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Minha parte seminário

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O primeiro problema: A Sustentação da Demanda Agregada 
· Pôde ser observado uma desaceleração no crescimento depois da maturação dos investimentos.
· A capacidade ociosa criada pelos investimentos postergava novas decisões empresariais de acumulação de capital provocando uma forte desaceleração do ritmo do gasto privado e da geração de emprego.
· O autor cita sobre os problemas macroeconômicos que surgiram como consequência do PM.
· Com a capacidade ociosa gerada pelos altos investimentos, as empresas adiavam suas decisões de investimentos, as empresas adiavam suas decisões de investir em novos projetos
· Resultando em uma redução significativa dos gastos privados e uma queda na geração de empregos.
· Importante relembrar que esses problemas são exatamente o contexto pelo qual o Plano Trienal foi exigido. Foi nesse contexto que o plano foi proposto. 
O segundo problema: Um Desequilíbrio Agudo no Balanço de Pagamentos
· Queda de 20% nas exportações
· Importações de recursos básicos e bens de capital financiados pelo influxo de investimentos diretos externos e créditos comerciais
· A conclusão do PM provocou uma redução nos influxos de financiamento colado ao ciclo de investimentos
· E inverteu o sentido dos fluxos:
 Remessas de juros, lucros e dividendos pressionavam remessas cambiais escassas e a taxa de câmbio do cruzeiro.
· Desde o JK começa a ver uma piora nos termos de troca, uma tendencia progressiva de um estrangulamento do BP – de certa forma estrutural 
· Por um lado, um componente razoavelmente cíclico que é a piora nos termos de troca, explicada principalmente pela queda dos preços do café – a partir de 58 – economia é extremante dependente das exportações do complexo cafeeiro, vai afetar bastante a capacidade de contornar as restrições externas.
· Aliada a isso, há alguns elementos um pouco mais estruturais:
· O avanço do PM a partir da integração do capital internacional na economia brasileira, começa a observar um acentuamento do desdobramento da remessa de lucros de serviços pro exterior – de alguma maneira a remuneração do capital internacional, sempre presente na economia brasileira, mas cujo volume aumentou exponencialmente pós PM, começa a se fazer mais presente, ou seja, há uma piora nos termos de troca. Tem uma dificuldade crescente de honrar com os serviços associados com o capital internacional, que vai ser remunerado a partir dos seus investimentos no PM. Vai ficando cada vez mais complicado
· De maneira geral, como a gente sabe, o avanço no processo de industrialização por substituição de importações, não necessariamente significa reduzir um conteúdo importado, mas sim recolocar as restrições em patamares cada vez mais completos, ou seja, conforme vou avançando numa estratégia virtuosa de transformação vou recolocando a dependência pra outros setores e outras áreas principalmente tecnológica e financeiramente mais complexas.
· Por outro lado, você tem uma certa má vontade do FMI, dos órgãos multilaterais, sendo que na época, os créditos oficiais multilaterais representavam uma parcela maior dos volumes de empréstimos internacionais, quando comparado aos tempos atuais, em termos relativos. Má vontade de rolarem os empréstimos e refinanciar os empréstimos, reescalonar e colocar em patamares mais adequados a recuperação estrutural da economia brasileira, porque tem um modelo de desenvolvimento não aderente a um arcabouço defendido pelo FMI.
· A lógica do ajuste restritivo do FMI e colocado nesse momento e o JK vai a todo momento tentando contornar essas restrições até que em 59 ele rompe. A ideia é não adotar um ajuste do FMI pra contornar problemas de aceleração de inflação, desequilíbrio fiscal, etc. 
· Então a situação externa é muito grave
· O estado brasileiro não tem uma dívida externa não é gigantesca, mas o perfil era muito ruim, já que era um perfil de curtíssimo prazo. 
· A lógica era rolar continuamente essa dívida, vender o almoço pra pagar a janta
· Incentivo o capital privado a tomar recursos lá fora, e garante a taxa de câmbio de hoje no período em que o pagamento for feito. Isso na prática num cenário de pressões externas, estrangulamento de permanente desvalorização significa um subsídio grande ao setor privado pra honrar seus compromissos.

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