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Unidade 2 Livro Didático Digital Thiely Rodrigues Ott Citologia e Embriologia Citologia e Embriologia Thiely Rodrigues Ott Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autora THIELY RODRIGUES OTT A AUTORA Thiely Rodrigues Ott Olá. Meu nome é Thiely Rodrigues Ott. Sou formada em Biomedicina, com uma experiência técnico-profissional na área de Citopatologia e Patologia Humana de mais de 8 anos de experiência, sou especialista em Citopatologia e mestre em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense, atualmente desenvolvo minha tese de doutorado em Análise de Tecnologias para a Saúde. Tive a oportunidade de trabalhar em hospitais de grande, médio e pequeno porte e participei de projetos de pesquisa na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Fiocruz, onde mantenho vínculos profissionais até hoje. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Citologia e o Estudo dos Seus Componentes Celulares ............ 12 Citoesqueleto: Estudo da Estrutura e da Organização dos Seus Principais Componentes .................................................................................................................................... 12 Citoesqueleto: Compreendendo suas Funções ....................................................... 13 Microtúbulos .................................................................................................................... 13 Microfilamentos de Actina ..................................................................................... 15 Filamentos de Miosina ............................................................................................. 15 Filamentos Intermediários ................................................................................... 16 Ribossomos e Síntese Proteíca ............................................................. 18 Organelas Envolvidas na Síntese Proteica ................................................................... 18 Definição e Estrutura, Biogênese e Função dos Ribossomos. ...................... 18 Definição e Estrutura ................................................................................................. 18 Biogênese dos Ribossomos ................................................................................. 18 Função dos Ribossomos ........................................................................................ 19 Definição, Composição Química e Aspectos Funcionais do Retículo Endoplasmático ................................................................................................................................23 Retículo Endoplasmático Liso ...............................................................................................24 Retículo Endoplasmático Rugoso .......................................................................................24 Descrição da Estrutura e Ultraestrutura do Complexo de Golgi..................................................................................................................26 Aspectos Funcionais do Complexo de Golgi .............................................................27 Métodos Empregados no Estudo do Complexo de Golgi ................................29 Digestão Intracelular: Definição, Descrição, Tipos e Endossomos............ 30 Endocitose ....................................................................................................................... 30 Fagocitose ........................................................................................................................ 31 Macropinocitose ........................................................................................................... 31 Autofagia ............................................................................................................................ 31 Heterofagia .................................................................................................... 31 Endossomos ....................................................................................................................................... 31 Descrição e Aspectos Funcionais dos Lisossomos ....................... 33 Bioenergética e Metabolismo: Definição, Origem e Função das Mitocôndrias........................................................................................................................................35 Variações Morfológicas das Mitocôndrias .................................................35 Função das Mitocôndrias .........................................................................................................37 Descrição da Biogênese da Mitocôndria ...................................................................... 38 Compreensão da Estrutura e Funções dos Peroxissomos ............................. 40 Citologia e Embriologia 9 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL UNIDADE 02 Citologia e Embriologia10 INTRODUÇÃO A citologia é uma das áreas fundamentais da área das ciências biológicas e ciências da saúde, é através dela que obtemos um amplo conhecimento sobre a caracterização e o funcionamento das células, estas células trabalham de forma sincronizada e especializada, e é desta forma que constituem os tecidos e, consequentemente, os nossos órgãos. Você consegue entender a importância desta pequena unidade que constitui o nosso organismo? Na citologia você pode atuar em pesquisas, na área acadêmica ou em laboratórios de análises clínicas. Atualmente existe boa procura de profissionais que possuam habilidade e experiência nas análises citológicas, isso mesmo! Você já se imaginou trabalhando nesse campo de atuação? Então, agora, através deste conhecimento inicial, você poderá buscar e ampliar seus conhecimentos nessa área e ser um profissional excepcional, mas vamos com calma. Nesta unidade você compreenderá a estrutura e organização dos componentes principais do citoesqueleto e suas respectivas funções. Vamos estudar a síntese proteica através dos ribossomos e as organelas envolvidas na síntese de moléculas: definição, biogênese e função dos ribossomos. Demonstrar as funções do retículo endoplasmático e complexo de Golgi e os métodos empregados para estudo. Entender como ocorre os processos de digestão intracelular: definir e descrever os tipos de endossomos e os aspectos funcionais dos lisossomos.E, para finalizar, vamos estudar sobre a bioenergética e o metabolismo das mitocôndrias, compreensão da estrutura e função dos peroxissomos. Através deste conteúdo, você terá a oportunidade de conhecer sobre as características e funções das principais organelas que constituem as células, identificar e compreender os mecanismos de observação das células e tecidos através da microscopia e iniciará seus estudos sobre a membrana plasmática! Será ao longo desta unidade letiva, portanto, que você mergulhará neste universo citológico! Bons estudos! Citologia e Embriologia 11 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Compreender a estrutura e organização dos componentes principais do citoesqueleto e suas respectivas funções; 2. Estudar a síntese proteica através dos ribossomos e as organelas envolvidas na síntese de moléculas: definição, biogênese e função dos ribossomos. Demonstrar as funções do retículo endoplasmático e complexo de Golgi e os métodos empregados para estudo; 3. Entender os processos de digestão intracelular: definir e descrever os tipos de endossomos e os aspectos funcionais dos lisossomos; 4. Compreender a bioenergética e o metabolismo das mitocôndrias, compreensão da estrutura e função dos peroxissomos. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Citologia e Embriologia12 Citologia e o Estudo dos Seus Componentes Celulares INTRODUÇÃO: Olá! Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona o citoesqueleto. O citoesqueleto é o constituinte celular que dá o suporte à célula, sendo fundamental para a sua organização. Vamos estudar e compreender a estrutura e função dos seus principais componentes. Isso será importante para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!. Citoesqueleto: Estudo da Estrutura e da Organização dos Seus Principais Componentes Como você pôde perceber ao longo dos nossos estudos, muitas células possuem seu formato irregular, existindo algumas mais alongadas do que outras ou até mesmo com projeções; neste caso, citamos o exemplo dos neurônios, que possuem prolongamentos muito longos. Você já parou para pensar como a célula sustenta seus componentes celulares, que possuem normalmente sua posição de forma constante dentro de um ambiente celular, variando apenas diante da morfologia da célula? Essas questões levaram os pesquisadores a investigar qual era o constituinte da célula que fazia esse papel de “suporte” dos elementos que constituíam a célula. Diante de várias pesquisas, observaram a presença do citoesqueleto, que desempenha um papel de suporte e de mecânica celular. Seu papel de suporte é caracterizado por manter a forma celular e seus componentes e seu papel mecânico é devido às suas características de: movimentos celulares, como as contrações das células, formação de pseudópodes e deslocamentos intracelulares Citologia e Embriologia 13 de organelas, cromossomas, vesículas e grânulos diversos (MOGESSIE; ZENNER; RENKAWITZ, 2019). Os principais elementos do citoesqueleto são os microtúbulos, microfilamentos de actina, filamentos de miosina, filamentos intermediários e macromoléculas diversas, que formam uma dinâmica celular, embora alguns elementos como os filamentos intermediários sejam praticamente estáveis. Vamos conhecer cada um desses elementos e conhecer suas funções? NOTA: Pseudópodes, são estruturas citoplasmáticas encontradas em alguns eucariotos Citoesqueleto: Compreendendo suas Funções Microtúbulos Através da microscopia eletrônica, alguns pesquisadores observaram que o citoplasma das células possuía cilindros grossos e longos e o chamaram de microtúbulo, que possui aproximadamente 24 nm de diâmetro. Cada microtúbulo é formado pela associação de dímeros proteicos que se organizam em hélice. Os dímeros são compostos por duas cadeias polipeptídicas de estruturas semelhantes , não são iguais, sendo chamadas de tubulinas alfa e beta (PEGORARO; JANMEY; WEITZ, 2017). Os microtúbulos estão em constante organização, crescendo em uma das extremidades. A extremidade é denominada de extremidade(+) e a outra é denominada de extremidade(-), os processos de alongamento e encurtamento do microtúbulo são por conta dos desequilíbrios entre a polimerização e a despolimerização (HUBER et al., 2015) (observe a Figura 1). Citologia e Embriologia14 Figura 1: Microtúbulo Legenda: Dinâmica de polimerização e despolimerização do microtúbulo. Fonte. @commons NOTA: Dímeros é uma molécula composta por duas unidades similares ou monômeros unidos O citosol ou matriz citoplasmática contém um “pool” de dímeros chamados de dímeros de tubulinas, sendo assim, a formação dos microtúbulos não depende da formação concomitante de proteínas, pois o citosol da célula possui esses dímeros, que são responsáveis por formar os microtúbulos, sendo essa formação regulada pela concentração de Ca 2+ nas células e pelas proteínas associadas aos microtúbulos (MASP, “microtubule associated proteins”) (HUBER et al., 2015). Os microtúbulos são encontrados no citoplasma e em todos os tipos de células é evidenciado que uma de suas funções consiste na https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Microt%C3%BAbulo._Dinamica.png?uselang=pt-br Citologia e Embriologia 15 movimentação de cílios e flagelos, transporte intracelular de partículas, deslocamentos dos cromossomos na mitose e estabelecimento e função na morfologia celular (PEGORARO; JANMEY; WEITZ, 2017). NOTA: “Pool” é um conjunto de moléculas, neste caso, os dímeros Microfilamentos de Actina Os microfilamentos de actina são formados por duas cadeias espiraladas de proteínas G, que se polimerizam formando uma estrutura quaternária fibrosa (actina F). São filamentos muito finos e geralmente não ultrapassam 5–7 nm de diâmetro. Já foram observadas seis tipos de moléculas de actina em células animais e humanas, sendo uma proteína extremamente conservada ao longo da evolução da vida (HUBER et al., 2015). Nota-se que, ao longo dos anos, 80% das sequências de aminoácidos são exatamente iguais em todos os tipos de actina. As diferenças da sequência dos aminoácidos estão localizadas nas extremidades das cadeias e parecem ter uma influência muito pequena na velocidade de polimerização dos monômeros de actina. São os menores filamentos do citoesqueleto e possuem a função de auxiliar na movimentação celular, adesão celular, contração e divisão celular (MOGESSIE; ZENNER; RENKAWITZ, 2019). Filamentos de Miosina Os filamentos de miosina trabalham em conjunto com os microfilamentos de actina. A miosina é uma proteína formada por duas cadeias polipeptídicas pesadas e possui uma estrutura globular, fazendo parte da estrutura dos microfilamentos de actina, sendo o conjunto formado chamado de ponte cruzada. Essa proteína motora utiliza ATP Citologia e Embriologia16 para executar movimentos ao longo dos filamentos de actina, podendo ser classificada em miosina I e miosina II, dependendo da sua estrutura e função (PEGORARO; JANMEY; WEITZ, 2017). A miosina II é uma proteína muito grande e forma os filamentos espessos do músculo esquelético que deslizam sobre os filamentos de actina durante a contração. Já a miosina I é menor, com uma maior distribuição, e não forma filamentos; normalmente está associada à membrana. A contração ocorre à medida que os filamentos finos deslizam sobre os grossos, encurtando o sarcômero (HUBER et al., 2015). Dessa forma, nota-se a sua íntima relação com os processos de contração e movimentação celular. Filamentos Intermediários Os filamentos intermediários são chamados assim, pois ficam entre os microfilamentos de actina e os filamentos de miosina e possuem seu diâmetroentre 8–10 nm. Os filamentos intermediários são os mais estáveis da estrutura e possuem uma característica interessante, pois não são constituídos de monômeros precursores ou moléculas que se alongam e se encurtam, sendo uma molécula estável. Imagine a seguinte situação: quando uma célula, por qualquer motivo, se rompe, os microtúbulos e filamentos de miosina se solubilizam, mas 99% dos filamentos intermediários permanecem intactos. Estes filamentos não têm participação direta nas funções do citoesqueleto, possuindo um papel quase integralmente estrutural. Todos os filamentos intermediários possuem a mesma estrutura, são constituídos pela inserção de moléculas alongadas, cada uma delas formada por três cadeias polipeptídicas enroladas, lembrando uma hélice; os filamentos intermediários são compostos por uma ampla gama de proteínas fibrosas como: queratina, vimentina, proteína ácida fibrilar da glia, desmina, lâmina e proteínas dos neurofilamentos (PEGORARO; JANMEY; WEITZ, 2017). VOCÊ SABIA? Diversas drogas afetam os microtúbulos. Na década de 30, observou-se que o alcaloide colchicina paralisa a mitose na metáfase, sendo muito utilizada nas pesquisas de divisão celular Citologia e Embriologia 17 RESUMINDO: E então? Você conseguiu compreender a estrutura e função do citoesqueleto? Gostou dessa fascinante estrutura que constitui as nossas células? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Primeiramente, foi demonstrada a função principal do citoesqueleto. O citoesqueleto é responsável por dar forma à célula e suporte aos elementos celulares; participa ativamente nos processos de contração celular e organização das moléculas, além de ser fundamental nos processos de divisão celular, ou seja, está presente em muitas funções vitais para a vida celular. Foi demonstrada também a característica estrutural do citoesqueleto, que é composto pelos microtúbulos, microfilamentos de actina, filamentos de miosina e filamentos intermediários. Cada um com sua característica específica, sendo responsável pelas funções dinâmicas do citoesqueleto. Agora você é capaz de reconhecer essa estrutura e suas inúmeras funções. Espero que vocês tenham gostado! E vamos em frente! Citologia e Embriologia18 Ribossomos e Síntese Proteíca Organelas Envolvidas na Síntese Proteica Praticamente durante a dinâmica de síntese proteica, todas as organelas estão desempenhando funções vitais para as células, mas há organelas que trabalham mais diretamente com a “fábrica” de confecção de proteínas, essas organelas são: retículo endoplasmático, ribossomos e núcleo. Definição e Estrutura, Biogênese e Função dos Ribossomos. Neste capítulo você conhecerá de forma mais detalhada esta fantástica organela, responsável de forma parcial e fundamental pela síntese de proteínas: os ribossomos! Definição e Estrutura Os ribossomos são os sítios da síntese proteica, tanto em células eucarióticas como em células procarióticas. Os ribossomos são normalmente denominados diante da sua taxa de sedimentação: 70 S para ribossomos bacterianos e 80 S para os ribossomos um pouco maiores das células eucarióticas. Os ribossomos são compostos por duas subunidades distintas, cada uma contendo proteínas características e RNAs ribossomais (rRNAs) (MATZOV et al., 2019). Cada ribossomo contém uma cópia dos RNAs ribossomais e uma cópia de cada uma das proteínas ribossomais com apenas uma exceção: uma proteína da subunidade 50 S está presente em quatro cópias em procariotos (MATZOV et al., 2019). Essa estrutura só será funcional após a união dessas subunidades, vamos ver qual é a função após a união dessas subunidades? Biogênese dos Ribossomos Os estudos sobre a biogênese dos ribossomos indicam que ela acontece através dos nucléolos das células. Os RNAs 18 S, 5 S e Citologia e Embriologia 19 28 S são sintetizados pelo nucléolo. O RNA 5 S é formado em regiões extranucleolares e 70 proteínas ribossômicas são sintetizadas no citoplasma (BOHNSACK; BOHNSACK, 2019)and although many features are conserved throughout eukaryotes, the larger size of human (pre-. Todos os componentes necessários para essa biogênese migram até o nucléolo, onde se reúnem para formar as subunidades ribossômicas, que são transportadas para o citoplasma. É dessa forma, então, que iniciamos a nossa “fábrica” de produção de proteínas! Função dos Ribossomos Podemos dizer que o processo de “confecção” das proteínas é uma linha de montagem, imagine uma grande fábrica, responsável por essa produção. Os ribossomos deslizam sobre o RNAm e os aminoácidos são trazidos pelos RNAt, os aminoácidos que estão chegando, e vão ser encaixados nos seus lugares, mediante a sequência de bases do RNAm. Vários fatores acessórios participam juntamente com o ribossomo e a energia para a movimentação do ribossomo é fornecida pela hidrólise de GTP (GTPases) (MATZOV et al., 2019) . Um ribossomo procariótico possui um sítio para a ligação do RNAm e três sítios para a ligação de RNAt. Os sítios onde se ligam os RNAt são denominados: sítio P, sítio A e sítio E. O sítio P, ou sítio de ligação do peptidil-RNAt, é onde se associa a molécula de RNAt ligada à extremidade carboxílica do polipeptídeo em crescimento. O sítio A, ou sítio de entrada do aminoacil-RNAt, é onde se associa o RNAt recém-chegado ao ribossomo e que traz o aminoácido a ser incorporado na cadeia polipeptídica em crescimento. O sítio E (do inglês exit), ou sítio de saída, é ocupado transitoriamente pelo RNAt livre de aminoácido que acabou de sair do sítio P e que está, portanto, deixando o ribossomo (MATZOV et al., 2019). Enquanto o sítio E está ocupado, a afinidade do sítio A fica reduzida, impedindo, assim, que um novo aminoacil-RNAt entre no ribossomo antes que ele esteja pronto para recebê-lo. Assim, o caminho do RNAt no ribossomo se dá na seguinte sequência: ele entra no sítio A, passa para o sítio P e finalmente deixa o ribossomo pelo sítio E (observe a figura 2). Citologia e Embriologia20 Figura 2: Estrutura ribossomal Legenda: Diagrama mostrando como a tradução do mRNA e a síntese de proteínas é feita pelos ribossomos. Fonte.@commons Cada ribossomo apresenta um segmento da cadeia polipeptídica em processo de síntese, com comprimento proporcional ao segmento de RNAm já traduzido por ele (BOHNSACK; BOHNSACK, 2019)and although many features are conserved throughout eukaryotes, the larger size of human (pre-. Essa cadeia polipeptídica em formação costuma ser chamada de proteína nascente. Em geral, sobre uma molécula de RNA mensageiro são encontrados vários ribossomos, cada um deles com um segmento de proteína nascente. Se olhássemos da extremidade 5’ para a 3’ do RNA mensageiro, veríamos os ribossomos a ele associados apresentando proteínas nascentes progressivamente maiores, pois os ribossomos mais próximos da extremidade 3’ estariam mais próximos do fim da síntese do polipeptídeo. A essa estrutura formada por uma molécula de RNA mensageiro associada a vários ribossomos dá-se o nome de polissomo (ALBERTS, et al., 2017). O tamanho de um polissomo depende tanto do comprimento do RNAm quanto da eficiência com que o ribossomo é capaz de se ligar ao mensageiro para iniciar a tradução. Em bactérias, os polissomos contêm, Citologia e Embriologia 21 em geral, dezenas de ribossomos e podem ser encontrados associados ao DNA (ALBERTS et al., 2017). Isso ocorre porque em bactérias a tradução e a transcrição são acopladas, ou seja, os RNAm começam a ser traduzidos antes do término de sua síntese. Nos eucariontes, os polissomos apresentam em média oito ribossomos e são encontrados no citoplasma, livres no citosol ou presos às paredes do retículo endoplasmático. O processo de síntese de proteínas costuma ser dividido em três etapas: iniciação, alongamento e término(ALBERTS et al., 2017). A iniciação consiste nas reações que precedem o início da formação do peptídeo, portanto, é a etapa que ocorre antes da união dos primeiros aminoácidos. Ela consiste na ligação do ribossomo ao RNAm, formando um complexo de iniciação que contém o primeiro aminoacil-RNAt (o da N-formilmetionina em bactérias e o da metionina em eucariontes). A iniciação é uma etapa demorada e pode ser decisiva na determinação da frequência com que um mensageiro será traduzido. O alongamento compreende todas as reações que ocorrem desde a formação da primeira ligação peptídica até a incorporação do último aminoácido do peptídeo, sendo a etapa mais rápida da síntese de proteínas. Em bactérias, aproximadamente 15 aminoácidos são adicionados por segundo à cadeia polipeptídica nascente, de modo que a síntese de um polipeptídeo com 300 aminoácidos leva cerca de 20 segundos. Em eucariontes, a velocidade é menor, são adicionados cerca de dois aminoácidos por segundo (BROWN, 2013). O término compreende os processos necessários à liberação do polipeptídeo pronto. Nessa etapa, o ribossomo considera finalizada a sua participação na síntese de proteínas! Retomando Inicialmente foi demonstrada a característica estrutural dos ribossomos, estes são constituídos por 2 subunidades distintas dependendo do organismo ao qual está sendo sintetizado, se for uma célula eucariótica ou procariótica. As subunidades só se tornam funcionais após sua fusão. Mas de onde está organela foi originada? Uma organela tão complexa, mas com um processo de biogênese relativamente simples de entender, pois os pesquisadores da área de biologia celular indicam que ela acontece através dos nucléolos das células. Os RNAs 18 S, 5 S e 28 S são sintetizados pelo nucléolo. Todos os componentes necessários Citologia e Embriologia22 para essa biogênese migram até o nucléolo, onde se reúnem para formar as subunidades ribossômicas, que são transportadas para o citoplasma, e assim originam-se as subunidades ribossomais! A função dos ribossomos é sintetizar proteínas, e nesta síntese existe um nível de complexidade maior, mas resumidamente acontece desta forma: um ribossomo procariótico possui um sítio para a ligação do RNAm e três sítios para a ligação de RNAt. Os sítios onde se ligam os RNAt são denominados: sítio P, sítio A e sítio E. O sítio A, ou sítio de entrada do aminoacil-RNAt, é onde se associa o RNAt recém-chegado ao ribossomo e que traz o aminoácido a ser incorporado na cadeia polipeptídica em crescimento. O sítio E (do inglês exit), ou sítio de saída, é ocupado transitoriamente pelo RNAt livre de aminoácido que acabou de sair do sítio P e que está, portanto, deixando o ribossomo. A essa estrutura formada por uma molécula de RNA mensageiro associada a vários ribossomos dá-se o nome de polissomo, e é nesta estrutura que ocorre a síntese propriamente dita das proteínas. Dentro do polissomo podemos classificar as etapas de produção de proteínas em três: iniciação, alongamento e término. Após a etapa de término da síntese de proteínas, o ribossomo, então, finaliza a sua participação efetiva na síntese de proteínas celulares! E vamos em frente! Seguindo à frente, nós vamos conhecer uma organela que está diretamente associada aos ribossomos: o retículo endoplasmático! Citologia e Embriologia 23 Definição, Composição Química e Aspectos Funcionais do Retículo Endoplasmático O retículo endoplasmático (RE) é encontrado na maioria das células e ocupa cerca de 10% do volume celular total. Estruturalmente, o retículo endoplasmático é formado por uma rede de membranas interconectadas, formando tubos ou cisternas. Diante das suas características, podemos classificar o retículo endoplasmático em: retículo endoplasmático liso (sem grânulos ou agranular) e retículo endoplasmático rugoso (com grânulos ou granular), os quais apresentam diferenças morfológicas e funcionais distintas (KARNA et al., 2019)(observe a Figura 3). Figura 3: Retículo Endoplasmático Legenda: Retículo endoplasmático liso (1) e retículo endoplasmático rugoso (2). Fonte: @commons https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nucleus_ER_golgi.jpg?uselang=pt-br Citologia e Embriologia24 Retículo Endoplasmático Liso O retículo endoplasmático liso, ou agranular, é caracterizado pela ausência dos ribossomos aderidos à sua membrana e observa- se pela microscopia uma rede de túbulos que se reconectam entre si (CENTONZE; FARHAN, 2019). O retículo endoplasmático liso possui uma variedade de funções, dentre elas: a síntese de hormônios e de lipídeos, a desintoxicação celular, a conversão de substâncias nocivas em lipossolúveis ou insolúveis em compostos hidrossolúveis e possui a capacidade de armazenar cálcio (KARNA et al., 2019). Retículo Endoplasmático Rugoso O retículo endoplasmático rugoso, ou granular, é caracterizado pela presença dos polirribossomos (ribossomos e RNAm) aderidos ao lado externo da membrana da estrutura. O retículo endoplasmático apresenta várias formas, geralmente são observados túbulos achatados e longos ou sem dilatados. Pode ser visualizado em vários locais das células ou concentrado em algum local específico do citoplasma (CENTONZE; FARHAN, 2019). O retículo endoplasmático rugoso, associado aos ribossomos, possui um papel relevante na síntese e exportação de proteínas para as outras organelas. As proteínas que são capturadas pelo retículo endoplasmático rugoso possuem receptores na sua membrana assim que começam a ser sintetizadas pelo complexo dos ribossomos e RNAm. As proteínas provenientes dos processos de síntese do complexo ribossomal podem ter dois trajetos: podem se transformar em proteínas transmembranares ou proteínas hidrossolúveis (GARRITY et al., 2016). As proteínas transmembranares podem permanecer na membrana do retículo endoplasmático rugoso ou serem encaminhadas à membrana plasmática ou membranas de outras organelas (KARNA et al., 2019). As proteínas hidrossolúveis, quando são sintetizadas, podem ser direcionadas para o complexo de Golgi ou enviadas ao lúmen de algumas organelas e secretadas no meio extracelular (CENTONZE; FARHAN, 2019). Citologia e Embriologia 25 NOTA: lúmen é o espaço interno, ou cavidade, que fica dentro de uma estrutura com o formato de tubo num corpo RESUMINDO: Neste capítulo, você pôde perceber que o retículo endoplasmático é um complexo de membranas que pode ser classificado em duas formas: retículo endoplasmático liso e retículo endoplasmático rugoso; e sua principal função é na síntese e endereçamento de proteínas as organelas intracelulares. Possui uma estrutura de membranas interconectadas que apresentam diferenças estruturais e funcionais. O retículo endoplasmático liso possui diversas funções, como síntese de hormônios e de lipídeos, desintoxicação celular, conversão de substâncias nocivas em lipossolúveis ou insolúveis em compostos hidrossolúveis e possui a capacidade de armazenar cálcio. Já o retículo endoplasmático rugoso trabalha associado aos ribossomos e RNAm no processamento de proteínas. Agora você é capaz de reconhecer, caracterizar essa estrutura e diferenciar as suas funções. Espero que vocês tenham gostado! E vamos em frente! Iniciaremos o estudo do complexo de Golgi! Citologia e Embriologia26 Descrição da Estrutura e Ultraestrutura do Complexo de Golgi O complexo de Golgi foi uma das primeiras organelas a serem descobertas, devido ao seu tamanho relativamente grande. O complexo de Golgi possui uma polaridade entre suas membranas e estas formam-se em pilhas com duas faces distintas: uma face cis, conhecida como a face de entrada das moléculas; e uma face trans, conhecida como face de saída das moléculas. As duas faces se apresentam intimamente associadas a compartimentos especiais, estes compartimentos são compostos por uma rede conectada de estruturas tubulares e de cisternas (KULKARNI‐GOSAVI;MAKHOUL; GLEESON, 2019). Estas cisternas são agrupadas mediante a sua localização, morfologia e composição química. Sendo assim, as cisternas que estão próximas do retículo endoplasmático e com conformação convexa são chamadas de cisternas cis, as posicionadas na região central do complexo de Golgi são chamadas de cisternas médias e as cisternas próximas da saída da organela são chamadas de cisternas trans (KULKARNI‐ GOSAVI; MAKHOUL; GLEESON, 2019) (observe a Figura 4). Figura 4: Estrutura do complexo de Golgi Legenda: Estruturalmente, a formação do complexo de Golgi se dá por bolsas membranosas achatadas e empilhadas. Suas partes externas são denominadas CIS e TRANS; e as internas, “cisternas intermediárias”. Fonte: @commons https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=31464290 Citologia e Embriologia 27 Além desses compartimentos, existem vários outros formados por estruturas membranosas tubulares conectadas por vesículas, chamadas de rede Golgi cis (CGN) e rede Golgi trans (TGN) (GOUD; LIU; STORRIE, 2018). A rede Golgi cis também pode ser chamada de compartimento intermediário entre o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi e está localizada entre o retículo endoplasmático e o local de entrada do complexo de Golgi; esta face de entrada, além de receber as proteínas recém-sintetizadas do retículo endoplasmático, faz o transporte para as cisternas Cis. Já a dinâmica de processamento de trans é o pensamento inverso, sendo o local de saída das substâncias para outros compartimentos da célula ou, em alguns casos, para o meio extracelular. As membranas do complexo de Golgi diferem quanto à sua estrutura entre a composição proteica e lipídica. Com relação à porção proteica, as proteínas presentes no complexo de Golgi são enzimas, proteínas estruturais e proteínas associadas à formação e direcionamento de vesículas. Diante dessa diferença de conteúdo enzimático, podemos relatar enzimas que possuem o papel de “enzimas marcadoras” por serem específicas de um determinado compartimento (KULKARNI‐GOSAVI; MAKHOUL; GLEESON, 2019). Aspectos Funcionais do Complexo de Golgi O complexo de Golgi é responsável por desempenhar papéis importantes nas funções da célula, pois é um dos principais sítios de síntese de carboidratos, produzindo a maioria dos polissacarídeos celulares. Além disso, sua posição na saída do retículo endoplasmático rugoso facilita a adição de oligossacarídeos que são inclusos como cadeiras laterais das proteínas e lipídeos transportados pelo retículo endoplasmático rugoso (KULKARNI‐GOSAVI; MAKHOUL; GLEESON, 2019). Possui como função a classificação e endereçamento dos produtos sintetizados no retículo endoplasmático, encaminhando para a membrana plasmática e outras organelas celulares. É responsável pela biogênese dos lisossomos, faz o acumulo de cálcio na célula e adição de açucares às proteínas e lipídeos durante o processo de glicosilação, sendo de extrema importância para Citologia e Embriologia28 os processos celulares. Sabe-se que a presença de açucares confere uma menor flexibilidade e carga negativa à molécula, sendo notória a sua importância na estabilidade da estrutura quaternária das proteínas (POTHUKUCHI et al., 2019). As modificações proteicas ocorrem nos diferentes compartimentos do complexo de Golgi através do transporte vesicular. Para esta finalidade existem proteínas que auxiliam no direcionamento desse transporte, sendo denominadas de complexo de proteínas de revestimento do tipo II (COPII). O COPII gera vesículas que realizam movimentos progressivos, carreando vesículas oriundas do retículo endoplasmático para o complexo de Golgi. De forma contrária, o complexo de proteínas de revestimento tipo I (COPI), permite o fluxo de membranas através de um transporte inverso de vesículas que são provenientes do complexo de Golgi em direção do retículo endoplasmático (BROWN, 2013). As vesículas que são provenientes do complexo de Golgi fundem- se com a primeira cisterna do Golgi, a cisterna cis, esta área é caracterizada por ser um local de fosforilação (BROWN,2013). A presença da modificação na estrutura das moléculas funciona como um sinal, que ao ser reconhecido por outros receptores, faz com que essas moléculas sejam encaminhadas aos lisossomos; as enzimas marcadoras desse local são as monosidases I e II. Nas cisternas da região medial, possuímos como enzima marcadora a monosidade III, restrita a esse compartimento do complexo de Golgi (POTHUKUCHI et al., 2019). Na estrutura da cisterna trans, observa-se que o lúmen é contínuo, e é neste momento que as proteínas são secretadas para dentro de “pacotes” de transporte e endereçadas para seus destinos finais. NOTA: Fosforilação é a adição de um grupo fosfato a uma proteína ou uma molécula Citologia e Embriologia 29 Métodos Empregados no Estudo do Complexo de Golgi O complexo de Golgi é seletivamente visualizado com impregnação de prata. Além do método com impregnação de prata, o complexo de Golgi pode ser observado pela microscopia de fluorescência com a utilização de proteínas marcadoras (em geral anticorpos) que possuem propriedades de fluorescência para marcar as proteínas existentes nessa organela; sendo assim, é possível identificar o local onde o complexo de Golgi está no momento de fixação das células a serem analisadas. A organela pode ser visualizada pela microscopia eletrônica de transmissão, onde é possível observar a estrutura das cisternas; e por micrografia eletrônica, onde não é necessário corar a célula para visualizar o complexo de Golgi. Pode-se utilizar a coloração com ósmio, que marca preferencialmente as cisternas cis, ou pode-se corar a organela inteira, onde poderá ser visualizada a localização das enzimas específicas. NOTA: Anticorpos são glicoproteínas do tipo gamaglobulina, circulantes no plasma sanguíneo e responsáveis pela defesa do nosso organismo, atuam diretamente no sistema imunológico Retomando O complexo de Golgi é uma das maiores organelas celulares, descoberto por Camillo Golgi, em 1898. É composto por uma “pilha” de membranas interconectadas entre si, diante da sua polaridade. Essas membranas possuem um direcionamento do fluxo de entrada e saída de moléculas, a entrada da organela é denominada de cis e a saída é denominada de trans. É uma organela totalmente dinâmica, pois possui diversas proteínas e enzimas envolvidas nos processamentos celulares, dentro das suas cisternas. Possui funções vitais para a sobrevivência da célula, como: (1) principal sitio de síntese dos carboidratos, (2) classifica e faz Citologia e Embriologia30 o endereçamento dos produtos sintetizados no retículo endoplasmático, (3) responsável pela biogênese dos lisossomos e, por fim, (4) faz o acúmulo de cálcio nas células, sendo de extrema importância para os processos de contratilidade celular. Para a visualização do complexo de Golgi podemos utilizar diversas técnicas, como a impregnação da célula com prata, observação através da microscopia de fluorescência com a utilização de proteínas marcadoras; a organela pode ser visualizada pela microscopia eletrônica de transmissão e micrografia eletrônica e ainda temos a opção da coloração por ósmio para visualização das cisternas dessa organela. Agora você é capaz de reconhecer, caracterizar essa estrutura e entender sua função, além de conhecer os métodos para visualização do complexo de Golgi. Espero que vocês tenham gostado! E vamos em frente! Agora iniciaremos o estudo do processo digestório das células! Digestão Intracelular: Definição, Descrição, Tipos e Endossomos. Os lisossomos são locais onde várias vias de organelas intracelulares se encontram. Uma rota que leva para fora do retículo endoplasmático para o complexo de Golgi entrega a maioria das enzimas digestivas dos lisossomos, enquanto pelo menos quatro vias de fontes diferentes carregamos lisossomos de substâncias para a digestão (HE et al., 2018). As quatro vias de digestão são: endocitose, fagocitose, macropinocitose e autofagia, responsáveis, então, pela digestão intracelular. Endocitose E endocitose é a via mais estudada de degradação, é aquela onde a célula degrada macromoléculas captadas do líquido extracelular pela endocitose. Citologia e Embriologia 31 Fagocitose Uma via semelhante à da endocitose, encontrada nas células fagocíticas, como os macrófagos e neutrófilos nos vertebrados, é especializada no “engolfamento”, ou fagocitose, de grandes partículas e microrganismos para formar os fagossomos. Macropinocitose A via da macropinocitose é especializada na captação não específica de fluídos, membrana e partículas anexas às membranas plasmáticas. Autofagia A via da autofagia origina-se no citoplasma da própria célula e é utilizada para digerir organelas do citosol e deterioradas. Heterofagia A via de heterofagia possui como finalidade digerir substâncias provenientes do exterior da célula. Endossomos As vesículas de endocitose podem conter até 1.000 receptores de vários tipos com seus respectivos ligantes, perdem de forma muito rápida sua composição proteica e fundem-se às membranas de compartimentos membranosos maiores, chamados de endossomos iniciais ou endossomos periféricos (JOHNSON et al., 2016). Os endossomos são formados por uma parte vesicular e por uma parte tubular, cujo interior é acidificado graças à existência de um sistema de transporte ativo de prótons (H+) associado à membrana endossômica. Na ocorrência de baixa de pH, muitos dos receptores dos endossomos são “desligados”, ou seja, sua afinidade diminui e, com isso, seus ligantes são liberados da membrana, ficando livre o interior do endossomo (JOHNSON et al., 2016). Assim, estando livres, eles podem se fundir novamente e podem ser reutilizados pela organela, tornando-se Citologia e Embriologia32 um processo de reciclagem. Neste capítulo, você percebeu que muitas organelas possuem seu trabalho associado, sendo o caso dos lisossomos com os processos digestórios da célula, mas fique tranquilo, abordaremos com mais detalhes à frente. RESUMINDO: Neste capítulo foi apresentado a você como a célula digere o seu conteúdo interno, o processo de digestão é vital para o funcionamento da célula, pois permite utilizar e reciclar substâncias que poderão ser usadas ou não pelas células, você já tinha pensando nesse processo? Como é interessante é dinâmico esse processo de digestão das células, vamos rever alguns pontos importantes deste capítulo. As células possuem vias de digestão, dependendo da localização, função e tamanho da molécula a ser “digerida”, possuem quatro vias essenciais para o processo: endocitose, fagocitose, macropinocitose e autofagia. Ainda nesse processo de digestão celular, você conheceu outra organela chamada de endossomo! Os endossomos são compartimentos membranares, formados por uma parte vesicular e por outra parte tubular; em seu interior, graças às mudanças de pH, os receptores dos endossomos conseguem identificar as moléculas que devem ser digeridas ou recicladas, isso não é fantástico? Neste capítulo você foi capaz de conhecer os processos de digestão intracelular, compreender a classificação e diferenciação entre os processos digestórios e já aprendeu a função dos desmossomos! Espero que vocês tenham gostado! E vamos em frente! Agora vocês conhecerão os lisossomos! Citologia e Embriologia 33 Descrição e Aspectos Funcionais dos Lisossomos Os lisossomos são organelas envoltas por membranas preenchidas com enzimas hidrolíticas solúveis que digerem macromoléculas. Os lisossomos contêm cerca de 40 tipos de enzimas hidrolíticas, nessas estão inclusas as proteases, nucleases, glicosidases, lipases, fosfolipases, fosfatases e sulfatases. Todas são hidrolases ácidas, ou seja, hidrolases que funcionam em pH ácido. Tratando-se de enzimas, você deve se lembrar de que as enzimas possuem condições ótimas para a sua atuação, neste caso, essas enzimas precisam ser ativadas por clivagem proteolítica, que também deve exigir um ambiente ácido (JOHNSON et al., 2016). O lisossomo proporciona tal acidez, que mantém um pH inferior de cerca de 4,5 a 5,0. Com isso, os conteúdos do citosol são protegidos contra ataques, por exemplo, do sistema digestivo da própria célula: a membrana do lisossomo mantém as enzimas digestivas fora do citosol e mesmo que elas “escapem” , elas causarão poucos danos com o pH citosólico de cerca de 7,2 (JOHNSON et al., 2016). Assim como todas as outras organelas, os lisossomos não possuem apenas um conjunto de enzimas e contém uma membrana única. A maioria das proteínas de membrana do lisossomo é altamente glicosilada, o que ajuda a protegê-la das proteases dos lisossomos (YAMBIRE et al., 2019). O transporte de proteínas de membrana transporta os produtos finais da digestão das macromoléculas, como aminoácidos, açúcares e nucleotídeos, para o citosol, onde as células poderão tanto utilizá-los quanto excretá-los (JOHNSON et al., 2016). Retomando Os lisossomos possuem uma H+ ATPase vacuolar na membrana do lisossomo, ele usa essa energia da hidrólise de ATP para bombear H+ para dentro dele mesmo, desta forma, mantem o lúmen em seu pH ácido. A bomba de H+ dos lisossomos pertence à família das ATPases tipo V e possui uma estrutura similar à das ATP sintases das mitocôndrias e cloroplastos (ATPases do tipo F), que convergem a energia armazenada Citologia e Embriologia34 em gradientes de H+ em ATP. Diferentemente dessas enzimas, a ATPase H+ vacuolar trabalha exclusivamente na direção inversa, bombeando H+ para dento da organela (JOHNSON et al., 2016). ATPases análogas ou idênticas às do tipo V, acidificam todas as organelas, além de proporcionar um ambiente de baixo pH, que é necessário para que as reações ocorram no lúmen da organela; esse gradiente de H+ fornece a fonte de energia necessária para o transporte metabólito através da membrana da organela (BUNNEY, P. E., ZINK, A. N., HOLM, A. A., BILLINGTON, C. J., & KOTZ, 2017). Os lisossomos também possuem um papel na digestão de moléculas, essa organela é envolta por membranas preenchidas com enzimas — que sistema interessante esse — e possuem um conjunto de enzimas das mais variadas, que tem como objetivo auxiliar no processo digestório Essas enzimas que estão presentes no lisossomo dependem altamente do pH no qual estão inseridas, é dessa forma que elas conseguem se tornar extremamente efetivas em suas funções. Os lisossomos possuem um excelente mecanismo de transporte vacuolar na sua membrana, dependente de H+ ATPase, utiliza a energia da hidrólise de ATP para bombear energia para “ele mesmo”, dessa forma ele consegue manter o ambiente preciso para o trabalho das suas enzimas. Além de manter seu ambiente no pH adequado, é através das ATPases do tipo V que ocorre a acidificação de todas as organelas, proporcionando um ambiente de baixo pH, que é necessário para que as reações ocorram no lúmen da organela; esse gradiente de H+ fornece a fonte de energia necessária para o transporte metabólito através da membrana da organela. Citologia e Embriologia 35 Bioenergética e Metabolismo: Definição, Origem e Função das Mitocôndrias. Variações Morfológicas das Mitocôndrias As mitocôndrias podem ocupar até 25% do volume do citoplasma, são organelas filamentosas e sua membrana interna contém proteínas como as porinas, são estas proteínas que tornam a membrana permeável. A membrana mitocondrial externa é altamente “torcida” e possui dobras chamadas de cristas, que formam aberturas no espaço central, chamado de matriz, possuem em torno de 0,5 mm até 10 mm e sua posição pode variar dentro da célula (SMITH; GALLO, 2018) (observe a Figura 5). Figura 5: Micrografia da estrutura mitocondrial. Legenda: Micrografia demonstrandoa membrana interna e membrana externa da mitocôndria. Fonte. Alberts, et al. Fundamentos de Biologia Celular, 2017. Citologia e Embriologia36 As mitocôndrias são de composição lipoprotéica, isto quer dizer que na sua composição temos proteínas e lipídios. Os lipídios estão presentes principalmente nas membranas mitocondriais, contêm uma pequena quantidade de DNA próprio e três variedades de RNA: RNA mensageiro, RNA transportador e RNA ribossômico. A maior parte dos lipídios é fosfolipídio, sendo o restante constituído por triacilglicerídeos e colesterol (SALINAS-GIEGÉ, 2015)mitochondria use many specific pathways to obtain complete and functional sets of tRNAs as required for translation. In some instances, tRNA genes have been partially or entirely transferred to the nucleus and mitochondria require precise import systems to attain their pool of tRNAs. Still, tRNA genes have also often been maintained in mitochondria. Their genetic arrangement is more diverse than previously envisaged. The expression and maturation of mitochondrial tRNAs often use specific enzymes that evolved during eukaryote history. For instance many mitochondria use a eukaryote-specific RNase P enzyme devoid of RNA. The structure itself of mitochondrial encoded tRNAs is also very diverse, as e.g., in Metazoan, where tRNAs often show non canonical or truncated structures. As a result, the translational machinery in mitochondria evolved adapted strategies to accommodate the peculiarities of these tRNAs, in particular simplified identity rules for their aminoacylation. Here, we review the specific features of tRNA biology in mitochondria from model species representing the major eukaryotic groups, with an emphasis on recent research on tRNA import, maturation and aminoacylation.”,”author”:[{“dropping-particle”:””,”family”:”Salinas- Giegé”,”given”:”Thalia”,”non-dropping-particle”:””,”parse-names”:false,”suff- ix”:””},{“dropping-particle”:””,”family”:”Giegé”,”given”:”Richard”,”non-dropping- particle”:””,”parse-names”:false,”suffix”:””},{“dropping-particle”:””,”family”:”Gie gé”,”given”:”Philippe”,”non-dropping-particle”:””,”parse-names”:false,”suffix”:” ”}],”container-title”:”International Journal of Molecular Sciences”,”id”:”ITEM- 1”,”issue”:”3”,”issued”:{“date-parts”:[[“2015”]]},”page”:”4518-4559”,”title”:”TRNA biology in mitochondria”,”type”:”article-journal”,”volume”:”16”},”uris”:[“h ttp://www.mendeley.com/documents/?uuid=c645dcfb-fb1a-4aa4- a291-7bc71d752d18”]}],”mendeley”:{“formattedCitation”:”(SALINAS- GIEGÉ; GIEGÉ; GIEGÉ, 2015. As proteínas são, em sua maioria, enzimas e possuem em torno de quase 70 descobertas até o momento. Desta Citologia e Embriologia 37 forma, o papel mais importante conhecido pelas mitocôndrias é o do processamento energético, mas pela sua estrutura complexa ela desempenha papéis importantes também na síntese de proteínas, transaminação de aminoácidos, síntese se hormônios esteroides e outros processos metabólicos (PICARD et al., 2018)energy is largely derived from mitochondria – unique multifunctional organelles with their own genome. Four main elements connect mitochondria to stress: (1. Função das Mitocôndrias Essas organelas possuem uma função fundamental para a respiração aeróbia das células. Normalmente observa-se que células que consomem muita energia — como as células musculares — possuem muitas mitocôndrias, essa relação é tão evidente que atualmente podemos estabelecer uma correlação entre o consumo de O2 por unidade de peso de um tecido, essa correlação chama-se QO2 e a quantidade de mitocôndrias que as células têm. Nas células a energia dos nutrientes é liberada de forma gradativa, e de forma parcial é transferida pelas moléculas de ATP (adenosina-trifosfato), que contêm ligações ricas em energia (PICARD et al., 2018)energy is largely derived from mitochondria – unique multifunctional organelles with their own genome. Four main elements connect mitochondria to stress: (1. Você deve imaginar: “Mas o que acontece com a outra parte da energia, já que o processo é parcial?” A outra parte da energia é transformada em calor, sendo exatamente esse calor que aquece nosso organismo. As moléculas de energia mais utilizadas em nossas células são as moléculas de glicose e ácidos graxos, estes são degradados na matriz citoplasmática sem a participação do oxigênio, sendo realizado tudo pelo processo de glicólise anaeróbica, cada mol de glicose, produz 2 mols de ATP e deixa como resíduo 2 mols de piruvato, que ainda contêm energia em excesso. Moléculas de piruvato e ADP (adenosina difosfato) passam para a matriz mitocondrial, onde também chegará oxigênio da respiração, sendo um processo contínuo, formando-se a acetil-coenzima A, que entra no ciclo do ácido cítrico e no sistema transportador de elétrons para produzir mais 36 mols de ATP (PICARD et al., 2018)energy is largely Citologia e Embriologia38 derived from mitochondria – unique multifunctional organelles with their own genome. Four main elements connect mitochondria to stress: (1. Agora pense, se a célula não tivesse essa organela, ela obteria apenas 2 mols de ATP por mol de glicose, seria inviável a sobrevivência de algumas células que compõem tecidos específicos, como o tecido muscular; com essa organela podemos obter muito mais energia! NOTA: Mol ou mole é o nome da unidade para a grandeza que se refere à quantidade de uma substância, ou seja, podemos dizer pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) que 1 mol é igual a 6,022 140 76 × 1023 entidades elementares Descrição da Biogênese da Mitocôndria Acredita-se, a partir de um evento há milhares de anos, que foi quando uma célula eucariótica fagocitou uma bactéria e originou as mitocôndrias e um tipo diferente de bactéria fagocitou os cloroplastos. As mitocôndrias possuem duas membranas — como foi visto em sua estrutura —, e essa estrutura é a ideia que sustenta essa hipótese até os dias atuais (YAMBIRE et al., 2019). A membrana interna provavelmente teria se originado da membrana da bactéria original, enquanto a membrana interna seria um vestígio da membrana plasmática da dinâmica do evento. Existem várias evidências para a origem dessa molécula ser bacteriana, uma delas é que as mitocôndrias têm seu próprio DNA genômico e que a biossíntese de proteínas nessas organelas é muito semelhante à síntese de proteínas bacteriana do que a própria síntese eucariótica, sendo essa teoria denominada como endossimbiótica (YAMBIRE et al., 2019). Citologia e Embriologia 39 RESUMINDO: Neste capítulo você aprofundou seus conhecimentos na organela responsável pela energia das nossas células: a mitocôndria! Você conseguiu entender todos os aspectos, como a morfologia, estrutura, função e biogênese das mitocôndrias? Caso ainda não tenha fixado, vamos repassar os principais pontos desse conteúdo novamente! Vamos lá? As mitocôndrias possuem a característica de serem organelas filamentosas, que possuem duas membranas internas e externas, a membrana interna contém proteínas chamadas de porinas, estas proteínas são importantes para a permeabilidade da membrana. Já a membrana mitocondrial externa é altamente “torcida” e possui dobras chamadas de cristas, que formam aberturas no espaço central, chamado de matriz. Acredita-se que a biogênese dessa organela iniciou-se há milhares de anos, quando uma célula eucariótica fagocitou uma bactéria. Como a mitocôndria possui duas membranas, a ideia é de que a membrana interna teria se originado da bactéria inicial, enquanto a membrana externa seria um resquício do evento final. A principal função das mitocôndrias é o processamento de energia para as células, tendo um papel fundamental na respiração aeróbica celular. As moléculas de energia mais utilizadas em nossas células são as moléculas de glicose e ácidos graxos, estes são degradados na matriz citoplasmática, sema participação do oxigênio, sendo realizado tudo pelo processo de glicólise anaeróbica, cada mol de glicose produz 2 mols de ATP e deixa como resíduo 2 mols de piruvato, que ainda contém energia em excesso. Moléculas de piruvato e ADP (adenosina difosfato) passam para a matriz mitocondrial, onde também chegará oxigênio da respiração, sendo um processo contínuo, formando-se a acetil-coenzima A, que entra no ciclo do ácido cítrico e no sistema transportador de elétrons para produzir mais 36 mols de ATP e, dessa forma, a nossa célula consegue obter energia para realizar as suas funções. Nesta unidade você foi capaz de conhecer as características, função e biogênese da organela responsável pela respiração celular! Espero que Citologia e Embriologia40 vocês tenham gostado! E vamos em frente! Agora vocês conhecerão os peroxissomos! Compreensão da Estrutura e Funções dos Peroxissomos Os peroxissomos estão envolvidos por uma única membrana e não possuem DNA ou ribossomos. Como não são dotados de nenhum genoma, todas as suas proteínas são codificadas pelo núcleo (SHAI; SCHULDINER; ZALCKVAR, 2016). Quase todas as células eucarióticas possuem peroxissomos, eles contêm enzimas oxidativas, como a catalase e urato oxidase. Assim como as mitocôndrias, os peroxissomos são uma das principais organelas de utilização de oxigênio (ISLINGER et al., 2018). A catalase utiliza o H2O2 gerado por outras enzimas na organela para oxidar uma variedade de outros substratos. Esse tipo de reação oxidativa é particularmente importante nas células do fígado e do rim, nas quais os peroxissomos destoxificam várias moléculas tóxicas que entram pela corrente sanguínea (SHAI; SCHULDINER; ZALCKVAR, 2016). A principal função das reações oxidativas pelo peroxissomo é a quebra de moléculas de ácidos graxos. O processo denomina-se de beta-oxidação, este processo encurta as cadeias alquil dos ácidos graxos sequencialmente em blocos de dois átomos de carbono por vez, convertendo, assim, os ácidos graxos em acetil-Co A (acetil- coenzima A). Os peroxissomos exportam, então, acetil-Co A ao citosol para utilizá- lo em reações biossintéticas nas células de mamíferos, a beta-oxidação ocorre nas mitocôndrias e nos peroxissomos, nas leveduras e nas células vegetais, no entanto, essa reação ocorre somente nos peroxissomos (SHAI; SCHULDINER; ZALCKVAR, 2016). Os peroxissomos são organelas de ampla diversidade, e mesmo em vários tipos celulares de um mesmo organismo, podem conter uma imensa diversidade de enzimas. Mas como os peroxissomos sabem que tipo de reação realizar? As proteínas são repassadas aos peroxissomos via vesículas precursoras peroxissômicas, que “nascem” do retículo endoplasmático, mas a maioria é sintetizada no citosol e encaminhada Citologia e Embriologia 41 diretamente. Uma sequência específica de três aminoácidos próximos à região C-terminal da sequência da proteína funciona como um sinal de importação peroxissômica. Esse mecanismo de importação de proteínas é diferente dos mencionados por outras organelas, como a mitocôndria (ISLINGER et al., 2018). VOCÊ SABIA? A importância da importação das proteínas no peroxissomo está demonstrada na síndrome de Zellweger, uma patologia hereditária na qual um defeito na importação de proteínas para os peroxissomos leva a uma deficiência peroxissômica grave. Esses indivíduos possuem seus peroxissomos “vazios”, apresentam várias anomalias no cérebro, no fígado e nos rins, levando a óbito logo após o nascimento, essa doença é causada por uma mutação no gene que codifica a peroxina Pex-5 RESUMINDO: Neste capítulo você aprendeu sobre peroxissomos, sua estrutura e seus aspectos funcionais. Você conseguiu compreender o assunto? Caso tenham ficado dúvidas, vamos repassar os principais pontos desse conteúdo novamente! Os peroxissomos, assim como as mitocôndrias, possuem como uma de suas funções a produção de energia para a célula; é através das suas enzimas oxidativas, a catalase e urato oxidase, que ocorre a produção de energia. Possuem, através dessas enzimas, a função de destoxificação da célula e normalmente são encontradas em grandes quantidades no fígado e nos rins, através das enzimas presentes em sua estrutura. Finalizamos esta unidade, onde você foi capaz de compreender e conhecer a estrutura e função dos peroxissomos. Espero que vocês tenham gostado deste maravilhoso mundo das organelas celulares. E agora vocês estão preparados para seguir adiante! Bons estudos! Citologia e Embriologia42 REFERÊNCIAS ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. BROWN, R. A Célula — Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan p. 14–15, 2013. BOHNSACK, K. E.; BOHNSACK, M. T. 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Definição e Estrutura Biogênese dos Ribossomos Função dos Ribossomos Definição, Composição Química e Aspectos Funcionais do Retículo Endoplasmático Retículo Endoplasmático Liso Retículo Endoplasmático Rugoso Descrição da Estrutura e Ultraestrutura do Complexo de Golgi Aspectos Funcionais do Complexo de Golgi Métodos Empregados no Estudo do Complexo de Golgi Digestão Intracelular: Definição, Descrição, Tipos e Endossomos. Endocitose Fagocitose Macropinocitose Autofagia Heterofagia Endossomos Descrição e Aspectos Funcionais dos Lisossomos Bioenergética e Metabolismo: Definição, Origem e Função das Mitocôndrias. Variações Morfológicas das Mitocôndrias Função das Mitocôndrias Descrição da Biogênese da Mitocôndria Compreensão da Estrutura e Funções dos Peroxissomos
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