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Resenha - ESTRATÉGIAS ENERGÉTICAS PARA EXECUTIVOS DOC-LEVEL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Resenha Crítica de Caso 
Marco Aurélio Da Silva Barros Júnior
Trabalho da disciplina Energias Alternativas e Limpas II
 Tutor: Profª. Gisele Teixeira Saleiro
Itaguaí, Rio de Janeiro
2020
 (
2
)
ESTRATÉGIAS ENERGÉTICAS PARA EXECUTIVOS DOC-LEVEL
 
Referência: WINSTON, Andrew; FAVALORO, George e HEALY, Tim. Estratégias Energéticas para Executivos do C-Level. Harvard Business School, fevereiro de 2017. 
 
O aumento da importância na procura por preservação do meio ambiente faz com que a energia seja um alvo valioso nas corporações. De maneira geral a produção energética atinge questões ambientais e socioeconômicas, envolvendo a problemática na mudança climática e a necessidade da redução da emissão de gases do efeito estufa. A partir daí surgem no mercado novas tendências de tecnologias na exploração de recursos naturais de forma a mitigar os danos causados à natureza e proporcionar agregação de valores aos empreendimentos.
O texto aborda possíveis erros estratégicos que a maioria das empresas encontra por acreditarem que a energia é somente um gasto a ser administrado, deixando importantes oportunidades de redução de riscos e criação de novos valores.
No crescente mundo corporativo, para obter sucesso as empresas precisam criar vantagens competitivas de alguma maneira. Isso pode se dar através da redução de custos ou apresentando algum diferencial em destaque. A maneira como as corporações gerenciam os impactos ambientais através do seu consumo de energia ganham cada vez mais espaço no mercado.
Nesse contexto, a pesquisa avaliou o comportamento de várias grandes empresas em questões relacionadas a energia. Com esse conteúdo foi possível desenvolver uma estratégia energética para criar vantagens competitivas e valores agregados para os empreendimentos, dividida em cinco passos.
1. Passo: É indicado o envolvimento de algum executivo do C-Level, que representa os dirigentes mais altos de uma companhia, como CEO (diretor geral) e CFO (diretor de finanças). A participação do CEO é determinar a direção e velocidade para atingir o objetivo desejado, no caso para criação de uma estratégia energética eficiente. A participação de um membro importante da empresa atrai olhares de todos setores dando uma credibilidade maior de forma a fortalecer o processo.
2. Passo: Menciona a importância de integrar metas de energia à visão e operações da empresa. Para uma adequada tomada de decisão é necessário conhecer todas atividades da empresa, identificando o custo e consumo de energia e avaliando os possíveis impactos internos e externos. Com esse entendimento é possível elaborar um plano de ação com metas específicas de energia e emissões, de forma a procurar um programa energético consistente e sustentável, reduzindo a produção dos gases poluentes. Com o plano criado, o CEO ou outro executivo deve incentivar toda a organização para transformar a energia uma prioridade operacional.
Os gastos com energia estão entre as principais despesas para as indústrias. É difícil entender por que o setor energético é o único campo a não ser monitorado e fiscalizado com tanto rigor pelas empresas.
3. Passo: É observado a importância do monitoramento do setor energético. Com a fiscalização do uso da energia é possível verificar pontos operacionais que atingem custos, desempenho e qualidade. Por exemplo: pode ter um equipamento operando abaixo da faixa ideal de funcionamento. Com a inspeção é possível avaliar os custos, desempenho e qualidade. Por exemplo: pode ter um equipamento operando abaixo da faixa ideal de funcionamento. Com a inspeção é possível avaliar os custos de energia de cada produto podendo corrigir os preços para garantir o lucro quando o funcionamento ideal não é alcançado.
4. Passo: tem como foco a busca por energias renováveis e outras tecnologias. O Mercado da energia limpa está em alto crescimento, principalmente com produção eólica e solar – e algumas formas alternativas, como captação do calor dissipado pela produção de eletricidade para utilizá-lo em aquecimento ou refrigeração. Um dos obstáculos ainda é o custo elevado de implantação. Ainda existem poucos incentivos dos governos, porém investimentos globais em grande escala estão possibilitando diminuição nos valores dessa tecnologia. As empresas podem obter alguns benefícios com esse tipo de fonte: vantagem competitiva com o diferencial da sustentabilidade na fabricação de energia; redução do risco de descontinuidade de operação (com armazenamento de energia evitando problemas decorrentes de panes no sistema) e produções limpas com impactos ambientais mínimos reduzindo pressões sociais.
5. Passo: Por último, é aconselhado o envolvimento dos stakeholders. Não adianta ter políticas sustentáveis, com diversificação nas fontes de energia e redução dos impactos ambientais sem uma adequada estratégia de diálogo com os stakeholders. As corporações devem adotar medidas públicas, alinhando-se com clientes, sociedade, investidores e parceiros. Devem mostrar o comprometimento com as preocupações ambientais de forma a promover a responsabilidade e sustentabilidade.
Pode-se dizer que os cinco passos indicados na pesquisa para criação de uma estratégia energética concreta não são revolucionários. O que seria inovador é a aplicação dos mesmos para o uso de energia das empresas. O maior entrave ainda continua sendo a falta de percepção da importância de ter uma boa estratégia para matriz energética. Para garantir um futuro seguro no ponto de vista econômico e sustentável no aspecto ambiental, as empresas precisam investir em capacitação de seus executivos (C-level), adotar políticas mais severas no uso das energias e incluir buscas por meios limpos e renováveis de produção energética.
Imagem 01: Exemplo de Sistema de Gestão Ambiental – SGA

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