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ACADEMIA DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA - AFSU DIRETORIA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL CURSO DE OPERADOR DE PISTOLA SÃO PAULO 2021 1 Agradecemos às incontáveis contribuições durante as aulas que nos direcionaram na elaboração deste material, alunos sintam-se autores desta apostila, pois é do questionamento que nasce o estudo. Agradecemos a Deus por nos capacitar porque Dele vem a aptidão, é por Ele e para a honra e glória Dele. 2 Dedicamos esta obra a dois instrutores que integraram a Equipe de Armamento e Tiro, aos quais muito agradecemos pelo empenho, profissionalismo e ensinamentos que foram proporcionados enquanto estiveram presentes nesta Casa de Ensino, amigos Marcos Antonio Sávio (aposentado) e Dalton Santos Lima (in memoriam). Obrigado pelo trabalho prestado e dedicação à família Azul Marinho. 3 Material didático complementar atualizado para as instruções do “Curso de Operador de Pistola” de uso do efetivo da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. Equipe de Instrutores de Armamento e Tiro – AFSU/GCM/SP 4 ELABORADA POR: AGNALDO PACHECO URINI ANDRÉ MARCO DE OLIVEIRA THAYS ADRIANA MARQUES DA SILVA ANATOLE ALBUQUERQUE PEREIRA JUNIOR LINDEMBERG ALVES PEREIRA GILVAN CIPRIANO BALBINO LEONARDO LUCANTE FLAVIO MESSIAS DE ANDRADE 1ª Edição / 2021 CURSO DE OPERADOR DE PISTOLA São Paulo 2021 5 Sumário APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 6 1. REGRAS DE SEGURANÇA GERAIS .............................................................. 7 2. DEFINIÇÃO DAS ARMAS AUTOMÁTICAS E SEMI AUTOMÁTICAS ................ 9 3. DEFINIÇÃO DE PISTOLA ......................................................................... 10 4. APRESENTAÇÃO DO ARMAMENTO UTILIZADO PELA GCM-SP: ................. 10 4.1 Nomenclatura Básica Armamento Institucional Marca TAURUS: ...................... 11 4.2 Nomenclatura Básica Armamento Institucional Marca GLOCK: ....................... 16 5.TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DE PISTOLAS: ............................................... 19 5.1 Check-List ............................................................................................. 19 5.2 Municiamento do Carregador .................................................................... 20 5.3 Procedimento do carregamento ................................................................ 21 5.4 Carga Administrativa - “Carregar e ficar pronto” .......................................... 22 5.5 Recarga ................................................................................................ 26 5.6 Panes e Técnicas de Resoluções ................................................................ 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 44 6 APRESENTAÇÃO Esta apostila foi elaborada pela equipe de instrutores de Armamento e Tiro da Academia de Formação em Segurança Urbana e tem como objetivo fornecer ensinamentos das praticas de uso e manuseio adequado para arma tipo pistola; técnicas essas que serão necessárias para a devida autorização de seu uso em serviço, com vista a comprovar a capacidade técnica para o seu devido manuseio. A capacidade técnica para fins de porte institucional de arma de fogo será aferida pelos instrutores desta Casa de Ensino que considerarão a demonstração de conhecimento absorvido sobre conceituação, procedimentos, conhecimento básico dos componentes e obediência às regras de segurança. A aprovação do aluno/avaliado será efetivada após uma avaliação teórica e uma avaliação prática. A avaliação teórica terá em sua composição 20 (vinte) questões objetivas, que englobarão as normas de segurança com 06 (seis) questões, nomenclatura e funcionamento de peças com 06 (seis) questões, condutas a serem adotadas no estande com 03 (três) questões e por fim a Legislação vigente sobre armas de fogo no Brasil a Lei 10.826/03 e Instrução Normativa nº 111 - DG/PF com 05 (cinco) questões, sendo que para que seja aprovação o avaliado deverá ter no mínimo de 60% (sessenta por cento) de acertos na avaliação, ou seja, doze acertos. A realização da prova prática por parte do aluno somente será possível a partir de sua aprovação na prova téorica. Conforme Instrução Normativa da Polícia Federal, a avaliação prática constitui-se de: vinte disparos em alvo humanóide e vinte e quatro disparos no alvo de quatro cores. Assim como no caso da prova teórica, o aluno realizará a prova do alvo quatro cores após a sua aprovação no alvo humanóide. Na primeira avaliação prática, será considerado apto o avaliado que no mínimo acertar seis disparos no alvo e somar trinta pontos, tanto para o alvo a cinco metros quanto a sete metros. Na segunda avaliação, é necessário que o avaliado obtenha a nota mínima de setenta e dois pontos dos cento e vinte possíveis, conforme a somatória dos acertos nas cores. 7 1. REGRAS DE SEGURANÇA GERAIS 1.1 Todos os comandos de tiro serão dados pelo Instrutor de Tiro e devem ser imediatamente obedecidos. A única exceção refere-se à ocorrência de ato atentatório à segurança, quando a primeira pessoa que o perceber comandará imediatamente “suspender fogo”; 1.2 Antes do início e quando do término de qualquer exercício de tiro, mesmo de instrução preparatória, todas as armas e munições de manejo deverão ser inspecionadas, constituindo tal inspeção, responsabilidade do Instrutor de Tiro. Deverá ser verificada, na ocasião, a existência de qualquer munição na câmara ou carregador, obstrução no cano ou câmara, bem como se as munições de manejo não possuem carga de projeção e espoleta; 1.3 As munições de festim deverão ser minuciosamente inspecionadas para haver a certeza da inexistência de munição real entre elas; 1.4 Durante todo o período de permanência no Estande de Tiro as armas deverão estar abertas ou coldreadas e sem o carregador, quando não empregadas; 1.5 As armas que não estejam na linha de fogo deverão permanecer no coldre ou em local a elas destinado; 1.6 As armas somente serão carregadas e alimentadas mediante comando do instrutor; 1.7 O tiro somente terá início mediante comando do instrutor; 1.8 As séries somente serão realizadas mediante comando do instrutor; 1.9 Em hipótese alguma, a arma da linha de fogo poderá ter o cano voltado em outra direção; que não seja a do para-balas; 1.10 Obrigatoriedade do uso de E.P. I´s, no estande de tiro (Equipamentos de Proteção Individuais): óculos de segurança, protetor auricular e colete balístico; 1.11 Somente aponte sua arma, carregada ou não, para onde pretenda atirar; 1.12 A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança; 1.13 Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada; 1.14 Mantenha seu dedo estendido ao longo do corpo da arma até que você esteja realmente apontando para o alvo e pronto para o disparo; 1.15 Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo fora do gatilho; 1.16 SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer limpeza; 1.17 NUNCA deixe uma arma de forma descuidada; 1.18 Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de crianças e pessoas não habilitadas; 1.19 NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do 8 gatilho; 1.20 As travas de segurançada arma são apenas dispositivos mecânicos, não substituindo o bom senso; 1.21 Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de receber os impactos de disparos com a máxima segurança; 1.22 NUNCA atire em superfícies planas e duras, porque os projéteis podem ricochetear; 1.23 NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção; 1.24 SEMPRE que carregar ou descarregar uma arma, o faça com o cano apontado para uma direção segura; 1.25 Caso a arma “negue fogo”, mantenha-a apontada para o alvo por alguns segundos. Em alguns casos, pode haver um retardamento de ignição do cartucho; 1.26 SEMPRE que entregar ou receber uma arma, certifique-se que está realmente descarregada, segura. 1.27 Verifique se a munição corresponde ao calibre da arma; 1.28 Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada, NUNCA a aponte para qualquer parte de seu corpo ou de outras pessoas ao seu redor, só a aponte na direção do seu alvo; 1.29 Revólveres desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de chumbo na folga existente entre o cano e o tambor. Pistolas e Rifles ejetam estojos quentes lateralmente; quando estiver atirando, mantenha as mãos distantes dessas áreas. 1.30 Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver atirando. Caso perceba algo de anormal com o recuo ou com o som da detonação, interrompa imediatamente os disparos, descarregue a arma e verifique cuidadosamente a existência de obstruções no cano; um projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente removido, mesmo em se tratando de lama, terra, graxa, etc., a fim de evitar danos à arma e/ou ao atirador; 1.31 NUNCA modifique as características originais da arma, e nos casos onde houver a necessidade o faça através armeiro profissional qualificado; 1.32 NUNCA porte sua arma quando estiver sob efeito de substâncias que diminuam sua capacidade de percepção (álcool, drogas ilícitas, medicamentos); 1.33 Nos modelos de ação dupla ou dupla ação, NUNCA transporte ou coldreie sua arma com o cão armado. 1.34 Munição velha ou recarregada NÃO é confiável. 9 2. DEFINIÇÃO DAS ARMAS AUTOMÁTICAS E SEMI AUTOMÁTICAS1 2.1 Automáticas O armamento automático tem seu sistema de funcionamento mediante o acionamento da tecla do gatilho e enquanto estiver acionada, dispara continuamente, extraindo, ejetando e realimentando a arma até que esgote a munição de seu carregador ou cesse a pressão sobre o gatilho. 2.2 Semi automáticas Este tipo de armamento tem seu sistema de funcionamento onde a execução do tiro se dá pela ação do atirador (um acionamento da tecla do gatilho para cada disparo); as operações de extração, ejeção e realimentação se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos de cada disparo. As pistolas semi automáticas tiveram suas raízes nos experimentos de Hiram Maxim que, em 1883, desenvolveu a primeira arma automática de que se tem notícia, uma metralhadora que usava a ação dos gases no momento do disparo para ciclar o mecanismo e realinhar outro cartucho na câmara. Dez anos mais tarde, em 1893, o alemão Hugo Borchardt criou o primeiro protótipo de uma arma semi automática. Tratava-se de uma estranha e desajeitada pistola que possuía um ferrolho em dobradiça que funcionava como um joelho humano para conseguir a extração e a alimentação de seus cartuchos. Era uma arma absolutamente imprópria que só não caiu no esquecimento porque um dos discípulos de Borchardt, o alemão George Luger tornou-a prática e esteticamente agradável. Surgiram então as pistolas Luger adotadas pelo exército alemão em 1908. Em 1896, Peter Paul Mauser desenvolveu uma pistola que tinha seu carregador, de dez tiros, à frente do gatilho e um esquisito cabo que se assemelhava a um cabo de vassoura. Foi uma pistola que teve uma regular aceitação militar. O norte-americano John Moses Browning, depois dos alemães, foi quem propiciou o maior avanço em matéria de pistolas semi automáticas. Genial e 1 Obedecidos aos critérios técnicos do Artigo 3º e Anexos do Decreto Federal nº 10627 de 12/Fevereiro/2021 10 criativo inventor de armas, Browning criou a pistola em calibre .45 ACP que foi adotada pelo exército norte-americano em 1911, a conhecida Colt Governamental Modelo 1911. De desenho inigualável, era fabricada pela Colt, porém fora produzida por inúmeras outras firmas. Anos mais tarde John Moses Browning aperfeiçoou sua criação e elaborou sua pistola Browning Hi-Power, fabricada pela F.N. belga e vendida em inúmeros países. 3. DEFINIÇÃO DE PISTOLA Pistola é uma arma de fogo portátil, leve, curta, raiada, com câmara integrada ao cano, a qual utiliza o carregador como receptáculo de munição. No século XV o termo era usado para definir também pequenas facas que podiam ser escondidas dentro das roupas de uma pessoa. No século XVIII o termo começou a ser usado para definir a pequenas armas de fogo de mão. Seu nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos. 4. APRESENTAÇÃO DO ARMAMENTO UTILIZADO PELA GCM-SP: A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo atualmente adota como armas curtas em seu material bélico: revólver calibre.38 e pistola semi automática em calibre .380 . Os modelos das pistolas são: da marca Taurus, as 938 e 59S, sendo armas portáteis, individuais e semi automáticas, de dupla ação, que funcionam pela ação dos gases sobre o ferrolho. A percussão é exercida por um sistema tipo “percussor lançado” e depende exclusivamente da vontade do atirador a cada disparo, sendo carregada após a inserção de carregador tipo cofre, com capacidade para 15 ou 19 cartuchos. Da marca Glock, o efetivo se utiliza da G25, que tem como diferencial o sistema “safe action” e é apresentada pela fábrica como arma de ação dupla com percussor pré-tensionado. 11 4.1 Nomenclatura Básica Armamento Institucional Marca TAURUS: PT 938 “15+1” 12 PT 59S “19+1” O mecanismo interno e sua funcionalidade são similares na PT 938 e PT 59S, exceto por mínimos detalhes a serem explanados em exercício prático de desmontagem e montagem da arma executado em instrução. Vejamos a seguir: 13 14 15 4.1.2 Ferrolho: abriga os sistemas de percussão e de pontaria, bem como o conjunto de cano e câmara , mola recuperadora e sua guia. 4.1.3 Cano: é um tubo inteiriço de aço, com raiamentos destinados a direcionar o projétil no seu movimento. 4.1.4 Câmara: integrada ao cano, destinada a receber o cartucho e resistir à pressão gerada na queima da carga propelente, permitindo assim, o maior aproveitamento dos gases gerados. 4.1.5 Guia da mola: mantém a mola alinhada. 4.1.6 Mola recuperadora: recupera o movimento do ferrolho após a ação dos gases, trazendo-o à frente e possibilitando a realimentação da arma após o disparo. 4.1.7 Armação: abriga o sistema de disparo, de segurança e de desmontagem, carregador e placas de empunhadura. O detalhe desta armação é o material mais leve que foi utilizado: duralumínio 4.1.8 Placa de empunhadura: permite a melhor aderência das mãos durante a empunhadura. 4.1.9 Massa de mira: atua em conjunto com a alça de mira, formando o aparelho de pontaria. 4.1.10 Alça de mira: nos modelos utilizados pela GCM/SP, as alças de mira são fixas, não permitindo regulagem. 4.1.11 Retém do ferrolho: trava e libera o ferrolho. 4.1.12 Alavanca de desmontagem: pino metálico que mantém ligado o ferrolho à armação. 4.1.13 Gatilho: compõe o sistema de disparo. 4.1.14 Guarda mato: protege a tecla do gatilho. 4.1.15 Retém do carregador: libera o carregador. 4.1.16 Retém da alavanca de desmontagem: libera a alavanca de desmontagem. 4.1.17 Cão: transfere a energia do sistema de disparo para o percussor, que por sua vez, aciona a espoleta. 4.1.18 Ejetor: lança parafora do ferrolho, à cápsula deflagrada retirada da câmara por meio do extrator. 4.1.19 Impulsor da trava do percussor:libera a trava do percussor no momento do disparo permitindo o acionamento da espoleta. 4.1.20 Trava de segurança/ desarmador do cão (registro de tiro):bloqueia/desbloqueia o sistema de disparo e desarma o cão de forma segura. 4.1.21 Extrator: retira a cápsula deflagrada do interior da câmara. Atua em conjunto com o Ejetor. 16 Identificação: Pistola Taurus .380 modelo 938 e modelo 59S Classificação: Quanto ao tipo: portátil; Quanto ao emprego: individual; Quanto ao funcionamento: semi automática; Quanto ao sentido da alimentação: de baixo para cima; Quanto ao carregamento: retro carga (acondicionadas a câmara pela sua parte de trás); Quanto à alma do cano: raiada. Número de raias 06(seis) Sentido - esquerda para a direita. Aparelho de pontaria: Alça de mira – Fixa em “U” incorporada ao ferrolho Massa de mira – Tipo lâmina fixa ao ferrolho Dimensões: Comprimento total –211 mm Comprimento do cano – 131 mm Informações complementares Placas do punho – Em plástico Acabamento – Oxidado Ferrolho – Em aço oxidado Cano – Em aço oxidado Armação – Em duralumínio Carregador – Em aço oxidado 4.2 Nomenclatura Básica Armamento Institucional Marca GLOCK: Pistola GLOCK – G25 “15+1” Fonte: Acervo dos Instrutores 17 Sistema “Safe Action” Os modelos Glock não possuem trava de segurança externa, mas sim, um sistema de travamento interno que entra em atividade a partir do correto acionamento da tecla do gatilho, conforme será explicado em instrução. Outros detalhes a serem observados em aula; à esquerda, a placa do armeiro. Peça esta que não poderá ser removida pelo operador e à direita, o indicador de munição na câmara bem mais discreto que os modelos de outras armas, tem o objetivo de tornar o armamento “mais liso” de modo a evitar possibilidade de enroscar na vestimenta ou acessório, prejudicando o saque. 18 Desmontagem em 1ºescalão ou “de campo” com modelo Glock Identificação: Pistola Glock modelo G25 Classificação: Idêntica às armas Taurus. Aparelho de pontaria: Alça de mira – de polímero ,fixa em “U” conectada ao ferrolho Massa de mira – de polímero ,conectada ao ferrolho Dimensões: Comprimento total – 187 mm Comprimento do cano – 102 mm Informações complementares Cabo inteiriço em polímero Acabamento – fosco Ferrolho – Em aço teneferizado Cano – Em aço teneferizado Armação – Em polímero Carregador – Em polímero 19 5.TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DE PISTOLAS: 5.1 Check-List Inspeção visual e tátil : empunhe a arma com a mão forte; aponte para uma direção segura;retire o carregador , manobre o ferrolho a retaguarda por duas vezes, acione o retém do ferrolho , travando-o a retaguarda, observe se câmara do armamento esta vazia (inspeção visual), introduza o dedo mínimo da mão fraca na câmara, com o intuito de verificar a existência de munição; Inspeção Visual Inspeção tátil Verificação do receptáculo do carregador Feito isto, a arma estará pronta para ser carregada.Para isto, vejamos o procedimento para municiar o carregador. 20 5.2 Municiamento do Carregador Fig.1:Posicionar o culote da munição de encontro ao transportador do carregador Fig.2:Pressionar a mola do carregador, empurrando a munição para baixo Fig.3:O projétil ficará posicionado para fora Fig.4:Pressionar a culote da munição para baixo Fig.5:Empurrar a nova munição para trás e para baixo Fig.6:Munição totalmente introduzida no carregador 21 5.3 Procedimento do carregamento Apanhar o carregador Atentar para o correto posicionamento do carregador no cinturão O dedo indicador apóia o carregador e serve como guia A munição deverá estar com o projétil voltado para frente. A ponta do projétil ficará na mesma posição da ponta do dedo Feito isto, podemos prosseguir com a recarga administrativa, deixando a pistola pronta para o uso. Cabe lembrar que, até este tópico, o procedimento é igual para qualquer pistola: inspeção tátil e visual, municiamento do carregador.Nos próximos tópicos, haverão diferenças básicas já que o efetivo conta com dois modelos de armas com diferentes mecanismos internos e externos. 22 5.4 Carga Administrativa - “Carregar e ficar pronto” Introduzir o carregador no receptáculo. Observar que o dedo indicador servirá como guia para o correto posicionamento do carregador no receptáculo Empurrá-lo até o final, pressionando para garantir a sua fixação. Utilizar o indicador como guia que irá de encontro à base da empunhadura Certificar-se que o carregador ocupou totalmente o receptáculo Com um movimento enérgico, puxar o ferrolho à retaguarda, soltando-o posteriormente. Movimento do ferrolho à retaguarda Atentar para o dedo fora do gatilho 23 Arma está alimentada.(atentar para o cão armado) Arma em ação simples (engatilhada) Desarmar o cão utilizando o desarmador automático. Acionamento do desengatilhador automático 24 Acionar a trava de segurança. Trava liberada Trava acionada A arma está alimentada e travada. Arma pronta para o porte Coldrear e afivelar. Coldreamento em segurança (dedo fora do gatilho) O armamento está pronto para o uso. 25 Arma coldreada e afivelada Para as armas com cão (sistema “Hammer”), o padrão de coldreamento está estabelecido em: desarmar o cão, travar (caso tenha trava externa), coldrear e afivelar ou, se o coldre tiver, acionar a trava. No caso do agente portar arma modelo Glock (sistema “Stricker”), após carregar e alimentar o armamento basta coldreá-la e acionar a fivela ou, caso tenha, a trava do coldre. 26 5.5 Recarga Tática O operador realizou disparos e ainda tem munição no carregador e na câmara. Em “L” Correto posicionamento da arma Atentar para a posição do dedo indicador ao retirar o carregador. Posição do dedo indicador Passo 1. Atentar para o modo correto de segurar o carregador Passo 2. Atentar para o polegar no acionamento do retém do carregador Passo 3. Retirada do carregador vazio 27 Passo 4. Posicionamento na troca dos carregadores Passo 5. Inserção do carregador cheio Passo 6. Certificar-se que o carregador está inserido completamente no receptáculo Arma pronta Em “H” Realizar o mesmo procedimento de retirada de carregador do coldre Início da operação Correto posicionamento das mãos 28 Acionamento do retém do carregador Posicionamento em “H” Troca de carregadores Inserção completa do carregador Carregador posicionado entre os dedos 29 Após a operação de recarga tática, o carregador substituído não deve ser colocado no porta-carregador. Salvo quando à paisana, colocar em local distinto do carregador cheio. Término da operação Variação simplificada A partir da posição de tiro Retirar o carregador que está na arma 30 Guardar o carregador que estava na arma em local diferente do porta-carregador, por exemplo, no bolso mais próximo e que propicie acesso rápido. Realizar o procedimento de recarga, lembrando-se de manter a visão periférica e o contato visual com o alvo. 31 Realizado o carregamento, retomar a posição inicial. Emergencial Utilizada em caso de ”pane seca”. Acabou a munição. Acionamento do retém do carregador Retirar o carregador vazio 32 Carregar a arma com o outro carregador municiado Carregar o armamento Inserção do carregador Completa inserção do carregadorno receptáculo Armamento carregado 33 Manobrar o ferrolho, de forma a alimentar a câmara. Procedimento de manobra do ferrolho para alimentar o armamento Arma municiada,alimentada e carregada O armamento estará novamente em condições de uso. 5.6 Panes e Técnicas de Resoluções Pane seca O armamento carregado, porém, não alimentado. Basta o operador ciclar o conjunto do ferrolho. Pane de “néga” Ocorre provável falha de detonação da espoleta da munição. A tecla do gatilho foi acionada O cão percutiu e não ocorreu o disparo 34 Realizar o movimento de “tapa” na base do carregador. Procedimento de depanagem Ejetar a munição que falhou. Procedimento de manobra do ferrolho Manobrar o ferrolho, de modo que a munição que falhou seja extraída Extração da munição Com a manobra do ferrolho extraindo a munição que falhou, outra munição será inserida na câmara 35 Inserção da nova munição após manobra do ferrolho A arma estará pronta novamente para o uso Arma pronta Pane de Alimentação. A causa mais provável é de que um cartucho ficou preso à entrada da câmara. Visão da pane É importante identificar o tipo de pane, realizando o procedimento de visualização. 36 Procedimento de visualização da pane Realizar o movimento de “tapa” na base do carregador. A mão vai de encontro à base do carregador Procedimento completo Após o procedimento, a munição se acondiciona corretamente e o ferrolho fica totalmente fechado, sendo que o extrator destaca-se acusando a presença do cartucho. Visão lateral do extrator acionado Vista superior do extrator acionado 37 Pane Torre ou Chaminé. Quando ocorre falha de extração ou alimentação, permanecendo a cápsula presa à janela de ejeção do armamento. Pane “Torre” Realizar o movimento de “raspagem” na parte superior do ferrolho, limpando a janela de ejeção permitindo assim, o avanço do ferrolho e a alimentação da câmara. A mão apóia no ferrolho Proceder com a raspagem 38 Arma pronta Pane de Dupla Alimentação ou Duplo Carregamento Após falha de extração, o ferrolho avança, porém a câmara encontra-se bloqueada por uma cápsula ou munição. Isto ocasiona o bloqueio parcial do ferrolho. Vista lateral da pane Vista de outro ângulo da pane Travar o ferrolho totalmente à retaguarda. Manobra do ferrolho à retaguarda Outro ângulo da manobra do ferrolho 39 Acionamento do retém do ferrolho Ferrolho travado Retirar parcialmente o carregador do receptáculo. Retirada parcial do carregador Segurar o carregador com o dedo mínimo Girar totalmente a janela de ejeção e realizar a manobra do ferrolho (ao menos, duas vezes), executando a limpeza da câmara. Arma totalmente invertida 40 Reposicionar a arma à posição de tiro e reinserir totalmente o carregador. Retornar a arma à posição inicial Reinserir o carregador Alimentar o armamento Arma carregada novamente Arma alimentada Arma pronta para o uso Arma pronta 41 Pane de Embuchamento A dilatação da cápsula no interior da câmara causou o “travamento” do ferrolho na posição fechado. O disparo não ocorre em virtude do estojo dilatado Segurar o ferrolho com a mão reativa, conforme a imagem abaixo Correto posicionamento da mão para segurar o ferrolho Com a mão forte, efetuar um golpe enérgico na parte superior traseira da empunhadura de maneira que ocorra a manobra do ferrolho, ejetando a cápsula. Golpear vigorosamente a empunhadura Posicionamento das mãos para a manobra 42 Empurrar a parte da armação em sentido contrário ao ferrolho O ferrolho retornará à posição inicial, tornando a arma novamente pronta para o uso. Arma pronta 43 CONSIDERAÇÕES FINAIS É importante ressaltar que as técnicas e procedimentos aqui apresentados não substituem o bom senso e não esgotam as possibilidades. Os procedimentos de resoluções de panes aqui apresentados, visam qualquer tipo de arma curta semiautomática porém, é de conhecimento que algumas panes podem ser resolvidas de forma diferente conforme o modelo de pistola, mas são manobras exclusivas, o que não é nosso objetivo neste material. Treinamento constante e adequado leva à perfeição. EQUIPE DE INSTRUTORES DE ARMAMENTO E TIRO AFSU/GCM-SP Treinamento, Condicionamento e Precisão. 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manual de instruções de Pistolas Metálicas – Taurus, Junho de 2014.Porto Alegre/RS. Apostila do Curso de Pistola Semi-Automática – PMESP/São Paulo. Cartilha de Armamento e Tiro do Departamento de Polícia Federal, Dezembro/2020,Brasília - DF Apostila de Armamento e Tiro Defensivo – Centro de Formação em Segurança Urbana – 2003 – São Paulo - SP Apostila do Curso de Pistola Calibre .380 – Centro de Formação em Segurança Urbana – 2010 - São Paulo – SP. Apostila do Curso de Técnicas de Armamento e Tiro – Centro de Formação em Segurança Urbana – 2015 – São Paulo – SP Manual do Proprietário GLOCK,2018 - Brasil Curso de Armeiro Glock, AFSU/GCM/SP, Maio de 2018. Tiro de Combate – PISTOLA; PELEGRINI, Marcel, MORAES,Edimar;Brasília - DF.
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