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PSICOLOGIA 
DA EDUCAÇÃO 
Eliane Dalla Coletta
Concepção do 
desenvolvimento humano
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir o conceito de desenvolvimento humano e as suas fases.
  Listar os processos envolvidos no desenvolvimento humano.
  Reconhecer como os aspectos do desenvolvimento humano devem 
nortear a tarefa da educação.
Introdução
A concepção do desenvolvimento humano é um campo de estudos 
científicos interdisciplinares, que envolve as ciências de Psicologia, 
Antropologia, Sociologia, Biologia, Genética, Educação e História, que 
estudam o ser humano no decurso de todas as suas fases de vida. Esse 
desenvolvimento é formado e constituído no contexto em que ocorre 
(ambiente), e, nas sociedades ocidentais, o ciclo é dividido em faixas 
etárias, outorgando uma instituição (família, escola) que o acompanhe a 
sua trajetória de desenvolvimento e profissional. Os principais domínios 
de investigação são os processos físico e biológico, cognitivo e psicosso-
cial, que ocorrem inter-relacionados nessas fases de desenvolvimento e 
suportam as mudanças e a estabilidade do crescimento do ser humano. 
Nesse complexo processo de desenvolvimento, muitas questões devem 
ser levadas em conta em função do poder de sua influência, como a 
hereditariedade, o ambiente social, a maturação e os momentos históricos 
que estiverem inseridos.
Neste capítulo, você estudará as fases do desenvolvimento humano, 
baseado na tipologia apresentada por Papalia e Feldman (2013), com a 
análise dos processos que estão acontecendo em cada uma, as principais 
perspectivas teóricas do desenvolvimento humano (psicanalítica, de 
aprendizagem e a cognitiva), como, também, o objeto de estudo da 
Psicologia Educacional, que são as diferenças individuais — a meto-
dologia de ensino deve atentar para as faixas etárias e o seu estágio de 
desenvolvimento, do maternal até a educação de adultos, bem como a 
articulação dos conhecimentos científicos às experiências.
Desenvolvimento humano e suas fases
O desenvolvimento do ser humano é uma das áreas de estudo da Psicologia, 
interdisciplinarmente, com as áreas de Medicina, Antropologia, Sociologia, 
Biologia, Genética, Educação e História. Desde o momento da concepção até 
o fi nal de sua vida, o ser humano passa por uma transformação que é objeto de 
estudos científi cos, com o objetivo de conhecer os processos sistemáticos que 
ocorrem e os cientistas denominam de “desenvolvimento do ciclo de vida”. 
Segundo Papalia e Feldman (2013, p. 32):
[...] os cientistas do desenvolvimento estudam os processos de mudança e 
estabilidade em todos os domínios, ou aspectos [...] do eu: físico, cognitivo e 
psicossocial. O crescimento do corpo e do cérebro, as capacidades sensoriais, 
as habilidades motoras e à saúde fazem parte do desenvolvimento físico. 
Aprendizagem, atenção, memória, linguagem, pensamento, raciocínio e 
criatividade compõem o desenvolvimento cognitivo. Emoções, personalidade 
e relações sociais são aspectos do desenvolvimento psicossocial.
Alguns autores, como Santrock (2009), denominam de processos biológicos, cognitivos 
e socioemocionais. Esses domínios, ou processos, ocorrem inter-relacionados nas fases 
do desenvolvimento humano, e uma alteração significativa em um aspecto acarretará 
prejuízo ou afetará, também, significativamente os outros, de acordo com o estágio 
de desenvolvimento em que as pessoas se encontram. 
As fases ou os períodos do ciclo da vida podem variar de cultura ou socie-
dade. Em algumas sociedades, a adolescência é considerada como parte da vida 
adulta e, em outras, como no Quênia, não existe o conceito de meia-idade. Nas 
sociedades industriais ocidentais, segundo Papalia e Feldman (2013), podem 
ser encontradas as seguintes fases de desenvolvimento: primeira infância (do 
nascimento aos 3 anos), segunda infância (dos 3 aos 6 anos), terceira infância 
Concepção do desenvolvimento humano2
(dos 6 aos 11 anos), adolescência (dos 11 aos 20), início da vida adulta (dos 
20 aos 40 anos), vida adulta intermediária (dos 40 aos 65 anos) e vida adulta 
tardia (65 anos em diante), que é comumente chamada de terceira idade. Em 
cada fase, o ser humano precisa suplantar suas necessidades básicas e dominar 
aspectos para que ocorra a sua independência (PAPALIA; FELDMAN, 2013):
  na primeira infância, há uma grande dependência dos pais para ajudar 
a comer, se vestir, ser acalentado;
  na segunda infância, as crianças começam a ter mais autocontrole e se 
relacionar com outras crianças;
  na terceira infância, o controle do comportamento se desloca dos pais 
para os educadores;
  na adolescência, o foco é na formação da identidade e no amadureci-
mento físico;
  no início da vida adulta, ocorre o estabelecimento dos estilos de vida inde-
pendente, com os aspectos ocupacional e familiar (formação de sua família);
  na vida adulta-intermediária, há o desenvolvimento pleno da carreira, 
o convívio com filhos adultos e o cuidado dos pais idosos;
  na vida adulta-tardia, ocorre a perda de aspectos físicos, aposentadoria 
e oportunidade de cuidar de interesses diversos. 
Os fatores, como hereditariedade, ambiente social e maturação, influenciam 
o desenvolvimento humano e, ainda, são estudados no sentido de se obter 
respostas mais precisas a respeito de como esses processos se desenvolvem e 
influenciam nas fases seguintes, e como esses períodos se relacionam. Para 
Santrock (2009, p. 30):
[...] as questões mais importantes no estudo do desenvolvimento das crianças 
incluem o que é inato e aprendido, continuidade e descontinuidade e experiên-
cias iniciais e tardias. A questão inato-aprendido envolve o debate: o desenvol-
vimento é essencialmente influenciado pela natureza inata ou pela aquisição 
através da aprendizagem? Inato se refere à herança biológica do organismo; 
aprendido se refere às experiências ambientais [...] A questão continuidade-
-descontinuidade discute se o desenvolvimento envolve mudanças gradativas 
e cumulativas (continuidade) ou estágios distintos (descontinuidade) [...] A 
questão da experiência inicial-posterior enfoca em que grau as experiências 
iniciais (especialmente na infância) e as experiências posteriores determinam 
o desenvolvimento da criança. Isto é, se a criança passa por experiências preju-
diciais, ela pode superá-las com experiências positivas mais tarde? Todas estas 
questões ainda continuam a ser muito debatidas pelos desenvolvimentistas.
3Concepção do desenvolvimento humano
A hereditariedade e o ambiente são fatores em que os cientistas mais evolu-
íram nas suas pesquisas e encontraram meios de medi-los com maior precisão 
na influência de traços específicos de determinada população ou uma pessoa. 
Um exemplo é a inteligência, que tem forte ligação com a hereditariedade, 
mas, com a estimulação dos pais, da educação e do meio em que se vive, 
também será mais ou menos desenvolvida. O que ainda está em discussão é 
saber qual fator é mais importante no desenvolvimento. E é por meio desta 
busca pelo entendimento da hereditariedade e de fatores ambientais ou ex-
periências, como nos contextos da família, sociedade, nível socioeconômico, 
raça/etnia, cultura e suas interações, que entenderemos o desenvolvimento 
humano. Do mesmo modo, também será necessário verificar a influência da 
maturação que afeta o organismo durante toda a sua vida, principalmente o 
desenvolvimento do cérebro. Outras questões deverão também ser levadas em 
consideração, em função de como ocorrem nos diversos momentos da vida, 
numa determinada idade e nos momentos históricos do desenvolvimento da 
sociedade estudada. As influências podem ser normativas, como a idade ou 
faixa etária, que são fortes traços característicos da idade, como a aquisição 
da fala, a puberdade e a menopausa; ou normativas reguladas pela história, 
com as influências de eventos marcantes, como a Grande Depressão ou a 
Segunda Guerra Mundial, que marcaram gerações, ouos avanços tecnológicos 
da atualidade, onde o computador e a Internet revolucionaram o modo de vida 
e, consequentemente, influenciaram no desenvolvimento de características e 
outros traços peculiares. O ciclo de vida também pode ser influenciado por 
eventos não normativos, que são típicos de acorrem num momento atípico da 
vida, como a morte de um dos pais quando a criança é pequena, sobreviver 
a um acidente grave de carro, etc. Todas essas influências contribuem para a 
complexidade do desenvolvimento humano (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Como perspectivas teóricas mais significativas sobre o desenvolvimento 
humano, encontraremos as seguintes:
  psicanalítica — que tem o enfoque nos impulsos inconscientes e no 
desenvolvimento psicossexual;
  aprendizagem — com a observação do comportamento manifesto, e 
não como as pessoas podem ser influenciadas pelo condicionamento 
operante, onde, em 1954, surgiu pela primeira vez o conceito de fee-
dback, que era a resposta que o aluno poderia obter após a execução 
de uma tarefa, o que confirmaria imediatamente a correção de sua 
resposta, antevendo um reforço positivo com um contributo importante 
Concepção do desenvolvimento humano4
na concepção de ambientes instrutivos e a sua influência nas primeiras 
aplicações dos computadores ao ensino;
  cognitiva — que estuda o desenvolvimento cognitivo, os processos 
mentais envolvidos na percepção e no tratamento da informação, inves-
tigando o processo de compreensão da informação recebida e desenvol-
vimento eficaz das tarefas: processos de atenção, memória, estratégias 
de planejamento, tomadas de decisão e estabelecimento de metas.
As teorias mais importantes e os princípios básicos dessas perspectivas 
estão apresentados no Quadro 1, a seguir.
Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos
Psicanalítica
Teoria Psicossexual 
de Freud
O comportamento é 
controlado por poderosos 
impulsos inconscientes.
Teoria Psicossocial 
de Erikson
A personalidade é 
influenciada pela sociedade 
e se desenvolve por meio 
de uma série de crises.
Aprendizagem
Behaviorismo ou 
Teoria Tradicional da 
Aprendizagem (Pavlov, 
Watson e Skinner)
As pessoas são reativas, 
o ambiente controla o 
comportamento.
Teoria da Aprendizagem 
Social (Social 
cognitiva) (Bandura)
As crianças aprendem em 
um contexto social por 
meio da observação e 
imitação de modelos.
As crianças contribuem 
ativamente para a 
aprendizagem.
 Quadro 1. Principais teorias e princípios básicos 
(Continua)
5Concepção do desenvolvimento humano
 Fonte: Papalia e Feldman (2013, p. 60). 
 Quadro 1. Principais teorias e princípios básicos 
Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos
Cognitiva
Teoria dos Estágios 
Cognitivos de Piaget
Mudanças qualitativas 
no pensamento ocorrem 
entre a primeira infância e 
a adolescência. As crianças 
desencadeiam ativamente 
o desenvolvimento.
Teoria Sociocultural 
de Vygotsky
A interação social é central para 
o desenvolvimento cognitivo.
Teoria do 
Processamento 
da Informação
Seres humanos são 
processadores de símbolos.
(Continuação)
Processos envolvidos no desenvolvimento 
humano
Os processos envolvidos no desenvolvimento humano são os que suportam 
as mudanças e a estabilidade no crescimento do ser humano, como o físico e 
biológico, o cognitivo e psicossocial. No processo físico e biológico, temos os 
aspectos de hereditariedade, o desenvolvimento físico do corpo e do cérebro, 
as habilidades motoras e as mudanças hormonais na adolescência. No processo 
cognitivo, ocorre o desenvolvimento de aprendizagem, atenção, memória, 
linguagem, pensamento, raciocínio e criatividade. E, no processo psicossocial, 
temos as emoções, a personalidade e as relações sociais.
O Quadro 2 demonstra como esses processos se desenvolvem ao longo 
do ciclo de vida.
Concepção do desenvolvimento humano6
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Concepção do desenvolvimento humano12
Desenvolvimento humano e a educação
Pensando no nosso desenvolvimento desde o nascimento, observamos que todo 
o processo de transformação pelo qual passamos é de aprendizagem, cujos 
educadores iniciais são os pais, posteriormente a escola, no desenvolvimento 
do conhecimento formal, e as experiências que vamos tendo com a superação 
de obstáculos e desafi os são aprendizagens que vamos adquirindo. A criança 
só começa a andar quando houver o crescimento físico que dê suporte para o 
desenvolvimento de suas habilidades motoras. É somente em torno dos 6 anos 
que o cérebro atinge o seu tamanho normal e a memória e a linguagem são 
aprimoradas, sendo aspectos fundamentais para a aquisição de conhecimento 
formal na escola. Ou seja, todo o currículo escolar acompanha e necessita 
levar em consideração o estágio de desenvolvimento físico-motor e cognitivo 
dos alunos. Do maternal até a educação de adultos, a metodologia de ensino 
atenta para as diferentes faixas etárias e o seu estágio de desenvolvimento, 
bem como a articulação dos conhecimentos científi cos às experiências.
Segundo Dessen e Polonia (2007, p. 25):
[...] a escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e apren-
dizagem, isto é, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, 
regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças. É 
nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os indivíduos proces-
sam o seu desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e 
realizadas em sala de aula e fora dela. O sistema escolar, além de envolver 
uma gama de pessoas, com características diferenciadas, incluiu um número 
significativo de interações contínuas e complexas, em função dos estágios 
de desenvolvimento do aluno.
No entanto, na sala de aula, o professor irá, ainda, se deparar com as 
diferenças individuais no âmbito intelectual e cognitivo e as consequências 
práticas, ou seja, existe aquele aluno que aprende com maior facilidade, assim 
como o outro, da mesma faixa etária, que terá dificuldades.
Para Salvador et al. (2000, p. 85):
[...] o estudo psicológico das diferenças individuais no âmbito intelectual 
constitui um dos núcleos históricos de conteúdo que contribuirá na própria 
formação da psicologia da educação e do ensino como uma disciplina científica 
e pode ser rastreado de maneira permanente ao longo de sua história. Por outro 
lado, reflete o seu caráter de ser um ponto de confluência de considerações 
de tipo não somente psicológico, mas também filosófico, ideológico e polí-
tico em relação à conceituação das diferenças entre as pessoas; evidencia as 
13Concepção do desenvolvimento humano
dificuldades que, muitas vezes, cabe discriminar e considerar separadamente 
uma das outras- em relação a isso, é preciso lembrar a polêmica e a notável 
mistura de argumentos que questões como a origem genética ou o ambiente 
das diferenças intelectuais entre as pessoas, ou a suposta superioridade ou 
inferioridade pelo nível de inteligência de determinadas etnias ou grupos 
culturais, ainda suscitam.
A perspectiva psicométrica e os estudos dos educadores sobre a inteligência, 
o surgimento dos testes de inteligências, as aptidões e os traços de personalidade 
partiram dessa apreensão em relação às diferenças individuais nos campos 
científicos e sociais. A perspectiva do processamento da informação, que 
surgiu no final dos anos 50, é a corrente cognitiva mais atual no estudo do 
desenvolvimento cognitivo, dos processos mentais envolvidos na percepção 
e no tratamento da informação, investigando o processo da compreensão da 
informação recebida, e no desenvolvimento eficaz das tarefas: processo de 
atenção, memória, estratégias de planejamento, tomadas de decisão e estabe-
lecimento de metas (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Segundo Salvador et al. (2000, p. 88) a perspectiva do processamento da 
informação:
[...] tem o objetivo comum aos trabalhos sobre as capacidades intelectuais, 
dentro dessa perspectiva, é o de tentar elaborar modelos detalhados dos pro-
cessos de tratamento da informação implicados na realização de diferentes 
tarefas intelectuais, especificando os elementos que participam e as funções 
que realizam [...] os trabalhos constituem o núcleo principal de pesquisa atual 
no âmbito das capacidades intelectuais.
Há um amplo campo de estudo quando se estuda a educação e o desen-
volvimento humano, sendo necessário incluir outros aspectos, como a influ-
ência da ansiedade, o autoconceito, a autoestima, a motivação, as metas e a 
autorregulação como fatores determinantes da aprendizagem e do rendimento 
escolar. Para estimular o potencial do aluno, Dessen e Polonia (2007, p. 26) 
refere que a escola moderna deve buscar três objetivos:
[...] a) estimular e fomentar o desenvolvimento em níveis físico, afetivo, moral, 
cognitivo, de personalidade, b) desenvolver a consciência cidadã e a capacidade 
de intervenção no âmbito social; c) promover uma aprendizagem de forma 
contínua, propiciando, ao aluno, formas diversificadas de aprender e condi-
ções de inserção no mercado de trabalho. Isto implica, necessariamente, em 
promover atividades ligadas aos domínios afetivo, motor, social e cognitivo, 
de forma integrada à trajetória de vida da pessoa.
Concepção do desenvolvimento humano14
Como pudemos estudar neste capítulo, o desenvolvimento humano, a 
aprendizagem e o ensino se entrelaçam e demandam um estudo que visa a 
equacionar o tema da regulação do ensino às características individuais dos 
alunos ou, mais precisamente, que o ensino leve em consideração as carac-
terísticas destes, para que as suas diferenças não sejam um problema para a 
aprendizagem, e a pesquisa da Psicologia Educacional tem como um de seus 
objetivos estruturar estratégias mais adequadas às diferentes capacidades 
(SALVADOR et al., 2000).
DESSEN, M. A.; POLONIA, A. C. A família e a escola como contextos de desenvolvimento 
humano. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 17, n. 36, p. 21-32, 2007. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/paideia/v17n36/v17n36a03>. Acesso em: 23 abr. 2018.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2013.
SALVADOR, C. C. et al. Psicologia do ensino. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTROCK, J. W. Psicologia educacional.. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2009.
Leitura recomendada
ASPESI, C. C.; DESSEN, M. A.; CHAGAS, J. F. A ciência do desenvolvimento humano: 
uma perspectiva interdisciplinar. In: DESSEN, M. A.; COSTA JUNIOR, Á. L. (Org.). A 
ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas futuras. Porto 
Alegre: Artmed, 2005. p. 19-36. Disponível em: <http://www.larpsi.com.br/media/
mconnect_uploadfiles/c/i/cien.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2018.
15Concepção do desenvolvimento humano

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