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SLIDES TEMA 5 2022 2

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TEMA 5
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA : GESTÃO FINANCEIRA E ORAÇAMENTARIA II
Tema 5 – Capital de giro.
 A gestão do capital de giro representa uma das atividades mais importantes para o equilíbrio econômico-financeiro de uma empresa. Há exemplos em que problemas financeiros, oriundos de uma gestão inadequada do capital de giro, comprometeram, inclusive, a permanência no mercado.
	O gerenciamento do capital de giro, entre outras decisões, envolve a administração das contas do ativo circulante e a definição dos níveis de estoques, bem como dos prazos de recebimentos e pagamentos da empresa, os quais têm influência direta sobre o fluxo de caixa.
1.Introdução
2. O capital circulante líquido (CCL) é a diferença entre o ativo e o passivo circulantes. (FERREIRA, 2013). Além de positivo ou negativo, o CCL pode ser nulo, com o ativo circulante igual ao passivo circulante.
Entende-se por ativo circulante o conjunto de bens e direitos da empresa que tem potencial de realização, isto é, de conversão para dinheiro em até 12 meses.
Exemplo
Caixa, estoques, contas a receber no prazo de até 12 meses são contas que compõem o ativo circulante.
Entende-se por passivo circulante as obrigações da empresa que deverão ser pagas em até 12 meses.
Exemplo
Fornecedores, empréstimos de curto prazo, salários a pagar, contas a pagar com vencimento de até 12 meses, entre outras, são contas de passivo circulante.
Para efeitos de análise, o ideal é que a empresa tenha uma CCL positivo, ou seja, ativo circulante maior que passivo circulante. Também é importante um equilíbrio entre os prazos dessas contas circulantes.
Por exemplo, uma empresa pode ter um CCL positivo e, mesmo assim, apresentar dificuldades para pagar as suas obrigações, caso, em média, as contas do seu ativo circulante tenham prazo de realização superior ao prazo médio de pagamento das contas do passivo circulante.
Fique atento
O CCL é a diferença entre o ativo e o passivo circulantes, podendo ser nulo se um e outro forem iguais.
 
Em uma situação extrema, suponha que uma empresa tenha ativo circulante de 101.000, formado por caixa de 1.000 e estoque de 100.000. Se o passivo circulante dessa empresa for 90.000, formado exclusivamente pela conta fornecedores, o CCL será positivo de R$ 11.000,00. Contudo, a empresa terá sérios problemas de liquidez caso o prazo de fornecedores seja de 30 dias e o de realização dos estoques seja de 60 dias.
3. Fluxo de caixa	
	Imagine que você é o gestor de uma empresa e adquire uma mercadoria à vista no valor de R$ 1.000,00. Ao fazer isto, você movimentou as contas do capital de giro da empresa, pois houve saída de caixa e um aumento do valor do estoque de mercadoria. Mas, nem toda mercadoria é rapidamente revendida e você apenas conseguiu revendê-la dez dias depois da aquisição. Você concorda que está sacrificando o caixa da empresa em R$ 1.000,00 durante o prazo de dez dias? E se o seu cliente não deseja pagar à vista e você concordou em fornecer dez dias para pagamento? Mais uma vez, você movimentou as contas do capital de giro, pois houve a saída da mercadoria e o registro de uma conta a receber. Entretanto, agora o caixa da empresa está sendo sacrificado em R$ 1.000,00 durante o prazo de 20 dias.
	Neste exemplo, observe que a gestão do capital de giro tem forte influência sobre o fluxo de caixa da empresa. Veja que a empresa ficou sem cobertura de caixa por de 20 dias e pode ter sido obrigada a obter empréstimos bancários para conseguir realizar as suas operações. Os empréstimos bancários têm um custo (juros), o que faz com que a empresa tenha um lucro menor. Assim, além de influenciar no fluxo de caixa da empresa, uma gestão inadequada do capital de giro também pode afetar severamente a sua lucratividade.
 O prazo de tempo em que uma empresa fica sem cobertura de caixa é denominado ciclo financeiro ou ciclo de caixa. Para o exemplo apresentado, o ciclo financeiro ou de caixa da empresa é de 20 dias. Quem pode ajudar a ter um ciclo financeiro ou de caixa menor são os fornecedores. Então, se a empresa não tivesse adquirido a mercadoria à vista e tivesse um prazo de dez dias para pagar o seu fornecedor, o tempo em que o caixa ficaria sem cobertura passaria a ser de dez dias.
4. Conflito entre liquidez e rentabilidade, capital de giro bruto e líquido	
	Liquidez e rentabilidade são excludentes, ou seja, uma restringe a outra. Por exemplo, suponha que uma empresa precise fazer caixa e realize uma promoção vendendo a preço de custo, ou seja, sem lucro bruto. Neste caso, a empresa conseguirá aumentar a sua liquidez, mas, em contrapartida, não terá qualquer rentabilidade. Se aumentar muito o preço de venda, a margem de lucro de cada unidade vendida será maior. Contudo, as vendas diminuirão muito, comprometendo a liquidez. Veja, por exemplo, o caso de um supermercado que tenha bastante liquidez, mas baixa rentabilidade por produto vendido; ou o de uma joalheria com alta rentabilidade por produto vendido e baixa liquidez.
	Assim, pouco adianta uma empresa ter alto lucro e não ter caixa suficiente para honrar as suas obrigações. Também não é vantajoso a empresa gerar caixa apenas porque conseguiu vender a um menor preço e sem lucro.
 
5. Risco operacional e financeiro	
 Suponha que uma empresa aumente de forma acentuada o seu volume de estoques. Se estes não forem rapidamente vendidos, a empresa acabará ficando sem recursos em caixa e não conseguirá realizar adequadamente as suas operações, deixando de honrar compromissos, como o pagamento de fornecedores, de salários e de impostos.
FIQUE ATENTO
 Uma gestão inadequada do capital de giro aumenta o risco operacional e financeiro de uma empresa.
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6.Fontes de capital de giro
	
Os fornecedores constituem as principais fontes de capital de giro. De fato, quanto mais prazo uma empresa conseguir para pagar as suas compras, melhor. Além dos fornecedores, uma empresa pode fazer uso de empréstimos de curto ou longo prazo para obtenção de capital de giro. Contudo, o ideal é evitar isso e, se o fizer, buscar as taxas de juros mais baixas possíveis e, principalmente, operações de curto prazo, de modo a existir uma relação equilibrada entre ativos e passivos circulantes.
Outra forma de financiamento do capital de giro é o aporte de recursos dos proprietários da empresa.
DUVIDAS E PERGUNTAS

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