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ANÁLISE DAS DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1. Objetivos da análise 
Através da análise das demonstrações financeiras é possível avaliar o 
desempenho da gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas, 
quanto aos períodos passados, confrontando-o ou não com metas ou diretrizes 
preestabelecidas. É possível ainda realizar comparações com as tendências 
regionais ou dos segmentos onde a empresa esteja inserida, determinando 
também as perspectivas futuras de rentabilidade ou continuidade dos negócios, 
possibilitando aos gestores tomarem decisões de financiamentos e 
investimentos, bem como implementarem mudanças de práticas, caso as 
tendências projetadas sinalizem um cenário não condizente com as políticas 
até então e estabelecidas, ou até mesmo subsidiar o estabelecimento de novos 
rumos. 
Abaixo, temos um quadro resumo com os principais objetivos, de acordo com a 
necessidade dos usuários das informações contábeis: 
Usuários Internos 
Sócios e Gestores 
* Aumentar ou reduzir investimentos 
* Aumentar o capital ou emprestar recursos 
* Expandir ou reduzir as operações 
* Comprar/vender a vista ou a prazo 
 
Usuários Externos 
Instituições Financeiras 
* Conceder ou não empréstimos 
* Estabelecer termos do empréstimo (volume, taxa, prazo e garantias) 
Clientes e Fornecedores em Geral 
* Avaliação com vistas à concessão ou não de crédito, em que valor e a 
que prazo 
* Informações sobre a continuidade operacional da entidade, 
especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, 
ou dela dependem como fornecedor importante 
Investidores 
* Adquirir ou não o controle acionário 
* Investir ou não em ações na bolsa de valores 
* Avaliação do risco inerente ao investimento e potencial de retorno 
proporcionado (dividendos) 
Comissão de Valores Mobiliários - CVM 
* Observar se as demonstrações contábeis de uma empresa de capital 
aberto respondem aos requisitos legais do mercado de valores 
mobiliários, como periodicidade de apresentação, padronização e 
transparência 
Poder Judiciário 
* Solicitação e apreciação objetiva de perícia e fiscalização tributária 
* Buscar indícios de sonegação de tributos 
Comissões de Licitação 
* Avaliar o vulto dos equipamentos e instalações, do capital de giro 
próprio, da solidez econômico-financeira, buscando identificar se há 
garantia acessória para o início ou continuidade no fornecimento dos 
bens e serviços 
Empregados e Sindicatos 
* Informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus 
empregadores (solvência, distribuição de lucros, etc.) 
* Avaliação da capacidade que tem a entidade de prover sua 
remuneração, seus benefícios de aposentadoria e oferta de 
oportunidades de emprego. 
 
1.2. Técnicas de análise 
A Ciência Contábil faz uso de várias técnicas para conseguir o seu 
objetivo maior (informação). Dentre elas podemos destacar o fluxo: 
 
Assim, quando dizemos que estudamos uma determinada técnica de 
análise, na verdade estamos nos aprofundando em uma técnica contábil 
denominada análise das demonstrações financeiras. 
As principais técnicas de análise são: 
(a) Análise Vertical; 
(b) Análise Horizontal; 
(c) Indicadores financeiros e econômicos; 
(d) Análise da taxa de retorno sobre investimentos; 
(e) Análise de outras demonstrações contábeis, a exemplo da DFC. 
 
1.3. Cuidados para análise 
Antes de dar início a qualquer análise contábil, o analista deve atentar 
para alguns aspectos fundamentais, tais como: 
(a) Se a empresa opera simultaneamente em vários ramos de atividade; 
(b) A possibilidade da existência de manipulação das demonstrações 
contábeis; 
(c) Se as notas explicativas relatam os fatos que não são esclarecidos 
pelas demais demonstrações; 
(d) Cuidado com a correta interpretação de índices; 
(e) Necessidade de reclassificação de contas do Balanço Patrimonial; 
(f) Não considerar qualquer indicador isoladamente; 
(g) Apreciar os indicadores em uma série de anos, pelo menos 3 (três); 
(h) Comparar os índices encontrados com índices-padrão, ou seja, 
índices das empresas Concorrentes. 
 
2 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
2.1 Análise Vertical 
 
É a análise da estrutura da Demonstração de Resultados e do Balanço 
Patrimonial, buscando evidenciar as participações dos elementos patrimoniais 
e de resultados dentro do total, ou dentro de cada grupo de contas. 
 
2.1.1 Análise Vertical – Balanço Patrimonial 
 
No Balanço, a análise vertical procura evidenciar a participação de cada 
elemento do ativo ou do passivo em relação ao ativo total. Desse modo, atribui-
se o parâmetro 100% para o total do ativo e para o total do passivo, e todos os 
outros valores são traduzidos em relação percentual sobre esses totais. Pode-
se analisar, também, a participação de cada conta, com relação ao total do 
grupo a que pertence. Exemplo: 
 
 
 
 
2.1.2 Análise Vertical – Demonstração do Resultado 
 
A análise vertical da demonstração de resultados conduz à apresentação da 
estrutura de custos e despesas, em relação ao total das receitas líquidas. 
Sendo assim, ela conduz à avaliação da lucratividade, representada pela 
relação entre o lucro e as vendas, passando pela relação entre custos e 
despesas e as receitas de vendas. Exemplo: 
 
 
 
 
2.2 Análise Horizontal 
 
A Análise Horizontal é o instrumental que calcula a variação percentual 
ocorrida de um período para outro, buscando evidenciar se houve crescimento 
ou decréscimo do item analisado. 
Através da análise dos dados que mostram se houve aumento ou diminuição 
do elemento analisado, poderemos confrontar os dados extraídos e efetuar as 
correlações necessárias. 
Assim, por exemplo, se houve aumento da produção e das vendas, deverá ter 
havido um crescimento relativamente proporcional do consumo de materiais. 
 
 
2.2.1. Análise Horizontal – Balanço Patrimonial 
 
No Balanço Patrimonial, a base para a Análise Horizontal é escolher o período 
que será o ponto de partida. Os dados desse período receberão número 100 
(100%). Os dados dos outros períodos serão considerados como evolução do 
período base escolhido. 
Exemplo: 
 
 
 
 
2.2.2. Análise Horizontal – Demonstração do Resultado 
 
A elaboração da Análise Horizontal na Demonstração de Resultados se 
processa de maneira semelhante àquela utilizada no Balanço Patrimonial, já 
que tem o mesmo motivo de apresentar a variação de itens, só que, no caso, 
itens de composição de resultados: Receitas, Custos, Despesas, Impostos, etc. 
Exemplo: 
 
 
 
 
2.3 Análises por Indicadores 
 
 
2.3.1. Índices de Liquidez 
 
São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, 
constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar 
seus compromissos. 
Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, 
curto prazo ou prazo imediato. 
 
 
 Índice de Liquidez Imediata (LI) 
 
Mostra a capacidade de pagamento da empresa de prazo imediato, por meio 
da fórmula: 
 
 
 
 
Esta relação mostra quanto de dinheiro a empresa dispõe (Caixa, Bancos 
conta Movimento e Aplicações de Liquidez Imediata) para saldar as dívidas de 
curto prazo. 
Para efeito de análise da capacidade de pagamento, é um índice sem muito 
realce, pois relaciona dinheiro disponível em determinada data com valores que 
vencerão em datas variadas. 
 
Observe que esta relação deve ser a menor possível, muito embora seja 
necessário manter certos limites de segurança que irão variar de acordo com a 
natureza do empreendimento, com o tamanho da empresa e o estilo da 
administração, de modo que haja recursos disponíveis para honrar os 
compromissos de curto prazo. Ao contrário dos demais índices de liquidez, este 
não se enquadra na regra “quanto maior, melhor”. 
 
Exemplo: 
 
Aplicando a fórmula apresentada para o LI aos dados da Empresa Via Digital 
S.A., temos: 
 
 
Analisando o indicador de liquidez imediata,verifica-se que para cada R$ 1,00 
de dívidas de curto prazo a empresa possui R$ 0,12 de disponibilidades em X1 
e R$ 0,16 em X2. Partindo da premissa de que vivemos em um país sujeito a 
inflação, manter elevado o volume de Disponibilidades não é interessante. 
Assim, o índice de liquidez imediata não deve ser elevado. Além do mais, não 
parece, de início, boa política empresarial ter dinheiro parado (em Caixa e/ou 
Bancos c/ Movimento) para cobrir dívidas que vencerão no curto prazo, ou 
seja, que poderão ter seus vencimentos até o término do exercício social. Esta 
margem de segurança deve ser definida conforme o ramo de atividade da 
empresa e suas peculiaridades. 
 
 
 Índice de Liquidez Corrente (LC) 
 
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo, por meio da 
fórmula: 
 
 
Isoladamente, os índices de LC superiores a 1,0, de maneira geral, são 
positivos. 
Conceituar o índice, todavia, sem outros parâmetros, é uma atitude bastante 
arriscada, por isso desaconselhável. 
 
Interpretação = quanto maior melhor, ou seja, quanto à empresa possui no 
ativo circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Assim se: 
LC > 1,0 denota um Capital Circulante líquido positivo 
LC = 1,00 denota um Capital Circulante líquido nulo 
LC < 1,00 denota um Capital Circulante líquido negativo 
 
Não revela a qualidade da composição do ativo circulante (o grupo contas a 
receber é totalmente recebível?; despesas antecipadas não recuperáveis) 
 
Não revela a sincronização entre pagamento e recebimento, por exemplo: as 
obrigações concentram-se num mês, enquanto os recebimentos podem ocorrer 
três meses depois 
 
Redimensionamento dos estoques: 
 
 Superavaliados (acima do preço de mercado) – visão mais otimista da 
liquidez ou; 
 Subavaliados (custo histórico) – visão mais pessimista da liquidez. Além de 
ser impossível imediatamente vender todos os estoques. 
 
 
Exemplo: 
 
 X1 X2 
Ativo Circulante 950 1.125 
Passivo Circulante 605 665 
 
Liquidez Corrente 1,57 1,69 
 
Nos dois exercícios verifica-se que para cada 1,00 de dívida de curto prazo a 
empresa tem, respectivamente, 1,57 e 1,69 de ativo circulante, ou seja, 
suficiente para saldar as dívidas e, ainda, permitir uma folga financeira, ou seja, 
um capital circulante líquido. Pode-se concluir que quando o LC é superior a 1, 
apresenta-se a existência de Capital Circulante Líquido – CCL, ou seja, CCL = 
AC – PC 
 
Contudo há que se tomar muito cuidado na interpretação da liquidez corrente, 
pois é incorreto afirmar que para cada 1,00 de dívida a empresa tem em caixa 
1,69, pode-se, apenas, afirmar que para cada 1,00 de dívida, a empresa possui 
ativos circulantes de 1,69. E dependerá da administração da mesma 
gerenciar/equilibrar as entradas e saídas financeiras, ou seja, o significado do 
índice diz respeito à margem de segurança da empresa, logo quanto maior o 
índice melhor a margem de segurança para um equilíbrio financeiro. 
 
 
 Índice de Liquidez Seca (LS) 
 
O índice demonstra a porcentagem das dívidas de curto prazo em condições 
de serem saldadas mediante a utilização de itens monetários sem contar com a 
venda de estoques. Alguns autores também consideram na fórmula as 
despesas antecipadas por não representarem itens monetários. Este é um 
índice bastante conservador, por eliminar a fonte de incerteza, na averiguação 
da situação financeira da empresa, uma vez que os estoques podem ser 
altamente manipuláveis, com vistas a elevar o índice de liquidez da empresa. 
 
Se a empresa sofresse uma total paralisação de suas vendas, ou se seu 
estoque se tornasse obsoleto, quais seriam as chances de pagar suas dívidas 
com disponível e duplicatas a receber? 
 
Assim, esse indicador excluí os estoques, sendo representado pela fórmula: 
 
 
 
Exemplo: 
 
LS x1 = 1,09 LS x2 = 0,97 
 
O índice significa que para cada R$1,00 de dívida de passivo circulante, a 
empresa possui 0,97 e 1,09, respectivamente, de ativo circulante sem os 
estoques. Aqui quanto maior o índice melhor, ou seja, a empresa detém uma 
capacidade de saldar as obrigações de curto prazo sem necessitar dos 
estoques. 
 
 
 Índice de Liquidez Geral (LG) 
 
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando 
tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando-se 
com tudo o que já assumiu como dívida (a curto e longo prazo), ou seja: 
 
 
 
O índice significa que para cada R$1,00 de dívida a curto e longo prazo, a 
empresa possui 1,27 e 1,25, respectivamente, de ativo de curto e longo prazo. 
 
Adicionalmente, as divergências entre as datas de recebimentos e pagamentos 
podem empobrecer o indicador, por isso, a análise em uma série é mais 
adequada. 
Nesse caso, se na série histórica, o índice permanecer decrescente, é um 
indicador da perda paulatina do poder de pagamento geral da empresa. Por 
isso, o LG como todos os índices devem ser analisados em conjunto com 
outras técnicas de análise. Por exemplo, a empresa, em um exercício, pode 
contratar um financiamento de longo prazo para investimento no Ativo 
Permanente, fato que não aumentará nem o AC nem ARLP. Contudo, com o 
tempo o ativo permanente deverá gerar receita, melhorando sua capacidade de 
pagamento. 
2.3.2. Índices de Estrutura ou Endividamento 
 
Os índices de estrutura de capitais mostram a política financeira da empresa 
em termos de obtenção e aplicação de recursos. Esses índices relacionam a 
composição de capitais (próprios e de terceiros), buscam diversas relações na 
estrutura da dívida da empresa e medem os níveis de imobilização de 
recursos. 
 
Os principais índices são: 
 Endividamento total; 
 Participação de capitais de terceiros; 
 Garantia do capital próprio ao capital de terceiros; 
 Composição do endividamento; 
 Imobilização do capital próprio ou patrimônio líquido; 
 
Os quatro primeiros índices abordam o endividamento da empresa em termos 
quantitativos e qualitativos. Os índices de endividamento interpretam como a 
empresa capta recursos para financiar sua atividade e deve considerar seus 
custos e a capacidade de geração de lucros 
 
É uma boa política financeira utilizar capital de terceiros, principalmente de 
longo prazo, na medida em que os lucros gerados são superiores aos custos 
da dívida. Contudo esse processo de endividamento é limitado em função do 
risco de políticas conjunturais e de mercado. Isto é, quanto maior o 
endividamento, maior o risco envolvido. 
 
Normalmente, as instituições financeiras não estão dispostas a conceder 
financiamento a empresas com alto grau de dependência de capital de 
terceiros, pois os casos de falência, na maioria das vezes, estão relacionados a 
altos endividamentos se comparado aos recursos próprios (patrimônio líquido). 
 
Em termos de quantidade da dívida (alta, razoável, baixa), o endividamento 
pode ser apurado por meio dos seguintes índices: 
 
 Endividamento total 
 Participação de capitais de terceiros 
 Garantia do capital próprio ao capital de terceiros 
 
 
 Índice de Endividamento Total (ET) 
 
O endividamento indica o montante dos recursos de terceiros que está sendo 
usado, na tentativa de gerar lucros. Por isso existe grande preocupação com o 
grau de endividamento e com a capacidade de pagamento da empresa, pois, 
quanto mais endividada ela estiver maior será a possibilidade de que não 
consiga satisfazer as obrigações com terceiros. 
O grau de endividamento mede, portanto, a proporção dos ativos totais 
financiada por terceiros (credores da empresa). A fórmula abaixo mostra essa 
relação: 
 
 
Interpretação: mostra a parcela de bens e direitos da empresa financiada por 
capital de terceiros. Quanto menor, melhor. 
 
No Brasil, adota-se como normal, ou aceitável, um índice de endividamento 
total em torno de 50% ou 0,5, em razão, principalmente, da carência de 
recursos próprios para alimentar os planos de expansão da capacidade 
instalada, de aumento de produçãoe vendas, de ampliação dos prazos de 
financiamento e etc.... 
 
Quando houver intensidade de uso de capitais de terceiros, é importante 
analisar o índice de endividamento em curto prazo, a fim de examinar até que 
ponto a estrutura de capitais da empresa está comprometida nos doze meses 
seguintes. 
 
Já a AUTONOMIA FINANCEIRA, acontece quando o Ativo é financiado 
exclusivamente com recursos próprios. A empresa opera com grau de 
endividamento total igual a zero. Claro que está situação é muito raro na 
conjuntura econômica brasileira. 
 
 
 Participação do capital de terceiros (PCT): 
 
Indica a proporção de capital de terceiros, em relação a capital próprio, que a 
empresa utiliza para financiar suas operações, ou seja, na aplicação de 
recursos 
 
 
 
 
Onde PE = Passivo circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
 
Interpretação: quanto menor, melhor 
 
Quanto maior for o índice, maior a dependência de capital de terceiros. Essa 
dependência vai definir o nível de risco. Quando o índice for alto, os recursos 
próprios são insuficientes para atender as necessidades da empresa que passa 
a depender excessivamente de recursos de terceiros. 
 Garantia do capital próprio ao capital de terceiros (GCT): 
 
Revela a autonomia financeira da empresa, a garantia oferecida por capitais 
próprios aos capitais de terceiros. Quanto maior for este percentual, maior será 
a garantia existente. 
 
Interpretação: Indica que, para cada real (R$) de dívidas com terceiros (PE), 
existem x reais de capital próprio (PL); quanto maior for o capital próprio, maior 
segurança haverá para os credores que emprestam capital para a empresa. 
 
 
 Composição do Endividamento (CE): 
 
A análise da composição da dívida também é bastante significativa: 
 
 Endividamento a curto prazo: normalmente utilizado para financiar o 
ativo circulante; 
 Endividamento a longo prazo: normalmente utilizado para financiar o 
ativo permanente 
 
A proporção favorável é de maior participação de dívidas a longo prazo, 
propiciando a empresa maior tempo para gerar recursos que saldarão suas 
dívidas. Ao contrário, se a empresa concentrar dívidas de curto prazo poderá 
ter dificuldades financeiras e empréstimos a curto prazo são mais onerosos. 
Assim, é desejável um equilíbrio ente dívidas de curto e longo prazo. 
 
 
 
 Imobilização do Capital Próprio ou Patrimônio Líquido (ICP): 
Este índice mede quanto à empresa usa de seus recursos próprios para 
financiar todo o seu Ativo Permanente. 
 
 
 
Interpretação: quanto menor o índice de Imobilização do Capital Próprio, 
melhor a capacidade financeira da empresa. 
 
 
 
 
2.3.3 Índices de Rentabilidade 
 
O lucro é o principal estímulo do empresário e uma das formas de avaliação do 
êxito de um empreendimento. A rentabilidade é o reflexo das políticas e das 
decisões adotadas pela administração da empresa, expressando seu nível de 
eficiência e o grau do êxito econômico-financeiro atingido. 
 
Os índices de rentabilidade têm por finalidade medir o rendimento econômico 
obtido pela empresa em certo período, isto é, mensurar a rentabilidade dos 
capitais investidos. Nesse sentido, há um grande número de indicadores de 
rentabilidade, cada um deles relacionando os retornos da empresa a suas 
vendas, a seus ativos ou ao seu Patrimônio Líquido. 
 
Neste grupo de informações sobre rentabilidade encontram-se dois conjuntos 
de índices: os que expressam as margens de lucratividade das vendas e as 
taxas de retorno sobre os recursos investidos. 
 
 
 
 Margem de lucratividade das vendas 
 
Análise da DRE em termos de participação dos resultados do Lucro Bruto, do 
Operacional e do Líquido em relação às vendas líquidas. 
 
Na avaliação da rentabilidade é importante a contextualização na interpretação 
dos indicadores, logo você deverá compará-los com os: 
 
- índices de rentabilidade de empresas competidoras; 
- índices da série histórica da empresa (análise da tendência); 
- índices da média do setor (se o rendimento foi mais alto ou mais baixo do que 
a média do setor). 
 
Desse modo, você terá condições de verificar se a taxa de rentabilidade é 
satisfatória, normal ou insuficiente. 
 
 
 Margem bruta 
 
Indica qual o percentual de lucro bruto obtido pela empresa em relação às suas 
vendas líquidas. 
 
Através desse indicador, a empresa irá mensurar a percentagem de cada real 
de vendas que sobrará após a dedução do Custo das Vendas. 
 
Interpretação: quanto maior a margem bruta, melhor a situação econômica da 
empresa. 
 
 
 Margem operacional 
 
Indica qual percentual do lucro operacional a empresa obteve em relação às 
suas vendas líquidas. 
 
 
Através desse indicador a empresa irá mensurar a percentagem de cada real 
de vendas que sobrará após a dedução dos custos das vendas e das despesas 
operacionais (com vendas, administrativas, financeiras líquidas e outras 
despesas/receitas operacionais). 
 
Interpretação: quanto maior a margem operacional, melhor a situação 
econômica da empresa. 
 
 
 Margem líquida 
 
Esta margem indica qual a percentagem de lucro líquido à empresa obteve em 
decorrência de suas vendas. Mostra o ganho final do lucro da empresa que 
deverá estar à disposição dos donos do capital investido (proprietários, 
acionistas, cotistas). 
 
 
Esse índice mensura a percentagem de cada real proveniente das vendas que 
restou após a dedução de todos os custos e despesas. 
 
Interpretação: quanto maior for a margem líquida da empresa, melhor, já que é 
uma medida usada para avaliar o sucesso (ou não) da mesma. 
 
 
 
 Taxas de retorno sobre recursos investidos 
 
Medem o poder de ganho da empresa e/ou dos proprietários (acionistas ou 
cotistas) em relação aos recursos aplicados na empresa. 
 
 
 
 Giro do Ativo 
 
Esse quociente evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e 
os investimentos totais efetuados na empresa. 
 
 
Onde: Ativo Total Médio = (Ativo Total Inicial + Ativo Total Final) /2 
 
 
Interpretação: quanto maior, melhor 
 
O GA é um indicador de eficiência. Denota quão efetiva uma empresa é em 
gerar vendas a partir de sua base de ativos. 
Como o indicador mede o volume de vendas sobre o total de capitais aplicados 
na empresa, o volume ideal de vendas deve proporcionar lucratividade 
suficiente para cobrir todos os gastos, oferecendo boa margem de lucro líquido. 
 
 
Comparação entre o GA e a ML 
 
 Quando o GA é superior a um, a situação é favorável e se a ML for 
inferior a um, indica que a aparente situação favorável não é suficiente 
para cobrir os custos necessários à sua obtenção; 
 
 Quando o GA é inferior a um, a situação é desfavorável e se a ML for 
superior a um, revela que embora as vendas tenham sido baixas em 
relação ao investimento total, elas foram suficientes para cobrir os 
custos necessários à sua obtenção. 
 
 Sendo assim, nem sempre um volume de vendas alto é sinônimo de 
lucratividade garantida e vice-versa. Há casos em que a empresa reduz 
o volume de vendas como medida necessária para aumentar a sua 
lucratividade, pois há redução de gastos. 
 
 
 Retorno sobre Investimentos (TRI) ou Return on Investment 
(ROI) 
 
Evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, 
quanto à empresa obteve de lucro líquido para cada real investido no Ativo 
Total. 
 
 
 
Onde: Ativo Total Médio = (Ativo Total Inicial + Ativo Total Final) /2 
A interpretação deste indicador deve ser direcionada para verificar o tempo 
necessário para que haja retorno dos capitais totais (próprios e alheios) 
investidos na empresa, conhecida como pay back (tempo médio de retorno 
dos investimentos). Logo, a interpretação é de que quanto maior o índice 
menor o quantitativo de tempo do pay back. 
 
Exemplo: 
 
Para uma TRI = 0,20, você terá: 
 
0,20 = retorno de 20% ao ano, ou seja, no 1º ano serão recuperados 20% dos 
investimentos. Quantos anos serão necessários para a empresa recuperar 
todos os investimentos feitos no Ativo, ou seja, os 100%? 
 
1º ano ------ 20% 
X -------- 100%X = 5 anos 
 
Isso significa que, mantido o atual nível de rentabilidade e sem contar as 
possíveis reinversões de lucros, a empresa tem uma previsão de levar cinco 
anos para recuperar seu investimento total. 
 
Repare que a rentabilidade do investimento nada mais é do que a união entre o 
Giro do Ativo e a Margem Líquida. 
 
 
GA = RL / AT x ML = LL / RL Logo, TRI = LL / AT 
 
 
 
 
 Retorno sobre Patrimônio Líquido (TRPL) ou Return on Equity 
(ROE) 
 
Esta taxa mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou 
seja, quanto à empresa ganhou de Lucro Líquido para cada real de capital 
próprio investido. 
 
 
 
Onde: Patrimônio Líquido Médio = (Patrimônio Líquido Inicial + Patrimônio 
Líquido Final) /2 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
 
 
 
Em um exemplo: 
 
TRPL = 15% significa que o poder de ganho dos proprietários é de que, para 
cada R$ 1,00 investido, há um ganho de R$ 0,15. 
 
Com esse índice, os proprietários levaram, em média, cerca de 7 anos para 
recuperar seus investimentos (pay back dos proprietários). 
 
Além de mostrar o poder de ganho dos proprietários (acionistas ou cotistas), a 
TRPL permite verificar se esse rendimento é compatível com os de outros 
rendimentos existentes no mercado como: caderneta de poupança, títulos de 
renda fixa, CDBs, ações, aluguéis etc, possibilitando avaliar se a empresa está 
oferecendo rentabilidade superior ou inferior a essas aplicações. 
 
 
2.3.4 Índices de Prazos Médios 
 
Estes índices representam a velocidade com que elementos patrimoniais de 
relevo se renovam durante determinado período de tempo, seus resultados são 
normalmente expressos em dias, meses ou períodos maiores, fracionários de 
um ano. Através destes dados das demonstrações financeiras, podem ser 
calculados quantos dias, em média, a empresa terá que esperara para receber 
suas duplicatas (provenientes das vendas a prazo); quantos dias seus 
estoques ficam estocados e quanto tempo demora para pagar seus 
fornecedores (proveniente de compras a prazo). 
 
Basicamente existem três índices de prazos médios que podem ser 
Encontrados a partir das Demonstrações Financeiras. 
 
 Prazo Médio de Renovação de Estoque (PMRE) 
 
Este índice expressa quanto dias, em média os produtos ficam armazenados 
na empresa antes de serem vendidos, ou seja, quanto tempo o estoque 
demora para se renovar. A fórmula usada para o cálculo do prazo médio de 
renovação dos estoques (PMRE) é: 
 
 
 
 
Onde: 
ESTm = Estoque médio (estoque inicial - estoque final / 2) 
CMV = Custo das mercadorias vendidas 
DP = Dias do período considerado (ex:360 dias / 30 dias/ 90 dias) 
 
 
 
Exemplo: 
Assim, a empresa “Hipotética” que vendeu produtos ou mercadorias com 
Custo de 10.000,00 e manteve um estoque médio durante o período de 
1.400,00 
Apresentará o seguinte índice: 
 
PMRE = 1.400,00 x 360 = 50 dias 
 10.000,00 
 
Aspectos Importantes: 
O volume de estoques mantido por uma empresa decorre fundamentalmente 
do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. 
 
Quanto mais a empresa vende seus produtos ou mercadorias maior será o giro 
do estoque. No mundo moderno a tendência das empresas caminha em 
direção a uma administração em que os estoques sejam mantidos a níveis 
baixos e tenham seu giro rápido, ou seja, demore poucos dias para se renovar, 
ficando menos tempo estocado. 
 
O montante de estoque da empresa pode ser visto como algo que representa 
certa potencialidade dos mesmos serem transformados em dinheiro, que é a 
imagem que as empresas tentam passar aos gerentes de bancos, quando 
querem obter empréstimos. Também pode ser entendido como aplicações de 
recursos no ativo circulante. 
 
Quanto maiores, mas recursos a empresa está comprometendo com os 
mesmos, Além dos custos de aquisição ou fabricação dos estoques, há uma 
série de outros gastos como transportes, armazenagens e seguros. 
 
A forma como a empresa vem financiando seu estoque também é uma questão 
fundamental. Se a empresa estiver mantendo estoques relativamente 
elevados, porém financiando-os com recursos próprios, pode não ser muito 
crítico, mas se estiver mantendo-os à custa de empréstimos bancários tenderá 
a ser uma situação crítica, representando alto risco para os próprios bancos. 
 
 
 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) 
 
O prazo médio de recebimento das vendas, expressa quantos dias, em média, 
a empresa leva para receber o fruto de suas vendas a prazo. A fórmula usada 
para o cálculo do prazo médio de recebimento das vendas (PMRV) é: 
 
 
Onde: 
Dm = Duplicatas a receber médias (média do período) 
VL = Vendas líquidas (ou receita líquidas) 
DP = Dias do período considerado 
Exemplo: 
 
Digamos que a empresa tenha saldo médio de duplicatas a receber de 
R$3.500,00 e que sua venda anual tenha sido de R$30.000,00. Seu prazo 
médio de recebimento será de: 
 
PMRV = 3.500,00 x 360 = 42 dias 
 30.000,00 
 
Aspectos Importantes: 
O volume de duplicatas a receber é decorrência do montante de vendas a 
prazo e dos prazos concedido aos clientes para pagamento. O ideal é que este 
tempo seja o mais curto possível, para que não afete a situação financeira de 
liquidez da empresa e a mesma não fique sem dinheiro para cumprir suas 
obrigações. 
 
As vendas a prazo devem seguir uma política de crédito adotada pela empresa 
que seja adequada ao seu tipo de atividade. Há diferenças fundamentas nos 
padrões para concessão de créditos utilizados por empresas diferentes, 
especialmente quando atuantes em ramos de atividade diferentes. 
 
O fato de a empresa demorar mais ou menos para receber suas vendas a 
prazo pode derivar de vários fatores, tais como, usos e costumes dos ramos de 
negócio, política de maior ou menor abertura para o crédito, eficiência do 
serviço de cobranças, situação financeira de liquidez dos clientes, etc. 
 
Atualmente, com o objetivo de conquistar novos mercados, as empresas estão 
diminuindo o grau de exigência na análise do risco de seus clientes, o que 
poderá trazer maior volume de incobráveis, ao mesmo tempo em que os gastos 
com cobrança e outras funções administrativas crescerão. 
 
 
 Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) 
 
O prazo médio de pagamento das compras expressa quantos dias, em média, 
a empresa demora para pagar seus fornecedores de matéria prima, produtos 
ou mercadorias. Sua fórmula é a seguinte: 
 
 
Onde: 
FORNm = Fornecedores (média do período) 
C = Compras 
DP = Dias do período considerado 
C= CMV + EF - EI 
 
Exemplo: 
Suponhamos também que esta empresa apresente R$4.000,00 com 
Fornecedores (média) e tenha realizado compras anuais no valor de 20.000,00. 
Seu índice de pagamento será: 
 
PMPC = 4.000,00 x 360 = 72 dias 
 20.000,00 
 
Com base no exemplo, temos os seguintes prazos médios apresentados no 
Quadro resumo abaixo: 
 
 
 
Aspectos Importantes: 
O volume de contas a pagar é decorrente do montante de compras a prazo e 
dos prazos concedidos à empresa para pagamento. É importante que este 
volume não se mantenha alto por atraso nos pagamentos. 
 
O ideal é que este prazo seja o mais longo possível e após o recebimento das 
vendas, para que a empresa não tenha que recorrer a empréstimos para 
cumprir com suas obrigações e consequentemente aumentando suas 
despesas financeiras. 
 
O valor das compras deve ser calculado de acordo com o tipo de empresa, nas 
empresas comercias o cálculo do valor das compras é mais simples do que nas 
Empresas industrias. 
 
 
2.3.5 Prazos Médios X Rotação 
 
Os prazos médios indicam quantos dias, semanas ou meses a empresa 
mantém os estoques (PMRE), demora para receber de suas vendas a prazo 
(PMRV) e para pagar as suas compras a prazo (PMPC). 
 
Já os índices de rotação indicam quantas vezes por ano ocorre cada um 
desses fatos. 
 
Para calcular o número de vezes em que determinado item se renova, roda ou 
gira basta dividir 360 (período considerado) pelo prazo médio. 
 Rotação de Estoque: 
 
Indica quantas vezes o estoque se renova em determinadoperíodo. Quanto 
maior a rotação do estoque, menor será o seu prazo de reposição, portanto, 
mais rapidamente ele retorna em forma de dinheiro para repor (ou produzir) 
aqueles Itens vendidos, e recolocá-los na nova composição de estoques. 
 
 
 Rotação de Créditos: 
 
Este índice averigua quantas vezes os créditos foram renovados no período 
considerado. Está relacionado com o prazo médio de recebimento das vendas. 
 
Quanto maior a rotação de créditos, menor será o prazo de recebimento das 
vendas e vice-versa. Portanto, a empresa deve aumentar o mais que possível a 
rotação das contas a receber, reduzindo ao máximo o prazo médio de 
recebimento das vendas. 
 
 
 Rotação de Débitos: 
Este índice averigua o número de vezes em os débitos assumidos com 
fornecedores de matéria prima, produtos ou mercadorias, foram renovados no 
período considerado. Está relacionado com o prazo médio de pagamento a 
fornecedores. 
 
Quanto menor a rotação de débitos, maior é o prazo de pagamento das 
compras e vice-versa. Portanto, a empresa deve reduzir ao máximo a rotação 
de débitos e mantê-la inferior a rotação de créditos para que a empresa 
primeiro receba para depois pagar seus compromissos. 
 
O exemplo da empresa “Hipotética” nos mostra também a rotação dos 
elementos patrimoniais aqui analisados, a qual pode ser observada no quadro 
abaixo: 
 
 
 
Aspectos Importantes: 
Quanto maior a rotação do estoque, melhor será a liquidez e desempenho da 
empresa, principalmente se a margem de lucro sobre as vendas se mantiver 
constante ou, se diminuir menos que o aumento da rotação. 
 
É importante do ponto vista financeiro que a empresa adote uma política de 
compra e venda de forma a receber primeiro para depois pagar, ou seja, 
rotação de créditos maior que a rotação de débitos. 
 
Quando a empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do 
que para pagar suas compras a prazo, irá necessitar de capital de giro 
adicional para sustentar suas vendas, tendo que recorrer empréstimos e 
criando um círculo vicioso difícil de se romper, aumentando, 
consequentemente, o grau de endividamento da mesma. 
 
 
 A Inter- Relação dos Índices de Prazo Médio 
 
Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas 
sempre em conjunto. A análise dos prazos médios só é útil quando os três são 
analisados conjuntamente. A conjugação dos três índices de prazos médios 
leva à análise dos ciclos operacional e de caixa (ou financeiro), elementos 
fundamentais para a determinação de estratégias empresarias, tanto 
comerciais quanto financeiras. 
 
O prazo médio de renovação de estoques - PMRE - representa, na empresa 
comercial o tempo de estocagem de mercadorias, na empresa industrial, o 
tempo de produção e estocagem. 
 
O prazo médio de recebimento de vendas - PMRV - expressa o tempo 
decorrido entre a venda e o recebimento. 
 
A soma dos prazos, PMRE + PMRV, representa o que se chama Ciclo 
Operacional, ou seja, o tempo decorrido entre a compra e o recebimento da 
venda da mercadoria. 
 
Desta forma, entende-se que Ciclo Operacional é o tempo decorrido entre a 
saída e o retorno ao caixa, dos recursos aplicados nos fatores de produção e 
de 
Comercialização. 
 
O Ciclo Financeiro é o tempo decorrido entre o momento em que a empresa 
coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe suas 
vendas (recebimento do cliente). 
 
Com base no exemplo da empresa “Hipotética”, temos o seguinte ciclo 
Operacional e financeiro: 
 
 
 
A partir da formação deste ciclo operacional, observa-se que a empresa 
primeiro compra, depois de certo tempo vende num prazo de rotação de 
estoque de 
50 dias. Após a venda ocorre a saída de dinheiro para pagamento de 
fornecedores e somente depois a empresa recebe suas vendas dos clientes 
com um prazo de 20 dias. 
O período que vai da compra de estoques até o recebimento das vendas, 
resulta num ciclo operacional de 92 dias, por outro lado, o período referente a 
saída do dinheiro para pagamento e entrada através do recebimento dos 
clientes, representa o ciclo financeiro da empresa de 20 dias. 
 
Quanto maior a distância entre o pagamento e o recebimento, maior será a 
necessidade recursos da empresa, afetando sua liquidez, lucratividade e 
endividamento. 
 
O ciclo operacional de uma empresa mostra o prazo de investimento. Desta 
forma, se o Prazo Médio de Pagamento das Compras for superior ao prazo 
Médio de renovação de estoques, então os fornecedores financiarão também 
uma parte das vendas da empresa. O tempo decorrido entre o momento em 
que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento que 
recebe as vendas (recebimento do cliente) é o período em que a empresa 
precisa arrumar financiamento. É o ciclo de Caixa, também chamado Ciclo 
Financeiro. Desta forma, apresenta dois gráficos que ilustram duas situações 
possíveis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os Fornecedores financiam totalmente os estoques e uma parte das 
vendas: 
 
 
 
 
Este quadro mostra que a empresa realiza seu pagamento depois das suas 
vendas dos produtos ou mercadorias. Isto quer dizer que, os fornecedores 
estão financiando todo seu estoque e ainda uma parte das vendas. 
 
 
 Os Fornecedores financiam apenas parte do estoque: 
 
 
 
Neste quadro pode-se observar que a empresa realiza seu pagamento de suas 
compras a prazo antes da venda dos produtos ou mercadorias. Isto significa 
que os fornecedores estão financiando apenas parte do estoque e não 
financiam suas vendas. 
 
 
 
 
 Influência dos Índices de Prazos Médios sobre outros índices 
Financeiros. 
 
Estes índices apresentam uma influência muito grande sobre a posição 
presente e futura de liquidez (a curto e longo prazo), uma vez que, à medida 
que diminuirmos o prazo médio de recebimentos em relação ao prazo médio de 
pagamentos, a empresa apresentará condições mais tranquilas para de 
liquidez. 
 
Quanto maior a distância entre os prazos de pagamento e de recebimentos, 
maior será a necessidade de recursos da empresa afetando sua liquidez 
Lucratividade e endividamento. 
 
Como dificilmente a empresa poderá modificar sensivelmente o prazo médios 
de pagamentos, resta agir sobre o prazo médios de recebimento e sobre a 
margem 
De lucro sobre as vendas, que são fatores que dependem da administração da 
empresa. 
 
Os prazos médios também influenciam no endividamento da empresa, 
principalmente o prazo médio de pagamento, uma que este evidencia o volume 
de contas a pagar. Se a empresa possui um grande volume de contas a pagar, 
a mesma demonstra-se bastante comprometida perante terceiros. 
 
Quanto mais longo se apresentar o ciclo operacional, mais elevado serão 
às necessidades de investimento em giro. 
 
 
 ANÁLISE CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
A soma dos prazos, PMRE + PMRV, representa o Ciclo Operacional, ou seja, o 
tempo decorrido entre a compra e o recebimento das vendas de mercadorias. 
É o tempo decorrido entre o momento em que a empresa paga aos 
fornecedores e o recebimento das vendas (clientes). 
O ciclo financeiro é o número de dias necessários para que uma empresa 
opere. 
Exemplo: 
 
 
Resumo: 
 
Ciclo Econômico: 
O ciclo econômico nada mais é do que o tempo que o produto se mantém no 
estoque, considerando desde o momento da aquisição da matéria prima até a 
venda do produto propriamente dito. 
 
Fórmula = Prazo Médio de Renovação do Estoque 
 
Ciclo Operacional: 
O ciclo operacional de uma empresa engloba o período entre a data de compra 
do produto até a data do pagamento por parte do cliente. Em outras palavras, o 
ciclo operacional compõe-se da soma dos processos operacionais da empresa, 
isto é, compra, tempo de estocagem e pagamento da matéria prima, 
estocagem do produto final, vendas desses produtos e recebimento dos 
valores dessas vendas. 
 
Fórmula = Ciclo Econômico + Prazo Médio-Recebimento 
 
 
Ciclo Financeiro (Ciclo de caixa): 
 
Também conhecido como ciclo de caixa, essa etapa começa no pagamento da 
matériaprima e é finalizada com o recebimento das vendas. Assim, afirma-se 
que o ciclo financeiro é o ciclo operacional menos o prazo médio de pagamento 
da empresa. 
 
Fórmula = Ciclo Operacional – Prazo Médio-Pagamentos 
 
O ciclo financeiro, nada mais é do que a quantidade de tempo necessária para 
controlar o desenvolvimento das atividades da empresa. É o período entre o 
prazo médio de pagamento aos fornecedores e o prazo médio de recebimento 
das vendas. É o período durante o qual a empresa financia suas operações 
sem a participação dos fornecedores. 
 
 
Gerenciando o ciclo de caixa ou financeiro 
 
O ciclo de caixa evidencia a necessidade de capital da empresa em 
determinado período 
 
Ciclo de caixa positivo: significa que a empresa deve usar formas negociadas 
de financiamento, ou seja implica em necessidade de recursos para capital de 
giro. 
 
Ciclo de caixa negativo: significa que o período médio de pagamentos (PMP 
ou PMPC) excede o ciclo operacional (CO). É desejável, pois o prazo que os 
fornecedores concedem é superior ao ciclo operacional. 
 
Quanto maior este ciclo de caixa, mais recursos próprios e de terceiros (exceto 
fornecedores) estarão temporariamente aplicados nas operações, provocando 
custos financeiros e afetando a rentabilidade. 
 
 
Necessidade de Capital de Giro (NCG): 
 
A necessidade de capital de giro é o montante mínimo que uma empresa 
deve ter em caixa. Esse valor serve para manter a empresa funcionando. 
Assegurando as operações necessárias dentro da empresa. Quando o cálculo 
tem um resultado negativo, indica que há necessidade de fontes externas de 
capital de giro. 
 
A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa. 
Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e 
vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa - em resumo, significa receber 
mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira. 
 
 
Podemos observar acima que houveram dois eventos financeiros: a saída de 
caixa pelo pagamento do fornecedor e a entrada de caixa pelo recebimento das 
vendas, entre estes transcorreram 20 dias. 
 
Esses 20 dias representam a Necessidade de Investimento de Capital de Giro 
da Empresa. 
 
Quando há necessidade em Capital de Giro, a empresa precisa de recursos 
para financiar sua operação, estes recursos podem ser de empréstimos 
bancários, ou de recursos dos próprios sócios. Por isso é muito importante 
tomar as decisões de compras e vendas com bastante critério, já que quanto 
maior for o prazo que você oferece ao seu cliente ou quanto maior forem as 
parcelas de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a 
empresa deverá ter. 
 
Porém, o inverso também pode acontecer. A saída de recursos com 
pagamento do fornecedor pode ocorrer após as entradas do recebimento das 
vendas e essa sobra de recursos normalmente é alocada no caixa da 
empresa. 
 
A empresa deve ter atenção pois este recurso em caixa dão a falsa impressão 
que a empresa pode distribuir lucros, fazer investimentos em imobilizados ou 
utilizá-los de outras formas, e quando chega a hora de pagar fornecedores não 
há recursos suficientes. Por isso é tão importante acompanhar o fluxo de caixa 
da empresa, pois fornece a dimensão real do que está ocorrendo com a 
empresa. 
 
Para calcular a necessidade de capital de Giro podemos utilizar também as 
contas do balanço Patrimonial 
 
Exemplo: 
 
Através do saldo das contas no Balanço Patrimonial: 
 
NCG = Valor das Contas a Receber + Valor em Estoque - Valor das Contas 
a Pagar. 
Contas a Receber: R$ 25.000,00 
Estoques R$ 40.000,00 
Contas a Pagar R$ 35.000,00 
 
NCG = R$40.000,00 + R$25.000,00 – R$35.000,00 = R$30.000,00. 
 
Através do Ciclo Financeiro (Prazo Médio de Estoques + Prazo Médio de 
Recebimentos - Prazo Médio de Pagamentos). 
 
NCG = Ciclo Financeiro x Valor das Vendas por Dia 
 
Exemplo: 
P.M. Recebimentos 30 dias + P.M. Estoques 45 dias - P.M. Pagamentos 35 
dias = Ciclo Financeiro: 40 dias Vendas por dia: R$ 750,00 
 Necessidade Capital de Giro: R$ 30.000,00 (R$ 750,00 x 40 dias). 
 
 Como calcular o Capital de Giro? 
 
Os ciclos operacional e financeiro, dão a dimensão do Capital de Giro em dias, 
mas é possível fazer o cálculo transformando os dias em valores monetários e 
facilitando a gestão financeira. 
 
Para isso é preciso identificar as variáveis e contas que estão relacionadas a 
operação da empresa. 
 
Começamos pelo ativo circulante, ou seja, os valores relacionados às contas a 
receber, o estoque, os adiantamentos entre outros, de acordo com o mercado 
que a empresa atua. 
 
As contas do ativo são consideradas investimentos, portanto quanto maiores 
forem, maior o prazo médio e mais recursos a empresa precisará para cobrir 
esse investimento, enquanto ele não se transforma em dinheiro. 
 
Por outro lado, é preciso também considerar o passivo circulante, ou seja, as 
contas a pagar, os fornecedores, folha de pagamento, aluguel, impostos e 
demais despesas. 
 
Os valores no Passivo são fontes de recursos, portanto quanto maiores forem, 
menor será a necessidade de investimento em Capital de Giro. Essas fontes 
são operacionais, e desde que não se tenha um custo elevado de ampliação 
dos prazos é saudável se financiar desta forma. 
 
A fórmula para o cálculo é simples. Para calcular o Capital de Giro líquido 
(CGL), basta somar os Ativos Circulantes (Investimentos) e reduzir os Passivos 
Circulantes (Fonte de Recursos). 
 
CGL = AC – PC 
Quando o valor do ativo circulante supera o do passivo circulante, significa que 
a empresa possui um capital de giro positivo e vice versa. 
 Grau de Alavancagem 
 
Alavancagem significa a capacidade de uma empresa utilizar recursos de 
capital (ativos) de forma a maximizar o retorno de acionistas, quotistas ou 
titular. 
 
A aplicação da alavancagem na avaliação de uma empresa permite que se 
conheça sua viabilidade econômica e se identifique as causas que 
determinaram eventuais variações nos resultados. 
 
 Grau de Alavancagem Operacional (GAO): 
 
O GAO mede os efeitos provocados sobre o Lucro Operacional pelas variações 
ocorridas nas vendas. Refere-se à um nível específico de produção e de 
vendas. Serve para apontar um acréscimo ou decréscimo no Lucro 
Operacional, a partir da variação do volume de vendas. 
A alavancagem operacional é possível pela presença de custos/despesas fixas 
na estrutura de resultados de uma empresa. 
 
Essas despesas não sofrem variação diante de mudanças no volume de 
vendas (Ex.: depreciação, aluguel, etc.). 
 
Empresas com maior participação de despesas fixas na estrutura tem maior 
capacidade de alavancar seu resultado operacional, mas apresenta maior risco 
operacional. 
 
 
 
Se as vendas aumentarem em 20%, o que ocorrerá com o resultado? 
 
 
 
E se as vendas reduzir em 20%, o que ocorrerá com o resultado? 
 
Quanto maior o GAO, maior a participação de custos/despesas fixas na 
estrutura de resultados e também maior o risco operacional da empresa. 
 
Uma fórmula de se perceber o GAO é calcular, através da Demonstração dos 
Resultados do Exercício (DRE), os valores para a margem de contribuição e o 
LAJIR: 
 
GAO = MC ÷ LAJIR 
 
MC: Margem de contribuição, que pode ser calculada por = Receitas - Custos 
Variáveis 
LAJIR: Lucro antes de juros e imposto de renda (em inglês EBITDA) 
 
 
Existe, também, uma outra fórmula que se utiliza das variações ocorridas nas 
vendas com a alavancagem, e que pode ser mais útil para empresários que 
não elaboram a DRE: 
 
GAO = variação no lucro operacional (%) ÷ variação no volume de vendas 
(%) 
 
 
 Grau de Alavancagem Financeira (GAF): 
 
A alavancagem financeira, vias de fato, utiliza de recursos de terceiros, como 
empréstimos, debêntures, ações preferenciais, entre outros, para maximizar os 
efeitos de sua variação do lucro operacional (LAJIR) sobre os lucros por ação. 
 
Antes de recorrer a alavancagem financeira é preciso estudar e se planejar 
para o acréscimo do índice de endividamentona estrutura monetária da 
empresa, bem como o risco envolvido em curto, médio e longo prazo. 
 
O endividamento apenas se mostrará benéfico se o custo de empréstimo 
for menor que o retorno que se espera obter com a aplicação de recursos 
oriundos desse empréstimo. 
 
 
http://blog.focalise.com.br/afinal-o-que-sao-debentures/
Com isso, são utilizados no cálculo os lucros anteriores e posteriores aos 
pagamentos de juros, relacionados na fórmula: 
 
GAF = LAJIR ÷ LAIR 
 
LAJIR: Lucro antes de juros e imposto de renda 
LAIR: Lucro antes do imposto de renda ou LAJIR subtraído dos Juros 
 
Para um resultado maior do que 1, significa que o lucro adicional oferecido aos 
acionistas é maior do que a remuneração ao empréstimo feito. Com um grau 
menor ou igual a 1, a operação não foi bem sucedida. 
Exemplo de alavancagem financeira 
 
Uma empresa procurou por capitais de terceiros que remuneram juros no valor 
de R$ 5.000,00 em um período que o LAJIR alcançou o valor de R$ 12.000,00. 
Para calcular seu GAF, é utilizado o valor do LAIR, que neste caso tem o valor 
de R$ 7.000,00 (12.000 - 5.000): 
GAF = 12.000 / 7.000 
GAF = 1,71 
Como o valor é maior do que um, a alavancagem financeira da empresa foi 
bem sucedida e retorna um lucro adicional aos sócios ou acionistas. 
Observação: Alguns autores usam a seguinte fórmula: 
 
 
 
Diferenças entre a Alavancagem Financeira e Operacional 
 
Uma das principais diferenças é a utilização, para o cálculo, de custos fixos por 
meio da alavancagem operacional e a de encargos financeiros fixos quando 
falamos da alavancagem financeira. 
 
Os riscos para cada tipo de alavancagem se diferenciam pelos recursos que 
são utilizados, já que a operacional se envolve em riscos comerciais e a 
financeira se envolve em riscos quanto ao crédito tomado. 
 
 
 
 
 
 
 
 EBITDA 
 
INSTRUÇÃO CVM N. 527, de 04 de Outubro de 2012 dispõe sobre a 
divulgação voluntária de informações de natureza não contábil denominadas 
LAJIDA (EBITDA) e LAJIR (EBIT). 
 
Ebitda é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and 
Amortization”, que traduzido para o português significa “Lucro Antes de Juros, 
Impostos, Depreciações e Amortizações” – LAJIDA. (Usaremos 
indistintamente as duas siglas). 
 
Com o objetivo de se conseguir comparabilidade entre resultados mensurados 
em diversos países, devido à globalização nas últimas décadas, surgiu a 
necessidade de medidas gerenciais que ressaltem melhor as estratégias 
financeiras e vantagens competitivas empreendidas. 
 
Nesse contexto, surgiu o indicador de mercado conhecido pela sigla EBITDA 
(Earning Before Interest, Taxes, Depreciation/Depletion and Amortization), em 
português traduzido pela sigla LAJIDA (lucro antes dos juros, impostos sobre o 
lucro, depreciações/exaustões e amortizações). 
 
A finalidade do Ebitda é demonstrar o potencial de geração operacional de 
caixa que uma empresa é capaz de produzir, antes de considerar o custo de 
qualquer empréstimo ou financiamento. Não é o fluxo de caixa efetivamente 
gerado ou consumido no período, pois não considera as variações nas contas 
de ativo e passivo. Em outras palavras, parte das vendas pode não ter sido 
ainda recebida, e parte das compras ainda não ter sido pagas. 
 
Alguns autores equivalem o EBITDA ao conceito de fluxo de caixa operacional, 
mas, como se está no regime de competência, parte das receitas pode não ter 
sido recebida, assim como parte das despesas pode ainda não ter sido paga. 
Assim, é melhor conceituá-lo como um indicador que revela o potencial da 
empresa para a geração de caixa operacional. 
 
 
Podemos calcular o EBITDA da seguinte forma: 
 
Lucro Operacional Antes IR e CSLL 
(+) Despesas Financeiras (Resultado líquido financeiro) 
(+) Amortização 
(+) Depreciação 
(=) EBITDA 
 
Outra forma de cálculo, partindo do Lucro LÌquido: 
Lucro Líquido 
(+) IR e CSLL 
(+) Despesas Financeiras (Resultado líquido financeiro) 
(+) Amortização 
(+) Depreciação 
(=) EBITDA

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