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Aula-3-Nascimento-da-Filosofia_-Da-Natureza-aos-negócios-humanos-1

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Nascimento da filosofia: 
da natureza aos negócios ético-políticos
Aula 3
Revisão Aula 2:
O princípio da Filosofia;
O Thauma como impulso para o filosofar;
Physis e Arché;
Escola de Mileto (Thales, Anaximandro e Anaxímenes);
Heráclito e Pitágoras.
Mito - aceitação e transmissão (caráter dogmático)/ Filosofia - crítica, transmissão e rompimentos (caráter crítico)
Thales de Mileto - O primeiro filósofo, segundo Aristóteles, em Metafísica. 
(Influência dos Egípcios sobre Thales)
Physis - O mundo natural. Arché - a substância primeira.
Para pensar:
Por que estamos estudando esses pensadores?
Doxografia e fragmentos - modos de conhecer os pré-socráticos
Somos herdeiros do pensamento filosófico-científico (O mundo se abre à possibilidade de explicação total)
A História da Filosofia se confunde com a história do saber e da técnica no Ocidente, tendo dado seu início. 
Por que estamos estudando esses pensadores?
Somos herdeiros do pensamento filosófico-científico (O mundo se abre à possibilidade de explicação total);
Explicação pela própria Physis;
Causalidade;
Causa primeira: arché.
Pré-socráticos - noção de causalidade -> conexão causal entre fenômenos naturais. 
Por que estamos estudando esses pensadores?
2. A História da Filosofia se confunde com a história do saber e da técnica no Ocidente, tendo dado seu início. 
Pré-socráticos - noção de causalidade -> conexão causal entre fenômenos naturais. 
“O que é novo na filosofia grega, o que é acrescentado de novo a tudo isso, parece-me consistir não tanto na substituição dos mitos por algo de mais “científico”, mas sim em uma nova atitude em relação aos mitos. Parece-me ser meramente uma consequência dessa nova atitude o fato de que seu caráter começa então a mudar. ”
Popper, Karl. “O balde e o holofote” (apêndice), in Conhecimento objetivo. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1974.
Pré-socráticos - noção de causalidade -> conexão causal entre fenômenos naturais. 
“A nova atitude que tenho em mente é a atitude crítica. Em lugar de uma transmissão dogmática da doutrina (na qual todo o interesse consiste em preservar a tradição autêntica) encontramos uma tradição crítica da doutrina. Algumas pessoas começam a fazer perguntas a respeito da doutrina, duvidam de sua veracidade, de sua verdade. A dúvida e a crítica existiram certamente antes disso. O que é novo, porém, é que a dúvida e a crítica tornam-se agora, por sua vez, parte da tradição da escola.”
Popper, Karl. “O balde e o holofote” (apêndice), in Conhecimento objetivo. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1974.
Pré-socráticos - noção de causalidade -> conexão causal entre fenômenos naturais. 
“Uma tradição de caráter superior substitui a preservação tradicional do dogma. Em lugar da teoria tradicional, do mito, encontramos a tradição das teorias que criticam, que, em si mesmas, de início, pouco mais são do que mitos. É apenas no decorrer dessa discussão crítica que a observação é adotada como uma testemunha. Não pode ser por mero acidente que Anaximandro, discípulo de Tales, desenvolveu uma teoria que diverge explícita e conscientemente da de seu mestre, e que Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, tenha divergido de modo igualmente consciente da doutrina de seu mestre. ” 
Popper, Karl. “O balde e o holofote” (apêndice), in Conhecimento objetivo. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1974.
Pré-socráticos - noção de causalidade -> conexão causal entre fenômenos naturais. 
“A única explicação parece ser a de que o próprio fundador da escola tenha desafiado seus discípulos a criticarem sua teoria e que eles tenham transformado esta nova atitude crítica de seu mestre em uma nova tradição.” 
Popper, Karl. “O balde e o holofote” (apêndice), in Conhecimento objetivo. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1974.
Pré-socráticos - noção de causalidade -> conexão causal entre fenômenos naturais. 
Empédocles (490-430 a.C.)
Doutrina dos 4 elementos: fogo, água, terra e ar;
A realidade se move através de amor (philia) e ódio (neikos);
Busca sintetizar o pensamento anterior; 
Os elementos são a raiz de todas as coisas e sua combinação traz a pluralidade do mundo natural.
Leucipo (570-490 a.C.)
Discípulo de Zenão de Eléia;
Fundador da escola atomista;
Mais conhecido através de seu discípulo Demócrito;
(Língua grega):
ἄτομος:
Não passível de corte;
Indivisível;
Individual.
Demócrito (460-370 a.C.)
Mais conhecido através de Epicuro;
A realidade consiste em átomos e no vazio;
Átomos se atraem e se repelem, gerando movimento;
Acaso e a necessidade.
Antecipa a física atômica contemporânea
Mobilismo x Imobilismo
O primeiro grande conflito teórico da História da Filosofia: Heráclito x Parmênides.
Influência no pensamento de Platão
Heráclito de Éfeso (500 a.C.)
O primeiro grande pensador do pensamento dialético;
A vida é um fluxo constante, impulsionado por forças contrárias;
“Pólemos (luta, guerra) é princípio de todas as coisas”;
O ser é vir-a-ser (devir);
Heráclito imaginava a realidade do mundo na forma de fogo. Energia que se consome
Heráclito, o Obscuro - difícil tradução;
Dialética - definição (διαλεκτική) - Contraposição e contradição que levam a um outro estágio;
O primeiro grande conflito teórico da História da Filosofia: Heráclito x Parmênides.
Dia x Noite/ Calor x Frio/ Vida x Morte
Parmênides (570-490 a.C.)
Adversários dos mobilistas;
Monistas: defendem uma realidade única;
Distinção entre realidade e aparência; 
O ser é esférico: perfeito;
Se afastar da opinião e da experiência sensível e buscar a verdade.
O primeiro grande conflito teórico da História da Filosofia: Heráclito x Parmênides.
Influência no pensamento de Platão
O primeiro grande conflito teórico da História da Filosofia: Heráclito x Parmênides.
Influência no pensamento de Platão
Zenão de Eleia 
Discípulo de Parmênides;
Paradoxos como formas de ilustrar o imobilismo;
Defesa da filosofia monista e contra a noção de movimento;
Paradoxo de Aquiles e a tartaruga;
Paradoxo da Flecha imóvel;
Paradoxos e matemáticas
https://www.youtube.com/watch?v=EfqVnj-sgcc&ab_channel=TED-Ed
https://www.youtube.com/watch?v=EfqVnj-sgcc&ab_channel=TED-Ed
Os Sofistas 
σοφιστής - sófos (sábio) + sufixo indicador de atividade
O mestre de uma arte;
Alguém que é sábio, prudente ou filósofo;
Professor, tutor;
Alguém que proclama uma falsa sabedoria.
https://en.wiktionary.org/wiki/%CF%83%CE%BF%CF%86%CE%B9%CF%83%CF%84%CE%AE%CF%82
https://universoracionalista.org/gorgias-e-o-logos/
Mestres da Persuasão/ Convincência:
Cultura Grega: 
A deusa da persuasão e da sedução. Companhia de Afrodite e oposta à Força; 
Língua grega - Πειθώ:
Convencer ou persuadir.
Enganar.
“Mestres do discurso, da persuasão”
“A retórica é a antístrofe da dialética” Aristóteles, Retórica I
Da Natureza para as questões ético-políticas;
Interesse no homem e nas relações políticas;
A Grécia estava com cada vez mais estabilidade e precisava de instituições sólidas (contexto econômico e político);
Conciliar as diferentes tendências e direitos;
Isegoria contra violência;
Persuadir, convencer, justificar, explicar. Não se dispõe mais da força ou dos privilégios
“A retórica é a antístrofe da dialética” Aristóteles, Retórica I
Adversários de Sócrates, Platão e Aristóteles
O papel do lógos na Grécia Clássica e na produção de consensos;
Lutas políticas e conflitos nas assembleias: diálogo;
Retórica nos tribunais, na assembleia e nos funerais;
Como se justifica o que se diz? Filósofos e Sofistas;
Lógos e interesse.
Persuadir, convencer, justificar, explicar. Não se dispõe mais da força ou dos privilégios
“A retórica é a antístrofe da dialética” Aristóteles, Retórica I
Adversários de Sócrates, Platão e Aristóteles
Sofistas não são um grupo homogêneo;
Preparação dos cidadãos para a vida pública;
Platão e Aristóteles atribuíram uma negatividade às palavras sofista e sofisma;
Contribuições à Filosofia eaos estudos de linguagem.
Persuadir, convencer, justificar, explicar. Não se dispõe mais da força ou dos privilégios
“A retórica é a antístrofe da dialética” Aristóteles, Retórica I
Adversários de Sócrates, Platão e Aristóteles
Górgias de Leontino (487-380 a.C) 
“Em seu escrito, Sobre o não-ser ou sobre a natureza, ele [Górgias] coloca em questão três preceitos que se seguem: um, o primeiro, que nada é; o segundo, que mesmo que se é, não pode ser apreendido pelo homem; o terceiro, que mesmo se pode ser apreendido, não pode, portanto, ser reformulado e explicado a seu próximo (2005, p. 283).” Sexto Empírico
Logo, não parece que seu propósito é negar a existência da verdade, mas sim demonstrar que ela é desprezível.
Górgias de Leontino (487-380 a.C) 
- Impossível defender o conhecimento em um sentido estável e definitivo;
- “3 pontos centrais: o nadificar do ser, a sua incomunicabilidade e a sua incognoscibilidade.”
Podemos perceber Logo, não parece que seu propósito é negar a existência da verdade, mas sim demonstrar que ela é desprezível.
Górgias de Leontino (487-380 a.C.)
Elogio e Acusação de Helena;
“Pois, ou pelas intenções do acaso, pelos desígnios dos deuses e pelos decretos da necessidade ela fez o que fez, ou por ter sido arrebatada com violência, ou persuadida pelas palavras, 2 . Se foi pela primeira causa, merece ser responsabilizado aquele que foi responsável: pois, o desejo de um deus é impossível obstruir com a previdência humana.”
Elogio de Helena: https://drive.google.com/drive/u/4/folders/1C5k55HsXEd0ed9x8KR-NY-OgEbvqWy-y
Protágoras (490-421 a.C.)
“O homem é a medida de todas as coisas, das que são como são e das que não são como não são”
Humanismo e relativismo;
Explicação do real a partir de aspectos fenomênicos - as coisas são como parecem ser para nós;
Não temos outro critério além de nós, nosso conhecimento depende das circunstâncias e pode variar;
Deve-se defender-se da melhor forma possível.
Paradoxos e matemáticas
(ENEM 2016) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo — terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo —, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa. DIÓGENES. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1967. 
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem:
A) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza. 
B) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras da democracia. 
C) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. 
D) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis. 
E) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade.
(ENEM 2016)
TEXTO I Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne. 
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado). 
TEXTO II Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se? 
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). 
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das: 
A) investigações do pensamento sistemático. 
B) preocupações do período mitológico.
C) discussões de base ontológica. 
D) habilidades da retórica sofística. 
E) verdades do mundo sensível.
(ENEM 2021) Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o contra, conforme o entendimento de cada um. HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).
O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o):
A) A ideia do bem, demonstrado na mente com base na teoria da reminiscência. 
B) relativismo, evidenciado na convencionalidade das instituições políticas. 
C) ética, aprimorada pela educação de cada indivíduo com base na virtude. 
D) ciência, comprovada empiricamente por meio de conceitos universais. E religião, revelada pelos mandamentos das leis divinas.
E) religião, revelada pelos mandamentos das leis divinas.
Próxima aula: 
Sócrates e Platão
Para pensar:
Com quem estou quando estou sozinho?
A História da Filosofia se confunde com a história do saber e da técnica no Ocidente

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