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Fórum II Vídeo: GT História da África - História da África made in Brazil: contribuições, desafios e perspectivas Debate realizado no dia 29 de outubro de 2020 a mediadora foi a Prof. Mariana Cândido (Emory University) e as professoras e professor convidados Cryslaine Alfagali (PUC RJ), Marcia Pereira Guerra (IFRJ) e Valdemir Zamparini (UFBA). Alfagali iniciou com o que viria a ser seu tema norteador “Feito no Brasil| Amefrica|Abya Yala” salientando o uso que faria de suas próprias experiências e metodologias. O trabalho do historiador incluiria, em larga medida, sua capacidade para a realização de questionamentos e como utilizar as fontes com o intuito de respondê-los. Com base nesse tipo de procedimento de pesquisa e análise, outros fatores como experiências diaspóricas e um olhar para a escrita a nível de história da África em território brasileiro poderiam oferecer contribuições. Somado a estes construtos a realização de diferentes leituras que priorizem não apenas o texto como também o que está implícito no próprio seriam importantes para a notoriedade de elementos reconstrutores e /ou diferentes configurações com relação a visualização das realidades humanas como trabalhos que se pautam com vistas ao particular de um indivíduo por exemplo. A professora Márcia Pereira Guerra tematizou sua explanação com base no ensino de História com especialização na História da África que vêm sendo ensinada nas pós-graduações das universidades brasileiras. A docente trata exatamente das várias histórias referentes ao continente africano e que em sua grande maioria estariam atreladas às instituições imperiais como o processo de expansão imperialista por parte dos europeus. Ainda nesse sentido a produção dos estudos ao longo dos séculos XIX e XX poderiam ter sido um modo de viabilizar saberes sobre os territórios que eram objeto de interesse. A ampliação deste campo no Brasil e consequentemente de profissionais que trabalham com África teria relação com a normativa 10.639 de 2003 oriunda em larga escala das ações dos movimentos do povo negro e indígena. De forma conclusiva cita a educação básica enquanto estágio onde o aprendizado sobre o território africano seria de caráter “histórico – panorâmico” em resposta às condições que lhe originaram. Em caráter conclusivo o professor Valdemir Zamparini contempla em sua explanação as linhas de pensamento americanas/africanas a respeito das relações raciais e como a elaboração delas e da História da África foram importantes para o renascimento da própria dentro dos movimentos negros e do continente. Reafirma o papel das políticas públicas de Estado para o volume de trabalhos com este viés bem como disciplinas nas grades curriculares. Realiza questionamentos a respeito da natureza dos artigos/pesquisas ao mesmo tempo que ressalta a necessidade de pensar se haveria algum diferencial dos estudos africanos feitos no Brasil para outros locais; a consideração dos diferentes vínculos históricos bem como da presente carência de processos reflexivos voltados ao campo teórico.
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