A Química Ambiental é um campo muito interessante de estudos que visa conhecer os processos químicos que ocorrem na natureza, de forma natural ou através de influência humana. Quando estudamos os assuntos de Química Ambiental, podemos compreender as interações do meio ambiente (solo, águas, ar, entre outros) com os compostos químicos dispostos nesses compartimentos.

Assim, através da construção de conhecimento e pesquisa, seremos capazes de entender fenômenos que ocorrem no cotidiano como, por exemplo, a poluição do ar e os impactos associados ao meio ambiente e à saúde humana.

Em atenção a esse cenário, apresentamos nosso Trabalho da Disciplina

Situação problema:

A empresa DELTA, localizada em um município no interior do estado de São Paulo, está realizando uma seleção para contratar gestores ambientais para a área de Meio Ambiente, Saúde e Segurança. Uma das etapas da seleção consiste em fazer uma apresentação sobre Poluição do Ar e Impactos ao Meio Ambiente e à Saúde Humana. O gerente industrial apresenta para os candidatos um texto sobre o tema em questão para orientar na elaboração da apresentação.

Considerando que vocês fazem parte da seleção como candidatos ao cargo de Gestores Ambientais, avaliem o texto orientador, apresentado a seguir, e elaborem a apresentação solicitada pelo gerente industrial.

Poluição Atmosférica e Impactos ao Meio Ambiente e Saúde Humana

Os principais fatores que contribuem fortemente para a poluição do ar são os processos de industrialização, urbanização não planejada, má utilização dos recursos naturais e queima de combustíveis fósseis, sendo esse último o maior responsável pela poluição atmosférica em áreas urbanas onde o fluxo de veículos é bastante intenso e o modelo das edificações favorece a concentração de poluentes nessas áreas.

Um ambiente poluído é aquele que pode de alguma forma prejudicar a saúde e o bem estar dos seres humanos, assim como de todo um ecossistema. Dessa forma, o monitoramento da qualidade do ar é uma ferramenta de suma importância fornecendo elementos que permitem entender o comportamento das espécies químicas na atmosfera. O monitoramento da qualidade do ar é feito de forma contínua através de equipamentos automáticos. Em Salvador, os poluentes monitorados são: dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3) e partículas inaláveis com diâmetro menor que 10µm, também conhecidas com (PM10), além de parâmetros meteorológicos.

Assim, como medida estratégica de controle, prevenção e recuperação da qualidade do ar, a Lei 6.938 de 31/08/1981 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, resolve instituir o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR, visando à proteção da saúde e bem estar das populações pela limitação dos níveis de emissão de poluentes atmosféricos. Como instrumentos do PRONAR, têm-se entre outros, limites máximos de emissão de poluentes e os Padrões de Qualidade do Ar que são definidos pela Resolução 003/1990 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Além do estabelecimento de padrões para os poluentes SO2, NO2, CO, O3 e PM10, a Resolução 003/90 estabelece limites também para Partículas Totais em Suspensão (PTS) e Fumaça (FMC). Manter um padrão de qualidade do ar nos dias atuais que não comprometa a saúde humana em que a demanda por bens e consumo só aumenta e áreas verdes são substituídas por edificações, constitui em um grande desafio.

Os efeitos sobre a poluição atmosférica começaram a ser discutidos desde século XVIII a partir do advento da Revolução Industrial quando o trabalho até então manual começou a ser desenvolvido por máquinas a vapor que já emitia quantidades significativas de fumaça para a atmosfera. Com o desenvolvimento econômico e tecnológico, o problema foi se intensificando. Atualmente, essa temática está sendo muito discutida principalmente entre a comunidade acadêmica e científica, por se tratar de um problema que afeta diretamente o meio ambiente e o homem.

De acordo com Lisboa (2007), os efeitos deletérios da poluição sobre a saúde humana ganhou ênfase a partir dos fatos ocorridos no Vale Meuse na Bélgica em 1930, em Donora (Pensilvânia), nos EUA em 1948, entre outros fatos históricos em que altas concentrações de fumaça foram responsáveis por milhares de internações e óbitos por doenças respiratórias e cardiovasculares.

A atmosfera pode ser considerada poluída quando existir violação dos padrões da qualidade do ar, ou seja, quando as concentrações de poluentes são superiores ao limite estabelecido para uma determinada região. A maioria das vítimas da poluição do ar não morre durante um episódio crítico, segundo Lisboa (2007), seus sistemas imunológicos se tornam fracos e então contraem alguma doença respiratória ou outro sintoma associado à poluição do ar, enfraquecem gradativamente até a morte normalmente de pneumonia, ataque cardíaco, falha de algum órgão vital ou ainda desenvolvem doenças como o câncer e geram crianças com defeitos de nascença. As principais vítimas dos da poluição atmosférica são as crianças, os idosos e pessoas que já sofrem de doenças cardiorrespiratórias.