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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
ACOMPANHANDO OS CICLOS 
DE VIDA DAS FAMÍLIAS
 SAÚDE DA PESSOA IDOSA E 
SAÚDE DO HOMEM 
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 23
Brasília – DF 
2023 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
Brasília – DF 
2023  
ACOMPANHANDO OS CICLOS 
DE VIDA DAS FAMÍLIAS
 SAÚDE DA PESSOA IDOSA E 
SAÚDE DO HOMEM 
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 23
2023 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: 
bvsms.saude.gov.br
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação - Geral de Ações Estratégicas 
de Educação na Saúde
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, 
Edifício PO 700, 4º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
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Secretaria de Atenção Primária à Saúde
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CEP: 70058 - 90 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-9044/9096
E-mail: aps@saude.gov.br
Secretaria de Vigilância em Saúde
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315.3874
E-mail: svs@saude.gov.br
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 
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Zona Cívico - Administrativo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha
CEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3308-6000
 
Coordenação - geral:
Célia Regina Rodrigues Gil - MS
Cristiane Martins Pantaleão – Conasems
Hishan Mohamad Hamida – Conasems
Isabela Cardoso de Matos Pinto - MS
Leandro Raizer – UFRGS
Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo - MS 
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
Supervisão - geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação técnica e pedagógica:
Carmen Lúcia Mottin Duro
Cristina Crespo
Diogo Pilger
Fabiana Schneider Pires
Valdívia Marçal
Elaboração de texto:
Sérgio Valverde Marques dos Santos
 
Revisão técnica:
Alayne Larissa M. Pereira - SAPS/MS
Andréa Fachel Leal – UFRGS
Camila Mello dos Santos – UFRGS
Carmen Lúcia Mottin Duro - UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
José Braz Damas Padilha – SVS/MS
Lanusa T. Gomes Ferreira – SGTES/MS
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patrícia da Silva Campos – Conasems
Wendy Payane F. dos Santos - SAPS/MS
Designer educacional:
Alexandra Gusmão – Conasems
Juliana Fortunato – Conasems
Pollyanna Lucarelli – Conasems
Priscila Rondas – Conasems
Colaboração:
Fabiana Schneider Pires - UFRGS
Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Marcia Cristina Marques Pinheiro –
Conasems
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Roberta Shirley A. de Oliveira – SGTES/MS
Rosângela Treichel Saenz Surita – 
Conasems
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – Conasems
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno – Conasems
Alexandre Itabayana – Conasems
Bárbara Napoleão – Conasems
Lucas Mendonça – Conasems
Ygor Baeta Lourenço – Conasems
Fotografias e ilustrações:
Banco de Imagens do Conasems
Freepik
Revisão:
Camila Miranda Evangelista 
Normalização:
Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
Valéria Gameleira da Mota – Editora
MS/CGDI
 Brasil. Ministério da Saúde.
 Título do ebook [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
 Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília: Ministério da Saúde, 2023.
 xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book x)
 Modo de acesso: World Wide Web: xxx
 ISBN xxx-xx-xxxx-xxx-x.
 1. Agentes comunitários de saúde. 2. Agentes de combate às endemias. 3. Atenção básica em saúde. I. Conselho Nacional de Secretarias
 Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.
CDU 614
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx
 Título para indexação:
 Healthcare agent workers' Fundamentals
Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica
http://www.saude.gov.br/bvs
Este é o seu e-book da disciplina Acompanhando os ciclos de vida das 
famílias. Trataremos aqui de informações importantes sobre a 
Saúde da Pessoa Idosa e também da Saúde do Homem. Vamos 
refletir sobre os aspectos relacionados à promoção da saúde da 
pessoa idosa, que inclui homens e mulheres com mais de 60 anos, e os 
aspectos sobre a promoção da saúde dos homens. 
Vamos entender que tanto as pessoas idosas quanto os homens estão 
entre as populações que mais precisam de atenção e cuidados no 
âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Os homens pelo fato de, 
frequentemente, negligenciarem sua própria saúde e as pessoas 
idosas em geral pela alta prevalência de doenças e fatores de risco. 
Nesse contexto, é importante que você, ACS, conheça as políticas de 
saúde vigentes e as ações de promoção da saúde que podem ser 
desenvolvidas com estas pessoas para contribuir com o 
envelhecimento saudável e ativo em seu território. Estude este material 
com atenção e consulte-o sempre que necessário! Acompanhe 
também a aula interativa, a teleaula e realize as atividades propostas 
para assimilar as informações apresentadas.
Bons estudos!
OLÁ, AGENTE!
LISTA DE SIGLAS
ACS - Agente Comunitário de Saúde 
ACE - Agente de Combate às Endemias 
APS - Atenção Primária à Saúde 
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social 
ILPI - Instituição de longa permanência de idosos 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ISTs - Infecções Sexualmente Transmissíveis 
PNASPI - Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa 
PNAISH - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
RAPS - Rede de Atenção Psicossocial 
SRT - Serviços Residenciais Terapêuticos 
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
SUS - Sistema Único de Saúde 
UA - Unidade de Acolhimento
UBS - Unidade Básica de Saúde 
 
SUMÁRIO
SAÚDE DA PESSOA IDOSA
SAÚDE DO HOMEM
RETROSPECTIVA 
REFERÊNCIAS
6
35
44
46
SAÚDE DA 
PESSOA IDOSA
7
O processo de envelhecimento populacional é uma realidade 
mundial, sendo que, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, 
ele ocorre de maneira acelerada. De acordo com o Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa irá crescer nas 
próximas décadas. Atualmente, no Brasil, há aproximadamente 30,2 
milhões de pessoas idosas, o que corresponde a 14,6% da população. 
Você pode observar na Figura 1, o quanto aumentou a população de 
idosos, comparando os anos de 1940, 1980 e 2018. Perceba que a 
projeção (a população estimada) de idosos em 2060 é maior ainda.
Você sabia que a 
população idosa tem 
crescido no Brasil?
Figura 1 – Projeção de Crescimento da População Idosa no Brasil
Fonte: IBGE, 2018.
Em 2018, observe que a população de pessoas com 60 anos ou mais foi 
maior, quando comparado com anos de 1940 e de 1980. Segundo o 
estudo do IBGE, em 2060, a quantidade de pessoas com mais de 60 
anos será ainda maior. 
Isso, ao longo dos anos, irá mudar o perfil epidemiológico em que 
proporcionalmente haverá redução de casos de doenças infecto 
contagiosas e aumento de doenças crônicas não transmissíveis. Dentre 
elas estão a diabetes, a hipertensão, as doenças cardiovasculares, as 
doenças respiratórias e os cânceres (Brasil,2018).
Por que é importante saber disso? Isso nos mostra o quanto é preciso 
compreender o processo de saúde e adoecimento das pessoas idosas, 
identificar suas capacidades funcionais, suas condições sociais e sua 
qualidade de vida para a promoção da educação em saúde para essa 
população. 
É necessário desenvolver abordagens de cuidado à saúde da 
população idosa, que levem em consideração as variações nas 
condições de saúde desse grupo e que respeitem suas 
particularidades e características únicas.
8
Desta forma, você, ACS, precisa conhecer e diferenciar as alterações 
do envelhecimento e suas fragilidades. Deve estar ciente das 
diferenças entre as alterações fisiológicas do envelhecimento 
(senescência), e as mudanças patológicas ou de senilidade 
associadas ao processo de envelhecimento para acompanhar e 
monitorar as necessidades de cada idoso (a) dentro de seu território. 
Figura 01 - Envelhecimento e Fragilidade
Fonte:
9
Fonte:PARANÁ, 2018
O senhor João, idoso de 78 anos, que mora sozinho, está com sua 
capacidade funcional comprometida, ou seja, possui dificuldades 
de andar sozinho e sua função auditiva está reduzida. O que você, 
ACS, pode fazer para ajudar?
Sua atribuição, nesta situação, é observar tais fatores de risco 
(dificuldade de andar e de ouvir) que deixam o senhor João 
vulnerável a uma queda dentro de casa, ou a um acidente na rua. 
Além disso, deve reportar aos profissionais da Unidade Básica de 
Saúde (UBS), para que, juntos, possam construir um plano de ação 
para promover a saúde e a segurança do idoso dentro e fora de 
casa.
A equipe multiprofissional (composta por profissionais da medicina, 
enfermagem, fisioterapia, assistência social), além do (a) ACS, 
deverão promover uma avaliação multidimensional do senhor João, 
e oferecer as melhores estratégias para o plano de cuidado.
Acesse a Aula interativa, ou, clique aqui 
e assista a uma entrevista com Dr. 
Edgar Nunes, consultor do conselho 
nacional de secretários de saúde. Você 
terá informações sobre o IVCF-20, 
instrumento de rastreio para identificar 
o idoso com fragilidade.
10
https://player.vimeo.com/video/818746412?h=e924ab1ba0
https://player.vimeo.com/video/818746412?h=e924ab1ba0
A capacidade funcional do idoso é crucial para sua autonomia e 
independência. Por isso, sua avaliação multidimensional deve 
incluir todas as dimensões da saúde e objetivar o diagnóstico 
global e etiológico, além da elaboração do plano terapêutico.
Figura 02 - Modelo Multidimensional de Saúde do Idoso
11
Fonte:PARANÁ, 2018
Clique aqui e saiba mais 
sobre a avaliação 
multidimensional (p 11).Se 
estiver lendo este 
material no formato 
impresso, escaneie o QR 
para fazer download. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf#page=11
A principal meta da Política Nacional de 
Atenção à Saúde da Pessoa Idosa é 
promover uma atenção adequada e 
digna a todos (as) os (as) idosos (as). 
Além disso, atuar com mais atenção à 
saúde daqueles (as) que vivem um 
processo de envelhecimento prejudicado 
por doenças e agravos que interferem na 
sua qualidade de vida e no seu 
bem-estar (Brasil, 2006).
Essa política é muito importante para as pessoas idosas, porque ela 
propõe ações que vão ajudá-las em sua recuperação, na 
manutenção da sua autonomia e independência. Ela ajuda os (as) 
profissionais de saúde no direcionamento de medidas coletivas e 
individuais de promoção e prevenção (Brasil, 2006).
Você sabia que existe uma política 
específica para a promoção da saúde 
da pessoa idosa?
Hoje, os homens idosos e as mulheres idosas são acolhidos pela 
Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (PNASPI), 
que está descrita na Portaria Nº 2.528, de 2006. É por meio dessa 
política que os profissionais de saúde planejam as ações que serão 
desenvolvidas no território com os idosos. 
12
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html
A Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa determina 
algumas diretrizes para apoiar as ações de saúde no território. 
Conheça-as:
● Promoção do envelhecimento saudável e ativo; 
● Atenção integral à saúde da pessoa idosa;
● Estímulo das ações intersetoriais com a integralidade da 
atenção ao idoso;
● Garantia de recursos para a qualidade da atenção à saúde 
da pessoa idosa;
● Estímulo à participação e fortalecimento do controle social;
● Promoção da formação dos profissionais de saúde do SUS 
para atenção à pessoa idosa;
● Promoção da cooperação nacional e internacional das 
experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
● Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o 
tema.
Todas essas diretrizes fazem parte das ações de promoção da 
saúde da pessoa idosa, por isso é importante que você conheça e 
aborde essas questões em sua unidade e em seu território. 
Uma importante função dessa política é contribuir para que mais 
idosos alcancem um envelhecimento saudável e ativo, com 
participação dos profissionais de saúde da APS, principalmente 
dos (as) ACS, que estão mais próximos (as) da comunidade e 
conhecem a realidade e a necessidade de todos e todas. 
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é 
parte de um conjunto de medidas para 
melhorar a qualidade da assistência 
fornecida aos idosos pelo Sistema Único de 
Saúde. Clique aqui e acesse essas 
informações, ou, se estiver lendo este 
material no formato impresso, escaneie o QR 
para fazer download. 
13
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa_3ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa_3ed.pdf
É preciso considerar a saúde de forma ampla para promover um 
ambiente familiar, social e cultural mais adequado às 
necessidades da pessoa idosa. No planejamento estratégico da 
UBS, principalmente no que diz respeito ao trabalho do (a) ACS, as 
atividades em grupo, as ações coletivas na comunidade e o 
fortalecimento de redes sociais de apoio aos usuários e usuárias 
podem ser algumas das medidas indicadas. Dessa forma, a equipe 
da APS consegue atuar nas dimensões cultural e social do 
cotidiano dos idosos e das idosas. A participação do (a) ACS 
nessas ações é indispensável (Brasil, 2007).
À medida que a população 
envelhece, os problemas de 
saúde aumentam. Vamos 
refletir sobre isso…
Primeiro, é importante relembrar o rápido processo de 
envelhecimento da população mundial, como discutido no início 
deste e-book. A transição demográfica é acompanhada pela 
transição epidemiológica, caracterizada pelo aumento progressivo 
das doenças, entre elas, as doenças crônicas não transmissíveis.
Alguns exemplos disso são: o câncer de mama, o câncer de 
próstata, a osteoporose, as dislipidemias (alterações nos níveis de 
colesterol), a diabetes, as doenças cardíacas, a catarata, o déficit 
cognitivo e a depressão, que precisam de cuidados e atenção a 
longo prazo. Inclusive, esses são os principais problemas de saúde 
das pessoas idosas (Brasil, 2018). 
14
Não é só isso! A população idosa ainda sofre com o aumento das 
doenças crônicas degenerativas, ou seja, aquelas doenças que 
não possuem cura e que aumentam as dificuldades das pessoas 
idosas de realizar suas atividades. Elas podem ser 
neuropsiquiátricas, cardiovasculares, osteomusculares, 
respiratórias e provocam a incapacidade funcional do (a) idoso 
(a) e a redução da sua qualidade de vida (Felipe; Zimmermann, 
2011).
É importante mencionar também o aumento das Infecções 
Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre as pessoas idosas. Muitas 
pessoas idosas têm vida sexual ativa e, com isso, acabam se 
expondo a práticas sexuais inseguras, que as deixam vulneráveis à 
contaminação por ISTs. As ISTs mais conhecidas são HIV e Aids, 
hepatites virais B e C, herpes genital, sífilis e gonorreia (Quintino; 
Ducatti, 2022).
Outro fator que precisa ser mencionado aquié o aumento do uso 
de substâncias psicoativas entre os idosos, que estão associados 
aos altos índices de morbidade e mortalidade entre essa 
população.
São aquelas que modificam o funcionamento do cérebro, como o 
álcool e outras drogas ilegais (chamadas ilícitas), e também os 
remédios que agem no sistema nervoso central, como os 
antidepressivos e os calmantes, por exemplo.
Substâncias psicoativas:
15
Geralmente, os idosos não falam do consumo de algumas 
substâncias, como álcool, maconha, crack ou outras drogas, por 
vergonha ou medo. O problema é que isso pode dificultar o 
trabalho dos profissionais da saúde e retardar a identificação e o 
início de um tratamento (Pillon, et al., 2010).
O que são Fatores 
de Risco?
Fatores de risco são condições que expõem uma pessoa à maior 
risco de desenvolver certo evento relacionado à saúde. Como 
exemplo, podemos citar a inatividade física, que é um fator de risco 
para o desenvolvimento de doenças crônicas nos idosos (BRASIL, 
2007).
nos idosos (Brasil, 2007).
O uso e o abuso de álcool (e ou de outras substâncias psicoativas) 
pelas pessoas idosas podem causar problemas na saúde e no 
bem-estar delas. A utilização dessas substâncias pode ser 
considerada como fator de risco para o desenvolvimento de 
problemas físicos, psicológicos e sociais na pessoa idosa (Pillon, et 
al., 2010).
É nesse momento que entra a participação ativa dos ACS, para 
monitorar e acompanhar os homens idosos e as mulheres idosas 
do seu território, por meio de busca ativa e de visitas domiciliares, 
para identificar aqueles que já possuem alguma doença e, 
principalmente, aqueles que têm um maior risco de adquiri-las em 
algum momento. 
16
Quando uma pessoa idosa tem maior possibilidade de desenvolver 
alguma doença, falamos que ela está exposta a um fator de risco. 
Isso ocorre em decorrência de algum elemento presente na vida do 
idoso ou da idosa, na sua família, no seu domicílio, na sua 
alimentação ou no seu convívio social. Esses riscos de adoecimento 
da pessoa idosa são determinados de acordo com os seguintes 
fatores:
Figura 2 – Fatores de risco de adoecimento da pessoa idosa
Fonte: GEIB, 2012.
Esses fatores, que chamamos de determinantes sociais da saúde da 
pessoa idosa, são os principais elementos que influenciam no estado 
de saúde e causam maior risco de adoecimento do idoso e da idosa. 
O (a) ACS precisa ficar atento (a) a esses determinantes para 
conseguir monitorar a condição de saúde da pessoa idosa.
Condições de vida e de 
trabalho
Esses fatores estão ligados à 
educação, alimentação, condições de 
moradia e saneamento, acesso ao 
serviço de saúde, condições de 
trabalho. 
Redes sociais e comunitárias
Esses fatores estão relacionados às 
relações sociais, como amigos, 
parentes, vizinhos, grupos religiosos, 
associações sindicais, associações de 
moradores e clubes recreativos. 
Condições socioeconômicas, 
culturais e ambientais
Esses fatores estão relacionados aos 
níveis de renda, escolaridade, 
profissão, sexo, gênero, local de 
moradia.
Comportamentos e estilos de 
vida.
Estes fatores estão ligados a dieta 
pouco saudável, a falta de atividade 
física, o tabagismo e o abuso de 
álcool. 
17
Para isso, é importante que você, ACS, observe alguns fatores, tais 
como: 
● Se o (a) idoso possui alguma renda, que possa suprir suas 
despesas;
● Se a pessoa idosa possui familiares e/ou amigos, que 
possam ajudar quando necessário; 
● Se as condições de moradia do (a) idoso são adequadas, 
com higiene e conforto; 
● Se a pessoa idosa usa cigarro, ou bebida alcoólica;
● Se pratica alguma atividade física;
● E se tem uma alimentação saudável. 
Quando for observado que algum desses quesitos está 
inadequado, colocando a pessoa idosa em risco de adoecimento, 
é preciso informar a equipe da UBS, para que sejam tomadas as 
providências necessárias.
Entenda um pouco mais sobre os fatores 
que influenciam a saúde da pessoa idosa 
no artigo “Determinantes Sociais da Saúde 
do Idoso”. Clique aqui, ou, se estiver lendo 
este material no formato impresso, 
escaneie o QR para fazer download. 
Um fato importante a se considerar é que a população 
não envelhece da mesma forma, ou seja, não são todos 
(as) que têm doenças e não são todos (as) que 
precisam de cuidados contínuos. Muitos (as) idosos 
(as) são capazes de realizar suas atividades do dia a 
dia, mesmo apresentando alguma doença. 
18
https://www.scielo.br/j/csc/a/fbHvqCDM5Hcx5VKY3SXXXjP/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/fbHvqCDM5Hcx5VKY3SXXXjP/?lang=pt
Já outras pessoas idosas precisam de cuidado contínuo para a 
realização de alguma atividade cotidiana, ou seja, possuem algum 
grau de dependência de cuidados (Brasil, 2018).
Muitas pessoas idosas possuem doenças e agravos crônicos não 
transmissíveis, alguns em estado permanente e outros de longa 
duração, que precisam de um acompanhamento constante. 
Essas condições crônicas podem gerar um processo de 
incapacidade no (a) idoso (a) que, em alguns casos, acaba 
afetando sua funcionalidade. Ou seja, impede que ele desenvolva 
suas tarefas diárias, como por exemplo: se alimentar, tomar banho, ir 
ao banheiro sozinho, sair de casa, etc. E isso afeta a qualidade de 
vida da pessoa idosa, pois reduz a sua independência para 
atividades simples que ela sempre realizou sozinha (Brasil, 2007).
Também é necessário conhecer como é a organização da família e, 
no caso do idoso ser dependente, quem auxilia no seu cuidado. 
Nesse sentido, o (a) ACS, pode colaborar quanto à organização do 
plano de cuidados do (a) idoso (a), para que não haja sobrecarga 
em apenas um membro da família.
19
O plano de cuidados da pessoa idosa não pode se restringir 
apenas à doença. É preciso considerar também o grau de 
limitação funcional e dependência que o idoso, ou a idosa, tem de 
familiares ou de outros cuidadores para suas atividades de vida 
(Brasil, 2018).
Esse Plano estabelece de maneira clara quais são os problemas de 
saúde do paciente, quais intervenções são mais apropriadas para 
melhorar sua saúde, os motivos para as mudanças propostas e 
quais profissionais e equipamentos de saúde são necessários para 
implementar as intervenções. 
Isso porque a pessoa idosa que tem maior grau de limitação e 
dependência, por exemplo um idoso acamado, ou que anda 
somente com ajuda, precisará de um plano de cuidado integral, ou 
seja, uma assistência ampla e contínua para atender todas as 
suas necessidades no dia a dia.
Nesse cenário, podemos chamar a atenção para aqueles (as) 
idosos (as) portadores (as) de alguma deficiência que pode 
reduzir a sua capacidade funcional. Em alguns casos podem se 
tratar de deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais, 
mentais, entre outras. Essas condições de saúde podem reduzir a 
qualidade de vida do idoso, ou da idosa. 
 
20
Por isso, é necessário maior atenção do (a) ACS nessas situações, 
para evitar que a pessoa idosa com limitações funcionais passe 
por alguma condição de risco. 
Nesse sentido, torna-se importante a atuação do (a) ACS para 
identificar quantos idosos e idosas dependentes vivem em sua 
área de atuação e de que forma é feito o cuidado. Se é pela 
família, se é por um cuidador contratado, ou se a pessoa está em 
uma instituição de longa permanência de idosos (ILPI). 
Talvez essa seja uma das principais vulnerabilidades da pessoa 
idosa porque ela se torna vulnerável por possuir uma limitação 
funcional (seja ela motora, auditiva ou visual) que a deixará sob 
uma condição de risco de queda, de acidente, de má alimentação, 
etc.
Você, ACS, deve compreender que existem pessoas idosas 
que precisam de cuidados contínuos, porque é você quem 
vai monitorá-las e fazer as visitas domiciliares identificando 
a necessidade desta pessoa idosa, como por exemplo:
● Se ela necessita de outros cuidados, como mais visitas da 
equipe de enfermagem ou de médicos (as);
● Se ela precisa de uma consulta com o (a) dentista;
● Se essa pessoa precisa de vacinas;
● Se ela está tomandoas medicações de acordo com as 
receitas médicas;
● Se está realizando atividades físicas de acordo com suas 
possibilidades. 
21
Na caderneta do idoso 
você pode analisar o 
Protocolo de 
identificação do idoso 
vulnerável (VES-13).
Clique aqui, e acesse a Caderneta 
do Idoso para estas e outras 
informações. Ou, se estiver lendo 
este material no formato impresso, 
escaneie o QR para fazer download. 
Sua atuação, ACS, é de extrema 
relevância! Identifique quantas 
pessoas idosas dependentes 
existem na sua área e entenda de 
que forma elas são cuidadas!
Também é atribuição do (a) ACS conhecer quantas ILPIs existem 
no território e quais necessidades essas instituições possuem, 
como vacinas para os idosos. Essas informações levantadas 
deverão ser levadas para a equipe de saúde para discussão 
sobre as possibilidades de solução.
22
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa_3ed.pdf#page=19
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa_3ed.pdf
Nesse sentido, é importante que o serviço de saúde busque 
atender cada pessoa idosa de acordo com suas necessidades, 
proporcionando acessibilidade e inclusão social ao serviço de 
saúde proposto pela APS. Isso pode ser feito por meio do trabalho 
atencioso do (a) ACS com idosos (as) portadores de alguma 
deficiência, com visitas mais constantes aos seus domicílios, em 
busca de alguma necessidade ou informação, para ser reportada 
aos profissionais da UBS. 
Esses profissionais, se necessário, podem solicitar apoio de outros 
serviços do município, como, por exemplo, o atendimento de 
proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência 
e idosas, oferecido pelas equipes dos Centro de Referência de 
Assistência Social (CRAS), para melhor acompanhamento do idoso.
Leia mais sobre o Serviço de Proteção Social Básica no 
Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, no 
documento “Linha de Cuidado para Atenção Integral à 
Saúde da Pessoa Idosa no Sistema Único de Saúde – 
SUS”. Clique aqui, ou, se estiver lendo este material no 
formato impresso, escaneie o QR para fazer download. 
23
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
A pessoa idosa que não 
precisa de cuidados 
contínuos ainda assim 
também precisam de 
atenção do (a) ACS?
A resposta é sim! Muitas pessoas idosas têm autonomia e 
independência. Até mesmo as pessoas que vivem com alguma 
doença crônica, como hipertensão ou diabetes, podem ser 
independentes.
Essa pessoa idosa deve ser monitorada por você, pois ela pode 
perder a independência e passar a necessitar de cuidados mais 
intensivos, por parte da família/cuidadores e da equipe de saúde. A 
perda de independência pode prejudicar o acesso aos serviços de 
saúde. O (a) ACS deve ficar atento aos fatores de risco, para 
observar, cuidadosamente, as pessoas idosas que têm mais 
chances de adoecerem ou terem um agravo de saúde. 
Por isso, é importante saber que tipo de doença essa pessoa idosa 
possui e qual o seu grau de dependência. Além disso, é importante 
saber também se esta pessoa tem alguém que possa lhe ajudar, 
algum parente, filho, amigos, etc.
24
Os principais fatores de risco que podem afetar a independência e 
funcionalidade da pessoa idosa estão relacionados ao 
comportamento e ao estilo de vida, como, por exemplo, a má 
alimentação, a falta de atividade física, o uso de tabaco, o 
consumo de bebidas alcoólicas, etc. 
Além disso, outros fatores também podem prejudicar a 
funcionalidade da pessoa idosa, como quedas, infecções, 
problemas no controle de doenças crônicas, uso de muitos 
medicamentos (polifarmácia), surgimento de outras doenças, etc. 
Com a exposição a algum desses fatores, as condições de saúde e 
as necessidades da pessoa idosa podem mudar rapidamente 
(Brasil, 2018). 
As quedas consistem nos acidentes 
domésticos mais frequentes e perigosos 
para os idosos, visto que, com o avançar 
da idade, as estruturas óssea e 
muscular, bem como as articulações, 
ficam debilitadas e levam muito mais 
tempo para se recuperar. 
25
Por exemplo, uma idosa que sofreu uma queda e, em decorrência 
disso teve uma fratura no quadril, precisará de mais cuidados com 
a saúde. Esta demanda por mais cuidados significa que a equipe 
de saúde precisará dar atenção especial a este caso.
Esta pessoa pode ainda precisar de um (a) cuidador (a) em tempo 
integral, que geralmente é alguém da própria família, amigos, 
vizinhos ou um profissional contratado. 
Por isso é necessário o cuidado e o acompanhamento da pessoa 
idosa, para evitar que ela se exponha a algum fator de risco que 
pode prejudicar sua condição de saúde e provocar a perda das 
suas condições funcionais. 
A prevenção das quedas em idosos é fator muito importante, pois 
elas podem implicar em fraturas sérias que resultam na 
imobilização do idoso, e muitas vezes, em sequelas piores. A partir 
da queda e subsequente fratura, o idoso pode passar de uma 
condição de independência funcional para a de dependência 
parcial ou completa. 
Podemos ajudar as pessoas a evitar a queda, se ajudarmos 
elas a reduzir as chances de escorregar, de tropeçar, de errar 
o passo, de pisar em falso, de trombar.1
Você, ACS, pode ajudar a própria pessoa idosa a fazer 
adaptações no seu ambiente. 2
Pode, e deve, também envolver familiares e cuidadores da 
pessoa idosa nesta conversa sobre como prevenir quedas.3
Realize orientações educativas que levem em conta os 
fatores de risco internos e externos para quedas.4
26
Alguns fatores de risco externos para 
quedas: iluminação inadequada, piso 
escorregadio, presença de tapetes, ausência 
de barras de apoio para facilitar o acesso a 
escadas e degraus, mobiliário que dificulta a 
mobilidade e o acesso aos pertences do 
idoso, ausência de antiderrapantes e 
anteparo para assento durante o banho.
Você deve orientar a pessoa idosa sobre como prevenir fatores de 
risco externos. Oriente-a a: 
● Manter os ambientes iluminados. 
● Instalar barras de apoio - especialmente nos banheiros, e 
em um corredor mais longo. 
● Retirar potenciais obstáculos (tapetes, por exemplo).
Alguns fatores de risco internos para 
quedas são: polifarmácia, acuidade visual 
prejudicada, alterações na marcha e na 
postura, quadros de déficit de memória ou 
demência, sedentarismo e atividades 
domésticas.
Algumas pessoas idosas possuem várias doenças, como 
Diabetes, Hipertensão Arterial sistêmica, doenças cardíacas, 
que envolvem o uso de muitas medicações, às vezes 
prescritas em receitas diferentes. Este fato gera confusão, 
fazendo com que o idoso ou a idosa acabe utilizando os 
remédios em horários errados, confundindo as receitas e os 
comprimidos. 
27
Assim, podem acontecer problemas, tonturas ou desmaios, pelo 
uso incorreto ou por efeito adverso devido ao uso de várias 
medicações. Denominamos essa situação de polifarmácia. 
Veja algumas dicas de como você, ACS, pode ajudar a pessoa 
idosa a reduzir os fatores de riscos internos:
● Fazer e manter atualizada uma lista com todos os 
medicamentos que a pessoa idosa está tomando, ou que 
costuma tomar. 
● Essa lista deve ser levada sempre para os médicos com 
quem a pessoa idosa faz consulta.
● Os medicamentos que estão em uso devem ser guardados 
dentro de suas caixas, para que qualquer pessoa saiba 
quais são.
A supervisão da administração de medicação é também uma 
atribuição do (a) ACS! Fique especialmente atento (a) quando 
uma pessoa faz uso de 4 (quatro) ou mais remédios.
Clique aqui e veja mais orientações 
práticas para evitar quedas, ou, se 
estiver lendo este material no 
formato impresso, escaneie o QR 
para fazer download. 
28
https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/186-quedas-e-inflamacoes/272-como-reduzir-quedas-no-idoso
https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/186-quedas-e-inflamacoes/272-como-reduzir-quedas-no-idosoHá também casos em que a pessoa apresenta dificuldade de 
mastigação e/ou deglutição, o que pode provocar engasgos 
durante a alimentação e gerar um quadro de insuficiência 
respiratória, podendo ser até mesmo fatal. Por isso, a importância 
de mapear os (a) idosos (a) que vivem sozinhos (as). A atuação 
do (a) ACS é importante no sentido de monitorar esses casos e 
articular uma rede de apoio que possa contribuir no cuidado 
dessas pessoas. 
Sabemos que vivemos em um país enorme, diverso e com muitas 
desigualdades. O (a) ACS, ao fazer o seu trabalho, deve procurar 
conhecer as condições em que as pessoas idosas se encontram - 
se estão dependentes ou não, se têm condições de acessar uma 
alimentação adequada, se estão fazendo algum tratamento. Caso 
observe que a pessoa idosa não tem condições, deve levar este 
caso para discussão em equipe, para que possam propor a 
solução mais adequada e um plano de cuidados para esta 
pessoa. 
Você, ACS, deve ficar atento aos sinais de 
alerta que podem comprometer a 
capacidade funcional da pessoa idosa. 
Clique aqui e conheça estes sinais. Se 
estiver lendo este material no formato 
impresso, escaneie o QR para fazer 
download. 
A participação do (a) ACS no cuidado e na atenção à pessoa idosa 
é fundamental. Principalmente, para acompanhar essa pessoa e 
estabelecer um vínculo de confiança e segurança. 
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
Isso é necessário porque, muitas vezes nas visitas que o ACS realiza 
na casa da pessoa idosa, o ACS consegue observar, por exemplo, 
situações onde a pessoa idosa está sofrendo algum tipo de 
violência. Este é outro ponto relevante e de vulnerabilidade da 
pessoa idosa, pois muitos estão expostos a diversos tipos de 
violência.
Você sabia que as 
pessoas idosas são o 
segundo grupo com 
maior vulnerabilidade 
em relação à violência 
no Brasil? 
Em 2019, foram registradas mais de 48 mil denúncias de violência 
contra pessoas idosas (Brasil, 2020). A violência pode ocorrer de 
duas formas: 
● visíveis: são situações em que há morte ou lesões no idoso;
● invisíveis: a violência ocorre sem machucar o corpo do 
idoso, mas causa medo, depressão, sofrimento, falta de 
esperança (Brasil, 2020) e ameaças. 
Nesse sentido, você precisa se atentar para algum sinal de 
violência à pessoa idosa. 
30
Clique aqui e veja quais são os principais 
tipos de violência que os idosos sofrem, ou, 
se estiver lendo este material no formato 
impresso, escaneie o QR para fazer 
download. 
É importante que o (a) ACS esteja atento para os sinais de violência 
contra a pessoa idosa. Muitas vezes, isso pode ser feito por meio das 
visitas domiciliares, nas quais é possível observar todas as 
características do domicílio do idoso, suas necessidades e seus 
fatores de vulnerabilidade (ou seja, os elementos que deixam os 
idosos expostos à violência). Como exemplo, podemos citar a 
dificuldade de andar, de falar, de ouvir, de se alimentar, etc.
No entanto, não é somente por meio das visitas que se pode descobrir 
uma violência. Os sinais também podem ser denunciados por vizinhos 
ou amigos, observados em eventos nos quais a pessoa idosa estiver 
presente, como nas ações educativas da UBS, nas consultas, em 
praças, centros religiosos e outros locais na comunidade. 
Muitas vezes, a pessoa idosa fica calada durante as visitas, porque 
tem medo de determinado familiar ou cuidador que a violenta.
Nesse caso, é necessário que o (a) ACS busque apoio dos demais 
profissionais da sua equipe, que podem até mesmo precisar do apoio 
de outros serviços do município. Juntos devem programar a melhor 
forma de abordar aquela pessoa idosa, verificar sua situação e, caso 
ela seja mesmo vítima de violência, buscar protegê-la.
31
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/junho/cartilhacombateviolenciapessoaidosa.pdf
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/junho/cartilhacombateviolenciapessoaidosa.pdf
Então, nessas situações, é importante ficar atento (a) a qualquer 
sinal de violência e buscar ajuda com a equipe da UBS, que possui 
profissionais capazes de acolher e lidar com essas situações, 
incluindo denúncias feitas aos órgãos responsáveis. Nesse cenário, 
o papel e a atenção do (a) ACS são fundamentais para ajudar o 
idoso vítima de violência. 
Deste modo, sempre que o (a) ACS vivenciar uma situação de 
violência contra uma pessoa, deve buscar coletar o máximo de 
informações possíveis, com vizinhos, amigos e até mesmo 
familiares, se for o caso. Essas informações podem ser referentes: 
● Aos atos de violência;
● Ao tempo em que eles estão ocorrendo;
● Aos motivos da violência;
● Às necessidades do idoso;
Busque saber ainda se a pessoa que provoca a violência tem 
algum problema de saúde, se os familiares sabem e outras 
informações que possam ajudar nas ações que a equipe de saúde 
irá promover.
Vamos praticar?
Lembre-se que, em qualquer caso de 
suspeita de violência, é necessário que 
algum membro da equipe de saúde 
faça a notificação no Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN).
32
Você, ACS, junto a equipe da APS, deve oferecer à pessoa idosa e 
aos seus cuidadores uma atenção humanizada por meio de 
orientações, acompanhamento e monitoramento de suas 
demandas e necessidades. Através também de apoio domiciliar, 
respeitando todos os valores, culturas e diversidades do 
envelhecimento. Essas ações irão ajudar o idoso, ou a idosa, a ter 
um envelhecimento ativo e saudável, em um ambiente seguro e 
acolhedor (Brasil, 2007).
Agora, vamos refletir 
sobre o seu papel na 
promoção do 
envelhecimento 
saudável, ACS.
Você, ACS, tem o papel de monitorar os idosos, acompanhando a 
sua progressão no envelhecimento, de forma saudável e com sua 
capacidade funcional preservada. Por isso, precisa considerar que 
o envelhecimento saudável, com autonomia e independência, 
deve ser a realidade para todos os idosos e os profissionais da 
saúde. Você tem um papel fundamental nisso pois é o responsável 
por acolher, acompanhar e monitorar esses idosos, com ações de 
promoção da saúde que vão contribuir para um estilo de vida 
saudável.
Para saber um pouco mais sobre o 
envelhecimento saudável Clique aqui. Se 
estiver lendo este material no formato 
impresso, escaneie o QR para fazer 
download. 
33
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf
As ações de promoção da saúde da pessoa idosa organizadas na 
APS são distribuídas entre todos os profissionais da equipe. 
O (a) ACS que cumpre com suas atribuições ajuda a pessoa idosa 
a ter um melhor acompanhamento. Assim, consegue cumprir com 
todos os cuidados necessários, mantendo uma atenção integral e 
contínua à pessoa idosa.
Na APS, vocês são considerados os profissionais da ponta do 
cuidado, ou seja, aqueles mais próximos das famílias e dos idosos 
e idosas. Isso permite que conheçam toda a realidade daquela 
família e a vulnerabilidade da pessoa idosa. Isso contribui para a 
construção de vínculo e de afeto entre os usuários e o serviço de 
saúde, assim como entre os (as) ACS e os (as) idosos (as) 
(Romagnoli, 2003).
Uma estratégia importante é que a equipe da APS realize uma 
avaliação multidimensional da pessoa idosa, no mínimo, uma vez 
por ano e defina um plano de cuidados de acordo com as 
necessidades de cada idoso e idosa. Dessa forma, o (a) ACS 
poderá monitorar o desenvolvimento desse plano de cuidados no 
momento das visitas domiciliares.
Para saber mais sobre as atribuições de 
cada profissional da equipe da Atenção 
Básica para a promoção da saúde da 
pessoa idosa, clique aqui e leia o 
Caderno de Atenção Básica (p.27). Se 
estiver lendo este material no formato 
impresso, escaneie o QR para fazer 
download. 
34
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdfhttps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf#page=27
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf
SAÚDE DO 
HOMEM
E nós homens? Por que 
devemos cuidar da 
nossa saúde?
Você já percebeu que os homens quase não frequentam a UBS? É 
verdade! Os homens dificilmente vão aos serviços de APS em 
busca de atendimento à saúde, principalmente aqueles com idade 
entre 20 e 59 anos.
Segundo Coelho et. al. (2018), geralmente, as mulheres, as pessoas 
idosas e as crianças estão mais presentes nos serviços de saúde. 
Existe uma construção social, cultural e histórica acerca dos papéis 
que a nossa sociedade espera que os homens desempenhem. Tal 
construção reforça vários estereótipos. Ideias associadas aos 
homens como a de que “machos” são impulsivos e sempre muito 
ativos sexualmente, ou até mesmo mais agressivos do que as 
mulheres, são preconceitos do senso comum, e não são ideias 
com qualquer embasamento científico.
Muitos destes estereótipos também reforçam que as práticas de 
cuidados são práticas femininas – como se os homens não 
devessem cuidar da própria saúde e da saúde da sua família, ou 
que os homens não têm responsabilidade na prevenção de 
infecções sexualmente transmissíveis ou na contracepção. Esta 
construção social também pode colocar homens em situações em 
que correm maiores riscos, como reforçar o uso de tabaco, de 
drogas, abuso de álcool, envolver-se em situações de violência no 
trânsito ou de acidente de trabalho (COELHO et. al., 2018). 
36
É importante que você conheça os 
homens que vivem no território de sua 
atuação para saber de suas necessidades, 
de acordo com condições familiares, de 
trabalho, de moradia, entre outras. Você, 
agente de saúde, deve conhecer os fatores 
que expõem os homens ao maior risco de 
adoecimento, de violência ou de 
acidentes. Esse acompanhamento é uma 
ação importante para a promoção da 
saúde dos homens, e de suas famílias. 
Muitos homens, acabam procurando o serviço de saúde quando 
estão em más condições, optando pelos serviços de urgência ou 
de emergência. Nestes casos, frequentemente, o estado de saúde 
já está muito agravado (Herrmann, A. et al., 2016). 
Isso é uma herança da cultura machista existente na nossa 
sociedade que pode nos levar a pensar que os homens não 
conhecem as ações de promoção da saúde fornecidas pela APS. 
Aqui se percebe, mais uma vez, a importância do papel do (a) ACS 
na promoção de informações. Isso porque, uma vez que os 
homens conhecem essas ações, não ficam tão expostos ao risco 
de doenças graves ou morte.
Por exemplo, se você, ACS, conhece algum homem do seu território 
que faz uso abusivo de bebidas alcoólicas, você pode fazer uma 
visita ao domicílio dele e convidá-lo a comparecer à UBS. Não 
esqueça de levar estas informações para a equipe de saúde da 
família.
Se os homens não procuram 
os serviços de APS, onde eles 
vão quando precisam?
37
Na unidade, estarão os profissionais de saúde que poderão ajudar 
esse homem por meio de tratamentos medicamentosos e/ou 
programa de promoção da saúde. Isto é importante porque 
aproxima o homem do serviço de saúde, tornando mais fácil o 
acompanhamento e a assistência prestada.
Você sabia que os 
homens morrem mais 
por causas externas 
(acidentes e violência)?
Os homens se expõem a vários fatores de risco, como lesões por 
violência, acidentes de trânsito e acidentes de trabalho, e esta 
exposição pode ser provocada pelo uso abusivo de álcool e drogas 
(Herrmann, A. et al., 2016). 
Por isso, é importante a presença e a atuação do (a) ACS na vida 
dos homens, para monitorar riscos de adoecimento e de violência, 
promovendo ações conjuntas com a equipe de APS. 
O (a) ACS pode colaborar em ações que vão reduzir os fatores de 
risco aos quais os homens estão expostos, por exemplo:
● Através de campanhas de combate ao uso do tabagismo, de 
drogas e de bebidas alcoólicas;
● Por meio do estímulo ao acompanhamento da saúde 
masculina e da saúde mental. 
38
Assim como as mulheres, as crianças, 
os adolescentes e os idosos, os homens 
também possuem uma política pública 
específica para guiar as ações de 
promoção da saúde, por meio dos 
profissionais de saúde da APS.
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
(PNAISH) foi criada com o objetivo de facilitar e aumentar o acesso 
dos homens aos serviços de saúde e às ações de promoção de 
saúde. Ela direciona gestores e profissionais de saúde para 
considerarem aspectos sociais e culturais dos homens, visando a 
integralidade do cuidado, a redução de mortes e doenças e 
melhorando as condições de saúde masculina.
A PNAISH foi criada com cinco temas para facilitar a promoção da 
saúde masculina na comunidade e ajudar o (a) ACS a incentivar a 
ida dos homens às UBS. No entanto, é importante lembrar que 
esses temas não abrangem todas as questões importantes para a 
saúde masculina, como a saúde do trabalhador e a saúde mental 
(tópicos importantes para a saúde masculina).
Clique aqui e saiba quais são os cinco 
temas propostos na PNAISH e outras 
informações importantes desta política . 
Se estiver lendo este material no 
formato impresso, escaneie o QR para 
fazer download. 
39
https://central3.to.gov.br/arquivo/369121/
https://central3.to.gov.br/arquivo/369121/
Como podemos estimular os 
homens a aderirem a ações de 
promoção da saúde e a 
usarem os serviços de saúde 
de Atenção Primária?
Algumas atividades podem ser desenvolvidas na UBS e envolver os 
homens:
40
Rodas de 
conversa;
Palestras;;
Vacinações;
Consultas; 
Realização de 
exames (como 
testes rápidos 
para sífilis, HIV e 
hepatites B e C);
Planejamento 
reprodutivo;
Atividades 
preventivas;
Grupos 
operativos;
Pré-natal da 
parceira, entre 
outras. 
41
As Unidades são também espaços em que métodos 
contraceptivos e insumos para o sexo seguro para os homens se 
tornam possíveis. Através da APS, os homens podem ter acesso 
a encaminhamento para vasectomia, preservativos femininos 
e/ou masculinos, lubrificantes e materiais educativos. Além 
disso, o (a) ACS e a equipe devem desenvolver ações de 
prevenção e tratamento de infecções sexualmente 
transmissíveis (IST) e HIV/aids. 
O (a) ACS tem um papel fundamental, pois está diretamente em 
contato com os homens de seu território. Assim, conhece suas 
vulnerabilidades e consegue identificar as situações de risco em 
que o homem está exposto, como uso de droga, de álcool, de 
tabaco, entre outras. Desse modo, é possível compreender a real 
situação de cada um e atuar de forma educativa com as ações 
de prevenção.
Por exemplo, uma atribuição que o (a) ACS do território pode 
desenvolver com os homens é monitorar sua condição de saúde e 
sua exposição a fatores de risco, como o uso de álcool. 
Imagine que você, ACS, observou em seu território, por meio de 
uma visita, que o senhor Lucas, de 38 anos, trabalhador de linha de 
produção industrial, portador de diabetes tipo 2, mora com a 
esposa e um filho e faz uso abusivo de bebidas alcoólicas 
diariamente. 
Qual seria sua conduta correta 
nessa situação?
Como ACS, seu papel seria reportar a situação aos profissionais da 
equipe de saúde para, juntos, planejarem as ações de promoção 
de saúde que poderiam ser implementadas no caso. Ações de 
educação em saúde, controle da diabetes, redução e/ou 
eliminação do consumo de bebidas alcoólicas, importância do 
estilo de vida saudável, seriam algumas das recomendações 
indicadas.
42
Para melhor compreensão, vamos falar de alguns fatores de risco 
dos homens que podem provocar o adoecimento e, até mesmo, a 
morte prematura.
O fato de o homem ter uma doença, ou se expor a algum tipo de 
violência, pode causar um impacto negativo na sua vida e na de 
seus familiares. Imagine, por exemplo, uma situação em que um 
homem que fez uso de álcool e drogas se envolveu em um 
acidente de trânsito. Neste caso, o uso do álcool e das drogas foi o 
principal fator de risco que deixou o homem vulnerável ao acidente 
de trânsito. O reflexodesse acidente pode lhe causar doença, 
trauma ou, até mesmo, a morte. 
Alguns elementos podem ser observados no cotidiano dos homens 
do seu território, a partir dos quais determinadas ações devem ser 
desenvolvidas, junto com a equipe de saúde, tais como:
● Fatores de violência comuns entre os homens;
● Abuso de álcool e drogas;
● Doenças crônicas não transmissíveis;
● Infecções sexualmente transmissíveis.
Clique aqui e acesse o Material Complementar para 
conhecer cada um desses fatores de forma 
detalhada. Se estiver lendo este material no 
formato impresso, escaneie o QR para fazer 
download. 
43
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-disc-23-acs-acompanhando-os-ciclos-de-vida-saude-da-pessoa-idosa-e-saude-do-homem-1682446828.pdf
Veja algumas das práticas de promoção da saúde do homem que 
o (a) ACS pode executar no seu território: 
● Manter o cadastro dos homens atualizado na UBS, através 
das fichas do e-SUS;
● Realizar busca ativa de homens para a realização de, pelo 
menos, uma consulta por ano;
● Elaborar ações para dar visibilidade aos serviços de saúde 
aos homens;
● Estimular a equipe a criar horários alternativos de 
atendimento; 
● Aproveitar as visitas domiciliares para falar sobre a saúde do 
homem;
● Criar rodas de conversas com os homens da comunidade;
● Verificar o cartão de vacinação e estimular o homem a se 
imunizar; 
● Realizar ações educativas para a prevenção de violências e 
acidentes, uso de álcool e outras drogas.
Veja quais cuidados o (a) ACS pode 
realizar com os homens em relação aos 
temas: saúde sexual e reprodutiva, 
doenças crônicas não transmissíveis, 
prevenção de violências e acidentes e 
promoção da saúde mental. Clique aqui, 
ou, se estiver lendo este material no 
formato impresso, escaneie o QR para 
fazer download. 
44
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-disc-23-acs-acompanhando-os-ciclos-de-vida-saude-da-pessoa-idosa-e-saude-do-homem-1682446828.pdf
RETROSPECTIVA
Com este estudo, vimos que o processo de envelhecimento 
populacional é uma realidade mundial, sendo que nos países em 
desenvolvimento, como o Brasil, ele ocorre de maneira acelerada. Vimos, 
também, que os idosos são acolhidos pela Política Nacional de Atenção 
à Saúde da Pessoa Idosa, e é por meio dela que os profissionais de 
saúde planejam as ações que serão desenvolvidas no território, 
garantindo o acesso aos serviços de saúde necessários para manter a 
qualidade de vida dessa população.
Você percebeu o quanto é importante trabalhar com ações de 
promoção da saúde da pessoa idosa e da saúde do homem? 
Conseguiu observar os pontos importantes de atuação do (a) ACS no 
território para trabalhar com os fatores de prevenção para essas 
populações? Lembre-se: Você, ACS, é o profissional da equipe que está 
mais próximo da pessoa idosa, dos homens e de seus familiares. Você 
conhece suas necessidades e pode atuar de forma a incentivar esses 
públicos a fazerem parte da unidade de saúde, mostrando a 
importância de se cuidar, de monitorar todos os fatores de risco 
presentes em seu ambiente familiar, social ou de trabalho, objetivando 
mais qualidade de vida. 
Esperamos que você tenha compreendido o conteúdo apresentado e 
esteja pronto (a) para aplicar esses conhecimentos em sua prática 
profissional, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde em seu 
município.
Até a próxima disciplina!
46
REFERÊNCIAS
48
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mortes 
violentas atingem até 11 vezes mais homens que mulheres jovens. 
Agência IBGE Notícias, 2017. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia
-de-noticias/noticias/22868-mortes-violentas-atingem-ate-11-vezes
-mais-homens-que-mulheres-jovens
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Idosos 
indicam caminhos para uma melhor idade. Agência IBGE Notícias, 
2018. Disponível em:
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