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Ato infracional e medidas

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AULA 02
Considerações: 
Tempo do crime – Teoria da atividade: Considera-se praticado ato infracional no momento da ação ou da omissão, ainda que outra seja o momento do resultado. Por exemplo, a pessoa com 17 anos, 11 meses e 20 dias de idade desferiu tiros na vítima, que faleceu 1 mês depois, quando o autor já havia completado 18 anos. O que importa é que, no momento da ação, ela tinha menos de 18 anos, independente da morte resultante ter ocorrido depois.  
Critério: biológico ou cronológico (leva-se em consideração apenas a idade na data do fato); 
Tipicidade: delegada. Quando o adolescente pratica o ato infracional, o ECA não traz a tipificação de cada ato infracional. Quando o MP vai representar, ele pegará essa tipificação no Código Penal e em outras leis extravagantes, por isso a tipicidade delegada.  Então diz-se que a tipicidade no ECA é delegada, porque o crime está descrito em outros dispositivos, como o código penal e quando o menor praticar aquela conduta descrita estará praticando um ato infracional análogo a um crime (homicídio, roubo, furto) e será aplicada as regras do ECA. 
Interpretação (art.6º): O ECA adotou a interpretação teleológica, que busca alcançar o fim da norma. Então o intérprete (principalmente o juiz) quando for aplicar o ECA tem que buscar o fim social, que é principalmente respeitar a condição peculiar de criança e adolescente como pessoas em desenvolvimento. 
Ato Infracional: é a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Conceito de crime: é fato típico, antijurídico e culpável. 
Fixação de competência: a) Regra geral: domicílio dos pais ou responsáveis; A lei dispõe que, se não for entrado o domicílio dos pais ou responsáveis, fixar-se-á a competência no local onde foi encontrada a criança ou adolescente. Essa regra geral será aplicada para questões cíveis, como guarda, tutela e adoção, porque o ECA trouxe uma regra específica para o ato infracional. b) Ato Infracional: local da ação ou omissão (teoria da atividade); Suponha que o adolescente que cometeu o ato infracional seja do Distrito Federal, mas praticou o ato em São Paulo, por exemplo. A competência será então fixada no local da ação. c) Execução da medida socioeducativa: poderá ser delegada para o domicílio dos pais ou responsáveis; Como o adolescente tem direito à convivência familiar, a medida deverá ser delegada para o domicílio dos pais.
Sujeito ativo do ato infracional: Adolescente/Criança;  
Sujeito passivo de medidas socioeducativas: Adolescente/Jovem adulto. Criança recebe apenas medida protetiva. 
A Súmula n. 338 do STJ estipula que a prescrição penal (art. 109 do Código Penal) será aplicada na medida socioeducativa. Mas no Código Penal, a prescrição para menores de 21 anos é pela metade. Tem-se então que o adolescente só poderá ficar internado por no máximo 3 anos; e essa medida socioeducativa de internação prescreve em 4 anos.  
Súmula 605, STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. 
Já a Súmula n. 711 do STF dispõe sobre o crime permanente ou continuado. Suponha que um adolescente com 17 anos e 11 meses de idade manteve uma vítima em cativeiro por 2 meses. Quando a polícia chegou, ele estava em flagrante de crime, não mais de ato infracional, pois aplica-se para ele a lei do momento, mesmo que mais gravosa, por se tratar de crime continuado. 
Ler arts. 103 e 104.
106 trata das hipóteses de apreensão de adolescente.
Ler os demais.
Considerações sobre as Medidas Socioeducativas e Protetivas: 
a) Competência: Súmula 108 do STJ dispõe que é competência exclusiva do juiz que atua na Vara da Infância e Juventude. b) Rol: Art. 112 do ECA, taxativo, fechado. c) Abrangência: Adolescente e excepcionalmente ao jovem adulto. d) Aplicação: Isolada ou cumulativamente, desde que sejam medidas compatíveis (Obs.: Podem ser aplicadas em conjunto com medidas protetivas também). e) As medidas socioeducativas têm natureza sancionatória e punitiva, mas de cunho pedagógico, com o objetivo de resgatar o adolescente; 
•As medidas socioeducativas só poderão ser aplicadas pelo juiz se houver provas suficientes da autoria e da materialidade do ato infracional; 
•A única medida que pode ser aplicada em caso de indícios de autoria e prova da materialidade é a advertência, a medida mais branda das 6 elencadas. 
As bancas costumam abordar com frequência a internação, a medida mais gravosa, que possui o prazo máximo de 3 anos. Em questões, as bancas costumam afirmar que a internação não comporta prazo determinado, o que é verdadeiro! Ela não possui prazo determinado, mas não pode ultrapassar 3 anos; a cada 6 meses o juiz precisa reavaliar essa medida socioeducativa. 
Medidas socioeducativas: Art. 112. São 6 medidas. Ler
Cabimento das Medidas Socioeducativas  
A. Advertência Art. 115: Trata-se de admoestação verbal, é a mais branda das medidas. Requisitos: prova da materialidade e indícios suficientes da autora do ato infracional. Essa medida gera efeitos jurídicos, ficará registrada na Vara da Infância e Juventude. Nessa medida, o juiz irá conversar com o adolescente e explicará os reflexos do seu ato infracional e reduz isso a termo. É a única medida que pode ser aplicada com indício de autoria e da materialidade, porque as demais medidas só podem ser aplicadas se o juiz tiver prova suficiente da autoria e da materialidade. 
B. Obrigação de reparar o dano Art. 116: Trata-se de medida por tarefa e não por desempenho. Uma vez reparado o dano, extingue-se a medida. O objetivo é promover a compensação da vítima, restituir o bem. Essa medida será aplicada quando o adolescente atingiu a esfera patrimonial da vítima. Requisitos: prova da autoria e da materialidade. O juiz só aplica essa medida socioeducativa de obrigação de reparar o dano, quando o adolescente praticou um ato infracional que teve reflexo na esfera patrimonial da vítima. A medida socioeducativa poderá ser aplicada de forma isolada ou cumulativamente. 
C. Prestação de serviço à comunidade Art. 117: Será realizada gratuitamente, tarefas de interesse geral. O juiz deve estabelecer a carga horária máxima de prestação do serviço durante a semana, sendo o limite de oito horas semanais. Prazo: Máximo de 06 meses. Requisitos: materialidade e autoria.
D. Liberdade assistida: Art.118 e 119: O adolescente receberá um ORIENTADOR, o adolescente permanecerá com a família, não há privação da liberdade. Prazo: min. 06 meses. Pode ser revogada, prorrogada ou substituída por outra medida. É considerada medida padrão. A doutrina entende que a liberdade assistida, se ela tem prazo mínimo de 6 meses, também não poderá extrapolar o prazo máximo de 3 anos, porque a internação – que é a mais grave – não extrapola esse prazo.
Vamos falar mais detalhadamente sobre as medidas PRIVATIVAS da liberdade (art. 122): são a internação e a semiliberdade 
E. Semiliberdade (120)
Trata-se de medida privativa da liberdade. É a privação no noturno e liberação no diurno. No diurno, esse adolescente estará liberado, e terá escolarização e profissionalização (recursos da comunidade). A semiliberdade é uma privação relativa. Prazo: indeterminado, limitado a no máximo 03 anos. Requisitos: materialidade e autoria. Essa medida não poderá ser aplicada com a remissão. Essa medida pode ser aplicada de início ou como forma de transição para o meio aberto (progressão). O juiz não precisa colocar o adolescente primeiro na internação, para depois colocar em semiliberdade. A medida não comporta prazo determinado, mas não excederá o prazo máximo de 3 anos. De acordo com a lei, é possível que o adolescente cumpra 3 nos de internação e ainda fique em semiliberdade. Então, se o adolescente não melhorou durante o prazo de 3 anos da internação, o juiz poderá colocá-lo em semiliberdade (letra da lei).
F. Internação (121)
Cabimento da Internação (art. 122, ECA) A internação é uma privação absoluta. a) com violência ou grave ameaçaà pessoa; (prazo máximo de 3 anos). O tráfico de drogas, por si só, não levará o adolescente a internação (Súmula n. 492, STJ). b) por reiteração em condutas graves; (prazo máximo de 3 anos) A jurisprudência considera que basta duas condutas para caracterizar a reiteração c) por descumprimento de medida anteriormente imposta (até 3 meses).  
Situação hipotética: supondo que o juiz tenha aplico uma medida ao adolescente de prestação de serviços à comunidade. Se o adolescente a está descumprindo, poderá ser internado. O nome dessa internação é chamado de "internação sanção". Essa "internação sanção" é caracterizada como regressão. É necessária a oitiva do adolescente para a decretação da regressão de sua medida. Internação provisória é cautelar do adolescente.  
Princípios da internação: (ECA/CF/88) 
• Excepcionalidade: Significa que o juiz só aplicará a internação em último caso. • Brevidade; e Rapidez e celeridade. Os prazos no ECA são contados em dias corridos. • Respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. O estado dá um tratamento diferenciado para quem ainda está em desenvolvimento 
Se o adolescente está cumprindo sua internação (manhã, tarde e noite pela tutela do estado), ele tem direito à atividade externa (não é qualquer atividade). Escolarização e profissionalização é dentro da internação. O fato é, a lei dispõe que o adolescente tem direito à atividade externa, independentemente de autorização do juiz. Quem autoriza a saída do adolescente para a atividade externa é a equipe técnica do estabelecimento, formada pelo Diretor, Psicólogo, Assistente Social, Pedagogo, ou seja, a equipe multidisciplinar que atua junto ao adolescente para a sua recuperação. 
Em 2012 foi criada a Lei de Execução para o adolescente (Lei do SINASE). A Lei do SINASE dispõe que se o adolescente já estava cumprindo a medida socioeducativa e internação, o juiz não pode retornar esse adolescente para a internação por fato anterior àquele praticado. Agora se o adolescente estava cumprindo a medida socioeducativa de internação lá dentro, ou ele saiu e praticou um novo ato infracional, agora ele será sentenciado novamente e poderá cumprir nova medida socioeducativa. 
Súmula n. 342 STJ (é vedada a sua aplicação com fundamento exclusivamente na confissão do adolescente. Também poderá ser aplicada por reiteração no cometimento de infrações graves).
Internação provisória: 
A lei dispõe que a internação provisória é de, no máximo, 45 dias e esse prazo é improrrogável. Se o adolescente ficar mais de 45 dias na internação provisória, o juiz estará praticando um crime contra o adolescente. Poderá ser aplicada em duas situações: garantia da ordem pública e para própria segurança do adolescente. 
Resumo:
Liberdade assistida: prazo mínimo de 6 meses. 
Prestação de serviços à comunidade: prazo máximo de 6 meses. 
Advertência: não há prazo. 
Internação é a mais gravosa: não comporta prazo determinado, mas não pode extrapolar o prazo máximo de 3 anos. Súm. 338: Prescreve em 4 anos.
Inserção em regime de semiliberdade: também não comporta prazo determinado, mas não pode extrapolar o prazo máximo de 3 anos. 
Obrigação de reparar o dano: não há prazo.
Dessas medidas socioeducativas, a única que tem prazo mínimo é a Liberdade Assistida (LA), chamada de medida padrão. Na Liberdade Assistida, o juiz irá denominar um orientador para o adolescente. Esse orientador vai justamente acompanhar esse adolescente.
A internação e a semiliberdade, por serem as medidas mais gravosas, o juiz em que reavaliar a cada 6 meses.
Prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida são medidas em meio aberto, no 
entanto, a primeira durará até 6 meses, enquanto a segunda terá como prazo mínimo 6 meses.  
Ademais, ressalta-se que o adolescente pode receber medida socioeducativa de modo 
cumulativo, bem como medida socioeducativa cumulada com medida protetiva 
ROL DOS DIREITOS DO ADOLESCENTE QUE ESTAVA CUMPRINDO SUA INTERNAÇÃO/SEMILIBERDADE Art. 124. 
São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes: I; II: Esse inciso cai bastante em prova. O adolescente pode peticionar, inclusive, reclamando do estabelecimento educacional em que está cumprindo a medida socioeducativa, para qualquer autoridade; III: O advogado particular ou o defensor público tem direito reservadamente de conversar com o menor. IV; V; VI: Competência: em regra geral, a medida socio-educativa poderá ser cumprida no domicílio de seus pais ou responsável, mesmo que tenha praticado o delito em outro local, devido ao direito da convivência familiar; VII: Não é visita íntima. VIII – corresponder-se com seus familiares e amigos; IX – ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal; X – habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade; XI – receber escolarização e profissionalização; Ressocialização do adolescente. XII – realizar atividades culturais, esportivas e de lazer; Do art. 7º ao art. 69 do ECA, há os direitos fundamentais de uma criança e adolescente, que é o direito à vida, educação, lazer, esporte, cultura, convivência familiar. XIII – ter acesso aos meios de comunicação social; XIV – receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje; O estado está obrigado a dar assistência religiosa? Sim, segundo a sua crença e desde que assim o deseje. XV – manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade; Se o local em que estiver cumprindo a medida socioeducativa vai guardar o pertence, ela deve dar o comprovante (na prática isso é complicado). XVI – receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade. § 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. Esse parágrafo cai muito em prova. A incomunicabilidade é proibida. § 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses do adolescente. O juiz pode deixar suspenso as visitas familiares temporariamente.
O ECA não proíbe o uso de algemas, deve ser respeitada a SV 11.
Medidas pertinentes aos pais ou responsáveis 
As medidas pertinentes aos pais ou responsáveis estão previstas nos arts. 129 e 130, ambos do ECA. 
O referido rol é voltado para problemas no âmbito familiar. Nesse contexto, “o Estatuto prevê […] medidas a serem aplicadas aos pais e responsáveis que deixam de cumprir suas obrigações legais e violam os direitos das crianças e adolescentes que estão sob sua responsabilidade.
Portanto, são medidas pertinentes aos pais ou responsáveis segundo o Estatuto:   Conselho tutelar.
Está disciplinado no arts. 131 a 140 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
É definido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como “órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente”. Suas atribuições, nos termos do art. 136 do ECA, são: 
Súmula n. 74 STJ: para efeitos penais o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil. 
O juiz precisa de documento do adolescente para que ela tenha certeza de que se trata de um adolescente. Quando o adolescente pratica um ato infracional e é apreendido em flagrante de ato infracional e conduzido à delegacia especializada, entregue para a autoridade policial competente, se a autoridade tiver dúvidas sobre a identificação do adolescente autor do ato infracional, poderá fazer a investigação criminal do adolescente. 
Súmula n. 108 STJ: a aplicação de medida socioeducativa ao adolescente pela prática de ato infracional é da competência exclusiva do juiz. 
É o juiz competente para aplicar o "PAI LIO". 
Súmula n. 265 STJ: É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida socioeducativa. 
Adolescente que descumpre medida socioeducativa poderá ser internado por até 3 meses (internação sanção). Mas para o juiz aplicaresse tipo de internação, ele tem que escutar o adolescente. 
Súmula n. 338 STJ: a prescrição penal é aplicada nas medidas socioeducativas. A internação, que é a medida mais gravosa, prescreve em 4 anos. 
O ECA não dispõe sobre prescrição, mas o STJ tirou essa prescrição do art. 109 do Código Penal. O próprio Código Penal dispõe que se for menor de 21 anos de idade, a prescrição ocorre pela metade. Por isso o prazo de 4 anos para a internação prescrever. 
Súmula n. 342 STJ: no procedimento de medida socioeducativa é nula a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente. 
Não basta a confissão do adolescente, são necessárias outras provas. 
Súmula Vinculante n. 11 (Uso de algemas): só é licito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar, civil, e penal do agente. 
O ECA não dispõe nenhum artigo sobre o uso de algemas. A doutrina entende que o adolescente poderá ser algemado, desde que respeite a Súmula Vinculante n. 11. 
Súmula n. 705 STF: a Renúncia do réu ao Direito de Apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. 
Súmula n. 718 STF: a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 
Crime: ato infracional. A opinião do juiz no tocante ao ato infracional não constitui motivo suficiente para colocar o adolescente, por exemplo, em uma medida socioeducativa mais grave.
Súmula n. 492 STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente. Porque não há nem violência, nem grave ameaça contra a pessoa.
 Súmula n. 149 STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança. 
A ação de petição de herança prescreve, mas o direito da criança e do adolescente de saber quem é o seu pai, é imprescritível. 
Súmula n. 605 STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. (2018) (memorizar essa Súmula) 
Pelo fato de ter atingido 21 anos, não impede a aplicação de medida socioeducativa.

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