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Regime Jurídico Administrativo – Princípios Basilares
DIREITO ADMINISTRATIVO
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS BASILARES
PRINCÍPIOS REGENTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO: CONSTITUCIONAIS 
E LEGAIS, EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS
O regime jurídico administrativo é essencial para a imposição do Estado perante o par-
ticular, para a demonstração de verticalidade e como base para que o Estado cumpra as 
determinações de suas imposições.
Em alguns manuais, tal regime está na parte sobre os princípios da administração pública. 
O regime jurídico administrativo é tomado de regime de direito público, ao passo que o regime 
jurídico da administração relaciona-se com o direito público e com o privado.
DIRETO DO CONCURSO
1. (2013/CESPE/TCE-RO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) De acordo com a dou-
trina, o regime jurídico-administrativo abrange tanto as regras quanto os princípios, os 
quais são considerados recomendações para a atividade da administração pública.
COMENTÁRIO
A doutrina do prof. Celso Bandeira de Mello dispõe sobre a força normativa do princípio. 
Dentro do Neoconstitucionalismo, tudo é considerado como princípio estabelecido, em to-
das as relações. Para o prof. e ex-ministro Ayres Britto, o Neoconstitucionalismo é conside-
rado uma chuva ácida, que em um primeiro momento lava tudo mas tem efeitos corrosivos, 
pois devido à relação da ponderação de princípios, tudo deve ser analisado conforme a 
situação concreta. Tal posição faz crítica à doutrina supracitada. O principal expoente do 
Neoconstitucionalismo no Brasil foi o ministro Luiz Roberto Barroso.
Uma outra crítica é feita pela profª e subprocuradora geral da república, Débora, à qual ar-
gumenta que dentro do aspecto carregado do Neoconstitucionalismo de princípios, pode-
-se falar sobre a Teoria dos Pêndulos. Tal posição defende que a existência de um sistema 
preso a vários princípios causa um efeito totalmente destrutivo a longo prazo, por causa 
desse “pêndulo” que não para de derrubar tudo o que está ao redor.
Os princípios não são meras recomendações. Eles têm força normativa.
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Regime Jurídico Administrativo – Princípios Basilares
DIREITO ADMINISTRATIVO
Regime Jurídico da Administração (lato sensu) 
Regime jurídico da Administração (stricto sensu):
• Regime de Direito Privado
• Regime Jurídico de Direito Público
Regime jurídico administrativo:
• Regime de Direito Público
Como e em quais situações a administração submete-se ao regime de direito privado? 
Ocorre dentro dos contratos da administração, em que a administração pública coloca-se no 
lugar do particular para a formalização do contrato. Com isso, o regime jurídico administrativo 
e o regime jurídico da administração não são sinônimos.
Princípios basilares (supraprincípios) do Regime Jurídico Administrativo:
• Supremacia do interesse público
• Indisponibilidade de interesse público
ATENÇÃO
Apesar de não estarem expressos, os supraprincípios fazem parte do regime administrati-
vo e estão presentes de forma implícita na Constituição Federal. Tal argumento é corrente 
majoritária.
Os supraprincípios também são chamados de super princípios, ou, para a profª Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro, de “pedras de toque”. Para ela, o interesse público de forma geral 
diz respeito ao que desperta interesse à sociedade como um todo.
Por algum tempo, para alguns doutrinadores e para o Superior Tribunal de Justiça, havia 
distinção entre o interesse público primário e o secundário. 
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Regime Jurídico Administrativo – Princípios Basilares
DIREITO ADMINISTRATIVO
Interesse Público Primário e Secundário
No tema da intervenção do Estado na propriedade é explicado sobre a tredestinação 
lícita e ilícita. Para a tredestinação lícita há alcance do interesse público; enquanto que na ilí-
cita, ainda que pareça haver interesse público, a base não atende o interesse público primá-
rio, mas sim o secundário, fantasiando assim o interesse primário por um interesse particular.
Celso Antônio Bandeira de Mello: “Independentemente do fato de ser, por definição, 
encarregado dos interesses públicos, o Estado pode ter tanto quanto as demais pessoas, 
interesses que lhe são particulares, individuais, e que, tal como os interesses delas, conce-
bidas em suas meras individualidades, se encarnam no Estado enquanto pessoa. Estes últi-
mos não são interesses públicos, mas interesses individuais do Estado, similares, pois (sob 
o prisma extrajurídico), aos interesses de qualquer outro sujeito”.
Para o prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, o interesse público secundário não está 
nitidamente caracterizado como interesse público. Por exemplo: suponhamos que uma praça 
foi desapropriada na intenção de que fosse construída uma escola no local. Depois do início 
da construção, o prefeito do município faz um estacionamento e coloca tal área sob o regime 
de concessão, para a exploração direta de um parente do prefeito. Tal situação não denota 
interesse público primário.
DIRETO DO CONCURSO
2. (2007/ESAF/PGDF/PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL) O denominado interes-
se secundário do Estado, na lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, não se insere na 
categoria dos interesses públicos propriamente ditos. 
COMENTÁRIO
Abusos e excessos são próximos ao que está incluído em desvios.
Supraprincípios de Direito Administrativo
Características do princípio da supremacia do interesse público:
a. Princípio implícito na Constituição Federal;
b. Chamado também de princípio da finalidade pública;
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Regime Jurídico Administrativo – Princípios Basilares
DIREITO ADMINISTRATIVO
c. Consiste na primazia do interesse público primário (coletivo) sobre o interesse privado 
(individual);
d. Inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda a sua atuação;
Obs.: a supremacia do interesse público inspira o legislador quando, dentro de um proces-
so legislativo e ao editar uma lei com cunho de direito público, o membro do poder 
administrativo deve observar os aspectos de verticalidade e necessidade relaciona-
dos ao próprio regime jurídico administrativo.
Em um texto de licitação de contratos, por exemplo, não é possível colocar tudo como 
interesse do particular, permitindo com que este estabeleça as regras do contrato. Ao con-
trário, o legislador deve levar em consideração os aspectos de verticalidade, necessidade, 
supremacia e imposição, acima de tudo.
e. Dá origem a certas prerrogativas da administração pública;
f. Dele decorre o caráter instrumental da administração pública;
g. Não se constitui em princípio absoluto, devendo conviver harmonicamente com os 
demais princípios constitucionais e com as garantias e direitos fundamentais;
Obs.: o princípio da supremacia do interesse público não se constitui em princípio absoluto, 
pois não existe nenhum princípio absoluto. Deve haver a ponderação de princípios.
h. Não se aplica às relações da Administração regidas pelo direito privado. 
Não é necessário observar o supraprincípio de supremacia do interesse público, pois o 
regime jurídico da administração divide-se em regime de direito público e regime de direito 
privado. Em contratos da administração pública, por exemplo, quando a administração colo-
ca-se em igual patamar com o ente privado, não se pode falar sobre supremacia do interesse 
público, tendo em vista que ocorre contratação equânime.
DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/ESTAGIÁRIO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITOSAN-
TO) Do princípio da supremacia do interesse público decorre o caráter instrumental da 
administração pública.
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Regime Jurídico Administrativo – Princípios Basilares
DIREITO ADMINISTRATIVO
4. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO DO SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR) Em situações 
em que a administração participa da economia, na qualidade de Estado-empresário, 
explorando atividade econômica em um mercado concorrencial, manifesta-se a prepon-
derância do princípio da supremacia do interesse público.
COMENTÁRIO
• Se há exploração de atividade econômica, pela Constituição não há prestação de servi-
ço público.
• Se na exploração de atividade econômica a administração está na mesma relação de 
uma particular, em regime concorrencial, não é admissível falar em aplicação da suprema-
cia do interesse público.
Características do princípio da indisponibilidade do interesse público:
a. Princípio implícito na Constituição Federal;
b. Impõe uma série de restrições (sujeições) à conduta administrativa;
Obs.: a administração deve manter-se observante para que o particular não cometa deter-
minado ato. A indisponibilidade tem aí um status negativo maior do que na suprema-
cia, pois neste há um caráter soberano.
A legalidade é uma via de mão dupla, devendo ser observada tanto pela administração 
pública como pelo administrado.
c. Conteúdo: a Administração Pública não pode abrir mão de alcançar o bem comum (inte-
resse público primário) nem de conservar o patrimônio público (interesse público secundário); 
Obs.: em relação a Celso Bandeira de Mello.
d. Consequências práticas: proibição de alienar bens públicos enquanto afetados à finali-
dade pública, restrições à alienação de bens públicos, necessidade de concurso público para 
admissão de pessoal; necessidade de licitação para celebração de contratos administrativos; 
proibição de renúncia de receita, salvo autorização legal etc.;
Obs.: mais uma vez, tem-se status negativo quanto à indisponibilidade do interesse público.
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Regime Jurídico Administrativo – Princípios Basilares
DIREITO ADMINISTRATIVO
e. A indisponibilidade do interesse público aplica-se à Administração Pública, e não ao 
Parlamento no exercício da função legislativa;
f. A indisponibilidade do interesse público gera como consequência lógica a submissão da 
Administração Pública a uma série de outros princípios (legalidade, continuidade do serviço 
público, igualdade dos administrados, controle da atuação administrativa, publicidade etc.).
Obs.: supremacia: status positivo; indisponibilidade: status negativo.
Dentro de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a pena de demissão, nos termos 
da jurisprudência do STJ, é obrigatória? Caso seja praticada uma das condutas da Lei n. 
8.112, a autoridade julgadora do PAD não poderá furtar-se da não aplicação da pena de 
demissão. Nesse caso está presente o aspecto da indisponibilidade, à qual refere-se à deter-
minação quanto à administração pública. 
GABARITO
 1. E
 2. C
 3. C
 4. E
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Renato Coelho Borelli. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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