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CIÊNCIAS
AGRÁ RIAS
Revista PIBIC Ano 2018 - Ciências Agrárias
Ciências Agrárias 
INFECÇÃO POR Tritrichomonas foetus EM GATOS 
DOMÉSTICOS JOVENS COM DIARREIA 
Mariana Alves de Figueiredo (graduanda bolsista); Bethânia 
Ferreira Bastos (doutoranda); Prof. Dra Beatriz Brener 
 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia/ Instituto Biomédico/ Laboratório de 
Diagnóstico Coproparasitológico 
 
INTRODUÇÃO: 
 
O protozoário Tritrichomonas foetus tem 
sido descrito como agente da tricomoníase 
felina, caracterizada por uma diarreia crônica e 
intermitente de intestino grosso, que muitas 
vezes é irresponsiva às drogas administradas 
na rotina clínica. O parasito já foi descrito em 
diversos países no mundo. No Brasil, relatos 
escassos já foram feitos sobre sua ocorrência. 
 Deste modo, pretendeu-se determinar a 
ocorrência da infecção por T. foetus em gatos 
jovens, de até 3 anos de idade, com ou sem 
diarreia, no Estado do Rio de Janeiro. 
Objetivou-se também identificar os 
enteroparasitos circulantes nessa população de 
gatos. Além disso, buscou-se analisar a 
correlação entre a infecção por T. foetus e a 
infecção por outros endoparasitos intestinais. 
Por ser uma parasitose recente, foi 
desenvolvido um informativo sobre o parasito, 
para alertar à classe veterinária sobre a 
existência e importância do agente em questão. 
O protocolo foi aprovado pela Comissão 
de Ética no Uso de Animais (CEUA) da 
Universidade Federal Fluminense, sob o número 
619. 
Até o presente momento, foram 
coletadas 220 amostras de fezes frescas, 
diarreicas ou não, de gatos oriundos de gatis, 
abrigos e clínicas veterinárias de diferentes 
regiões do Rio de Janeiro. 
Cada amostra foi, sempre que possível, 
subdividida em duas alíquotas. A alíquota fresca 
foi submetida ao exame direto e cultura fecal 
para pesquisa de T. foetus. A outra alíquota, 
mantida em solução de formol acético, foi 
examinada para pesquisa de cestoides, 
nematoides e protozoários intestinais, utilizando 
a técnica de flutuação em solução de sulfato de 
zinco com densidade de 1, 180 g/ml e a técnica 
de sedimentação espontânea. 
Os resultados serão submetidos à 
análise exploratória e posteriormente ao teste 
do qui-quadrado e Fisher Exato, com nível de 
significância de 95%, 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
 
Inicialmente foi realizado o treinamento 
da equipe e preparo do meio de cultura 
específico, o meio de Diamond Modificado. 
As coletas das amostras fecais dos 
animais foram realizadas por meio de defecação 
espontânea ou por sondagem retal, no período 
de maio de 2016 a junho de 2017. 
Dos 220 animais incluídos no estudo, 
51,8% (114/220) eram fêmeas, 48,2% (106/220) 
eram machos, sendo 63,3% (140/220) 
castrados. A maior parte dos gatos (93,2%; 
205/220) não possuíam raça definida, 3,6% 
(8/220) eram siameses, 2,3% (5/220) eram da 
raça Maine Coon e 0,9% (2/220) eram persas. 
Além disso, 144/220 (65,5%) eram castrados e 
76/220 (34,5%) eram inteiros. Quanto à idade, a 
maioria tinha de 7 meses a 3 anos de idade 
(60,9%; 134/220) e 39,1% (86/220) até 6 meses. 
Quanto ao consumo de água, 57,2% 
(126/220) consumiam água não filtrada. Além 
disso, 64,5% (142/220) viviam confinados, 
27,3% (60/220) tinham estilo de vida livre e 
8,2% (18/220) viviam semi-confinados, tendo 
acesso esporádico às ruas. 
Cerca de metade (47,7%; 105/220) dos 
gatos no estudo eram testados para detecção 
do Vírus da Leucemia Felina (FeLV) e 
anticorpos contra o Vírus da Imunodeficiência 
Felina (FIV). Destes, 50 animais (47,6%; 
50/105) eram soronegativos, 54 (51,4%; 54/105) 
eram infectados por FeLV e apenas 1 (0,9%; 
1/105) por FIV. 
Do total de amostras, 101/220 (45,9%) 
animais estavam parasitados. Cerca de 20,4% 
(45/220) foram positivos para Cystoisospora sp.; 
18,6% (41/220) para Ancylostoma sp.; 7,7% 
(17/220) para Toxocara sp.; 6,8% (15/220) para 
Giardia sp.; e 2,7% (6/220) para Dipylidium 
caninum. 
Em 4/220 (1,8%) das amostras, foram 
encontrados trofozoitos semelhantes aos de 
tricomonadídeos no exame direto das fezes. Os 
trofozoítos possuíam movimento progressivo e 
irregular. Também nestes animais, foram 
observadas estas mesmas estruturas no meio 
de cultura. Na reação em cadeia pela 
polimerase (PCR), foram utilizados 
primeiramente primers de Tritrichomonas foetus, 
porém não houve amplificação do DNA 
parasitário. Em seguida, foram utilizados 
primers de outro flagelado, Pentatrichomonas 
hominis, obtendo-se amplificação em duas 
amostras. Além disso, foi realizado o 
sequenciamento nucleotídico da amostra, na 
Fundação Oswaldo Cruz, o que confirmou a 
identidade do parasito como P. hominis. 
 
CONCLUSÕES: 
 
 Com os dados obtidos, observamos que 
há uma grande porcentagem de gatos 
domésticos parasitados por alguma espécie de 
parasito intestinal, sendo a maioria sem raça 
definida, castrados, com menos de 1 ano de 
idade. Também foi observado que a maioria dos 
animais não recebiam água filtrada, viviam 
confinados e não eram testados para FIV e 
FeLV. 
Também ressaltamos que não foram 
encontradas amostras positivas para o parasito 
Tritrichomonas foetus até o presente momento e 
que necessitamos continuar nossas buscas. 
Porém, a presença do tricomonadídeo P. 
hominis é um dado importante na epidemiologia 
de doenças intestinais em gatos domésticos. 
O interesse crescente entre os 
profissionais da medicina felina se explica pela 
severidade e duração prolongada da diarreia, 
especialmente em filhotes com menos de um 
ano de idade, e pela dificuldade no diagnóstico 
e tratamento da enfermidade. Por isso, é 
importante alertar os médicos veterinários para 
essa doença emergente e auxiliá-los sobre os 
métodos de diagnóstico e tratamento. 
 
 
Agradecimentos: 
 
A equipe do projeto agradece à 
Universidade Federal Fluminense e às agências 
de fomento FAPERJ e CAPES pelo apoio. 
Ciências Agrárias 
Caracterização das infecções do trato urinário inferior 
de caninos e felinos atendidos no Hospital 
Universitário de Medicina Veterinária Professor 
Firmino Mársico Filho/UFF 
 
Bruno Fiore de Castro Figueiredo1, Lúcia Prelwitz1, Juliana de Oliveira2, Walter 
Lilenbaum3, Maria Cristina Nobre e Castro2 
1 Aluno de Graduação, Faculdade de Veterinária /MCV/UFF 2; Docente Faculdade de 
Veterinária/MCV/UFF;3 Docente Instituto Biomédico/MIP/UFF 
 
INTRODUÇÃO 
As infecções do trato urinário (ITUs) são 
comuns em cães e gatos, especialmente 
quando há comprometimento dos mecanismos 
de defesa do hospedeiro (OLIN et al, 2015). A 
maioria das ITUs são causadas por bactérias, 
mas também podem ocorrer infecções por 
fungos e vírus (SMEE et al, 2013a). O presente 
estudo foi retrospectivo e avaliou os resultados 
de cultura bacteriológica e antibiograma de urina 
processados pelo Laboratório de Bacteriologia 
Veterinária da Universidade Federal Fluminense 
(LaBV-UFF) entre 2013 e 2016. Foram 
consideradas uroculturas positivas os exames 
com contagem microbiana ≥ 103 UFC/mL. 
Todas amostras eram oriundas de cães ou 
gatos atendidos no HUVET-UFF. A partir desses 
resultados e do número de identificação (ID) do 
paciente, buscou-se as fichas propedêuticas no 
HUVET. Foram selecionadas somente as fichas 
daqueles animais nas quais havia também o 
resultado da urinálise (EAS). O objetivo deste 
trabalho foi identificar as principais 
características das infecções bacterianas do 
trato urinário inferior em cães e gatos atendidos 
no HUVET. Identificar as bactérias mais 
comumente envolvidas e a sensibilidade aos 
antimicrobianos, além de correlacionar aos 
principais sinais clínicos nesses pacientes. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
 
A partir do total de 351 resultados de 
cultura e antibiograma de amostras de urina de 
pacientes cães e gatos do HUVET-UFF, 
processados no LaBV-UFF entre 2013 a 2016 
foram selecionadas 146 fichas propedêuticas. 
Dessas, 100/146 (68,5%) eram de cães e 
46/146 (31,5%) de gatos. Dentre os cães, 61,6% 
eram fêmeas (61/99) e 38,4% eram machos 
(38/99) e uma ficha não continha
essa 
informação. Dos felinos, 60% eram fêmeas 
(27/45), 40% (18/45) eram machos, e uma ficha 
não tinha essa informação. 63 urinas foram 
coletadas por cistocentese, 16 por cateterismo 
uretral. 
Das 146 amostras, 49 (33,6%) 
apresentaram urocultura positiva. Desses, 38/49 
(77,6%) eram de cães e 11/49 (22,4%) eram de 
gatos. Dos cães, 57,9% eram fêmeas (22/38) e 
42,1% eram machos (16/38). Dos gatos, 72,7% 
eram fêmeas (8/11) e 27,3% eram machos 
(3/11). A metade dos animais era castrada 
(20/40). Esses resultados contrapõem-se aos 
relatados em estudo recente de ITUs em cães e 
gatos, que obteve número de fêmeas e machos 
semelhantes em cães e nos gatos a ocorrência 
de ITU foi maior nos machos (Carvalho et al 
2014). Porém, os resultados corroboram os 
citados por SMEE et al (2013a) que afirmam 
maior incidência em fêmeas caninas. 
A média de idade dos cães foi de 8,8 
anos e dos gatos foi de 7,8 anos. 
Nos cães o microrganismo mais isolado 
foi Klebsiella pneumoniae, representando 39,5% 
(15/38) dos casos. O crescimento de 
Staphylococcus spp ocorreu em 36,8% (14/38) 
das amostras, sendo oito culturas de S. 
epidermidis, cinco de S. pseudintemedius e uma 
de S. aureus. O crescimento de culturas de 
Escherichia coli ocorreu em apenas 13,2% 
(5/38), e Proteus vulgaris em 10,5% (4/38). 
Já nas amostras de urina dos gatos, 
Staphylococcus spp ocorreu em 72,2% (8/11), 
sendo sete culturas positivas para S. epidemidis 
e uma para S. pseudintemedius. Escherichia coli 
ocorreu em apenas 18,2% (2/11) e Klebsiella 
pneumoniae em 9,1% (1/11) dos casos. 
Esses resultados contradizem os 
citados por SMEE et al (2013b), que afirmam 
Escherichia coli como principal causadora de 
ITU em cães e gatos. Carvalho et al. (2014) 
identificaram Escherichia coli em 55% das 
infecções, seguida por Staphylococcus spp 
(20%), Proteus mirabilis (16%), Streptococcus 
spp (4%), Enterococcus spp (3%). 
Para as 49 uroculturas positivas, foram 
testados 64 antibióticos. Em 19/27 (70,4%) das 
estirpes Gram-negativas e em 17/22 (77,3%) 
das estirpes Gram-positivas houve resistência a 
amoxicilina. Em 17/25 (68%) das bactérias 
Gram-negativas houve resistência ao cefadroxil 
e de 5/21 (23,8%) das Gram-positivas. Nas 
bactérias gram-negativas houve 68% de 
resistência ao cefaclor e cefadroxil e 5/22 
(22,7%) nas Gram-positivas. 9/25 (36%) das 
Gram-negativas e 5/22 (22,7%) nas Gram-
positivas foram resistentes a ceftazidima. Em 
7/25 (28%) das vezes em que o ciprofloxacino 
foi testado nas Gram-negativas e em 8/20 (40%) 
nas Gram-positivas, houve resistência. Em 
10/24 (41,7%) das cepas Gram-negativas e em 
8/20 (40%) das Gram-positivas houve 
resistência ao enrofloxacino. Os microrganismos 
foram resistentes em 6/25 (24%) das cepas 
Gram-negativas e em 8/18 (44,4%) das Gram-
positivas para levofloxacina. Em 10/26 (38,5%) 
das bactérias Gram-negativas e em 5/22 
(22,7%) das Gram-positivas foi observado 
resistência a amoxicilina + ácido clavulânico. E 
15/26 (57,7%) das cepas Gram-negativas e 
12/22 (54,5%) das Gram-positivas foram 
resistentes ao sulfametoxazol + trimetoprima. 
Foi possível avaliar fichas propedêuticas 
de 101 animais submetidos à urocultura. Desses 
69 apresentaram sintomatologia de ITU. Dos 
sintomáticos, 25/69 (36,2%) foram positivos na 
urocultura (6 gatos e 19 cães) e 44/69 (63,8%) 
foram negativos (30 cães e 14 gatos). Dentre os 
não sintomáticos, 7/32 (21,9%) foram positivos 
na urocultura, todos cães. E em 25/32(78,1%) 
(17 cães e oito gatos) foram negativos. Ou seja, 
apenas 36,2% dos animais sintomáticos de fato 
estavam com ITU, e que 21,9% dos animais 
apresentavam bacteriúria assintomática. É 
importante ressaltar que a bacteriúria 
assintomática não tem indicação de tratamento 
(WEESE et al, 2011). 
As manifestações clínicas mais 
frequentes foram relacionadas ao ato da 
micção. 37/69 (53,6%) dos animais 
apresentaram um ou mais dos seguintes 
sintomas: disúria, polaciúria, estrangúria, perúria 
e incontinência urinária. A hematúria foi 
observada em 27/69 (39,1%) dos pacientes. 
Na sedimentoscopia da urinálise, dos 26 cães 
positivos, a metade apresentava bacteriúria, 
48% piúria, 38,5% contagem elevada de células 
descamativas e 30,8% com hematúria ao exame 
de urina. Já dos cinco gatos positivos, 80 % 
apresentaram piúria e proteinúria, 60% 
bacteriúria e 20 % hematúria. Nenhum gato teve 
contagem elevada de células descamativas. 
 
CONCLUSÕES 
A Urinálise (EAS) não dever ser utilizado como 
único meio de diagnóstico de ITU. Bacteriúria e 
piúria foram as alterações mais relacionadas às 
ITUs. As bactérias mais comuns nas ITUs 
diagnosticadas no HUVET-UFF foram a 
Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus spp. 
em cães e Staphylococcus spp. em gatos. 
Foi observado alto índice de resistência das 
bactérias aos antibicrobianos utilizados. Os 
sinais clínicos mais relevantes de suspeita de 
ITU em cães e gatos são aqueles relacionados 
à disúria. 
 
Agradecimentos: LaBV e HUVET UFF 
 
Referências: 
CARVALHO, V. M.; et al. Infecções do trato 
urinário (ITU) de cães e gatos: etiologia e 
resistência aos antimicrobianos. Pesquisa 
Veterinária Brasileira, jan. 2014.34(1): 62-70. 
OLIN, S J.; BARTGES, J. W. Urinary Tract 
Infections. Vet Clin Small Anim., 2015; 45: 721-
746. 
SMEE, N; LOYD, K; GRAUER, G. UTIs in Small 
Animal Patients: Etiology and Pathogenesis. 
Am. Animal Hospital Association, 2013a; 49:1-7. 
DOI 10.5326/JAAHA-MS-5943. 
SMEE, N; LOYD, K; GRAUER, G. UTIs in Small 
Animal Patients: Diagnosis, Treatment, and 
Complications. Am Animal Hospital Association, 
2013b; 49: 83-94. DOI 10.5326/JAAHA-MS-
5944. 
 
 
Ciências Agrárias (5.00.00.00 – 4) 
Ovos de codorna cozidos, armazenados a vácuo 
Natália Lima Garcia Salgado 1; Nathália Ramos de Melo1,2; 
Bernardo de Sá Costa2,3; Jéssica Raquel Sales Carvalho de 
Souza2 
1Departamento de Tecnologia de Alimentos – Universidade 
Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ/ Laboratório de Análise de Alimentos e Bebidas 
(LAAB) –; 2Departamento de Engenharia de Agronegócios – Escola de Engenharia 
Industrial Metalúrgica de Volta Redonda – UFF/Laboratório Agroindustrial de Embalagem 
e Tecnologia (LAETec) – 3Departamento de Engenharia de Agronegócios – Escola de 
Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda – UFF/ Laboratório de Engenharia e 
Tecnologia Agroindustrial (LETA). 
INTRODUÇÃO: 
Nos últimos anos, o consumo e a produção de 
ovos de codorna no Brasil aumentou 
significativamente. Dentre as causas para a 
expansão do mercado, destaca-se a adoção de 
tecnologias no processamento dos ovos de 
codorna, que auxiliam na qualidade da produção 
e atende aos consumidores que buscam por 
praticidade. 
Apesar das vantagens, alimentos que passam 
por um processamento mínimo são altamente 
suscetíveis a contaminação microbiana, que 
pode ocorrer facilmente durante a produção. Em 
condições favoráveis de crescimento, os 
microorganismos podem alterar as 
características físicas e químicas dos alimentos, 
acelerar sua degradação e produzir toxinas 
nocivas a saúde. (Pelczar Jr. et al.,1997). 
Durante o armazenamento a aparência do 
produto pode alterar, o que desfavorece sua 
escolha pelo consumidor sendo o visual um dos 
parâmetros sensoriais mais importantes para a 
aceitação do produto, a exemplo da coloração 
(SILVA et al. 2000) 
Neste contexto, pesquisadores buscam 
desenvolver novas técnicas que atendam as 
exigências especiais de armazenamento, 
objetivando manter os produtos propícios ao 
consumo e com uma boa extensão da validade 
comercial. 
Portanto, este estudo tem por objetivo avaliar 
um sistema de armazenamento à vácuo para 
ovos de codorna cozidos, descascados e 
refrigerados, visando manter condições ideais 
de consumo por um longo período. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
Durante o desenvolvimento da pesquisa, foram 
utilizados os ovos de codorna da espécie 
Coturnix
coturnix japonica, obtidos do Setor de 
Avicultura do Instituto de Zootecnia da 
UFRRJ.Os ovos foram coletados no dia da 
postura e armazenados sob refrigeração a 4°C. 
Após 48 horas da coleta, os ovos foram levados 
a cozimento, para posteriormente, serem 
facilmente manipulados e descascados. 
Seguida as etapas de processamento, os ovos 
foram embalados à vácuo (Embaladora a vácuo 
Selovac 200 B) em polietileno de baixa 
densidade (19 x 15 cm / 15 µm) e foram 
armazenados sob temperatura de refrigeração 
(4°±1C) por 30 dias.(Figura 1). 
 
 
Figura 1. Ovos de codorna cozidos e 
descascados embalados a vácuo. 
 
 
As análises realizadas compreenderam 
avaliações microbiológicas e coloração 
(espectrofotômetro de cor - Minolta CM-5-ID). 
Quanto as análises microbiológicas, verificou-se 
as contagens de Coliformes termotolerantes/g, 
Estafilococos coagulase positiva/g, Salmonella 
sp 25g, Escherichia coli e Clostrídios sulfito-
redutores no tempo inicial (dia zero) e após 30 
dias de estocagem. Também foi realizada a 
contagem de anaeróbios mesófilos totais a cada 
sete dias de armazenamento (0, 7, 14, 21 e 28 
dias). 
Os resultados obtidos indicaram ausência de 
Coliformes termotolerantes, E. coli e Salmonella, 
certificando que os ovos de codorna estão em 
boas condições higiênico-sanitárias e próprios 
para consumo. As contagens de Estafilococos 
coagulase positiva foram < 1,0x10²UFC/g, 
resultados abaixo do limite estabelecido pela 
Resolução RDC n°12 da ANVISA (ANVISA, 
2001) que preconiza valor máximo de 5x10² 
UFC/g. 
O ambiente anaeróbio gerado pela embalagem 
a vácuo apresenta para alguns produtos um 
potencial de insegurança, sendo recomendando 
seguir alguns critérios para evitar o 
desenvolvimento de toxinas por 
microorganismos patogênicos (FELLOWS, 
2006). Devido a isto vê se a importância das 
contagens de Clostrídios sulfito-redutores, que 
apesar da não obrigatoriedade pela legislação 
para este tipo de produto, foi realizada e 
apresentou resultado satisfatório. Os valores 
encontrados não variaram durante o 
experimento sendo referenciados em < 1,0x10 
UFC/g. 
Da mesma forma, verificaram-se baixas 
contagens ou ausência de anaeróbios 
mesófilos, indicando que não houve 
contaminação do produto antes do 
armazenamento, e a ausência de O2 não 
permitiu o desenvolvimento destes 
microorganismos. 
Estando o produto apto microbiologicamente 
para o consumo apresentando valores dentro 
dos delimitados pela legislação, procedeu-se a 
análise quanto a sua coloração. 
Os ovos mantiveram sua coloração, não 
apresentando diferença significativa (p≥0,05) do 
produto entre o momento do preparo (tempo 
zero) e ao final do período de 30 dias de 
armazenamento, mostrando que a embalagem a 
vácuo preservou um dos critérios mais 
importantes para aceitação ou rejeição de um 
produto pelo consumidor (SILVA et al. 2000). 
 
CONCLUSÕES: 
Ovos de codorna cozidos e descascados podem 
ser embalados a vácuo, e armazenados sob 
refrigeração (4
o
C) por 30 dias, tendo 
estabilidade microbiológica e mantendo sua 
coloração. Esta forma de armazenamento 
oferece praticidade aos consumidores além de 
um produto isento de conservantes. Esta pode 
ser uma nova opção de armazenamento para 
comercialização dos ovos de codorna cozidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA. Resolução RDC nº12. 2001. 
Brasil. 
 
FELLOWS, P. J. Tecnologia do 
processamento de alimentos: Princípios e 
prática. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
 
PELCZAR JR, M.J; CHAN, E.C.S.; KRIEG, N.R. 
Microbiologia: conceitos e aplicações. 2.ed. 
São Paulo: McGraw-Hill, 1997. v.2. cap.30, 
p.372-397: Microbiologia dos Alimentos. 
 
SILVA, J.H.V.; ALBINO, L.F.T.; GODÓI, M.J.S. 
Efeito do extrato de urucum na pigmentação 
da gema dos ovos. Revista Brasileira de 
Zootecnia, v.29, p.1435-1439, 2000. 
 
 
AGRADECIMENTOS: 
 
CAPES, CNPq, FAPERJ, UFF, UFRRJ. 
Grande área do conhecimento: Ciências Agrárias 
 Investigação da Resistência Antimicrobiana de Campylobacter spp. 
e Eschericia coli isolados de Frangos de Criação Caipira e 
Convencional 
Thomas Salles
1
, Regina Júlia Nascimento
1
, Rodrigo Ornellas
2
, Hugo 
Peralva
2
, Gisllany Alves
2
,
 
Arthur Figueira
2
,Virginia Leo Pereira
2
, 
Elmiro R. Nascimento
2
, Dayse L. C. Abreu
2
 e Maria Helena C. Aquino
1
. 
 
 1
Departamento/Unidade/Laboratório:MSV/Faculdade de Veterinária/Laboratório de Doenças 
Infecciosas dos Animais Domésticos;
2
Laboratório de Sanidade Avícola 
 
INTRODUÇÃO: A utilização de antimicrobianos, 
de maneira excessiva e imprópria na produção 
animal intensiva, tem desencadeado um 
aumento do número de microrganismos 
resistentes e resíduos de antimicrobianos 
podem ser disseminados para o solo, alimentos 
e mananciais aquáticos. Os animais podem ser 
portadores de bactérias resistentes 
representando um fator de risco para saúde 
pública, pois existe a possibilidade de que os 
genes que codificam a resistência aos 
antimicrobianos, possam ser transferidos de 
uma bactéria a outra através dos plasmídeos, 
transposon e os integrons. A investigação de 
resistência antimicrobiana em bactérias de 
origem animal pode ser utilizada como um 
monitoramento do uso de antimicrobianos na 
produção animal. E. coli e Campylobacter 
colonizam o trato intestinal de frangos, e podem 
ser transmitidos aos humanos através da 
contaminação dos produtos nas linhas de 
processamento tecnológico (FERJANIA et al., 
2015; LERMA et al., 2013). Campylobacter, é 
considerado um importante patógeno humano 
de origem alimentar, e no Brasil, existem poucos 
registros sobre resistência de Campylobacter 
spp., e E. coli isolados de frangos de corte de 
criação caipira frente aos antimicrobianos. 
Objetivou-se com este trabalho investigar cepas 
de Campylobacter spp. e E. coli isoladas de 
frangos de corte provenientes de criações 
convencionais (n=96) e caipiras(n=98) do 
Estado do Rio de Janeiro, quanto à 
suscetibilidade à antimicrobianos pelo método 
de difusão em disco e fazer um estudo 
comparativo de acordo com a origem. Foi 
utilizado o teste estatístico Binominal de Duas 
Proporções (Bioestat 5.3) para investigar se 
houve diferença na resistência observada de 
acordo com a origem das cepas . 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O resultado 
comparativo do perfil de sensibilidade está 
apresentado nas tabelas 1 e 2. Com relação às 
cepas de E. coli, não foi observada relação 
entre o tipo de criação e foi observada alta 
resistência para tetraciclina, enrofloxacina e 
clotrimoxazol, o que pode ser devido ao uso 
frequente dessas classes na avicultura para 
tratamento de doenças respiratórias e 
diarréicas. Brito et al. (2011) também verificaram 
resistência aos antimicrobianos da classes das 
tetraciclinas e sulfonamidas ao analisar cepas 
de E. coli isoladas de frangos de corte de 
criações do Paraná. Foi observada resistência 
para mais de três classes de antibióticos, nas 
cepas de criação convencional, o que é 
preocupante devido à utilização das mesmas 
classes antimicrobianas tanto em saúde 
humana e animal. Em relação à totalidade das 
cepas de Campylobacter resistentes à 
ciprofloxacina, provenientes de galinhas caipiras 
e convencional, esses resultados representam 
uma preocupação para a saúde pública. Uma 
possível explicação seria o uso frequente 
desses antimicrobianos na criação intensiva 
convencional e a contaminação das aves 
caipiras com amostras ambientais de 
Campylobacter spp. Resistentes, como aquelas 
veiculadas pela água ou outras aves, além do 
possível uso terapêutico esporádico. Em 
Campylobacter spp. tratamento com 
fluoroquinolona, rapidamente seleciona altos 
níveis de resistência. Esta é uma situação 
preocupante, uma vez que Campylobacter 
resistente à fluoroquinolona pode se tornar 
dominante, mesmo na ausência de pressão de 
seleção (Luo et al., 2005), como no caso das 
criações caipiras e apenas proibir o uso do 
mesmo na produção de aves seria ineficiente.
Pedersen et al., (2003) relataram a ocorrência 
de cepas de Campylobacter resistentes às 
quinolonas pertencentes a clones específicos e 
que foram capazes de persistir nas granjas 
durante a rotação de vários lotes. A formação de 
biofilmes nos sistemas de suprimento de água 
nas instalações também tem sido sugerido 
como um mecanismo de permanência das 
cepas no ambiente de produção das aves 
(Reuter et al., 2010).Isso aumenta o potencial 
das carcaças de frango na veiculação de cepas 
de Campylobacter resistentes para seres 
humanos no Brasil, e exige uma atenção mais 
cuidadosa sobre uso de antibióticos na 
produção animal. Fluoroquinolonas não são 
permitidas para uso como promotor de 
crescimento no Brasil. No entanto, são 
rotineiramente utilizadas na produção de aves 
para fins preventivos e terapêuticos e pode 
representar uma fonte potencial de 
contaminação para o meio ambiente, 
aumentando a resistência bacteriana às 
fluoroquinolonas. 
Tabela 1-Percentual de resistência de cepas de 
Campylobacter spp. de acordo com a origem 
AMC 32,4 11,1
AMP 44,1 27,8
CTF 67,6 66,7
CIP 97,1 100,0
ENO 82,4 88,9
ERI 26,5 25,0
GEN 5,9 11,1
TET 38,2 19,4
Não Significante
Não Significante
Não Significante
Não Significante
Relação tipo de 
Criação/Resistência
Não Significante
Não Significante
Não Significante
Não Significante
Antibiótico % Resistencia 
Convencional
% Resistência 
Caipira
 
Tabela 2-Percentual de resistência de cepas de 
Eschericia coli de acordo com a origem 
NAL 87,1 62,9
CIP 37,1 9,7
TET 79,0 67,7
GEN 33,9 3,2
CAZ 16,1 0,0
CLO 24,2 4,8
ENO 61,3 33,9
CRO 14,5 1,6
AMC 11,3 1,6
CTX 19,4 0,0
CTF 16,1 0,0
SUT 58,1 35,4
Significante
Não Significante
Significante
Significante
Não Significante
Não Significante
Significante
Significante
Significante
Não Significante
Significante
Significante
Antibiótico
% Resistencia 
Convencional
% Resistência 
Caipira
Relação tipo de 
Criação/Resistência
 
CONCLUSÕES: 
Este estudo revela que a resistência de 
Campylobacter spp. frente aos antibióticos 
testados não foi influenciada pelo tipo de 
criação, enquanto em E.coli foi observada 
diferença significativa na resistência 
dependendo da origem das cepas. Ressalta-se 
a necessidade de atenção ao aumento da 
resistência em cepas provenientes de criações 
animais e a importância desses achados para 
saúde pública. 
 
Agradecimentos: 
Á PROPPI pela bolsa de Iniciação Científica. 
 
 
CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA E DA EXPRESSÃO DE HER-2 NOS 
TUMORES MAMÁRIOS CANINOS: DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO 
Isabel Turl da Silva Ribeiro de Almeida; Larissa Bustamante Nunes; 
Franciele Basso Fernandes Silva; Taís Medeiros Siqueira Carvalho; Ana 
Maria Reis Ferreira; Juliana da Silva Leite. 
 
Setor de Anatomia Patológica Veterinária - MCV, Faculdade de 
Veterinária/UFF 
INTRODUÇÃO: Entre 41 e 53% dos tumores 
mamários caninos é maligno, (MISDORP et al., 
1999; RUTTEMAN et al., 2001), sendo uma das 
principais causas de morte na cadela. 
Atualmente o estudo da expressão de marcadores 
prognósticos e preditivos do câncer de mama pela 
imunohistoquímica, tem se revelado importante 
ferramenta na rotina diagnóstica. Através de 
estudos sobre o desenvolvimento tumoral em 
canídeos e humanos foram observadas 
similaridades no comportamento biológico, 
aspectos histológicos, alvos moleculares e genética 
tumoral (KUMARAGURUPAN et al., 2006; 
PAOLONI et al., 2008; UVA et al., 2009), também 
constaram relação entre a sobre-expressão da 
proteína HER2, número de mitoses e maior grau 
histológico nas células tumorais (AHERN et al., 
1996; de LAS MULAS, 2003). 
O objetivo foi avaliar a expressão de HER-2 nos 
tumores mamários caninos relacionando com o 
diagnóstico histopatológico e, desta forma, analisar 
o valor diagnóstico e prognóstico de HER-2, o que 
possui impacto direto no tratamento. 
Palavras chave: tumor de mama, cão, 
imunohistoquímica. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Após avaliação 
histopatológica de 10 amostras neoplásicas 
malignas e de 10 benignas coradas por HE, foi 
possível determinar os tipos histológicos. A 
classificação histológica dos tumores malignos 
(gráfico 1) e dos tumores benignos (gráfico 2) foi 
seguida pela técnica de imuno-histoquímica usando 
o anticorpo anti-HER-2 o qual gerou resultados 
dispostos nas tabelas 1 e 2. 
Gráfico 1: Avaliação Histológica – percentual de 
cada tipo tumoral encontrado na avaliação das 10 
amostras de tumor mamário maligno canino. 
Niterói, 2017. 
 
Tabela 1: Classificação histológica, expressão de 
HER-2 e interpretação segundo Herceptest e 
ASCO/CAP de tumores malignos. Niterói, 2017. 
Histopatológico Score Herceptest ASCO/CAP 
Carcinoma em tumor misto 3+ Positivo Positivo 
Carcinoma em tumor misto 2+ Positivo Inconclusivo 
Carcinoma em tumor misto 3+ Positivo Positivo 
Carcinoma em tumor misto 1+ Negativo Negativo 
Carcinoma em tumor misto 2+ Positivo Inconclusivo 
Carcinoma em tumor misto 0 Negativo Negativo 
Carcinoma complexo 2+ Positivo Inconclusivo 
 
Carcinoma de células 
fusiformes 1+ Negativo Negativo 
Carcinossarcoma 3+ Positivo Positivo 
Carcinoma anaplásico 2+ Positivo Inconclusivo 
No Herceptest, 70% dos tumores malignos foram 
positivos, ao passo que no ASCO/CAP, 30% foram 
positivos. O carcinoma em tumor misto foi o tipo 
mais frequente, sendo que 66,6% e 33,33% deles 
foram classificados com positivos no Herceptest e 
ASCO/CAP, respectivamente. Os casos de 
carcinoma complexo e carcinoma anaplásico 
mostraram-se positivos na interpretação do 
Herceptest e inconclusivos no ASCO/CAP. O 
carcinoma de células fusiformes foi negativo em 
ambos os testes, ao passo que o carcinossarcoma 
foi positivo em ambos os testes. 
Gráfico 2: Avaliação Histológica – percentual de 
cada tipo tumoral encontrado na avaliação das 10 
amostras de tumor mamário benigno canino. 
Niterói,2017.
 
Tabela 2: Classificação histológica e 
imunomarcação com o anticorpo anti-HER-2 e 
interpretação segundo o Herceptest e ASCO/CAP 
de tumores benignos. Niterói, 2017. 
Histopatológico Score Herceptest ASCO/CAP 
Tumor misto benigno 2+ Positivo Inconclusivo 
Tumor misto benigno 1+ Negativo Negativo 
Tumor misto benigno 2+ Positivo Inconclusivo 
Tumor misto benigno 2+ Positivo Inconclusivo 
Adenoma simples 2+ Positivo Inconclusivo 
Adenoma simples 3+ Positivo Positivo 
Adenoma simples 3+ Positivo Positivo 
Adenoma complexo 3+ Positivo Positivo 
Adenoma complexo 1+ Negativo Negativo 
Adenoma complexo 1+ Negativo Negativo 
 
No Herceptest, 70% dos tumores benignos foram 
positivos, ao passo que no ASCO/CAP, 30% foram 
positivos. No Herceptest, 75% dos tumores mistos 
benignos foram positivos e 25% foram negativos. 
Já no ASCO/CAP, nenhum foi positivo, foram 
inconclusivos ou negativos. Os casos de adenoma 
simples foram positivos em ambos os testes. Dois 
casos com o diagnóstico de adenoma complexo 
foram negativos e um caso apresentou 
imunoexpressão marcada, sendo positivo em 
ambos os testes. 
 
Tanto os tumores benignos quanto malignos 
apresentaram a mesma frequência de resultados 
positivos. Pressupõe-se que alguns tipos tumorais 
benignos já apresentam a superexpressão de HER-
2. Isso pode estar associado a uma possível 
progressão tumoral futura, uma vez que a ruptura 
da membrana basal pode estar iminente nesses 
casos. 
 
CONCLUSÕES: Os tipos tumorais mais 
frequentes são o carcinoma em tumor misto e o 
tumor misto benigno. Os tumores benignos e 
malignos apresentaram a mesma frequência de 
resultados positivos (30%). Um maior número de 
animais deve ser avaliado para determinação do 
valor de HER-2. 
BIBLIOGRAFIA: 
AHERN, T.E.; BIRD, R.C.; BIRD, A.E.; WOLFE, 
L.G. Expression of theoncogene c-erbB-2 in canine 
mammary cancers and tumor-derived cell lines. Am 
J Vet Res; 57(5):693-6, 1996. 
DE LAS MULAS, M. J.; MILLÁN, Y.; DIOS, R.A. 
Prospective Analysis of Immunohistochemically
Determined Estrogen Receptor and Progesterone 
Receptor Expression and Host and Tumor Factors 
as Predictors of Disease-free Period in Mammary 
Tumors of the Dog. Vet Pathol. 2005; 42:200-212. 
KUMARAGURUPARAN, R.; PRATHIBA, D.; 
NAGINI, S. Of humans and canines: 
Immunohistochemical analysis of PCNA, Bcl-2, p53, 
cytokeratin and ER in mammary tumours. Res Vet 
Sci. 2006;81(2):218-24. 
MISDORP, W.; ELSE, R. W.; HELLMÉN, E.; 
LIPSCOMB, T. P. Histological classification of 
mammary tumors of the dog and the cat. 
Washington: Armed Forces Institute of Pathology, 
American Registry of Pathology and the World 
Health Organization Collaborating Center for 
Worldwide reference on Comparative Oncology, 
1999. p.1-59. 
PAOLONI, M.C.; KHANNA, C. Translation of new 
cancer treatments from pet dogs to humans. Nat 
Rev Cancer. 2008; 8(2):147-56. Review. 
RUTTEMAN, G. R.; WITHROW, S. J.; MACEWEN, 
E. G. Tumors of the mammary gland. In: Small 
animal clinical oncology. 3 ed. Philadephia: 
Saunders, 2001, p. 455-467. 
UVA, P.; AURISICCHIO, L.; WATTERS, J.; et al. 
Comparative expression pathway analysis of human 
and canine mammary tumors. BMC Genomics. 
2009;27;10:135. 
Medicina Veterinária/ Reprodução Animal 
Estudo de Protocolos Hormonais na Superestimulação 
Ovariana para Obtenção de Oócitos por Laparoscopic 
Ovum Pick-Up (LOPU) em Ovinos Santa Inês 
Isabel Oliveira Cosentino, Felipe Zandonadi Brandão 
Faculdade de Veterinária/ Departamento de Patologia e Clínica 
Veterinária/Setor de Reprodução Animal/ UniPECO - Fazenda 
Escola da UFF– Cachoeira de Macacu, RJ 
 
INTRODUÇÃO: 
 
A obtenção de oócitos competentes é um dos 
fatores que influenciam o sucesso da produção 
in vitro de embriões em ovinos. O presente 
estudo avaliou o efeito de distintos protocolos 
hormonais para a superestimulação ovariana 
sobre a população folicular de ovelhas doadoras 
de oócitos, além de seu efeito na quantidade e 
qualidade de complexos cumulus-oócitos 
(CCOs). Doze ovelhas pluríparas, sob um 
delineamento cross-over, foram organizadas em 
quatro grupos experimentais e submetidas a 
quatro repetições cada. Estas tiveram a 
emergência da onda folicular sincronizada 
conforme proposto (Balaro et al. 2016. Domest 
Anim Endocrinol, 54:10-14). A superestimulação 
iniciou após 80 horas, e este foi considerado 
como dia zero (D0). Foram utilizados: T1: 80 mg 
de FSH (Folltropin-V®, Bioniche Animal Health, 
Ontario, Canadá) e 300 UI de eCG e T2: 120 mg 
de FSH e 300 UI de eCG, ambos em dose 
única; T3: 80 mg de FSH e T4: 120 mg de FSH, 
ambos em doses decrescentes (50/30/20%), a 
cada 12 h. Colocou-se nova esponja vaginal 
com progestágeno na primeira dose do FSH e 
removeu-se na LOPU. Utilizou-se o ultrassom 
(Sonoscape S6®, Shenzhen, China) acoplado a 
um transdutor linear de 7,5 MHz (via transretal) 
a fim de se avaliar a população folicular. Os 
Complexos Cumulus-Oócitos (CCOs) foram 
classificados morfologicamente em grau I/II (boa 
qualidade), III (regular: desnudos, mas 
ooplasma homogêneo) e IV (ruim: ooplasma 
heterogêneo, degenerados). Os CCOs grau IV 
foram descartados e os viáveis (GI, II e III) 
submetidos à coloração com azul cresil brilhante 
(BCB) e classificados em BCB+ (competentes) e 
BCB- (não competentes). Os dados foram 
avaliados pela ANOVA e teste Tukey. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
 
No D2 (36 horas após o início da estimulação), 
não houve efeito (P>0,05) da dose de FSH 
utilizada ou do regime de administração do FSH, 
bem como não foi observada interação destes 
fatores sobre a quantidade de folículos em cada 
categoria (tabela 1). Todos os tratamentos 
apresentaram maior número de folículos na 
categoria de 3-5 mm de diâmetro. No T2, T3 e 
T4, o número de folículos < 3 mm foi maior do 
que os > 5 mm, enquanto que em T1, as 
categorias não diferiram (P>0,05) entre si, 
sendo assim, a diferença de categorias ocorreu 
dentro dos tratamentos e não entre tratamentos. 
Todos os tratamentos foram efetivos e 
promoveram maior quantidade de folículos na 
categoria desejada (3-5 mm), pois esta 
apresenta alta correlação com oócitos 
competentes. 
 
Tabela 1. Efeito dos diferentes protocolos na 
população folicular no dia da LOPU (36 horas 
após o início da estimulação) 
Tratamento <3 mm 3-5 mm >5 mm 
T1 3,5 ± 1,0a 5,7 ± 0,7b 1,3 ± 0,4b 
T2 3,4 ± 0,7a 7,9 ± 0,7b 0,9 ± 0,4c 
T3 3,8 ± 1,0a 8,1 ± 0,6b 0,5 ± 0,3c 
T4 3,3 ± 0,6a 7,8 ± 1,0b 0,8 ± 0,3c 
T1: 80mg FSH + 300UI eCG (única) T2: 120mg 
FSH + 300UI eCG (única) T3: 80mg FSH 
(múltipla decrescente) T4: 120mg FSH (múltipla 
decrescente). Não houve diferença entre os 
tratamentos (P>0,05). Médias seguidas de letras 
diferentes na mesma linha, diferem (P<0,05). 
 
A taxa de recuperação dos oócitos foi similar 
(P>0,05) entre os tratamentos (tabela 2). 
Quanto à qualidade morfológica, o percentual de 
oócitos de boa qualidade (GI/GII) não diferiu 
(P>0,05) entre tratamentos (tabela 2). Para o 
número de oócitos GII, houve efeito (P<0,05) da 
forma de administração, onde aplicações 
múltiplas resultaram em maior número de 
oócitos GII do que o tratamento em dose única. 
Não houve diferença (P>0,05) na taxa de CCOs 
BCB+ nos diferentes tratamentos (tabela 3). A 
concentração folicular de estrogênio também 
não diferiu entre os tratamentos (P>0,05) (tabela 
4). 
 
Tabela 2. Efeito dos diferentes protocolos 
hormonais sobre a taxa de recuperação e 
qualidade dos oócitos obtidos por laparoscopia 
Tratamento 
Taxa de 
recuperação 
Boa qualidade 
(GI/GII) 
T1 65% (70/107) 56% (39/70) 
T2 59% (65/110) 66% (43/65) 
T3 68% (82/120) 74% (61/82) 
T4 70% (91/130) 70% (64/91) 
T1: 80mg FSH + 300UI eCG (única) T2: 120mg 
FSH + 300UI eCG (única) T3: 80mg FSH 
(múltipla decrescente) T4: 120mg FSH (múltipla 
decrescente). Não houve diferença entre os 
tratamentos (P>0,05). 
 
Tabela 3. Efeito dos diferentes protocolos 
hormonais sobre a média de oócitos obtidos, 
média de oócitos viáveis e percentual de BCB+ 
Tratamento 
Oócitos / 
ovelha 
Oócitos 
viáveis (GI/GII 
e GIII) 
BCB+ 
T1 5,8 ± 0,2 5,4 ± 0,3 72% 
T2 5,4 ± 0,3 5,3 ± 0,2 88% 
T3 6,8 ± 0,3 5,6 ± 0,3 80% 
T4 7,6 ± 0,5 7,3 ± 0,5 76% 
T1: 80mg FSH + 300UI eCG (única) T2: 120mg 
FSH + 300UI eCG (única) T3: 80mg FSH 
(múltipla decrescente) T4: 120mg FSH (múltipla 
decrescente). Não houve diferença entre os 
tratamentos (P>0,05). 
 
Tabela 4. Concentração folicular de estrogênio 
por tratamento 
Tratamento 
Concentração folicular de 
estrogênio (ng/dL) 
T1 11.510,5 ± 1.211,3 
T2 5.234,5 ± 229,4 
T3 5.216,9 ± 436,6 
T4 7.543,7 ± 663,3 
T1: 80mg FSH + 300UI eCG (única) T2: 120mg 
FSH + 300UI eCG (única) T3: 80mg FSH 
(múltipla decrescente) T4: 120mg FSH (múltipla 
decrescente). Não houve diferença entre os 
tratamentos (P>0,05). 
 
CONCLUSÕES: 
 
Não houve diferença entre os tratamentos, 
sendo assim, recomenda-se utilizar o T1 (80mg 
FSH dose única com 300UI eCG), devido à 
praticidade de administração única ou o T3 
(80mg FSH em doses múltiplas decrescentes), 
protocolo que possibilita reduzir os custos e 
efeitos colaterais do eCG. 
 
Agradecimentos: 
 
Agradecemos o apoio financeiro oferecido pela 
CAPES/CNPq, pela FAPERJ e pela UFF para a 
realização do projeto e fomento de bolsas. 
. 
 
 
Ciências Agrárias 
Estudo da parasitofauna intestinal e respiratória de gatos 
domésticos e felinos selvagens da Fundação Rio Zoo 
Marilia Senra Barreto de Araújo 
Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública 
/Laboratório de Doenças Parasitárias 
 
INTRODUÇÃO: 
 
As parasitoses mais comuns em gatos estão 
relacionadas ao trato gastrointestinal, como a 
ancilostomose, a toxocariose, as coccidioses, a 
dipilidiose entre outras, porém outros órgãos 
também podem ser afetados por parasitos, 
causando morbidade nos seus hospedeiros 
como nematóides do gênero Aelurostrongylus 
que afetam o sistema respiratório de felinos 
dométicos e Trogostrongylus em felinos 
selvagens. A infecção por parasitos intestinais 
são, em sua maioria, mais freqüentes
em 
animais jovens e idosos, submetidos à 
condições higiênico-sanitárias inadequadas. 
Aquelas causadas por nematóides respiratórios, 
são freqüentes em qualquer idade e podem 
facilmente serem confundidas com outras 
doenças respiratórias, já que, em muitos casos, 
não apresentam sinais evidentes e as 
alterações radiográficas não são distintas de 
outras doenças respiratórias. Para todas as 
parasitoses, o prognóstico depende do 
diagnóstico precoce e este é fundamental para a 
implementação do tratamento adequado. Deste 
modo, utilizando as técnicas de centrifugo-
flutuação e Baermann, pretende-se determinar a 
prevalência de parasitos intestinais e de 
nematóides respiratórios em gatos errantes ou 
abrigados em diferentes regiões da cidade do 
Rio de Janeiro. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
 
1. Zona norte 
Foram coletadas 35 amostras nesta área de 
estudo. Utilizando a técnica de centrifugo-
flutuação, foi encontrada uma prevalência de 
54% (n= 19), enquanto que não foi encontrado 
nenhum indivíduo positivo ao utilizarmos a 
técnica de Baermann-Moraes. 
Os parasitos encontrados nos animais desta 
região foram: parasitos dos gêneros 
Cystoisospora sp. (20%) e Ancylostoma sp. 
(37,1%), Toxocara catii (22,9%) e Toxoplasma 
gondii (5,7%). 
Não foi encontrado nenhum parasito respiratório 
nos gatos desta região. 
 
2. Zona Sul 
Foram coletadas 108 amostras nesta área de 
estudo. A prevalência encontrada utilizando a 
técnica de centrífugo-flutuação foi de 58,3% (n= 
63), enquanto que pela técnica de Baermann-
Moraes nenhum animal positivo foi encontrado. 
 
Os parasitos encontrados nos animais desta 
região foram: parasitos dos gêneros 
Ancylostoma sp. (26,9%), Cystoisospora sp. 
(17,6%) e Uncinara sp. (0,9%), Toxoplasma 
gondii (6,5%) e Toxocara catii (24%). 
 
3. Zona Oeste 
Foram coletadas 65 amostras nesta área de 
estudo. Utilizando a técnica de centrífugo-
flutuação, foi encontrada uma prevalência de 
20% de indivíduos parasitados (n= 13). Já com 
a técnica de Baermann-Moraes, a prevalência 
encontrada foi de 6,2% (n= 4). 
A prevalência de animais parasitados reunindo 
os resultados das duas técnicas foi de 24,6% 
(n=16). 
Os parasitos encontrados nos animais desta 
região foram: parasitos dos gêneros 
Ancylostoma sp. (7,7%), Cystoisospora sp. 
(6%), Lymxacarus sp. (3%) e Strongyloides sp. 
(4,6%), Toxocara catii (3%) e Dipilidium caninum 
(3%). 
Não foi encontrado nenhum parasito respiratório 
nos gatos desta região. 
 
4. Centro 
Foram coletadas 35 amostras nesta área de 
estudo. A prevalência encontrada utilizando a 
técnica de centrífugo-flutuação foi de 60% (n= 
21) dos animais parasitados. Utilizando a 
técnica de Baermann-Moraes nenhum animal 
positivo foi encontrado. 
 
Os parasitos encontrados nos animais desta 
região foram: parasitos dos gêneros 
Ancylostoma sp. (45,7%), Cystoisospora sp. 
(22,9%) e Lymxacarus sp (2,9%) e Toxocara 
catii (8,6%). 
Não foi encontrado nenhum parasito respiratório 
nos gatos desta região. 
 
 
CONCLUSÕES: 
 
Tendo em vista a importância das parasitoses 
para a saúde dos felinos domésticos e para a 
saúde pública, é muito importante a realização 
de estudos como este para identificar os 
parasitos que mais acometem estes animais. No 
presente estudo foi atingido o objetivo de se 
determinar a prevalência de parasitoses 
intestinas nas regiões norte, sul, oeste e centro 
da cidade do Rio de Janeiro; enquanto que não 
foi possível determinar a prevalência de 
parasitos respiratórios pois nenhum foi 
encontrado. Sugere-se que sejam feitos mais 
estudos sobre estes parasitos, com número 
amostral maior, para identificar a prevalência 
destes nos gatos domésticos, visto que muitas 
vezes são subdiagnosticados 
 
Agradecimentos: 
 
Agradeço ao CNPq pela oportunidade que me 
foi dada para realização de pesquisas e 
inserção no meio científico, através do 
financiamento da bolsa. Isso me permitiu obter 
grande conhecimento que me será útil para a 
vida acadêmida e profissional. Agradeço 
também ao meu orientador, professor Dr. 
Luciano Antunes Barros, por toda paciência e 
ensinamento passado e por ser uma grande 
inspiração profissinal para mim. Agradeço ainda, 
a todos que me ajudaram nesses doze meses 
de trabalho, sobretudo Jimi Martins, Lucas 
Xavier, Nilceia Ramos e Shihane Mohamad. 
Obrigada a todos os membros do Laboratório de 
Doenças Parasitárias da Faculdade de 
Veterinária da UFF, ao Departamento de Saúde 
Coletiva Veterinária e Saúde Pública (MSV) e a 
Universidade Federal Fluminense por todas as 
oportunidades e ajuda oferecida não somente 
durante este projeto, mas durante toda minha 
vida acadêmica. 
Figure 1: Logo PIBIC 
Ciências Agrárias 
IDENTIFICAÇÃO DE Leptospira sp. EM ÚTERO DE VACAS 
NATURALMENTE INFECTADAS 
Lucas Figueiredo, Bruno Cabral Pires, Walter Lilenbaum 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia/Laboratório de 
Bacteriologia Veterinária 
 
INTRODUÇÃO: 
 
A leptospirose é uma antropozoonose 
infectocontagiosa de distribuição mundial. 
Apresenta grande impacto social, econômico e 
sanitário, reconhecida pela Organização 
Mundial de Saúde Animal. Em bovinos, a 
frequência de morbidade para a doença clínica 
pode variar de 10% a 30%. A elevada frequência 
de abortamentos, podendo atingir até 30%, e a 
queda na produção de leite, são as principais 
causas de prejuízos ocasionados pela 
leptospirose (ELLIS, 2015). 
É causada por bactérias do gênero 
Leptospira, do qual se conhecem atualmente 21 
espécies patogênicas e não patogênicas com 
mais de 200 sorovares já identificados, cada um 
adaptado a seu hospedeiro de manutenção, 
mas podendo também acometer outras 
espécies (ZHANG et al, 2015). A prática 
veterinária baseia-se na vacinação sistemática 
do rebanho, tratamento de animais doentes, 
controle dos roedores na propriedade e 
eliminação do excesso de água no ambiente 
(MARTINS; LILENBAUM, 2017). 
 
Embora existam vários relatos de 
infecção renal em bovinos, poucos estudos se 
referem á colonização uterina (LOUREIRO et al., 
2017). Dada a importância dos aspectos 
reprodutivos da doença, tal estudo se faz 
primordial. Sendo assim, o objetivo do presente 
estudo foi determinar o estado de carreador 
uterino de Leptospira sp. em bovinos 
destinados ao abate no estado do Rio de 
Janeiro. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
 
Foram coletadas amostras de 
fragmento uterino de 42 vacas randomicamente 
selecionadas, não prenhes, provenientes de 
distintos rebanhos de diferentes regiões do 
estado do Rio de Janeiro, e destinadas ao abate 
em matadouros frigorífico sob inspeção 
estadual e federal. 
Foram seccionados fragmentos de 
aproximadamente 1 cm³ de cada corno uterino 
dos animais estudados. 
Foi possível identificar DNA de 
Leptospira sp. em 19/42 amostras de útero 
coletadas (45,23%), utilizando o gene LipL32 
como alvo genético. 
 
CONCLUSÕES: 
 
Foi possível identificar animais 
portadores uterinos de leptospiras patogênicas 
em bovinos abatidos. Os resultados sugerem 
que a presença de leptospiras infecciosas no 
útero pode estar associada à fisiopatogenia da 
falha reprodutiva. 
 
Agradecimentos: 
 
Gostaria de agradecer à equipe do 
Laboratório de Bacteriologia Veterinária (LaBV) 
pelo apoio na realização deste projeto. Gostaria 
também de agradecer a Universidade Federal 
Fluminense pelo respeito com o programa PIBIC 
e também ao CNPQ que possibilitaram a 
realização do presente trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Reação em Cadeia de 
polimerase em gel de agarose de DNA de 
fragmento uterino de vacas abatidas no estado 
do Rio de Janeiro. Bandas na mesma altura do 
alvo genético do controle Positivo (CP) (gene 
LipL32) foram consideradas positivas (*). KB = 
Peso molecular 1Kb DNA Ladder (Invitrogen, 
Life Technologies, São Paulo, Brasil); CN = 
Controle negativo da reação. 
 
 
KB 01* 02 03 04 05 06* 07 08 09* 10 11 12* 13* 14 15* 16 17* CN CP 
 
Ciências
Agrárias 
Caracterização molecular dos parvovírus a partir de amostras 
fecais de felinos domésticos no estado do Rio de Janeiro 
Leticia Maria Machado (bolsista PIBIC), Cinthya Fonseca 
Domingues (Mestrado), Rita de Cássia Nasser Cubel Garcia 
(Orientador) 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Instituto Biomédico, UFF. Laboratório de 
Gastrenterites Virais e Parvovírus 
INTRODUÇÃO: 
Os parvovírus que infectam cães e gatos 
(gênero Protoparvovírus, família Parvoviridae) 
se caracterizam por serem pequenos vírus 
(diâmetro de 21±3 nm) contendo genoma DNA 
de fita simples de aproximadamente 5124 
nucleotídeos e capsídeo de simetria icosaédrica 
constituído de duas proteínas estruturais: 
VP1(82 kDa) e VP2 (67 kDa). 
Apesar de serem constituídos de genoma DNA, 
os parvovírus apresentam taxas de mutação de 
genes semelhantes às observadas em vírus 
com genoma RNA, e tal fato é responsável pelo 
aparecimento de novas variantes. 
O Parvovírus Canino (CPV) é um exemplo de 
sucesso na transposição da barreira de 
hospedeiro, já que a hipótese mais aceita para 
explicar a origem do CPV é a que este vírus é 
uma variante do vírus da panleucopenia felina 
(FPV). 
O CPV-2 e FPV apresentam uma homologia de 
genoma de aproximadamente 98% e diferem 
em cerca de 8-10 aminoácidos (AA). As 
mudanças de AA nas posições 80, 93, 103, 297, 
300, 305, 323, 426, 555, 564 e 568 de VP2 são 
importantes para definição do espectro de 
hospedeiro e habilidade do CPV-2 de replicar 
em cães. 
Desde que surgiu em 1978 como um novo 
patógeno de cães, novas variantes de CPV 
(CPV-2a/CPV-2b/CPV-2c) surgiram e 
substituíram o tipo original (CPV-2) em 
circulação. Enquanto o CPV-2 não era capaz de 
infectar gatos, os tipos novos do CPV ganharam 
a habilidade de replicar em gatos e têm sido 
isolados de felinos domésticos e selvagens. 
Vários estudos têm investigado as variantes de 
CPV que circulam na população felina e canina. 
Os relatos do isolamento dos tipos novos de 
CPV em amostras de gatos domésticos 
apresentando sinais clínicos de panleucopenia 
em vários países, explicitaram a necessidade de 
investigar se o CPV poderia também estar 
associado a estes casos no Rio de Janeiro. 
Este projeto teve como objetivos realizar a 
detecção e caracterização molecular das 
variantes de parvovírus associadas a casos de 
diarreia em gatos no estado do Rio de Janeiro. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Um total de 75 amostras fecais de gatos com 
até um ano de idade, coletadas no período de 
2008 a 2017 foram analisadas. Inicialmente, o 
genoma viral foi extraído a partir das 
suspensões fecais 10% com o uso do kit 
PureLink RNA/DNA kit (Invitrogen®), conforme 
instruções do fabricante. Foi realizada a reação 
em cadeia pela polimerase (PCR) para detecção 
do genoma dos parvovírus com os iniciadores 
555For/555Rev (4003-4585), o qual amplificam 
um fragmento de 583 pb do gene que codifica a 
proteína de capsídeo VP2 na região que contém 
os AA 426, 555, 564 e 568. As amostras 
positivas foram submetidas a nova PCR com o 
par de iniciadores HFor/HRev (3556-4183), que 
amplifica um fragmento de 610 pb do gene da 
VP2 na região que contém os AA 297, 300, 305 
e 323. Os produtos das reações de amplificação 
foram purificados utilizando o High Pure PCR 
purification Kit (Roche) para se realizar a reação 
de sequenciamento. 
A reação de sequenciamento foi realizada 
utilizando o Big Dye Terminator® v 3.1 Cycle 
Sequencing Kit (Applied Biosystems®, CA, 
USA) no Sequenciador automático “ABI Prism 
3130 Genetic Analyzer” (Applied Biosystems, 
Foster City, CA, USA) do Laboratório 
Multiusuários de Microbiologia e Parasitologia 
(LMMP) do MIP/CMB/UFF. As sequências 
nucleotídicas (e as aminoacídicas deduzidas a 
partir das mesmas) foram alinhadas utilizando o 
método CLUSTAL W, contido no programa Bio 
Edit ® (Hall, 1999) e comparadas com outros 
isolados obtidos no GenBank, através dos seus 
números de acesso ou mediante a utilização da 
ferramenta BLAST (Basic Local Aligment Search 
Tool), disponível no GenBank. 
Um total de 30/75 amostras fecais de gatos 
foram amplificadas com o par de iniciadores 
555F/555R e 24/75 com os iniciadores 
HFor/HRev. Observaram-se mudanças de 
nucleotídeos em 28 posições ao longo do 
fragmento de 985pb amplificado, resultando em 
nove mudanças não sinônimas. Isto pode ser 
explicado pelo fato de que 13/28 alterações de 
nucleotídeos ocorreram no 3
o
 códon. Três 
alterações no 1º códon geraram mudanças 
sinônimas. A análise do fragmento de 985pb 
permitiu caracterizar cinco sequências como 
FPV. Outras 19 sequências apresentaram 
alterações não sinônimas em resíduos 
importantes para a determinação do espectro de 
hospedeiro dos parvovírus (297, 300, 305, 323, 
564 e 568), sendo que 8/19 também 
apresentaram no resíduo 426 o aminoácido 
ácido aspártico (Asp), característico de CPV-2b. 
Seis amostras que circularam principalmente 
nos anos de 2014 a 2016 apresentaram uma 
alteração no resíduo 324 (TyrLeu) ainda não 
descrita anteriormente. 
CONCLUSÕES: 
Neste estudo procurou-se investigar a 
variabilidade genética dos isolados de 
parvovírus a partir de amostras fecais de gatos 
domésticos. 
A análise parcial do gene que codifica a proteína 
viral VP2 permitiu caracterizar cinco amostras 
como FPV. 
Outras 19 amostras apresentam alterações não 
sinônimas em aminoácidos importantes na 
definição do espectro de hospedeiros e na 
capacidade de replicação destes vírus. Ainda, 
oito sequências apresentaram no resíduo 426 o 
AA característico de CPV-2b. 
A detecção de sequências em gatos com 
mutações características de sequências caninas 
sugerem que mesmo sendo considerado um 
grupo mais homogêneo que os CPVs, o FPV 
também vem sofrendo variações e estão 
sujeitos a eventos evolutivos. 
No entanto, os nossos resultados ainda não 
permitem caracterizar estes 19 isolados como 
CPV pois ainda falta sequenciar a região de 
VP2 que contém outros aminoácidos 
informativos na definição do espectro de 
hospedeiros: 80. 93, 103. 
Tais achados reforçam a necessidade de 
investigar as variantes de parvovírus que 
circulam nesta população. 
 
 
Agradecimentos: CNPq, Proppi-UFF 
 
Grande área do conhecimento: Ciências Agrárias 
Título do Projeto: Leitelho Fermentado Tradicional com Adição 
de Lactobacillus Casei e Whey Protein 
Autores: MELKI, A. B., DUARTE, M.C.H.K., CORTEZ, M. A.S. 
Faculdade de Veterinária, Departamento de Tecnologia dos 
Alimentos, Laboratório de Tecnologia e Inspeção de Leite e 
Derivados 
 
INTRODUÇÃO: 
O interesse cada vez maior dos consumidores 
por alimentos saudáveis e seguros vem 
intensificando a realização de pesquisas com a 
utilização de microrganismos probióticos. Estes 
são microrganismos que quando adicionados ao 
alimento trazem benefícios com destaque para a 
inibição de patógenos, redução de toxinas, 
ativação do sistema imunológico e aumento da 
motilidade intestinal (JOINT FAO/WHO, 2002). 
Diversos alimentos são utilizados como veículos 
para os probióticos, porém devido à 
especificidade das bactérias lácteas, o leite e 
derivados são os mais indicados. Um dos 
probióticos mais utilizados é o Lactobacillus 
casei, por apresentar propriedades relacionadas 
à saúde já comprovadas cientificamente e 
sendo de fácil incorporação aos derivados do 
leite (BURITI; SAAD, 2007). O leitelho é um 
resíduo da fabricação da manteiga, 
normalmente descartado, devendo ser 
previamente tratado para ser desprezado na 
natureza, caso contrário atua como poluidor. Por 
apresentar composição semelhante a do leite 
semi-desnatado é um produto que pode ser 
utilizado pela indústria como ingrediente para a 
elaboração de diversos derivados lácteos 
(ANTUNES et al., 2007; GONZALEZ et al, 2009; 
FARIÑA et al., 2010; TEIXEIRA et al., 2013; 
ASSUMPÇÃO et al., 2013; JULIANO et al., 
2014; WALUS et al., 2015). 
Com o presente estudo objetivou-se
verificar a 
ação do Lactobacillus casei na fermentação de 
leitelho adicionado de proteína do soro e a 
influência da presença do Streptococcus 
thermophilus nas características do produto. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
O teor de gordura do leitelho utilizado como 
matéria prima foi de 0,5%, o que indicou um 
processo adequado de bateção do creme, com 
boa eficiência na quebra do glóbulo de gordura, 
com a liberação do conteúdo gorduroso do 
interior do glóbulo e posterior agregação da 
gordura. A acidez detectada foi de 0,13g de 
ácido lático por 100 mL, o que sugeriu que não 
ocorreu contaminação da matéria prima por 
bactérias acidificantes. A acidez poderia 
ocasionar perda de qualidade sensorial e 
redução da eficiência da agregação da gordura 
durante o processo de bateção do creme, 
gerando um leitelho com elevado teor de 
gordura (CORTEZ; CORTEZ, 2010). 
Durante a fermentação, o leitelho fermentado 
apenas com S. thermophilus (T1) apresentou 
uma maior redução do valor de pH e maior 
aumento da acidez titulável, indicando um bom 
metabolismo láctico do S. thermophilus, com 
produção de maior quantidade de ácido. Neste 
tratamento, os valores médios de pH abaixaram 
de 6,27 até 4,87; enquanto que a acidez titulável 
foi de 0,25 até 0,62 g de ácido lático por 100g 
de produto. Quando o S. thermophilus estava 
acompanhado do L. casei (T2), o nível de 
acidificação, tanto medido pelo pH quanto pela 
acidez titulável, foi próximo ao observado no 
tratamento apenas com S. thermophilus, com o 
pH variando de de 6,28 a 5,01 e a acidez 
titulável de 0,24 a 0,60 g de ácido lático por 
100g de produto. Em ambos os tratamentos nos 
quais foi adicionado, o S. thermophilus foi um 
dos principais responsáveis pela acidificação, 
indicando a importante deste na elaboração de 
lácteos fermentados. 
O tratamento apenas com L. casei (T3) 
apresentou baixa acidificação durante a 
fabricação, indicando o metabolismo lento deste 
microrganismo. Neste tratamento a variação do 
pH foi de 6,32 a 6,12 e da acidez titulável de 
0,24 a 0,30 g de ácido lático por 100g de 
produto. Após 15 dias de armazenamento 
refrigerado, os valores de pH para tos três 
tratamentos foram 4,77 (T1), 4,69 (T2) e 4,75 
(T3). Já os valores de acidez titulável foram 
0,59, 0,61 e 0,60 g/100g, respectivamente para 
T1, T2 e T3. Estas variações encontradas não 
possuem importância tecnológica, porém 
indicaram que durante o período de 
resfriamento a 8º C as culturas lácteas não 
foram totalmente inibidas, continuando seu 
metabolismo, com a liberação de componentes 
ácidos como o ácido lático, grande responsável 
pelo aumento da acidez. Este fato foi observado 
principalmente em relação ao tratamento 
somente com L. casei. Wendling e 
Weschenfelder relataram o desenvolvimento de 
diversas bactérias láticas utilizadas pelas 
indústrias de produtos lácteos em temperaturas 
de refrigeração (WENDLING; 
WESCHENFELDER, 2013). 
Em relação à enumeração de bactérias láticas, 
a partir da observação dos resultados obtidos, 
tem-se que os microrganismos permaneceram 
viáveis e abundantes durante todo o 
experimento, com um aumento da concentração 
celular ao longo do período de armazenamento. 
Na bacterioscopia, foram encontrados cocos e 
bacilos, condizentes com as culturas lácteas 
adicionadas. 
Na Instrução Normativa n 46 (BRASIL, 2005) é 
indicado que, para leites fermentados, a 
contagem mínima de bactérias láticas para 
caracterizar a conformidade dos produtos está 
entre 10
6
 e 10
7
 UFC/g. Neste experimento, 
todas as amostras avaliadas apresentaram 
contagens acima de 10
6
 UFC/g, já no primeiro 
dia de análise. Durante a estocagem 
refrigerada, as contagens de todos os 
microrganismos aumentaram, indicando a 
viabilidade dos mesmos. 
Especificamente em relação ao L. casei, no 15º 
dia de armazenamento, em ambos os 
tratamentos nos quais foi adicionado, as 
contagens foram superiores a 10
15
 UFC/g, o que 
caracteriza os leitelhos fermentados como 
produtos probióticos. A legislação brasileira 
determina que para o produto ser considerado 
como veiculador de microrganismos probióticos, 
o mesmo deve apresentar quantidades de 
microrganismos superiores a 10
8
 UFC por 
porção do produto (BRASIL, 2002). 
As contagens do S. thermophilus, no tratamento 
apenas com S. thermophilus, mantiveram-se 
constantes nos 15 dias de análise (1,4 x 10
8
 
UFC/g no dia da produção e 5,5 x 10
8
 no 15º dia 
após a produção). Já no tratamento com S. 
thermophilus associado ao L. casei, as 
contagens de S. thermophilus aumentaram em 
07 ciclos log (2,2 x 10
8
 até 2,8x 10
15
), indicando 
um favorecimento induzido pelo L. casei para o 
crescimento do S. thermophilus. O 
desenvolvimento em simbiose é um padrão 
geralmente observado com duas ou mais 
bactérias láticas em crescimento em conjunto 
(Vinderola, et al.2000). 
Já em relação ao comportamento do L. casei, 
no tratamento onde apenas ocorreu a 
inoculação do mesmo, foi observado um 
aumento da contagem de 9 x 10
6
 até >2,5 x 10
15
 
UFC/g, indicando uma boa adaptação do L. 
casei ao meio durante os 15 dias de estocagem. 
Já no tratamento com o L. casei associado ao S. 
thermophilus, a contagem de L. casei se 
manteve praticamente constante, com o 
aumento de apenas um ciclo log (10
14
 a 10
15
), 
não sendo caracterizado um favorecimento 
muito significativo causado pelo S. thermophilus 
ao crescimento do L. casei. Outro ponto 
importante de avaliar é que a acidez 
desenvolvida no produto ao longo das 15 dias, 
não foi suficiente para inibir o S. thermophilus e 
nem para propiciar um aumento no 
desenvolvimento e contagem do L. casei. 
 
CONCLUSÕES: 
A elaboração de leitelho fermentado com adição 
de proteínas de soro e microrganismos 
probióticos apresentou viabilidade, mantendo 
um perfil de fermentação adequado, a partir do 
desenvolvimento de níveis de acidez desejados 
e contagens elevadas de bactérias láticas. A 
ação conjunta do S. thermophilus e do L. casei 
pode ser utilizada na indústria de produtos 
láticos a fim de fornecer uma alimentação mais 
saudável ao consumidor. 
 
Agradecimentos: 
Ao CNPQ pela concessão da bolsa e ao 
programa de Iniciação Científica da 
Universidade Federal Fluminense. 
Engenharia Agrícola e Ambiental 
Estudo da salubridade de operação agrícola com 
microtrator através de plataforma de prototipagem 
eletrônica de hardware livre 
FERNANDO F. L. DOS SANTOS, FLÁVIO C. DA SILVA 
Departamento de Engenharia Agrícola e do Meio 
Ambiente/Campus Praia Vermelha-Niterói/Laboratório de 
Máquinas Agrícolas 
 
INTRODUÇÃO: O Brasil é um país cuja 
economia é predominantemente agrícola. 
Dentro desse contexto, as máquinas e 
implementos agrícolas são fundamentais para o 
abastecimento dos mercados interno e externo. 
O trator agrícola exerce papel fundamental para 
os trabalhadores da área agrícola, sendo 
importante ferramenta para auxiliar no trabalho, 
deixando-o mais prático e rápido. No entanto, 
são inúmeros os fatores de risco no qual o 
operador está submetido. 
Com isso, torna-se necessário o monitoramento 
de alguns parâmetros tais como temperatura, 
umidade e pressão sonora a fim de garantir 
condições de salubridade para o ambiente de 
trabalho do operador. 
Diante desse cenário, a utilização de 
microcontroladores, surge como uma opção de 
fácil aplicação e de baixo custo para a 
automação do monitoramento das condições de 
salubridade do operador, quando comparada 
aos sensores mais sofisticados existentes no 
mercado. 
O presente trabalho tem como objetivo geral, a 
criação de um protótipo de baixo custo, flexível 
e fácil de se usar para a análise da salubridade 
em microtrator agrícola, com microcontrolador 
Arduino. Para alcançar o objetivo central há de 
se definir os objetivos específicos: detalhar a 
metodologia de montagem e de operação do 
protótipo; avaliar a eficiência dos sensores, 
através de análise estatística; avaliar o custo 
para a montagem do protótipo; e servir como 
material auxiliar de fácil aplicação
e 
entendimento, para pesquisas na área de 
sensoriamento em máquinas agrícolas. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
Para o parâmetro de umidade relativa do ar, 
pode-se observar que os dados obtidos tanto 
pelo sensor quanto pelo Termo-higrômetro, para 
o dia 18/05/2017, apresentaram uma tendência 
sem variações significativas durante todo o 
período de coleta de dados. Já para o outro dia, 
o aumento do percentual de umidade relativa do 
ar ambiente foi registrado pelo sensor e pelo 
equipamento de medição. Para ambos os dias, 
percebe-se uma constante diferença entre as 
medições do sensor e do Termo-higrômetro. 
Sendo a diferença entre as médias desses para 
os dias 18 e 31/05/2017 de 3,63 e 5,14 % de 
umidade relativa do ar, respectivamente. 
Para a temperatura ambiente, pode-se observar 
que os dados obtidos tanto pelo sensor quanto 
pelo Termo-higrômetro, para os dois dias de 
medição, apresentaram uma tendência sem 
variações significativas durante todo o período 
de coleta de dados. 
Para ambos os dias, percebe-se uma constante 
diferença entre as medições do sensor e do 
Termo-higrômetro. Sendo a diferença entre as 
médias desses para os dias 18 e 31/05/2017 de 
0,99 e 0,96 °C, respectivamente. 
Com relação à pressão sonora ambiente, pode-
se observar, para o primeiro dia de coleta de 
dados, que os dados obtidos pelo sensor e o 
Decibelímetro, para as rotações de 1000 e 1500 
rpm, ficaram na mesma faixa de medição. 
Sendo a diferença entre as médias desses de 
0,80 e 0,21 dB, para as rotações de 1000 e 
1500 rpm, respectivamente. 
Para as demais rotações do primeiro dia, a 
diferença entre as médias foram de 5,15 e 6,74 
dB, para as rotações de 2000 e 2500 rpm, 
respectivamente. 
Para o segundo dia de coleta de dados, a 
diferença entre as médias foram de 8,45; 7,79; 
4,91 e 2,53 dB, para as rotações de 1000, 1500, 
2000 e 2500 rpm, respectivamente. 
Para a análise estatística dos dados obtidos, foi 
realizada a Análise de Variância pelo teste de 
Tukey, com nível de significância de 5%, para 
avaliar se os dados obtidos pelos equipamentos 
de medição e pelos sensores apresentam 
semelhança estatística. 
Pode-se observar, que apenas para o parâmetro 
de pressão sonora à rotação de 1500 rpm do dia 
18/05/17, as médias dos dados de referência e 
do sensor são estatisticamente semelhantes. 
É importante destacar que os sensores e os 
equipamentos de medições possuem calibração 
própria e precisão específicas. Sendo assim, 
esta análise estatística não é conclusiva sobre o 
aspecto da confiabilidade do sensor, mas sim 
sobre a comparação do desempenho do sensor 
em relação ao equipamento de referência. 
CONCLUSÕES: A partir da metodologia 
utilizada e dos resultados encontrados, foi 
possível concluir que: 
 
1. Verificou-se a necessidade de acrescentar 
uma placa microcontroladora para um 
circuito separado com o sensor de pressão 
sonora; 
2. Foi observado uma interferência 
considerável o que também pode ser 
observado pela análise dos resultados 
obtidos da leitura do sensor na porta 
analógica do microcontrolador, sendo uma 
das principais razões: a quantidade de 
dados armazenados em um único 
microcontrolador; 
3. Pela análise estatística dos dados foi 
observado que, com exceção da medição 
de um parâmetro no dia 18/05/2017, as 
médias dos sensores e dos equipamentos 
de medição são estatisticamente diferentes. 
No entanto, é importante considerar que o 
sensor de temperatura e umidade, e o 
termo-higrômetro possuem calibração 
própria e precisão específicas. Sendo 
assim, esta análise estatística não é 
conclusiva sobre o aspecto da 
confiabilidade do sensor, mas sim sobre a 
comparação do desempenho do sensor em 
relação ao equipamento de referência; 
4. Para a análise e monitoramento de 
salubridade, esta metodologia mostrou-se 
eficaz e com potencial para aprofundamento 
no monitoramento de ruídos contínuo e 
intermitente. Através do módulo de alerta 
visual do protótipo, é possível observar se 
os parâmetros predefinidos estão dentro 
dos limites estabelecidos pela norma. 
Também, através do módulo de coleta de 
dados e de planilhas eletrônicas, pode-se 
monitorar e analisar a dose de ruído sobre o 
operador ao longo da jornada de trabalho. 
5. O protótipo foi orçado em R$ 326,69; 
6. Por fim, o presente trabalho se mostrou bem 
sucedido, visto que os objetivos propostos 
inicialmente foram todos alcançados. 
Agradecimentos: À CAPES pela 
oportunidade de intercâmbio através do 
Programa Ciência sem Fronteiras. Ao programa 
CNPq/PIBIC pelo financiamento do projeto de 
pesquisa, e à UFF pela concessão da bolsa de 
Iniciação Científica. 
 
Grande área do conhecimento: 5.00.00.00-4 – Ciências Agrárias 
Título do Projeto: Aspectos populacionais e frequência de 
endoparasitos em cães e gatos domésticos domiciliados 
Autores: Monique Lourenço e Silva, Luciano Antunes Barros (co-
orientador), Flavya Mendes-de-Almeida (orientadora) 
Departamento/Unidade/Laboratório: Faculdade de Veterinária/ 
Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública/ Laboratório de Doenças 
Parasitárias da Universidade Federal Fluminense 
 
INTRODUÇÃO: 
Animais domésticos de companhia, como os 
cães e os gatos, frequentemente podem 
apresentar endoparasitos. Muitos são os fatores 
que propiciam a ocorrência ou manutenção das 
parasitoses, como aglomerações de animais, 
poucas condições higiênico-sanitárias, manejo 
inadequado, clima, existência de hospedeiros 
assintomáticos, hábito de caça de alguns 
animais, negligência ou baixo nível educacional 
da população humana. O modo de transmissão 
tem significativa influência na forma de 
prevenção, tornando-se essencial conhecer as 
espécies de parasitos que esses animais 
albergam. Além disso, um grande número de 
parasitos pode afetar tanto cães e gatos como 
humanos (zoonoses). A prevenção das 
verminoses torna-se essencial para o melhor 
convívio entre os tutores e seus animais de 
companhia. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Um total de 223 amostras de fezes foram 
analisadas pelas técnicas de Willis-Mollay 
(flutuação) e Baermann-Moraes (sedimentação) 
no primeiro ano do estudo (2015 a 2016). Já no 
período de agosto de 2016 a agosto de 2017 
foram incluídas 22 novas amostras. Dentre os 
22 animais, 36,4% (8/22) eram cães, sendo 
37,5% (3/8) fêmeas e 62,5% (5/8) machos, e 
63,6% (14/22) eram gatos, sendo 28,6% (4/14) 
fêmeas e 71,4% (10/14) machos. Dentre os 
cães, 87,5% (7/8) eram domiciliados, 12,5% 
(1/8) eram semidomiciliados e 62,5% (5/8) 
viviam em aglomeração; dos gatos, 78,6% 
(11/14) eram domiciliados, 21,4% (3/14) eram 
semidomiciliados e 28,6% (4/14) viviam em 
aglomeração. Dentre esses animais, 45,5% 
(10/22) apresentaram resultado positivo no 
exame coproparasitológico: 28,6% (4/10) eram 
cães, sendo 25,0% (1/4) fêmea e 75,0% (3/4) 
machos; 60,0% (6/10) eram gatos, sendo 33,3% 
(2/6) fêmeas e 66,7% (4/6) machos. Todos os 
animais eram sem raça definida (SRD). Uma 
vez que esse é o segundo ano de realização do 
trabalho, ao se analisar os dados 
conjuntamente, foram incluídos na pesquisa 245 
animais, independente de raça, sexo ou idade, 
habitantes dos municípios do Rio de Janeiro, 
Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí, RJ. 
Desses animais, 50,2% (123/245) eram cães e 
49,8% (122/245) eram gatos, dos quais 82,1% 
(101/123) dos cães e 53,3% (65/122) dos gatos 
eram domiciliados, e 17,9% (22/123) dos cães e 
46,7% (57/122) dos gatos eram 
semidomiciliados. Dentre esses animais, 56,1% 
(69/123) dos cães e 54,9% (67/122) dos gatos 
viviam em aglomeração, isto é, em ambientes 
com mais de 5 animais. 
Um total de 32,2% (79/245) encontrava-se 
infectado por no mínimo uma espécie de 
parasito. Dentre os 123 cães, 26,8% (33/123) 
apresentaram resultado positivo, e dos 122 
gatos, 37,7% (46/122) estavam parasitados 
(ϰ
2
=3,316; p=0,0686). Dentre os cães 
infectados, observou-se 75,8% (25/33) dos cães 
parasitados por Ancylostoma sp.; 9,1% (3/33) 
por Ancylostoma sp. e Toxocara sp. 
concomitantemente; 6,1% (2/33)
por 
Strongyloides sp.; 3,0% (1/33) por Lynxacarus 
radovskyi; 3,0% (1/33) por Trichuris sp.; e em 
um cão (3,0% - 1/33) que convivia com galinhas 
soltas no quintal, identificou-se ovos de 
Ancylostoma sp. e Ascaridia galli. Dentre os 
gatos infectados, observou-se 45,6% (21/46) 
dos gatos parasitados por Ancylostoma sp.; 
10,9% (5/46) por Cystoisospora sp.; 8,7% (4/46) 
por Strongyloides sp.; 6,6% (3/46) por 
Dipylidium caninum; 6,6% (3/46) por L. 
radovskyi; 4,3% (2/46) por Ancylostoma sp. e 
Toxocara sp. concomitantemente; 4,3% (2/46) 
por Ancylostoma sp. e Cystoisospora sp.; 4,3% 
(2/46) por Ancylostoma sp. e Uncinaria sp.; 
4,3% (2/46) por Toxocara sp.; 2,2% (1/46) por 
Ancylostoma sp. e L. radovskyi; 2,2% (1/46) por 
Cystoisospora sp. e Toxoplasma gondii. Nota-se 
que houve alta prevalência de endoparasitos 
com potencial zoonótico, como Ancylostoma sp., 
Toxocara sp., Uncinaria sp. e D. caninum. 
Dentre os animais parasitados, 93,7% (74/79) 
apresentavam alguns desses parasitos, que 
além de acometer cães e gatos, podem 
acometer humanos também, principalmente os 
imunocomprometidos, crianças e/ou idosos. 
É importante notar que, dentre os cães e gatos 
parasitados, 88,6% (70/79) apresentaram-se 
assintomáticos (ϰ
2
=6,282; p=0,0122), o que 
pode potencializar o risco da ocorrência de 
zoonoses, pois as parasitoses tornam-se de 
difícil detecção quando não são realizados 
exames coproparasitológicos periódicos como 
rotina; entretanto, dos animais sintomáticos, os 
sinais mais frequentes foram os 
gastrointestinais, como a presença de diarréia 
(6/9; 66,6/%). Em relação à idade, 49,4% 
(39/79) possuíam entre 1 e 10 anos de idade, ou 
seja, faixa etária considerada mais 
imunocompetente do que os filhotes ou os 
idosos, e demonstra diferença significativa entre 
os animais positivos nos exames e a idade 
(ϰ
2
=9,0566; p=0,0108); 77,2% (61/79) eram sem 
raça definida (SRD) (ϰ
2
=5,368; p=0,0205); 
57,0% (45/79) eram domiciliados e 43,0% 
(34/79) semidomiciliados (ϰ
2
=6,217; p=0,0127); 
além disso, 13,9% (11/79) dos cães tinham 
acesso às ruas (ϰ
2
=0,014; p=0,9072), ou seja, 
84,8% (67/79) dos animais tinham acesso ao 
ambiente externo ou a locais contaminados, 
mostrando forte relação entre animais que tem 
contato com esses ambientes e a taxa de 
positividade (ϰ
2
=184,93; p=<0,0001); 54,4% 
(43/79) faziam tratamento profilático 
regularmente segundo os tutores (ϰ
2
=14,713; 
p=0,0001), indicando que os parasitos se 
mostraram resistentes aos medicamentos, ou os 
animais se infectaram durante o intervalo entre 
as administrações, ou ainda que os tutores não 
forneceram as informações corretas; 55,7% 
(44/79) viviam em aglomeração, demonstrando 
que o ambiente com muitos animais pode 
dificultar a higienização, facilitar a contaminação 
ambiental (ϰ
2
=0,002; p=0,9678); 71,8% (33/79) 
dos animais apresentavam ectoparasitos 
percebidos por seus tutores (ϰ
2
=1,736; 
p=0,1877), o que pode indicar um risco 
potencial de infecção por Dipylidium caninum e 
hemoparasitos, dentre outras afecções. 
Dividindo-se as estações do ano em estação 
seca (outono e inverno) e estação chuvosa 
(primavera e verão), pode-se observar que 
22,0% (54/245) dos animais apresentaram 
resultados positivos nos exames 
coproparasitológicos na estação chuvosa e 
10,2% (25/245) na estação seca do ano 
(ϰ
2
=5,107; p=0,0238). 
 
CONCLUSÕES: 
Dos animais avaliados, dentre cães e gatos, 
32,2% apresentaram resultados positivos nos 
exames coproparasitológicos. Ancylostoma sp. 
foi a espécie de helminto gastrointestinal mais 
prevalecente, agente da Larva Migrans Cutânea 
(LMC) em humanos. Dentre os parasitos 
detectados, 93,7% apresentam potencial 
zoonótico. Foi possível observar que a maioria 
dos animais que apresentou resultados positivos 
para algum parasito nos exames era 
assintomática (88,6%), sem raça definida (SRD) 
(77,2%), tinha contato com área externa 
(84,8%), vivia em aglomeração (55,7%) e fazia 
uso regular de antihelmínticos de amplo 
espectro (54,4%). Dentre os animais 
sintomáticos, os distúrbios gastrointestinais 
foram os mais comuns. 
 
Agradecimentos: 
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio 
financeiro. 
 
Figure 1: Logo PIBIC 
Grande área do conhecimento: Ciências Agrárias 
Título do Projeto: Perfil Fenotípico e Genotípico da Resistência às 
Cefalosporinas em Salmonella Heidelberg Isoladas de Carcaças e 
Cortes de Frangos 
Autores: Mariane Meloni da Silva, Rosiane de Lima Silva, Isabela 
Borges Bergamo Esteves Rodrigues, Ana Carolina Lyra de Queiroz 
Pinto, Elmiro Rosendo do Nascimento, Maria Helena Cosendey de Aquino, Dayse Lima da 
Costa Abreu, Virginia Léo de Almeida Pereira 
Departamento/Unidade/Laboratório: Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde 
Pública – MSV, Faculdade de Veterinária, Laboratório de Sanidade Avícola 
INTRODUÇÃO: 
 
Salmonella spp. é um dos principais agentes de 
doenças de origem alimentar em humanos e os 
produtos de origem avícola são considerados 
importantes fontes de infecção. O controle das 
salmoneloses é uma preocupação de todos os 
organismos nacionais e internacionais de saúde 
humana e animal. Na maioria dos casos de 
salmonelose humana, não é recomendado o 
tratamento com antimicrobianos, mas 
fluoroquinolonas e cefalosporinas de terceira 
geração podem ser usadas em infecções 
sistêmicas graves. Cepas multirresistentes a 
antimicrobianos dificultam o tratamento e o 
controle, exigindo maior cautela em relação à 
infecção por esses patógenos (4). Resistência à 
Beta-lactâmicos de espectro estendido ocorre 
usualmente devido à produção intracelular de β-
lactamases de espectro estendido, como o 
grupo CTX-M, e AmpC β-lactamase, incluindo 
as enzimas CMY-2 e ACC-1, que estão 
normalmente localizadas em plasmídeos 
transmissíveis e tendem a se disseminar entre 
as Enterobactérias (5, 6). Não há consenso 
sobre a influência de antibióticos em animais na 
ocorrência de bactérias resistentes a 
antimicrobianos em humanos, mas evidências 
experimentais e estudos epidemiológicos e 
moleculares indicam essa relação. Este estudo 
visou avaliar a resistência à Amoxicilina/Ácido 
Clavulânico e Cefotaxima de cepas de 
Salmonella Heidelberg isoladas de carcaças e 
cortes de frangos. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
 
Foram estudadas 65 cepas de Salmonella 
Heidelberg, isoladas de 60 carcaças e 60 cortes 
de frango. A resistência à amoxicilina/ácido 
clavulânico e cefotaxima foi testada por difusão 
em disco (2). Para a PCR na detecção dos 
genes CTX-M-8, CMY-2 e ACC-1, a extração de 
DNA foi feita por tratamento térmico. Foram 
utilizados os primers específicos: CTX-M-8-F 5'-
TGA TGA GAC ATC GCG TTA AG-3'; CTX-M-8-
R 5'-TAA CCG TCG GTG ACG ATT TT-3'; 
CMY-2-F 5'-ATG ATG AAA AAA TCG TTA 
TGC-3'; CMY-2-R 5'-TTG CAG CTT TTC AAG 
AAT GCG-3'; ACC-1-F 5'-CAC CGA AGC CGT 
TAG TTG AT-3'; ACC-1-R 5'-AAG TGG GTT 
CGC TGA GTA AA-3'. A reação conteve 29,25 
µL de água para PCR; 5,0 µL de DMSO; 5,0 µL 
Tampão 10X; 2,0 µL de MgCl2 50mM; 2,5 µL de 
cada primer a 10pmol/ µL; 1,0 µL de dNTP 
10mM; 0,25 µL de Taq polimerase 5U/mL; 2,5 
µL de DNA, com total de 50 µL. A PCR foi 
realizada com 94ºC por 10 min.; 35 ciclos de 
94ºC por 30 seg., 52ºC por 30 seg., 72ºC por 
um min. e uma extensão final a 72ºC por 10 
min.. Os resultados foram visualizados em gel 
de agarose a 1,5% sob luz ultravioleta após 
corrida eletroforética a 100V por 40 min. Das 65 
cepas de Salmonella Heidelberg estudadas, 55 
foram resistentes à Amoxicilina/Ácido 
Clavulânico e destas, 35 foram positivas para 
CMY-2, sendo três de carcaças e 32 de cortes 
de frango. A presença de CMY-2 em Salmonella 
Heidelberg resistentes à Amoxicilina/Ácido 
Clavulânico provenientes de frangos ou 
produtos derivados já foi relatada no Canadá e 
nos Estados Unidos, relacionada a surtos em 
humanos (1,3,7). O gene ACC-1 foi encontrado 
em 5 destas cepas de Salmonella Heidelberg, 
isoladas de cortes de frango. O gene CTX-M-8 
não foi encontrado

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