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Heavy Water Reactor (HWRs) João Vitor Silva Gama 209027709 O que é? Reator refrigerado e/ou moderado por água pesada (D₂O). ● CANDU (CANadian Deuterium oxide Uranium fuel) ● PHWR (Pressurized Heavy Water Reactor) ● SGHWR (Steam-Generating Heavy Water Reactor) ● AHWR (Advanced Heavy Water Reactor) Porquê? Do ponto exclusivamente físico, a água pesada (D₂O) é superior como moderador tanto à água leve comum quanto ao grafite, principalmente devido à sua seção transversal de captura de nêutrons muito baixa (0,001 barns). Como consequência, um longo percurso de difusão é aceitável para o nêutron termalizado em um moderador de água pesada. Assim, o espaçamento de combustível pode ser maior, dando a opção de um circuito de refrigeração separado a ser incorporado no projeto do reator. Com um reator de água pesada, uma montagem crítica pode ser alcançada usando urânio natural como combustível. Moderador PM (cm) RM H₂O 1,530 60 D₂O 0,370 5600 Usar água comum como moderador implica em poucos nêutrons disponíveis após a termalização para sustentar uma reação em cadeia com os poucos núcleos isolados de ²³⁵U no combustível. Isso é particularmente significativo para os países que, tendo depósitos de urânio em seu território, não não têm a capacidade de construir e operar uma usina de enriquecimento de combustível. 1939 Fissão do Urânio A fissão do urânio foi descoberta por Otto Hahn e Fritz Strassmann. Os dois sugeriram que o processo poderia liberar nêutrons, que tinham o potencial de iniciar uma reação em cadeia se pudessem ser retardados. Alguns meses depois, eles descobriram que blocos de óxido de urânio exibiam atividade de fissão aumentada quando imersos em água. A absorção dos nêutrons liberados pela água, no entanto, impediu a criação de uma reação autossustentável. 1931 Deutério Através de espectrografia atômica foi postulada a existência de um isótopo do hidrogênio com massa 2 u. 1933 Purificação Água Pesada Através do método de eletrólise, a primeira amostra pura de água pesada foi produzida (Nobel,1934). Seção de choque de Absorção Hans von Halban e Otto Frisch observaram uma menor taxa de absorção de nêutrons na água pesada do que na água normal. 1937 WWII Hoje, sabe-se que apenas três moderadores práticos podem ser usados para construir um reator usando urânio não enriquecido: água pesada, grafite e berílio. Naquela época, o grafite era o mais comum, mas tinha que ser muito puro. Cientistas franceses e alemães descartaram o grafite como um moderador viável devido a medições iniciais da absorção de nêutrons do grafite impuro. Assim, iniciou-se o avanço tecnológico de reatores a água pesada. Água pesada, um moderador muito melhor, era um recurso escasso. Assim, surgiu na Europa uma disputa pela maior produtora de água pesada, a usina da Norsk Hydro, na Noruega. Os alemães também careciam do esforço industrial necessário para a separação de isótopos de urânio, o que tornava a água pesada altamente pura ainda mais essencial. Em 1942, cientistas americanos conseguiram purificar o grafite a níveis que permitiram a reação em cadeia, e assim foi criado o Chicago Pile-1. (Boro) Apesar disso, os USA dedicaram extensos estudos sobre a água pesada, uma vez que, caso a alemanha descobrisse uma aplicação bélica, eles teriam o conhecimento científico sobre. Em 1944, foi criado o primeiro reator moderado a água pesada, que tinha como combustível urânio natural Chicago Pile-3. Projeto Nuclear e Funcionamento HWR A orientação do núcleo HWR é horizontal dentro de um tanque (Calandria - Aço Inoxidável) que consiste em canais de combustível. Cada canal de combustível possui dois tubos concêntricos: tubo Calandria e tubo de pressão. Estes reatores podem ser reabastecidos durante a operação, usando o urânio natural como combustível, utilizando a água pesada como refrigerante e moderador. Igual aos PWRs, o calor é trocado entre o loop primário e o secundário por meio de um trocador de calor. HWR Core Orientation Horizontal Type Thermal Coolant Heavy Water Moderator Heavy Water Fuel UO₂ PHWR Reator de potência no qual o calor é dissipado do núcleo usando água altamente pressurizada (cerca de 160 bar) para atingir uma alta temperatura e evitar a ebulição dentro do núcleo, permitindo que ele atinja temperaturas mais altas principalmente sem formar bolhas de vapor (escoamento turbulento). O refrigerante transfere seu calor para o sistema secundário em um gerador de vapor (usa água pesada como refrigerante e moderador). Exemplo: Usina Nuclear de Grohnde na Alemanha com uma potência elétrica de 1.430 MW. SGHWR Variante da planta canadense CANDU, com separação física do refrigerante e moderador. O único SGHWR já operado foi o protótipo de 100 MWe localizado na Inglaterra (Winfrith SGHWR). Como um CANDU, o moderador é água pesada contida na calandria. Entretanto, os tubos internos a calandria e o tubos de pressão (concêntricos) são verticais e o refrigerante pode ferver ao passar pelo núcleo. Esse vapor aciona a turbina, eliminando assim o gerador de vapor separado. A desvantagem de usar refrigerante a água leve, é que o combustível UO₂ deve ser enriquecido em cerca de 3%. AHWR Em processo de desenvolvimento, o Reator Avançado de Água Pesada (AHWR) é um elemento-chave do Programa Nuclear Indiano, conforme mostrado na Figura 1, que assume a confiança máxima no ciclo de combustível ²³³U-Th. Porquê a Índia? (⅔ das reservas de Tório) AHWR Diferentemente das plantas convencionais, este reator possui tubos de pressão verticais, baseados em tório, resfriados a boiling light water e moderados por água pesada, o que elimina a necessidade de grandes estoques de água pesada. Ainda em projeto, possui como propostas a circulação natural e passiva do refrigerante, reduzindo custos com equipamentos (bombas) e manutenção. Seu funcionamento é baseado na termo-sifonação. O tório é uma potencial revolução energética em escala global. Reatores nucleares à base de tório, como o indiano KAMINI, além de extremamente mais eficientes que os baseados em urânio, produzem consideravelmente menos subprodutos. O rejeito destes reatores também representa menos riscos que o plutônio (rejeito do urânio) por não ser tão útil na fabricação de armas e por sua radiação decair mais rapidamente. Inspirado em plantas PHWR e BWR indianos. Seu combustível é baseado em óxido de urânio e óxido de tório fértil. A maior parte da energia gerada nesse modelo é a partir de ²³³U (75%), criado in locu a partir do tório. Uma vez que o ²³³U possui o maior número de nêutrons liberados/nêutrons absorvidos é possível aplicá-los em plantas super regeneradoras, onde mais material físsil é gerado que consumido. Núcleo η ²³³U 2,287 ²³⁵U 2,068 ²³⁹Pu 2,108 ²⁴¹Pu 2,145 AHWR Diferentemente das plantas convencionais, este reator possui tubos de pressão verticais, baseados em tório, resfriados a boiling light water e moderados por água pesada, o que elimina a necessidade de grandes estoques de água pesada. Ainda em projeto, possui como propostas a circulação natural e passiva do refrigerante, reduzindo custos com equipamentos (bombas) e manutenção. Seu funcionamento é baseado na termo-sifonação. O tório é uma potencial revolução energética em escala global.[1] Reatores nucleares à base de tório, como o indiano KAMINI, além de extremamente mais eficientes que os baseados em urânio, produzem consideravelmente menos subprodutos. O rejeito destes reatores também representa menos riscos que o plutônio (rejeito do urânio) por não ser tão útil na fabricação de armas e por sua radiação decair mais rapidamente.[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3rio#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Reator_de_t%C3%B3rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiano https://pt.wikipedia.org/wiki/KAMINI https://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3rio#cite_note-2AHWRCANDU 6PHWRSGHWR Gen IVGen IIIGen IIGen I GERAÇÕES Vantagens: ● Utilização do Urânio Natural. Obs.: Não necessita da tecnologia de enriquecimento de urânio, mas concentração pode ser elevada (0,7->0,9->1,2%) ocasionando um incremento de energia gerado de 7->11->22 Mwd/kg para uma mesma planta. Além disso, para um enriquecimento a 1,2% os custos com combustível e reabastecimento se reduzem em 30% ● Como o combustível de urânio não enriquecido acumula uma densidade menor de produtos de fissão do que o combustível de urânio enriquecido, ele gera menos calor, permitindo um armazenamento mais compacto. ● Abastecimento sem interrupção. ● Em operação, reatores AHWR conseguem produzir 500 ton de água dessalinizada por dia, para plantas localizadas na costa. ● Custo (1935: 50 cents per gram; 2022: centenas de dólares o quilograma). Obs.: Além disso, a produção de água pesada não é apenas cara, mas também perigosa, envolvendo o uso de grandes quantidades de sulfeto de hidrogênio H₂S, que é tóxico e inflamável. ● O conteúdo energético reduzido do urânio natural em comparação com o urânio enriquecido exige uma substituição mais frequente do combustível; ● A maior taxa de movimentação de combustível através do reator também resulta em maiores volumes de combustível irradiado do que nos LWRs que empregam urânio enriquecido. Desvantagens: Referências ● Heavy Water Reactors | Atomic Heritage Foundation ● Alameri, S. A., & Alkaabi, A. K. (2020). Fundamentals of nuclear reactors. Nuclear Reactor Technology Development and Utilization, 27–60. doi:10.1016/b978-0-12-818483-7.00001-9 ● British Electricity International. (1992). Nuclear physics and basic technology. Nuclear Power Generation, 1–110. doi:10.1016/b978-0-08-040519-3.50008-1 ● Pressurized heavy-water reactor - Wikipedia ● https://www-pub.iaea.org/MTCD/Publications /PDF/te_984_prn.pdf ● The Indian Advanced Heavy Water Reactor (AHWR) and Non-Proliferation Attributes https://www.atomicheritage.org/history/heavy-water-reactors https://www.atomicheritage.org/history/heavy-water-reactors https://en.wikipedia.org/wiki/Pressurized_heavy-water_reactor https://www-pub.iaea.org/MTCD/Publications/PDF/te_984_prn.pdf https://www-pub.iaea.org/MTCD/Publications/PDF/te_984_prn.pdf https://www.bnl.gov/isd/documents/79014.pdf https://www.bnl.gov/isd/documents/79014.pdf