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HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES Lupa Calc. CEL0495_A1_202103145078_V1 Aluno: Disc.: HIST DOS POVOS INDÍG 2023.1 FLEX (G) / EX Prezado (a) Aluno(a), Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha. Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS. 1. "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé. à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus; à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro; à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de- obra indígena; à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes; Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:diminui(); javascript:aumenta(); javascript:calculadora_on(); bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão- de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. 2. Após os contatos iniciais, os colonos portugueses acabaram fazendo uma distinção da população indígena em dois grandes grupos. São eles: Apaches e tupis. Guaranis e apaches; Tupis e guaranis; Aimorés e apaches; Tupiguaranis e tapuias; Explicação: O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. No outro grupo estavam os tapuias (palavra tupi que significa os ¿fugidos da aldeia¿, ou ¿aqueles de língua enrolada¿) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses acabaram se apropriando da diferenciação que os tupi-guaranis faziam em relação aos grupos que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês, e os caraíbas https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp 3. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Sobre este grupo podemos fazer as assertivas abaixo, EXCETO: Não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. Os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. Eram seminômades. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, como demonstra ao protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira Eram os grandes parceiros comerciais dos portugueses, capturando os demais índios para a escravidão. Explicação: Ao descrever os aimorés (um dos tantos povos classificados como tapuias), o português Gabriel Soares de Souza disse:“Descendem estes aimorés de outros gentios a que chamam tapuias, dos quais nos tempos de atrás se ausentaram certos casais, e foram-se para umas serras mui ásperas, fugindo a um desbarate, em que os puseram seus contrários, onde residiram muitos anos sem verem outra gente; e os que destes descenderam, vieram a perder a linguagem e fizeram outra nova que se não entende de nenhuma outra nação do gentio de todo este Estado do Brasil”Gabriel Soares de Souza, Tratado descritivo do Brasil, 1587, pp.78-79 4. O primeiro grupo que os portugueses tiveram contato, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. São grupos deste troco linguístico os grupos apresentados abaixo, EXCETO: Guarani Nagôs Tupiniquins Tupinaê Tupinambás Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130246','7235','4','7510329','4');5. Canibalismo ritual, ou antropofagia era: Uma festa que se fazia quando o menino matava seu primeiro animal. A comemoração por ter subjugado o inimigo, sendo uma forma de pilhéria. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. Uma invenção portuguesa para justificar o assassinato dos ameríndios. A prática dos índios de comerem seus inimigos para chocar aos adversários. Explicação: Junto com a guerra, os tupinambás praticavam o canibalismo ritual que causou horror e curiosidade aos colonos portugueses. Baseado na cosmogonia tupinambá, o canibalismo era um ritual antropofágico, no qual o inimigo prisioneiro de guerra era (depois de uma iniciação), morto pela sociedade vitoriosa, e tinha suas partes distribuídas dentre os indivíduos do grupo vencedor. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. 6. Os aldeamentos jesuíticos exerceram um papel fundamental para o sucesso da catequese, estando os índios reunidos em um só local era possível exercer uma influência diária sobre eles. A respeito da catequese podemos afirmar: foi exercida pela Ordem Jesuíta e tinha como objetivo a conversão dos índios ao catolicismo e sua transformação em súditos do rei português; foi exercida por diversas Ordens religiosas e tinha como objetivo a conversão dos índios ao catolicismo e sua transformação em súditos do rei potuguês; foi exercida pela Ordem Jesuíta e tinha como objetivo a conversão dos índios ao catolicismo; foi exercida pela Ordem Jesuíta e tinha como objetivo a escravização dos índios. foi exercida por diversas Ordens religiosas e tinha como objetivo a conversão dos índios ao catolicismo; Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. 7. Os índígenas colaboraram com os portugueses no início da colonização, trocando sua mão-de obra por artigos de pouco valor para os europeus. A explicação mais correta para essa atitude dos indígenas é: eles eram naturalmente amistosos e desejavam se integrar com os recém chegados ao continente. eles usaram essa tática de aproximação para, a seguir, atacar os colonos europeus. eles tinham uma concepção de valor diferente; o que não tinha valor para os europeus, para eles, era útil. eles eram muito ingênuos e achavam que se colaborassem, não seriam eliminados pelos portugueses. eles tinham curiosidade acerca daqueles produtos desconhecidos em sua cultura. Explicação: Quando pensamos no escambo do indígena e do português temos que perceber que cada cultura valorizava o que não possuía em seu meio, enquanto a madeira do Pau-Brasil estava disponível para o indígena, os objetos de metal e espelhos não estavam e o mesmo pensamento deve ser usado para o português, que tinha acesso aos metais e espelhos e deseja a madeira. 8. Sobre as tribos indígenas que ocupavam a maior parte do nosso território é correto dizer: Que a maioria se apresentava como nômade ou semi-nômade. Que a maioria praticava apenas caça, pesca e coleta. Que a maioria desconhecia qualquer método agrícola. Que a maioria apresentava características e hábitos sedentários. Que a maioria ainda apresentava características de sociedades coletoras, não tendo assim nenhuma forma de produção ou cultivo. Explicação: Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não- tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570 https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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