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Resenha Crítica- Psicanalise (Luanne)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ 
INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA 
 
LUANNE PEREIRA LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha crítica: Afinal, psicanálise é ciência? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM- PARÁ 
 2022 
 
LUANNE PEREIRA LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha crítica: Afinal, psicanálise é ciência? 
 
 
 
Atividade avaliativa, pertencente à disciplina de 
Metodologia da Pesquisa, realizada para obtenção de 
parte da segunda nota de supracitada disciplina. 
Orientador: Prof. Dr. Walace Gomes Leal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM- PARÁ 
2022 
O presente trabalho aborda sobre a psicanálise – método de investigação da 
mente humana e de seus processos –, com o intuito de definir se esse método 
terapêutico é ou não uma ciência, analisando criticamente os artigos: “Psicanálise: muita 
conversa fiada, nenhuma ciência” de Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira; “Jacques 
Lacan, o oráculo da impostura” de Vinny Oliveira Carvalho de Melo e “Mas nunca 
dissemos que era ciência” de Carlos Orsi. 
A princípio, já no primeiro artigo analisado, “Psicanálise: muita conversa fiada, 
nenhuma ciência” de Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira, pode-se afirmar que essa 
prática não se configura como ciência, isso porque ,como cita o artigo, nenhum dos 
conceitos psicanalíticos ou princípios, ou até mesmo as instâncias psíquicas 
(id, ego e superego) que explicariam nossos conflitos psicológicos, encontra o menor 
apoio na ciência sobre cérebro e comportamento humano desenvolvida ao longo do 
último século. Muitos desses conceitos psicanalíticos foram elaborados por Sigmund 
Freud – pai da psicanálise – a partir de observações feitas em um número pequeno de 
pacientes, oriundos de um contexto cultural e econômico muito específico – pacientes, 
ademais, pressionados e sugestionados pelo próprio Freud para concordar com as 
teorias do “mestre”. Por conseguinte, para sustentar o raciocínio, alega-se que a 
psicanálise não é amparada por boas evidências científicas de eficácia clínica e que 
apresenta inúmeros erros em sua teoria, por exemplo, ao afirmar que neuroses são 
causadas por frustrações sexuais, ou por episódios infantis relacionados ao sexo 
(por exemplo, abuso sexual e ameaça de castração), onde na verdade a frustração sexual 
causa estresse, e não neuroses. Fica evidente, dessa forma, que esse método terapêutico 
não apresenta conceitos claros e despreza a necessidade de evidência experimental, 
além de possuir outros problemas na análise de resultados, como a desconsideração do 
efeito placebo ou da remissão espontânea. 
Outrossim, de acordo com Lacan- um dos adeptos da psicanálise- a prática 
da psicanálise não passa de uma pura enganação. Em suas próprias palavras: 
“Nossa prática é uma trapaça, blefar, fazer as pessoas pestanejarem, impressioná -
las com palavras astuciosas, é de qualquer forma o que se costuma chamar de 
engodo. [...] Do ponto de vista ético, nossa profissão é insustentável; é, aliás, 
justamente por isso que fico doente só de pensar nela, porque eu tenho um 
superego como todo mundo. [...] Trata-se de saber se Freud é ou não um 
acontecimento histórico. Acredito que ele fracassou no seu golpe. Apesar dessa 
afirmação, no artigo “Jacques Lacan, o oráculo da impostura” de Vinny Oliveira 
Carvalho de Melo, há a explanação de que Lacan tentou estabelecer a psicanálise 
como uma filosofia suprema, da qual ele mesmo seria o mestre supremo, isso na 
tentativa de vender a imagem de que ele estaria fazendo a "síntese de todos os 
conhecimentos" – a restauração da unidade da ciência, e não apenas da psicanálise 
–, ou pelo menos essa teria sido a impressão transmitida aos seus discípulos: a 
ilusão de que Lacan seria o portador do "grande segredo. Dessa forma, fazendo 
uso dessa falsa crença, exerceu uma forma de terrorismo intelectual sobre seus 
alunos – do tipo “se você não me seguir eu não vou te contar o grande segredo” – 
a fim de se tornar essa espécie de mestre absoluto. Lacan, basicamente, tentou 
colocar a psicanálise acima de todas as ciências, e a si mesmo acima de Deus. 
Portanto, como afirma o autor, a “teoria” de Lacan nada mais é do que uma salada 
mista de outras teorias filosóficas mal digeridas e ressignificadas conforme o 
capricho do oráculo parisiense, podemos inferir também que, de fato, o lacanismo 
se apresenta como monstruoso e que Lacan e os lacanianos formam um círculo 
alienado e alienante, onde a teoria é estruturalmente vaga, em que o indivíduo 
acha que está "interpretando" Lacan, quando na verdade ele mesmo está 
inventando sua própria "teoria”, por isso muitos consideram Lacan uma espécie de 
charlatão intelectual ou um pseudoguru. 
Ademais, dando continuidade à discussão sobre a psicanálise se apresentar como 
pseudociência, no artigo “Mas nunca dissemos que era ciência” de Carlos Orsi, mostra-
se em evidência o desenvolvimento do conflito entre ciência e pseudociência na 
atualidade, em virtude da pandemia do Covid-19, onde houve um despertar súbito para 
o valor excepcional da ciência como instrumento de investigação e descrição da 
realidade, diante disso se produziu uma preocupação renovada com o problema das 
pseudociências, uma vez que se mostraram ineficazes, por muitos, frente ao combate à 
doença, se comparada com a prevenção através das vacinas, por exemplo. Destarte, 
pode-se dizer que esse embate entre ciência e pseudociência ainda tende a durar por um 
bom tempo, isso porque a pseudociência se sustenta e atrai admiradores pela relação que 
tem com a crença, a cultura e os valores de indivíduos que usam de sua fé ou religião, 
mesmo que o caminho da ciência seja mais confiável, por apresentar comprovações e 
utilizar-se da lógica. 
Portanto, diante dos relatos e várias comprovações, de fato, a psicanálise é 
considerada uma falsa ciência e jamais poderá ser considerada uma ciência, 
devido seus métodos falhos, que foram criados e fomentados por um famoso a 
charlatão que não teve receio de apresentar à comunidade científica uma terapia 
completamente desastrosa como exemplo de “sucesso”. Além de ser considerada 
como uma prática baseada em hipóteses obsoletas que carecem de apoio empírico, 
embasada também na enganação, saturada de ideias complexas e difíceis de serem 
interpretadas, ou seja, uma pseudociência que é considerada ineficaz por uns, mas 
completamente relevante apenas por vítimas do efeito placebo ou que por falta de 
conhecimento se deixaram levar por seus encantadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
INSTITUTO QUESTÃO DE CIÊNCIA. Psicanálise: muita conversa fiada, nenhuma 
ciência. Disponível em: <http://revistaquestaodeciencia.com.br/index.php/dossie-
questao/2020/06/25/psicanalise-muita-conversa-fiada-nenhuma-ciencia>. Acesso em: 
09 jan. 2023. 
INSTITUTO QUESTÃO DE CIÊNCIA. “Mas nunca dissemos que era ciência”. 
Disponível em: <http://revistaquestaodeciencia.com.br/apocalipse-
now/2022/09/10/mas-nunca-dissemos-que-era-ciencia>. Acesso em: 09 jan. 2023. 
INSTITUTO QUESTÃO DE CIÊNCIA. Jacques Lacan, o oráculo da impostura. 
Disponível em: <http://revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2023/01/02/jacques-lacan-
o-oraculo-da-impostura>. Acesso em: 10 jan. 2023.

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