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Controle e prevenção da poluição atmosférica

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Objetivos
Módulo 1
Fontes e consequências da poluição
atmosférica
Identificar as fontes e as consequências da poluição
atmosférica.
Controle e
prevenção da
poluição
atmosférica
Profª. Vanessa Riccioppo de Moraes
Descrição
Controle e prevenção da poluição
atmosférica a partir do entendimento de suas
fontes, consequências, requisitos legais,
técnicas e métodos relacionados.
Propósito
Atividades humanas que utilizam recursos
naturais, de forma geral, são causadoras de
impactos ambientais. Conhecer a fonte e
caracterizar os aspectos ambientais
relacionados, além de identificar as melhores
formas de prevenção e controle da poluição,
a fim de atender aos requisitos legais e
assim mitigar os impactos ambientais, é de
suma importância para uma eficiente
atuação profissional e melhoria da qualidade
de vida da sociedade como um todo.
d
Módulo 2
Técnicas para controle e prevenção da
poluição atmosférica
Descrever as técnicas e os métodos empregados no controle e
na prevenção da poluição atmosférica.
Acessar módulo
1
É sabido que as atividades humanas utilizadoras de recursos
naturais (ex.: atmosfera, solo, água etc.), de forma geral, são
causadoras de impactos ambientais que podem ser tanto positivos
quanto negativos. A poluição é um desses impactos negativos,
sendo caracterizada como a degradação da qualidade ambiental
resultante de atividades que, direta ou indiretamente, podem
prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, além
de outras condições adversas ao ambiente.
Por isso, neste conteúdo, entenderemos a importância de se
identificar as fontes e as consequências da poluição atmosférica,
por meio de sua caracterização com o levantamento dos principais
requisitos legais aplicáveis à temática. Veremos, também, as
técnicas e os métodos empregados no controle e na prevenção
desse tipo de poluição.
Por fim, com todo esse entendimento sobre o tema, será possível
não apenas ser um cidadão ambientalmente responsável como
também um profissional de meio ambiente capaz de identificar,
analisar e propor as medidas mais eficientes de prevenção,
mitigação, correção e/ou compensação da poluição atmosférica.
Introdução
Fontes e consequências da poluição atmosférica
d
O crescimento da poluição
atmosférica
É preciso ter consciência de que o ar que respiramos é bastante afetado
pela expansão urbana e industrial. Em decorrência dessa expansão,
observa-se o consumo cada vez maior dos recursos naturais, de
combustíveis, a redução da velocidade do tráfego (congestionamento),
o aumento da frota de veículos em circulação, o adensamento
populacional das grandes cidades e a instalação de novas indústrias
como as principais causas de problemas crescentes relacionados à
poluição atmosférica.
De forma geral, em alguns estados e cidades, como Rio de Janeiro e São
Paulo, os veículos automotores apresentam-se como os principais
contribuintes das emissões de poluentes para a atmosfera, seguidos da
atividade industrial. Tal perfil de fontes emissoras é normalmente
observado em países em desenvolvimento.
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as fontes e as consequências da poluição atmosférica.
d
Ônibus expelindo poluentes no trânsito de São Paulo.
Em relação às fontes industriais, os principais empreendimentos que
contribuem para o aumento da poluição atmosférica são obrigados, por
forças normativas e restrições das licenças ambientais, a adotar
medidas de controle e a monitorar suas emissões e a qualidade do ar
nas áreas sob sua influência direta e indireta. Em posse desses dados,
os órgãos ambientais competentes podem cobrar medidas direcionadas
a cada tipo de atividade específica ou medidas no âmbito da política
pública.
Mas, a�nal, o que caracteriza
a poluição atmosférica?
Poluição atmosférica caracteriza-se comumente como a presença de
matéria ou energia na atmosfera, de forma a torná-la imprópria ou a
causar prejuízos aos usos que a ela são dados.
Considera-se poluente atmosférico toda e qualquer forma de matéria ou
energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou
características em desacordo com os níveis estabelecidos pela
legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos
materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e ao gozo
de propriedades e às atividades normais da população.
Fontes de poluição do ar e alguns efeitos, como aquecimento global e destruição da camada de
ozônio.
d
O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de
substâncias poluentes presentes no ar. A variedade das substâncias que
podem ser encontradas na atmosfera é muito grande, o que torna difícil
a tarefa de se estabelecer uma classificação. Para facilitar esse
procedimento, os poluentes são divididos em duas categorias, conforme
demonstramos abaixo:
Poluentes primários
Aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão.
Poluentes secundários
Aqueles formados na atmosfera por meio da reação química
entre poluentes primários e componentes naturais da
atmosfera.
Os principais poluentes atmosféricos, que servem como indicadores da
qualidade do ar, adotados universalmente e que foram escolhidos em
razão de sua frequente ocorrência e de seus efeitos adversos,
chamados de poluentes regulamentados, são:
Dióxido de enxofre (SO2)
Gás tóxico e incolor que pode reagir com outros compostos
na atmosfera, formando material particulado (MP) de
diâmetro reduzido. É precursor da formação de material
particulado secundário.
Podemos citar outros poluentes de compostos de enxofre,
como o SO3 e o enxofre reduzido total (ERT) composto pelo
H2S, metil-mercaptanas, dissulfeto de carbono, sulfatos.
Dióxido de nitrogênio (NO2)
Gás poluente com ação altamente oxidante, e sua presença
na atmosfera é fator-chave para a formação do ozônio
troposférico. Outros compostos de nitrogênio são: NO, NH3,
HNO3 e nitratos.
Hidrocarbonetos (HC)
Sã t f d b hid ê i
d
São compostos formados por carbono e hidrogênio, e que
podem se apresentar em forma de gases, partículas finas ou
gotas. Podem ser divididos em HCT — hidrocarbonetos
totais — e HCNM —hidrocarbonetos não metano —, e
compreendem os HC totais (THC) menos a parcela de
metano (CH4). São precursores para a formação do ozônio.
Ainda há os hidrocarbonetos: álcoois, aldeídos, cetonas e
ácidos orgânicos.
Material particulado (MP)
Podem ser partículas totais em suspensão (PTS), partículas
inaláveis (MP-10), partículas inaláveis finas (MP 2,5) e
fumaça (FMC). O MP é uma mistura complexa de sólidos ou
até mesmo de líquidos com diâmetro reduzido, cujos
componentes apresentam características físicas e químicas
diversas, e se mantém suspenso na atmosfera. Em geral, o
material particulado classifica-se de acordo com o diâmetro
das partículas, devido à relação existente entre diâmetro e
possibilidade de penetração no trato respiratório.
O material particulado pode também ser formado na
atmosfera a partir de gases, como: dióxido de enxofre (SO2),
óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis
(COVs).
Monóxido de carbono (CO)
Gás inodoro e incolor formado no processo de queima
incompleta de combustíveis de origem orgânica (fósseis e
biomassa etc.).
Ozônio (O3)
Poluente secundário, ou seja, não é emitido diretamente,
mas é formado a partir de outros poluentes atmosféricos, e
altamente oxidante na troposfera (camada inferior da
atmosfera). A formação do ozônio troposférico ocorre por
meio de reações químicas complexas que acontecem entre
o dióxido de nitrogênio (NO2) e os compostos orgânicos
voláteis (COVs) na presença de radiação solar. O O3 faz
parte do grupo dos oxidantes fotoquímicos, que ainda
compreende: formaldeído, acroleína, PAN etc.
d
Ainda podemos citar outras classes de poluentes, tais quais: os
compostos halogenados (HCL, HF, cloretos e fluoretos), os compostos
orgânicos voláteis (COVs), como obenzeno, tolueno, etil-benzeno e
xilenos, e os metais pesados (Pb, Cd, As, Ni etc.).
Os poluentes também podem ser classificados como:

Poluentes locais
Material particulado (MP), ozônio, óxidos de enxofre (SOx) etc.

Poluentes globais
Gases de efeito estufa (GEEs).
Fontes de poluição
atmosférica: o que são e quais
são seus tipos
Agora que já sabemos o que é poluição e conhecemos os principais
poluentes atmosféricos, vamos aprender quais são suas fontes, onde
são gerados e emitidos.
É sabido que a qualidade do ar é determinada pela forma como os
poluentes lançados na atmosfera interagem com as condições
meteorológicas e as características do terreno em dada região.
Identificar e classificar a origem das emissões de
poluentes, em fontes fixas ou móveis, fontes naturais ou
antropogênicas, é fundamental para tornar a gestão da
qualidade do ar mais eficaz e evitar o surgimento de
efeitos adversos da poluição do ar.
As fontes de emissões de poluentes atmosféricos podem ser fontes
naturais, como vulcões, mares e biogênicas (pólen, grãos etc.).
Fontes naturais
d
Vulcões
Mares
Fontes biogênicas (pólen, grãos etc.)
Porém, na maior parte das áreas urbanas, as atividades humanas são as
principais fontes emissoras de poluentes (fontes antropogênicas).
As fontes de emissões de poluentes se tornam fontes de poluição
quando, direta ou indiretamente, causam ou podem causar poluição ao
meio ambiente. Em geral, essas fontes são divididas em dois grandes
grupos:
d
Fontes móveis
São todos os veículos automotores,
embarcações, aviões.
 1 de 2 
Ainda existem outras classificações, como:
Fontes pontuais (chaminés), que não deixam de ser estacionárias;
Fontes evaporativas (durante abastecimento de combustíveis,
bacias de decantação ou lodo em tratamento de efluentes);
Fontes lineares (engarrafamentos, linhas férreas);
Fontes áreas (queimadas, mineração, pilhas de materiais como
escória);
Fontes fugitivas (movimentação de materiais que ficam em
suspensão, como cereais na agricultura e minérios em portos);
Fontes não convencionais como: esgoto, resíduos a céu aberto e
queimadas naturais, por exemplo.
Ilustração dos vários tipos de fontes de emissões atmosféricas.
 
d
Fontes por tipo de poluente
Consequências da poluição
atmosférica
Já vimos o que é a poluição do ar, suas possíveis fontes de poluentes e
como a interação dos poluentes com a meteorologia e a topografia
determina a qualidade do ar existente. Essa qualidade do ar existente
e/ou resultante gera efeitos adversos da poluição atmosférica sobre os
receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas e os
materiais, por exemplo.
Esses efeitos precisam ser prevenidos, controlados, mitigados,
monitorados e, quando não é possível realizar as técnicas e os métodos
para se chegar à qualidade do ar desejada, pode-se tentar compensar
tais efeitos.
As melhores técnicas devem levar em conta tanto
considerações socioambientais quanto econômicas, além
dos requisitos legais aplicáveis.
Dióxido de enxofre
(SO2)
Pode ser emitido por fontes
naturais ou por fontes
antropogênicas e pode reagir
com outros compostos na
atmosfera, formando material
particulado.
Dióxido de nitrogênio
(NO2)
Emitido por processos de
combustão em indústria,
veículos etc.
d
Relação entre a metereologia
e a topogra�a in�uenciando
na qualidade do ar
E você sabe de que forma a metereologia e a topografia, combinadas
com as fontes de emissões ditam a qualidade do ar e podem gerar
efeitos adversos?
A concentração de poluentes está fortemente relacionada às condições
meteorológicas. Alguns dos parâmetros que favorecem altos índices de
poluição são: alta porcentagem de calmaria, ventos fracos e inversões
térmicas em baixa altitude.
A inversão térmica, fenômeno natural, caracteriza-se por uma camada
de ar quente que se forma sobre a cidade, “aprisionando” o ar e
impedindo a dispersão dos poluentes. Mesmo sendo um fenômeno
natural, sua intensificação e seus efeitos nocivos se devem ao
lançamento de poluentes na atmosfera, o que é muito comum nas
grandes cidades.
Fenômeno de inversão térmica.
No inverno, frequentemente, há dias com baixa umidade do ar e alta
concentração de poluentes, pois o índice pluviométrico (chuvas) nessa
época do ano é menor, fato que dificulta a dispersão dos gases
Saiba mais
Esse fenômeno é particularmente comum no inverno
brasileiro, quando as noites são frias e a temperatura tende a
se elevar rapidamente durante o dia, provocando alteração no
resfriamento natural do ar.

d
poluentes. Nessas condições, é comum ocorrerem complicações
respiratórias por causa do ressecamento das mucosas, provocando
sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.
No site da Cetesb, órgão ambiental do estado de São Paulo, há
orientações e cuidados para situações em que a umidade relativa do ar
estiver muito baixa:

Umidade relativa entre 20 e 30%
A orientação é que se evite exercícios físicos ao ar livre entre
11 e 15 horas; além disso, deve-se umidificar o ambiente por
meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com
água, umidificação de jardins etc., e, sempre que possível,
permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas
arborizadas.

Umidade relativa entre 20 e 12%
É recomendado suspender exercícios físicos e trabalhos ao ar
livre entre 10 e 16 horas; evitar aglomerações em ambientes
fechados; e seguir as orientações anteriores.

Umidade relativa menor que 12%
É preciso interromper qualquer atividade ao ar livre entre 10 e
16 horas; determinar a suspensão de atividades que exijam
aglomerações de pessoas em recintos fechados; manter
umidificados os ambientes internos, principalmente, quartos de
crianças, hospitais etc.
Dica

d
Como já comentado, os efeitos dos poluentes atmosféricos podem ser
sobre meio físico (atmosfera, águas, solo), meio biótico (flora e fauna),
saúde e bem-estar humano, materiais, economia, sociedade e
patrimônio histórico. Abaixo, há alguns exemplos simples desses
efeitos.
Efeitos da poluição
atmosférica
A relação entre efeitos à saúde e poluição atmosférica foi estabelecida
a partir de episódios agudos de contaminação do ar e estudos sobre a
ocorrência de milhares de mortes registradas em Londres, em 1948 e
1952.
Nas grandes regiões metropolitanas, como São Paulo e Rio de Janeiro, o
crescimento desordenado nas capitais e nos municípios vizinhos a
partir da Segunda Guerra Mundial levou à instalação de indústrias de
grande porte, sem a preocupação com o controle das emissões de
poluentes atmosféricos. Dessa forma, sendo possível a visualização de
chaminés que emitem enormes quantidades de fumaça e outros
poluentes.
Ao longo do tempo, temos sentido muitos dos efeitos dessa poluição,
mesmo com todo avanço tecnológico de monitoramento e controle,
além dos requisitos legais, esses efeitos são significativos. Para melhor
entendimento e visualização desses efeitos, vamos dividi-los sobre os
meios em que incidem:
Efeitos sobre o meio físico
Além dessas medidas, é recomendável usar colírio de soro
fisiológico ou água boricada para os olhos e as narinas, e
beber muita água.
d
Estes efeitos incluem redução da visibilidade, diminuição da radiação
urbana, smog, chuva ácida, destruição da camada de ozônio,
intensificação do efeito estufa, aquecimento global etc.
Anteriormente, explicamos o fenômeno natural de condições
meteorológicas chamado inversão térmica e como isso, combinado
com as emissões atmosféricas, dita a qualidade do ar. Nesse sentido,
podemos explicar melhor o smog, que corresponde a um tipo de
poluição atmosférica em que se forma uma nuvem escura e tóxica
constituída por fumaça, neblina, ar, gases poluentes e material
particulado. O smog é um dos efeitos sobre o meio físico, resultando
principalmente de uma inversão térmica que ocorre em épocas frias do
ano e em lugares de intensa poluição.
Smog na cidade de Los Angeles, com diminuição da visibilidade e da radiaçãosolar.
Já a chuva ácida pode ter origem natural ou antrópica. Os principais
geradores naturais de chuva ácida são os vulcões, que emitem à
atmosfera gases, partículas, compostos de enxofre e poeira; e os
processos biológicos ocorridos nos solos, pântanos e oceanos, além da
respiração animal e vegetal.
Os principais contribuintes antrópicos da chuva ácida estão
relacionados aos ambientes com grande concentração de indústrias e
veículos.
E como ocorre a formação de chuva ácida?
Resposta
A precipitação com elevada acidez ocorre quando em
determinado lugar há elevada concentração de gases na
atmosfera, como o dióxido de enxofre (SO2) e o nitrogênio
(NOx). Esses gases, em contato com gotas de água suspensas
no ar, reagem formando ácidos que, ao precipitar, dão origem à
chuva ácida.

d
Formação da chuva ácida.
Vale dizer que a chuva ácida não ocorre apenas no local onde há
emissões de gases. É possível que esses gases sejam transportados
pelo vento para regiões mais afastadas, podendo provocar a chuva
ácida também em outras regiões.
As principais consequências da chuva ácida são:
Solo acidificado, que pode provocar também a
contaminação de cursos d'água. A contaminação dos
cursos d'água pode provocar perda da biodiversidade,
impedindo o desenvolvimento da vida aquática,
prejudicando o desenvolvimento vegetal, resultando em
empobrecimento nutricional das folhagens.
As plantas podem tornar-se suscetíveis à ocorrência de
pragas e doenças, além de o crescimento das raízes
ficar mais lento, prejudicando o transporte de nutrientes.
d
Dependendo da concentração de ácidos, pode provocar
o desenvolvimento de doenças respiratórias e provocar
estragos nas cidades, ao corroer e ao destruir
monumentos e obras civis.
Em relação à camada de ozônio, ela tem a importância central de
impedir a entrada dos raios ultravioletas. Ao realizar essa função
primária, os resultados são positivos, pois o filtro UV impede um
aquecimento da Terra fora do normal, que, por sua vez, não intensifica o
efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global. Também há
doenças desencadeadas pela destruição da camada de ozônio, como o
câncer de pele, a diminuição de biodiversidade, entre outros. Sua
destruição tem ocorrido pela emissão desenfreada de gases, como
óxido nítrico (NO), dióxido de carbono (CO2), clorofluorcarbonetos
(CFCs) e óxido nitroso (N2O), o que provoca o aumento do efeito nocivo
à saúde humana e do planeta.
Destruição da camada de ozônio. Termelétrica e spray de gases de efeito estufa causando
buraco na camada de ozônio e aquecimento global.
Para abordar uma questão muito discutida mundialmente, que é o
aquecimento global, bem como a intensificação do efeito estufa, vamos
assistir a um vídeo curto e muito interessante sobre o tema.
Aquecimento global e efeito
estufa

d
Neste vídeo, a especialista apresenta a distinção entre efeito estufa e
aquecimento global, além de demonstrar o que é natural e o que é
causado pelo homem, suas causas, consequências, formas de controle,
mitigação, compensação, as ações e os compromissos firmados
mundialmente.
Efeitos sobre o meio biótico
São todos os efeitos da poluição do ar na flora e na fauna, entre os quais
estão:
Necrose foliar, alteração da cor das folhas.
Morte e contaminação de animais.
d
Efeitos sobre a saúde e o bem-estar
humano
A poluição pode afetar olhos, laringe, vias respiratórias, brônquio e
bronquíolos etc.
Possíveis efeitos da poluição do ar na saúde.
Efeitos sobre materiais
Ataque às obras de arte em mármore, corrosão de equipamentos,
sujeira e entupimento de equipamentos.
Sujeira e corrosão causadas pela poluição do ar em
equipamentos.
d
Podemos também realizar a descrição e entender os efeitos por tipo de
poluente, como segue abaixo:
Dióxido de enxofre (SO2)
Entre os efeitos à saúde, podem ser citados o agravamento
dos sintomas da asma e o aumento de internações
hospitalares decorrentes de problemas respiratórios. Este
poluente também é um dos responsáveis pela chuva ácida.
Dióxido de nitrogênio (NO2)
Além de efeitos sobre a saúde humana, apresenta também
efeitos sobre as mudanças climáticas globais. Altas
concentrações podem levar ao aumento de internações
hospitalares, decorrente de problemas respiratórios,
problemas pulmonares e agravamento à resposta das
pessoas sensíveis a alérgenos.
Hidrocarbonetos (HC)
Apresentam potencial causador de efeito estufa (metano).
Material particulado (MP)
Estudos indicam que os efeitos do material particulado
sobre a saúde incluem câncer respiratório, arteriosclerose,
inflamação de pulmão, agravamento de sintomas de asma,
aumento de internações hospitalares, e podem levar à
morte.
Monóxido de carbono (CO)
Este gás apresenta alta afinidade com a hemoglobina no
sangue, substituindo o oxigênio e reduzindo a alimentação
deste ao cérebro, ao coração e ao resto do corpo, durante o
d i ã E b i t ã
d
Legislação relacionada à
poluição atmosférica
O índice de qualidade do ar (IQAr) define o limite máximo para a
concentração de certo poluente na atmosfera. Esse limite de
concentração é um valor padronizado, que varia de acordo com a
agência ou a entidade que o define. Seu objetivo é informar a população
sobre a qualidade do ar em determinada região por meio de uma
linguagem acessível.
Medição da qualidade do ar, com foco no MP 2.5 (material particulado).
As medições são feitas em estações de monitoramento que medem a
concentração dos poluentes, sobretudo a concentração de ozônio e
partículas ao nível do solo. Geralmente, esse IQAr é disponibilizado em
tempo real na estação de monitoramento pelo órgão ambiental que
cuida de sua medição na região.
processo de respiração. Em baixa concentração, causa
fadiga e dor no peito; já em alta concentração, pode levar à
asfixia e à morte.
Ozônio (O3)
Entre os efeitos à saúde estão o agravamento dos sintomas
de asma e de deficiência respiratória, bem como de outras
doenças pulmonares (enfisemas, bronquites etc.) e
cardiovasculares (arteriosclerose). Longo tempo de
exposição pode ocasionar redução na capacidade pulmonar,
desenvolvimento de asma e redução na expectativa de vida.
Saiba mais

d
São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde humana, a
segurança e o bem-estar da população (padrão primário), bem como
ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em
geral (padrão secundário).
Mesmo que o Conama seja responsável a nível federal pelos padrões e a
Resolução Conama nº 003/1990 (complementada pela Resolução
Conama nº 08/1990 e revogada pela Resolução Conama nº 491/2018)
seja a principal norma ainda atual, os padrões de qualidade do ar
estaduais foram inicialmente estabelecidos em 1976, sendo São Paulo e
Rio de Janeiro pioneiros em seus padrões, antes mesmo do padrão
nacional.
Dessa forma, percebe-se que cada estado da federação possui seu
arcabouço legal relacionado ao tema, sendo que, se o estado alterar os
limites de emissões ou o padrão, estes sempre devem ser mais
restritivos em relação aos limites federais.
Além do padrão de qualidade e de seus índices, existem os limites de
emissão, isto é, valores a serem atendidos na saída da chaminé.
Legislação aplicada às fontes
�xas de emissão
Ainda, de acordo com o histórico elaborado por José de Sena Pereira Jr.
para a Câmara dos Deputados em 2007, a legislação que trata sobre o
controle da poluição do ar por fontes fixas de emissão, ou seja, por
indústrias, usinas termelétricas de energia elétrica, mineradoras etc.,
No Brasil, os padrões foram instituídos pelo Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e aprovados pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), sendo até hoje a Resolução Conama nº
003/1990 a principal norma. Essa resolução estabelece os
padrões de qualidade do ar, métodos de amostragem, análise
dos poluentes atmosféricos eníveis de qualidade.
d
teve seu início também com o Decreto-Lei nº 1.413, de 14 de agosto de
1975, prosseguindo com o Decreto nº 76.389, de 3 de outubro de 1975,
que o regulamentou, e com a Lei nº 6.803, de 2 de julho de 1980.
A Lei nº 6.803/1980 trata, especificamente, da localização industrial em
áreas críticas de poluição. A fixação de parâmetros para a emissão de
poluentes gasosos e materiais particulados (materiais sólidos
pulverizados) por fontes fixas começou a ser efetuada por meio da
Resolução do Conama nº 005/1989, que dispõe sobre o Programa
Nacional de Controle da Poluição do Ar – Pronar.
Seguindo um padrão internacional, o Pronar trata da qualidade do ar
estabelecendo padrões de qualidade de acordo com os usos das áreas
consideradas. Tratando-se de um programa pioneiro no país,
estabeleceu metas e instrumentos de ação, incluindo a elaboração de
um inventário nacional de fontes de poluição do ar e de áreas críticas de
poluição.
As Resoluções Conama nº 003/1990 e nº 008/1990 complementam o
Pronar, estabelecendo limites para a concentração de determinados
poluentes no ar. Esses limites tiveram como base normas (ou
recomendações) da Organização Mundial da Saúde (OMS), que levam
em conta limites de concentração compatíveis com a saúde e o bem-
estar humanos.
Como você pode perceber, são muitas normas. Abaixo, estarão listadas
na sequência histórica outras das principais normas relacionadas às
fontes fixas para que você possa enriquecer cada vez mais seus
estudos. Vejamos:
Resolução Conama nº 264/99
Resolução Conama nº 316/02
Resolução Conama nº 382/07
Resolução Conama nº 386/07
Resolução Conama nº 436/11
Resolução Conama nº 497/18
Resolução Conama nº 382/06
Comentário
Embora não tenham estabelecido diretamente os níveis
máximos de emissão, esses instrumentos legais deram
diretrizes para a localização de complexos industriais, de
modo que suas emissões interferissem o mínimo possível em
outras atividades humanas no seu entorno, como: áreas
habitacionais, escolas, instituições de saúde etc.

d
Legislação aplicada às fontes
móveis de emissão
Com relação às fontes móveis, ainda de acordo com o histórico
elaborado por José de Sena Pereira Jr. para a Câmara dos Deputados
em 2007, o estabelecimento de metas para a redução da emissão de
gases e materiais particulados (fuligem e gotículas oleosas) no Brasil,
constituídas por veículos automotores, iniciou-se em 1986. Nessa
época, por meio da Resolução Conama nº 18, de 6 de maio de 1986, foi
instituído o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores – Proconve, com os seguintes objetivos:

Reduzir os níveis de emissão de poluentes por veículos
automotores, visando ao atendimento aos padrões de
qualidade do ar, especialmente nos centros urbanos.

Promover o desenvolvimento tecnológico nacional, tanto na
engenharia automobilística como também em métodos e
equipamentos para ensaios e medições da emissão de
poluentes.

Criar programas de inspeção e manutenção para veículos
automotores em uso.

Promover a conscientização da população com relação à
questão da poluição do ar por veículos automotores.
d

E t b l di õ d li ã d lt d

Promover a melhoria das características técnicas dos
combustíveis líquidos, postos à disposição da frota nacional
de veículos automotores, visando à redução de emissões
poluidoras para a atmosfera.
A Lei nº 8.723, de 28 de outubro de 1993, que “dispõe sobre a redução
de emissão de poluentes por veículos automotores e dá outras
providências”, reproduziu as metas estabelecidas na Resolução Conama
nº 18/1986, que alcançavam até o ano de 2002, e delegou ao próprio
Conama a atualização e o estabelecimento de novas metas.
Medição de emissão de gases em veículo.
O controle da emissão de gases e materiais particulados poluentes por
veículos automotores está previsto também no Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997,
da qual vale ressaltar os artigos 104 e 131. Para atualizar as metas do
Proconve e atender ao disposto no citado art. 104 do CTB, o Conama
expediu muitas outras resoluções.
Como você pode perceber novamente, são muitas normas. Abaixo
estarão listadas na sequência histórica outras (não todas) das principais
normas relacionadas às fontes móveis, de modo que você possa
aprofundar mais seus estudos. Vejamos:
Resolução Conama nº 16/95
Resolução Conama nº 315/02
Resolução Conama nº 403/09
Resolução Conama nº 414/09
Resolução Conama nº 415/09
d
Resolução Conama nº 418/09
Resolução Conama nº 433/11
Promot 2003: Resoluções Conama nº 297/02 e nº 432/11.
Requisitos de licenciamento
ambiental e poluição
atmosférica
Dentro do planejamento de um empreendimento, na fase de
licenciamento prévio, a partir do Estudo de Dispersão Atmosférica (EDA)
para as emissões da atividade específica, são avaliadas as possíveis
fontes emissoras, devendo contemplar, quando possível, dados
observacionais de movimento meteorológico e qualidade do ar, além de
estimativas de concentração dos poluentes simuladas pelos Modelos
de Qualidade do Ar (MQAr). Assim, esse estudo auxilia o órgão
ambiental na concessão da licença com a noção das regiões a serem
afetadas, as condições meteorológicas mais propícias a eventos de
poluição, bem como uma estimativa quantitativa dos possíveis
máximos de concentração de poluentes nas redondezas do
empreendimento.
A base dos EDAs são inventários em dois cenários:
O primeiro utiliza apenas o inventário do empreendimento,
avaliando somente o impacto dessas emissões na região.
O segundo utilizando os inventários dos empreendimentos vizinhos
em um raio específico de forma sinérgica (cenário Sinergia).
Com base nesses estudos, os empreendimentos devem estabelecer os
controles necessários para a prevenção e a redução das emissões, e,
quando não é possível, compensação. Normalmente, dentro do Plano
Básico Ambiental (PBA) do empreendimento, é proposto o Plano ou o
Programa de Controle e Monitoramento da Qualidade do Ar. Esses
planos e programas devem atender às condicionantes específicas sobre
o tema, as quais atendem aos requisitos legais (em sua maioria,
descritos no item acima). Além disso, preveem controles e
monitoramentos, tanto para a fase de obras/implantação quanto para a
fase de operação do empreendimento. Em cada fase,
equipamentos/fontes diversas são acionados e utilizados, sendo as
atividades de controle e de monitoramento específicas para cada
fase/tipo de fontes.

d
Tais planos e programas, portanto, viabilizam o constante
monitoramento da qualidade do ar na região do empreendimento, com o
objetivo de identificar possíveis extrapolações aos limites previstos em
legislação (vide item anterior), indicando assim a eficiência dos
controles aplicados ou, então, a necessidade da melhoria e do
aprimoramento deles. Tudo isso de forma a proteger o meio ambiente e
a saúde humana dos efeitos da poluição atmosférica.
A in�uência da poluição do
ar em nossas vidas
Um estudo realizado com base no Relatório de Qualidade do Ar de 2015,
elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB,
2016), demonstrou que o total de óbitos causados pela poluição (11.200
em 2015) é maior do que as mortes causadas por acidentes de trânsito
(7.867), câncer de mama (3.620) ou aids (2.922).
Você já tinha parado para imaginar isso?
Para efeito de comparação, permanecer duas horas no trânsito da
capital equivale a fumar um cigarro, segundo o estudo. Contudo, as
políticas públicas destinadas ao combate à poluição não têm o mesmo
apelo daquelas realizadas contra os males do tabaco.
Um adendo sobre os odores
Neste momento, ao ler o título acima, você deve estar se perguntando:
Por que os odores serão um adendo?
O odor é um tipo de poluente atmosférico emitido por vários tipos de
fontes e substâncias diversas. Muito se fala e se conhece acerca de
outros poluentes atmosféricos já citados, mas pouco se fala do odor,pois, infelizmente, esse estudo ainda necessita de muitos avanços.
Enquanto há eficientes métodos para medição e redução das
d
substâncias causadoras de odor, os seus efeitos sobre a saúde, por
exemplo, ainda são imprecisos. Além disso, os mecanismos físicos e
químicos responsáveis pela sensação de odor ainda não são bem
conhecidos, o que torna bastante difícil o estabelecimento de uma
unidade de medida de odor, como utilizamos os decibéis para medir
ruídos.
A maior parte das emissões de substâncias que geram odor lançadas
na atmosfera, sejam elas antropogênicas ou naturais, é composta por
misturas complexas de diferentes componentes individuais. A
percepção humana relacionada ao odor varia muito de indivíduo para
indivíduo.
O limite de percepção de odor (LPO) é a concentração de
uma substância no ar, a partir da qual ela passa a ser
perceptível pelo olfato humano.
A percepção do odor se reduz conforme reduz a concentração das
substâncias causadoras do odor, porém isso não é proporcional. Ou
seja, pode-se reduzir 50% da concentração de uma substância e isso
refletir bem menos do que 50% em termos de percepção do odor.
Em relação aos efeitos na saúde, estes são muito difíceis de serem
quantificados. Ainda há grande dificuldade no estabelecimento de uma
relação entre intensidade e tempo de exposição com a magnitude dos
efeitos. Alguns efeitos relatados são: vômitos, náuseas, dores de
cabeça, falta de fôlego e tosse, distúrbio de sono e apetite, irritação nos
olhos, no nariz e na garganta, entre outros. Além disso, alguns grupos de
pessoas são mais suscetíveis ao efeito do odor.
Mais informações sobre controle de odores poderão ser observadas
também como adendo no módulo 2.
Vem que eu te explico
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Mas a�nal, o que caracteriza a poluição atmosférica?

d
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Fontes de poluição atmosférica: o que são e quais são
seus tipos
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Efeitos da poluição atmosférica
Questão 1
Em 1989, foi criado o Programa Nacional de Controle de Qualidade
do Ar (Pronar), que estabeleceu metas para o controle da qualidade
do ar no país. Desde então, vários programas foram criados, como
o Programa de Controle da Poluição por Veículos Automotores
(Proconve), que estabeleceu padrões de emissões de poluentes

Vamos praticar alguns
conceitos?
Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
d
para carros, ônibus e caminhões novos. A partir de 2012, esse
programa passou a estabelecer limites de emissão de poluentes
mais rígidos, visando à redução na poluição atmosférica, em razão
da possibilidade de incorporação de novas tecnologias nos motores
e da utilização de combustíveis com menor teor de enxofre.
Tendo as informações acima como referência inicial e
considerando os efeitos e as características dos principais
poluentes do ar, assinale a opção correta. (Adaptada de: SAEBE/BA
- CESPE/CEBRASPE - Especialista em Meio Ambiente - 2012).
Questão 2
Sabemos que a poluição atmosférica leva a 3 consequências que
afetam diretamente a vida, são elas: A- destruição da camada de
ozônio, B- o efeito estufa e C - chuvas ácidas.
Abaixo, são apresentados alguns gases. Relacione as
consequências da poluição atmosférica aos gases responsáveis
por elas e marque a opção que contenha a correlação correta:
1. Dióxido de carbono
A
Inventariar emissões de gases consiste em
contabilizar a sua quantidade em determinado
período, sem identificar a origem dessas
emissões para a atmosfera.
B
O principal produto da combustão dos motores
dos automóveis, considerando-se o volume
gasoso lançado na atmosfera, é o monóxido de
carbono (CO).
C
Um dos produtos resultantes da combustão do
óleo diesel é o dióxido de enxofre (SO2), um gás
potencialmente capaz de provocar o fenômeno
conhecido como chuva ácida.
D
Poluentes de efeito local são aqueles que não
contribuem para o agravamento dos efeitos
globais da poluição do ar.
E
Poluentes de efeito global são aqueles que
afetam e agravam a poluição do ar de dada região
do planeta Terra.
Responder
d
2. Dióxido de enxofre
3. Clorofluorcarbono (CFC)
2
A A-1; B-2; C-3
B A-2; B-1; C-3
C A-3; B-1; C-2
D A-3; B-2; C-1
E A-1; B-3; C-2
Responder

Técnicas para controle e prevenção da poluição
atmosférica
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever as técnicas e os métodos empregados no controle e na prevenção da poluição
atmosférica.
d
O processo de controle de
emissões
Antes de mais nada, como discutimos no módulo anterior, é importante
relembrar que se mede o nível de poluição do ar, ou a qualidade do ar,
pela quantificação das substâncias poluentes presentes neste meio. E
que a qualidade do ar pode variar e se alterar mesmo quando se
consideram os controles das emissões atmosféricas, em função
basicamente das condições meteorológicas, que influenciam maiores
ou menores concentrações de poluentes.
O controle de emissões consiste em procedimentos destinados ao
abatimento da poluição cuja geração não pode ser evitada (controle
direto e corretivo) ou à prevenção da liberação de poluentes para a
atmosfera (controle indireto e preventivo).
Pensando nas fontes fixas, já podemos citar como exemplo de controle
inicial: estabelecer a melhor tecnologia prática disponível, caso a caso,
baseada no processo produtivo. Já para as fontes móveis, estabelecer o
tipo e a quantidade de energia/combustíveis consumidos visando ao
menor impacto ambiental é um exemplo.
Mas é o monitoramento, como medida de prevenção, o primeiro passo
para avaliar e identificar o estado de um local acerca de sua qualidade
do ar. Assim, somente conhecendo-se os dados de monitoramento do ar
que é possível determinar o grau de controle e os recursos necessários
para mitigar os impactos da poluição atmosférica no meio ambiente e
na saúde humana.
Normalmente, são executados dois métodos de medição de poluentes
atmosféricos:
Determinação da
concentração de poluentes na
 
d
atmosfera (qualidade do ar)
O padrão de qualidade do ar determina
intensidade, concentração, quantidade e
características de toda e qualquer forma
de matéria ou energia, cuja presença no ar
possa ser considerada normal.
 1 de 2 
Além das medições e dos monitoramentos, há medidas de mitigação e
compensação das emissões como formas de controle.
Exemplos de medidas de monitoramento, mitigação e compensação da poluição do ar.
Sendo assim, como antes de tudo se deve conhecer e entender para
poder prevenir e só depois, quando não houver mais possibilidade de
controle indireto, remediar, ou seja, corrigir e abater as emissões, vamos
começar abordando as principais técnicas e os métodos de prevenção,
bem como suas medidas indiretas de controle. Após, vamos adentrar as
principais técnicas e os métodos de caráter direto e corretivo.
Comentário
É preciso destacar aqui que essa divisão entre medidas
indiretas de prevenção e medidas diretas de correção é apenas
para facilitar o entendimento. É fundamental que o
conhecimento técnico seja associado a boas doses de
criatividade, pois, algumas vezes, um equipamento de controle
direto pode ser aplicado como medida preventiva de poluição.

d
Técnicas e métodos de
prevenção da poluição
atmosférica
A avaliação da qualidade do ar, sob um ponto de vista bem amplo, não é
uma tarefa simples, porque envolve não somente a medição da
qualidade do ar ambiente, mas a identificação das principais fontes que
causam poluição medida, estudos de tendência, estimativa da poluição
em áreas não monitoradas e até mesmo previsão de impacto na
qualidade do ar de fontes ainda não instaladas.
Estação de monitoramento.
Nesse sentido, as três principais ferramentas utilizadas para a avaliação
da qualidade do ar são:
Monitoramento da qualidade do ar;
Modelagem da qualidade do ar;
Inventário de emissões.
Todas essas ferramentassão importantes e se complementam para que
se tenha uma completa avaliação da qualidade do ar em determinada
região. Elas identificam o problema e os seus efeitos, dando base para a
formulação de políticas por meio de cenários/modelagens, de forma
que seja possível propor os controles mais adequados.
Vamos então falar um pouco mais sobre cada uma dessas ferramentas
de avaliação da qualidade do ar:
Monitoramento
Entende-se por monitoramento de emissões atmosféricas a avaliação
sistemática de parâmetros físicos e/ou químicos, associados, direta ou
indiretamente, às substâncias sólidas, líquidas ou gasosas,
lançadas/dispersas no ar por determinada atividade.
d
Tal monitoramento está baseado em repetitivas observações ou
medidas, com determinada frequência, de acordo com procedimentos
documentados, acordados com os órgãos fiscalizadores competentes e
realizados para proporcionar uma informação confiável.
Assim sendo, por essa conceituação, distinguem-se os termos medida
de monitoramento e monitoramento.
Medida de monitoramento
Entende-se por medida uma avaliação que envolve um conjunto de
operações para determinar o valor de uma quantidade de
poluentes, implicando a obtenção de um resultado quantitativo
individual.
Monitoramento
Além de incluir a medida do valor de um parâmetro concreto, exige
também o acompanhamento de suas variações, permitindo avaliar
o seu valor verdadeiro em um intervalo de tempo estabelecido.
Amostragem em chaminé.
Para monitorar determinado parâmetro, podem ser adotadas algumas
abordagens, por exemplo: medidas diretas (amostragem em chaminé),
parâmetros indiretos/substitutos, fatores de emissão etc. A escolha da
alternativa de monitoramento depende de: disponibilidade do método,
confiabilidade dos dados, informações e custos.
Rede de monitoramento
Os padrões de qualidade do ar variam de estado para estado, o que já
vimos no módulo 1, no item que aborda a legislação relacionada à
poluição atmosférica.
Em geral, os estados, a partir de seus órgãos ambientais, possuem
redes de monitoramento da qualidade do ar. Com base nas informações
coletadas e analisadas por essas redes, é possível determinar as ações

d
previstas na legislação ambiental, quando os padrões de qualidade do
ar forem ultrapassados e apresentarem níveis que prejudiquem a saúde
pública.
Podemos apresentar um exemplo real que demonstre a influência desse
conceito e, neste caso, vamos conhecer a rede de monitoramento do
estado do Rio de Janeiro.
Inventário de emissões
O inventário de emissões é o estudo e o levantamento das fontes
poluidoras, e tem por objetivo identificar, localizar, quantificar e qualificar
os poluentes que estão sendo emitidos na atmosfera.
O inventário de emissões é muito importante para o gerenciamento da
qualidade do ar no tocante ao desenvolvimento de estratégias que
determinam a aplicabilidade de programas de controle e de mitigação
no licenciamento ambiental.
Por meio do inventário de emissões, é possível conhecer os pontos
críticos de emissões dos diversos poluentes. Além de quantificar as
emissões, o inventário permite verificar se existem desperdícios no
processo, facilitando o controle e o acompanhamento.
Além dos poluentes regulamentados pela Resolução Conama nº
003/1990, hidrocarbonetos (HCs) ou compostos orgânicos voláteis
(COVs) merecem atenção especial em um inventário de emissões,
principalmente, quando se pretende reduzir o problema de elevadas
concentrações de ozônio troposférico.
Os inventários de emissões atmosféricas são ferramentas de
elaboração de estimativas para as emissões em determinada área em
um tempo definido. Nesses inventários, primeiramente, identificam-se
os poluentes de interesse, as fontes poluidoras, caracterizam-se as
REDE AUTOMÁTICA RJ 
REDE SEMIAUTOMÁTICA RJ 
d
emissões e, finalmente, são propostas as estratégias de controle dessas
emissões.
Um inventário de emissões de determinada região permite:

Quantificar a magnitude das emissões.

Evidenciar contribuições relativas.

Projetar as tendências futuras.

Avaliar efeitos de alternativas de desenvolvimento.

Fornecer os dados de entrada para os modelos atmosféricos
utilizados a fim de estudar os processos físico-químicos e
seus efeitos no ambiente.
O inventário das emissões atmosféricas pode seguir duas metodologias
diferentes de acordo com o objetivo do trabalho, adaptando-se às
condicionantes específicas da região em análise:
Metodologia “top-down”:
Discretização espacial dos dados de emissão estimados nos
inventários, por meio da aplicação de fatores de
d ã
d
Inventário de emissões de
Gases de Efeito Estufa (GEE).
Neste vídeo, a especialista apresenta, de forma simples, o conceito, os
princípios, as diretrizes e as etapas de um inventário corporativo de
emissões.
Estudos de dispersão
atmosférica (EDA)
Os EDAs são modelos matemáticos de avaliação do impacto das
emissões sobre a qualidade do ar, devendo ser utilizados, assim como o
inventário, na fase do licenciamento prévio.
Dentro do licenciamento ambiental, o EDA é uma ferramenta poderosa
para antecipar e prevenir os efeitos negativos da implantação e da
operação de um empreendimento ou uma atividade, sendo que seu uso
também é requerido para o licenciamento de novas fontes e ampliação
de fontes já existentes.
desagregação.
Metodologia “bottom-up”:
Recolha de dados das fontes emissoras por meio de
inquéritos e/ou medições diretas.

d
Dados da rede de monitoramento, em conjunto com o inventário,
abastecem o EDA com informações necessárias para que se possa
rodar a modelagem de dispersão dos poluentes em relação aos
receptores.
Medidas indiretas para
controlar a poluição
atmosférica
Medidas indiretas são ações que visam à eliminação da geração de
poluentes, bem como à redução, à diluição, à segregação ou ao
afastamento dos poluentes. Essas medidas são de caráter preventivo,
as quais se deve sempre priorizar em relação àquelas de caráter
corretivo (diretas).
Vamos às medidas indiretas de controle da poluição:
Planejamento territorial e medidas
correlatas
Saiba mais
Assim como o inventário, o EDA é uma ferramenta para o
gerenciamento da qualidade do ar e, com base nele, tanto o
órgão ambiental competente pode exigir novos controles
como também o empreendedor pode ajustar o projeto em
busca de redução de emissões e efeitos adversos.

d
Com um planejamento territorial, a localização pode ser mais bem
definida para diminuir o impacto da poluição atmosférica no meio
ambiente e na saúde humana, considerando a densidade populacional
do entorno, a velocidade de dispersão, o sentido dos ventos etc.
Esse planejamento acaba sendo mais urbano, pois não é a população o
único alvo dessa gestão atmosférica. Muitos outros fatores também
devem ser considerados na localização de um empreendimento, como,
por exemplo, a existência de reservas naturais, áreas agrícolas e
mananciais nas proximidades, o tipo de poluente, a vazão, as
características da geografia local etc.
Esse procedimento é feito pelo empreendedor e analisado pelos órgãos
ambientais competentes, em conjunto com monitoramento, inventário e
EDA anteriormente citados enquanto as principais ferramentas de
prevenção das emissões são a base para medidas de planejamento.
Impedir a geração do poluente (não
gerar)
Para impedir a geração do poluente, existem duas opções: substituir as
matérias-primas e os reagentes ou mudar os processos e as operações.
Susbstituição de matérias-primas e
reagentes
Por exemplo, elimina-se a adição de chumbo tetraetila na
gasolina, usa-se resina sintética em vez de borracha na
fabricação de escovas de pintura etc.
De forma resumida, como se dá esse planejamento? 
d
Mudanças nos processos e nas operações
Utilizam-se operações contínuas automáticas, sistemas
completamente fechados, condensação e reutilização de
vapores (indústria petrolífera), processos úmidos em vez de
secos etc.
Diminuir a quantidade dospoluentes
(redução na fonte)
A fim de se reduzir a quantidade de poluentes produzidos, é necessário
tomar algumas providências, tais quais:
Operar os equipamentos dentro de suas capacidades nominais;
Realizar boa operação e manutenção dos equipamentos de
produção;
Adequar o armazenamento de materiais pulverulentos, utilizar ou
mudar para processos, equipamentos, operações, matérias-
primas, combustíveis e reagentes de menor potencial poluidor.
Em relação a essa questão supracitada, vamos aproveitar para falar um
pouco mais sobre manutenção de equipamentos. Manutenção essa que
pode ser dividida em 3 tipos: preditiva, preventiva e corretiva.
É o acompanhamento periódico de equipamentos ou máquinas,
com dados coletados por meio de inspeções. As técnicas mais
comuns utilizadas para manutenção preditiva podem ser: análise
Atenção
Um empreendimento já instalado, com problemas ambientais
já existentes e claramente definidos, também deve ser alvo de
medidas preventivas. Para isso, é preciso que se faça uma
reavaliação do processo como um todo.

Manutenção preditiva Manutenção preventiva Manut
d
de vibração, ultrassom, inspeção visual e outras técnicas de
análise não destrutivas. Trata-se de um processo que aponta o
tempo de vida útil dos componentes de máquinas e
equipamentos e as condições para que esse tempo de vida seja
bem aproveitado. Ela pode ser comparada a uma inspeção para
acompanhar as condições dos equipamentos.
Os objetivos de fazer a manutenção preditiva são:
Determinar, antecipadamente, a necessidade de
manutenção de peça, ferramenta ou máquina;
Eliminar desmontagens desnecessárias para inspeção;
Aumentar o tempo de durabilidade dos equipamentos;
Reduzir o trabalho de emergência não planejado;
Impedir o aumento de danos.
Diluição por meio de chaminés
elevadas
Chaminés elevadas.
Neste caso, é preciso estar atento com os fatores relacionados ao
processo, como a distribuição espacial das fontes produtoras dos
poluentes e as condições topográficas e meteorológicas da região, pois
isso influencia a eficácia da diluição, que é o objetivo das chaminés
elevadas.
Atenção
A construção de altas chaminés não reduz a emissão, mas
visa à redução da concentração do poluente ao nível do solo.
Essa medida indireta só é recomendável como medida

d
Técnicas e métodos de
correção da poluição
atmosférica
Medidas diretas para
controlar a poluição
atmosférica
Ações diretas são aquelas que visam à adequação (correção) das
emissões atmosféricas às exigências dos padrões legais, mediante a
implantação de equipamentos de controle, diretamente nos pontos de
saída das fontes geradoras.
Assim, elas visam reduzir a quantidade de poluentes descarregada na
atmosfera por meio da instalação de equipamentos de controle (filtros
de ar, coletores de poeiras, lavadores de gases, torres de absorção,
condensadores, depuradores, precipitadores hidrodinâmicos e
incineradores). Em outras palavras, esses equipamentos retiram parte
dos poluentes do meio gasoso, normalmente, transferindo-o para outro
meio, sólido ou líquido. E o principal problema disso é que esse tipo de
medida não resolve o problema da poluição, somente o transfere de um
meio a outro.
Agora, vamos aos tipos e aos exemplos de medidas diretas de controle
da poluição:
adicional para a melhoria das condições de dispersão, cuja
emissão já tenha sido controlada por outros meios.
Exemplo
Podemos falar sobre o meio filtrante para remoção de um
poluente de um fluxo gasoso qualquer. Esse poluente, depois
de aderido ao meio filtrante, fará com que o próprio filtro tenha
que ser administrado como um resíduo perigoso, mas, dessa
vez, como resíduo sólido.

d
Tratamento dos poluentes
Para que os gases possam ser tratados, é necessária a implantação de
um sistema de ventilação capaz de captar, concentrar e conduzir tais
gases até os equipamentos de controle, onde os poluentes são retidos e
o residual mais limpo lançado na atmosfera.
O referido sistema é composto por captores, dutos, ventiladores e
chaminés.
Grande sistema de ventilação de ar, incluindo tubo de grade e ventilador de fluxo de ar para
ventilar o odor no topo externo do edifício.
Equipamentos de controle de
poluição do ar (EPC) para
fontes estacionárias
Como o próprio nome já diz, esses equipamentos têm a função de
controlar a emissão de poluentes na atmosfera. A princípio, eles são
classificados de acordo com o estado físico do poluente. Depois, essa
classificação envolve alguns parâmetros, como o mecanismo de
controle, o uso ou não de água etc.
Dentre os EPCs, podemos citar:
Equipamentos de controle de
material particulado (MP)
d
Coletores secos
Coletores úmidos
Incluem torre de spray (pulverizadores), precipitadores
dinâmicos e eletrostáticos úmidos, lavadores etc.
Equipamentos de controle para gases
e vapores
Incluem adsorventes, absorventes, incineração de gás com chama
direta (flares), incineradores de gás catalíticos, tratamento biológico etc.
Outras técnicas e métodos de
prevenção e controle da
poluição atmosférica
Falamos muito nos itens e subitens anteriores sobre técnicas e métodos
mais voltados à operação e à produção de empreendimentos com foco
nas fontes estacionárias. Agora, vamos citar resumidamente outras
medidas para fases de implantação, construção e obras desses
empreendimentos e dessas medidas voltadas a fontes móveis de
poluição atmosférica.
d

Umectar as vias não pavimentadas e os canteiros de trabalho,
onde ocorre maior e mais intensa movimentação de máquinas
e equipamentos, de forma a minimizar as emissões de
material particulado.

Cobrir as pilhas de agregados que estiverem sem uso
momentâneo com lonas ou efetuar a umectação delas de
forma periódica.

Instalar lavador de pneus para entrada e saída de veículos das
obras, de forma a auxiliar os trabalhos de umectação.

Sinalizar limitação de velocidade máxima para a circulação de
veículos e equipamentos, minimizando o arraste de partículas
para a atmosfera.

Inspecionar o ambiental veicular.

Realizar a manutenção preventiva dos veículos, pois diminui os
riscos de acidentes e reduz a emissão de poluentes.
d
Formas de compensação e
medidas compensatórias das
emissões
Quando não é possível evitar, reduzir e nem abater as emissões
atmosféricas com base nas técnicas e nos métodos abordados,
buscam-se formas de se compensar essas emissões.
No caso do CO2, por exemplo, o sequestro de carbono da atmosfera é
uma das soluções de compensação. As atuais técnicas, também
chamadas de neutralização de carbono, ou reproduzem ou procuram
reforçar as formas naturais de captura de CO2.
Plantio de árvores.
O plantio de árvores é a forma mais comum de compensação por meio
da neutralização do carbono. Além do sequestro de carbono, o
reflorestamento e a conservação de florestas trazem diversos outros
benefícios para o solo, a água, a biodiversidade, entre outros. E assim,
contribui para o chamado equilíbrio ecológico como um todo.
No geral, para outros tipos de poluentes, a compensação só ocorre
depois de esgotadas todas as técnicas e as medidas de controle
abordadas neste módulo. No caso do NOx, por exemplo, essa tem sido
uma medida de compensação financeira.
Como exemplos práticos de compensação financeira por emissões
excedentes, ou seja, acima dos limites exigidos (requisitos legais),
Exemplo
O reflorestamento, a captura por meio de eletrólise e o
sequestro geológico de carbono, que busca devolver o
carbono comprimido para o subsolo por meio de injeção em
um reservatório geológico.

d
temos o estado do Rio de Janeiro, que ainda não possui regramento
específico quanto a procedimentos de compensação por esse tipo de
emissão atmosférica. Mas sabe-se que o estado de São Paulo
regulamentou o assunto por intermédio do Decreto Estadual nº
59.113/2013, inclusive estabelecendo a compensação de 110% de
novas fontes de poluição atmosférica ou de ampliação de instalações
existentes.
Sob esseprisma, verifica-se que, no estado do Rio de Janeiro, o
arcabouço legal acerca do meio ambiente é composto pela Lei nº
6.572/2013, a qual dispõe sobre a compensação (de forma geral) devida
pelo empreendedor por atividade de significativo impacto ambiental. O
referido ato normativo foi atualizado pela Lei nº 7.061/2015, que
inclusive instituiu o Mecanismo Financeiro de Compensação Florestal,
instrumento que permite a realização de compensação mediante
prestação pecuniária.
Veja que, nesse caso, a compensação está diretamente relacionada
com a compensação florestal e, a partir desses regramentos, pode-se
propor ao órgão competente, com base em cálculos por hectare(ha)
florestal e captura em toneladas/ha, o valor para um Termo de
Compromisso de Restauração Florestal. E assim, compensar suas
emissões atmosféricas até que se tenha regramento específico quanto
à compensação de emissões.
Adendo sobre os odores
Como vimos no adendo do módulo 1, o odor é um tipo de poluente
atmosférico emitido por vários tipos de fontes e substâncias diversas.
Já vimos também fontes e efeitos do odor. Agora, no adendo do módulo
2, vamos para a parte do monitoramento e controle do odor de forma
resumida, assim como vimos para outros tipos de poluentes
atmosféricos acima.
Vamos começar entendendo que, basicamente, o resultado das
concentrações da substância causadora do odor emitida na fonte em
Comentário
Experiências com compensações de emissões para alguns
poluentes específicos, como o NOx, são escassas no Brasil.
Quando excedentes de queima não são mitigáveis, por
exemplo, esse excedente é considerado na formulação do
“grau de impacto” do empreendimento, resultando em uma
compensação financeira a ser aplicada em unidades de
conservação (UCs).
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combinação com o transporte atmosférico é o que determina as
concentrações medidas no receptor. Então, o odor na atmosfera chega
até as pessoas por meio de dispersão atmosférica. Logo, o estudo de
transporte de odor pode ser realizado de forma análoga aos de pluma
atmosférica.
Segundo ponto a ser abordado é que as substâncias causadoras de
odor são substâncias químicas, as quais podem ser analisadas por
métodos químicos. Já os odores são sensações que só podem ser
analisadas com base nas respostas dos indivíduos expostos a eles.
Fontes de odor.
Existem 2 tipos de métodos de análise de odores: os químicos
(analíticos) e os organolépticos (sensoriais). Embora os analíticos
sejam úteis na identificação e na quantificação das substâncias do odor,
os sensoriais são o único caminho para obtenção do grau de tolerância
desse odor.
O controle do odor não é simples, sendo um controle específico de
emissão atmosférica, tanto em forma de gás quanto de vapor. Esse
controle é realizado principalmente em emissões de atividades
agrícolas, industriais e de veículos automotores.
Um método natural é a dispersão atmosférica, mas a percepção do odor,
mesmo em concentrações baixas, apresenta dificuldades no controle da
emissão. Por exemplo, emissões fugitivas, instantâneas e/ou ocasionais
como as que ocorrem em válvulas, podem se constituir em odor
significante para a população, mesmo que as fontes primárias de gases,
como chaminés, estejam totalmente controladas.
Por outro lado, na maioria dos casos em que a fonte de odor é pequena,
a solução é relativamente simples e pouco onerosa, ao passo que
pequenos ajustes de processo e manutenção de equipamentos surtem
bastante efeito.
Então, para finalizar esse adendo, podemos citar como os principais
métodos para controle do odor:
Alteração de processos.
Diluição.
Absorção.
Adsorção sólida.
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Oxidação.
Modificação do odor (controverso e não tão eficiente, podendo
mascarar o odor apenas).
Vem que eu te explico
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Medidas diretas para controlar a poluição atmosférica
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Outras técnicas e métodos de prevenção e controle da
poluição atmosférica
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Formas de compensação e medidas compensatórias das
emissões
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Questão 1
Leia a notícia veiculada pela BBC, alertando sobre as
consequências da poluição, e depois responda:
Poluição do ar causa 5,5 milhões de mortes por ano
“Mais de 5,5 milhões de pessoas estão morrendo de forma
prematura no mundo todo ano como resultado da poluição do ar,
segundo dados de uma nova pesquisa. Os pesquisadores de vários
países afirmam que a maioria das mortes está ocorrendo na China
e Índia, economias que estão se desenvolvendo rapidamente. E a
principal causa da poluição do ar é a emissão de pequenas
partículas a partir de usinas de energia, fábricas, veículos e da
queima de carvão e madeira.” (JONATHAN, A., 2016.)
Sabemos que alguns setores da atividade econômica têm
significativo impacto sobre o meio ambiente, em especial, sobre a
poluição do ar, como fábricas, indústrias e usinas. Por outro lado, há
mecanismos, que, se empregados, são capazes de minimizar ou
eliminar os efeitos dessas atividades econômicas sobre a
atmosfera. Marque a opção que aponta corretamente esses
mecanismos:
Vamos praticar alguns
conceitos?
Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
A
Empregar o controle biológico para reduzir o uso
de agrotóxicos.
B
Optar por construir e ativar as unidades
industriais em regiões distantes dos centros
urbanos, pois lá os poluentes gerados em
grandes quantidades não trazem impactos ao
meio ambiente nem à população.
C
Realizar coleta seletiva dos resíduos sólidos nas
residências de todos os colaboradores das usinas
e indústrias.
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Questão 2
(TRANSPETRO - CESGRANRIO - Profissional de Meio Ambiente
Júnior - 2011)
Um programa de controle da poluição do ar tem como objetivo
garantir que os poluentes atmosféricos sejam mantidos em
concentrações tais que não afetem a saúde humana e não causem
danos à flora, à fauna e aos materiais. O controle nas fontes visa
reduzir a concentração dos poluentes antes do seu lançamento na
atmosfera. Com relação aos equipamentos e aos métodos de
controle das emissões atmosféricas em atividades industriais,
considere as afirmativas a seguir.
I. Os incineradores catalíticos são recomendados para a
remoção de material particulado em grandes concentrações,
enquanto, em baixas concentrações, recomendam-se os
incineradores com chama direta.
II. O separador ciclônico tem por base a ação da força centrífuga
sobre as partículas carregadas pelo fluxo de gás, empurrando-
as na direção das paredes, tendo, por isso, melhor eficiência
para partículas pequenas, menores que 5 micrômetros.
III. O controle da emissão de gases e vapores envolve operações
unitárias, como a absorção física e a condensação, podendo
fazer uso de equipamentos como os condensadores e os
absorvedores.
IV. O controle da emissão de material particulado pode ser feito
usando-se equipamentos como os precipitadores
eletrostáticos e os lavadores com atomização pelo gás.
Estão corretas apenas as afirmativas:
D
Empregar equipamentos que reduzam as
emissões de gases, como: catalisadores, filtros
despoluidores nas chaminés, substituição de
combustíveis fósseis por outras fontes de
energia, implantação de tecnologias
despoluidoras.
E
Transferir os resíduos da produção para o solo e
efluentes a fim de resolver a questão do impacto
ao meio ambiente.
Responder
A I e IV
B II e III
d
Considerações �nais
Agora, você já sabe identificar as fontes, as consequências da poluição
atmosférica e também já consegue nomear as técnicas e os métodos
empregados no controle e na prevenção da poluição atmosférica.
Por meio da caracterização da poluição atmosférica em todos os seus
aspectos, além do levantamento dos principais requisitos legais
aplicáveis à temática, é importante que você reveja suas atitudes
individuais e cobre de nossos representantes e superiores atitudes
referentes à qualidade do ar. Comeste conteúdo, você também passa a
ter uma base para se tornar um profissional de meio ambiente, capaz de
identificar, analisar e propor as medidas mais eficientes de prevenção,
mitigação, correção e/ou compensação da poluição atmosférica.
Podcast
Neste podcast, apresentaremos alguns conceitos e a
taxonomia dos instrumentos econômicos (IEs), bem como
outras duas partes que apresentam as experiências com IEs,
para o controle ambiental do ar.
00:00 08:40
1x
C III e IV
D I, II e III
E I, II e IV
Responder
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d
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02972/index.html
Referências
BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de
Trânsito Brasileiro. Brasília: Diário Oficial da União, 1997.
CETESB. Padrões de qualidade do ar. São Paulo, 2021.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. CETESB.
Poluição do ar: gerenciamento e controle de fontes. Material do Curso
de Pós-Graduação Lato Sensu “Conformidade Ambiental com Requisitos
Técnicos e Legais”. Cetesb, 2017.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. CETESB.
Qualidade do ar no estado de São Paulo 2015. São Paulo: Cetesb, 2016.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. CONAMA. Resolução nº
003, de 22 de agosto de 1990. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar,
previstos no Pronar. Complementada pela Resolução nº 08/1990 e
revogada pela Resolução nº 491/2018. Conama, 1990.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. CONAMA. Resolução nº
005, de 15 de junho de 1989. Dispõe sobre o Programa Nacional de
Controle da Poluição do Ar - Pronar. Conama, 1989.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. CONAMA. Resolução nº
18, de 6 de maio de 1986. Estabelece o Programa de Autocontrole de
Emissão de Fumaça Preta por Veículos Automotores do Ciclo Diesel -
Procon Fumaça Preta. Conama, 1986.
FERNANDES, P. S. Gestão de fontes estacionárias de poluição
atmosférica. In: SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.
SENAI. (Org.). Emissões Atmosféricas - EA. Programa Tecnologias e
Gestão Ambiental - TGA. Brasília: Senai/DN, 2014.
INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE. INEA. Relatório da qualidade do
ar do estado do Rio de Janeiro: ano base 2018. Rio de Janeiro: Inea,
2020. 163 p.
JONATHAN, A. Poluição do ar causa 5,5 milhões de mortes por ano.
BBC News, 2016.
LACAVA, C. I. V. Avaliação da qualidade do ar. In: SERVIÇO NACIONAL
DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. SENAI. (Org.). Emissões Atmosféricas
- EA. Programa Tecnologias e Gestão Ambiental - TGA. Brasília:
Senai/DN, 2014.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. SENAI. Questões
ambientais e produção mais limpa. Porto Alegre: UNIDO, UNEP, Centro
Nacional de Tecnologias Limpas SENAI, 2003. 126 p.
d
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Como você pode perceber, são muitos os requisitos legais relacionados
ao tema (fontes fixas, fontes móveis, limites de emissões, índices e
padrões de qualidade do ar etc.). Sendo assim, para que você possa
aprofundar mais seus estudos, busque e leia as normas citadas neste
conteúdo. Todas as resoluções do Conama podem ser acessadas pelo
portal do Ministério do Meio Ambiente.
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