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PUERICULTURA, ECA e DIREITOS DA CRIANÇA HOSPITALIZADA

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Bases da Enfermagem para Atenção em Puericultura
Conceito de Puericultura
A puericultura tem sua origem do latim puer-pueris, termos esses relativos à infância.
É a arte de promover e proteger a saúde das crianças, através de uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com suas particularidades.
O que respalda a consulta de enfermagem em puericultura?
PNAISC -> Envolve uma sequência de etapas que direcionam as ações de modo que haja um atendimento eficaz às necessidades da saúde da criança e aos anseios da família por qualquer profissional habilitado. 
Não se trata apenas de aferir as medidas antropométricas, mas sim avaliar a criança na sua integralidade, observando crescimento e desenvolvimento, com ênfase nas orientações de cuidado.
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA
 Aspectos Históricos
No dia 13 de julho, nasce o ECA, com a Lei Federal 8.069/90. A partir daquele momento, crianças e adolescentes de 0 a 18 anos passaram a ser vistas sob nova perspectiva, como “sujeitos de direitos”, com proteção integral.
Desde seu nascimento, porém, o ECA tem dificuldades para ser aplicado na prática e enfrenta desafios no cumprimento da proteção integral de crianças e adolescentes. Estas dificuldades estão relacionadas à profunda e histórica desigualdade social do Brasil, aliada aos retrocessos dos direitos e a todas as formas de opressão e exploração.
A lei Federal 8.069/90 não foi uma conquista isolada da década de 1980, é também resultado da luta da sociedade brasileira pela redemocratização do país. Não nos esqueçamos de que uma parcela da sociedade neste período se organizava de diversas formas, seja através de movimentos sociais ou de outras organizações políticas e institucionais, para expressar sua insatisfação com os direcionamentos políticos, econômicos e sociais da Ditadura Militar instaurada em 1964.
Neste sentido, os movimentos sociais e instituições que atuavam na área da infância e juventude, inseridos neste processo de redemocratização do país, foram grandes protagonistas e denunciaram questões que envolviam as situações de abandono do Estado, violência institucional, situação de rua e violência urbana à qual estavam submetidas muitas das crianças, adolescentes e suas famílias no Brasil
Esses movimentos também lutaram para garantir na Constituição de 1988 a doutrina da proteção integral que prevê que TODAS as crianças e adolescentes são sujeitos de direitos. Esses direitos precisam ser garantidos por uma rede formada pelo Estado, pelas famílias e comunidades que devem atuar na sua promoção, controle e defesa.
Os princípios norteadores para a elaboração do ECA fortalecem assim a compreensão da criança e do adolescente como pessoas em condições de desenvolvimento e sujeitos de direitos fundamentais, com absoluta prioridade de proteção pelo Estado, pela família e pela sociedade em geral.
 ECA 
O mesmo foi criado para proteger nossas crianças e adolescentes, garantindo aos mesmos todas as oportunidades e facilidades , a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
 Idade para o ECA
Criança – de 0 a 12 anos incompletos 
Adolescente – de 12 anos até 18 anos incompletos
Idade para o ECA 
Para isso, entende-se que crianças são todas as pessoas com menos de 12 anos, e adolescentes são todos aqueles entre os 12 anos até os 18 anos de idade. Em alguns casos excepcionais, o ECA também vale para pessoas de até 21 anos — quando um adolescente de 17 recebe uma medida de internação de três anos
 Cidadania
Com o Estatuto, crianças e adolescentes passaram a ser sujeitos de direitos: cidadãos como os adultos! 
Cidadãos que, por estar em processo de formação, precisam de proteção especial e devem ser prioridade nas famílias, na comunidade, nas políticas e nos orçamentos públicos.
 Quem são os responsáveis pela garantia dos direitos das crianças?
Estado
Sociedade
A família
 Capitulo I- Do Direito à Vida e à Saúde 
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. 
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. 
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: 
• I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; 
• II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; 
• III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; 
• IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; 
• V - manter ALOJAMENTO conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 11.185, de 2005) 
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.pindula
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. 
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014) 
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. 
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias
 Os grandes ganhos do Estatuto até hoje
Redução da mortalidade infantil, sobretudo no Nordeste; 
97% das crianças com acesso ao ensino fundamental;
Redução do número de crianças no trabalho infantil; 
Redução do número de crianças que não têm Registro de Nascimento; 
Programas como o Bolsa Família e Agente Jovem que colocam a educação e a saúde das criança no centro das atenções e PNAISC
Quando ocorre violação dos direitos infantojuvenis
Abandono, negligência, conflitos familiares, convivência com pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, além de todas as formas de violência (física, sexual e psicológica), configuram violação de direitos infantojuvenis.
Vamos fazer do ECA a bandeira que une a cidade
O movimento social que carrega a bandeira do Estatutoda Criança é, hoje, um dos mais fortes movimentos sociais do país 
O tema na educação é hoje um tema que está mobilizando toda a sociedade 
A sociedade civil está mais e mais preparada para fazer a sua parte, mas também para monitorar e cobrar do poder público um desempenho coerente com o Estatuto da Criança.
Direitos da Criança Hospitalizada
Brasil. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
Resolução n° 41 de Outubro de 1995 (DOU 17/19/95). 
- Direito a proteção, a vida e a saúde com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação.
- Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.
- Direito de não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão alheia ao melhor tratamento da sua enfermidade.
- Direito a ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas.
- Direito de não ser separada de sua mãe ao nascer.
- Direito de receber aleitamento materno sem restrições.
- Direito de não sentir dor, quando existam meios para evitá-la.
- Direito de ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos, respeitando sua fase cognitiva, além de receber amparo psicológico quando se fizer necessário.
- Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do curriculum escolar durante sua permanência hospitalar.
- Direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente do seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetida.
- Direito a receber apoio espiritual/religioso, conforme a prática de sua família.
- Direito de não ser objeto de ensaio clínico, provas diagnósticas e terapêuticas, sem o consentimento informado de seus pais ou responsáveis e o seu próprio, quando tiver discernimento para tal.
- Direito a receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para a sua cura, reabilitação e/ou prevenção secundária e terciária.
- Direito a proteção contra qualquer forma de discriminação, negligência ou maus tratos.
- Direito ao respeito à sua integridade física, psíquica e moral.
- Direito a preservação de sua imagem, identidade, autonomia de valores, dos espaços e objetos pessoais.
- Direito a não ser utilizado pelos meios de comunicação de massa, sem a expressa vontade de seus pais ou responsáveis ou a sua própria vontade, resguardando-se a ética.
- Direito a confidência dos seus dados clínicos, bem como direito de tomar conhecimento dos mesmos, arquivados na instituição pelo prazo estipulado em lei.
- Direito a ter seus direitos constitucionais e os contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente respeitados pelos hospitais integralmente. 
- Direito a ter uma morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis.

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