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Ebook Precisamos falar sobre suicídio

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Precisamos
falar
sobre
SUICÍDIO
PROJETO DE EXTENSÃO: 
SAÚDE MENTAL NA FACULDADE
CURSO DE ENFERMAGEM 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESUCA
Setembro, 2020
PROJETO DE EXTENSÃO 
SAÚDE MENTAL NAFACULDADE: SER LEVE DEPENDE DENÓS E DE VOCÊ! 
DAYANE DE AGUIAR CICOLELLA
Docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Cesuca
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 
Mestre em Enfermagem pela UFRGS.
MÁRCIA DORNELLES MACHADO MARIOT
Docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Cesuca
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e do
Adolescente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Mestre em Enfermagem pela UFRGS
Organização
Autores e colaboradores
Aline Silva dos Santos Dapper
Enfermeira
Amanda Comerlato da Silva
Acadêmica de Enfermagem
Angela Marceli Felicio dos Santos
Acadêmica de Enfermagem
Camila da Rosa Maracci
Enfermeira
Cristian Mateus Valada Doro
Acadêmico de Enfermagem
Dayane de Aguiar Cicolella
Docente em Enfermagem
Débora Feijó da Silva
Acadêmica de Enfermagem
Josiane Palavro Barros 
Acadêmica de Enfermagem
Márcia Dornelles Machado Mariot
Docente em Enfermagem
Priscila Alberton Rodrigues
Acadêmica de Enfermagem
Rute Garcia e Silva
Acadêmica de Enfermagem
Edição do E-book 
Revisão  
Dayane de Aguiar Cicolella
Márcia Dornelles Machado Mariot
Angela Marceli Felicio dos Santos
Camila da Rosa Maracci
Sumário 
O que é o Setembro Amarelo? 
Mitos e verdades sobre o suicídio 
Populações vulneráveis ao suícidío
Epidemiologia no Brasil 
/
/
/
/
/ Estratégias de manejo com pessoasem situação de risco para o suicídio
Identificando riscos e sinais de
alerta para o suicídio/
/
/
/O que fazer se o risco forconfirmado?
Onde pedir ajuda?
Suicídio e pandemia Covid-19 
Prefácio 
O Projeto de Extensão Saúde Mental na Faculdade do
Curso de Enfermagem do Centro Universitário Cesuca
foi criado em Março de 2020 com o intuito de ser uma
rede de apoio aos acadêmicos, visto que o período da
graduação é considerado um momento de grandes
desafios. O objetivo do projeto é fazer com que os
estudantes, ao possuírem essa rede de apoio, passem
por esse período de uma forma mais leve e prazerosa. 
Em constante crescimento, o projeto hoje conta com
perfis nas principais redes sociais e um grande
engajamento entre a população geral, estendendo seu
objetivo além da comuidade acadêmica.
QUEM SOMOS?
Introdução 
O suicídio é um assunto rodeado de tabus.
O estigma relacionado ao tema faz com
que muitas pessoas não procurem ajuda . 
É preciso falar sobre suicídio de forma
responsável e consciente. 
Não precisamos esperar o setembro para
fazermos ações de prevenção ao suicídio.
Fale, escute, acolha e tenha empatia o ano
inteiro!
O setembro amarelo teve origem nos EUA após a morte
prematura de um adolescente chamado Myke Emme,
menino muito habilidoso e apaixonado por carros, que
reformou sozinho um Mustang, pintando-o de amarelo. 
Seus pais e amigos não perceberam, mas o jovem
sofria de transtornos psicológicos e no ano de
1994 cometeu suicídio. No dia de seu velório,
amigos prepararam cartões com laços amarelos
com a mensagem “Se você precisar, peça ajuda” e
distribuíram a inúmeras pessoas. 
O que é o Setembro Amarelo?
Se você 
precisar,
peça
 ajuda
Os cartões realmente ajudaram
pessoas que estavam passando por
momentos difíceis e encontravam-se
sem esperanças. Então, esse episódio
serviu de estopim para campanhas de
conscientização sobre a prevenção ao
suicídio e o laço amarelo, colocado
nos cartões, foi escolhido como o
símbolo desta campanha tão nobre e
importante.
No Brasil, a campanha do Setembro Amarelo teve
início em 2015 quando o Centro de Valorização da
Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM)
e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) se
uniram em prol da campanha. 
O mês inteiro é marcado por ações, palestras e
caminhadas de conscientização. O dia 10 de
setembro é o ponto alto da campanha, definido
oficialmente como o Dia Mundial de Prevenção ao
Suicídio. A campanha teve crescimento relevante 
a partir de 2016, através de parcerias
importantes firmadas com instituições públicas e
privadas. 
Desde então, monumentos
nacionais como o Cristo
Redentor,
 Palácio da Alvorada 
e pontos turísticos
 são iluminados com a cor
amarelo, símbolo da
campanha.
É importante que todos tenham
disponível um conhecimento baseado
em evidências científicas sobre esse
assunto. Muitos preconceitos são
criados e falsas informações
divulgadas.
Mitos e verdades sobre o suicídio 
Aqui reunimos
mitos baseados
no conhecimento
da população
em geral.
Muitas pessoas vivem com
transtornos mentais e não são
afetadas por pensamentos
suicidas. Bem como nem todas
as pessoas que tiram sua vida
têm algum transtorno mental. 
Nem sempre a pessoa deseja a
morte, muitas vezes quer apenas
parar de sofrer.
MITO: O indivíduo com pensamento
suicida sempre tem problemas
mentais. 
MITO: Quem planeja se matar está
determinado a morrer.
Pessoas que falam sobre ideações
suicídas estão pedindo ajuda e
suporte. Fique atento, poi elas
poderão cometer o ato
independente de falar sobre o
assunto.
O suicídio não escolhe classe, cor,
sexo, gênero e religião.
MITO: Quando alguém fala em
suicídio está apenas querendo chamar
atenção e não fará mal à ela mesma.
MITO: O suicídio só acontece "com
aquelas pessoas diferentes", a nós
"normais" ele não atinge.
Quando a pessoa apresenta
melhoras não significa que ela não
irá praticar o ato ou que já
desistiu. Muito pelo contrário,
pode já ter decidido e estar apenas
esperando a oportunidade de
cometê-lo.
Ao contrário do que se pensa, a
maioria dos suicídios são
precedidos por sinais verbais de
alerta.
MITO: Uma pessoa que já tentou
suicídio e apresenta melhoras, não irá 
tentar outra vez.
MITO: Quem quer se matar não avisa.
O tema deve ser abordado
abertamente e com cautela. Ao
conversar podemos fazer a pessoa
refletir sobre o assunto e procurar
ajuda. 
Nem todos os atos suicidas podem
ser hereditários. Porém, o histórico
familiar de suicídio é fator de risco a
ser considerado, especialmente
quando há casos de depressão na
família.
MITO: Falar sobre suicídio com alguém
que tem inclinação suicida irá
influenciá-lo ainda mais. 
MITO: Suicídio é hereditário.
Qualquer pessoa com ideação
suicida deve ser levada a sério,
mas vale salientar que o
alcoolismo é um dos fatores de
risco para a prática do suicídio.
Então, essa pessoa mais do que
nunca deve ser ouvida e acolhida.
Infelizmente é uma crescente o
número de suicídios entre crianças
e adolescentes.
MITO: Uma pessoa bêbada que fala
em suicídio não deve ser levada a sério
MITO: Crianças não são capazes de
cometer suícidio. 
Populações vulneráveis ao suícidío
Contudo, o fator de risco mais
prevalente é o histórico de tentativa
pregressa, ou seja, quando já houve
tentativas de suicídio. 
Há uma série de 
fatores que influenciam 
na taxa de suicídio, 
como por exemplo
 o perfil e estilo de vida
dos indivíduos que
apresentam o
comportamento suicida. 
usuários de álcool e drogas
grupos LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros
e intersexuais)
refugiados e migrantes
indígenas
 jovens descendentes negros
 vítimas de violência sexual
 portadores de HIV
 moradores de rua
 gestantes
 pacientes internados em hospitais e clínicas
 presidiários
 portadores de doenças crônicas-degenerativas
pessoas com doença mental como depressão e
esquizofrenia 
Todo ser humano algum dia poder a vir cometer
um ato suicida, independentemente de sua
situação e qualidade de vida. 
Entretanto, existem classes mais vulneráveis e
propensas a efetuar práticas suicidas, tais como:
Epidemiologia no Brasil 
Em todas partes do mundo ocorrem suicídios. No
Brasil, estima-se que ocorram mais de 800 mil mortes
anualmente. Conforme dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4%
de todas as causas de mortes no mundo, sendo a 15ª
causa de mortalidade na populaçãogeral e a
segunda, entre os jovens de 15 a 29 anos.
Segundo o Boletim
Epidemiológico sobre Suicídio,
do Ministério da Saúde, o perfil
das notificações de violência
autoprovocada registradas no
Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN),
entre o período de 2011 a 2018,
demonstraram 339.730 casosde
violência autoprovocada. 
No que tange as tentativas de
suicídio, o maior percentual
ocorre em entre as mulheres,
representando 69% dos casos. 
 
No entanto, mesmo que as
tentativas sejam mais
prevalentes entre as
mulheres, a mortalidade é
mais elevada em homens
com 9 mortes por 100 mil
habitantes (79%). 
Em síntese, as mulheres tentam mais o
suicídio, mas são os homens que
conseguem chegar ao ato em maior
proporção.
Em relação à raça,
deve-se uma importante
atenção à população
indígena e em especial
entre os jovens, pois
44,8% dos suicídios
indígenas ocorreram
entre os 10-19 anos. 
. 
Cabe destacar, ainda, que em nosso país, há um
índice maior de suicídios em idosos com idade
superior a 70 anos, representando 8,9 mortes
para cada 100 mil habitantes. 
Há uma proporção
semelhante em indivíduos
solteiros, divorciados e
viúvos.
 Estratégias de manejo com pessoas
em situação de risco para o suicídio
O suicídio é de fato um tema complexo.
Requer reflexão e precaução do cuidador
(profissionais, família ou amigos) para lidar
com os possíveis danos. O pensamento
suicida é composto, geralmente, por ameaças
de suicídio, seguidos de tentativas e, por fim,
em alguns casos o ato consumado.
A principal estratégia de
prevenção ao suicídio é saber
ouvir e conversar com a
pessoa, estando disposto a
escutar seus medos, anseios,
tristezas, problemas e
angústias sem julgar esse
indivíduo. Durante a conversa,
é importante saber identificar
os sinais de alerta ao suicídio
e, uma vez percebido alguns
deles, realizar as intervenções
necessárias para minimizar
esse desfecho. 
É necessário avaliar durante a conversa se a
pessoa fala abertamente sobre suicídio e sua
intenção, sobre automutilação, assim como
se ela apresenta algum transtorno mental, 
avliar sobre a possibilidade da dor crônica ou
sofrimento emocional pois, essas pessoas 
precisam ser avaliadas e acompanhadas com
mais atenção e frequência.
Caso esse indivíduo
apresente ideias,
pensamentos ou até
mesmo planos de
cometer suicídio ou
autoagressão, faz-se
necessário uma
maior investigação
na estrutura e
organização desses
planos. 
Perguntas como data, local e
maneira de realizar devem ser
consideradas, a fim de traçar
métodos para impedir o ato em si.
Outro questionamento
importante a ser realizado
frente a uma pessoa em risco
para o suicídio é questionar
quais as razões para se
autoagredir e quais a
impediriam. 
Ressalta-se que é de extrema
relevância que haja um
vínculo entre as pessoas
dessa conversa, sem
julgamento mas, sim, com
empatia. 
Existem algumas perguntas que podem ser
utilizadas quando se desconfia que uma
pessoa possa estar sob risco de suicídio: 
Você tem planos para o futuro?
A vida vale a pena ser vivida?
Se a morte viesse, ela seria bem-vinda?
Você está pensando em se machucar/
se ferir/fazer mal a você/em morrer?
Você tem algum plano específico para
morrer/se matar/tirar sua vida?
Você fez alguma tentativa de suicídio
recentemente?
Após realizada essa avaliação, é
importante verificar a rede de apoio
dessa pessoa, família, amigos, vizinhos,
buscar acompanhamento e auxílio dos
profissionais competentes e não deixar a
pessoa sozinha enquanto se busca essa
ajuda. 
Identificando riscos e sinais de
alerta para o suicídio
Pessoas em sofrimento e sob risco de
suicídio costumam transmitir certos sinais
de comportamento para chamar a atenção
de seus familiares e amigos próximos. Esses
indivíduos costumam falar sobre morte e
suicídio mais do que o habitual, relatam se
sentir sem esperanças, culpadas, com
ausência de autoestima e visão negativa de
sua vida e futuro. Também, podem
expressar essas ideias de forma verbal,
escrita ou por meio de desenhos. 
É importante atentar para
comentários como:
 “Eu queria poder dormir e nunca
mais acordar".
"Vou desaparecer e deixar vocês em
paz". 
"É inútil tentar fazer algo para
mudar". 
"Eu não aguento mais, eu só quero
morrer.”
Indivíduos com pensamentos
suicidas também podem se isolar,
ficando em casa ou fechadas em
seus quartos, não atendendo aos
telefonemas, interagindo menos nas
redes sociais, diminuindo ou
cancelando atividades sociais,
principalmente aquelas que
normalmente gostavam de
participar. 
Nesse contexto, ressalta-se que existem
situações que podem colaborar para que
o risco de suicídio aumente, são elas:
perda de emprego, discriminação por
orientação sexual e identidade de
gênero, agressões psicológicas e/ou
físicas, crises políticas e econômicas,
sofrimento no trabalho, conflitos
familiares, divórcio, perda de um ente
querido, alcoolismo, transtorno mentais,
doenças crônicas, dolorosas e/ou
incapacitantes, entre outros. 
Uma das melhores maneiras de descobrir se
uma pessoa tem pensamentos de suicídio é
perguntar para ela. Mas para que isso seja
feito, ao nos comunicarmos, devemos manter a
calma, o respeito e a empatia. 
Deve-se ouvir atentamente, conversar
honestamente e com autenticidade, demonstrar
preocupação, cuidado e afeição, focalizar nos
sentimentos da pessoa e muito importante, não
fazer julgamentos. 
Algumas atitudes devem ser evitadas durante a
comunicação: demonstrar estar chocado ou
muito emocionado, interrompê-lo
frequentemente, fazer com que se sinta numa
posição de inferioridade, dizer que está
ocupado, fazer comentários invasivos e
perguntas indiscretas. 
 
Não é fácil perguntar para uma pessoa
sobre sua ideação suicida. É importante
que o faça gradualmente e as perguntas
devem ser realizadas com cuidado,
preocupação e compaixão. 
QUANDO PERGUNTAR? 
• Quando a pessoa tem o
sentimento de estar sendo
compreendida;
• Quando a pessoa está
confortável falando sobre seus
sentimentos; 
• Quando a pessoa está falando
sobre sentimentos negativos de
solidão, desamparo, etc.
O QUE PERGUNTAR?
• Você se sente triste?
• Você sente que ninguém se
preocupa com você?
• Você sente que a vida vale a pena
ser vivida?
• Você tem planos para o futuro?
• Você acha que a morte seria bem-
vinda?
PERGUNTAS IMPORTANTES!
DESCOBRIR SE A PESSOA TEM UM PLANO
DEFINIDO PARA COMETER SUICÍDIO:
• Você fez algum plano para acabar com 
sua vida?
• Você tem uma ideia de como 
você vai fazê-lo?
DESCOBRIR SE A PESSOA TEM OS MEIOS
PARA SE MATAR:
• Você tem pílulas, uma arma, inseticida,
 ou outros meios?
• Os meios são facilmente disponíveis 
para você?
DESCOBRIR SE A PESSOA FIXOU UMA
DATA:
• Você decidiu quando você planeja acabar
com sua vida?
• Quando você está planejando 
fazê-lo?
Tais informações servem para
avaliar o risco de suicídio, porém
não existem classificações precisas
e objetivas que nos levem a ter
certeza de que o indivíduo cometerá
tal ação.
Ao perceber que a pessoa está realmente com
pensamentos suicidas, você deverá tentar
conversar com a pessoa em sofrimento e indicar
a procura do serviço especializado
imediatamente para avaliação do quadro.
O que fazer se o risco for
confirmado
Deve-se fazer com que a pessoa
se sinta acolhida e
compreendida. 
Nessa hora, não é necessário
entender os problemas que levam
a essa ideologia, mas sim acolher
e mostrar-se disponível para
ouvi-la. Caso a conversação não
seja aceita, você pode aconselhar
a procura de uma outra pessoa a
qual se sinta mais à vontade para
desabafar. 
Importante: tente não deixar a pessoa
sozinha. Mantenha-a cercada de pessoas que
tragam conforto e tranquilidade, procure
retirar objetos que possam servir como meios
para o suicídio (facas, cordas, armas). Caso
a pessoa esteja em tratamento medicamentoso
de uso diário, ela deve ser acompanha quanto
fizer a utilização. Observe o comportamento,
tente acalmá-la de uma forma eficaz! 
LIGUE
Quando existe uma tentativa de
suicídio, é necessário realizar
contatoimediato com a Rede de
Urgência e Emergência. 
Em alguns casos, pode ocorrer
autoagressão com ferimentos
e/ou intoxicações. Nestes casos,
deve-se realizar o atendimento
imediato, devendo assim ser
acionado o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU). 
Suicídio e pandemia COVID-19
A pandemia de Covid-19 impactou, de
forma bastante significativa a forma como
as pessoas se relacionam consigo mesmas e
com os outros, bem como, na necessidade
de luta para a prevenção ao suicídio. O fato
de as pessoas terem que se acostumar a
uma nova rotina imposta pelo momento que
estamos vivendo, a convivência em
ambientes precários, o luto por perder entes
queridos, o medo, ansiedade em esperar
resultados de testes realizados, incertezas,
o isolamento, solidão, 
desesperança acabam 
agravando o sofrimento
 psíquico. 
Com a pandemia o aumento no número de
suicídios tornou-se ainda mais prevalente,
reforçando a necessidade de estratégias
direcionadas ao enfrentamento através das
redes de apoio, a fim de desenvolvermos novas e
diferentes formas de prevenção durante o
isolamento social. 
Acompanhamento e posvenção (ato da ajuda
que acontece após a tentativa do suicídio 
com o objetivo de auxiliar os sobreviventes)
tornaram-se ainda mais relevantes nesse
momento. 
Muitas pessoas podem intensificar a
autodepreciação e sentimento de
fracasso. Portanto, é importante estar
atento para sinais de alerta como:
isolamento afetivo, sentimento de
solidão, sentimentos de desamparo e
desesperança, crises existenciais, entre
outros. 
O risco de suicídio
em adultos tornou-se
ainda mais relevante
em decorrência do
contexto social de
desemprego durante
a pandemia.
A pessoa idosa, por sua vez, pode obter
dificuldade para lidar com o presente
momento pois ao serem orientadas ao
isolamento para não se infectarem (pelo fato
de serem grupo de risco), acabam sentindo-se
solitárias e, por vezes, um fardo para seus
familiares, o que leva ao pensamento suicida.
Em relação aos idosos também ocorrem
alguns sinais de alerta que devem ser
observados com atenção: Ficar mais
introspectivo ou isolado; queixas de dores no
corpo frequentes; falta de apetite, entre outros. 
Crianças e adolescentes também podem ter ideações
suicidas e tentativas, por menor que sejam as
intenções. O ato de autolesão é uma das práticas
mais comumente utilizadas e, portanto, deve ser
tratado com atenção. 
A grande maioria das crianças e adolescentes
apresentam sinais sutis de que precisam de ajuda. 
Uma das ações que podem
auxiliar crianças e ou
adolescentes durante esse
período é manter contato com os
demais familiares e amigos por
meio de ferramentas online.
Entretanto, os pais ou
responsáveis devem estar atentos
aos conteúdos que estão sendo
acessados afim de evitar
comportamentos auto lesivos por
meio de outras experiências
expostas nas redes sociais. 
ATENDIMENTO GRATUITO EM CENTROS DE
SAÚDE
Essas redes podem ser oferecidas gratuitamente na
rede Sistema Único de Saúde (SUS) oferecendo
atendimento nos Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) com profissionais habilitados que atuam em
equipes compostas por diferentes profissionais:
médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais,
entre outros. 
Para mais informações acesse 
Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da
Saúde 
Meios e onde pedir ajuda
E-mail:
saudemental@saude.gov.br
ESCOLAS, ONGS, UNIVERSIDADES
E OUTRAS INSTITUIÇÕES.
 Existem instituições, principalmente
universidades, que disponibilizam
atendimento psicológico
gratuitamente. Para maiores
informações é preciso entrar em
contato com as universidades
localizadas em sua região.
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
O Centro de Valorização da Vida é uma
associação civil sem fins lucrativos,
filantrópica, reconhecida como de Utilidade
Pública Federal, desde 1973. Presta serviço
voluntário e gratuito de apoio emocional e
prevenção do suicídio para todas as pessoas
que querem e precisam conversar, sob total
sigilo e anonimato,
 
Os contatos com o 
CVV são feitos pelos
telefones 188 (24 horas
e sem custo de 
ligação) ou pelo site
www.cvv.org.br, por chat
ou e-mail.
Referências 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em
Saúde. Suicídio, saber agir e prevenir. Boletim
Epidemiológico. Brasília 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em
Saúde. Boletim Epidemiológico. Volume 50, nº 24, set.
2019. Disponível em:
<https://www.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/13/
BE-suic--dio-24-final.pdf>. Acesso em 23 ago. 2020.
BRASIL. Ministério Público. (org.). Rede De Atenção
Psicossocial. 2019. Disponível em:
https://aps.saude.gov.br/smp/smprasredepsicossocial.
Acesso em: 28 ago. 2020.
FONTÃO, M. C. et al. Cuidado de enfermagem às pessoas
atendidas na emergência por tentativa de suicídio. Revista
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2205, 2018. Disponível
em:http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0219.
Acesso em: 28 ago. 2020.
ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD.
Prevención del suicidio: um imperativo global.
Washington, DC: OPS, 2014. Disponível em:
<http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/1360
83/9789275318508_spa.pdf? sequence=1>. Acesso em
23 ago. 2020.
ORSINI, M. et al. Danos psíquicos durante pandemia por
COVID-19 no Brasil. Enfermagem Brasil, [S.L.], v. 19, n.
3, p. 196-201, 14 jul. 2020. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.33233/eb.v19i3.4256. Acesso em:
30 ago. 2020.
PORTO, D.M; DELZIOVO, C.R; QUEIROZ, L.A.
Prevenção ao suicídio. Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, 2019. 
PORTO, D.M.; DELZIOVO, C.R.; QUEIROZ, L.A.
Universidade Federal de Santa Catarina. Prevenção ao
Suicídio. Florianópolis. 2019. 48 p.
FIOCRUZ. Saúde mental e Atenção Psicossocial na
Pandemia COVID-19: Violência doméstica e familiar na
COVID-19. Brasília, 2020.
SILVA, C.M.; COLUCCI
NETO, V. Estatísticas, grupos de risco e sinais de um
comportamento suicida. v.
9, p. 60 – 66, 2020. Disponível em:
http://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article
/view/4995/pdf. Acesso
em: 26/08/2020
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. Disponível
em www.tjdft.jus.br. Acesso em 31 de
agosto de 2020. 
 
VIEIRA F, N, G. Sofrimento e desinstitucionalização.
Construindo redes de apoio em saúde mental. Revista
Subjetividades, v. 11, n. 1, p. 309-333, 2016.
Disponível em
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/4985-16318-1-
SM%20(1).pdf
acessos em 27 ago. 2020.
Nossos contatos 
@saudementalemulher_enf.cesuca
facebook/saudementalemulher.enf.cesuca
saudemental.enfermagem20@gmail.com
OBRIGADO

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