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Antimicrobianos Caracteristicas ideais Amplo espectro Toxicidade seletiva Potencial microbicida Não atuar frente a flora normal Evitar o desenvolvimento de formas resistentes Não provocar efeitos colaterais Boa solubilidade e biodisponibilidade em fluidos corporais Ser estável Ser de baixo custo e fácil obtenção 2 Bactérias e suas estruturas ESTRUTURA GP GN Membrana plasmática Sim Sim Espaço periplasmático Menor Maior Mureína Maior Menor Membrana Externa Não Sim LPS Não Sim Seleção de Agentes Antimicrobianos As bactérias Gram-positivas retém o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa. Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final. Alvo de Ação dos Antibióticos Inibição da síntese da parede celular; Membrana plasmática Síntese proteica Replicação cromossômica Metabolismo bacteriano DNA bacteriano Mecanismo de ação Mecanismo de ação de antimicrobanos Os Quimioterapicos possuem Mec. De açao bastante distintos, e seus sitios alvo podem englobar desde enzimas envolvidas na sintese da parede C até enzimas que atuam na sitese de ác. Nucleicos. Os quimioterapicos apresentam grande variaçao em sua estrutura quimica, e a maioria é formada por moléculas grandes com regioes hidrofobicas que facilitam a sua entrada nas células, outros no entanto, sao polares. 6 Antimicrobióticos que atuam na síntese da parede celular 4r geração Cefipima Cefpiroma Antibióticos Beta-lactâmicos (Penicilina) Anel beta-lactâmico Anel tiazolidínico Antibióticos Beta-lactâmicos (Mecanismo de Ação) Sítio de ligação da penicilina: Proteínas ligadoras de penicilina (PLP), são enzimas bacterianas envolvidas na síntese da parede celular e na manutenção das características morfológicas das bactérias. As penicilinas interferem na última etapa da síntese da parede bacteriana (transpeptidação ou ligações cruzadas), resultando em exposição da membrana osmoticamente menos estável. Inibição competitiva da D-alanina Carboxipeptidase do microrganismo, prevenindo a inserção da unidade dipeptídica acil-D-alanil-D-alanina, etapa final da construção de sua parede celular (PEPTOGLICANO). Ocorre a entrada de líquidos, com lise bacteriana (bactericida) *** Alterações em algumas dessas moléculas-alvo (PLP) faz surgir os microrganismos resistentes à penicilina. (Nota: o Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) parece originado devido a essa alteração). Antibióticos Beta-lactâmicos (Mecanismo de Ação) Parede celular bacteriana tem por função: Manter pressão osmótica Determinação antigênico Essencial na divisão celular As penicilinas só são eficazes contra microrganismos em crescimento rápido que sintetizam a parede celular de peptideoglicano. Consequentemente, elas são inativas contra microrganismos sem essa estrutura, como micobactérias, protozoários, fungos e vírus. Antibióticos Beta-lactâmicos (Mecanismo de Ação) Antibióticos Beta-lactâmicos (Resistência) Produção de Beta-lactamases resistência adquirida inibidores de beta-lactamases Penicilina Beta-lactamase Transpeptidase Parede celular Antibióticos Beta-lactâmicos (Resistência) Principal Mecanismo de resistência às penicilinas MECANISMOS DE RESISTÊNCIA DAS BACTÉRIAS AOS ANTIMICROBIANOS PENICILINAS Penicilinas Grupo de agentes que têm em comum o mecanismo de ação antimicrobiano e a estrutura do ácido 6-amino-penicilânico Penicilina G e V são naturais, as outras não e diferem da penicilina original por alterações na cadeia lateral Determina a estabilidade do fármaco frente à hidrólise ácida ou enzimática e espectro antibacteriano Penicilinas Naturais Penicilinas naturais – (P. notatum) Penicilina G cristalina (Na+ ou K+) – IM e IV (t1/2 curto: 0,5 horas – eliminação através de secreção tubular: administradas em altas doses (alto índice terapêutico) para aumentar ó horário entre as administrações. Penicilinas de liberação lenta (depósito muscular): Penicilina G procaína: Despacilina® (IM) – 1 dia Penicilina G Benzatina: Benzetacil® (IM) – até 4 semanas Essas penicilinas são destruídas pelo pH do estômago (quebra o anel beta-lactâmico) razão pela qual sua administração é feita pelas vias intramuscular e endovenosa. Penicilinas associadas ao probenicida, qual a função? T1/2 de 6-12 horas A penicilina foi descoberta, por acaso, por Alexander Fleming em 1928. Esse pesquisador estava estudando bactérias do gênero Staphylococcus e percebeu que sua amostra tinha sido contaminada por algum tipo de fungo. Após analisar o bolor, ele descobriu que se tratava do gênero Penicillium. Penicilinas biossintéticas ou penicilina V: Fenoximetilpenicilina (somente VO) – Pen V oral não é resistente à penicilinase e seu espectro de ação é idêntico ao da penicilina G, porém de potência muito inferior a esta. Resistente ao ácido estomacal. Uso clínico: Infecção estreptoc., pneumoc. e meningoc., gonorreia, sífilis, difteria e tétano; Ineficazes contra a maioria das cepas de S. aureus Usos profiláticos; Penicilinas Biossintéticas Penicilinas Semi-sintéticas Resistente a beta-lactamase: Uso injetável Meticilina Naficilina (mais ativa): Cocos G+ (produtores de BL) Uso oral: Cloxacilina Dicloxalina Oxacilina (IM) Flucloxacilina Uso clínico: S. aureus Menos ativas contra estreptococos Penicilinas Semi-sintéticas Espectro ampliado: sensíveis a beta-lactamase Aminopenicilinas (V.O. e injetável) – ácido resistentes Ampicilina (Binotal®) + sulbactama: VO, IM e IV -50% absorvido, causa diarréia Amoxicilina (Amoxil®) + ácido clavulânico (Clavulin®) - bem absorvida Uso clínico: Ativos contra estreptococos G+ Bacilos G-: H. influenzae, E. coli, Proteus mirabilis, Neisseria ghonorreheae, shigela e Samonela; Infecções do TR, TU, meningite, gonorreia, febre tifoide, septicemia e poliinfec. Prescrições Usuais AGENTE DOSE (adulto) VIA INTERVALO (hs) PICO SÉRICO (mcg/mL) PICO SÉRICO (hs) MEIA-VIDA (hs) Penicilina G Procaína 300.000 UI IM 12-24 0,9 1-3 18 Penicilina V 400.000-800.000 UI (250-500 mg) VO 6 1,5-30 1 2 Ampicilina 250-500 mg 1g 1g VO IV IM 6 4-6 4-6 1,5-30 10 10 2 1 1 1,5 Amoxicilina Amoxicilina + Clavulanato 250-500 mg VO VO 8 8 4 4 1-2 1 1,5 1,5 Oxacilina 1 g IV 4 5-10 1 0,5-1 Dicloxacilina 250-500 mg VO 6 15 1 1 Aspectos Farmacocinéticos Absorção Instabilidade em meio ácido VO – variável e deficiente (amoxacilina tem boa absorção). <<< na presença de alimentos (aminopenicilinas) Preparação de liberação lenta Distribuição Ampla: atravessa a BHE e BHP (inflamação aguda) Metabolismo Hepático reduzido (30%) pode ser utilizado em casos de doença hepática. Excreção Renal (secreção tubular, filtração glomerular) e biliar Efeitos Colaterais TGI – náuseas, vômitos e diarreia (ampicilina – mal absorvida) ; Hematológicos – alteração na agregação plaquetária levando a hemorragias (carboxipenicilina – carbenicilina, ticarcilina); SNC – efeitos colaterais dose-dependentes (penicilina G e carboxipenicilina – neurotóxico: precipitam convulsões devido ao antagonismo de GABA, ocorre quando o SNC é exposto a concentrações elevadas, por ex. injeções IV rápidas, ou administradas intratecal); Rins – nefrite intersticial dose-dependente (penicilinas G, ampicilina, amoxicilina e METICILINA) Reações Alérgicas Independem da dose; Sensibilização prévia; Ocorrem em ambos os sexos (< crianças e idosos); Desde exantemas (ampicilina) até choque anafilático (penicililna G cristalina); Choque: 0,01 a 0,05/fatalidade: 1/50.000 As reações alérgicas podem ser classificadas em: Imediatas (2-3 min.) – urticária, angioedema, broncoespasmo, hipotensão ou choque anafilático; Aceleradas (1-72 hs) – urticária, angioedema e broncoespasmo;Tardias (>72 hs) – erupções, artralgia, doença do soro, febre isolada; Raras – anemia hemolítica, pneumonite e nefrite, vasculite, eritema, dermatite e síndrome de Stevens-Johnson (necrólise epidérmica tóxica, grandes áreas de pele descascam). Penicilina G cristalina - Meningites bacterianas não adquiridas em ambiente hospitalar - Endocardites (associar Aminoglicosídeos) - Abcessos pulmonares - Leptospirose Penicilina G procaína - PAC (pneumonias adquiridas na comunidade) - Infecções de pele (impetigo, erisipela, celulite) - Gonorréia (primeira escolha) - Profilaxia de endocardite infecciosa Penicilina G benzatina - Sífilis - Profilaxia de febre reumática Penicilina V - Infecções leves de boca e pele Indicações Indicações Ampicilina - Meningites bacterianas não adquiridas em ambiente hospitalar - Shigueloses - PAC(pneumonias adquiridas na comunidade) Amoxicilina - Sinusite bacteriana - Otite Média Aguda - PAC (pneumonias adquiridas na comunidade) - Salmonelose Oxacilina - Endocardites (associar Aminoglicosídeos) - Abcessos de pele e pulmonar - Pneumonia estafilocóccica Carboxipenicilina (Carbenicilina ,Ticarcilina e Ureidopenicilina) - Abcessos abdominais (associar Ácido Clavulânico) CEFALOSPORINAS Cefalosporinas Tem em comum o núcleo 7-amino-cefalosporânico; Mecanismo de ação: semelhante as PNC (inibição da transpeptidase). Substituir penicilinas em paciente alérgicos (cautela devido a reação-cruzada – 5 a 15%); Podem ser usadas com segurança durante a gravidez. São ácido estáveis (VO), mas algumas são pouco absorvidas (IV- uso hospitalar). Cefalosporinas (1ª Geração) Desenvolve sua ação preferencialmente sobre germes G+ (S. aureus)* e, com muito menor frequência, sobre G-. São eficazes também contra Proteus mirabilis, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae (PEcK). Cafelexina: Keflex®* Cefadroxina: Cefamox®* Cefalotina: Keflin® Cefazolina: Kefazol® (ossos) **Alguns MO são produtores de cefalosporinases. Cefalosporinas (2ª Geração) Desenvolve sua ação preferencialmente sobre três bactérias G- adicionais: H. influenzae, Enterobacter aerogenes e Neisseria (HENPEcK). Cefaclor: Ceclor® Cefuroxima: Zinat® e Zinacef® (½-vida prolongada, atravessa BHE, bronquite ou pneumonia no idoso) Cefprozil: Cefzil® Cefoxitina: Mexofin® (anaeróbio – Bacteroides fragilis, sepse intra-abdominal) Cefalosporinas (3ª Geração) São mais resistentes a beta-lactamase e possuem maior atividade contra aeróbio G- (bacilos), os já citados e a maioria dos MO entéricos, incluindo a Serratia marcescens e Pseudomonas. Ceftriaxona: Rocefin® (Ativa contra Neisseria gonorrheae genital, anal e faríngea. Boa penetração óssea. Cefodizima: Claforan® Cefixima: Plenax® (oral: 1xdia) Ceftazidima: Fortaz® (P. aeruginosa) Cefotaxima Atividade inferior às cefalosporinas de primeira geração em relação à atividade contra S. aureus Usar com cautela, o uso está associado a lesão colateral que significa indução de resistência bacteriana. Cefalosporinas (4ª Geração) Inibe a síntese da parede celular bacteriana à qual se liga pela sua grande afinidade com as proteínas ligadoras de penicilinas (PBP3); Possui maior afinidade pelas proteínas ligadoras de penicilinas (PBP2) da parede dos G- Espectro ampliado de ação (Combina atividades de primeira (G+) e terceira gerações (G-). Utilizadas em infecções graves. Tratamento de infecções causadas por bacilos G- resistentes a cefalosporinas de terceira geração; Cefepima: Cefepime® - IV Cefpiroma: Cefrom® - IV Aspectos Farmacocinéticos Absorção Parenterais: Boa biodisponibilidade; Orais: Poucas apresentam boa BD Alimentos podem comprometer a BD Distribuição Boa distribuição nos tecidos, excluindo o SNC, exceto a cefotaxima e ceftriaxona (abcesso cerebral e meningite) Excreção Urinária Insuficiência renal: reduz a dose/aumento intervalo entre doses Outros Beta-Lactâmicos Carbapenemicos O imipenem® produz ação bactericida por unir-se às PBP 1A, 1B, 2, 4, 5 e 6 nas membranas citoplasmáticas de Escherichia coli e a PBP 1A, 1B, 2, 4 e 5 de Pseudomonas aeruginosa, o que origina a inibição da síntese da parede da célula bacteriana. O Imipenem é inativado por uma desidropeptidase presente no túbulo proximal – em casos do uso do Imipenem para tratar infeção urinária deve haver a associação com cilastina (inibidor da desidropeptidase) O meropenem® inibe a síntese da parede celular, requer que os microrganismos se encontrem na etapa de crescimento para poder agir. Meropenem® Indicados para bactérias resistentes a outros fármacos disponíveis (Fármacos de reserva) - antibiótico de escolha para enterobactérias. **pela sua associação com aumento do risco de crises convulsivas e pelo seu potencial de toxicidade renal (devido à cilastatina), o Imipenem+Cilastatina foi progressivamente substituído pelo Meropenem na prática clínica. Penicilina Qual a diferença estrutural entre os carbapenemicos e as penicilinas? A estrutura dos carbapenemicos difere das penicilinas, porque o átomo de enxofre do anel tiazolidínico foi externalizado e substituído por carbono. Monobactâmicos Aztreonam® Bactericida sintético, com atividade contra um amplo espectro de germes patógenos aeróbios G-, principalmente enterobactérias e Pseudomonas aeruginosas. Ele não tem atividade contra gram-positivos e anaeróbios. Esse espectro antimicrobiano estreito exclui seu uso individual no tratamento empírico. É indicado em infecções complicadas e não complicadas do TU, inclusive pielonefrite e cistite; Septicemias; Infecções de pelo, intra-abdominais e ginecológicas. Resistentes às beta-lactamases; Pacientes alérgicos as PNC toleram bem. o anel beta-lactâmico não está fundido com outro anel Outros Agentes que Afetam a Parede Celular (Vancomicina) Infecções graves causadas por cepas sensíveis de estafilococos resistentes à meticilina (MRSA) e pacientes alérgicos à PNC; Ativa somente contra BGP. É indicado quanto há suspeita de que a infecção é causada por Stafilococos aureus resistentes a meticilina, até que se disponha dos resultados dos exames de sensibilidade. Trata-se de um glicopeptídeo com baixa absorção pelo TGI (IV) Efeitos adversos: Febre, erupções. Ototoxicidade, flebites Nefrotoxicidade Meticilina/oxacilina sensível Meticilina/oxacilina resistente Glicopeptídeo resistente A quinupristina e a dalfopristina pertencem a uma classe de antibióticos chamados estreptograminas. Esses medicamentos são administrados em conjunto, como uma combinação (quinupristina/dalfopristina). Eles são usados para tratar infecções sérias (sobretudo infecções cutâneas), incluindo as causadas por bactérias resistentes a outros antibióticos. A combinação quinupristina/dalfopristina age impedindo que as bactérias produzam as proteínas que necessitam para crescer e se multiplicar (inibem a unidade 50S do ribossomo). Outros Agentes que Afetam a Parede Celular (Bacitracina) Peptídeo Indicações: infecções causadas por G+, especialmente cocos resistentes a PNC; Efeitos adversos: Nefrotoxicidade limita o uso interno, sendo empregado de maneira tópica. Inibidores da Síntese de Proteínas Composição do Ribossomo Bacteriano Tortora et al., (2012)). Função: Síntese de Proteínas Inibição da Síntese de Proteínas Mecanismo de ação Alvos são as subunidades 50S e 30S do ribossomo Ribossomo bacteriano – 50S e 30S - partícula 70S Ribossomo de mamíferos – 60S e 40S - partícula 80S **Ribossomo mitocondrial dos mamíferos - partícula 70S – efeitos tóxicos em concentrações elevadas. A subunidade pequena (30S) funciona na associação com RNA mensageiro durante a tradução e decodificação. As subunidades grandes (50S) funcionam como centro de peptidil transferase e é o local da formação de ligação peptídica. As duas subunidades se juntam no momento da formação da proteína e se combinam com a molécula de mRNA e, portanto, as proteínas são sintetizadas. Inibidores da Síntese de Proteínas Macrolídeos: Eritromicina, Azitromicina e Claritromicina Cloranfenicol Tetraciclinas: Tetraciclina,Doxiciclina e Minociclina Aminoglicosídeos: Amicacina, Gentamicina, Netilmicina, Estreptomicina e Tobramicina Clindamicina Macrolídeos Mecanismo de Ação: Ligam-se à subunidade 50S do ribossomo bacteriano, inibindo a síntese de proteínas RNA-dependentes, o que lhes confere uma atividade BACTERIOSTÁTICA (que pode ser bactericida: S. pneumoniae e Staphylococcus pyogenes) Inibição das reações de transpeptidação e translocação Produção de peptídeos incompletos Macrolídeos Eritromicina: Protótipo NATURAL (Streptomices erythreus) Limitações: Crescente resistência bacteriana; Pequeno espectro (cocos G+, G- e alguns bacilos); Instabilidade em meio ácido Efeitos adversos no TGI Necessidade de 3 a 4 administrações diárias. 4 administrações (estolato) e 3 administrações (estearato) Evitar a ingestão com alimentos. Macrolídeos Azitromicina e Claritromicina: Vantagens: Maior estabilidade em meio ácido Melhor disponibilidade por via oral Maior duração de efeito Maior atividade sobre bactérias Macrolídeos Indicações: Mesmos M.O da penicilina G Fármaco de escolha para: Chlamydia: ***uretra, endocérvix, reto e epidídimo (alternativa à tetraciclina); *** infecções urogenitais (gravidez) Pneumonia por Mycoplasma Sífilis: paciente alérgicos Ureaplasma: uretrite Corynebacterium diphtherae Legionella pneumophila (moléstia dos legionários) Macrolídeos Claritromicina: Similar a eritromicina Eficaz contra H. influenza: Maior atividade que a eritromicina contra: Chlamydia Legionella pneumophila Ureaplasma M. Lepra Azitromicina: Menos ativa contra Estreptococos e estafilococos: Mais ativa contra: H. influenzae Moraxella cararrhalise Chlamydia trachomatis (**terapia preferencial) Mycobacterium avium (A e C) Principais Usos Clínicos Infecções das vias aéreas e pelos. Tratamento de pneumonia e conjuntivite; Infecções pélvicas (sobretudo na gravidez: eritromicina) Tétano (em pacientes alérgicos a penicilina) Efeitos Colaterais Eritromicina: Efeitos adversos GI (dor epigástrica, diarreia, náusea e vômito), particularmente em crianças; Necessidade de múltiplas doses diárias e o regime de tratamento é prolongado; Claritromicina e azitromicina: Baixa incidência de efeitos GI (menos efeitos quando comparadas a eritromicina. TETRACICLINAS Mecanismo de Ação: Inibem a ligação do RNAt no sítio – ribossomo (subunidade 30S) Mecanismo de Ação Atravessam diretamente parede e mbr celular (muito solúvel); Passam através dos poros (porinas) Processos ativos (carreadores específicos) Gram - Diretamente Carreadores específicos Porinas Tetraciclinas Naturais, semi-sintéticas ou sintéticas Principais são: tetraciclina, doxiciclina e minociclina Classificação: Ação curta: oxitetraciclina e tetraciclina Ação intemediária: Demeclociclina Ação longa: Doxiciclina e Minociclina Doxiciclina: menor toxicidade e intervalor de doses maiores; Agem contra bactérias Enterobactérias: E. coli, Salmonella, shiguela, Proteus, Klebisiela Cocos G+ e G- Mycoplasma, Rickettsias e Chlamydias (M.O intracelulares) e espiroquetas Vibrio cholerae e Actinobacillus Resistência Existem 3 mecanismos de resistência as TTCs: Diminuição da absorção do fármaco Alteração no sistema de transporte que limita a captação da TTC) Efluxo Eliminação por bombeamento, dependente de energia para o exterior da célula; Diminuição da afinidade Ribossoma – complexo TTC-Mg2+ (mutações no cromossoma) Farmacocinética Tetraciclina: Absorção incompleta ingerir 1h antes ou 2h após as refeições (leite e derivados, sais de cálcio, ferro, magnésio e alumínio, bicarbonato de sódio). Minociclina e Doxiciclina: Rápida absorção não sofre influência dos alimentos Farmacocinética Ótima penetração em tecidos: Saliva, dentina, esmalte, unhas, pele, fígado, rim, pulmão, músculos, humor aquoso e ossos; Atravessam a B.H.P.: E encontram-se no leite materno em altas concentrações; Monociclina e Doxiciclina: Intervalo das doses de 12 horas; Farmacocinética Tetraciclinas grande toxicidade Raras reações de hipersensibilidade Intolerância gastrointestinal: náuseas, vômitos, pirose e dor epigástrica Gestantes: más-formações dentárias e ósseas com lesão hepática grave; Crianças: pigmentação castanha permanente dos dentes e hipoplasia do esmalte e dentina Superinfecções GI: candidíase oral, anogenital e diarréia Farmacocinética Gravidez, lactação, crianças menores de 11 anos Cloranfenicol Mecanismo de ação Mecanismo de Ação: Inibem a ligação do RNAt no sítio – ribossomo (subunidade 50S) Cloranfenicol Streptomyces venezuelae (hoje é sintético) Bacteriostático de largo espectro Difunde-se através da membrana celular bacteriana e se une de forma reversível a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, onde evita a transferência de aminoácidos às cadeias peptídicas em formação (reação da peptidil-transferase). Espectro de Ação G+ e G-, estreptococos e estafilococos Actinomicetos, espiroquetas e riquetsias; Tratamento de meningites pediátricas; Febre tifoide e infecções por anaeróbios como Bacteróides e micoplasmas. Farmacocinética É absorvida com facilidade e por completo pelo TGI; Distribui-se por todo o organismo de forma ampla, porém não uniforme Atinge as concentrações mais altas no fígado e no rim Atravessa a placenta e as concentrações séricas fetais podem ser de 30 a 80% dos níveis séricos da mãe. Alcança concentrações terapêuticas no humores aquoso e vítreo do olho. No líquido cefalorraquidiano, as concentrações podem ser de 21 a 50% das séricas, através de meninges não inflamadas, e de 45 a 89% através de meninges inflamadas. O metabolismo é hepático, 90% conjugados a glicurônideo inativo. Usos Clínicos Usos sistêmicos: Infecções por Salmonella typhi (febre tifoide) Meningites, epiglotites ou pneumonia causada por H. influenzae; Infec. meningocócicas ou pneumocócicas do SNC, em pacientes sensíveis a beta-lactâmicos; Infec. anaeróbios no SNC; Raramente em infecções por riquétsias substituindo tetraciclina Usos tópicos Infecções oftálmicas e otológicas Em geral deve ser reservada para infecções graves nas quais outros antibióticos menos tóxicos sejam ineficazes ou contraindicados. Efeitos Colaterais Anemias: anemia reversível (com dependência da dose), anemia aplástica medular idiossincrática (fatal, independe da dose) Toxicidade na medula óssea (inibição da síntese proteica mitocondrial nas células da medula óssea). Síndrome cinzenta do Recém-nascido: Baixa capacidade de glicuronidação menor eliminação renal acúmulo ribossomo mitocondriais má alimentação, depressão respiratória, colapso cardiovascular, cianose e morte. Intolerância digestiva, hipersensibilidade, entre outros Precauções Não utilizar em pacientes imunocomprometidos Evitar em crianças e gestantes Evitar ou diminuir doses em paciente com insuficiência renal ou hepática grave Evitar o uso com agentes imunizantes (vacinas) Aminoglicosídeos Mecanismo de Ação: Penetram a parede celular e a membrana, ligando-se aos ribossomos 30S, lavando ao erro na leitura de RNA mensageiro provocando a morte de bactérias Aminoglicosídeos 1943, Estreptomicina (1º aminoglicosídeo) Espécies de Micromonospora e Streptomyces Excitante descoberta por matar bactéria que as penicilina não matam (M. tuberculosis) Todos são derivados actinomicetos ou são semi-sentéticos. Aminoglicosídeos Classificação: Estreptomicina (Streptomyces) Família das gentamicinas: gentamicina e sisomicina (Micromonospora) Metilmicina (semi-sintética) Família das canamicinas: canamicina e tobramicina (Streptomyces) Amicacina Farmília das neomicinas: neomicina B e paromomicina (Streptomyces) Aminoglicosídeos Espectro de Ação: Bactérias aeróbias G+ (Staphylococcus) e G- (enterobactérias) M. tuberculosis (sp) Estreptomicina Pseudomonas Gentamicinas, tobramicina e amicacina Inativos contra: Anaeróbios, riquétsias, clamídias, micoplasmas, vírus e fungos. FARMACOCINÉTICA A estrutura policatiônica altamente polar dos aminoglicosídeos impede absorção adequada por administraçãovia oral. Por isso, todos os aminoglicosídeos (exceto a neomicina) precisam ser administrados por via parenteral para alcançar níveis séricos adequados. **A grave nefrotoxicidade associada à neomicina exclui sua administração parenteral, e, atualmente, seu uso é limitado à aplicação tópica em infecções cutâneas ou à administração oral para preparar o intestino antes de cirurgias.) Aminoglicosídeos Aminoglicosídeos Penetram na célula bacteriana através de um sistema de transporte oxigênio-dependente, inexistente em bactérias anaeróbias ou nos estreptococos. Estreptococos e anaeróbios são naturalmente resistentes a este grupo de antibióticos. Aminoglicosídeos Efeitos colaterais: Nefrotoxicidade (reversíveis) – 8 a 26% Ototoxicidade coclear e vestibular (irreversível) Neurotoxicidade Bloqueio neuromuscular (apnéia – reduzem liberação de acetilcolina) Alergia (previamente sensibilizados Distúrbios GI Contraindicados em gestantes Aminoglicosídeos GENTAMICINA Septicemias, infecções urinárias Tratamento de queimados Tratamento local para osteomielite crônica NEOMICINA Restrito a infecções superficiais de pele e Conjuntivite bacteriana Uso intestinal e em queimados Usado também como redutor do colesterol sanguíneo (reduz bactérias intestinais) Aminoglicosídeos AMICACINA Resistente a inativação produzida pelas enterobactérias Infecções hospitalares e indivíduos imunodepremidos 1ª escolha na infecção hospitalar – Pseudomonas e Enterobactérias ESTREPTOMICINA Mycobacterium tuberculosis Brucella (Associado a tetraciclina) Yersinia pestis (infecções incomuns) Endocardite bacteriana Não é absorvida por via oral (infecções intestinais: Salmonella, Shiguela e E. coli) Clindamicina Lincomicina (natural) e clindamicina (semi-sintética) formam o grupo das lincosamidas Tem maior taxa de absorção oral, maior espectro bacteriano e menor taxa de resistência Indicada em infecções por MO aeróbios cocos G+ e anaeróbios G+ e G- Resultados semelhantes aos da penicilina Efeitos adversos limitam o seu uso. Clindamicina Mecanismo de Ação: Inibe a síntese proteica ligando-se de forma irreversível a subunidade 50S do ribossomo, inibindo a síntese proteica. Clindamicina Desconforto abdominal, náusea, vômito e dispepsia. Diarreia ocorre em 10% dos pacientes (raramente produz colite pseudomembranosa) Ocorre ainda reações alérgicas (10% dos casos), glossite, estomatite e gosto metálico na boca Mecanismos de ação dos antimicrobianos Membrana citoplasmática Inibidores da Síntese de DNA/RNA Mecanismo de ação Interferem na replicação do DNA (DNA girase e DNA polimerase) e na transcrição (RNA polimerase - síntese de RNA). Inibidores da Síntese de DNA/RNA Principais Antimicrobianos: Rifamicina Nitroimidazol Quinolonas átomo adicional de flúor em sua estrutura química. anti-séptico do trato urinário A segunda geração, composta pela norfloxacina e o ácido pipemídico, amplia seu campo de ação contra Pseudomonas, com atividade para trato urinário e intestinal essas drogas também exibem uma ação antimicrobiana efetiva contra os organismos gram-positivos, incluindo os pneumococos e estreptococos .