Vêneto. no Vale do Rio dos Sinos, a partir de 1875, com asc) Colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isabel, com imigrantes das lavouras de café da Província de São Paulo. na alta Encosta do Planalto, a partir de 1824, comd) as Colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isa- bel, com imigrantes da região da Calábria. na Depressão Central, a partir de 1875, com as Co-e) lônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isabel, com imigrantes da região do Vêneto. (PUC) Responder a questão 11 com base no gráfico,11. referente à evolução da população do Brasil. % 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Crescimento vegetativo Brasil: crescimento vegetativo (1872 a 2000) IB G E . C en so D em og rá fic o, 2 00 0. 1872 1890 1900 1920 1940 1950 19601970 1980 1991 2000 Pela análise do quadro, conclui-se que está correta a seguinte afirmativa. Logo após a Segunda Guerra Mundial, houvea) brusca aceleração do crescimento vegetativo, ocasionada, principalmente, pela diminuição da taxa de mortalidade. O ano de 1950 foi marcado pela diminuição dab) população, em função do acelerado processo imigratório. Entre 1872 e 1890, a população aumentou sig-c) nificativamente, graças à revolução médico-sa- nitária que difundiu práticas de higiene e tornou obrigatória a vacinação contra o sarampo e a poliomielite em crianças até dois anos de idade. A taxa do crescimento vegetativo aumentoud) continuamente entre 1872 e 2000, graças à ma- nutenção da elevada taxa de natalidade. O crescimento vegetativo sofreu desaceleraçãoe) a partir de 1940, em função da diminuição da taxa de fecundidade. Solução: ` A 12 (Fuvest) Em relação ao crescimento vegetativo da po-1. pulação brasileira expresso na tabela a seguir, podemos afirmar que a taxa de mortalidade permaneceu inalterada en-a) quanto que a taxa de natalidade diminuiu. a taxa de natalidade permaneceu inalterada en-b) quanto que a taxa de mortalidade aumentou. as duas taxas diminuíram na mesma proporção.c) a taxa de mortalidade aumentou mais rapidamented) do que a taxa de natalidade. a taxa de natalidade diminuiu mais rapidamente doe) que a taxa de mortalidade. (Mackenzie) Atualmente verifica-se na população2. brasileira: redução da população relativa.a) aumento expressivo da taxa de mortalidade.b)redução da população absoluta.c) diminuição progressiva da população urbana.d) gradual redução das taxas de natalidade.e) (UEL) Analise o gráfico apresentado a seguir.3. (I B G E . C on ta ge m d a p op u la çã o, 1 99 6) A leitura do gráfico permite concluir que: com o aumento da proporção de adultos deverá au-a) mentar a taxa de fertilidade da população feminina. está ocorrendo um relativo envelhecimento da po-b) pulação brasileira. Solução: ` A A obra do escritor gaúcho José Clemente Pozenatto, O Quatrilho, que ganhou as telas do cinema, mostra o início da colonização italiana no Rio Grande do Sul, contando a história de casais que assim como no jogo se reagrupam em novos pares. A imigração italiana ocupou a alta Encosta do Planalto, pois os alemães que vieram anteriormente já tinham se instalado junto as terras mais baixas como o Vale do Rio dos Sinos. Os imigrantes que vieram para o Sul, tinham origem no Vêneto, região do Nordeste italiano. “Desde que estou retirando14. só a morte vejo ativa, só a morte deparei e às vezes até estiva só morte tem encontrado quem pensava encontrar vida e o pouco que não foi morte foi de vida severina aquela vida que é menos vivida que defendida e é ainda mais severina para o homem que retira.” O trecho da obra Morte e Vida Severina de João Cabral de Mello Neto, narra a experiência de um retirante, demonstrando um tipo de migração presente até os dias de hoje. Qual o tipo de migração presente na narrativa?a) Em que conjunto de obras está enquadrado esteb) livro de João Cabral de Mello Neto? Solução: ` A migração que Severino de Maria, personagema) principal do livro, executa, é do Agreste para a Zona da Mata. A falta de oportunidade nas áreas do interior do Nordeste provocam estas migra- ções rumo às grandes cidades nordestinas, que estão concentradas na Zona da Mata, como Re- cife, cidade em que Severino vai chegar ao final do livro. Entretanto, a migração intrarregional mais comum é a do Sertão para a Zona da Mata. A obra de João Cabral de Mello Neto foi escritab) em 1956, e inclui-se no conjunto da Geração de 45. Esta geração elaborou uma poética com ri- gor formal e intelectualismo. 13 a diminuição da proporção de jovens com menosc) de 14 anos indica que a taxa de mortalidade infantil cresceu nesta década. o aumento da proporção de velhos deverá reduzird) as migrações internas. está estabilizado o crescimento da população bra-e) sileira. (UEL) Seguindo a tendência já observada no início4. dos anos 90 pôde-se constatar que a participação da população da região Sul no conjunto da população brasileira continua: aumentando e, em 1996, representava quase 1/4a) da população nacional. aumentando e, em 1996, representava cerca deb) 30% da população nacional. decrescendo e, em 1996, representava aproxima-c) damente 15% da população nacional. decrescendo e, em 1996, representava aproxima-d) damente 10% da população nacional. decrescendo e, em 1996, representava cerca dee) 8% da população nacional. (UFBA) O gráfico a seguir representa a distribuição5. regional da população brasileira. (01) Os setores de I a V referem-se, respectivamente, às grandes regiões Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. (02) O povoamento da grande região Norte se fez mais recentemente, com base na agropecuária e na ex- ploração mineral. (04) A densidade demográfica é maior em V que em II. (08) No Brasil, a densidade demográfica é mais baixa no litoral, devido ao processo de interiorização desen- cadeado pela construção de Brasília. (16) No início do século XX , a revolução médico-sanitá- ria provocou a queda das taxas de mortalidade e a explosão demográfica no Terceiro Mundo. Soma ( ) (UFES) O Brasil é um país populoso e despovoado.6. Tal contradição aparente pode ser explicada da seguinte maneira: tem um número relativo de habitantes acima dasa) médias normais. tem um número absoluto de população correspon-b) dente ao tamanho de sua área. tem uma taxa de crescimento demográfico muitoc) baixa. tem densidade demográfica pequena em relaçãod) ao total de sua área. tem população relativa alta e população absoluta baixa.e) (UFPE) Analise o mapa a seguir e assinale a alternativa7. incorreta. A distribuição da população ocorre de forma de-a) sigual no Brasil. Cerca de 87% dos habitantes se concentram nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste, o per- centual é inferior a 15%. Em termos quantitativos, a grande representativida-b) de da população residente no Sudeste está ligada à presença, nessa região de Estados industrializados como: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Nordeste é a segunda região mais populosa do país,c) concentrando cerca de 28,5% da população brasileira. Os dados referentes à densidade demográfica fo-d) ram obtidos graças à divisão da participação per- centual da população absoluta pela superfície ocu- pada por cada região. A densidade demográfica na região Norte é aproxi-e) madamente 1/10 da existente na região Nordeste. (Unesp) Embora o Brasil esteja colocado entre os países8. mais populosos do mundo, quando se relaciona sua população total com a área do país obtém-se um número relativamente baixo. A essa relação população X área damos o nome de: 14 taxa de crescimento.a) índice de desenvolvimento.b) densidade demográfica.c) taxa de natalidade.d) taxa de fertilidade.e) (Unesp) Área territorial e população pelas regiões9. brasileiras: Considerando os dados apresentados, identificar a alternativa que contém, corretamente indicadas, as regiões brasileiras que substituem os números 1, 2 e 3 na ordem da tabela anterior. Centro-Oeste, Nordeste e Sul.a) Centro-Oeste, Sudeste e Sul.b) Norte, Nordeste e Sudeste.c) Sudeste, Sul e Nordeste.d) Norte, Sudeste e Sul.e) (UFRGS) Entre 1991 e 1996, a população gaúcha10. cresceu a uma taxa anual de 1,07%, enquanto no Brasil tal taxa foi de 1,36%. Com relação a esse tema, são feitas as seguintes afirmações. A não cobertura vacinal em crianças com idade inferiorI. a um ano provocou um aumento da mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, ocasionando, assim, uma dimi- nuição na taxa de crescimento populacional do Estado. O Estado apresentou, entre 1991 e 1996, uma ten-II. dência de perder contingentes populacionais de- vido à emigração, fato que contribui para o menor ritmo de crescimento da população gaúcha. O menor crescimento populacional do Estado, emIII. relação à média dos demais estados brasileiros, pode ser atribuído, em grande parte, à queda da taxa de fecundidade das mulheres gaúchas. Quais estão corretas? Apenas I.a) Apenas II.b) Apenas I e II.c) Apenas II e III.d) I, II e III.e) (FATEC) A questão está relacionada à pirâmide etária11. apresentada a seguir. Brasil - população residente, por sexo e grupos de idade - 1991 IB G E . C en so D em og rá fi co . 80 e mais A leitura da pirâmide permite afirmar que: os altos índices de mortalidade infantil encontradosa) no interior do Brasil são os responsáveis pelo es- treitamento da base da pirâmide. a intensa mobilidade interna da população brasilei-b) ra tem sido responsável pelo alargamento do topo da pirâmide. a desigual distribuição de renda entre a populaçãoc) tem sido responsabilizada pela redução da base da pirâmide. a redução do crescimento vegetativo é responsá-d) vel pelo estreitamento da base da pirâmide, nesta última década. o atual crescimento da população tenderá a alargare) novamente o topo da pirâmide, momentaneamente estreitado pela crise dos anos 1980. (FGV) Os dados a seguir representam os índices de:12. Brasil – Demografia O M U N D O H O JE – 19 95 /9 6. população economicamente ativa, ligada ao setora) primário, cujo declínio deve-se ao avanço da meca- nização na agricultura. natalidade, ainda elevados, embora venham de-b) crescendo desde a década de 1950, com a acele- ração do processo urbano-industrial nas principais regiões do Brasil. 15 população jovem de 10 a 19 anosque, apesar doc) declínio, constitui a maior faixa da pirâmide etária brasileira, em razão das altas taxas de natalidade e redução das taxas de mortalidade. mortalidade infantil, ainda bastante elevados, reve-d) lando saneamento básico insatisfatório e precárias condições de educação, moradia, alimentação e saúde, devido a baixos salários. mortalidade global, semelhantes a vários países doe) mundo, pois são médias que não discriminam as idades em que as mortes ocorrem. (Fuvest) Analise o gráfico a seguir e identifique as linhas13. que correspondem à população economicamente ativa distribuída por setores da economia. População economicamente ativa no Brasil I II III primário terciário secundárioa) primário secundário terciáriob) secundário terciário primárioc) terciário secundário primáriod) terciário primário secundárioe) (Mackenzie) A representação gráfica a seguir mostra14. os índices brasileiros de: natalidade.a) expectativa de vida.b) mortalidade.c) renda d) per capita. densidade demográfica.e) (UECE) Sobre a dinâmica demográfica no Brasil é15. correto afirmar: com as precárias condições de vida na cidade e noa) campo, os índices de mortalidade vêm se elevando progressivamente. ao lado da elevação do índice de mortalidade, o deb) natalidade também se eleva, embora de modo mais lento. os índices de mortalidade infantil são basicamentec) os mesmos nas regiões brasileiras. nos últimos censos demográficos revela-se umad) pequena redução da taxa de crescimento da po- pulação brasileira. (UEL) Sobre as tendências atuais da população brasi-16. leira é possível perceber: um notável crescimento do contingente de idososI. (com idade acima de 65 anos) modificando a ca- racterização tradicional de “País jovem”; a permanência por quase três décadas do mesmoII. percentual de população feminina na composição da População Economicamente Ativa (PEA); a tendência da população urbana crescer mais nasIII. cidades de médio porte, do que nas capitais das Regiões Metropolitanas. Pode-se afirmar que: somente I é correto.a) somente I e II são corretos.b) somente I e III são corretos.c) somente II e III são corretos.d) somente I, II e III são corretos.e) (UFRGS) Com relação às características da população17. brasileira, considere as seguintes afirmativas. A expectativa de vida média da população é supe-I. rior a 60 anos. Apesar de terem diminuído nas últimas décadas, os ín-II. dices de mortalidade infantil ainda são elevados, sendo maiores que em alguns países em desenvolvimento. A expectativa de vida está diretamente relacionadaIII. ao rendimento familiar e às condições de vida. Quais estão corretas? Apenas I.a) Apenas II.b) Apenas III.c) 16 Apenas I e II.d) I, II e III.e) (UFRGS) Sobre a estrutura etária de uma determinada18. população e sua respectiva representação gráfica, con- sidere as seguintes afirmações. A pirâmide etária revela importantes aspectos daI. situação socioeconômica de uma população. O declínio nas taxas de natalidade causa um estrei-II. tamento na base da pirâmide. A redução nas taxas de mortalidade e o conse-III. quente aumento da expectativa de vida são repre- sentados pelo alargamento da base da pirâmide. Quais estão corretas? Apenas I.a) Apenas II.b) Apenas III.c) Apenas I e II.d) I, II e III.e) (UFRGS) Sobre o aumento da expectativa de vida,19. considere as seguintes afirmações. O aumento da expectativa de vida da população mun-I. dial, combinado com as mudanças no estilo de vida, propiciará o aumento dos casos de doenças crônicas. O aumento da expectativa de vida da população brasi-II. leira nas últimas duas décadas acarretará a necessidade não só de uma oferta ampliada de vagas nas escolas de Ensino Fundamental como também de maiores investi- mentos nos setores de puericultura e obstetrícia. O aumento da expectativa de vida de um deter-III. minado país é um indicador qualitativo do seu desenvolvimento. Quais estão corretas? Apenas I.a) Apenas II.b) Apenas III.c) Apenas I e II.d) Apenas I e III.e) (UnB) As tabelas I e II abaixo referem-se às taxas de20. analfabetismo em alguns países e nas regiões brasileiras, em 1990. País Índice de analfabetismo (%) Bulgária 2 Argentina 4 Chile 6 Paraguai 10 Equador 12 Brasil 18 Bolívia 20 Quênia 29 Botsuana 45 Região do Brasil Índice de anal- fabetismo (%) Sudeste 11 Norte 12 Sul 12 Centro-Oeste 16 Nordeste 36 U N ES C O . Tabela IITabela I Com base nas informações acima, julgue os itens que se seguem, como certos (C) ou errados (E). (1) A análise da tabela I permite inferir um quadro de inferioridade do Brasil não só no que diz respeito ao analfabetismo, mas também a outros indica- dores sociais: o Brasil está atrás de países como Bulgária, Argentina e Chile, que, no entanto, não apresentam o mesmo nível de desenvolvimento econômico brasileiro. (2) A região Sudeste, a mais desenvolvida do Brasil, praticamente eliminou o analfabetismo, estando à frente das demais regiões brasileiras no que se refere à solução desse problema social. (3) O alto índice relativo ao Nordeste brasileiro expli- ca-se pelo fato de a região ser um grande vazio demográfico, não justificando grandes investi- mentos em educação. (4) As estatísticas a respeito do analfabetismo em um país são de importância secundária, pois, isolada- mente, não expressam o quadro da situação de bem-estar social da população. (Cesgranrio) A imigração estrangeira teve um papel im-21. portante na formação da estrutura populacional do Brasil. Sobre esse fluxo migratório, pode-se afirmar que os: eslavos, os italianos, os alemães e os poloneses con-I. centraram-se na região sul do país, onde se instalaram no final do século XIX, o que explica, em boa parte, a predominância de brancos entre a população sulista. japoneses, chegando, em grande parte, a partir deII. 1908, concentraram-se em São Paulo e no Pará, dedicando-se, nesse último estado, à agricultura da pimenta-do-reino. negros, oriundos da África são mais numerosos noIII. nordeste, primeira grande área de atração popula- cional do Brasil. 17 Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): I apenas.a) I e II apenas.b) I e III apenas.c) II e III apenas.d) I, II e III.e) (Cesgranrio) A respeito da presença nipônica no Brasil,22. completando 100 anos em 2008, é correto afirmar que os primeiros japoneses que aqui chegaram: concentraram-se nos estados de São Paulo e doa) Pará. fundaram inúmeras cidades no Sul do Brasil.b) criaram colônias agrícolas em todo o Centro-Oes-c) te. entraram em conflito com alemães, italianos e po-d) loneses. dispersaram-se ao longo de todo o litoral.e) (Mackenzie) Apesar de pequena expressão numérica,23. os imigrantes deixaram sua presença em algumas regi- ões brasileiras. Os municípios de Garibaldi e Bento Gon- çalves, no Rio Grande do Sul, são frutos da imigração: alemã.a) italiana.b) japonesa.c) portuguesa.d) eslava.e) (UEL) Considere os itens sobre o contingente de imi-24. grantes que chegou ao Brasil entre 1824 e 1934. Os italianos suplantaram numericamente os ale-I. mães e japoneses juntos. Pela política de imigração, a grande maioria vinhaII. para o Brasil com o título da propriedade rural. Comparativamente à Argentina e aos Estados Uni-III. dos, o volume imigratório no país foi inferior. Fixaram-se exclusivamente na região Sul do país.IV. São corretos apenas: I e III.a) I e IV.b) II e III.c) II e IV.d) III e IV.e) (UEL) Considere o gráfico apresentado a seguir.25. Proporção das nacionalidades na imigração para o Brasil (1808 - 1995) No gráfico, os números I e II representam, respec- tivamente, os alemães e os italianos.a) os espanhóis e os japoneses.b) os portugueses e os japoneses.c) os portugueses e os italianos.d) os italianos e os espanhóis.e) (UFMG) Assistiu-se no país, nas últimas décadas, a um26. movimento migratório sem precedentes, que foi alvo de investigação por parte do Itamaraty. Sobre esse movimento, assinale a alternativa incorreta. A entrada de brasileiros em alguns países é facili-a)tada por ancestrais que alimentaram, no passado, correntes no sentido inverso. A entrada de brasileiros em outros países é garan-b) tida por diversos fatores entre os quais se inclui a ausência de restrições à imigração de naturais des- ses países no território nacional. A transformação do Brasil em país de emigraçãoc) se deu recentemente e teve, como alvo preferencial de destino, o próprio continente em que o país está localizado. O levantamento foi comprometido pelo caráter ded) clandestinidade que marca a permanência de mui- tos brasileiros em diversos países. (UFPE) Que fator(es) contribuiu(íram) para que as27. regiões Norte e Nordeste do Brasil não recebessem imigrantes, no século passado, ao contrário do que ocorreu com o Sul e o Sudeste? A proibição governamental.a) A existência de solos próprios para o cultivo dab) cana-de-açúcar. As adversidades do clima subtropical.c) As secas prolongadas.d) O clima tropical e o sistema escravocrata.e) 18 (UFSCAR) Os imigrantes vinham trabalhar nas fazendas, 28. sob o regime de empreitada, acertados previamente. Ti- nham permissão para plantar a roça de subsistência nos corredores do cafezal, intercalando as duas culturas, ou ainda podiam trabalhar em outras terras fora do cafezal. Distribuíram-se pelo interior de São Paulo, como se pode observar no mapa. Localização dos trabalhadores rurais que passaram na hospedaria dos imigrantes de São Paulo (V A LV E R D E , O rl an d o. E st u d os d e ge og ra - fi a A gr ár ia B ra si le ir a. ) Entre os anos de 1887 e 1888 ocorreu o que se costuma chamar de “a grande imigração” para as plantações de café. Nessa época teve papel destacado o imigrante: italiano.a) espanhol.b) português.c) alemão.d) japonês.e) (Unesp) Considerando o gráfico fornecido a seguir e os29. conhecimentos sobre processos migratórios no Brasil, é incorreto afirmar que: Imigração para o Brasil segundo a nacionalidade (1980-1990) a herança cultural brasileira foi recebida principal-a) mente dos italianos que se concentraram no cen- tro-sul do país. considerando-se a participação portuguesa no pro-b) cesso de colonização, foi dos portugueses que rece- bemos nossa herança cultural fundamental. a participação de imigrantes japoneses e alemãesc) foi bastante próxima em termos quantitativos. entre os outros imigrantes, destacaram-se os sírio-d) libaneses, os judeus e eslavos (poloneses, tchecos e iugoslavos). a maioria dos imigrantes europeus que vieram parae) o Brasil são povos atlanto-mediterrâneos. (Unesp) Dentre os imigrantes que se dirigiram para o30. Brasil no século XX, uma nacionalidade destacou-se pelo fato da maioria ter se fixado no estado de São Paulo, embora grande parte tenha se dirigido para outros estados, como Paraná, Amazonas e Pará. No interior paulista, dedicaram-se ao cultivo do chá no Vale do Ribeira, do algodão e à criação do bicho-da-seda no oeste e aos hortifrutigranjeiros nos arredores da capital. O texto trata do imigrante: italiano.a) espanhol.b) japonês.c) alemão.d) holandês.e) (PUC-Campinas) Considere os versos a seguir.31. “Pedro pedreiro penseiro esperando o trem Manhã parece, carece de esperar também Para o bem de quem tem bem De quem não tem vintém Pedro pedreiro está esperando a morte Ou esperando o dia de voltar pro norte Pedro não sabe mas talvez no fundo Espere alguma coisa mais linda que o mundo Maior do que o mar Mas pra que sonhar Se dá o desespero de esperar demais Pedro pedreiro quer voltar atrás Quer ser pedreiro pobre e nada mais Esperando o sol, esperando o trem Esperando o aumento para o mês que vem Esperando um filho pra esperar também.” Assinale a alternativa que exprime a realidade contida nos versos do compositor Chico Buarque de Hollanda. Uma cena comum na vida de um trabalhador daa) construção civil no início do processo de industria- lização de São Paulo. O cotidiano desalentador de um empregado dab) construção civil, síntese da problemática social dos migrantes nordestinos. O processo reivindicatório de um trabalhador porc) melhores condições de salário e transporte. 19 A realidade urbana das metrópoles nordestinas, en-d) frentada por trabalhadores oriundos da zona rural. O isolamento do migrante nordestino que não see) adapta ao grande centro urbano. (PUC-Campinas) Considere os versos de “No dia que32. eu vim embora” de Caetano Veloso. “... E quando eu me vi sozinho Vi que não entendia nada Nem de pro que eu ia indo Nem dos sonhos que eu sonhava Senti apenas que a mala De couro que eu carregava Embora sendo forrada Fedia, cheirava mal Afora isto ia indo Atravessando, seguindo Nem chorando, nem sorrindo Sozinho pra capital.” O sujeito retratado nos versos de Caetano Veloso, semelhante a milhares de outros migrantes, refletea) problemas socioeconômicos de ordem estrutural que impelem habitantes de áreas pobres a busca- rem melhores condições de vida em grandes cida- des. semelhante a milhares de outros migrantes, refleteb) problemas de ordem conjuntural, ligados às ques- tões naturais adversas tais como secas pronuncia- das ou enchentes catastróficas. sinaliza para um tendência recente de movimen-c) tação da população brasileira de deslocar-se mais intensamente no âmbito intrarregional. representa um migrante temporário, que se deslocad) nos períodos de entressafra para garantir a subsis- tência das condições de vida de seu grupo. pratica um tipo de movimento migratório temporá-e) rio, com ritmo definido, caracterizado pelo tempo certo de saída e de retorno. (PUC-Campinas) As migrações internas no Brasil (1980-33. 1990) apresentaram como principais áreas de fluxo: estados de Rondônia, Acre, São Paulo, além dasI. regiões de Serra Pelada e Transamazônica; estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre e Roraima.II. As regiões brasileiras que melhor se caracterizaram como áreas de saída para os destinos I e II foram, respectivamente, sul e nordeste.a) nordeste e sul.b) sudeste e nordeste.c) centro-oeste e norte.d) sudeste e sul.e) (PUCPR) Estudantes e trabalhadores que moram em34. Araucária, Piraquara ou outra cidade qualquer da área metropolitana e que, diariamente, se deslocam de seu município para a capital, Curitiba, realizam um movimento chamado: diuturno.a) transumância.b) nomadismo.c) êxodo.d) pendular.e) (UEL) É uma espécie de movimento de transumância,35. realizado periodicamente pela população da zona rural que migra conforme a estação do ano, em busca de outras áreas rurais que lhe ofereçam condições de ocupação. Este movimento é encontrado no Brasil entre os: povos da floresta que, durante as cheias do Ama-a) zonas, dirigem-se aos cinturões verdes de Manaus e de Belém, em busca de emprego. peões que trabalham nas fazendas de criação deb) gado do Mato Grosso e de Tocantins que se diri- gem para o oeste de São Paulo, para a colheita da cana. pequenos agricultores do sul de Goiás e do Matoc) Grosso do Sul que se dirigem para o oeste de Santa Catarina, para a colheita da soja. habitantes do Sertão e do Agreste nordestino qued) se dirigem à Zona da Mata, para trabalharem na atividade canavieira. posseiros e arrendatários das áreas de conflitos dee) terras da Amazônia para as áreas agrícolas do norte e oeste do Paraná, para trabalharem como bóias-frias. (UEL) Dentre as alterações ocorridas no padrão das36. migrações internas brasileiras durante a última década pode-se destacar: a redução da emigração nordestina.I. a ampliação da migração para o Sul.II. o direcionamento do fluxo migratório para cidadesIII. médias. 20 a ampliação do fluxo migratório para a Amazônia.IV. a significativa ampliação da migração para o Sudeste.V. Estão corretas somente: I, II e III.a) I, II e V.b) I, III e IV.c) II, III e IV.d) III, IV e V.e) (UERJ) “Mano velho, mando as primeiras notícias desde37. que deixei você e a família aí no nosso lugar. As dificul- dades são muitas. A chuva não falta, embora tenha uma época em que diminui um pouco. Já a terra não é tão fértilquanto parecia: se a gente não cuida, ela logo can- sa, porque a água só leva o que tem de bom. E somente quando se derruba aquela mata densa é que se vê que o chão não é plano, e sim ondulado. Com isso, e ainda mais a distância até o rio, tudo fica mais difícil. De qualquer maneira, ainda está dando para levar melhor do que aí na terra natal; pelo menos aqui não tem que ficar pedindo licença a usineiro para plantar umas coisinhas ...” Imagine que o trecho anterior seja de uma carta escrita por um migrante para sua família. De acordo com os elementos nela contidos, a alternativa que expressa, respectivamente, as áreas de imigração e de emigração, é: campos do Sul - Mata de Araucária.a) cerradões do Centro-Oeste - Agreste.b) caatinga do Nordeste - Pampa gaúcho.c) terra firme na Amazônia - Zona da Mata nordestina.d) (UFES) “... O povo é que nem passarinho, está voando,38. voando, e não acha onde sentar. Só que passarinho canta e o migrante chora...” (MENEZES, Marilda Aparecida de. Suplemento Especial. A Tribuna, 27 ago. 1995.) As migrações resultam de catástrofes naturais, questões políticas, ideológicas, étnico-raciais, profissionais e, sobretudo, econômicas. Analisando a situação socioeconômica do Brasil atual, pode-se verificar que o fluxo de migração mais recente tem-se dirigido do Nordeste para o Sudeste e Sul.a) Norte para o Sul e Sudeste.b) Sudeste para o Centro-Oeste e Sul.c) Sudeste para o Nordeste e Norte.d) Sul para o Sudeste e Centro-Oeste.e) (UFPR) Devido a mudanças no padrão migratório do país,39. o mapa da população brasileira ganhou novos contornos nesta década de 1990 (IBGE, 1996). Considerando os movimentos migratórios e a nova dinâmica da distribuição espacial da população brasileira, é correto afirmar. Diferentemente das últimas três décadas, os re- )( centes movimentos internos da população brasi- leira são decorrentes principalmente do processo de urbanização que se verifica no interior do país, da desconcentração da atividade industrial e da ex- pansão da fronteira econômica de caráter agrícola. Atualmente, as cidades médias distribuídas em )( grande parte do território brasileiro são as que apresentam o maior crescimento populacional. A migração pendular deixou de existir a partir da )( década de 1970, devido ao êxodo rural. A migração cidade-cidade, caracterizada pela )( saída de habitantes de uma cidade em direção a outra, constitui o principal fenômeno do processo migratório atual. A transumância é um movimento populacional )( sazonal como o que os nordestinos realizam na época das secas. (Unesp) Leia o texto.40. “... E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar algum roçado da cinza. Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o Severino que em Vossa presença emigra”. Esta pequena parte do Auto de Natal pernambucano - Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto - retrata a realidade do nordeste do Brasil. Assinale a alternativa que melhor expressa tal realidade. Açudes, desnutrição e imigração.a) Solo pedregoso, imigração e doenças.b) Desnutrição, emigração e escassez de água.c) Solo pedregoso, emigração e alta esperança de vida.d) Escassez de água, roçado e imigração.e) 21 Texto para a próxima questão (UFSC) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a soma dos itens corretos. O crescimento da população de um país decorre do1. crescimento vegetativo e do saldo migratório. Pela análise atenta dos gráficos de natalidade e mortalidade no Brasil e os diferentes aspectos a eles relacionados, é correto concluir que: IBGE. Anuário estatístico do Brasil (vários). (01) o baixo crescimento natural de 1,9%, em 1990, refle- te, na verdade, uma melhoria nas condições socio- econômicas dos brasileiros que se igualam às dos países desenvolvidos. (02) a melhoria das condições de saneamento, a amplia- ção da medicina preventiva e a melhoria da assistên- cia médico-hospitalar são as razões que explicam a queda da mortalidade de 2,5%, em 1940, para 0,7%, em 1990. (04) a natalidade, que vem caindo desde a década de 60, não se compara à dos países desenvolvidos, que é bem inferior à natalidade apresentada na última década. (08) dentre os fatores explicativos da queda da natali- dade, estão o crescimento urbano, o alto custo de criação dos filhos nas cidades e a maior participação das mulheres no mercado de trabalho. Soma ( ) (UFRN) O fluxo migratório de brasileiros tem sofrido2. grandes transformações. Nas três últimas décadas, o Paraguai se cosntitui o segundo destino da emigração nacional. incentivo à colonização, pelo governo paraguaio, naa) região fronteiriça; disponibilidade de áreas agrícolas com preço infe-b) rior ao das terras do centro-sul brasileiro; perseguições políticas a grupos de trabalhadoresc) rurais; sistema produtivo, que concentra melhores oportu-d) nidades de emprego. (Cesgranrio) Como se pode verificar no mapa a seguir,3. a distribuição da população brasileira pelo espaço geo- gráfico permite afirmar que: Estimativa 1990 a grande maioria da população brasileira ainda seI. encontra no antigo limite de Tordesilhas. mais de 1/3 do país, apesar dos 150 milhões deII. habitantes, ainda é quase um “vazio demográfico”. o sul e o sudeste da região Centro-Oeste se incor-III. poram rapidamente à faixa de maior concentração demográfica. Rondônia e a calha leste do vale do Amazonas es-IV. tão em processo de ocupação. uma área ao leste do vale do São Francisco ainda seV. apresenta com densidades muito baixas. As afirmativas corretas são: somente I, II e III.a) somente II, III e IV.b) somente II, III e V.c) somente I, III, IV e V.d) I, II, III e IV e V.e) A questão está relacionada ao gráfico e às afirmações4. a seguir. IB G E . 22 A taxa de mortalidade infantil é um dos mais im-I. portantes indicadores da qualidade de vida da po- pulação. A sensível diminuição da mortalidade infantil estáII. relacionada a vários fatores, entre os quais o pro- cesso de urbanização e o aumento das condições médico-hospitalares. Desde a década de 1970 que a taxa de mortalidadeIII. infantil tornou-se relativamente homogênea, haven- do pouca variação entre as regiões brasileiras. A partir do ano 2000, a taxa de mortalidade infantilIV. tenderá a se estabilizar, pois já atingiu o patamar con- siderado ideal para um país em desenvolvimento. A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre a população brasileira permitem concluir que está correto apenas o que se afirma em: I e II.a) I e III.b) I e IV.c) II e III.d) III e IV.e) (Fuvest) Com base no gráfico a seguir, referente à5. população brasileira no período de 1940 a 1991, e considerando as peculiaridades demográficas do nosso país, pode-se afirmar que: Crescimento bruto e taxa média geométrica de incremento anual da população – 1940-1991 B ra si l e m n úm er os . I B G E , 1 99 2. A d ap ta d o. a evolução da taxa de incremento da populaçãoa) revela padrões demográficos típicos de país com intensa migração interna. a taxa de incremento está desvinculada do aumen-b) to da população absoluta, devido ao aumento da imigração nas últimas décadas. a projeção do comportamento das curvas repre-c) sentadas para o final do século prenuncia uma forte redução da população absoluta. a queda pronunciada na taxa de incremento não im-d) pediu, até agora, o aumento da população absoluta. as taxas de incremento verificadas nas décadas dee) 1950 e 1960 estão associadas às baixas taxas de fecundidade da mulher brasileira naquele período. (Fuvest) Nos últimos
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