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TCC FINAL ETEC 2016

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ETEC MACHADO DE ASSIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS AO TERCEIRO 
SETOR: Estudo de caso ETEC Machado de Assis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caçapava – São Paulo 
2º Semestre de 2016
ETEC MACHADO DE ASSIS 
Ana Carla Ribeiro 
Augusto Luiz de Oliveira 
Lucas Ribeiro dos Santos 
Thalita dos Santos Viana 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS AO TERCEIRO 
SETOR: Estudo de caso ETEC Machado de Assis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caçapava – São Paulo 
2º Semestre de 2016
ETEC MACHADO DE ASSIS 
Ana Carla Ribeiro 
Augusto Luiz de Oliveira 
Lucas Ribeiro dos Santos 
Thalita dos Santos Viana 
 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS AO TERCEIRO 
SETOR: Estudo de caso ETEC Machado de Assis 
 
Relatório do Trabalho de Conclusão de 
Curso em Administração do terceiro 
módulo para obtenção do certificado de 
Técnico em Administração. 
Professor: Sonia Meire Lorena Soares 
Fonseca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caçapava – São Paulo 
2º Semestre de 2016
ETEC MACHADO DE ASSIS 
Ana Carla Ribeiro 
Augusto Luiz de Oliveira 
Lucas Ribeiro dos Santos 
Thalita dos Santos Viana 
 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS AO TERCEIRO 
SETOR: Estudo de caso ETEC Machado de Assis 
 
Relatório do Trabalho de Conclusão de 
Curso em Administração do terceiro 
módulo para obtenção do certificado de 
Técnico em Administração. 
Professor: Sonia Meire Lorena Soares 
Fonseca 
 
 
 
 
 
 
RESULTADO: _______________________________ 
 
DATA: _______/___________________/_____________ 
 
ASSINATURA: _______________________________________ 
 Professor Sonia Meire Lorena Soares Fonseca 
Administração – ETEC Machado de Assis
AGRADECIMENTOS 
 
O grupo agradece aos professores, Davi Lima, por sempre acreditar no nosso 
trabalho, contribuir com ideias e como novo diretor da ETEC Machado de Assis, 
permitir que tivéssemos toda liberdade para aplicar as hipóteses e levantar os dados 
necessários. Agradecer a professora Sonia Meire pela excelente condução na 
elaboração deste trabalho, propondo sempre melhorias e críticas construtivas. 
Agradecer ao querido José Carlos por ser um excepcional professor, contribuindo com 
livros e ideias sempre que possível. E a todos professores pelo conhecimento 
ministrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Eu Lucas Ribeiro dedico este trabalho aos meus pais Ana Paula e Valdir pelo 
apoio aos meus estudos que sem eles não seria possível. 
Eu Augusto Oliveira dedico este trabalho aos meus pais Lilian e Mario por 
incentivarem durante todo o curso. 
Eu Ana Carla Ribeiro dedico este trabalho aos meus pais Aparecida e Luiz por 
todo apoio e tempo disposto para que fosse possível a conclusão do curso, e aos 
meus filhos Davi e Maria Luiza pela importância que os mesmos representam na 
minha vida. 
Eu Thalita Viana dedico este trabalho ao meu grupo de TCC pelo amparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O homem não é nada além daquilo que a 
educação faz dele. ” 
 - Kant, Immanuel.
RESUMO 
 
OLIVEIRA, Augusto Luiz; RIBEIRO, Ana Carla Silva; SANTOS, Lucas Ribeiro; VIANA, 
Thalita Santos. FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS AO TERCEIRO 
SETOR: Estudo de caso ETEC Machado de Assis. Caçapava: ETEC Machado de 
Assis, 2016. P.111 
 
A temática desse estudo perfaz os caminhos que levam ao cenário acadêmico a 
situação que vivem as empresas que atuam no terceiro setor, que são organizações 
que tem como finalidade reverter seus esforços em receitas para gerar benesses para 
a comunidade em seu entorno, ou seja, no perímetro social em que atua. São 
exemplos desse tipo de empresa as ONGs, FUNAI, algumas instituições de ensino 
superior e as Associações de Pais e Mestres, conhecidas como APM. Tais instituições 
recebem a denominação de agremiação filantrópica e procuram suprir as 
desigualdades sociais emergentes das heterogeneidades socioeconômicas, atuando, 
portanto, nas lacunas deixadas pelo setor governamental. Percebeu-se que a maior 
adversidade para as instituições de cunho assistencialista surge da ausência de uma 
sistemática de comunicação institucional que auxilie a alavancar a formação de uma 
cultura de voluntariado ligada a esse setor. Para contextualizar a problemática aqui 
explicitada, foi utilizada como exemplo a ETEC Machado de Assis, principalmente pela 
difícil situação em que sua APM se encontrava no período da concepção do projeto 
que originou esse estudo, com baixas ou inexistentes doações, falta de clareza sobre 
o que essa instituição auxiliar representa para a escola e suas funções para o bom 
funcionamento da estrutura dessa Unidade de Ensino. A pesquisa bibliográfica que 
embasou esse estudo teve amparo em uma pesquisa participante, necessária para 
testar as propostas aqui elencadas para dinamizar a arrecadação monetária da APM 
da ETEC Machado de Assis, tais como conscientização no ato da matrícula bem como 
nas salas de aula, a implementação de uma caixa de doação, recolhimento mensal 
de contribuições, panfletos expostos em sala com todo o regimento regulamentador 
deste setor, todas elas surgidas por meio do uso das ferramentas da qualidade como 
auxiliares no planejamento e gestão empresarial, principalmente o Brainstorming, o 
diagrama de causa e efeito, os 5W2H e o ciclo PDCA. Como resultados desse estudo, 
as arrecadações da APM tiveram uma melhora significativa em relação a seus valores 
e na comunicação institucional onde a comunidade escolar detém o devido 
conhecimento das finalidades deste importante setor. 
 
Palavras chave: Terceiro Setor. Gestão Empresarial. Ferramentas da Qualidade. 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 – Gráfico baseado em dados do IBGE .................................................... 62 
FIGURA 2 – Gráfico baseado nos balancetes da APM ............................................. 64 
FIGURA 3 – Indicadores de Ineficiência da APM ..................................................... 67 
FIGURA 4 – Ciclo PDCA ........................................................................................... 71 
FIGURA 5 – Conscientização no ato da matricula .................................................... 72 
FIGURA 6 – Palestra em salas de aula sobre Associação de Pais e Mestres .......... 72 
FIGURA 7 – Caixa de doação ................................................................................... 73 
FIGURA 8 – Envelopes de recolhimento ................................................................... 75 
FIGURA 9 – Panfletos expostos em sala .................................................................. 76 
FIGURA 10 – Gráfico arrecadações 2° semestre 2016 ............................................. 76
LISTA DE QUADROS 
 
QUADRO 1 – Processo Brainstorming ...................................................................... 67 
QUADRO 2 – Plano de ação 5W2H .......................................................................... 69 
QUADRO 3 – Folha de verificação relacionado a hipóteses ..................................... 72 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
GQT – Gestão da qualidade Total. 
DRE – Demonstração de resultado do exercício. 
ONG – Organizações não governamentais. 
PDCA – Do Inglês: PLAN - DO - CHECK – ACT. 
5W2H – Do Inglês: What, Why, Where, When, Who, How, How Much. 
APM – Associação de pais e mestres. 
FASFIL – Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos. 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
FUNAI – Fundação Nacional do Índio
ftp://ftp.ibge.gov.br/Fundacoes_Privadas_e_Associacoes/2010/fasfil.pdf
SUMÁRIO 
 
 
RESUMO ...............................................................................................................................................7 
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................... 8 
LISTA DE QUADROS ......................................................................................................................... 9 
LISTA DE ABREVIAÇÕES .............................................................................................................. 10 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 13 
2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................... 16 
2.1 ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................. 16 
2.1.1 Definição ..................................................................................................................... 16 
2.1.2 Conceito ...................................................................................................................... 18 
2.1.3 Objetivo ....................................................................................................................... 19 
2.1.4 Teorias da Administração ...................................................................................... 21 
2.2 GESTÃO EMPRESARIAL ................................................................................................ 25 
2.2.1 Definição ..................................................................................................................... 25 
2.2.2 Conceito ...................................................................................................................... 28 
2.3 TERCEIRO SETOR ........................................................................................................... 30 
2.3.1 Conceito ...................................................................................................................... 30 
2.3.2 Definição ..................................................................................................................... 34 
2.3.2.1 Dados do IBGE ...................................................................................................... 37 
2.4 FERRAMENTAS DA QUALIDADE................................................................................. 38 
2.4.1 Conceito ...................................................................................................................... 38 
2.4.2 Definição ..................................................................................................................... 41 
2.4.2.1 5W2H ........................................................................................................................ 44 
2.4.2.2 Ciclo PDCA ............................................................................................................. 45 
2.4.2.3 Folha de verificação ............................................................................................ 47 
2.4.2.4 Brainstorming ........................................................................................................ 48 
2.4.2.5 Diagrama de causa e efeito ............................................................................... 48 
2.5 CONTABILIDADE .............................................................................................................. 50 
2.5.1 Conceito ...................................................................................................................... 50 
2.5.2 Definição ..................................................................................................................... 51 
2.5.2.1 Balancete de verificação .................................................................................... 52 
2.5.2.2 Demonstração do resultado do exercício ...................................................... 54 
2.6 MARKETING INSTITUCIONAL ....................................................................................... 55 
 
2.6.1 Definição ..................................................................................................................... 55 
3. MÉTODO DE PESQUISA ......................................................................................................... 59 
4. ANÁLISE E RESULTADOS ..................................................................................................... 61 
4.1 ANÁLISE DA SITUAÇÃO ................................................................................................ 63 
4.2 RESULTADOS DO ESTUDO .......................................................................................... 67 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 78 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 79 
APÊNDICE A - Fluxograma de desenvolvimento do TCC .................................................... 85 
APÊNDICE B – Cronograma de trabalho ................................................................................... 89 
ANEXOS .............................................................................................................................................. 90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A Administração representa uma sistematização das técnicas de planejar, 
organizar, direcionar e fiscalizar pessoas, materiais e processos, a fim de alcançar 
objetivos. Ela ampara e otimiza o uso dos recursos e estimula os resultados da 
instituição. É um processo que consiste em analisar forças, fraquezas, oportunidades 
e ameaças, incluindo a elaboração de programas, relatórios e projetos, para resolução 
dos problemas. 
A gestão empresarial é denominada como uma atividade, empregada por 
diferentes indivíduos especializados, tais como, administradores, diretores e gerentes, 
buscando a melhor resolução de problemáticas empresarias visando a produtividade 
e eficácia dentro de uma organização. Para uma determinada gestão ser considerada 
boa, se compreende que os resultados são obtidos pela resolução de problemas, 
enfrentar quaisquer adversidades requer uma compreensão da realidade da empresa, 
como um sistema em que tudo é interdependente, e usar com sobriedade os recursos 
em oportunidades importantes para o crescimento da instituição, isso faz com que a 
gestão empresarial seja tão utilizada nos dias de hoje. Contudo para que tal resultado 
seja alcançado o gestor tem fundamentos básicos para uma melhor aplicabilidade das 
funções, o planejamento a partir do qual os recursos são combinados de modo a 
elaborar novos projetos que sejam lucrativos, A organização que é importante para 
que aja escopo naquilo que se pretende executar, e a comunicação, que é basilar em 
toda gestão, que é essencial quando se deseja um bom ambiente de trabalho e 
aumento da eficiência. 
Gestão da qualidade pode ser definida como qualquer operação que direciona 
e coordena o controle de métodos para melhoria dos produtos e serviços, a expansão 
industrial tal como de instituições, consequentemente trouxe a necessidade de 
implementação de sistemas de qualidade que visava a uniformidade dos processos, 
sem haver uma preocupação explicita com a qualidade em si, mas com a atividade da 
empresa em geral. Para que seja implantado um sistema são necessárias algumas 
ferramentas para analisar fatos e auxiliar a tomada de decisões, esses instrumentos 
tem como objetivo chegar a um grau de eficácia no desempenho das atividades 
empresariais, como por exemplo minimizar o problema da baixa contribuição das 
14 
 
instituições pertencentes ao terceiro setor, onde se pretende constatar a aplicabilidade 
das ferramentas já citadas, tendo como protótipo a APM da ETEC Machado de Assis. 
OTerceiro Setor é constituído de organizações sem fins lucrativos, respalda-
se de doações, trabalhando nas lacunas deixadas pelos setores públicos e privados, 
buscando o bem-estar social da população, porém o terceiro setor não exclui a 
responsabilidade do estado, servindo apenas de complemento e auxiliando na 
resolução dos problemas. Esse, é remanescente do setor público que trata de aplicar 
os recursos financeiros em ações para a sociedade, sendo assistido por prefeituras 
municipais, governos dos estados e a presidência da república, e o segundo setor tem 
como escopo empresas privadas, assim aplicando os recursos financeiros privados 
em suas próprias atividades. 
A problemática identificada foi a baixa contribuição ao terceiro setor atuante 
em diversas organizações, fora utilizado a Associação de Pais e Mestres da ETEC 
Machado de Assis como exemplo para elucidar esta problemática e determinar 
medidas de ação, diante disso foram levantadas às seguintes hipóteses, Incentivo a 
contribuição no ato da matrícula com sugestão de um valor mínimo, aumentando os 
recursos financeiros da APM; Conscientização dos alunos das áreas de gestão, 
logística e mecânica por meio de palestras assim esclarecendo os objetivos da APM; 
Utilização de panfletos e cartazes em pontos estratégicos, como quadros nas áreas 
comuns da escola e dentro das salas, fixara a importância da contribuição para APM; 
Caixas de arrecadação em pontos de maior fluxo de alunos, facilitará a doação 
voluntária de qualquer valor. Evitando constrangimento do aluno no ato da 
contribuição; Exposição do balancete da APM com as receitas e despesas, por 
explanação do grupo durante as aulas, e os mesmos dados expostos nos quadros da 
escola, demonstrará para os alunos os resultados; Criação de uma cultura voluntária 
com objetivo de motivar os alunos a contribuírem com este setor. 
Tendo como objetivo geral à demonstração da eficácia das ferramentas da 
qualidade para melhoria da comunicação interna, gerando entendimento sobre a 
importância das contribuições financeiras de caráter filantrópico, onde se encontra 
uma das instituições desse setor, a ETEC Machado de Assis. E como objetivos 
específicos apresentar as técnicas da qualidade e sua função na resolução de 
conflitos organizacionais; divulgar para a comunidade escolar a finalidade e 
importância da APM com os pontos falhos encontrados na instituição por meio da 
15 
 
experiência vivenciada; apresentar as propostas à direção escolar para que, caso 
julgue conveniente aplique as propostas aqui levantadas. 
A gestão empresarial é a atividade que busca aprimorar a eficácia e a 
competitividade de determinados processos em uma empresa ou negócio. 
Para que uma determinada gestão seja ideal e alcance bons resultados, deve 
corrigir as situações que possa afetar diretamente o desenvolvimento da instituição, 
identificando as adversidades e buscando novas soluções e estratégias. 
Algumas ferramentas da gestão permitem constatar problemáticas. As mesmas 
visam identificar os entraves em sua raiz e posteriormente encontrar soluções para 
serem aplicadas, como por exemplo: Diagrama de Ishikawa, Brainstorming, Folha de 
verificação, Ciclo PDCA e o 5W2H. 
A relevância do tema se torna pertinente devido as várias possibilidades de 
solução de determinados problemas que afetam diretamente as instituições, e 
também presente dentro das bases tecnológicas do curso de administração. 
A viabilidades de desenvolvimento do tema se dá devido a diversidade de 
bases bibliográficas a serem utilizadas no desenvolvimento do trabalho. 
 
16 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
2.1 ADMINISTRAÇÃO 
 
2.1.1 Definição 
 
Lacombe e Heilborn (2008, p.48) dizem que, “[...] administrar é o ato de 
trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto da 
organização quanto de seus membros. ” 
Segundo Maximiano (1997, p.16) 
Objetivos decisões e recursos são as palavras-chaves na definição de 
administração. A administração é o processo de tornar e colocar em pratica 
decisões sobre objetivos e utilização e recursos. 
 
Boettinger apud Trigueiro e Marques (2009, p.29) explanam que, 
[...] administrar consiste em arrastar a outros, e isso implica, para quem 
administra, a capacidade de compreender as necessidades e os desejos dos 
outros para compartilhar com eles uma visão que aceitam como própria, isto 
é, administrar é uma arte. 
 
Conforme Trigueiro e Marques (2009, p. 29-30) 
A Administração é denominada Ciência Social Aplicada, pois investiga as 
organizações, de modo a conhecê-las, para que possa aplicar 
constantemente novos conhecimentos, teorias, princípios, contribuindo 
assim, com o desenvolvimento das mesmas. 
 
Trigueiro e Marques (2009, p. 15) 
[...] podemos afirmar que a função do administrador consiste em fazer com 
que as pessoas exerçam suas atividades, ao mesmo tempo em que atende 
aos anseios do cliente ou público, dos parceiros e colaboradores. 
 
Para Trigueiro e Marques (2009, p. 14) “[...] a palavra administração, vem do 
latim ad, que significa direção e ministre, subordinação ou obediência; isto é, uma 
atividade realizada por alguém sob o comando de outro. ” 
Drucker (2002, p.36) afirma que “ [...] tarefa da administração é administrar as 
responsabilidades sociais da empresa e as repercussões sociais dela derivadas. ” 
Segundo Ferreira (2011, p.146) 
A administração [...] poderia ser classificada como um modelo de gestão 
fortemente embasado na participação direta dos funcionários. Em especial 
participação na produtividade e eficiência voltada para a tarefa, do que na 
linha gerencial das relações e desenvolvimento humanos desenvolvida e 
implementada principalmente pelos americanos. 
17 
 
 
Daft (2005, p.5) 
Um aspecto importante da administração é reconhecer o papel e a 
importância dos outros. Os bons gerentes sabem que a única maneira para 
conseguirem realizar qualquer coisa é pelas pessoas da organização. 
 
Para Chiavenato (2007, p.2) “ a administração faz acontecer. No fundo, ela não 
é apenas desempenho, planejamento, organização direcionamento e monitoração 
de esforços, mas sobretudo, obtenção de resultados. [...] ” 
Conforme citado por O’donnell apud Dias (2002, p.2) “ao classificar as funções 
de administração, cumpre distinguir claramente as de operação, tais como venda, 
fabrico, contabilidade, engenharia e compra. ” 
 Para Maximiano (2000, p.29) “ o processo de administrar é importante em 
qualquer escala de utilização de recursos. ” 
Conforme Araújo (2005, p.4) 
Administração significa dirigir recursos humanos, financeiros e materiais 
reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os 
objetivos da organização e, ao mesmo tempo, proporcionar satisfação 
àqueles que obtém o produto / serviço e àqueles que executam o trabalho. 
 
Segundo Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.5) “ [...] cabe aos 
administradores tomar medidas que possibilitem aos indivíduos a realização de suas 
melhores contribuições para a consecução dos objetivos dos grupos. ” 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.6) “a administração é 
essencial em toda forma de cooperação organizada, bem como em todos os níveis de 
organização numa instituição [...]. ” 
Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.15) citam que, “[...] quando princípios e 
técnicas de administração podem ser desenvolvidos, provados e utilizados, a 
eficiência administrativa inevitavelmente deve aumentar. ” 
Conforme enumerado por Daft (2005, p.5) “administração é o alcance de metas 
organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento, organização, 
liderança e controle de recursos organizacionais. ” 
Segundo Calderelli apud Araújo (2005, p.4) a administração é uma “ palavra 
que designa ação de reger ou governar negócios próprios ou de terceiros. ” 
A administração é processo de controlar e coordenar pessoas para que elas 
executem suas funções e processos de modoa alcançar suas metas pessoais e 
profissionais. 
 
18 
 
2.1.2 Conceito 
 
Lacombe e Heilborn (2008, p.48) definem que, 
A administração, em sua conceituação tradicional, é definida como um 
conjunto de princípios e normas que tem por objetivo planejar, organizar, 
dirigir, coordenar e controlar os esforços de um grupo de indivíduos que se 
associam para atingir um resultado comum. 
 
Trigueiro e Marques (2009, p.31) ” administração é uma ciência relativamente 
nova, mas que os seus princípios fundamentais já eram aplicados desde a 
Antiguidade. ” 
Conforme Megginson et al. apud Trigueiro e Marques (2009, p.14) citam a 
administração, 
[...] como sendo o trabalho através de recursos humanos, financeiros e 
materiais a fim de atingir objetivos organizacionais por meio do desempenho 
das funções de planejar, organizar, liderar e controlar. 
 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.42) 
Achava necessário um ‘sistema’ de administração, com uma clara estrutura 
organizacional em que as pessoas eram responsáveis e podiam ser 
complemente responsabilizadas – uma estrutura com um adequado 
sistema[...]. 
 
Para Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.16) “a falta de entendimento dos 
conceitos, princípios e técnicas de administração dificulta a análise do trabalho 
administrativo, bem como o treinamento de administradores. ” 
Drucker (2002, p.38) afirma que, 
A administração deve sempre considerar o presente e o futuro; o curto e os 
longos prazos. A administração não estará resolvendo qualquer problema se 
conseguir lucros imediatos com o risco a saúde futura ou mesmo a 
sobrevivência da empresa. A decisão da administração será irresponsável se, 
em busca de um futuro grandioso, se expuser a um desastre neste ano. 
 
Para Maximiano (2000, p.26) “ administração significa, em primeiro lugar, ação. 
Administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende 
quatro processos principais: Planejamento, Organização, Execução e Controle. ” 
Conforme Drucker (2001, p.29) 
A administração trata dos seres humanos. Sua tarefa é capacitar as pessoas 
a funcionar em conjunto, efetivar suas forças e tornar irrelevantes suas 
fraquezas. É disso que trata uma organização, e esta é a razão pela qual a 
administração é um fator crítico e determinante. 
19 
 
Segundo explanado por Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.5) “ [...] não 
devemos esquecer que os administradores jamais atuam num vácuo ou num sistema 
invisível a influências exógenas1 [...]. ” 
Drucker (2001, p.29) afirma que, 
A administração deve também capacitar a empresa e cada um de seus 
componentes a crescer e se desenvolver à medida que mudam as 
necessidades e oportunidades. Toda empresa é uma instituição de 
aprendizado e de ensino. Treinamento e desenvolvimento precisam ser 
instituídos em todos os níveis da sua estrutura. 
 
 Em seu conceito base a administração tem como essência capacitar o capital 
humano dentro das organizações para que seja aplicado os quatro processos 
considerados pilares tais como: planejar, organizar, controlar e executar. 
 
2.1.3 Objetivo 
 
Conforme Fayol apud Dias (2002, s/p) 
A função administrativa distingue-se claramente das outras cinco funções 
essenciais. É necessário não confundi lá com a direção. Dirigir é conduzir a 
empresa tendo vista os fins visados, procurando as maiores vantagens 
possíveis de todos os recursos de que ela dispõe; é assegurar a marcha das 
seis funções essenciais. 
 
Trigueiro e Marques (2009, p.17) afirmam que, 
A administração conduz as organizações de forma integrada, de modo que 
as áreas como finanças ou gestão de pessoas, por exemplo, possam 
convergir2 para os objetivos comuns, o que, no final das contas, significa 
contribuir com o desenvolvimento sócio econômico do país, por meio de 
produtos e serviços de qualidade. 
 
Segundo citado por Drucker (2002, p.33-34) 
Mas há um ponto fundamental a cujo respeito a administração da empresa 
não difere da administração de outras entidades: ela precisa dirigir. E dirigir 
não é um comportamento meramente passivo e adaptador; significa tomar 
medidas para fazer com que os resultados desejados aconteçam [...]. A 
administração não é mera criatura da economia; e também criadora. E é 
apenas na medida em que domine as circunstancias econômicas e as altere, 
através de atos conscientemente conduzidos, que ela realmente dirige. 
Administrar uma empresa significa, portanto, administrá-la por objetivos. 
 
Para Ferreira (2011, p.109) 
[...] toda ação administrativa tem como objetivo último a obtenção de 
resultados econômicos esperados. De forma a alcança-los, a gestão deve 
cumprir alguns encargos: gerir eficientemente à empresa, transformar 
recursos humanos e materiais em uma empresa produtiva e administrar o 
trabalho e os trabalhadores. [...] de forma geral podemos caracterizar a 
 
1 ETIM exo- + -́geno que provém do exterior, que se produz no exterior (do organismo, do sistema), ou que é devido a causas 
externas. 
2 ETIM lat. convērgo,is,ĕre 'id.' Ficar reunido; agregar-se, agrupar-se, reunir-se 
20 
 
gestão organizacional, dentro da filosofia da gestão por objetivos, como uma 
tentativa de moldar o cenário econômico e planejar, iniciar e executar 
transformações nesse cenário, minimizando a distância entre o possível e o 
desejável. ‘E embora nenhum homem possa realmente dominar seu 
ambiente, embora será sempre prisioneiro das possibilidades, a tarefa 
especifica da administração é transformar o desejável no possível e o 
possível no efetivo. ’ Gerir, portanto, significa gerir por objetivos. 
 
Segundo Perel (1977, p.28) 
A função administrativa se distingui claramente das outras cinco funções 
essenciais; é necessário não a confundir com o governo. Governar é conduzir 
a empresa até a meta proposta, procurando obter o maior rendimento 
possível de todos os recursos de que dispõe, é garantir não é do que uma 
das seis funções, cujo andamento deve assegurar o governo, mas ela ocupa 
na atuação dos altos chefes um lugar importante que pode às vezes parecer 
que está atuação é exclusivamente administrativa. 
 
Conforme Daft (2005, p.5) “ a função administrativa evolvida com a definição 
de metas para o desempenho organizacional futura e com a decisão sobre as tarefas 
e o uso dos recursos necessários para alcança-las. ” 
Segundo Explanado Daft (2005, p.6) “ a função administrativa envolvida com a 
atribuição de tarefas, agrupamento de tarefas em departamentos, e alocação de 
recursos para os departamentos. ” 
Daft (2005, p.6) exemplifica que “ a função administrativa que envolve o uso de 
influência para motivas os funcionários a alcançarem as metas da organização. ” 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.17) 
[...] hipóteses podem ser utilizadas para orientar a pesquisa. E se a pesquisa 
for realizada à construção de teoria adicional ou para expandir os horizontes 
do conhecimento, parece ser útil o estabelecimento de um arcabouço3 
estrutural de conhecimentos para uma pesquisa produtiva. 
 
Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.15) afirmam que, 
O administrador consciencioso4 pode tornar-se mais eficaz empregando 
diretrizes bem definidas para resolver problemas, sem se entregar à 
trabalhosa pesquisa original ou à arriscada pratica baseada em tentativa e 
erro. 
 
Daft (2005, p.5) cita que, 
[...] a administração é geralmente considerada universal por que ela usa os 
recursos organizacionais para alcançar metas e obter um desempenho alto 
em todos os tipos de organizações comerciais e sem fins lucrativos. 
 
Drucker (2012, p.14) conceitua que a, 
Administração para obter resultado precisa ser definido e executado com 
direção método e proposito, os resultados são obtidos pela exploração de 
oportunidades e não pela solução de problemas e pelo método mais simples 
que darão resultados adequados, e quais são as ferramentas mais simples.3 ETIM arca mais el. de orig.obsc. Delineamento inicial; esboço. 
4 ETIM consciência + -oso cuja execução é minuciosa, segundo todas as regras; meticuloso, cuidadoso. 
21 
 
Afinal Albert Einstein Nunca usou nada mais complicado que um quadro 
negro. 
 
Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.16) afirmam que, 
 [...]administradores devem ter autoridade organizacional necessária para 
alcançar os resultados deles esperados, e que nenhum administrador pode 
elaborar um plano que faça sentido sem uma noção clara da meta a ser 
atingida e do ambiente futuro imaginado para a unidade que dirige. 
 
Segundo Drucker (2001, p.19) 
[...]a administração, o órgão da sociedade especificamente encarregado de 
transformar os recursos em produção, isto é, que tem a responsabilidade de 
promover o progresso econômico organizado, que reflete o espírito básico da 
era moderna. 
 
Para Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.5) 
Talvez não exista área mais importante da atividade humana do que a 
administração, pois a tarefa básica de todos os administradores, em todos os 
níveis e indivíduos, trabalhando juntos em grupos, possam cumprir missões 
e objetivos preestabelecidos. 
 
Segundo explanado por Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.5) 
Os administradores sempre devem levar em conta as muitas influências, 
internas e externas à organização, que afetam seu trabalho, 
independentemente da natureza da organização que dirigem, seja ela um 
órgão público, uma empresa privada, um departamento ou qualquer outra 
subunidade de uma organização. 
 
O Objetivo da administração tem como premissa resolver os tramites 
necessários para que seja mais eficaz e não somente eficiente. 
 
2.1.4 Teorias da Administração 
 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.15) 
Como ocorre em todas os campos da cooperação humana, a eficiência do 
esforço grupal está muito atrás da eficiência das maquinas, a aplicação do 
conhecimento administrativo deve contribuir para o progresso da 
humanidade. 
 
Para Maximiano (1997, p.20) “a teoria geral da administração é o corpo de 
conhecimentos a respeito das organizações e do processo de administra-las. Ela 
compreende dois tipos principais de conhecimento: descritivos e prescritivos. ” 
Maximiano (1997, p.17) enumera que, 
A administração é processo ou atividade dinâmica, que consiste em tomar 
decisões sobre objetivos e recursos. O processo de administrar é inerente5 a 
qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum 
 
5 ETIM inerir (com vogal do tema -i- > -e-) + -nte que existe como um constitutivo ou uma característica essencial de alguém ou 
de algo 
22 
 
tipo de objetivo. Em última instancia, a administração é o processo que 
procura aumentar e garantir a qualidade de decisões sobre objetivos e 
recursos. DECISOES significam escolhas. O processo administrativo 
abrange quatro tipos principais de decisões ou escolhas, também chamadas 
PROCESSOS. Planejamento: o processo de planejamento abrange as 
decisões sobre objetivos, ações futuras e recursos necessários para realizar 
objetivos. Organização: o processo de organização compreende as decisões 
sobre a divisão de autoridade, tarefas e responsabilidades entre pessoas e 
sobre a divisão de recursos para realizar tarefas. Direção ou coordenação: o 
processo de direção significa ativar o comportamento das pessoas por meio 
de ordens; coordenação significa ajudá-las a tomar decisões por conta 
própria. A escolha entre um ou outro modelo depende do modelo e da cultura 
de administração. Controle: o processo de controle compreende as decisões 
sobre a compatibilidade entre objetivos esperados e resultados avançados. 
 
Conforme citado por Maximiano (1997, p.16) 
A palavra administração é usada tão frequentemente no dia-a-dia que parece 
não haver dúvidas com relação a seu significado. As palavras administrador, 
gerente, governante, dirigente, empresário, presidente e mesmo chefe 
também parecem ser usadas, normalmente, como se indicassem as mesmas 
figuras. O mesmo acontece com as palavras eficiência e eficácia, que 
igualmente desempenham papel importante dentro do campo da 
administração [...]. 
 
Trigueiro e Marques (2009, p.42) afirmam que, 
As funções administrativas nas organizações contemporâneas estão 
intimamente ligadas às funções organizacionais, porque cada uma delas – 
como operações e vendas – requer dinheiro, pessoas, materiais e insumos, 
equipamentos e tecnologias específicas. Para exercer sua atividade 
profissional, o administrador ocupa diversas posições estratégicas nas 
organizações e desenvolve papéis fundamentais para a sustentabilidade e 
crescimento dos negócios. Para desempenhar suas funções e sustentar sua 
posição [...]. 
 
 Levitt apud Trigueiro e Marques (2009, p.29) diz que, 
[...] administrar consiste em analisar racionalmente uma situação e selecionar 
os objetivos a serem alcançados, desenvolvendo sistematicamente 
estratégias para atingir tais objetivos, coordenando os recursos, desenhando 
racionalmente a estrutura, dirigindo e controlando com precisão, e finalmente 
motivando e recompensando as pessoas que trabalham para que os objetivos 
sejam efetivamente alcançados, isto é, Administração é uma ciência. 
 
Conforme citado por Trigueiro e Marques (2009, p.28) 
Vimos neste tópico que no campo da Administração as teorias significam um 
conjunto de conhecimentos a respeito do funcionamento das organizações e 
da forma como são administradas. Nesse sentido, estamos tratando da área 
científica da Administração. No entanto, Administração também é 
considerada uma arte. 
 
Drucker (2002, p.40) cita que, 
Três são as tarefas básicas – podem ser chamadas dimensões – da 
administração. A primeira é ponderar com cuidado e decidir qual é a 
finalidade e a missão especifica da organização – seja empresa, hospital, 
escola ou órgão público. A segunda é fazer com que o trabalho seja produtivo 
e o trabalhador se realize. Finalmente, há a tarefa de administrar as 
23 
 
responsabilidades sociais da empresa e as repercussões sociais de suas 
atividades. 
 
Drucker (2002, p.32) enumera que, 
Em toda decisão e atuação, a administração da empresa deve sempre 
colocar seu desempenho econômico em primeiro plano. Ela só poderá 
justificar sua existência e autoridade através dos resultados econômicos que 
gerar. A administração da empresa terá falhado se deixar de produzir esses 
resultados econômicos[...]. O primeiro ponto a considerar na administração 
da empresa é que ela constitui um órgão econômico, o órgão especificamente 
econômico da sociedade industrial. Cada ato, cada decisão, cada deliberação 
da administração tem no desempenho econômico usa primeira dimensão. 
 
Segundo Drucker (2002, p.2) 
A administração e os administradores constituem necessidades especificas 
de todas as entidades, da menor a maior. Constituem o órgão especifico de 
toda entidade. São eles que mantem, sua coesão e a fazem trabalhar. 
Nenhuma de nossas entidades poderia funcionar sem o concurso dos 
administradores. E os administradores fazem o serviço que lhes é inerente6 
– não o fazem por delegação do ‘proprietário’. A necessidade da 
administração não deriva simplesmente do fato de o serviço ter assumido 
dimensões grandes demais para que uma pessoa só dele se encarregue. 
Administrar uma empresa provada ou uma entidade pública de prestação de 
serviços é intrinsecamente7 diferente de dirigir o que nos pertença, ou de 
dirigir o exercício da medicina ou o de uma advocacia por si mesmo praticada. 
 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.17) “[...] a administração 
[...] trata do planejamento de ações, da confecção de controles e do agrupamento de 
atividade, e o progresso em termos de pesquisa nessas áreas é lento e caro. ” 
Para Perel (1977, p.28) 
[...] administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Prever 
sondar o futuro e confeccionar o programa de ação. Organizar-seé constituir 
o duplo organismo, material e social da empresa. Comandar é dirigir o 
pessoal. Coordenar é ligar, unir e harmonizar todos os atos e todos os 
esforços. Controlar é vigiar para que tudo ocorre conforme as regras 
estabelecidas e a ordem dadas. 
 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.17) 
[...] o desenvolvimento do conhecimento administração, aumentando a 
eficiência no de recursos humanos e materiais, inquestionavelmente 
exerceria um impacto revolucionário sobre o nível cultural da sociedade. 
 
Para Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.16) “os fundamentos funcionam 
como lista de verificação do significado da administração. Sem eles, o treinamento de 
administradores passa a depender de um processo aleatório de tentativa e erro. ” 
 
 
6 ETIM inerir (com vogal do tema -i- > -e-) + -nte que existe como um constitutivo ou uma característica essencial de alguém ou 
de algo. 
7 ETIM lat.tar. intrinsĕcus que é real; que tem importância, significação por si próprio, independentemente da relação com outras 
coisas. Que faz parte de ou que constitui a essência, a natureza de algo; que é próprio de algo; inerente. 
24 
 
Andrade (2011, p.7) enumera que, 
A administração é uma ciência, pois lida com fenômenos complexos, sobre 
os quais o administrador tem pouco conhecimento. Por ser uma ciência 
inexata, o administrador toma decisões como base em informações 
incontroláveis, devido aos limites cognitivos de racionalidade e por serem o 
negócio altamente mutáveis e circunstanciais. 
 
Andrade (2011, p.8) afirma que, 
[...] Administração é a arte de liderar pessoas e de gerir recursos escassos e 
valiosos dentro e fora das organizações. O gestor, diante do paradigma da 
instabilidade, da incerteza e da imprevisibilidade, deve atuar muito mais como 
um artista do que como um executor de tarefas [...]. 
 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.16) “[...] os princípios nos 
dizem que nenhum administrador pode conceber controles sem baseá-los em 
planos[...]. ” 
Segundo Chiavenato (2004, p.13) 
A administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Cada 
organização requer o alcance de objetivos em um cenário de concorrência 
acirrada, a tomada de decisões a coordenação de múltiplas atividades, a 
condução de pessoas, a avaliação do desempenho dirigido a metas 
previamente determinadas, a obtenção e a alocação de recursos etc. 
 
Para Chiavenato (2004, p.48) 
A chamada teoria clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa 
por meio da sua organização e da aplicação de princípios gerais da 
administração em bases científicas. Muito embora ambos não tenham se 
comunicado entre si e tenham partido de pontos de vistas diferentes e mesmo 
opostos, o certo é que suas ideias constituem as bases da chamada 
abordagem clássica da administração, cujo postulados dominaram as quatro 
primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das 
organizações. 
 
De acordo com Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.40) 
 [...] dentre as muitas técnicas de administração desenvolvidas [...] 
encontram-se coisas tais como pesquisa de mercado e previsão. 
Planejamento do arranjo físico de maquinas em termos das exigências do 
fluxo de trabalho, planejamento da produção, padrões para o processo de 
produção e padronização de componentes de produtos. 
 
Chiavenato (2013, s/p) define que, 
Cada teoria administrativa surgiu como resposta aos problemas 
organizacionais relevantes de sua época, e todos foram bem-sucedidas ao 
apresentar soluções específicas para tais problemas. De certo modo todas 
teorias são aplicáveis às situações atuais e o administrador precisa conhece-
las para ter à sua disposição um leque de alternativas adequadas para cada 
situação. 
 
A teoria da administração é uma união de erudições das entidades como 
resposta aos problemas. 
 
25 
 
2.2 GESTÃO EMPRESARIAL 
 
2.2.1 Definição 
 
Segundo Drucker (2006, p.154) 
O gestor que deseja ser eficaz e que sua organização seja eficaz está 
continuamente policiando todos os programas, todas as atividades, todas as 
tarefas. Está sempre perguntando: ‘Ainda vale a pena fazer isso? ’. E, se não 
vale, livra-se disso para poder concentrar-se nas poucas tarefas que, 
executadas com perfeição, farão uma real diferença nos resultados de seu 
próprio trabalho e no desempenho da organização. 
 
Trigueiro e Marques (2009, p.157) enumera que, “o gerente é quem lidera os 
representantes de sua organização em negociações. É quem pode lidar com 
sindicatos, clientes, credores ou empregados individuais, entre outras atividades. ” 
Ferreira (2011, p.18) por outro lado define que, 
 A administração cientifica não faz referência ao ambiente da empresa. A 
organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado, tendo 
negligenciadas as influencias que recebe e impõe ao que a cerca. 
 
A premissa básica para Taylor (1995, p.26) é que, 
[...] o objetivo mais importante de ambos, trabalhador e administração, deve 
ser a formação e o aperfeiçoamento do pessoal da empresa, de modo que os 
homens possam executar em ritmo mais rápido e com maior eficiência os 
tipos mais elevados de trabalho, de acordo com suas aptidões naturais. 
 
Um conceito empregado por Taylor (1995, p.34) é de que, 
[...] na administração, cujo dever é incrementar essa ciência, devem também 
orientar e auxiliar o operário sob sua chefia e chamar a si maior soma de 
responsabilidades do que, sob condições comuns, são atribuídas à direção. 
 
Conforme citado por Taylor (1995, p.26) 
Conclui-se que o objetivo mais importante de ambos, trabalhador e 
administração, deve ser a formação e o aperfeiçoamento do pessoal da 
empresa, de modo que os homens possam executar em ritmo mais rápido e 
com maior eficiência os tipos mais elevados de trabalho, de acordo com suas 
aptidões naturais. 
 
Ferreira (2011, p.112) parte do escopo que, 
[...] sistema de gestão por objetivos pode ser descrito como o processo pelo 
qual os gestores superiores e subordinados de uma organização identificam 
em conjunto os seus objetivos comuns, definem o campo de responsabilidade 
de cada indivíduo em termos dos resultados que se esperam dele e usam 
estas medidas como guias para a operação da unidade e para avaliar a 
contribuição de cada um dos seus membros’ [...]. Para que a gestão por 
objetivos possa ser adotada e gerar os resultados esperados é fundamental 
que o principal executivo da organização se comprometa com sua 
implantação. 
 
26 
 
Taylor (1995, p. 24) estrutura a ideia que, “o principal objetivo da administração 
deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o 
máximo de prosperidade ao empregado. ” 
Conforme Taylor (1995, p.34) delineia uma ótica de, “ [...] cooperação estreita, 
íntima e pessoal, entre a direção e o trabalhador, é parte essencial da administração 
científica ou administração das tarefas. ” 
Taylor (1995, p.34) lança uma visão de que, “o principal problema da 
administração pode ser, então, resumido em obter a melhor iniciativa de cada 
operário. ” 
Taylor (1995, p.24) defina como premissa, “ a máxima prosperidade para o 
patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado devem ser os dois 
fins principais da administração [...]. ” 
Drucker (2006, p.3) parte do princípio que, 
Nas organizações modernas, qualquer trabalhador com conhecimentos é um 
gestor se, em virtude de sua posição ou deste conhecimento, for responsável 
por uma contribuição que afeta materialmente a performance da organização 
em obter resultados. 
 
Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.44-45) definem que, “ [...] em sua 
essência, a administração cientifica envolve uma revolução mental completa por parte 
do trabalhador envolvido em qualquer estabelecimento ou atividade em particular. ” 
Drucker (2006, p.5) salienta que, 
Do que poucos se convenceram até agora, contudo, foi a quantidade de 
pessoas que existemem qualquer organização, seja de negócios ou 
repartição governamental, laboratório de pesquisa ou hospital, que têm de 
tomar decisões de impacto significativo e irreversível. Isso por que a 
autoridade do conhecimento é tão legítima quanto a da posição [...] além 
disso, tais decisões são do mesmo tipo das da alta administração. 
 
Segundo precisado por Drucker (2006, p.38) 
Os gestores eficazes diferem amplamente em temperamento e habilidades, 
no que fazem e como fazem, em suas personalidades, conhecimento, 
interesses – na verdade em quase tudo distingui os seres humanos. O único 
fato em comum é a capacidade de conseguir que as coisas certas sejam 
feitas. 
 
 Conforme Taylor apud Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.43-44) 
 [...] Taylor enfatizou a importância de planejamento prévio cuidadoso pelos 
administradores, bem como a responsabilidade, por parte dos 
administradores, pela construção de sistemas de trabalho que permitissem o 
melhor desempenho possível pelos trabalhadores. Mas, ao falar da 
administração, ele jamais ignorou o fato de que ‘as relações entre 
empregadores e empregados formam inquestionavelmente a parte mais 
importante desta arte. 
 
27 
 
De acordo com Taylor apud Koontz, O’donnell e Wehrich, (1986, p.46) “Taylor 
acreditava que as pessoas deviam ser cuidadosamente selecionadas e treinadas e 
que deviam ser encarregadas das tarefas que melhor pudessem executar." 
Drucker (2006, p.93-94) enfatiza que, “o gestor eficaz preenche as posições e 
promove na base do que uma pessoa pode fazer, não toma decisões sobre o pessoal 
para diminuir fraquezas, e sim aumentar a força. ” 
Motta (1997, p.7) evidencia que, 
[...] existe uma única maneira certa, que, descoberta e adotada, maximizara 
a eficiência do trabalho. [...] é analisar o trabalho em suas diferentes fases e 
estudar os movimentos necessários à sua execução e modo a simplifica-los 
e reduzi-los ao mínimo. [...] serão realizadas experiências como movimentos 
diferentes, cuja duração será medida até que se encontre a maneira mais 
rápida. A fim de determinar a produção-padrão, além de se determinar a 
‘única maneira certa’. É preciso encontrar quem a realize. 
 
Conforme Drucker (2006, p.38) exemplifica, 
Identifique as perdas de tempo que resultam da falta de sistema e de 
previsão. O sintoma a ser verificado é a ‘crise’ recorrente, a crise que se 
repete ano após ano. Uma crise que ocorre uma segunda vez é uma crise 
que não deve ocorrer mais. A crise do estoque anual é um exemplo desse 
tipo de crise. Uma crise recorrente deveria sempre prevista. Ela pode, 
portanto, ser impedida ou reduzida ao uma rotina com a qual os funcionários 
consigam lidar [...] A crise recorrente não está circunscrita aos níveis 
inferiores de uma empresa. Ela aflige todos. 
 
Conforme enumerado por Forte e Ramirez (2002, p.7) “os que seguiam os 
princípios de Taylor visavam como fator fundamental a organização de tarefas e a 
racionalização do trabalho de cada operário. ” 
Taylor (1995, p.42) frisa uma concepção de que, “a administração científica, em 
grande parte, consiste em preparar e fazer executar essas tarefas. ” 
Conforme elucidado por Drucker (2006, p.41) 
O gestor eficaz concentra seu foco na contribuição. Ele para de olhar para 
seu próprio trabalho e olha para fora, para as metas. Ele se pergunta: “que 
tipo de contribuição posso oferecer que afetará significativamente o 
desempenho e os resultados da empresa para a qual eu trabalho? Sua 
ênfase é colocada na responsabilidade. 
 
O gestor tem como proposito a teoria clássica da administração que se baseia 
na eficácia na execução de tarefas. 
 
 
 
 
 
28 
 
2.2.2 Conceito 
 
Conforme afirma Pinheiro apud Terrence (2002, s/p) 
Atualmente, a gestão empresarial envolve a determinação de objetivos, a 
projeção e a construção de estruturas organizacionais adequadas, a 
mobilização dos recursos necessários para o alcance dos objetivos, além da 
necessidade do desenvolvimento de um processo de direção coerente, lógico 
e criativo, que ordene o comportamento das pessoas na organização e que 
possibilite cursos alternativos de ação na busca dos melhores resultados 
possíveis. 
 
Conforme denotado por Motta (1997, p.6) 
Uma das ideias centrais do Movimento de Administração Cientifica é a de que 
o homem é um ser eminentemente racional e que ao tomar uma decisão 
conhece todos os cursos de ação disponíveis, bem como as consequências 
da opção por qualquer um deles. Pode, assim, escolher sempre a melhor 
alternativa e maximizar os resultados de sua decisão. [...], no entanto, os 
economistas clássicos foram melhor sucedidos que os teóricos da 
administração. Isso é compreensível dada a natureza os problemas que 
interessam ao economista – problema de natureza econômica - que então 
sobrepõe os valores de ordem econômica aos demais. [...] já o administrador 
e seus subordinados lidam com problemas que nem sempre são de natureza 
econômica ou não o são em estado puro. 
 
Segundo explicitado por Ferreira (2011, p.107) 
Conforme se nota, a gestão por objetivos não surgiu como um método 
revolucionário de gestão, contestador das práticas da época. Na verdade, 
propunha a adoção de alguns princípios que aprimoravam as práticas 
correntes. A administração por objetivos incorpora a maioria dos princípios 
de gestão geralmente aceitos. Além disso, entre as suas múltiplas vantagens 
figuram melhores métodos de avaliação de resultados. 
 
 Fayol apud Ferreira (2011, p.24) enumera que, 
[...] Fayol enunciou as funções precípuas8 da gerencia administrativa. O 
conjunto das funções administrativas forma o processo administrativo. A ideia 
de processo inclui o aspecto dinâmico da relação entre as diferentes funções, 
com cada uma delas influenciando e sendo influenciada pelas demais. São 
elas: PLANEJAR - significa estabelecer os objetivos da organização, 
especificando a forma como serão atingidos. Parte de uma sondagem do 
futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os objetivos traçados. 
É a primeira das funções, já que servira de base diretora à operacionalização 
das outras. COMANDAR – significa fazer com que os subordinados executem 
o que deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam 
claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e 
subornados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de 
participação e colaboração de cada um para a consecução9 dos objetivos 
definidos. ORGANIZAR – é a forma de coordenar todos os recursos da 
empresa, sejam humanos, financeiro ou materiais, alocando-os da melhor 
forma, segundo o planejamento traçado. CONTROLAR – controlar é 
estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que 
as atitudes adotadas são as mais compatíveis com o que a organização 
almeja. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a 
probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as 
 
8 ETIM. do latim: praecipuus Característica do que é principal e essencial. 
9 ETIM lat. consecutĭo,ōnis 'ação de seguir, ir atrás, acompanhar, construção, colocação das palavras, ação de obter, aquisição' 
29 
 
ordens ditadas. COORDENAR – a implantação de qualquer planejamento 
seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a 
organização (departamentos e pessoal), tendo em vista os objetivos traçados. 
 
Para Taylor (1995, p.95) são princípios, “ 1°desenvolvimento de uma verdadeira 
ciência; 2° Seleção científica do trabalhador; 3° Sua instrução e treinamento científico; 
4° Cooperação íntima e cordial entre a direção e os trabalhadores. ” 
Para Taylor (1995, p.39) uma parte basilar é definir, 
[...] o melhor tipo de administração de uso comum pode ser definido como 
aquele em que o trabalhador dá a melhor inciativa e em compensação recebe 
incentivos pessoais de seu patrão. Este sistema de administração será 
chamado de administração por iniciativa e incentivo, para distingui-loda 
administração cientifica ou administração das tarefas, com que vai ser 
comparado. 
 
Segundo Taylor (1995, p.25) exemplifica, 
[...] a administração cientifica tem, por seus fundamentos, a certeza de que 
os verdadeiros interesses em ambos são um único e mesmo: de que a 
prosperidade do empregador não pode existir, por muitos anos, se não for 
acompanhada da prosperidade do empregado, e vice-versa [...]. 
 
Na ótica de Daft (2005, p.31) “um subcampo da perspectiva administrativa 
clássica que enfatiza as mudanças cientificamente determinadas nas práticas 
administrativas como a solução para melhoras a produtividade da mão de obra. ” 
Moritz e Linhares (2005, p.1) enfatizam um conceito, 
[...] tradicional de gestão, sustentado, principalmente no modelo Clássico de 
Taylor e Fayol, já não tem tanta validade dentro deste ambiente de 
instabilidade e incerteza que vive as organizações brasileiras, provenientes 
das turbulências dos mercados (aspectos macroeconômicos) e porque não 
dizer também, da sua dinâmica interna[...]. 
 
Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.12) 
 [...] as primeiras contribuições no sentido de encarar a administração geral 
de um ponto de vista intelectual e cientifico se originaram de experientes 
administradores, tais com, Fayol, Mooney, Alvin Brown, Sheldon, Barnard e 
Urwick. 
 
Taylor apud Koontz, O’donnell e Wehrich (1986, p.43-44) exemplifica que, 
A principal preocupação de Taylor, [...] foi com o aumento da eficiência na 
produção, não somente para reduzir custos e elevar os lucros, mas também 
para possibilitar o aumento da remuneração dos trabalhadores, graças à sua 
maior produtividade. [...]. Em resumo, Taylor considerou a produtividade 
como solução tanto para maiores salários quanto maiores lucros, e acreditou 
que a aplicação de métodos científicos, em lugar de costumes e regras 
rudimentares10, poderia levar a esse nível de produtividade sem o dispêndio11 
de mais energia ou esforço por parte dos indivíduos. 
 
 
10 ETIM rudimento + -ar adj. pouco desenvolvido, limitado quanto a valores morais, intelectuais, psicológicos. 
11 ETIM lat. dispendĭum,ĭi 'id.' Aquilo que se gasta, se consome; gasto, consumo, despesa. 
30 
 
Para Bachtold (2011, p.162) “a grande maioria das empresas visa resultados 
financeiros; outras buscam resultados sociais; outras buscam expansão. Mas no final, 
todas buscam atingir os objetivos traçados. ” 
Um conceito preconizado consiste na gestão por objetivos que prega alguns 
princípios que aperfeiçoam as práticas vigentes. 
 
2.3 TERCEIRO SETOR 
 
2.3.1 Conceito 
 
Forte e Ramirez (2002, p.33) afirmam que, 
O Primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O 
segundo setor é o privado, composto pela indústria, comércio e empresas, 
responsável pelas questões individuais e o bem público. Pouco conhecido e 
valorizado. O Terceiro setor cresceu no vácuo e na incompetência e omissão 
do estado. 
 
Segundo Fernandes apud Matos (2005, p.39) elucidam 
O terceiro setor não pode ser considerado uma categoria neutra. Deve-se 
reconhecer claramente a origem norte-americana (third sector12), tendo como 
inspiração o modelo dos non-profits13 encontrando-se carregada das 
referências da cultura política dos Estados Unidos, marcada pelo 
associativismo e pelo voluntariado baseados no individualismo. 
 
Trigueiro e Marques (2009, p. 15) denotam, 
As empresas com fins lucrativos buscam, além de aumentar seus lucros, 
também atender às necessidades de diversos públicos de interesse, tais 
como os: clientes, fornecedores, comunidade, governo, funcionários e outros 
com os quais mantenham relacionamentos diretos ou indiretos. Para aquelas 
sem fins lucrativos, os objetivos podem ser os mais diversos, como atender 
aos anseios da sociedade, no caso de uma empresa pública ou de uma 
Organização Não-Governamental (ONG). 
 
Drucker (2002, p.31) evidencia que, 
As empresas privadas – assim como as entidades públicas de prestação de 
serviços – são órgãos da sociedade. Não existem para si mesmas, e sim para 
atender a uma finalidade social especifica e atender a uma necessidade 
especifica da sociedade, da comunidade ou da pessoa. Não constituem fins 
em si mesmos, apenas meios. [...] a administração é o órgão da entidade. 
Não tem função em si mesma, e, na verdade, não tem existência em si 
mesma. 
Matos (2005, p.39) define, “ terceiro setor é uma expressão que vem sendo 
utilizada com múltiplos e diferenciados significados: é um tipo de ‘Frankenstein’: 
grande, heterogêneo, construído de pedaços, desajeitado, com múltiplas facetas. ” 
 
12 Terceiro Setor 
13 organizações sem fins lucrativos 
31 
 
Prédes (2007, p.190) determina uma concepção de, 
[...] solidariedade [...] como argumento principal na defesa do terceiro setor e, 
acontece juntamente com a diminuição das respostas do estado à 
necessidade social. Este conceito de solidariedade empregado no debate 
hegemônico do terceiro setor baseia-se no voluntarismo, na doação e tem 
pretensão de ocultar a de responsabilização estatal como a resposta às 
sequelas da questão social. 
 
Segundo Fernandes apud Matos (2005, p.40) 
Para alguns poderiam ser reconhecidos quatro segmentos do terceiro setor: 
formas tradicionais de ajuda mútua (creches, asilos, hospitais); movimentos 
sociais e das associações civis que lutam por uma determinada causa, 
assumindo um caráter reivindicatório14 ou contestatório15 junto à sociedade e 
ao estado; ou organismos por elas financiados, que apoiam a execução de 
projeto sociais, sem preocupação com lucratividade. 
 
Fischer e Falconer (1998, p.10) aclaram que, 
[...] o estado nem sempre tem respondido com a necessária eficiência na 
construção desta parceria. A redução de recursos orçamentários em áreas 
vitais para o desenvolvimento; a ação restrita a macro programas que 
verticalizam as ações acaba por obstaculizar a descentralização 
administrativa; o investimento pequeno em aperfeiçoar os procedimentos de 
parceria e em desenvolver os parceiros, são alguns fatores que merecem 
análise e tratamento imediatos, se a proposta é para valer. 
 
Prédes (2007, p.199) enuncia um entendimento que o, 
[...] terceiro setor seja um setor ‘independente’ da ‘ineficiência’ que 
caracteriza o primeiro setor (Estado) e da ganância que caracteriza o 
segundo setor (mercado). Seria a opção mais apropriada para atuar nas 
resoluções dos problemas sociais coletivos. Assim, o terceiro setor vem se 
configurando como uma nova forma de enfrentamento da questão social 
contemporânea. 
 
Conforme explicitado por Fischer e Falconer (1998, p.4) 
Muitas organizações sem fins lucrativos, vocacionadas para atividades de 
assistência social e desenvolvimento comunitário, originaram-se de 
agregações religiosas ou mesmo sem esta característica, mas, certamente, 
não tinham nascido de um esforço coletivo de oposição ao Estado ou ao 
regime político. 
 
De Acordo com Teixeira apud Assaf, Araújo e Fregones, (2006, p.111) 
Nas organizações do Terceiro Setor não existe a figura do acionista. Os 
proprietários de capital que investem nessas firmas não possuem expectativa 
de retorno financeiro. Contudo, esperam que tal investimento seja revertido 
para uma comunidade. Assim, apesar de não haver o acionista, existe sim o 
objetivo de maximização de valor econômico agregado, mas à comunidade 
(considera-se comunidade um conjunto de pessoas com as mesmas 
características/ problemas, por exemplo, comunidade de menores 
abandonados da cidade de São Paulo. 
 
 
 
14 ETIM rad. depreendido de reivindicação p. ana. reivindic- + -ar requerer (algo sobre o qual se tem direito); solicitar; tentar 
reaver, readquirir, recuperar 
15 ETIM lat. contestatĭo,ōnis oposição, contradição; impugnação 
32 
 
No conspícuo de Fischer e Falconer (1998, p.9) 
Parece evidente que somenteo estabelecimento de uma relação de parceria 
negociada entre Estado e organizações do Terceiro Setor, na qual vigorem16 
critérios e indicadores aceitos formalmente e monitorados por ambos os 
lados, permitirá frutificar 17esta proposta de reformulação dos papéis e das 
relações entre ambos. Há aqui uma responsabilidade a ser assumida pelo 
governo, pelas entidades sem fins lucrativos e pelos estudiosos e 
pesquisadores desta área do conhecimento. Porque, assim como em outros 
campos, a elaboração de indicadores é uma tarefa de alta complexidade 
técnica, enquanto sua aceitação na utilização cotidiana dos modelos de 
gestão, depende da confiabilidade em sua precisão e fidedignidade.18 
 
Segundo Melo apud Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.106) é evidente a 
concepção de que, 
A instituição sem fins lucrativos não implica em empresa não lucrativa, tal 
expressão diz respeito à distribuição dos resultados. Todo lucro gerado deve 
ser reinvestido, não existe distribuição de dividendos, ou seja, não é verdade 
que essas organizações não podem ser lucrativas, elas podem e devem ser 
lucrativas, gerando recursos para investir em novos projetos sociais. 
 
De Acordo com Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.106-107) 
O objetivo [...] dessas organizações deve ser maximizar os benefícios 
gerados com cada real arrecadado. Logo, o lucro indica o uso eficiente dos 
recursos, ou seja, foi possível repor os gastos e ainda existe recursos para 
reinvestimento. O superávit no final do exercício, além de não ser ilegal, como 
se imagina, permite a ampliação da ajuda dada à sociedade pela 
organização. 
 
Conforme demonstrado por Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.106-107) “ a 
escassez de recursos nessas empresas, visto que a maior parte delas depende da 
solidariedade alheia, exige, ainda mais, uma gestão eficiente da organização. ” 
De Acordo com Teixeira apud Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.107) 
As deficiências na gestão organizacional destas entidades, a pressão para 
buscarem sua auto sustentação financeira, a escassez de apoio técnico e a 
grande diversidade de membros que compõe suas estruturas são restrições 
a um maior desenvolvimento do terceiro setor [...]. 
 
Conforme exemplificado por Costa e Visconti (2001, p.4) 
[...] subconjunto formado pelas organizações não governamentais, 
conhecidas como ONGs, e pelas fundações e institutos com atuação pública 
vinculados às empresas, que se apresentam como a inserção19 empresarial 
no terceiro setor. 
 
Segundo citado por Junqueira (2004, p.31) 
[...]organizações sem fins lucrativos e não-governamentais constituem aquilo 
que se denomina terceiro setor, sem serem consideradas nem estado nem 
mercado. São organizações públicas privadas, porque não estão voltadas à 
 
16 ETIM lat. vĭgor,ōris manifestação de firmeza, segurança. 
17 ETIM lat. Fructifĭco produzir resultados vantajosos. Dar fruto (s) 
18 ETIM expr. lat. fide dignus digno de crédito, de confiança, de fé. 
19 ETIM do lat.tar. insertione 'id.' Introdução ou inclusão de uma coisa em outra; intercalação, interposição. 
33 
 
distribuição de lucros para acionistas ou diretores, mas para a realização de 
interesses públicos, entretanto, desvinculadas do aparato estatal. 
 
Costa e Visconti (2001, p.4) afirmam observar a expansão, 
[...] de um ‘terceiro setor’, coexistindo com os dois setores tradicionais: o 
primeiro setor, aquele no qual a origem e a destinação dos recursos são 
públicas, corresponde às ações do Estado e o segundo setor, correspondente 
ao capital privado, sendo a aplicação dos recursos revertida em benefício 
próprio. O terceiro setor constitui-se na esfera de atuação pública não-estatal, 
formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no 
sentido do bem comum. Nesta definição, agregam-se, estatística e 
conceitualmente, um conjunto altamente diversificado de instituições, no qual 
incluem-se organizações não governamentais fundações e institutos 
empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e 
filantrópicas20, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos. 
 
Conforme citado por Laville apud França (2002, p.10-11) o terceiro setor vem 
de uma filiação, 
[...] anglo-saxônica, refletiria apenas a ponta do iceberg que representada 
este mar de iniciativas não-governamentais e não mercantis na América 
Latina. Portanto, a interpretação do terceiro setor via literatura anglo-
saxônica, que é dominante, funda uma verdadeira abordagem específica 
desse termo, em que sua existência é explicada principalmente “pelos 
fracassos do mercado quanto à redução das assimetrias informacionais, 
como também pela falência do Estado na sua capacidade de satisfazer as 
demandas minoritárias. 
 
Costa e Visconti (2001, p.5) demonstram que, “ o conceito mais aceito 
atualmente é o de uma esfera de atuação pública, não-estatal, formada a partir de 
iniciativas privadas voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. ” 
Forte e Ramirez (2002, p.34) ratificam uma ideia que, 
O terceiro setor vem crescendo pela participação das ONG’s – Organizações 
não governamentais, cujo termo ganhou força nas décadas de 80 e 90. Após 
a redemocratização do país [...]os fatores que impulsionam o crescimento 
deste segmento o terceiro setor seriam a maior organização da sociedade 
civil na luta pelos direitos do cidadão e o interesse das empresas em formas 
entidades de caráter social. 
 
Conforme dito por França (2002, p.13) 
O termo economia social serve [...] para designar, de um ponto de vista 
jurídico, o universo constituído por quatro tipos organizacionais fundamentais: 
as cooperativas, as organizações mutualistas, as fundamentações e algumas 
formas de associação de grande porte. É justamente em relação às 
características atuais assumidas pela economia social que vem se demarcar 
a noção de economia solidária, pela afirmação da dimensão política na sua 
ação. 
 
França (2002, p.16) argumenta um conceito importante para o sucesso do 
terceiro setor que é, 
 
20 ETIM lat. Philanthropĭa, desprendimento, generosidade para com outrem; caridade. 
34 
 
O mutirão21 é um sistema de auto-organização popular e comunitária para a 
realização e a concretização de projetos que consiste em associas o conjunto 
dos membros de uma comunidade na execução dos seus próprios projetos 
coletivos. 
 
Junqueira (2004, p.27) conceitua que, 
A incorporação das organizações do terceiro setor introduz uma nova 
dinâmica na gestão das políticas sociais, que, privilegiando a lógica do 
cliente, valoriza a gestão Intersetorial, que possibilita o desenvolvimento de 
uma sociedade mais justa e equânime22. 
 
Ciconello et al. (2004, p.67) diz que, 
[...] organizações do terceiro setor devem ter fontes de recursos diversas, não 
dependendo única e exclusivamente de seus financiadores e associados. 
Devem desenvolver ações que busquem sua auto-sustentabilidade, 
entendida como não dependência de terceiros, para viabilizar o atendimento 
adequado das suas finalidades sociais. 
 
Segundo frisado por Ciconello et al. (2004, p.67) 
Entendem-se com programas de geração de renda os projetos executados 
dentro das organizações do terceiro setor que geram recursos para a 
manutenção das próprias entidades. Esses programas englobam a venda de 
produtos e a prestação de serviços. 
 
Conforme explanado Costa e Visconti (2001, p.25) 
[...] o setor de educação respondia pela maior concentração de organizações 
(cerca de 29%) excetuando-se aquelas entidades que prestam apenas algum 
tipo de assessoria. Apesar das outras áreas que vêm se incorporando ao 
escopo23 de trabalho das ONGs mais recentemente formadas, notamos uma 
prioridade pela atuação junto à educação, visualizada, também, pelo volume 
de periódicos, cartilhas, manuais e vídeos produzidos pelas instituições. Há 
que se ressaltar o crescimento significativo de um ramode atuação dentro da 
própria educação: a educação para a cidadania, conceito historicamente 
presente nas ações implementadas pelas ONG’s. 
 
O terceiro setor se embasa na filantropia devido à grande diversidade das 
classes sociais existentes. 
 
2.3.2 Definição 
 
França (2002, p.10) afirma que este termo é herdeiro de, 
[...] uma tradição anglo-saxônica24, particularmente impregnada pela ideia de 
filantropia. Essa abordagem identifica o terceiro setor ao universo das 
organizações sem fins lucrativos. 
 
 
21 Mobilização coletiva para auxílio mútuo de caráter gratuito, esp. entre trabalhadores do campo, por ocasião de roçada, colheita 
etc. 
22 ETIM lat. aequanimĭtas,ātis 'id.' Julgamento ou consideração imparcial; equidade, imparcialidade, retidão, neutralidade. 
23 ETIM gr. Skopós ponto em que se mira; alvo. Intenção; objetivo. 
24 Refere-se aos países das Américas que tem como principal idioma o inglês e que também possuam laços históricos, étnicos, 
linguísticos e culturais com o Reino Unido. 
35 
 
Fernandes apud Trigueiro e Marques (2009, p. 16) denota uma percepção 
que o terceiro setor é um, 
[...] conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam à produção de 
bens e serviços públicos. Este é o sentido positivo da expressão. ‘Bens e 
serviços públicos’, nesse caso, implicam uma dupla qualificação: não geram 
lucros e respondem a necessidades coletivas. 
 
Albuquerque (2006, p.18) enumera que, 
A expressão ‘terceiro setor’ é uma tradução do termo em inglês third sector, 
que, nos estados unidos, é usado junto com outras expressões, como 
‘organizações sem fins lucrativos’ (nonprofit organizations) ou ‘setor 
voluntário’ (Voluntary sector25). 
 
Para Salamon (1998, p.11) “a tarefa para organizações do terceiro setor é 
encontrar um modus vivendi 26com o governo que propicie suficientes suportes legal 
e financeiro, preservando grau significativo de independência e autonomia. ” 
De Acordo com Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.111) “[...] as empresas do 
Terceiro Setor, apesar de não possuírem finalidades lucrativas, devem apresentar 
resultados positivos permitindo o reinvestimento em projetos sociais. ” 
Conforme Albuquerque (2006, p.80) a filantropia do terceiro setor está no fato 
de que, 
O trabalho voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de 
natureza trabalhista, previdenciária etc. Para que seja considerado voluntário, 
é preciso que o trabalho preencha os seguintes requisitos: Ser voluntário (não 
pode ser imposto ou exigido como contrapartida de algum benefício 
prometido pela entidade). Ser gratuito. Ser prestado pelo indivíduo 
isoladamente (e não por organização de qual ele faça parte). Ser prestado a 
entidade governamental ou privada sem fins lucrativos e voltada para 
objetivos públicos. 
 
Matos (2005, p.39) afirma que o denominado o, 
[...] terceiro setor, que, vinculado à filantropia empresarial, busca atuar e se 
firma por meio das variadas ações propositivas e afirmativas, tendendo a se 
estruturar como empresas denominadas cidadãs, por serem sem fins 
lucrativos. 
 
De Acordo com Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.106) 
O Terceiro Setor é constituído de organizações sem fins lucrativos e com um 
objetivo social bem definido, ou seja, firmas cuja finalidade maior é promover 
benefícios à sociedade. Geralmente, elas dependem de recursos oriundos de 
doações, transferência de fundos sem ônus27 e de trabalho voluntário. 
 
Segundo exemplificado por Costa e Rosa apud Assaf, Araújo e Fregones 
(2006, p.110) 
 
25 Setor Voluntário 
26 Locução substantivo: jur. Acordo em virtude do qual se estabelece uma situação a ser seguida pelos contratantes, em caráter 
temporário. 
27 ETIM lat. ŏnus,ĕris aquilo que implica uma sobrecarga; carga, peso. 
36 
 
Terceiro Setor é avaliado por muitos com otimismo, pois são essas 
organizações sem fins lucrativos a via eficaz para assegurar a participação 
social, eliminar a ineficiência da burocracia estatal e assegurar a eficácia dos 
serviços públicos. 
 
Costa e Rosa apud Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.110) explicitam o 
conceito que, “o terceiro setor vem atuar como uma extensão da ação do Estado 
tradicional, e amplia o espaço do próprio Estado, cobrindo lacunas de participação 
social. ” 
Segundo citado Junqueira (2004, p.27) 
A incorporação das organizações do terceiro setor introduz uma nova 
dinâmica na gestão das políticas sociais, que, privilegiando a lógica do 
cliente, valoriza a gestão Intersetorial, que possibilita o desenvolvimento de 
uma sociedade mais justa e equânime28. 
 
França (2002, p.12) afirma que, 
As iniciativas gestadas no seio dessa economia social nascente aparecem 
como alternativas, em termo de organização do trabalho, àquela proposta 
pela forma dominante de trabalho assalariado instituída pelo princípio 
econômico que começava a se tornar hegemônico29, imposto pela empresa 
capitalista nascente. 
 
Costa e Visconti (2001, p.5-6) empregam o conceito de que, 
[...] as entidades que compõem o terceiro setor não possuíam qualificação 
específica, por finalidade ou causa, no direito brasileiro. Tal 
heterogeneidade30, além da complexidade em se mapear, quantificar, 
qualificar e analisar tais organizações, dificultava o estabelecimento de 
normas, incentivos e políticas para o setor, representando uma grande 
barreira para seu desenvolvimento e para a clara percepção da sociedade 
quanto aos diferentes propósitos aos quais serviam. Assim, sob o mesmo 
estatuto jurídico estavam as organizações efetivamente de interesse e 
utilidade pública, que prestavam serviços gratuitos à população, e outros tipos 
de organizações como clubes de serviços, de futebol, universidades e 
escolas privadas, dentre outros. Deste modo, a ideia de um terceiro setor 
aplica-se mais para delimitar um tipo de atuação diferenciada das instâncias 
de governo e de mercado, mas que, embora com a mesma característica 
legal, é composto por um conjunto de instituições bastante diferentes quanto 
à filosofia de atuação, dimensões, temáticas e formas de intervenção. 
 
Conforme mencionado por Fernandes apud Assaf, Araújo e Fregones (2006, 
p.109) 
[...]terceiro setor: é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e 
mantidas principalmente pela participação voluntária, em um âmbito não 
governamental, dando continuidade às práticas tradicionais da caridade, da 
filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios, 
graças, sobretudo, à incorporação do conceito de cidadania e de suas 
múltiplas manifestações na sociedade civil. 
 
 
28 ETIM lat. aequanimĭtas,ātis 'id.' Julgamento ou consideração imparcial; equidade, imparcialidade, retidão, neutralidade. 
29 ETIM gr. hēgemonía,as 'id.' Supremacia, influência preponderante exercida por cidade, povo, país etc. sobre outros. Autoridade 
soberana; liderança, predominância ou superioridade. 
30 ETIM heterogêne(o) que possui natureza desigual e/ou apresenta diferença de estrutura, função, distribuição etc. (diz-se de 
qualquer coisa em comparação com outra). 
37 
 
Assaf, Araújo e Fregones (2006, p.106) apontam uma ideia de que, 
[...] as alianças com as empresas lucrativas são extremamente valiosas para 
as organizações sem fins lucrativos, pois, além de levarem recursos 
financeiros para essas entidades, disseminaram ainda mais, no Brasil, a 
cultura de preocupar-se com os problemas sociais do país. Atualmente, 
muitas escolas já ensinam às crianças a importância de proteger o meio 
ambiente e incentivam o voluntariado na ajuda ao próximo. 
 
Conforme dito por França (2002, p.14) 
Na prática, o termo economia solidária identifica hoje uma série de 
experiências organizacionais inscritas numa dinâmica atual em torno das 
chamadas novas formas de solidariedade. O Fato é que se vêm verificando 
a emergência

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