Análise de Textos Históricos

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1.Texto da questão
O trecho a seguir discute a análise do protestantismo ascético na
obra weberiana, conforme a análise de Riesebrodt (2012), Weber, ao
estudar o protestantismo ascético, percebeu que este dava bastante
ênfase ao trabalho e ao exercício profissional. Os calvinistas
acreditavam que, aqueles que haviam sido escolhidos por Deus para
serem salvos, poderiam ter a demonstração dessa escolha divina
manifesta no sucesso financeiro. Posteriormente, essa concepção
de vida voltada para o trabalho foi denominada de utilitarismo.
RIESEBRODT, Martin. A ética protestante no contexto
contemporâneo. Tempo soc., São Paulo, v. 24, n. 1, p. 159-182,
2012. Disponível em: . Acesso em: 06 jan. 2017.
Agora, assinale V, de verdadeiro, para as opções que apresentem
informações corretas sobre os conceitos descritos no texto, e F, de
falso, para as que apresentarem informações incorretas.
( ) Weber verificou que, no protestantismo ascético, a cultura de
trabalho era compatível com o capitalismo.
( ) O sucesso no trabalho dava esperança de salvação após a
morte.
( ) Essa concepção de trabalho deu origem à crítica ao utilitarismo.
( ) O capitalismo demanda trabalhadores que abdiquem da busca
do lazer mundano em troca do trabalho como centro da existência
humana.
Agora, assinale a opção que apresenta a sequência correta.
Escolha uma opção:
a. V, V, F, V.
b. V, V, V, V.
c. F, F, V, F.
d. F, F, F, V.
e. F, V, V, F.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: V, V, F, V.
2.Texto da questão
Desde a Revolução Francesa, a ascensão da burguesia ao poder e
o fim dos privilégios da nobreza fez com que a França se tornasse o
centro das aspirações políticas de burgueses e operários por um
mundo melhor. Entre o final do século XVIII e início do século XIX, o
território francês testemunhou quatro revoluções que reverberaram
por toda a Europa e outras mais que se efetivaram, posteriormente,
foram inspiradas nelas.
Analise as afirmações a seguir:
I- Os trabalhadores de Paris, junto com os socialistas, declaram
Paris independente e querem resistir à invasão prussiana.
II- Karl Marx e Friedrich Engels escrevem juntos o Manifesto do
Partido Comunista.
III- A burguesia francesa derruba o Rei Carlos X e nomeia Luis
Felipe de Orleans como rei, o Rei Burguês.
IV- classe trabalhadora francesa derruba o Rei Burguês e instaura a
Segunda República.
V- Lênin lidera os trabalhadores urbanos e rurais na Rússia, que
instalam o socialismo pela primeira vez em um país.
VI- Luís Napoleão Bonaparte declara-se imperador da França.
Assinale a opção que apresenta a ordem cronológica correta dos
seguintes fatos:
Escolha uma opção:
a. III, IV, II, VI, I, V.
b. II, III, I, IV, VI, V.
c. III, IV, V, I, II, VI.
d. III, IV, II, I, VI, V.
e. III, II, IV, VI, V, I.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: III, IV, II, VI, I, V.
3.Texto da questão
Para responder a essa questão, leia o trecho a seguirde Fausto
(2002, p. 26):
“Outro ponto importante da expansão portuguesa diz respeito a uma
gradual mudança de mentalidade, notável em humanistas
portugueses [...]. No plano coletivo, as mentalidades mudam
rapidamente, e o imaginário fantástico continuou a existir, mas a
expansão marítima foi mostrando cada vez mais como antigas
concepções eram equivocadas – por exemplo, a descrição do
mundo na Geografia de Ptolomeu – e como era necessário valorizar
o conhecimento baseado na experiência”.
FAUSTO, Bóris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2002.
No trecho anterior, Fausto (2002) descreve determinada mudança de
mentalidade europeia, que teria começado a se romper com a
expansão marítima. A expansão marítima inaugurou um olhar
antropocêntrico, que colocava o homem no centro da explicação da
realidade. Que opção descreve corretamente essa mudança de
mentalidade?
Escolha uma opção:
a. A mentalidade que foi modificada foi a coletivista, vivida pelo
índio, que dividia tudo aquilo que coletava da natureza.
b. A mentalidade que foi modificada foi a do homem medieval,
teocêntrica, que dava aos padres o monopólio da interpretação
da Bíblia e da vida humana.
c. A mentalidade que foi modificada foi a humanista, que colocava o
homem no centro de todas as explicações.
d. A mentalidade que foi modificada foi a protestante, em que os
jesuítas vieram ao Brasil, no contexto da Contra Reforma, para
combater.
e. A mentalidade que foi modificada era aquela que via no indígena
um ser não humano, de cultura inferior e que não reconhecia o
índio como igual em valor.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: A mentalidade que foi modificada foi a do
homem medieval, teocêntrica, que dava aos padres o monopólio da
interpretação da Bíblia e da vida humana.
4.Texto da questão
Analise os trechos de livros a seguir:
“O preço médio que se paga pelo trabalho assalariado é o mínimo
de salário, isto é, a soma dos meios de subsistência necessária para
que o operário viva como operário. Por conseguinte, o que o
operário obtém com o seu trabalho é o estritamente necessário para
a mera conservação e reprodução de sua vida. Não queremos de
nenhum modo abolir essa apropriação pessoal dos produtos do
trabalho, indispensável à manutenção e à reprodução da vida
humana, pois essa apropriação não deixa nenhum lucro líquido que
confira poder sobre o trabalho alheio. O que queremos é suprimir o
caráter miserável desta apropriação que faz com que o operário só
viva para aumentar o capital e só viva na medida em que o exigem
os interesses da classe dominante” (MARX; ENGELS, 2005, p. 19).
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O Manifesto do Partido Comunista.
Tradução de Álvaro Pina. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.
“O capital consiste, de fato, em uma relação social que, ao mesmo
tempo, é e não é exploradora [...] Na aparência, a relação salarial é,
por natureza e em si, uma relação entre iguais ou, no mínimo, uma
relação entre dois indivíduos autônomos e capazes de estabelecer
entre si, livremente, um contrato comercial legítimo”
(CARCANHOLO, 2001, p. 77).
CARCANHOLO, Reinaldo. Sobre a ilusória origem da mais-valia.
Crítica Marxista, 2001.
A partir da leitura, classifique com V, de verdadeiras, ou F, de falsas,
as afirmativas a seguir.
( ) O primeiro texto defende o fim da mais-valia.
( ) O segundo texto busca reafirmar que a mais-valia é prejudicial.
( ) O primeiro texto busca legitimar a exploração burguesa do
trabalho operário.
( ) O segundo texto busca contestar o conceito tradicional de
mais-valia.
( ) O primeiro texto expõe o quanto a classe burguesa vive da
exploração do trabalho operário.
Agora assinale a opção que apresenta a sequência correta:
Escolha uma opção:
a. F, V, V, F, V.
b. F, V, F, V, F.
c. V, F, F, F, V.
d. V, F, V, F, V.
e. V, F, F, V, F.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: V, F, F, F, V.
5.Texto da questão
Conforme estudamos, desde a assinatura da Magna Carta em 1212,
houve conflitos entre a realeza e o parlamento para o efetivo
controle político da Inglaterra. Este conflito acentua-se após a
ascensão da Dinastia Stuart ao poder em 1603. Diversas ações do
Rei contra o Parlamento resultaram em vários conflitos, entre eles a
Guerra Civil (1642 – 1649), resultando na decapitação do Rei Carlos
I. Após a experiência da Commonwealth e a restauração Stuart, os
conflitos continuaram e resultaram na Revolução Gloriosa.
Ao realizar a Revolução Gloriosa e aprovar a Carta de Direitos em
1688, ela continha os seguintes itens, os quais se destacam:
● A partir de então, o Rei não pode criar ou excluir as leis ou os
impostos sem aprovação do parlamento;
● Não é dever da realeza cobrar dinheiro para seu uso pessoal,
sem aprovação do Parlamento;
● é ilegal recrutar e manter um exército em tempo de paz sem
aprovação do Parlamento;
● a eleição dos membros do Parlamento deve ser livre;
● as palavras do Parlamento não podem ser prejudicadas ou
recusadas em qualquer outro lugar;
● O Parlamento deve reunir-se frequentemente.
(Tradução livre de EnglishBill of Rights, 1688).
ENGLISH BILL OF RIGHTS. 1688. Disponível em: . Acesso em: 22
fev. 2017.
Sobre estes itens, podemos concluir que a relação de poderes na
Inglaterra:
Escolha uma opção:
a. foi totalmente mantida com o Rei, que ainda possui o título de
nobreza e o apoio popular necessário para governar.
b. foi parcialmente mantida com o Rei pelo medo que os
parlamentares tinham de um levante monarquista e uma nova
guerra civil.
c. foi parcialmente retirada do Rei, que ainda se mantém como líder
religioso e da Igreja Anglicana como até hoje.
d. foi transformada O poder do Rei ficou com o Parlamento, que
controla as leis e o exército.
e. foi parcialmente cedida ao Parlamento, que ainda possui
dificuldades em controlar as eleições de seus membros.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: foi transformada O poder do Rei ficou com o
Parlamento, que controla as leis e o exército.
6.Texto da questão
Segundo Shigunov Neto e Maciel (2008, p. 172),
“A Companhia de Jesus foi fundada em pleno desenrolar do
movimento de reação da Igreja Católica contra a reforma
protestante, podendo ser considerada um dos principais
instrumentos da Contra-Reforma [sic] nessa luta. Seu objetivo era
tentar sustar o grande avanço protestante da época, e para isso
utilizou-se de duas estratégias: por meio da educação dos homens e
dos índios; e por intermédio da ação missionária, procurando
converter à fé católica os povos das regiões que estavam sendo
colonizadas”.
SHIGUNOV NETO, Alexandre. MACIEL, Lizete Shizue Bomura. O
ensino jesuítico no período colonial brasileiro: algumas discussões.
Educ. rev., Curitiba, n. 31, p. 169-189, 2008. Disponível em: . Acesso
em: 11 jan. 2017.
Agora, avalie as afirmações a seguir:
I- A Companhia de Jesus nunca chegou ao Brasil, já que a Corte
portuguesa não concordava com os ideais católicos.
II- Ao educar os índios, os jesuítas também os preparavam para
aceitar com docilidade o trabalho no engenho.
III- No Brasil, a Companhia de Jesus tinha como finalidade converter
os africanos que chegavam como escravos.
Assinale a opção correta:
Escolha uma opção:
a. I, II e III estão corretas.
b. I e III estão corretas.
c. II e III estão corretas.
d. Apenas I está correta.
e. Apenas II está correta.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Apenas II está correta.
7.Texto da questão
Para responder essa questão, leia trecho de poema de Castro Alves.
“Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão.
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão.
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!”
ALVES, Castro. A canção do africano. Disponível em: >. Acesso em:
08 jan.2017.
Sobre o poema, avalie as afirmações a seguir:
I- O poema é uma denúncia aos horrores da escravidão e mostra a
dominação dos senhores de escravo, inclusive sobre os filhos dos
escravos.
II- O poema reflete sobre a violência física à qual eram submetidos
os escravos e descreve brevemente a senzala.
III- O poema mostra que os escravos não sentiam saudades de suas
terras africanas, preferindo a vida no Brasil.
Estão corretas as afirmações em:
Escolha uma opção:
a. Apenas III.
b. II e III.
c. I e II.
d. I e III.
e. I, II e III.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: I e II.
8.Texto da questão
Celso Furtado foi um grande estudioso dos ciclos econômicos
brasileiros. Veja sua análise a seguir, conforme Furtado (2001, p. 8):
“Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilização
econômica das terras americanas que não fosse a fácil extração de
metais preciosos. Somente assim seria possível cobrir os gastos de
defesa dessas terras”.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Cia
Editora Nacional, 2001.
Agora, avalie as afirmações a seguir:
I- Os colonizadores rapidamente encontraram ouro na terra
conquistada e, por isso, o ciclo do ouro foi o primeiro na nossa
história colonial.
II- A dificuldade de encontrar ouro no Brasil fez com que os
colonizadores desenvolvessem outra atividade econômica: a lavoura
da cana.
III- Os colonizadores encontraram ouro no Brasil logo nos primeiros
anos da chegada ao novo território, mas como era de propriedade
dos índios, passaram a investir na agricultura.
A opção que apresenta apenas alternativas corretas é:
Escolha uma opção:
a. II e III.
b. I, II e III.
c. I e III.
d. Apenas II.
e. I e II.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Apenas II.
9. Texto da questão
Durkheim (2012) definia como situação anômica aquela ocasião em
que diverge do que é estabelecido pelas normas sociais vigentes em
uma sociedade. A ação anômica pode ser empregada por um
indivíduo ou um grupo social. Geralmente, acontece quando este
grupo ou este indivíduo não possui um suporte social do Estado para
ditar as regras sociais a serem seguidas. Segundo Durkheim e
Merton, a anomia pode atingir tanto um indivíduo como um grupo
social, que não possui o senso de solidariedade.
Após a leitura do trecho anterior e de seus estudos no texto-base,
analise os comportamentos sociais a seguir.
1. O grupo social Teto é conhecido por construir casas de forma
voluntária para pessoas que vivem em locais de situação de
risco ou estão desabrigados.
2. A milícia é um grupo de policiais corruptos do Rio de Janeiro
que controlam e amedrontam comunidades, as quais não
possuem controle do governo.
3. O Padre Júlio Lancelotti é conhecido pelo seu papel social em
amparar populações que se encontram em situações de risco
como moradores de rua.
Sobre as situações anteriores, podemos afirmar que:
Escolha uma opção:
a. A situação 3 é anômica, uma vez que os moradores de rua não
possuem suporte social do Estado e, por isso, são expostos ao
risco.
b. A situação 1 é anômica, uma vez que o grupo atende uma
população que não é assistida pelo Estado e nem tem suporte
social.
c. A situação 1 e 3 são anômicas, uma vez que não possuem
suportes sociais de qualquer poder municipal.
d. A situação 2 é anômica, uma vez que a ação da milícia é contra
as normas sociais, uma vez que a polícia deve proteger a
população.
e. A situação 2 não é anômica, pois os envolvidos são
representantes do Estado e possuem suporte social.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: A situação 2 é anômica, uma vez que a ação
da milícia é contra as normas sociais, uma vez que a polícia deve
proteger a população.
10.Texto da questão
Aprendemos sobre Adam Smith e sua teoria do liberalismo
econômico, que resultaria no Estado Mínimo, em que o governo não
deve interferir, de forma alguma, na economia nacional. A seguir,
veja dois trechos da mesma reportagem do jornalista Daniel Paulo,
da Revista Carta Capital, de 8 de abril de 2011.
“As intervenções do Estado são nefastas, pois só o processo de
mercado torna possível a inovação dos métodos de produção e de
organização, a partir do continuado fluxo de informações que surge
de interação entre os indivíduos livres.” “[...] as corporações globais,
com o apoio decisivo do Estado, passaram a adotar padrões de
governança de altíssima agressividade e competição [...]. O que se
deve discutir não é a formação de lucros, mas sim, a formação e
geração de riquezas! E, por isso, o Estado deve interferir no
processo econômico.”
DANIEL, Paulo. O Estado deve intervir no processo econômico?
Carta Capital [online]. Publicado em: 08 abr. 2011. Disponível em: .
Acesso em: 15 fev. 2017.
Dentre as afirmações anterior e se considerando a teoria do Estado
Mínimo de Adam Smith, podemos chegar à seguinte conclusão:
Escolha uma opção:
a. O primeiro trecho é a favor da ideia de Adam Smith, pois
considera absurda a intervenção do Estado na economia, quedeve se autorregular.
b. O segundo trecho é a favor da ideia do Adam Smith, pois permite
o crescimento do mercado e das empresas.
c. O primeiro trecho é a favor da ideia de Adam Smith, pois vê com
bons olhos a intervenção do Estado na economia.
d. O segundo trecho é contra a ideia de Adam Smith, pois permite o
livre comércio entre as nações sem a interferência estatal.
e. A primeira afirmação é contrária à ideia de Adam Smith, pois vai
contra a autonomia de mercado defendida por ele.
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Sua resposta está correta.
A resposta correta é: O primeiro trecho é a favor da ideia de Adam
Smith, pois considera absurda a intervenção do Estado na
economia, que deve se autorregular.