Buscar

23 - A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A população 
brasileira
O Brasil, assim como outros países do mundo, 
passou pela explosão demográfica e sua população 
praticamente duplicou em meio século. Hoje em dia, 
seu crescimento vem diminuindo devido a fatores 
como urbanização e inserção da mulher no mercado 
de trabalho. Entretanto, não podemos dizer que te-
mos um país povoado, já que possuímos um território 
muito extenso, somos no máximo um país populoso, 
pois em números absolutos temos a 5.ª maior popula-
ção do mundo. Uma população que está concentrada 
em determinadas faixas do território brasileiro.
Evolução da população 
brasileira
Antes do ano de 1872, data do primeiro recense-
amento, haviam estimativas precárias quanto ao total 
da população brasileira. Estimava-se que o número 
de pessoas que aqui viviam em 1550, era de 15 000, 
excluindo indígenas. O governo imperial fez então, um 
recenseamento em 1872, mas somente a partir de 1889, 
com o fim do Estado vinculado à igreja, quando o regis-
tro civil passou a ser obrigatório, é que o levantamento 
populacional passou a ser melhor desenvolvido. As-
sim, a partir deste momento o Estado passou a regis-
trar os nascimentos, mortes e casamentos, o que era 
feito até então somente pela Igreja.
Desde este ano até 1938, começaram a ser feitos 
os primeiros recenseamentos de forma incipiente e 
irregular. A partir da criação do IBGE, por parte do 
então presidente Getúlio Vargas, em 1938, temos, no 
ano de 1940, uma sistematização dos recenseamen-
tos no Brasil. O censo se realiza de 10 em 10 anos, 
fato que só foi quebrado na década de 1990, quando 
o censo de 1990 aconteceu em 1991.
Acompanhe a evolução da população brasileira:
Ano População
IB
G
E
.
1872 9 930 478
1890 14 333 915
1900 17 438 434
1920 30 635 605
1940 41 236 315
1950 51 944 397
1960 70 119 071
1970 93 139 037
1980 119 070 865
1991 146 155 000
2000 169 799 170
Com esses dados podemos observar um salto na 
população brasileira que no período de entre 1940 até 
2000, teve um aumento populacional de 41 236 315 
pessoas para 169 799 170 pessoas, ou seja, neste 
período a população cresceu cerca de quatro vezes. 
Entretanto, isto não significa que a população esteja 
crescendo a porcentagens constantes. Nos últimos 
anos, temos observado uma diminuição do cresci-
mento populacional, resultante da queda da taxa de 
natalidade. 
O crescimento da população entre 1940 e 1950 foi 
de, aproximadamente, 2,3%. Esse crescimento acen-
tua-se ainda mais nas décadas posteriores, até 1970, 
quando a taxa de crescimento vegetativo atingiu seu 
ápice – 2,9%. No período em que a população brasileira 
cresceu vertiginosamente, houve uma queda na taxa 
de mortalidade, resultante da evolução da medicina 
e do implemento do saneamento básico. Essa queda 
da mortalidade não foi acompanhada pela diminuição 
da taxa de natalidade, fazendo com que neste período 
ocorresse a explosão demográfica brasileira.
Nas últimas décadas, a partir de 1970, temos um 
crescimento de população que gira em torno de 1,6%, 
o menor já observado. Tal fato pode ser explicado pela
diminuição das taxas de natalidade. Esta decorre de
mudanças como: a inserção da mulher no campo de
trabalho, além da utilização de métodos contracep-
tivos. Tivemos uma diminuição gradativa da taxa de
natalidade em nosso país, num processo que ocorreu
de forma um pouco atrasada se comparada aos países
desenvolvidos, principalmente, os europeus.
1
Se formos analisar o número de filhos que nossos 
avós e bisavós tinham, em comparação com o número 
de filhos que nossos pais têm hoje, percebemos esta 
queda da taxa de natalidade do país. 
Período
Taxa de 
natalidade
(%0)
Taxa de 
mortalidade
(%0)
Taxa de 
cresci-
mento
(%)
A
L
M
E
ID
A
; R
IG
O
L
IN
, 2
00
3,
 S
E
N
E
; M
O
R
E
IR
A
, 1
99
9.
1941-1950 44,4 20,9 2,3
1951-1960 43,2 14,2 2,9
1961-1970 37,7 9,8 2,9
1971-1980 33,0 8,1 2,5
1981-1991 26,8 7,7 1,9
1992-1995 21,1 6,8 1,8
1996-2000 20,04 6,6 1,6
In
st
it
ut
o 
B
ra
si
le
ir
o 
d
e 
G
eo
g
ra
fi
a 
e 
E
st
at
ís
ti
ca
 (
IB
G
E
).
Filhos por mulher no Brasil
7
6
5
4
3
2
1
0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
2,3
6,3
Atualidades vestibular, Abril 2005.
Esperança de vida ao nascer (em anos)
Mais idosos e menos filhos
75
70
65
60
55
50
45
40
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
68,6
45,9
Um dado que contribui para o entendimento da 
diminuição do crescimento demográfico resultante 
da queda da taxa da natalidade, é a observação da 
taxa de fecundidade que também caiu nos últimos 
anos. Esta mede o número de filhos com idade de até 
cinco anos por mulher em idade fértil (que no Brasil 
é considerada entre 10 e 50 anos).
Veja a evolução da taxa de fecundidade no Brasil:
Período Taxa de fecundidade
(A
L
M
E
ID
A
; R
IG
O
L
IN
, 2
00
3)
1965-1970 5,4
1970-1975 4,8
1975-1980 4,0
1980-1985 3,3
1985-1990 2,7
1990-1999 2,3
1999-2000 2,2
O Brasil hoje está passando, segundo alguns 
autores, pelo estágio de transição demográfica em 
curso, que significa que o crescimento da popula-
ção ainda é elevado, entretanto apresenta taxas de 
natalidade que caem de modo considerável. Há um 
equilíbrio entre a taxa de mortalidade e a taxa de 
natalidade. Países como Venezuela, Brasil, México e 
Marrocos podem ser enquadrados como países que 
possuem tais características. O Brasil com os novos 
dados está aos poucos se encaminhando para o es-
tágio de transição demográfica avançada, no qual o 
crescimento da população torna-se moderado.
Política demográfica 
brasileira
As políticas governamentais, adotadas pelos 
governos brasileiros, contribuíram bastante para que 
tivéssemos no período compreendido entre 1940 e 
1970, um crescimento populacional acelerado, atra-
vés de políticas natalistas ou populacionistas, e a 
partir da década de 1970 uma diminuição nesse cres-
cimento com a adoção de medidas antinatalistas.
No período de vertiginoso crescimento popu-
lacional brasileiro (entre 1940 e 1970), tivemos por 
parte dos governos, políticas que visavam povoar o 
território do ponto de vista da segurança nacional, as-
sim como do aproveitamento dos recursos minerais. 
Sendo assim, na década de 60, o governo federal criou 
o auxílio natalidade e o salário-família. Tais benefícios
contribuíram para o estímulo à natalidade.
Entretanto, a partir de meados da década de 
1960, início da década de 1970, começam a ser ado-
tadas medidas antinatalistas. O medo da explosão 
demográfica aterrorizava os dirigentes e as classes 
dominantes de países industrializados, principal-
mente o crescimento populacional dos países em 
desenvolvimento que poderiam, assim, ameaçar o 
bem-estar das sociedades desenvolvidas. Estava 
lançado o paradigma do neomalthusianismo, que 
apontava o crescimento populacional acentuado 
como impeditivo ao desenvolvimento econômico. Por 
isso, era necessário o controle da natalidade. 
Nessa época, instituições como a Bemfam (Socie-
dade Brasileira de Bem-Estar da Família) – subsidiada 
por empresas e instituições estrangeiras – começaram 
a atuar buscando o controle da natalidade. 
O fim do “milagre brasileiro”, resultante de 
empréstimos internacionais, a partir da crise de 
1973, acelerou o processo de incentivo a políticas 
antinatalistas. O “planejamento familiar” (modo 
suavizado de dizer controle de natalidade), passou a 
ser adotado como política de Estado, com a Bemfam, 
podendo atuar com mais ênfase. A esterilização 
feminina e o uso de contraceptivos, como a pílula 
anticoncepcional, foram algumas das medidas ado-
tadas. Entretanto, houve um fracasso, pois o controle 
2
populacional que visava o desenvolvimento econô-
mico, com distribuição de renda entre a população, 
não aconteceu. Ocorre que o único setor que efetiva-
mente ganhou com esta política foi o das indústrias 
farmacêuticas. 
Distribuição da população 
brasileira pelo território
O crescimento populacional brasileiro não se 
dá de forma homogênea no território. A maior parte 
da população brasileiraestá concentrada junto a pri-
meira área de colonização, ou seja, no litoral, e sendo 
assim as regiões Sudeste, Nordeste e Sul são as que 
possuem maior população. Porém, as regiões que 
mais crescem no país são o Centro-Oeste e o Norte. 
Isto demonstra uma incipiente, mas visível, interiori-
zação da ocupação do território brasileiro. No ano de 
1991, a região Sudeste representava cerca de 44% da 
população nacional, já nos dados de 2000 aparece com 
41,98% da mesma. A população do interior cresceu 
mais do que a população das capitais nesse período. 
Enquanto nas capitais houve um crescimento de cerca 
de 5,2 milhões de habitantes, no interior tivemos o 
crescimento em 17,5 milhões de habitantes. 
Outro fato que comprova essa interiorização são 
as taxas de crescimento das cidades médias. Nos 
anos 90 cerca de 30 milhões de pessoas migraram 
para cidades médias da região Sudeste.
As grandes cidades como Rio de Janeiro (0,73%) 
e São Paulo (0,85%) apresentaram crescimentos 
inferiores à média nacional. As regiões metropolita-
nas que mais atraem pessoas estão fora da região 
Sudeste. Brasília, Florianópolis, Goiânia, São Luís 
e Curitiba estão na ordem crescente das que mais 
aumentaram no país.
A estrutura 
da população brasileira
O Brasil já foi um país jovem, entretanto nos 
últimos anos vem passando por um processo de en-
velhecimento, em virtude dos baixos valores nas suas 
taxas de fecundidade e natalidade, além do aumento 
da expectativa de vida. Desde 1970 deixamos de ser 
um país rural para sermos um país urbano. Sobre este 
dado há alguma resistência, devido a forma como 
ele é entendido, pois toda pessoa que mora em uma 
cidade (sede do município) ou em uma vila (sede do 
distrito) considera-se, que vive em área urbana. 
Mesmo melhorando os índices sociais, o Brasil 
ainda enfrenta seu maior vilão–a mádistribuição da 
renda em virtude da concentração da mesma – ou 
seja, temos a maior parte da população vivendo com 
pouca renda e uma pequena parcela da população 
vivendo com renda alta.
Outra característica de nossa população é o fato 
de ser composta por uma maioria feminina, o que não 
significa uma melhor situação econômica quando 
comparada a dos homens.
A formação 
da população brasileira
No período da colonização, o Brasil possuía 
entre 2 e 5 milhões de índios de diferentes nações, 
sendo os mais numerosos, pertencentes as tribos jê 
e tupi-guarani.
Porém, com a chegada do europeu, estes povos 
sofreram um grande genocídio e etnocídio. A popu-
lação indígena na década de 1980 era de 200 mil in-
divíduos, concentrados nas áreas mais interiorizadas 
como o Centro-Oeste, representando 0,2% da popula-
ção brasileira. Devido à criação de reservas indígenas, 
esse contingente tem aumentado nos últimos anos.
O restante da população brasileira provém da 
imigração forçada de africanos e da imigração livre 
de americanos, europeus e asiáticos, que ocuparam 
o território, cresceram e se miscigenaram.
Segundo dados do IBGE, a maior parte da po-
pulação brasileira é branca. Os negros são em menor 
número que os pardos (mulatos, cafuzos e mamelucos), 
entretanto, campanhas de valorização do negro têm 
permitido aumentar o número de pessoas que se consi-
deram negras. O grande número de pardos demonstra 
a grande miscigenação que houve em nosso país.
Composição etária 
da população brasileira
Como dissemos anteriormente, a população 
brasileira vem mudando o seu perfil com relação à 
sua composição etária. Segundo dados do IBGE, nos 
anos 90, a população de 0 a 6 anos diminuiu 3,4%. 
Com a diminuição do número de jovens verifica-se 
um aumento na população adulta, inferindo sobre o 
aumento da população economicamente ativa, ou seja, 
da população em idade para o trabalho (15 a 60 anos). 
Isto vai significar uma mudança no planejamento es-
tratégico do país, com um maior direcionamento de 
investimentos para a criação de empregos. 
A população idosa é outra que cresceu em 
nosso país, resultado de investimentos em saúde 
e condições sanitárias. Com isso se faz necessário 
3
o replanejamento previdenciário, à medida que é
cada vez mais crescente o número de aposentados
e cada vez menor o número de contribuintes, devido
ao aumento do trabalho informal.
Pirâmide etária brasileira
O envelhecimento da população pode ser vi-
sualizado através da pirâmide etária, que cada vez 
mais tem diminuído sua base em detrimento do 
alargamento do centro e do topo. A população que 
possui mais de 60 anos atinge hoje, cerca de 9% da 
população brasileira. Atualmente, a idade mediana 
– aquela que separa os 50% mais jovens dos 50%
mais velhos – é de 24,2 anos. Essa evolução pode ser
acompanhada através dos gráficos representativos
de diferentes décadas. A expectativa de vida no
Brasil é, hoje, de aproximadamente 72 anos.
Pirâmides etárias da população brasileira
Brasil: 1970 Homens Mulheres
%10 8 6 6 8420024
80+
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
10%
(A
L
M
E
ID
A
; R
IG
O
L
IN
, 2
00
3)
Brasil: 1991 Homens Mulheres
%10 8 6 024
80+
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
6 8420 10%
Brasil: 2000 Homens Mulheres
%10 8 6 024
80+
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
6 8420 10%
A tendência brasileira é que este estreitamento 
da base e o alargamento do topo continuem se acen-
tuando, conforme a previsão a seguir.
Transição demográfica
No Brasil, com a queda nas taxas de fecundida-
de e mortalidade e o aumento da expectativa de vida, 
cresce a proporção de idosos na população.
População - 2000/2040
Atualidades, Vestibular 2005, Ed. Abril.
Homens MulheresIdade
2000
2040
80+
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6%
Gênero da população brasileira
A população brasileira continua possuindo uma 
leve superioridade numérica de mulheres em relação 
aos homens. Existem 96,87 homens para cada 100 
mulheres, em números absolutos, a população femini-
na é superior em mais de 2,6 milhões. Entretanto, um 
dado curioso é importante ressaltar, há um número 
maior de nascidos homens. Esta diminuição sensível 
da população masculina se deve ao fato da taxa de 
mortalidade entre homens ser maior do que a de 
mulheres. Isto porque entre a população masculina 
é mais comum a morte em virtude da violência, como 
homicídios e acidentes de trânsito, principalmente 
na faixa etária que vai de 15 a 30 anos. 
Os homens vivem em média 65 anos, enquanto 
as mulheres possuem a expectativa de vida de 72 
anos. Somente na região Norte, a população mascu-
lina é maior que a feminina.
Condições de vida
Nos anos 1990, melhoramos nossos índices so-
ciais, graças a uma pequena melhoria na educação e 
na saúde. Porém este fato não foi suficiente para recu-
perar significativamente os índices socioeconômicos 
brasileiros, que mesmo integrando o grupo de países 
de alto Desenvolvimento Humano (IDH), segundo 
o último relatório do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD), apresenta índices
abaixo de países como a Líbia e Trinidad e Tobago,
ocupando a 70.ª posição no ranking do PNUD, 2007.
O problema está correlacionado a fatores como a má
distribuição da renda e a mortalidade infantil, que
apesar de estar decrescendo, ainda está acima dos
4
valores tolerados pela OMS (Organização Mundial de 
Saúde), já que possui 28 mortes a cada 1 000 crian-
ças, sendo que o limite aceito, é 20 mortes a cada 
1 000 crianças nascidas. Outro dado que demonstra 
as fragilidades de nosso país quanto ao desenvol-
vimento social, está no fato de que o número de 
mulheres que morrem em partos também é elevado, 
atingindo no ano 2000, o valor de 46 mortes de mu-
lheres a cada 100 mil nascimentos. O analfabetismo 
é outro dado que alarma, mesmo com uma redução 
significativa, o país hoje possui cerca de 12,8% de 
sua população semsaber ler e escrever.
A distribuição de renda brasileira é uma das 
piores do mundo, fato que pode ser visualizado 
através da tabela:
Classe de rendimento médio mensal familiar 
per capita em salário-mínimo (%) - 1999
Até 
½ 
Mais 
de ½ 
a 1
Mais 
de 1 
a 2
Mais 
de 2 
a 3
Mais 
de 3 
a 5
Mais 
de 5
(A
L
M
E
ID
A
; R
IG
O
L
IN
, 
20
03
)
18,9 21,8 25,6 11,2 9,4 9,9
É possível visualizar que mais de 65% da po-
pulação brasileira vive com renda inferior ou igual 
a 2 salários-mínimos. Cerca de 45% da população 
brasileira vive com salários inferiores ou iguais a 1 
salário-mínimo.
A população brasileira que vive com menos de 
1 dólar por dia (abaixo da linha de pobreza) passou, 
entre 1998 e 1999, de 5,1% para 9%. Com isso, temos 
o crescimento do processo de favelização, em virtu-
de das poucas condições de moradia geradas pela
baixa renda. Mesmo com o número de moradores por
domicílio tendo caído, tivemos um aumento no nú-
mero de favelas no período entre 1991 e 2000, quan-
do pulamos de aproximadamente 3 188 para 3 905,
num crescimento de 22,5%.
População 
economicamente ativa
O Brasil possui cerca de 86 milhões de brasi-
leiros fazendo parte da população economicamente 
ativa (PEA), ou seja, o universo de pessoas inseridas 
no mercado de trabalho, estejam elas empregadas 
ou não. Desse contingente, cerca de 8 milhões (9%) 
estão desempregados. A falta de emprego atinge 
principalmente mulheres, negros, jovens e pessoas 
que não completaram o ensino fundamental.
A maior parte da população economicamente ati-
va está no setor terciário (53%), o que para um país em 
desenvolvimento como o Brasil, significa um grande 
contingente de subempregados, pois, boa parte dessa 
população trabalha no setor informal da economia, de 
camelôs a vendedores ambulantes em semáforos. 
A população que trabalha no setor secundário é 
de aproximadamente 23,8% e mostra o quanto é grande 
nosso parque industrial. No entanto, embora esteja um 
pouco abaixo dos patamares registrados por países de 
primeiro mundo, este dado esconde um grande atraso 
tecnológico de nosso parque industrial.
Os 23,2% restantes, trabalham no setor primário 
da economia, um número bastante alto, quando compa-
rado aos países desenvolvidos, demonstrando, assim, 
o atraso de nossa agricultura, com grande número de
mão-de-obra em detrimento à pequena mecanização.
Imigração para o Brasil
Iniciando em 1530 com a expedição de Martim 
Afonso de Sousa, a imigração para o Brasil era de 
portugueses que estavam apenas interessados na ex-
tração de recursos naturais de nosso território. Com 
a criação das capitanias hereditárias e a introdução 
da cana-de-açúcar houve uma maior fixação de por-
tugueses e escravos negros no país, principalmente 
no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco.
Franceses, holandeses e britânicos ocuparam al-
gumas partes de nosso território, no período colonial; no 
entanto, foram expulsos por índios e/ou portugueses.
Em 1808, com a abertura dos portos, foi permiti-
da a entrada e saída de imigrantes livres europeus de 
outras nacionalidades. Até este momento, somente 
portugueses tinham o direito de se instalar no Brasil. 
O fluxo imigratório, mesmo assim, foi pequeno em 
virtude da mão-de-obra escrava adotada no período, 
não havendo portanto empregos. Apenas em 1850 
com a proibição do tráfico negreiro através da Lei Eu-
sébio de Queirós, houve um maior desenvolvimento 
da cafeicultura, da indústria e o acesso à posse de 
terras na região Sul do país. Nesse momento houve 
um grande fluxo de italianos e alemães.
Entre 1885 e 1934 cerca de 1 milhão de italianos 
imigraram para o Brasil, boa parte deles foram traba-
lhar nas lavouras de café em São Paulo, a outra parte 
foi povoar a região Sul, em especial a Serra Gaúcha. 
Os alemães ocuparam áreas da região Sudeste 
(Rio de Janeiro e Espírito Santo) trabalhando com 
lavouras de café, além de ocuparem a região Sul em 
momento anterior aos italianos.
Nesse período houve um grande fluxo de espa-
nhóis que se instalaram nos grandes centros como São 
Paulo e Rio de Janeiro e de japoneses que vieram para 
trabalhar nas lavouras de café instaladas no interior de 
São Paulo, ocupando em seguida o Norte paranaense.
5
Até 1929, ano da quebra da bolsa de valores de 
Nova Iorque, quando houve uma recessão econômi-
ca mundial, esse fluxo populacional estrangeiro foi 
intenso, depois disso observa-se uma redução sig-
nificativa no número de imigrantes.
Logo após este momento, iniciou-se uma crise 
no país, principalmente nas área agroexportadoras. 
A produção de café em São Paulo teve problemas, a 
região de Ilhéus passou pela crise do cacau, assim 
como na Zona da Mata, houve uma queda na expor-
tação do açúcar. Estes dois últimos fatos estimularam 
a migração nordestina para o Sudeste. 
Esta migração fez com que houvesse um exce-
dente de mão-de-obra, fazendo com que o governo de 
Vargas, em 1934, criasse a Lei de Cotas de Imigração 
que restringia a entrada de estrangeiros no país (esta 
lei só não tinha validade para portugueses). 
Com isso houve um controle, não apenas do núme-
ro de estrangeiros, mas também do número de anarcos-
sindicalistas, que normalmente eram imigrantes.
A Lei de Cotas associada à crise mundial fez 
com que a entrada de imigrantes nesse período não 
fosse significativa.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial até 
1973, o Brasil voltou a ter um aumento do fluxo de 
imigrantes em virtude do crescimento econômico 
gerado por investimentos estatais e estrangeiros, 
que ampliaram a oferta de emprego nos setores se-
cundário e terciário.
Fluxos como de eslavos na região de Curitiba, 
chineses e coreanos em São Paulo, judeus, sírios, 
libaneses e latino-americanos em todo o território 
brasileiro, também foram importantes na construção 
da população brasileira, porém em menor número. 
Brasil: país de emigração
O país assume a característica de ser de emi-
gração, devido às poucas oportunidades de trabalho 
oferecidas além dos baixos salários. Lugares como os 
Estados Unidos, Europa e Japão são alguns dos locais 
que mais recebem brasileiros. Para o Japão, temos o 
fluxo dos filhos e netos de japoneses (dekasseguis) 
que voltam à terra de seus ancestrais em busca de 
dinheiro, trabalhando em atividades subalternas, 
renegadas por cidadãos japoneses. Economizando 
de todas as formas, boa parte destes descendentes 
de japoneses acumulam divisas para retornarem ao 
Brasil e instalar negócios próprios. 
Há um grande fluxo de brasileiros na Europa, 
principalmente em Portugal (cuja língua é a mesma), 
na Itália e Alemanha (principalmente de descen-
dentes que obtiveram a dupla nacionalidade), além 
da França, Inglaterra e Espanha. Nesses países, os 
emigrantes conseguem empregos pelo fato de se 
sujeitarem a salários baixos e ao não pagamento de 
alguns direitos trabalhistas (até porque boa parte 
desses imigrantes entra de forma ilegal). É comum 
o trabalho de brasileiros em redes de prostituição in-
ternacional. A dupla cidadania concedida pela Itália e
pela Alemanha a descendentes de pessoas nascidas
nesses países, visa a redução dos efeitos gerados
por um crescimento vegetativo próximo ou inferior
a zero. Selecionando como imigrantes os filhos e
netos de descendentes desses países, eles evitam o
fluxo migratório proveniente de latinos, africanos e
asiáticos, motivos da xenofobia nessa região.
O fluxo para os Estados Unidos é o mais intenso, 
normalmente sendo feito por jovens de classe média, 
em busca de melhores condições de vida. Muitos 
deles acabam optando pela clandestinidade para 
viverem nos EUA, porque as leis de imigração ame-
ricanas são muito rígidas. Lá, muitos trabalham em 
serviços subalternos, buscando com isso acumular 
divisas e assim conseguir, quando retornarem ao 
Brasil, seu próprio negócio.
Um fluxo importante também ocorre para o 
Paraguai, sendo fruto da expansão agrícola bra-
sileira, onde produtores de soja brasileiros (mais 
precisamente da região Sul), lá se instalaram para 
o plantio da mesmacultura em áreas antes pouco
habitadas. Esses brasileiros são conhecidos como
brasiguaios.
Países de imigração de brasileiros (dados de 2001)
País N.º de pessoas
EUA 800 000
Paraguai 455 000
Japão 254 000
Alemanha 60 000
Portugal 52 000
Argentina 38 000
Itália 37 000
Suíça 26 000
França 22 500
Suriname 20 000
(A
L
M
E
ID
A
; R
IG
O
L
IN
, 2
00
3)
6
País N.º de pessoas
Uruguai 20 000
Inglaterra 15 000
Outros 100 500
Total 1 900 000
A migração interna no país
No Brasil predominam as migrações voluntá-
rias, ou seja, aquelas que são movidas pelo desejo 
de melhoria de vida ou de ascensão social, geradas 
por questões socioeconômicas. Mesmo tendo como 
principal condicionante a pobreza, é importante sa-
lientar que isto não invalida a condição de voluntária, 
pois parte da decisão de um indivíduo, ao contrário 
das migrações impelidas ou forçadas. Em nosso país, 
ao longo da história, é possível chegar à conclusão 
que a maioria dos movimentos populacionais foram 
gerados por questões socioeconômicas.
De acordo com o IBGE, a faixa etária que mais 
migra entre estados e municípios é a população de 18 
a 39 anos, a mesma que possui a maior participação 
no total da população brasileira. 
Histórico das migrações
Os movimentos migratórios foram, ao longo da 
história, responsáveis pela ocupação de grandes 
extensões do território brasileiro. O primeiro fluxo de 
relevância ocorreu nos séculos XVI e XVII, quando os 
criadores de gado do litoral nordestino se dirigiram 
ao sertão, em função da atividade açucareira que 
ocupou toda a região da Zona da Mata, atraindo um 
grande contingente populacional. No século XVIII, 
nordestinos e paulistas se dirigiram para as regiões 
mineradoras de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, 
num processo que gerou uma incipiente urbanização 
no centro do país. Com a diminuição da produção de 
ouro no século XIX, começamos a ter um movimen-
to de retorno aos estados de São Paulo e do Rio de 
Janeiro, em função do crescimento da economia ca-
feeira. Já no final do século XIX, tomou força a saída 
de nordestinos – especialmente do Ceará – para a 
Amazônia, que nesse momento tinha na extração da 
borracha um grande aparato econômico. Acentuou a 
saída de pessoas da região Nordeste com o fluxo, na 
primeira metade do século XX, rumo ao oeste paulista 
para o trabalho nas culturas de café e algodão. 
Com a industrialização crescente temos o início 
de uma migração para as grandes cidades, após a 
II Guerra Mundial, aumentando o movimento de mi-
grantes do Nordeste para o Sudeste, especialmente 
para São Paulo e Rio de Janeiro. Com a construção 
de Brasília temos a ocupação do Centro-Oeste, que 
nas décadas de 1950 e 1960 é feita em boa parte por 
nordestinos, chamados de “candangos”. 
No final da década de 1970, há um fluxo migra-
tório de nordestinos para a Zona Franca de Manaus, 
sendo esta uma migração orientada pelo governo 
federal.
A modernização da agricultura na região Sul, 
seguida de uma crise do minifúndio (quando as terras 
se tornaram pequenas para as famílias que cresciam) 
fez com que, a partir dos anos 1970, houvesse a ex-
pansão da fronteira agrícola rumo ao Centro-Oeste 
e, posteriormente, ao Norte. 
Na década de 1980, zonas de mineração, como 
a Serra dos Carajás e a Serra Pelada (Pará), atraíram 
garimpeiros para o norte do país.
Tipos de migração no Brasil
As migrações inter-regionais
São aquelas que ocorrem de uma região para ou-
tra, como por exemplo, do Nordeste para o Sudeste e 
para a região Norte, ou do Sul para o Centro-Oeste. 
O Nordeste é a área do país que mais perde con-
tingentes populacionais devido, principalmente, aos 
baixos índices de desenvolvimento econômico e social, 
ocorrente desde o declínio da economia açucareira. 
Entretanto, como o desemprego também aumentou 
na região Sudeste, houve uma diminuição desse ve-
tor migratório, gerando, inclusive, um movimento de 
retorno de nordestinos à sua região de origem. Ainda 
assim, é grande o fluxo de nordestinos para a região 
Sudeste, assim como o fluxo para as regiões Centro-
Oeste e Norte, além do estado do Paraná.
O Centro-Oeste, é uma área do país que mais 
recebe pessoas do que perde sendo uma das regiões 
que mais cresce em população. Entretanto, os 
números de entrada de pessoas já foram maiores, 
principalmente quando da construção de Brasília e 
da expansão da fronteira agrícola iniciada em meados 
dos anos 1970. O Centro-Oeste é a região que mais 
cresce, seguida da região Norte. Cidades como Boa 
Vista e Porto Velho possuem crescimento superior a 
São Paulo e Rio de Janeiro, em função de seu maior 
recebimento de fluxos migratórios.
No Sul há um certo equilíbrio entre a entrada e 
a saída de contingentes populacionais.
7
 Migração entre 1970 e 1990 no Brasil
As migrações intrarregionais
Este tipo de migração se refere àquelas ocor-
rentes dentro de uma mesma região, como exemplo 
podemos citar as que partem das zonas agrícolas de-
cadentes do Sudeste (na qual temos a pecuária onde 
antes tínhamos a lavoura) para as cidades da própria 
região. Outro exemplo são os gaúchos, catarinenses 
e paranaenses que se dirigiram para as terras novas 
do oeste de Santa Catarina e Paraná.
Existe uma tendência atual de atração de pólos 
de desenvolvimento que surgem com a desconcentra-
ção industrial, podendo ser verificada pelo movimen-
to de migrantes no interior de seu próprio estado ou 
região, principalmente nas regiões Nordeste e Sul. Tal 
fato pode explicar a volta daqueles que migraram.
Entre as tradicionais áreas de atração popula-
cional que permanecem hoje, temos ainda, os estados 
do Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo. Este 
último ainda guarda esta característica, pelo fato de 
ser o centro econômico mais importante do país. 
A migração rural–urbana, 
ou êxodo rural
É a saída do campo em direção às cidades. Na 
década de 1940, cerca de 70% da população brasi-
leira vivia em zonas rurais, entretanto, já na década 
de 1980, temos a inversão desse dado, com 67% da 
população vivendo nas cidades. Isto demonstra a 
força que teve o êxodo rural na dinâmica populacio-
nal brasileira. 
O êxodo rural foi acentuado na década de 1970, 
pela mecanização do campo, que provocou a diminui-
ção da necessidade de mão-de-obra, concomitante ao 
processo de industrialização nas cidades. Entretanto 
alguns pesquisadores contestam tais dados, pelo fato 
de o IBGE considerar como residente em área urbana, 
toda pessoa que vive em sede distrital (vila), que é 
considerada como aglomerado urbano. Uma proposta 
para esse impasse seria se o IBGE definisse áreas 
urbanas através da densidade demográfica. Atual-
mente, pelos dados oficiais, 81,23% da população 
brasileira vive em áreas urbanas. 
A migração urbana–urbana
Este tipo de migração é aquela que ocorre de 
uma cidade para outra. Pode estar correlacionada a 
uma continuação do êxodo rural, já que esta migração 
se faz, normalmente, por etapas. Num primeiro mo-
mento, ao deixar o campo, o migrante se dirige para 
uma cidade pequena ou média, e depois, em outra 
etapa, acaba migrando para um grande centro. 
Entretanto um outro caso pode ser verificado 
hoje em dia: a migração das grandes metrópoles para 
cidades médias, principalmente na região Sudeste, na 
busca por melhor qualidade de vida (menor violência, 
trânsito, poluição e custo de vida). Com isso, é forte 
a atração de polos de desenvolvimento como Cam-
pinas (SP), Riberão Preto (SP), São José dos Campos 
(SP), Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), Londrina 
(PR) etc.
Outro exemplo de migração é recorrente nas 
regiões metropolitanas, onde trabalhadores das ci-
dades menores executam movimento pendular, para 
trabalhar durante o dia nas cidades maiores.
A migração rural–rural 
Este tipo de migração se caracteriza pela mobili-
dade populacional de uma área agrícola para outra. 
Uma distinção entre os migrantes deve ser feita, 
pois existem diferenças entre os que se instalaram 
nas frentes pioneiras e que lá permaneceram,como 
os sulistas que migraram para o Centro-Oeste e Sul, 
e aqueles migrantes que, como trabalhadores volan-
tes, vivem à procura de trabalho. Destes últimos é 
possível distinguir: 
trabalhadores sazonais – são aqueles ligados 
ao fenômeno de transumância, onde trabalhado-
res rurais se deslocam para as frentes de trabalho 
apenas na época da colheita, como o que acontece 
8
com trabalhadores que residem entre o agreste e o 
sertão nordestino e se deslocam para realizar o corte 
da cana-de-açúcar na Zona da Mata, faixa litorânea 
desta região. Estes trabalhadores são conhecidos no 
Nordeste como corumbás.
“Boias-frias” – vivem nas periferias das pe-
quenas e médias cidades do interior, são arregi-
mentados diariamente para trabalhar nas fazendas, 
sem qualquer vínculo empregatício, executando um 
movimento pendular.
(UFES) O Brasil é um país populoso e despovoado. Tal1.
contradição aparente pode ser explicada da seguinte
maneira.
 Tem um número relativo de habitantes acima dasa)
médias normais.
Tem um número absoluto de população correspon-b)
dente ao tamanho de sua área.
Tem uma taxa de crescimento demográfico muitoc)
baixa.
Tem densidade demográfica pequena em relaçãod)
ao total de sua área.
Tem população relativa alta e população absolutae)
baixa.
Solução: ` D
Mesmos possuindo a 5.ª maior população absoluta 
do mundo, em virtude do território ser muito extenso, 
podemos dizer que vivemos em um país despovoado. 
Além desse dado, é importante frisar que a maior parte 
da população brasileira está concentrada nas áreas mais 
próximas ao litoral.
Considere o gráfico a seguir.2.
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
crescimento vegetativo
taxa de natalidade
taxa de mortalidade
Brasil - Taxa de crescimento vegetativo
Ano
1890 1900 1920 1940/50 1960 1970 1980 1990/95
(I
B
G
E
, 1
99
1)
O gráfico somente nos permite afirmar que:
estão nitidamente expressas três etapas: até 1940,a)
o declínio das taxas de natalidade e mortalidade
conservam uma certa proporcionalidade; no perío-
do de 1940-1970 há um declínio maior da mortali-
dade, portanto um maior crescimento vegetativo e,
após 1970, ocorre o inverso, a população tende a
ter um crescimento menos acentuado.
a grande diminuição do crescimento populacionalb)
do Brasil está diretamente relacionada à melhoria
das condições de vida e ao maior controle de na-
talidade.
o fator de maior peso no aumento da populaçãoc)
brasileira é atualmente a melhoria da saúde, higiene
e saneamento básico, embora a mortalidade tenha
tendência a aumentar devido à presença da Aids.
o período de maior destaque neste gráfico é o ded)
1940-1970, quando o crescimento vegetativo sofre
uma grande queda e inicia-se o processo de desa-
celeração do crescimento populacional.
as baixas taxas de natalidade atuais levam a ume)
aumento cada vez mais acentuado do crescimento
vegetativo.
Solução: ` A
O gráfico nos mostra três períodos distintos da evolução 
da população brasileira. O primeiro, até 1940, demonstra 
uma grande natalidade, e uma grande mortalidade de-
corrente da carência na área de medicina e saneamento 
básico. O segundo, entre 1940 e 1970, mostra uma 
evolução da medicina e das condições sanitárias, com 
a diminuição da mortalidade. E o terceiro, de 1970 em 
diante, demonstra a queda da natalidade, decorrente da 
inserção da mulher no mercado de trabalho, da utilização 
de métodos contraceptivos etc.
(FURG) Selecione a alternativa que completa correta-3.
mente o parágrafo abaixo.
O ritmo de crescimento da população brasileira
diminuiu consideravelmente nos últimos quarenta anos.
Explica-se esse processo através da
acelerada ocorrida nos anos 70, que estimulou o
êxodo rural, aumentando a taxa de do
país. Por outro lado, a crescente inserção da mulher no
mercado de trabalho urbano, associada aos métodos
contraceptivos, desencadeou uma rápida queda nas
taxas de , refletidas na acentuada queda
da . da mulher brasileira.
A alternativa que completa corretamente as lacunas
do texto é:
9
industrialização, urbanização, natalidade, fecundi-a)
dade.
industrialização, urbanização, natalidade, mortali-b)
dade.
urbanização, industrialização, fecundidade, morta-c)
lidade.
urbanização, industrialização, mortalidade, natali-d)
dade.
urbanização, industrialização, mortalidade, fecundi-e)
dade.
Solução: ` A
A industrialização/urbanização são os fatores responsá-
veis pela mudança de nossa estrutura etária, fazendo com 
que a maior parte da população seja de adultos, devido 
a queda de natalidade/fecundidade.
(F. Catanduva - SP) O aprofundamento da recessão e4.
do desemprego gerou uma ampliação do número de
vendedores ambulantes (camelôs) nas áreas metropo-
litanas, absorvendo, com isso, a mão-de-obra ociosa
liberada por outros setores. Isto significa
que a parte do PIB criada pelo setor terciário cres-a)
ceu consideravelmente, graças à liberação de mão-
-de-obra improdutiva do setor secundário.
incremento de produtividade do setor terciário,b)
com o respectivo aumento da população economi-
camente ativa.
que o crescimento da produção de riquezas peloc)
setor terciário foi maior que o crescimento da força
de trabalho engajada no comércio e serviços.
uma hipertrofia do setor terciário, pela alta absor-d)
ção de mão-de-obra barata, com investimentos li-
mitados de capital e baixa produtividade.
que a liberação de trabalhadores para a economiae)
urbana forneceu um estoque de mão-de-obra ba-
rata, mas pouco qualificada, que foi integrada ex-
clusivamente ao comércio, em detrimento do de-
senvolvimento industrial.
Solução: ` D
A maior parte da população brasileira hoje trabalha no 
setor terciário da economia. Normalmente esse setor 
consegue receber um maior contingente de trabalha-
dores sem qualificação profissional, principalmente no 
setor informal. 
(UFES) Dos diversos grupos de imigrantes que vieram para5.
o Espírito Santo, destaca-se um povo de origem germânica
que, já na Europa, se mantinha segregado por causa de
seus costumes peculiares. Concentrou-se no atual municí-
pio de Santa Maria do Jetibá, falando seu dialeto original e
dedicando-se, principalmente, à olericultura, conseguindo 
preservar uma cultura de resistência que serve para manter 
quase intactas suas tradições. Trata-se de:
alemães.a)
holandeses.b)
italianos.c)
pomeranos.d)
tiroleses.e)
Solução: ` D
Os imigrantes que vieram para o Espírito Santo e se 
mantiveram segregados assim como na Europa, foram 
os pomeranos, povo que vivia no norte da Prússia, num 
território que estaria hoje entre a Alemanha, a Polônia e 
o Mar Báltico. Houve imigração de alemães da Baviera
para o Espírito Santo, entretanto, eles procuraram se
integrar mais a sociedade local.
(Unesp) A área conhecida como “de colonização” no6.
Rio Grande do Sul, é caracterizada pela existência de
pequenas propriedades cuidadas por colonos europeus
e seus descendentes, que se dedicaram a um tipo
especial de cultivo, que logo deu origem a pequenas
“cantinas” que passaram a industrializar a produção
agrícola. Devido à grande aceitação do produto, a
matéria-prima passou a ser produzida, também, em
grandes propriedades monocultoras. Várias empresas,
inclusive multinacionais, vêm-se instalando na região e,
além de abastecerem o mercado interno brasileiro, têm
atendido, também, à exportação.
Assinale a alternativa que contém o principal tipo de
imigrante e o tipo de cultivo que originou a indústria
típica da área.
Italiano e chá mate.a)
Alemão e malte.b)
Italiano e suco de laranja.c)
Alemão e cevada.d)
Italiano e uva.e)
Solução: ` E
Os italianos que se instalaram no Rio Grande do Sul de-
ram início ao cultivo da uva em pequenas propriedades, 
ao contrário dos que foram para São Paulo trabalhar nas 
lavouras de café de grandes produtores.
(Unesp) Os imigrantes japoneses começaram a chegar7.
ao Brasil em 1908, atingindo, na atualidade aproxima-
damente 1,5 milhão de nikkeis, os quais englobam
emigrantes japoneses e seus descendentes. Nos últimos
anos tem crescido a ida de brasileirospara o Japão,
principalmente na faixa produtiva entre 20 e 35 anos.
10
Esta inversão no fluxo migratório está vinculada ao
desejo de conhecer e se engajar em trabalhos alta-a)
mente especializados.
entrave burocrático provocado pela lei brasileirab)
que proíbe o trabalho de imigrantes japoneses e
seus descendentes.
desejo de fazer turismo a baixo custo, devido à co-c)
tação do dólar.
boa aceitação da comunidade japonesa, que reser-d)
va aos imigrantes os melhores e mais valorizados
empregos.
engajamento no mercado de trabalho não espe-e)
cializado e temporário, através de agenciadores ou
intermediários.
Solução: ` E
Os brasileiros descendentes de japoneses que migram 
para a terra de seus antepassados, os dekasseguis, 
trabalham em atividades não especializadas, já que a 
população local possui um alto nível de capacitação, não 
se submetendo a determinados tipos de trabalho.
(UERJ) “Laércio Pereira da Silva, 18 anos, veio do interior8.
da Bahia para trabalhar durante quatro meses na colheita
de café (...). Segundo o sindicato dos trabalhadores rurais
(...), cerca de 25 mil trabalhadores migram do norte de
Minas Gerais e do sul da Bahia para a região cafeeira de
Patrocínio [Triângulo Mineiro] nesta época [junho].”
(Folha de São Paulo, 07 ago. 1998)
A utilização de mão-de-obra migrante pela economia 
cafeeira explica-se por:
necessidade de replantio anual do cafezal, obri-a)
gando a contratação de um contingente extra de
agricultores.
sazonalidade na cultura do café, implicando uma varia-b) 
ção da necessidade de trabalhadores ao longo do ano.
ocorrência de seca no sertão mineiro e baiano, libe-c)
rando trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar
na região.
organização de frentes de trabalho no Triângulo Mi-d)
neiro pelo governo federal, atraindo migrantes para
a cafeicultura.
Solução: ` B
A colheita do café é feita uma vez no ano, sendo assim, 
um contingente de trabalhadores de áreas estagnadas 
como o sul da Bahia (área do cacau) e do norte mineiro 
(área de milho e algodão), são contratados temporaria-
mente, enquanto houver trabalho. Este processo carac-
teriza uma transumância no meio rural brasileiro.
(UFPE) Em relação à distribuição da população brasileira,9.
é incorreto afirmar que:
as migrações internas no Brasil ocorrem desde oa)
século XVII e foram determinadas, quase sempre,
pelo aparecimento de novos pólos de atração po-
pulacional.
o café foi um dos principais responsáveis pelo po-b)
voamento do vale do Paraíba, das “terras roxas” de
São Paulo e da depressão periférica paulista.
no Brasil, desde o início da colonização até os diasc)
atuais, a população esteve mais concentrada na
porção oriental.
o êxodo rural no Brasil resultou do notável progres-d)
so industrial ocorrido nas décadas de 50 e 60, na
região Centro-Oeste.
além de povoar o território e expandir as fronteirase)
econômicas, as migrações internas promoveram, de
uma certa maneira, a urbanização do Brasil e aumen-
taram o processo de miscigenação da população.
Solução: ` D
O progresso industrial brasileiro ocorreu, primeiramente, 
junto ao Sudeste, onde suas grandes cidades como São 
Paulo e Rio de Janeiro, começaram a atrair um grande 
contingente populacional. Atualmente a maior parte da 
população brasileira é considerada urbana.
(UFV) A respeito do processo migratório Nordeste/Sudes-10.
te no Brasil, na década de 80, é correto afirmar que:
a onda migratória em direção ao Sudeste, particu-a)
larmente para a Grande São Paulo, continuou inal-
terada.
o aparecimento do MST (Movimento dos Trabalha-b)
dores Rurais Sem Terra) na região amazônica des-
locou a migração nordestina para aquela região em
busca dos assentamentos.
a promessa do governo em realizar a transposiçãoc)
do rio São Francisco para a região da seca nordes-
tina influiu na redução do fluxo migratório.
a região Sudeste apresentou um fenômeno inéditod)
pois, pela primeira vez, o saldo migratório foi negativo.
as políticas governamentais de apoio aos nordes-e)
tinos afetados pela seca começaram a surtir efeito,
contribuindo para reduzir a migração.
Solução: ` D
O saldo migratório negativo que atingiu a região Sudeste, 
teve como motivo a emigração de agricultores de São 
Paulo e Minas Gerais rumo às áreas novas do Centro-
Oeste e do Norte.
11
Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma queda 
tanto da taxa de natalidade quanto da taxa de mortalida-
de, entretanto a queda desta última foi maior do que a 
primeira, gerando a explosão demográfica brasileira.
Hoje em dia a maior parte da população brasileira é12.
composta pela etnia branca, entretanto o povo que
originalmente ocupava este território eram os indíge-
nas, hoje resumidos a 0,2% da população nacional.
Cite um fato histórico que contribuiu para a dizimação
dos povos indígenas.
Solução: `
Com a mineração em Minas Gerais houve o apresamento 
de indígenas para servirem de mão-de-obra escrava na 
região. Este apresamento fez com que os bandeirantes se 
adentrassem no território, ocupando assim novas áreas.
(UFRGS) A colonização italiana no Rio Grande do Sul13.
está “em alta” na literatura, no cinema e na imprensa, com
o livro e o filme “O Quatrilho”. Os colonos, sempre vistos
como distantes do mundo urbano, com uma cultura muito
própria, como nos mostra Lotti com sua charge, estão
tendo sua cultura revalorizada também pelos jovens.
A respeito da colonização italiana no Rio Grande do 
Sul é correto afirmar que se deu:
na alta Encosta do Planalto, a partir de 1875, coma)
as colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isa-
bel, com imigrantes da região do Vêneto.
na Depressão Central, a partir de 1824, com asb)
Colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isabel,
com imigrantes da região do Vêneto.
no Vale do Rio dos Sinos, a partir de 1875, com asc)
Colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isabel,
com imigrantes das lavouras de café da Província
de São Paulo.
na alta Encosta do Planalto, a partir de 1824, comd)
as Colônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isa-
bel, com imigrantes da região da Calábria.
na Depressão Central, a partir de 1875, com as Co-e) 
lônias de Nova Milano, Conde D’Eu e D. Isabel, com
imigrantes da região do Vêneto.
(PUC) Responder a questão 11 com base no gráfico,11.
referente à evolução da população do Brasil.
%
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Taxa de natalidade
Taxa de mortalidade
Crescimento vegetativo
Brasil: crescimento 
vegetativo (1872 a 2000)
IB
G
E
. C
en
so
 D
em
og
rá
fic
o,
 2
00
0.
1872 1890 1900 1920 1940 1950 19601970 1980 1991 2000
Pela análise do quadro, conclui-se que está correta 
a seguinte afirmativa.
Logo após a Segunda Guerra Mundial, houvea)
brusca aceleração do crescimento vegetativo,
ocasionada, principalmente, pela diminuição da
taxa de mortalidade.
O ano de 1950 foi marcado pela diminuição dab)
população, em função do acelerado processo
imigratório.
Entre 1872 e 1890, a população aumentou sig-c)
nificativamente, graças à revolução médico-sa-
nitária que difundiu práticas de higiene e tornou
obrigatória a vacinação contra o sarampo e a
poliomielite em crianças até dois anos de idade.
A taxa do crescimento vegetativo aumentoud)
continuamente entre 1872 e 2000, graças à ma-
nutenção da elevada taxa de natalidade.
O crescimento vegetativo sofreu desaceleraçãoe)
a partir de 1940, em função da diminuição da
taxa de fecundidade.
Solução: ` A
12
(Fuvest) Em relação ao crescimento vegetativo da po-1.
pulação brasileira expresso na tabela a seguir, podemos
afirmar que
a taxa de mortalidade permaneceu inalterada en-a)
quanto que a taxa de natalidade diminuiu.
a taxa de natalidade permaneceu inalterada en-b)
quanto que a taxa de mortalidade aumentou.
as duas taxas diminuíram na mesma proporção.c)
a taxa de mortalidade aumentou mais rapidamented)
do que a taxa de natalidade.
a taxa de natalidade diminuiu mais rapidamente doe)
que a taxa de mortalidade.
(Mackenzie) Atualmente verifica-se na população2.
brasileira:
redução da população relativa.a)
aumento expressivo da taxa de mortalidade.b)redução da população absoluta.c)
diminuição progressiva da população urbana.d)
gradual redução das taxas de natalidade.e)
(UEL) Analise o gráfico apresentado a seguir.3.
(I
B
G
E
. C
on
ta
ge
m
 d
a 
p
op
u
la
çã
o,
 1
99
6)
A leitura do gráfico permite concluir que:
com o aumento da proporção de adultos deverá au-a)
mentar a taxa de fertilidade da população feminina.
está ocorrendo um relativo envelhecimento da po-b)
pulação brasileira.
Solução: ` A
A obra do escritor gaúcho José Clemente Pozenatto, 
O Quatrilho, que ganhou as telas do cinema, mostra 
o início da colonização italiana no Rio Grande do Sul,
contando a história de casais que assim como no jogo
se reagrupam em novos pares. A imigração italiana
ocupou a alta Encosta do Planalto, pois os alemães
que vieram anteriormente já tinham se instalado junto
as terras mais baixas como o Vale do Rio dos Sinos.
Os imigrantes que vieram para o Sul, tinham origem 
no Vêneto, região do Nordeste italiano.
“Desde que estou retirando14.
só a morte vejo ativa,
só a morte deparei
e às vezes até estiva
só morte tem encontrado
quem pensava encontrar vida
e o pouco que não foi morte
foi de vida severina
aquela vida que é menos
vivida que defendida
e é ainda mais severina
para o homem que retira.”
O trecho da obra Morte e Vida Severina de João
Cabral de Mello Neto, narra a experiência de um
retirante, demonstrando um tipo de migração
presente até os dias de hoje.
Qual o tipo de migração presente na narrativa?a)
Em que conjunto de obras está enquadrado esteb)
livro de João Cabral de Mello Neto?
Solução: `
A migração que Severino de Maria, personagema)
principal do livro, executa, é do Agreste para a
Zona da Mata. A falta de oportunidade nas áreas
do interior do Nordeste provocam estas migra-
ções rumo às grandes cidades nordestinas, que
estão concentradas na Zona da Mata, como Re-
cife, cidade em que Severino vai chegar ao final
do livro. Entretanto, a migração intrarregional mais
comum é a do Sertão para a Zona da Mata.
A obra de João Cabral de Mello Neto foi escritab)
em 1956, e inclui-se no conjunto da Geração de
45. Esta geração elaborou uma poética com ri-
gor formal e intelectualismo.
13
a diminuição da proporção de jovens com menosc)
de 14 anos indica que a taxa de mortalidade infantil
cresceu nesta década.
o aumento da proporção de velhos deverá reduzird)
as migrações internas.
está estabilizado o crescimento da população bra-e)
sileira.
(UEL) Seguindo a tendência já observada no início4.
dos anos 90 pôde-se constatar que a participação da
população da região Sul no conjunto da população
brasileira continua:
aumentando e, em 1996, representava quase 1/4a)
da população nacional.
aumentando e, em 1996, representava cerca deb)
30% da população nacional.
decrescendo e, em 1996, representava aproxima-c)
damente 15% da população nacional.
decrescendo e, em 1996, representava aproxima-d)
damente 10% da população nacional.
decrescendo e, em 1996, representava cerca dee)
8% da população nacional.
(UFBA) O gráfico a seguir representa a distribuição5.
regional da população brasileira.
(01) Os setores de I a V referem-se, respectivamente,
às grandes regiões Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
(02) O povoamento da grande região Norte se fez mais
recentemente, com base na agropecuária e na ex-
ploração mineral.
(04) A densidade demográfica é maior em V que em II.
(08) No Brasil, a densidade demográfica é mais baixa no
litoral, devido ao processo de interiorização desen-
cadeado pela construção de Brasília.
(16) No início do século XX , a revolução médico-sanitá-
ria provocou a queda das taxas de mortalidade e a
explosão demográfica no Terceiro Mundo.
Soma ( )
(UFES) O Brasil é um país populoso e despovoado.6.
Tal contradição aparente pode ser explicada da seguinte
maneira:
tem um número relativo de habitantes acima dasa)
médias normais.
tem um número absoluto de população correspon-b)
dente ao tamanho de sua área.
tem uma taxa de crescimento demográfico muitoc)
baixa.
tem densidade demográfica pequena em relaçãod)
ao total de sua área.
tem população relativa alta e população absoluta baixa.e) 
(UFPE) Analise o mapa a seguir e assinale a alternativa7.
incorreta.
A distribuição da população ocorre de forma de-a)
sigual no Brasil. Cerca de 87% dos habitantes se
concentram nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul,
enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste, o per-
centual é inferior a 15%.
Em termos quantitativos, a grande representativida-b)
de da população residente no Sudeste está ligada à
presença, nessa região de Estados industrializados
como: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O Nordeste é a segunda região mais populosa do país,c) 
concentrando cerca de 28,5% da população brasileira.
Os dados referentes à densidade demográfica fo-d)
ram obtidos graças à divisão da participação per-
centual da população absoluta pela superfície ocu-
pada por cada região.
A densidade demográfica na região Norte é aproxi-e)
madamente 1/10 da existente na região Nordeste.
(Unesp) Embora o Brasil esteja colocado entre os países8.
mais populosos do mundo, quando se relaciona sua
população total com a área do país obtém-se um número
relativamente baixo.
A essa relação população X área damos o nome de:
14
taxa de crescimento.a)
índice de desenvolvimento.b)
densidade demográfica.c)
taxa de natalidade.d)
taxa de fertilidade.e)
(Unesp) Área territorial e população pelas regiões9.
brasileiras:
Considerando os dados apresentados, identificar a 
alternativa que contém, corretamente indicadas, as 
regiões brasileiras que substituem os números 1, 2 e 3 
na ordem da tabela anterior.
Centro-Oeste, Nordeste e Sul.a)
Centro-Oeste, Sudeste e Sul.b)
Norte, Nordeste e Sudeste.c)
Sudeste, Sul e Nordeste.d)
Norte, Sudeste e Sul.e)
(UFRGS) Entre 1991 e 1996, a população gaúcha10.
cresceu a uma taxa anual de 1,07%, enquanto no Brasil
tal taxa foi de 1,36%.
Com relação a esse tema, são feitas as seguintes
afirmações.
A não cobertura vacinal em crianças com idade inferiorI. 
a um ano provocou um aumento da mortalidade infantil
no Rio Grande do Sul, ocasionando, assim, uma dimi-
nuição na taxa de crescimento populacional do Estado.
O Estado apresentou, entre 1991 e 1996, uma ten-II.
dência de perder contingentes populacionais de-
vido à emigração, fato que contribui para o menor
ritmo de crescimento da população gaúcha.
O menor crescimento populacional do Estado, emIII.
relação à média dos demais estados brasileiros,
pode ser atribuído, em grande parte, à queda da
taxa de fecundidade das mulheres gaúchas.
Quais estão corretas?
Apenas I.a)
Apenas II.b)
Apenas I e II.c)
Apenas II e III.d)
I, II e III.e)
(FATEC) A questão está relacionada à pirâmide etária11.
apresentada a seguir.
Brasil - população residente, por sexo e grupos de
idade - 1991
IB
G
E
. C
en
so
 D
em
og
rá
fi
co
.
80 e mais
A leitura da pirâmide permite afirmar que:
os altos índices de mortalidade infantil encontradosa)
no interior do Brasil são os responsáveis pelo es-
treitamento da base da pirâmide.
a intensa mobilidade interna da população brasilei-b)
ra tem sido responsável pelo alargamento do topo
da pirâmide.
a desigual distribuição de renda entre a populaçãoc)
tem sido responsabilizada pela redução da base da
pirâmide.
a redução do crescimento vegetativo é responsá-d)
vel pelo estreitamento da base da pirâmide, nesta
última década.
o atual crescimento da população tenderá a alargare)
novamente o topo da pirâmide, momentaneamente
estreitado pela crise dos anos 1980.
(FGV) Os dados a seguir representam os índices de:12.
Brasil – Demografia
O
 M
U
N
D
O
 
H
O
JE
 –
 
19
95
/9
6.
população economicamente ativa, ligada ao setora)
primário, cujo declínio deve-se ao avanço da meca-
nização na agricultura.
natalidade, ainda elevados, embora venham de-b)
crescendo desde a década de 1950, com a acele-
ração do processo urbano-industrial nas principais
regiões do Brasil.
15
população jovem de 10 a 19 anosque, apesar doc)
declínio, constitui a maior faixa da pirâmide etária
brasileira, em razão das altas taxas de natalidade e
redução das taxas de mortalidade.
mortalidade infantil, ainda bastante elevados, reve-d)
lando saneamento básico insatisfatório e precárias
condições de educação, moradia, alimentação e
saúde, devido a baixos salários.
mortalidade global, semelhantes a vários países doe)
mundo, pois são médias que não discriminam as
idades em que as mortes ocorrem.
(Fuvest) Analise o gráfico a seguir e identifique as linhas13.
que correspondem à população economicamente ativa
distribuída por setores da economia.
População economicamente ativa no Brasil
I II III
primário terciário secundárioa)
primário secundário terciáriob)
secundário terciário primárioc)
terciário secundário primáriod)
terciário primário secundárioe)
(Mackenzie) A representação gráfica a seguir mostra14.
os índices brasileiros de:
natalidade.a)
expectativa de vida.b)
mortalidade.c)
renda d) per capita.
densidade demográfica.e)
(UECE) Sobre a dinâmica demográfica no Brasil é15.
correto afirmar:
com as precárias condições de vida na cidade e noa)
campo, os índices de mortalidade vêm se elevando
progressivamente.
ao lado da elevação do índice de mortalidade, o deb)
natalidade também se eleva, embora de modo mais
lento.
os índices de mortalidade infantil são basicamentec)
os mesmos nas regiões brasileiras.
nos últimos censos demográficos revela-se umad)
pequena redução da taxa de crescimento da po-
pulação brasileira.
(UEL) Sobre as tendências atuais da população brasi-16.
leira é possível perceber:
um notável crescimento do contingente de idososI.
(com idade acima de 65 anos) modificando a ca-
racterização tradicional de “País jovem”;
a permanência por quase três décadas do mesmoII.
percentual de população feminina na composição
da População Economicamente Ativa (PEA);
a tendência da população urbana crescer mais nasIII.
cidades de médio porte, do que nas capitais das
Regiões Metropolitanas.
Pode-se afirmar que:
somente I é correto.a)
somente I e II são corretos.b)
somente I e III são corretos.c)
somente II e III são corretos.d)
somente I, II e III são corretos.e)
(UFRGS) Com relação às características da população17.
brasileira, considere as seguintes afirmativas.
A expectativa de vida média da população é supe-I.
rior a 60 anos.
Apesar de terem diminuído nas últimas décadas, os ín-II. 
dices de mortalidade infantil ainda são elevados, sendo
maiores que em alguns países em desenvolvimento.
A expectativa de vida está diretamente relacionadaIII.
ao rendimento familiar e às condições de vida.
Quais estão corretas?
Apenas I.a)
Apenas II.b)
Apenas III.c)
16
Apenas I e II.d)
I, II e III.e)
(UFRGS) Sobre a estrutura etária de uma determinada18.
população e sua respectiva representação gráfica, con-
sidere as seguintes afirmações.
A pirâmide etária revela importantes aspectos daI.
situação socioeconômica de uma população.
O declínio nas taxas de natalidade causa um estrei-II.
tamento na base da pirâmide.
A redução nas taxas de mortalidade e o conse-III.
quente aumento da expectativa de vida são repre-
sentados pelo alargamento da base da pirâmide.
Quais estão corretas?
Apenas I.a)
Apenas II.b)
Apenas III.c)
Apenas I e II.d)
I, II e III.e)
(UFRGS) Sobre o aumento da expectativa de vida,19.
considere as seguintes afirmações.
O aumento da expectativa de vida da população mun-I. 
dial, combinado com as mudanças no estilo de vida,
propiciará o aumento dos casos de doenças crônicas.
O aumento da expectativa de vida da população brasi-II. 
leira nas últimas duas décadas acarretará a necessidade
não só de uma oferta ampliada de vagas nas escolas de
Ensino Fundamental como também de maiores investi-
mentos nos setores de puericultura e obstetrícia.
O aumento da expectativa de vida de um deter-III.
minado país é um indicador qualitativo do seu
desenvolvimento.
Quais estão corretas?
Apenas I.a)
Apenas II.b)
Apenas III.c)
Apenas I e II.d)
Apenas I e III.e)
(UnB) As tabelas I e II abaixo referem-se às taxas de20.
analfabetismo em alguns países e nas regiões brasileiras,
em 1990.
País
Índice de 
analfabetismo 
(%)
Bulgária 2
Argentina 4
Chile 6
Paraguai 10
Equador 12
Brasil 18
Bolívia 20
Quênia 29
Botsuana 45
Região do 
Brasil
Índice de anal-
fabetismo (%)
Sudeste 11
Norte 12
Sul 12
Centro-Oeste 16
Nordeste 36
U
N
ES
C
O
.
Tabela IITabela I
Com base nas informações acima, julgue os itens que 
se seguem, como certos (C) ou errados (E).
(1) A análise da tabela I permite inferir um quadro de
inferioridade do Brasil não só no que diz respeito
ao analfabetismo, mas também a outros indica-
dores sociais: o Brasil está atrás de países como
Bulgária, Argentina e Chile, que, no entanto, não
apresentam o mesmo nível de desenvolvimento
econômico brasileiro.
(2) A região Sudeste, a mais desenvolvida do Brasil,
praticamente eliminou o analfabetismo, estando à
frente das demais regiões brasileiras no que se
refere à solução desse problema social.
(3) O alto índice relativo ao Nordeste brasileiro expli-
ca-se pelo fato de a região ser um grande vazio
demográfico, não justificando grandes investi-
mentos em educação.
(4) As estatísticas a respeito do analfabetismo em um
país são de importância secundária, pois, isolada-
mente, não expressam o quadro da situação de
bem-estar social da população.
(Cesgranrio) A imigração estrangeira teve um papel im-21.
portante na formação da estrutura populacional do Brasil.
Sobre esse fluxo migratório, pode-se afirmar que os:
eslavos, os italianos, os alemães e os poloneses con-I.
centraram-se na região sul do país, onde se instalaram
no final do século XIX, o que explica, em boa parte, a
predominância de brancos entre a população sulista.
japoneses, chegando, em grande parte, a partir deII.
1908, concentraram-se em São Paulo e no Pará,
dedicando-se, nesse último estado, à agricultura da
pimenta-do-reino.
negros, oriundos da África são mais numerosos noIII.
nordeste, primeira grande área de atração popula-
cional do Brasil.
17
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
I apenas.a)
I e II apenas.b)
I e III apenas.c)
II e III apenas.d)
I, II e III.e)
(Cesgranrio) A respeito da presença nipônica no Brasil,22.
completando 100 anos em 2008, é correto afirmar que
os primeiros japoneses que aqui chegaram:
concentraram-se nos estados de São Paulo e doa)
Pará.
fundaram inúmeras cidades no Sul do Brasil.b)
criaram colônias agrícolas em todo o Centro-Oes-c)
te.
entraram em conflito com alemães, italianos e po-d)
loneses.
dispersaram-se ao longo de todo o litoral.e)
(Mackenzie) Apesar de pequena expressão numérica,23.
os imigrantes deixaram sua presença em algumas regi-
ões brasileiras. Os municípios de Garibaldi e Bento Gon-
çalves, no Rio Grande do Sul, são frutos da imigração:
alemã.a)
italiana.b)
japonesa.c)
portuguesa.d)
eslava.e)
(UEL) Considere os itens sobre o contingente de imi-24.
grantes que chegou ao Brasil entre 1824 e 1934.
Os italianos suplantaram numericamente os ale-I.
mães e japoneses juntos.
Pela política de imigração, a grande maioria vinhaII.
para o Brasil com o título da propriedade rural.
Comparativamente à Argentina e aos Estados Uni-III.
dos, o volume imigratório no país foi inferior.
Fixaram-se exclusivamente na região Sul do país.IV.
São corretos apenas:
I e III.a)
I e IV.b)
II e III.c)
II e IV.d)
III e IV.e)
(UEL) Considere o gráfico apresentado a seguir.25.
Proporção das nacionalidades na imigração
para o Brasil (1808 - 1995)
No gráfico, os números I e II representam, respec-
tivamente, 
os alemães e os italianos.a)
os espanhóis e os japoneses.b)
os portugueses e os japoneses.c)
os portugueses e os italianos.d)
os italianos e os espanhóis.e)
(UFMG) Assistiu-se no país, nas últimas décadas, a um26.
movimento migratório sem precedentes, que foi alvo de
investigação por parte do Itamaraty.
Sobre esse movimento, assinale a alternativa
incorreta.
A entrada de brasileiros em alguns países é facili-a)tada por ancestrais que alimentaram, no passado,
correntes no sentido inverso.
A entrada de brasileiros em outros países é garan-b)
tida por diversos fatores entre os quais se inclui a
ausência de restrições à imigração de naturais des-
ses países no território nacional.
A transformação do Brasil em país de emigraçãoc)
se deu recentemente e teve, como alvo preferencial
de destino, o próprio continente em que o país está
localizado.
O levantamento foi comprometido pelo caráter ded)
clandestinidade que marca a permanência de mui-
tos brasileiros em diversos países.
(UFPE) Que fator(es) contribuiu(íram) para que as27.
regiões Norte e Nordeste do Brasil não recebessem
imigrantes, no século passado, ao contrário do que
ocorreu com o Sul e o Sudeste?
A proibição governamental.a)
A existência de solos próprios para o cultivo dab)
cana-de-açúcar.
As adversidades do clima subtropical.c)
As secas prolongadas.d)
O clima tropical e o sistema escravocrata.e)
18
(UFSCAR) Os imigrantes vinham trabalhar nas fazendas, 28. 
sob o regime de empreitada, acertados previamente. Ti-
nham permissão para plantar a roça de subsistência nos 
corredores do cafezal, intercalando as duas culturas, ou 
ainda podiam trabalhar em outras terras fora do cafezal. 
Distribuíram-se pelo interior de São Paulo, como se pode 
observar no mapa.
Localização dos trabalhadores rurais que 
passaram na hospedaria dos imigrantes de São Paulo
(V
A
LV
E
R
D
E
, O
rl
an
d
o.
 E
st
u
d
os
 d
e 
ge
og
ra
-
fi
a 
A
gr
ár
ia
 B
ra
si
le
ir
a.
)
Entre os anos de 1887 e 1888 ocorreu o que se costuma 
chamar de “a grande imigração” para as plantações de 
café. Nessa época teve papel destacado o imigrante:
italiano.a)
espanhol.b)
português.c)
alemão.d)
japonês.e)
(Unesp) Considerando o gráfico fornecido a seguir e os29.
conhecimentos sobre processos migratórios no Brasil, é
incorreto afirmar que:
Imigração para o Brasil 
segundo a nacionalidade (1980-1990)
a herança cultural brasileira foi recebida principal-a)
mente dos italianos que se concentraram no cen-
tro-sul do país.
considerando-se a participação portuguesa no pro-b)
cesso de colonização, foi dos portugueses que rece-
bemos nossa herança cultural fundamental.
a participação de imigrantes japoneses e alemãesc)
foi bastante próxima em termos quantitativos.
entre os outros imigrantes, destacaram-se os sírio-d)
libaneses, os judeus e eslavos (poloneses, tchecos
e iugoslavos).
a maioria dos imigrantes europeus que vieram parae)
o Brasil são povos atlanto-mediterrâneos.
(Unesp) Dentre os imigrantes que se dirigiram para o30.
Brasil no século XX, uma nacionalidade destacou-se
pelo fato da maioria ter se fixado no estado de São
Paulo, embora grande parte tenha se dirigido para outros
estados, como Paraná, Amazonas e Pará. No interior
paulista, dedicaram-se ao cultivo do chá no Vale do
Ribeira, do algodão e à criação do bicho-da-seda no
oeste e aos hortifrutigranjeiros nos arredores da capital.
O texto trata do imigrante:
italiano.a)
espanhol.b)
japonês.c)
alemão.d)
holandês.e)
(PUC-Campinas) Considere os versos a seguir.31.
“Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro está esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo
Espere alguma coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar
Mas pra que sonhar
Se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando o aumento para o mês que vem
Esperando um filho pra esperar também.”
Assinale a alternativa que exprime a realidade contida
nos versos do compositor Chico Buarque de Hollanda.
Uma cena comum na vida de um trabalhador daa)
construção civil no início do processo de industria-
lização de São Paulo.
O cotidiano desalentador de um empregado dab)
construção civil, síntese da problemática social dos
migrantes nordestinos.
O processo reivindicatório de um trabalhador porc)
melhores condições de salário e transporte.
19
A realidade urbana das metrópoles nordestinas, en-d)
frentada por trabalhadores oriundos da zona rural.
O isolamento do migrante nordestino que não see)
adapta ao grande centro urbano.
(PUC-Campinas) Considere os versos de “No dia que32.
eu vim embora” de Caetano Veloso.
“...
E quando eu me vi sozinho
Vi que não entendia nada
Nem de pro que eu ia indo
Nem dos sonhos que eu sonhava
Senti apenas que a mala
De couro que eu carregava
Embora sendo forrada
Fedia, cheirava mal
Afora isto ia indo
Atravessando, seguindo
Nem chorando, nem sorrindo
Sozinho pra capital.”
O sujeito retratado nos versos de Caetano Veloso,
semelhante a milhares de outros migrantes, refletea)
problemas socioeconômicos de ordem estrutural
que impelem habitantes de áreas pobres a busca-
rem melhores condições de vida em grandes cida-
des.
semelhante a milhares de outros migrantes, refleteb)
problemas de ordem conjuntural, ligados às ques-
tões naturais adversas tais como secas pronuncia-
das ou enchentes catastróficas.
sinaliza para um tendência recente de movimen-c)
tação da população brasileira de deslocar-se mais
intensamente no âmbito intrarregional.
representa um migrante temporário, que se deslocad)
nos períodos de entressafra para garantir a subsis-
tência das condições de vida de seu grupo.
pratica um tipo de movimento migratório temporá-e)
rio, com ritmo definido, caracterizado pelo tempo
certo de saída e de retorno.
(PUC-Campinas) As migrações internas no Brasil (1980-33.
1990) apresentaram como principais áreas de fluxo:
estados de Rondônia, Acre, São Paulo, além dasI.
regiões de Serra Pelada e Transamazônica;
estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre e Roraima.II.
As regiões brasileiras que melhor se caracterizaram 
como áreas de saída para os destinos I e II foram, 
respectivamente,
sul e nordeste.a)
nordeste e sul.b)
sudeste e nordeste.c)
centro-oeste e norte.d)
sudeste e sul.e)
(PUCPR) Estudantes e trabalhadores que moram em34.
Araucária, Piraquara ou outra cidade qualquer da área
metropolitana e que, diariamente, se deslocam de seu
município para a capital, Curitiba, realizam um movimento
chamado:
diuturno.a)
transumância.b)
nomadismo.c)
êxodo.d)
pendular.e)
(UEL) É uma espécie de movimento de transumância,35.
 realizado periodicamente pela população da zona rural
que migra conforme a estação do ano, em busca de
outras áreas rurais que lhe ofereçam condições de
ocupação.
Este movimento é encontrado no Brasil entre os:
povos da floresta que, durante as cheias do Ama-a)
zonas, dirigem-se aos cinturões verdes de Manaus
e de Belém, em busca de emprego.
peões que trabalham nas fazendas de criação deb)
gado do Mato Grosso e de Tocantins que se diri-
gem para o oeste de São Paulo, para a colheita da
cana.
pequenos agricultores do sul de Goiás e do Matoc)
Grosso do Sul que se dirigem para o oeste de Santa
Catarina, para a colheita da soja.
habitantes do Sertão e do Agreste nordestino qued)
se dirigem à Zona da Mata, para trabalharem na
atividade canavieira.
posseiros e arrendatários das áreas de conflitos dee)
terras da Amazônia para as áreas agrícolas do norte e
oeste do Paraná, para trabalharem como bóias-frias.
(UEL) Dentre as alterações ocorridas no padrão das36.
migrações internas brasileiras durante a última década
pode-se destacar:
a redução da emigração nordestina.I.
a ampliação da migração para o Sul.II.
o direcionamento do fluxo migratório para cidadesIII.
médias.
20
a ampliação do fluxo migratório para a Amazônia.IV.
a significativa ampliação da migração para o Sudeste.V. 
Estão corretas somente:
I, II e III.a)
I, II e V.b)
I, III e IV.c)
II, III e IV.d)
III, IV e V.e)
(UERJ) “Mano velho, mando as primeiras notícias desde37.
que deixei você e a família aí no nosso lugar. As dificul-
dades são muitas. A chuva não falta, embora tenha uma
época em que diminui um pouco. Já a terra não é tão
fértilquanto parecia: se a gente não cuida, ela logo can-
sa, porque a água só leva o que tem de bom. E somente
quando se derruba aquela mata densa é que se vê que
o chão não é plano, e sim ondulado. Com isso, e ainda
mais a distância até o rio, tudo fica mais difícil.
De qualquer maneira, ainda está dando para levar
melhor do que aí na terra natal; pelo menos aqui não
tem que ficar pedindo licença a usineiro para plantar
umas coisinhas ...”
Imagine que o trecho anterior seja de uma carta escrita
por um migrante para sua família.
De acordo com os elementos nela contidos, a alternativa
que expressa, respectivamente, as áreas de imigração
e de emigração, é:
campos do Sul - Mata de Araucária.a)
cerradões do Centro-Oeste - Agreste.b)
caatinga do Nordeste - Pampa gaúcho.c)
terra firme na Amazônia - Zona da Mata nordestina.d)
(UFES) “... O povo é que nem passarinho, está voando,38.
voando, e não acha onde sentar. Só que passarinho
canta e o migrante chora...”
(MENEZES, Marilda Aparecida de. Suplemento Especial. 
A Tribuna, 27 ago. 1995.)
As migrações resultam de catástrofes naturais, questões 
políticas, ideológicas, étnico-raciais, profissionais 
e, sobretudo, econômicas. Analisando a situação 
socioeconômica do Brasil atual, pode-se verificar que o 
fluxo de migração mais recente tem-se dirigido do
Nordeste para o Sudeste e Sul.a)
Norte para o Sul e Sudeste.b)
Sudeste para o Centro-Oeste e Sul.c)
Sudeste para o Nordeste e Norte.d)
Sul para o Sudeste e Centro-Oeste.e)
(UFPR) Devido a mudanças no padrão migratório do país,39.
o mapa da população brasileira ganhou novos contornos
nesta década de 1990 (IBGE, 1996). Considerando os
movimentos migratórios e a nova dinâmica da distribuição
espacial da população brasileira, é correto afirmar.
Diferentemente das últimas três décadas, os re- )(
centes movimentos internos da população brasi-
leira são decorrentes principalmente do processo 
de urbanização que se verifica no interior do país, 
da desconcentração da atividade industrial e da ex-
pansão da fronteira econômica de caráter agrícola.
Atualmente, as cidades médias distribuídas em )(
grande parte do território brasileiro são as que 
apresentam o maior crescimento populacional.
A migração pendular deixou de existir a partir da )(
década de 1970, devido ao êxodo rural.
A migração cidade-cidade, caracterizada pela )(
saída de habitantes de uma cidade em direção a 
outra, constitui o principal fenômeno do processo 
migratório atual.
A transumância é um movimento populacional )(
sazonal como o que os nordestinos realizam na 
época das secas.
(Unesp) Leia o texto.40.
“... E se somos Severinos iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual, mesma morte severina: que é
a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de
emboscada antes dos vinte (de fraqueza e de doença
é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até
gente não nascida). Somos muitos Severinos iguais em
tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se
muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais
extinta, a de querer arrancar algum roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir a história de minha vida, passo
a ser o Severino que em Vossa presença emigra”.
Esta pequena parte do Auto de Natal pernambucano
- Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto
- retrata a realidade do nordeste do Brasil. Assinale a
alternativa que melhor expressa tal realidade.
Açudes, desnutrição e imigração.a)
Solo pedregoso, imigração e doenças.b)
Desnutrição, emigração e escassez de água.c)
Solo pedregoso, emigração e alta esperança de vida.d)
Escassez de água, roçado e imigração.e)
21
Texto para a próxima questão
(UFSC) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos 
parênteses a soma dos itens corretos.
O crescimento da população de um país decorre do1.
crescimento vegetativo e do saldo migratório. Pela
análise atenta dos gráficos de natalidade e mortalidade
no Brasil e os diferentes aspectos a eles relacionados,
é correto concluir que:
IBGE. Anuário estatístico do Brasil (vários).
(01) o baixo crescimento natural de 1,9%, em 1990, refle-
te, na verdade, uma melhoria nas condições socio-
econômicas dos brasileiros que se igualam às dos
países desenvolvidos.
(02) a melhoria das condições de saneamento, a amplia-
ção da medicina preventiva e a melhoria da assistên-
cia médico-hospitalar são as razões que explicam a
queda da mortalidade de 2,5%, em 1940, para 0,7%,
em 1990.
(04) a natalidade, que vem caindo desde a década de
60, não se compara à dos países desenvolvidos,
que é bem inferior à natalidade apresentada na
última década.
(08) dentre os fatores explicativos da queda da natali-
dade, estão o crescimento urbano, o alto custo de
criação dos filhos nas cidades e a maior participação
das mulheres no mercado de trabalho.
Soma ( )
(UFRN) O fluxo migratório de brasileiros tem sofrido2.
grandes transformações. Nas três últimas décadas, o
Paraguai se cosntitui o segundo destino da emigração
nacional.
incentivo à colonização, pelo governo paraguaio, naa)
região fronteiriça;
disponibilidade de áreas agrícolas com preço infe-b)
rior ao das terras do centro-sul brasileiro;
perseguições políticas a grupos de trabalhadoresc)
rurais;
sistema produtivo, que concentra melhores oportu-d)
nidades de emprego.
(Cesgranrio) Como se pode verificar no mapa a seguir,3.
a distribuição da população brasileira pelo espaço geo-
gráfico permite afirmar que:
Estimativa 1990
 a grande maioria da população brasileira ainda seI.
encontra no antigo limite de Tordesilhas.
mais de 1/3 do país, apesar dos 150 milhões deII.
habitantes, ainda é quase um “vazio demográfico”.
o sul e o sudeste da região Centro-Oeste se incor-III.
poram rapidamente à faixa de maior concentração
demográfica.
Rondônia e a calha leste do vale do Amazonas es-IV.
tão em processo de ocupação.
uma área ao leste do vale do São Francisco ainda seV.
apresenta com densidades muito baixas.
As afirmativas corretas são:
somente I, II e III.a)
somente II, III e IV.b)
somente II, III e V.c)
somente I, III, IV e V.d)
I, II, III e IV e V.e)
A questão está relacionada ao gráfico e às afirmações4.
a seguir.
IB
G
E
.
22
A taxa de mortalidade infantil é um dos mais im-I.
portantes indicadores da qualidade de vida da po-
pulação.
A sensível diminuição da mortalidade infantil estáII.
relacionada a vários fatores, entre os quais o pro-
cesso de urbanização e o aumento das condições
médico-hospitalares.
Desde a década de 1970 que a taxa de mortalidadeIII.
infantil tornou-se relativamente homogênea, haven-
do pouca variação entre as regiões brasileiras.
A partir do ano 2000, a taxa de mortalidade infantilIV. 
tenderá a se estabilizar, pois já atingiu o patamar con-
siderado ideal para um país em desenvolvimento.
A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre a 
população brasileira permitem concluir que está correto 
apenas o que se afirma em:
I e II.a)
I e III.b)
I e IV.c)
II e III.d)
III e IV.e)
(Fuvest) Com base no gráfico a seguir, referente à5.
população brasileira no período de 1940 a 1991, e
considerando as peculiaridades demográficas do nosso
país, pode-se afirmar que:
Crescimento bruto e taxa média geométrica 
de incremento anual da população – 1940-1991
B
ra
si
l e
m
 n
úm
er
os
. I
B
G
E
, 1
99
2.
 
A
d
ap
ta
d
o.
a evolução da taxa de incremento da populaçãoa)
revela padrões demográficos típicos de país com
intensa migração interna.
a taxa de incremento está desvinculada do aumen-b)
to da população absoluta, devido ao aumento da
imigração nas últimas décadas.
a projeção do comportamento das curvas repre-c)
sentadas para o final do século prenuncia uma forte
redução da população absoluta.
a queda pronunciada na taxa de incremento não im-d)
pediu, até agora, o aumento da população absoluta.
as taxas de incremento verificadas nas décadas dee)
1950 e 1960 estão associadas às baixas taxas de
fecundidade da mulher brasileira naquele período.
(Fuvest) Nos últimos

Continue navegando

Outros materiais