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1 5. CAPACITORES Um capacitor é um par de condutores entre os quais há um isolamento, usualmente feito por um material dielétrico. Para isso, na primeira seção serão estudados os condutores; na segunda, os dielétricos; na terceira, os capacitores propriamente ditos. 5.1 Condutores Modelo Um condutor comporta-se como se fosse um gás de elétrons livres movendo-se sobre uma rede cristalina. Cerca de um ou dois elétrons por átomo do condutor são tão fracamente ligados ao núcleo, que dele se libertam, movendo-se desordenadamente por todo o condutor. Condutor em equilíbrio eletrostático Dizemos que um condutor está em equilíbrio eletrostático, quando os elétrons livres do condutor movem-se desordenadamente. Condutor isolado Os elétrons livres de um condutor isolado, imerso em um campo elétrico externo E0, movem- se no sentido contrário ao do campo até a superfície do condutor, gerando um campo elétrico de polarização EPOL no interior do condutor, oposto ao campo externo, de tal modo que o módulo do campo elétrico no interior do condutor é: EINT = E0 - EPOL. O campo de polarização cresce até anular o campo no interior do condutor, cessando o movimento ordenado dos elétrons livres. Diz-se, então, que o condutor atingiu o equilíbrio eletrostático. Para bons condutores como o cobre, tal processo dura cerca de 10-16 s, ou seja, é quase instantâneo. Na sequência, veremos quatro resultados importantes sobre o condutor em equilíbrio eletrostático e a respectiva justificativa. 1º) "O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático é nulo." 0EINT !! = Argumentação: Note que não poderia ser diferente. Se houvesse algum campo elétrico no interior do condutor, haveria movimento ordenado dos elétrons livres, contrariando a hipótese do equilíbrio eletrostático. 2º) "Todo excesso de cargas de um condutor em equilíbrio eletrostático localiza-se sobre a superfície do condutor." Argumentação: Note que, se houvesse algum excesso de cargas no interior do condutor, o campo elétrico não poderia ser nulo e o condutor não estaria em equilíbrio eletrostático. Uma aplicação prática de tal fato é a blindagem eletrostática. O excesso de cargas de um condutor em equilíbrio eletrostático não se distribui uniformemente sobre o condutor. A densidade superficial de cargas é maior nos pontos onde a curvatura é maior (como as pontas). Tal fato é conhecido como o poder das pontas, cuja aplicação prática mais conhecida é o para-raios. 3º) "O campo elétrico na superfície de um condutor em equilíbrio eletrostático é perpendicular à superfície do condutor." Argumentação: Também aqui não poderia ser diferente! Se o campo não fosse perpendicular à superfície, ele teria uma componente tangencial que provocaria um movimento ordenado de cargas na superfície do condutor (contrariando a hipótese do equilíbrio eletrostático). 4º) "O potencial elétrico é constante em todos os pontos de um condutor em equilíbrio eletrostático (tanto da superfície quanto do interior)." Refere- se a este valor como sendo o potencial do condutor. Argumentação: A componente do campo elétrico numa direção qualquer é a diferença de potencial entre dois pontos vizinhos e a distância entre eles. Como o campo elétrico é nulo no interior do condutor, a ddp também é nula. Logo o potencial é constante em todos os pontos do interior do condutor. Como a componente do campo elétrico tangente à superfície do condutor é nula, o potencial elétrico também é constante sobre a superfície do condutor. É possível escolher dois pontos vizinhos sobre o condutor, sendo um do seu interior e outro de sua superfície. Sendo o campo elétrico nulo, o potencial deve ser o mesmo, tanto na superfície, quanto no interior do condutor. Também aqui, é evidente que não poderia haver nenhuma ddp. Se houvesse alguma ddp entre quaisquer pontos do condutor, haveria movimento ordenado de elétrons livres entre estes pontos (contrariando a hipótese do equilíbrio eletrostático). 2 Um experimento emblemático, sobre o qual você vai gostar de saber um pouco mais, foi levado a cabo por Michael Faraday e é conhecido pelo nome Gaiola de Faraday. Que tal pesquisar um pouco a respeito? Escreverei mais... Exercício fundamental: Faça o desenho das linhas do campo elétrico produzido por uma esfera condutora, carregada e em equilíbrio eletrostático. Determine as expressões do campo e do potencial elétricos produzidos por uma esfera condutora de raio a, carregada com carga Q, em equilíbrio eletrostático, no vácuo. Solução: No interior da esfera, o campo elétrico produzido pela esfera é nulo. A simples análise das linhas de campo mostra que o campo produzido pela esfera é nulo no interior da esfera e é igual ao campo de uma carga puntiforme igual à carga da esfera e localizada no seu centro. Se r é a distância entre o centro da esfera e um ponto qualquer do espaço, o campo elétrico é: o 2 0, se r a k Q , se r a r E ⎧ > = < ⎪ ⎨ ⎪ ⎩ O potencial elétrico produzido pela esfera, no exterior da esfera, deve ser igual ao potencial da carga puntiforme. No interior da esfera, o potencial é constante e igual ao potencial na superfície da esfera. Logo: o o k Q , se r a a k Q , se r a V r ⎧ ⎪ < = ⎨ > ⎪ ⎪ ⎪⎩ Exercício: 1) Esboce os gráficos E x r e V x r. Observe que o campo elétrico é descontínuo e o potencial, não. Importante: A carga elétrica e o potencial elétrico de um condutor em equilíbrio eletrostático são diretamente proporcionais, como pode ser verificado em diversos casos particulares. Por exemplo, o potencial elétrico de uma esfera de raio a, carregada com carga Q, é: okV Q a = Logo, temos: aQ V k = Q CV= , com C = r/k sendo uma constante, chamada de capacitância da esfera. Note que, se diversas esferas, com capacitâncias diferentes, forem submetidas a um mesmo potencial, a esfera que tiver maior capacitância armazenará mais carga. É, então, fácil entender por que, no passado remoto, a capacitância era chamada de capacidade. Exercício muito fácil: 2) (HW24.62) Uma esfera metálica, oca e vazia, tem um potencial de +400 V em relação ao solo (onde o potencial é nulo) e tem uma carga de 5,00 nC. Determine o campo e o potencial elétricos no centro da esfera. (0; 400 V) Exercício nada fácil: 3) Avalie a densidade de elétrons livres do cobre. Futuro: fornecer mais orientações... (8,7 x 1028 /m3) 5.2 Dielétricos (Isolantes) Constante dielétrica Seja E0 o módulo da intensidade do campo elétrico numa dada região do vácuo. Um dielétrico imerso nesta região será polarizado, surgindo um campo elétrico de polarização EPOL, de modo que o campo elétrico EINT no interior do dielétrico terá módulo: EINT = E0 - EPOL. Admite−se que o campo de polarização é proporcional ao campo no vácuo: EPOL = χE0, onde χ é uma constante que depende do dielétrico e cujo valor é menor que 1 (posto que o campo de polarização possui módulo menor que o campo no vácuo). Então o módulo do campo elétrico no interior de um meio dielétrico será menor que o do campo no vácuo devido à polarização do dielétrico. Escreve-se: EINT = E0 − χE0 EINT = (1 − χ)E0 k E E 0INT = k E E 0INT ! ! = , onde k = 1/(1 − χ) é a constante dielétrica do meio. Entende-se que k ≥ 1 e que o limite inferior k = 1 ocorre na ausência de material dielétrico (ou seja, para o vácuo). Rigidez dielétrica Qualquer material dielétrico pode tornar-se condutor, desde que submetido a um campo elétrico externo suficientemente alto. Chama-se Rigidez dielétrica do material ao maior valor do módulo do campo elétrico externo para o qual ele 3 ainda preserva sua propriedade de isolante. Quando este valor é ultrapassado (e o material torna-se condutor), diz-se que sua rigidez dielétrica foi rompida. A tabela a seguir mostra os valores da constante dielétrica e darigidez dielétrica de alguns meios. Fonte: Halliday e... Exercícios fáceis: 4) Uma placa de porcelana, com 2,0 cm de espessura, é colocada numa região do vácuo onde o campo elétrico era 14 kV/m. (a) Qual o módulo do campo elétrico na porcelana? (d) Qual a ddp entre as faces da placa de porcelana? (2,0 kV/m; 40 V) 5) Numa tarde de verão, surge uma ddp de 24 MV entre dois pontos da atmosfera, o que é suficiente para produzir uma breve descarga elétrica (raio). Avalie a distância máxima entre esses pontos. (8,0 m) 5.3 Capacitores Capacitância Um capacitor (ou condensador) é um par de condutores (chamados de placas ou armaduras ou eletrodos) entre os quais há um isolamento (vácuo ou material dielétrico). Um capacitor é um acumulador de carga e energia. Uma aplicação prática dos capacitores é o flash das máquinas fotográficas. Dizemos que um capacitor está carregado com carga Q, quando as placas do capacitor possuem cargas +Q e -Q. A carga elétrica e o potencial de um condutor qualquer são proporcionais. Assim, a carga Q e a ddp V entre as placas do capacitor também são proporcionais e podemos escrever: Q = C V, sendo que a constante de proporcionalidade C recebe o nome de capacitância do capacitor. Sejam V1 e V2 os potenciais das placas 1 e 2 de um capacitor e Q1 = Q e Q2 = -Q as suas cargas. Por definição, a capacitância deste capacitor é a razão entre a carga Q e a ddp V = V1 - V2. V QC = A unidade de capacitância no SI é o farad (F), em homenagem a Michael Faraday: 1 F = 1 C/V. O símbolo de um capacitor em um circuito elétrico é um par de barras paralelas (que lembra o capacitor de placas paralelas): −−| |−−. Outro símbolo usual é obtido curvando-se a segunda barra: −−| (−− Se diversos capacitores, de capacitâncias diferentes, forem submetidos a mesma ddp, irá acumular mais carga aquele que tiver maior capacitância. Assim, é possível interpretar a capacitância como sendo a capacidade de um capacitor acumular carga, quando submetido a uma ddp. Entendemos então que, quanto maior for a área das placas que se confrontam, maior será a capacitância do capacitor, pois mais carga poderá ser acumulada. Por outro lado quanto maior for a separação entre as placas, menor será a capacitância do capacitor, pois o campo elétrico terá menor intensidade e menos carga poderá ser acumulada. No caso específico do capacitor de placas planas e paralelas de área A, separadas por uma distância d, no vácuo, é possível mostrar que sua capacitância é: Co = εoA/d, com εo sendo a constante: εo = 1/4πko = 8,85 x 10-12 C2/N⋅m2. A demonstração de Co = εoA/d é feita obtendo a relação entre a ddp V e a carga Q do capacitor de placas paralelas. Como o campo elétrico entre as placas é constante, basta usar a relação V = Ed para obter a ddp V. A dificuldade é determinar o campo elétrico E. Usando a lei de Gauss (que não estudamos!), é possível mostrar que o campo elétrico entre as placas do capacitor é E = Q/εoA. É um exercício simples, partindo dessa expressão para o campo, obter a capacitância desse capacitor. Faça-o! Observação: A partir da expressão Co = εoA/d, isolando εo é fácil ver que o farad por metro (F/m) é uma unidade para εo. É usual escrevermos simplesmente: εo = 8,85 pF/m. Meio Constante dielétrica Rigidez dielétrica Ar (1 atm) 1,0005 3 MV/m Baquelite 4,9 24 MV/m Mica 5,4 10 a 100 MV/m Pirex 4,7 14 MV/m Poliestireno 2,6 24 MV/m Porcelana 6,5 5,7 MV/m Vácuo 1 ∞ Condutor ∞ 0 Placa 1: carga +Q potencial V1 + + + + + − − − − Placa 2: carga -Q potencial V2 2 1 − 4 Exercícios fáceis: 6) Um eletrômetro é um aparelho usado para medir carga estática. Uma carga desconhecida é colocada sobre as placas do capacitor do aparelho e a ddp é medida. Qual a carga mínima que pode ser medida por um eletrômetro com uma capacitância de 50,0 pF e uma sensibilidade de voltagem de 150 mV? (7,50 pC) 7) (HW25.1) Os dois objetos metálicos da figura têm cargas de +80 pC e -80 pC, o que resulta em uma ddp de 20 V entre eles. (a) Qual a capacitância do sistema? (b) Se as cargas forem modificadas para +200 pC e -200 pC, qual será o valor da capacitância? (c) Qual será o valor da nova ddp? (4,0 pF; 50 V) Energia acumulada A energia acumulada por um capacitor é o trabalho realizado por um agente externo para carregá-lo, isto é, para aumentar sua carga de zero a Q (o que implica em ir aumentando a ddp de 0 a V), como mostra o gráfico a seguir. Considere que um capacitor, inicialmente descarregado, seja carregado do seguinte modo: Sucessivamente, pequenas quantidade de carga dq1, dq2, dq3, ... , dqn são transferidas de uma placa do capacitor para a outra até carregá-lo com carga Q, estabelecendo um potencial final V. O trabalho necessário para transferir cada carga é o produto entre o valor da carga transferida e a ddp entre as placas nesse instante. Assim, temos: dτ1 = dq1⋅V1 ou dτ1 = V1 dq1, dτ2 = V2 dq2⋅, dτ3 = V3dq3 e dτn = Vndqn Portanto, o trabalho necessário para carregar o capacitor é: τ = dτ1 + dτ2 + dτ3 + ... + dτn ou τ = ∫dτ τ = V1dq1 + V2dq2 + V3dq3 + ... + Vndqn ou τ = ∫Vdq Escolhendo dq1 = dq2 = dq3 = ... = dqn = Q/n, vem: τ = (V1 + V2 + V3 + ... + Vn)⋅Q/n τ = Q⋅(V1 + V2 + V3 + ... + Vn)/n A soma das n diferenças de potencial dividida por n é a ddp média V/2. Logo, o trabalho realizado é: QV 2 τ = Esse trabalho é a energia U armazenada no capacitor: U = QV 2 que também pode ser dada por U = 2Q 2C ou U = 2CV 2 Observação: Cada trabalho, dτ = Vdq, pode ser interpretado geometricamente como a área de uma estreita faixa vertical, entre o eixo OQ e a reta inclinada, no gráfico V x Q. Logo, o trabalho total, τ = ∫Vdq, será a área entre o eixo e a reta, no caso, a área de um triângulo retângulo de base Q e altura V. [Fazer desenhos no futuro] Capacitor com dielétrico A capacitância de um capacitor depende apenas da geometria do capacitor e do dielétrico colocado entre as suas placas. O efeito de introduzir um dielétrico entre as placas de um capacitor, onde inicialmente tinha vácuo, é reduzir o campo e o potencial elétricos (que ficam divididos por k, isto é, pela constante dielétrica) e, consequentemente, aumentar sua capacitância (que fica multiplicada por k). Portanto, a capacitância C de um capacitor com um dielétrico entre as suas placas é k vezes maior que a capacitância Co do capacitor imerso no vácuo. Escrevemos: C = kCo, sendo k a constante dielétrica. Para obter um capacitor que acumule grande quantidade de carga e energia, é desejável que o dielétrico colocado entre as suas placas tenha constante dielétrica e rigidez dielétrica altas. Capacitor de placas paralelas A capacitância de um capacitor de placas planas e paralelas de área A, separadas por uma distância d, no vácuo, é Co = εoA/d. Logo, se este capacitor for preenchido com um dielétrico de constante k, sua capacitância será: C = kCo ou C = kεoA/d Sendo ε = kεo, a permissividade elétrica do dielétrico, escrevemos: C = εA/d Associação de capacitores Não é difícil mostrar que uma associação de n capacitores com capacitâncias C1, C2, ..., Cn é equivalente a um único capacitor de capacitância equivalente Ceq dada por: 1) Ceq = C1 + C2 + ... + Cn, se a associação for em paralelo, isto é, se todos os capacitores estiverem submetidos à mesma ddp; 2) n21 eq C 1... C 1 C 1 1C +++ = , se a associação for em série, isto é, se todos eles tiverem a mesma carga. 5 ROTEIRO DE ESTUDOS DE CAPACITORES Parte 1: Perguntas básicas 1) (a) O que é um condutor? (b) Qual o modelo de gás de elétrons livres? (c) O que é equilíbrio eletrostático? (d) Por que se diz que um condutor isolado está em equilíbrio eletrostático? 2) O que se pode dizer sobre (a) a carga elétrica, (b) o campo elétrico e (c) o potencial elétrico de um condutor em equilíbrioeletrostático? 3) Considere uma esfera condutora de raio a, carregada com carga Q, no vácuo. Exiba as expressões (a) do módulo do campo elétrico e (b) do potencial elétrico, em um ponto a uma distância r do centro da esfera. O potencial deve ser considerado nulo no infinito. 4) (a) O que é um dielétrico? (b) O que é a constante dielétrica de um dielétrico? (c) O que é a rigidez dielétrica de um dielétrico? 5) (a) O que é um capacitor? (b) Qual a função de um capacitor em um circuito elétrico? 6) Sobre a grandeza física capacitância: (a) Conceitue; (b) Defina; (c) Exiba sua unidade no SI. 7) Como se calcula (a) a carga elétrica e (b) a energia elétrica acumuladas num capacitor? Parte 2: Questionário 1) Por que uma barra eletrizada atrai pedacinhos de papel não eletrizados? Por que, após tocar a barra, os pedacinhos de papel são repelidos? 2) Uma barra eletrizada é aproximada de uma latinha de refrigerante vazia deitada sobre a mesa. A latinha não está eletrizada. Ela será atraída, repelida ou não será afetada pela barra? 3) Se o vácuo pudesse ser considerado um material dielétrico, quais seriam os valores de sua constante dielétrica e de sua rigidez dielétrica? 4) Se um condutor pudesse ser considerado um dielétrico, quais seriam os valores de sua constante dielétrica e de sua rigidez dielétrica? Parte 3: Problemas Condutores em equilíbrio eletrostático 1) (HW23.45) Uma esfera condutora com raio de 10,0 cm tem uma carga desconhecida. O campo elétrico a 15,0 cm do centro da esfera tem módulo igual a 3,00 kN/C e está dirigido radialmente para o centro da esfera. (a) Qual a carga da esfera? (b) Qual o módulo do campo a 5,0 cm do centro da esfera? (c) Qual o potencial elétrico nesse ponto? (-7,50 nC; 0; 675 V) 2) Um condutor esférico tem uma carga total de +12,0 µC. No interior deste condutor, existe uma cavidade esférica, no centro da qual está localizada uma carga puntiforme de +2,0 µC. Qual a carga sobre (a) a parede da cavidade e (b) a superfície externa do condutor? (-2,0 µC; 14,0 µC) 3) Quais (a) a carga e (b) a densidade de carga na superfície de uma esfera condutora de 15,0 cm de raio, cujo potencial é 300 V (com V = 0 no infinito)? (5,00 nC; 17,7 nC/m2) 4) (HW24.63) Qual o excesso de carga de uma esfera condutora de 0,15 m de raio, se o potencial da esfera for de 1,5 kV (com V = 0 no infinito)? (25 nC) 5) (HW24.64) Considere duas esferas condutoras, 1 e 2, separadas por uma grande distância, a segunda tendo o dobro do diâmetro da primeira. A esfera menor possui inicialmente uma carga positiva Q e a maior está inicialmente descarregada. Agora você liga as esferas com um fio fino e longo. (a) Como estão relacionados os potenciais finais V1 e V2 das esferas? (b) Quais as cargas finais Q1 e Q2 sobre as esferas, em termos de Q? (c) Qual a razão entre a densidade superficial de carga final da esfera 1 e a da esfera 2? (V1 = V2; Q/3 e 2Q/3; 2) 6) (HW24.67) Uma esfera metálica carregada de raio igual a 15,0 cm tem uma carga de 30,0 nC. (a) Qual o campo elétrico na superfície da esfera (pelo lado de fora)? (b) Se V = 0 no infinito, qual o potencial elétrico na superfície da esfera? (c) A que distância da superfície da esfera o potencial elétrico decresceu de 500 V? (12,0 kV/m; 1,80 kV; 5,77 cm) Dielétricos 7) Um capacitor de placas paralelas, separadas pela distância de 2,0 mm, no vácuo, está submetido a uma ddp de 4,0 kV. Insere-se uma pedra com constante dielétrica igual a 5,0, preenchendo todo o espaço entre as placas. (a) Qual era o módulo do campo elétrico entre as placas, no vácuo? (b) Qual o módulo do campo elétrico na pedra? (c) Qual a ddp na pedra? (2,0 V/m; 0,40 V/m; 0,80 V) 8) Qual deve ser a ddp entre dois pontos da atmosfera normal, separados pela distância de 2,0 cm, para que ocorra uma faísca? (60 kV) 9) Qual deve ser a espessura mínima de uma placa de baquelite para suportar uma ddp de 120 kV entre suas faces, ainda mantendo-se isolante? (5,0 mm) 6 Capacitores 10) Defina um farad (1 F), citando o coulomb (C) e o volt (V). 11) Escreva um farad (1 F) em função das unidades quilograma (kg), metro (m), segundo (s) e coulomb (C). 12) Sabendo que, desprezado o efeito bordas, o campo elétrico no interior de um capacitor de placas planas e paralelas, de área A, separadas por uma distância d, carregado com carga q, no vácuo, é Eo = q/εoA, mostre que a capacitância deste capacitor é Co = εoA/d. Sugestão: Determine a ddp entre as placas e, em seguida, aplique a definição de capacitância. 13) (HW25.4) Você possui duas placas metálicas planas, cada uma com área de 1,00 m2, para construir com elas um capacitor de placas paralelas. Se a capacitância do dispositivo deve ser de 1,00 F, qual deve ser a separação entre as placas? Este capacitor poderia ser realmente construído? (8,85 pm) 14) (HW25.5) Um capacitor de placas paralelas tem placas circulares de 8,20 cm de raio e 1,30 mm de separação. (a) Calcule a capacitância. (b) Que carga aparecerá sobre as placas, se for aplicada uma ddp de 120 V? (144 pF; 17,3 nC) 15) Um capacitor esférico é constituído por uma casca esférica condutora, de raio externo b, envolvendo uma esfera de raio a, também condutora e com o mesmo centro. O módulo do campo elétrico entre as placas deste capacitor, no vácuo, é E = Q/4πεor2, sendo r a distância do centro do capacitor a um ponto qualquer entre as suas placas. Logo, o potencial elétrico é V = Q/4πεor. Mostre que a capacitância deste capacitor é: Co = 4πεoab/(b − a). Sugestão: Determine a ddp entre as placas (V = Va − Vb) e, em seguida, aplique a definição de capacitância. 16) Suponha que as duas cascas esféricas de um capacitor esférico tenham raios aproximadamente iguais e separação d = b - a . Sob estas condições, mostre que a equação Co = 4πεoab/(b - a) se reduz à equação Co = εoA/d. 17) (HW25.6) As placas de um capacitor esférico possuem raios de 36,0 mm e 40,0 mm. (a) Calcule sua capacitância. (b) Qual deve ser a área de cada placa de um capacitor de placas planas e paralelas com a mesma separação entre as placas e a mesma capacitância? (40,0 pF; 181 cm2) 18) Um capacitor cilíndrico é constituído por uma casca cilíndrica condutora de raio externo b, envolvendo um cilindro de raio a, também condutor. A casca cilíndrica e o cilindro têm a mesma altura h e o mesmo eixo. O potencial elétrico entre as placas deste capacitor, carregado com carga Q, desprezado o efeito bordas, no vácuo, é dado por V = Qlnr/2πεoh, sendo r a distância do eixo do capacitor a um ponto qualquer entre as placas. Mostre que a capacitância deste capacitor é: Co = 2πεoh/ln(b/a). Sugestão: Determine a ddp entre as placas (V = Va − Vb) e, em seguida, aplique a definição de capacitância. Energia armazenada 19) Partindo da equação U = ½QV, escreva U exclusivamente em função de (a) Q e C; (b) V e C. 20) (HW25.31) Qual a capacitância necessária para armazenar uma energia de 10,0 kW·h com uma diferença de potencial de 1,00 kV? É fácil encontrar um capacitor desse pra comprar? (72,0 F) 21) (HW25.30) Um capacitor de placas paralelas, com o espaço entre as placas preenchido por ar, tendo uma área de 40,0 cm2 e um espaçamento entre placas de 1,00 mm, é carregado a uma ddp de 600 V. Determine (a) a capacitância, (b) a carga do capacitor, (c) a energia armazenada, (d) o campo elétrico entre as placas e (e) a densidade de energia entre as placas (ou a energia armazenada por unidade de volume). (35,4 pF; 21,2 nC; 6,37 µJ; 600 kV/m; 1,59 J/m3) 22) Mostre que a densidade de energia (ou energia por unidade de volume) acumulada entre as placas de um capacitor de placas paralelas é: u = ½ εo E2. Embora obtido em uma situação particular, este resultado é geral: Há energia distribuída em qualquer região do espaço onde há campo elétrico. A densidade de energia de um campo elétrico, no vácuo, é dada por u = ½ εo E2. 23) (HW25.32)Calcule a energia armazenada em um metro cúbico de ar, devido ao campo elétrico "de bom tempo", com intensidade igual a 150 V/m. (99,6 nJ) Capacitor com dielétrico 24) (HW25.40) Um capacitor de placas paralelas, com ar entre elas, possui uma capacitância de 50 pF. (a) Se cada uma de suas placas tiver uma área de 0,40 m2, qual a separação entre elas? (b) Se a região entre as placas for agora preenchida com um material cuja constante dielétrica é 5,6, qual será a nova capacitância? (7,1 cm; 280 pF) 25) (HW25.41) Dado um capacitor de 7,4 pF, com ar entre as placas, quer-se convertê-lo em um capacitor que possa armazenar 7,4 µJ sob uma diferença de potencial de 652 V. Que dielétrico deve ser usado para preencher o espaço entre as placas do capacitor? Dica: consulte uma tabela com valores de constantes dielétricas. (Pirex) 7 26) (HW25.42) Um capacitor de placas paralelas, com ar entre as placas, possui uma capacitância de 1,3 pF. A separação entre as placas é duplicada e introduz-se cera entre elas. A nova capacitância é igual a 2,6 pF. Determine a constante dielétrica da cera. (4,0) 27) (HW25.45) Certa substância tem constante dielétrica igual a 2,8 e rigidez dielétrica de 18 MV/m. Se ela for usada como dielétrico em um capacitor de placas paralelas, que área mínima as placas do capacitor deveriam ter para se obter uma capacitância de 70 pF e para assegurar que o capacitor será capaz de resistir a uma ddp de 4,5 kV? (7,1 cm2) 28) (HW25.47) Um certo capacitor de placas paralelas contém um dielétrico cuja constante é 5,5. A área das placas é 340 cm2 e a distância entre as placas é 2,00 mm. O capacitor ficará inutilizado se o campo elétrico entre as placas exceder 200 kV/m. Qual é a máxima energia que pode ser armazenada nesse capacitor? (66,2 µJ) 29) (HW25.51) Um capacitor de placas paralelas de 100 cm2 de área, completamente preenchido com mica (k = 5,4), tem capacitância de 100 pF. A mica está submetida a uma ddp de 50,0 V. Calcule a intensidade do campo elétrico na mica. (1,94 kV/m) Associação de capacitores 30) (HW25.48 e H25.49) Um capacitor de placas planas e paralelas, de área A e separação d, pode ser preenchido com dois dielétricos, de constantes k1 e k2, como se vê nas figuras abaixo. Mostre que a capacitância de cada capacitor é C = kεoA/d, com: (a) k = (k1 + k2)/2, no caso (a); (b) k = 2k1k2/(k1 + k2), no caso (b). 31) (HW25.74) Um novo capacitor é obtido inserindo uma placa metálica, de área A e espessura b, simetricamente, entre as armaduras de um capacitor de placas planas e paralelas, de área A, separadas por uma distância d, de modo que as três placas permaneçam paralelas. Qual a capacitância do novo capacitor? (C = εoA/(d – b)) 32) (HW25.7) Quantos capacitores de 1,00 µF devem ser ligados em paralelo para armazenar uma carga de 1,00 C, com uma ddp de 110 V entre as placas dos capacitores? (9091) 33) (HW25.11) Cada um dos capacitores descarregados da figura tem uma capacitância de 25,0 µF. Uma ddp de 4,20 kV é estabelecida entre as placas, quando a chave é fechada. Qual é a carga total que atravessa o medidor A? (315 mC) [Deixar pra depois?] 34) (HW25.8 e HW25.36) Na associação da figura: C1 = 10,0 µF, C2 = 5,0 µF, C3 = 4,0 µF e V = 100 V. Determine a capacitância dessa combinação e também: (a) a carga, (b) a ddp e (c) a energia armazenada em cada capacitor. (7,33 µF; 333, 333 e 400 µC; 33,3, 66,6 e 100 V; 5,56, 11,1 e 20,0 mJ) 35) (HW25.9, HW25.13 e HW25.34) Na associação da figura: C1 = 10,0 µF, C2 = 5,00 µF, C3 = 4,00 µF e V = 100 V. Determine a capacitância equivalente dessa associação e também: (a) a carga, (b) a ddp e (c) a energia armazenada em cada capacitor. Suponha que a rigidez do dielétrico do capacitor 3 sofra uma ruptura, tornando-o equivalente a um fio condutor. Que mudanças ocorrem (d) na carga e (e) na ddp do capacitor 1? (3,16 µF; 211, 105 e 316 µC; 21,1, 21,1 e 78,9 V; 2,2, 1,1 e 12,5 mJ) Referência: HW = HALLIDAY, RESNICK e WALKER. Fundamentos de Física, vol. 3, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
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