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1 Exigência do registro de medicamentos (Lei nº 6.360 de 1976) É a inscrição prévia no órgão competente, para a introdução do medicamento no mercado, com a finalidade de comercialização e consumo. O objetivo do registro de medicamentos é facilitar o acompanhamento, monitoramento, controle de qualidade, segurança e eficácia no mercado farmacêutico. 2 Registro Critérios para concessão de Registro de Medicamento: Estudos pré-clínicos Estudos clínicos Metodologia de controle de qualidade Métodos de fabricação Boas práticas de produção Rotulagem e bula Estudos de estabilidade 3 O PROCESSO DE REGISTRO É DIVIDIDO EM 4 ETAPAS: Etapa Legal: apresentação dos documentos legais da empresa e do medicamento, modelo de bula e proposta de layout de embalagem. Etapa Técnica: apresentação dos estudos de estabilidade que estão sendo realizados com o medicamento, informações do princípio ativo, dados sobre como será a produção do medicamento, controle de qualidade das matérias-primas e do medicamento. Etapa Não-Clínica: apresentação de relatório de ensaios pré-clínicos, tais como toxicidade aguda, sub-aguda e crônica, toxicidade reprodutiva, atividade mutagênica e potencial oncogênico. Etapa Clínica: apresentação dos estudos clínicos fase I, II e III. 4 CATEGORIAS DE MEDICAMENTOS Biológico Biossimilar Homeopático Específico 5 Novo Inovador Genérico Similar Fitoterápico MEDICAMENTO NOVO Para o registro de um medicamento novo no Brasil deve-se cumprir com os requisitos estabelecidos na Resolução 136 publicada pela ANVISA. Nesta Resolução é definido o conceito de medicamento novo: Princípios ativos sintéticos ou semi-sintéticos associados ou não; Novas formas farmacêuticas, concentrações, nova via de administração e indicações no país 6 MEDICAMENTO NOVO Produto resultante de: 1. alteração de propriedades farmacocinéticas; 2. retirada de componente ativo de produto já registrado; 3. sais novos, isômeros, embora a entidade molecular correspondente já tenha sido autorizada. 7 MEDICAMENTO INOVADOR Nova molécula (princípio ativo) no país. Todos os requisitos de medicamento novo. Critério de precificação pode variar. 8 É aquele que contém: mesmo fármaco (princípio ativo) mesma dose mesma forma farmacêutica mesma via de administração mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país podendo, com este, ser intercambiável. Bioequivalência Equivalência Farmacêutica MEDICAMENTOS GENÉRICOS MEDICAMENTOS SIMILARES Medicamento que contém: 1. O mesmo ou os mesmos princípios ativos, 2. a mesma concentração, 3. mesma forma farmacêutica, 4. igual via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado na ANVISA pode diferir somente em: 1. características relativas ao tamanho e forma do produto, 2. prazo de validade, 3. embalagem, rotulagem, 4. excipientes e veículos, 5. devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. MEDICAMENTOS SIMILARES INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTO FITOTERÁPICO As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Normalmente são utilizadas na forma de chás e infusões. A planta medicinal industrializada para se obter um medicamento, resulta o fitoterápico. 14 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO O processo de industrialização tem por objetivos: Evitar contaminações por micro-organismos Eliminar substâncias estranhas, Padronizar a quantidade Definir a forma certa que deve ser usada, Permitir maior segurança de uso, Os fitoterápicos industrializados devem ser regularizados na ANVISA antes de serem comercializados. Fitoterápicos também podem ser manipulados em farmácias de manipulação autorizadas pela vigilância sanitária e, neste caso, não precisam de registro sanitário, mas devem ser prescritos por profissionais habilitados. 15 MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS Os medicamentos biológicos são moléculas complexas de alto peso molecular obtidas a partir de fluidos biológicos, tecidos de origem animal ou procedimentos biotecnológicos por meio de manipulação ou inserção de outro material genético (tecnologia do DNA recombinante) ou alteração dos genes. MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES Biossimilares são produtos biológicos comparáveis em qualidade, segurança e eficácia a produtos de referência, aprovados depois da expiração da patente do medicamento ao qual se deseja referenciar. Biossimilares não são medicamentos genéricos e portanto sujeitam-se a requisitos regulatórios próprios. Nem todas as cópias de medicamentos biológicos inovadores são biossimilares. 17 RESUMINDO Drogas de síntese química Drogas de origem biológica Moléculas Pequenas Grandes Estrutura Simples Complexas Estabilidade Estáveis Instáveis Caracterização Fácil e pode ser feita de maneira completa Difícil e muitas vezes incompleta Fabricação / Obtenção Reprodutível, por processo de síntese química – cópias idênticas podem ser produzidas Variável, produzida por sistemas vivos. Cópias idênticas de difícil obtenção Imunogenicidade Ocasional Frequente 18 EXEMPLIFICANDO Cópias idênticas possíveis 19 Cópias idênticas impossíveis Medicamento Genérico Medicamento Biossimilar GENÉRICOS X BIOSSIMILARES Genéricos Biossimilares Desenvolvimento 1-2 anos 5-8 anos Fabricação Simples Complexa Redução de preços no mercado > 70% < 30% Escala de produção Alta Baixa Regime regulatório para submissão Simples de cumprir Complexo cumprimento Intercambialidade Existente e aceitável Inexistente 20 MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS Desenvolvidos segundo a arte farmacotécnica seguindo princípios da filosofia homeopática. É todo medicamento fabricado por meio da farmacotécnica homeopática, que utiliza o princípio da similitude, que vem do termo similia similibus curantur, que significa semelhante cura semelhante. MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS São considerados medicamentos específicos os produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa ou paliativa não enquadrados nas categorias de medicamento novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico ou notificado e cuja(s) substância(s) ativa(s), independente da natureza ou origem, não é passível de ensaio de bioequivalência. AS TARJAS DOS MEDICAMENTOS 23 MEDICAMENTOS SEM TARJA Podem ser vendidos de forma livre nas farmácias. São chamados de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP). Vale ressaltar que, mesmo tendo uma venda liberada, não estão livres de gerar algum tipo de efeito colateral desconfortável e, dessa forma, não devem ser utilizados de forma indevida ou compulsória. O uso irracional e abusivo pode camuflar doenças mais sérias. MEDICAMENTOS DE TARJA AMARELA A tarja amarela serve para sinalizar os remédios conhecidos como genéricos, servindo para diferenciá-los dos similares e dos de referência. A sinalização ainda deve incluir um “G” e o aviso de “Medicamento Genérico”. MEDICAMENTOS DE TARJA AMARELA Um fármaco genérico se torna automaticamente tarjado, mesmo que o medicamento referência não tenha nenhuma tarja ou tenha uma de outra coloração. Nos casos de já ser um tarjado, ele deve conter a tarja amarela e a vermelha ou preta do “original”. MEDICAMENTOS DE TARJA VERMELHA As tarjas vermelhas servem, para sinalizar que esses medicamentos necessitam de uma prescrição de um profissional da Saúde habilitado para serem adquiridos. Normalmente, os médicos e os dentistas são os únicos autorizados a indicar o seu uso. MEDICAMENTOS DE TARJA VERMELHA Eles são divididos em duas subcategorias: com ou sem retenção de receita médica. Porém, quando a caixa vem com o aviso “Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita”, que estará em branco por cima da tarja, o cliente precisará deixar a prescrição médicana farmácia. MEDICAMENTOS DE TARJA PRETA Os fármacos que recebem a tarja preta são aqueles que, para a segurança dos pacientes, precisam de um maior controle e cuidado. Estes são medicamentos que, com o uso muito constante, podem gerar dependência química e até levar à morte. TARJA AZUL – PROJETO DE LEI Projeto de Lei nº 5443/2019, que pretende alterar a Lei 9.782/99 , para instituir a modalidade de medicamentos tarja azul (sob prescrição farmacêutica além de médica) e possibilitar que farmacêuticos revalidem receitas de antibióticos e medicamentos tarja vermelha sem retenção. TARJA AZUL – PROJETO DE LEI A "tarja azul" deverá incluir aqueles medicamentos de tarja vermelha sem retenção de receita que possuem, no mínimo, 70% dos critérios estabelecidos para os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição). Esses medicamentos não têm autorização para serem vendidos livremente nas farmácias porque apresentam mais efeitos adversos dos que os MIPs.
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