fraturas le fort I, II e III

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ANATOMIA: FRATURAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS E EMPREENDEDORISMO
CURSO DE ODONTOLOGIA 
ANNA LUYZA
ANDRÉIA NERY
EMANUELLE NEGRÃO
IARA SANTOS
LAYLA HORTÊNCIA
LUCAS HENRIQUE
NAIARA SOUZA
Disciplina: CTBMF
Professor: Rafael Pacheco
9º semestre
INTRODUÇÃO
A ocorrência de trauma e fraturas na área bucomaxilofacial é uma realidade comum na prática odontológica. Essas lesões podem ser causadas por acidentes, quedas, esportes de contato ou até mesmo por agressões. O impacto desses eventos vai além das questões estéticas, afetando diretamente a função mastigatória, a saúde oral e a qualidade de vida dos pacientes (SANABE et al., 2009).
Diante disso, é essencial que os profissionais de odontologia estejam preparados para identificar, diagnosticar e tratar efetivamente casos de trauma e fraturas. A abordagem correta e o conhecimento atualizado nesse campo são cruciais para uma recuperação adequada, restaurando sorrisos e devolvendo a funcionalidade aos pacientes afetados.
OBJETIVO
O objetivo desta apresentação é fornecer uma visão abrangente sobre o tema Trauma/Fratura na Odontologia, abordando os principais aspectos relacionados ao diagnóstico, tratamento e classificações de lesões, destacando a relevância de buscar aperfeiçoamento contínuo e conhecimento atualizado na área de trauma/fratura na, visando à excelência na prática clínica e ao bem-estar dos pacientes.
DIAGNÓSTICO
Sinais e sintomas
 Dor
 Edema
 Hematoma
 Desalinhamento dentário
 Perda de tecido dental ou ósseo
Importância do exame clínico 
O exame clínico minucioso desempenha um papel fundamental no diagnóstico preciso de lesões de trauma/fratura na odontologia. Por meio da avaliação cuidadosa da cavidade oral, face e estruturas adjacentes, é possível identificar sinais como desalinhamento dentário, dor à palpação, edema ou hematoma. Além disso, o exame clínico permite a detecção de perda de tecido dental ou ósseo, que são indicativos de lesões mais graves. Portanto, um exame clínico completo e detalhado é essencial para orientar a conduta diagnóstica e planejar o tratamento adequado.
Exame de imagem
Radiografias periapicais, radiografias oclusais, radiografias panorâmicas e tomografia computadorizada são importantes ferramentas para auxiliar no diagnóstico das lesões de trauma/fratura. Esses exames de imagem fornecem informações detalhadas sobre a extensão da lesão, envolvimento de estruturas adjacentes e possíveis complicações. Combinando as informações obtidas do exame clínico e dos exames de imagem, é possível estabelecer um diagnóstico mais preciso, o que é crucial para o planejamento de um tratamento efetivo e direcionado.
(SAEVO, 2022)
Radiografia Periapical
Radiografia Oclusal
(MISCH, 2008)
Radiografia Panorâmica
(DVI RADIO, Online, 2022)
Tomografia Computadorizada
(IMPLART, Online, s.d. )
TRATAMENTOS
Os princípios gerais para o tratamento de traumas e fraturas na odontologia são fundamentais para garantir a restauração da função e estética, alívio da dor e prevenção de complicações. A escolha do acesso adequado é crucial, podendo envolver acessos intraorais para fraturas simples ou acessos extraorais para fraturas mais complexas. Em alguns casos, pode ser necessária uma abordagem combinada. Além disso, é essencial considerar a estabilidade oclusal e realizar a redução e fixação adequadas das estruturas fraturadas. Esses princípios fornecem uma base sólida para o sucesso do tratamento e a recuperação satisfatória do paciente (BANDEIRA et al., 2009; ANDREASEN E ANDREASEN, 1991).
ACESSOS POSSÍVEIS
 O acesso intraoral é realizado pela abertura cirúrgica dentro da cavidade oral, permitindo o acesso direto às estruturas fraturadas. Esse tipo de acesso é frequentemente utilizado em fraturas dentárias simples, como fraturas coronárias.
 Exemplo de utilização: Em um caso de fratura coronária de um incisivo central superior, o acesso intraoral seria adequado. O cirurgião dentista realiza uma incisão na mucosa, permitindo o acesso à fratura e a realização da redução e fixação necessárias.
Acesso Intraoral
(BERMEJO et al., 2018)
 O acesso extraoral envolve a abertura cirúrgica fora da cavidade oral, geralmente em regiões da face ou mandíbula, permitindo o acesso a fraturas complexas ou fraturas em locais de difícil acesso intraoralmente.
 Exemplo de utilização: Em uma fratura de côndilo mandibular, o acesso extraoral, por meio de uma incisão na pele na região pré-auricular, permite uma melhor visualização e manipulação do côndilo fraturado para a correta redução e fixação.
Acesso Extraoral
(AMARANTE et al., 2013)
 Em certas situações, pode ser necessário combinar o acesso intraoral com o acesso extraoral para obter uma abordagem mais abrangente. Isso ocorre quando a fratura envolve estruturas tanto intraorais quanto extraorais.
 Exemplo de utilização combinada: Em casos de fraturas complexas de maxila, que podem envolver o palato duro e os processos zigomáticos, é necessária uma abordagem combinada de acesso intraoral e extraoral. O acesso intraoral é utilizado para a redução e fixação das fraturas do palato, enquanto o acesso extraoral é realizado para a manipulação e fixação das fraturas nos processos zigomáticos.
Combinação de ambos os acessos
CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS
 As fraturas de Le Fort são tipos específicos de fraturas craniofaciais que envolvem a maxila e outras estruturas ósseas faciais. São classificadas em três tipos: Le Fort I, Le Fort II e Le Fort III. Essas fraturas resultam em deformidades graves e podem afetar a função e a estética, causando deslocamento dos ossos faciais, dificuldade na mastigação, alterações na oclusão, assimetria facial, entre outros. O diagnóstico preciso e o tratamento adequado são fundamentais para restaurar a função e a aparência estética do paciente, geralmente requerendo abordagens cirúrgicas complexas e trabalho em equipe multidisciplinar (SIMON, et al., 2020).
Classificação de Le Fort
O que são?
CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS
 Características: É uma fratura horizontal que ocorre na região do processo alveolar e palato duro, separando a maxila do restante do crânio.
 Efeitos na função e estética: A fratura Le Fort I pode causar instabilidade e desalinhamento dos ossos maxilares, resultando em dificuldade na mastigação, fala comprometida e alterações estéticas no nariz e lábio superior (JONES et al., 2022)
Classificação de Le Fort
Le Fort I
(ROBBS, s.d)
 Características: É uma fratura piramidal que se estende desde o osso nasal até o processo zigomático e, posteriormente, ao longo da linha média maxilar.
 Efeitos na função e estética: A fratura Le Fort II pode causar deslocamento do terço médio da face, levando a assimetria facial, dificuldade na oclusão dos dentes, problemas de fala e respiração comprometida (ARAÚJO et al., 2014).
Le Fort II
(ROBBS, s.d)
 Características: É uma fratura craniofacial completa, que envolve a face e a base do crânio, afetando múltiplas estruturas ósseas faciais.
 Efeitos na função e estética: A fratura Le Fort III resulta em deformidade facial grave, deslocamento significativo da face, dificuldade respiratória, alterações na oclusão dental, visão dupla e disfunção dos nervos cranianos.
Le Fort III
(ROBBS, s.d)
RELATO DE CASO
 Paciente do gênero feminino, 47 anos, queixando-se de dor na região da mandíbula, além de dificuldades na alimentação;
Fratura resultante de agressão física por PAF há cerca de 10 meses;
Fratura Mandibular
Acerca do Paciente
Procedimentos realizados
 Inicialmente, como medida de urgência, foi realizada uma cirurgia em pronto socorro para retirada de fragmentos ósseos e balísticos, e também reconstituição tecidual;
Após 2 meses do acontecido, uma segunda intervenção cirúrgica foi feita para tratar o caso de fratura mandibular
(GOMES et al., 2021)
 EXAME EXTRABUCAL: observou-se assimetria facial, dor a apalpação em região de corpo mandibular direito e alterações de motricidade na hemiface esquerda (fig.1)
EXAME INTRABUCAL: observou-se má oclusão dentária com desvio de linha média acentuadopara o lado esquerdo, abertura bucal limitada e perda de dentes em ambas as arcadas (fig. 2)
Acerca dos exames realizados
(GOMES et al., 2021)
 EXAMES DE IMAGEM : através de uma radiografia panorâmica, foi possível perceber má fixação óssea em região de corpo mandibular direito e ramo mandibular esquerdo, com deslocamento significativo de fragmentos ósseos (cavalgamento). (fig.3)
Acerca dos exames realizados
Fig. 03
Radiografia panorâmica pré-operatória
(GOMES et al., 2021)
 Após avaliação cuidadosa, optou-se por realizar uma terceira cirurgia para restabelecer a harmonia da oclusão dentária da paciente e recuperar sua função mastigatória. Durante a cirurgia, foi identificada uma pseudoartrose na região mandibular esquerda, juntamente com um fio de aço mal adaptado, que foram removidos. Uma nova fratura foi realizada e uma placa de titânio foi colocada na região do corpo mandibular direito. Após 30 dias, verificou-se uma boa abertura bucal, oclusão dentária e posição adequada da placa, e a paciente está em processo de reabilitação protética.
Acerca do tratamento escolhido
O diagnóstico preciso, tratamento adequado e acompanhamento diligente são essenciais para a recuperação efetiva de pacientes com trauma/fratura na odontologia. A avaliação clínica minuciosa e exames de imagem permitem identificar as lesões e planejar um tratamento personalizado, visando restaurar função e estética. A busca por aprimoramento contínuo e conhecimento atualizado é fundamental nessa área em constante evolução. O cuidado integral ao paciente requer acompanhamento cuidadoso e ajustes quando necessário, para obter resultados a longo prazo. Profissionais odontológicos atualizados garantem atendimento de excelência, contribuindo para a saúde bucal e bem-estar geral dos pacientes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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ANDREASEN, J. O.; ANDREASEN, F. M. Traumatismo dentário: soluções clínicas / J. O. [tradução Frieda Werebe]. – São Paulo: Panamericana, 1991. Disponível em: https://doceru.com/doc/xcc85x0. Acesso em: 24 mai. 2023
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