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Estatuto da Criança e Adolescente LEI Nº 8.069/1990 Professora Mariana Alexandria ESTRUTURA: O ECA é formado por dois livros: Livro 01 Parte Geral: Título I Disposições Preliminares(1 a 6); Título II Direitos Fundamentais; e Título III Formas de Prevenção (70 a 85). Livro 02 Parte Especial: Título I Políticas de atendimento (86 a 97); Título II Medidas de Proteção (98 a 102); Título III Prática de Ato Infracional (103 a 128); Título IV Medidas Pertinentes aos pais ou responsável (129 a 130); Título V Conselho Tutelar (131 a 140); Título VI Acesso à Justiça; e Título VII Crimes e Infrações Administrativas Praticadas contra a Criança e o Adolescente. Fundamento Constitucional Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (arts. 1 AO 6) Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Disposições Preliminares CRIANÇA (art. 2º) ADOLESCENTE (art. 2º) JOVEM ADULTO (art. 2º,pú.) Até 12 anos de idade incompletos Entre 12 e 18 anos de idade. Nos casos expressos, aplica-se o ECA as pessoas entre 18 e 21 anos de idade. Súmula 605, STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. Disposições Preliminares Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Disposições Preliminares Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Disposições Preliminares Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. DA PREVENÇÃO (arts. 70 AO 85) Da Prevenção Da Prevenção Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Da Prevenção Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas de educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (FORMAS DE PREVENÇÃO CONTRA TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA E CASTIGO FÍSICO) Da Prevenção I - a promoção de campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e com as entidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Da Prevenção III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais de saúde, educação e assistência social e dos demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento das competências necessárias à prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de conflitos que envolvam violência contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Da Prevenção V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis com o objetivo de promover a informação, a reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a articulação de ações e a elaboração de planos de atuação conjunta focados nas famílias em situação de violência, com participação de profissionais de saúde, de assistência social e de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Da Prevenção Especial Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada. Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação. Da Prevenção Especial Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária. Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ouresponsável. Da Prevenção Especial Outros cuidados quanto às: Emissoras de rádio e Televisão (76) Empresas de venda e locação de fitas de programação (77) Revistas (78, 79) Casas de jogos (80) Da Prevenção Especial DOS PRODUTOS E SERVIÇOS Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: - armas, munições e explosivos; - bebidas alcoólicas; - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida; - fogos de estampido e de artifício (que provoque dano físico) - revistas e publicações; - bilhetes lotéricos e equivalentes. Obs.: É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere ( exceto quando na presença dos pais ou responsáveis ou com autorização escrita) Da Prevenção Especial Da Prevenção Especial DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR (arts. 83 a 85) Embarque no território nacional Adolescentes a partir dos 16 anos podem viajar livremente; não necessitam de autorização. Crianças e adolescentes menores de 16 anos não podem viajar desacompanhadas dos pais ou responsável sem autorização judicial. Dispensa-se a autorização quando: – tratar-se de comarca contígua – acompanhados por ascendentes colateral até o 3º grau ou de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 2. Embarque para o exterior regra geral: crianças e adolescentes necessitam de autorização judicial. é dispensada a referida autorização judicial se: – a criança ou adolescente estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; – a criança ou adolescente viajar na companhia de um dos pais, autorizados expressamente pelo outro por meio de documento com firma reconhecida. Da Prevenção Especial DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO (arts. 86 a 97) Da Política De Atendimento Da Política De Atendimento Das Entidades De Atendimento Das Entidades De Atendimento Das Entidades De Atendimento Das Entidades De Atendimento Das Entidades De Atendimento DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO (Art. 98 à 102) Das Medidas De Proteção Considerações sobre as medidas protetivas: Competência: Juiz e Conselho Tutelar; Obs.: para aplicar as medidas VIII, “acolhimento familiar”, e IX, “família substituta”, somente o juiz tem competência (exclusiva), e a colocação em família substituta só se dá por meio de guarda, tutela ou adoção. Rol: exemplificativo, aberto; Abrangência: criança, adolescente e excepcionalmente jovem adulto; Aplicação: isolada ou cumulativamente, desde que medidas compatíveis. Das Medidas De Proteção medidas Art. 98. As adolescente são aplicáveis de proteção à criança e ao sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: I. por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; abuso dos pais ou por falta, omissão ou responsável; - em razão de sua conduta. Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo. Das Medidas De Proteção Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. PRINCÍPIOS: Condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos; Proteção integral e prioritária; Responsabilidade primária e solidária do poder público; Interesse superior da criança e do adolescente; Privacidade; Intervenção precoce; Intervenção mínima; Proporcionalidade e atualidade; Responsabilidade parental; Prevalência da família; Obrigatoriedade da informação; Oitiva obrigatória e participação. Das Medidas De Proteção MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO (101): I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII - acolhimento institucional; VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; IX - colocação em família substituta. Obs.: Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101. AULA 02 DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL (ART. 103 À 128) Da Prática De Ato Infracional Considerações: Tempo do crime: Teoria da atividade - Considera-se praticado ato infracional no momento da ação ou da omissão, ainda que outra seja o momento do resultado. Critério: biológico ou cronológico Tipicidade: delegada. Interpretação (art.6º): O ECA adotou a interpretação teleológica. Ato Infracional: é a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Fixação de competência: a) Regra geral: domicílio dos pais ou responsáveis (questões cíveis); b) Ato Infracional: local da ação ou omissão (teoria da atividade); c) Execução da medida socioeducativa Sujeito ativo do ato infracional: Adolescente/Criança; Sujeito passivo de medidas socioeducativas: Adolescente/Jovem adulto. Criança recebe apenas medida protetiva. Da Prática De Ato Infracional Súmulas: Súmula 338 do STJ: A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas. Súmula 605 do STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Da Prática De Ato Infracional Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato. Da Prática De Ato Infracional Art. 106. OU Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos. FLAGRANTE DE ATO INFRACIONAL Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em POR ORDEM ESCRITA E FUNDAMENTADA DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE. Da Prática De Ato Infracional Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão imediatamente comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata. Da Prática De Ato Infracional Art. 108. A internação, ANTES DA SENTENÇA, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias. (INTERNAÇÃO PROVISÓRIA) Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida. Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada. Da Prática De Ato Infracional Garantias processuais: DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS Medidas Socioeducativas Considerações sobre as Medidas Socioeducativas: Competência: Súmula 108 do STJ dispõe que é competência exclusiva do juiz que atua na Vara da Infância e Juventude. Rol: Art. 112 do ECA, taxativo, fechado. Abrangência: Adolescente e excepcionalmente ao jovem(NÃO se aplica às crianças) Aplicação: Isolada ou cumulativamente, desde que sejam medidascompatíveis (Obs.: Podem ser aplicadas em conjunto com medidas protetivas também). As medidas socioeducativas têm natureza sancionatória e punitiva, mas de cunho pedagógico, com o objetivo de resgatar o adolescente; •As medidas socioeducativas só poderão ser aplicadas pelo juiz se houver provas suficientes da autoria e da materialidade do ato infracional; •A única medida que pode ser aplicada em caso de indícios de autoria e prova da materialidade é a advertência, a medida mais branda das 6 elencadas. DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: - advertência; - obrigação de reparar o dano; - prestação de serviços à comunidade; IV - liberdade assistida; - inserção em regime de semi-liberdade; - internação em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS Medida Socioeducativa Comentários I- Advertência Admoestação verbal (reduzida a termo) II - Obrigação de reparar o dano compensação de prejuízo material causado pelo adolescente. III – prestação de serviço à comunidade Tarefas gratuitas e de interesse geral. Jornadas de 8hs semanais. Período máximo de 6meses IV- liberdade assistida O juiz designará uma pessoa capacitada para acompanhar o adolescente, sob a condição de orientador. Período mínimo de 6meses V – inserção em regime de semiliberdade O adolescente fica parte do tempo recolhido, e outra parte em atividades externas, sob a supervisão de um orientador. Não existe tempo fixado em lei. DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS Medida Socioeducativa Comentários VI – internação em estabelecimento educacional Medida privativa de liberdade (excepcional); é possível realização de atividades externas; Não há prazo determinado, existindo a necessidade de reavaliação a cada 6 meses, mas só pode ser aplicada no máximo por 3 anos, ao fim dos quais o adolescente deve ser liberado, colocado em semi-liberdade ou liberdade assistida; A liberação é obrigatória aos 21 anos de idade. VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI Ver o art. 101 do ECA – MEDIDAS DE PROTEÇÃO Do Regime de Semi-liberdade (120) DA INTERNAÇÃO DA INTERNAÇÃO DA INTERNAÇÃO Tipos de internação: MACETE PARA MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS SAPLIO S emi-liberdade A dvertência P restação de serviços à comunidade L iberdade assistida I nternação O brigação de reparar o dano Resumo: Liberdade assistida: prazo mínimo de 6 meses. Prestação de serviços à comunidade: prazo máximo de 6 meses. Advertência: não há prazo. Internação é a mais gravosa: não comporta prazo determinado, mas não pode extrapolar o prazo máximo de 3 anos. Súm. 338: Prescreve em 4 anos. Inserção em regime de semiliberdade: também não comporta prazo determinado, mas não pode extrapolar o prazo máximo de 3 anos. Obrigação de reparar o dano: não há prazo. Dessas medidas socioeducativas, a única que tem prazo mínimo é a Liberdade Assistida (LA), chamada de medida padrão. Na Liberdade Assistida, o juiz irá denominar um orientador para o adolescente. Esse orientador vai justamente acompanhar esse adolescente. A internação e a semiliberdade, por serem as medidas mais gravosas, o juiz em que reavaliar a cada 6 meses. Prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida são medidas em meio aberto, no entanto, a primeira durará até 6 meses, enquanto a segunda terá como prazo mínimo 6 meses. Ademais, ressalta-se que o adolescente pode receber medida socioeducativa de modo cumulativo, bem como medida socioeducativa cumulada com medida protetiva ROL DOS DIREITOS DO ADOLESCENTE QUE ESTAVA CUMPRINDO INTERNAÇÃO/SEMILIBERDADE Art. 124. DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEL (ART. 129 E 130) Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016) II - inclusão em programa oficial auxílio, orientação e tratamento ou comunitário de a alcoólatras e psicológico ou toxicômanos; - encaminhamento a psiquiátrico; - encaminhamento a tratamento cursos ou programas de orientação; V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar; DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEL (ART. 129 E 130) Art. 129. (...) VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; VII - advertência; - perda da guarda; - destituição da tutela; - suspensão ou destituição do poder familiar. Obs.: Em caso de maus tratos e abuso sexual = afastamento do agressor (pais ou responsáveis) da moradia comum e pagamento de alimentos. DO CONSELHO TUTELAR (ART.131 À 140) Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. DO CONSELHO TUTELAR (ART.131 À 140) Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. DO CONSELHO TUTELAR (ART.131 À 140) Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; - expedir notificações; - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; DO CONSELHO TUTELAR (ART.131 À 140) Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal; ( Programações de rádio e TV) - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. DO CONSELHO TUTELAR (ART.131 À 140) Art. 136 XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. DO CONSELHO TUTELAR (ART.131 À 140) Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no Tutelar como mínimo, 1 integrante (um) Conselho da administração pública órgão local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha. COMO CAI EM CONCURSOS 1.(Marinha/2009) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a opção que corresponde à faixa etária de uma criança e de um adolescente, respectivamente. Até onze anos de idade completo, e entre onze e dezoito anos de idade Até onze anos de idade incompleto, eentre onze e dezessete anos de idade Até doze anos de idade completo, e entre doze e dezessete anos de idade Até doze anos de idade incompleto, e entre doze e dezoito anos de idade. 02. (IBFC/SEPLAG/2013) Segundo o ECA, é dever da família, da sociedade e do poder publico assegurar com prioridade a efetivação dos direitos da criança e do adolescente, tendo por entendimento que a garantia de prioridade compreende: primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias. posteridade de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública privilegio na formulação e na execução das políticas sociais públicas destinação de recursos financeiros nas áreas de proteção à infância e à juventude 03. (IBFC/Polícia Científica/2017) Considerando as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990, assinale a considerada alternativa correta a conduta descrita sobre como como é crime se praticada por criança ou adolescente. Crime de menor potencial ofensivo Contravenção penal Ato infracional Crime hediondo Crime inimputável 04. (IBFC/Polícia Científica/2017) Considerando as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990, assinale a alternativa correta sobre o que a referida lei considera ser a admoestação verbal aplicada por autoridade competente. Advertência Tratamento degradante Medida excessiva Pena privativa de liberdade Pena cruel
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