Buscar

ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DE MULHERES EM IDADE FERTIL ACOMETIDAS POR HANSENIASE MULTIBACILAR ENTRE 2017 E 2023 NO ESTADO DO PIAUI


Prévia do material em texto

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL ACOMETIDAS POR HANSENÍASE MULTIBACILAR ENTRE 2017 E 2023 NO ESTADO DO PIAUÍ
 Carina Santos Silva;Gilson Neiva Santos Filho; Isadora Gomes Santos de Moura;Maria Cecília Silva Brígido; Virgínia Moreira Sousa.
INTRODUÇÃO
Brasil é o segundo em incidencia de hanseníase no mundo de acordo com a OMS.
O agente etiológico é o Mycobacterium leprae, que tem tropismo pelos nervos periféricos e pele.
Os sintomas mais clássicos são manchas com alterações de sensibilidade, parestesia e nódulos.
Visando o tratamento com poliquimioterapia, a classificação operacional é baseada no número de lesões cutâneas de acordos com os seguintes critérios:
 PAUCIBACILAR
(Indeterminada e Tuberculoide): até 5 lesões
MULTIBACILAR
(Dimorfa, Virchowiana):mais de 5 lesões
Poliquimioterapia é realizada com
Rifampicina,Dapsona,Clofazimina.
 Quando há Reação hansênica tipo 2, utiliza-se 
 a Talidomida 100 a 400mg/dia, que apresenta 
importante efeito teratogênico. 
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, que teve como suporte a análise de dados disponíveis no Sistema DATASUS/TABNET, entre 2017 e 2023, no estado do Piauí.
sexo masculino
56.9%
sexo feminino
43.1%
RESULTADO
Nesse período foram notificados 6227 casos de hanseníase , sendo 2687 (43,15%) em mulheres.
A partir de 2020 ocorreu uma queda geral nas notificações de novos casos de Hanseníase, possivelmente pela subnotificação acarretada pela pandemia da COVID-19:
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
1.500 
1.000 
500 
0 
Da amostra de 2687 mulheres, 1302 (48,6%) estavam em idade fétil, que corresponde a idade de 15 a 49 anos. 
2.687
1.306
549
18
549 (42%) dessas mulheres em idade fértil apresentaram reação Multibacilar, sendo 18 (3,29%) com reação tipo 2.
Mulheres com Hanseníase
Mulheres com Hanseníase entre 15 e 49a
Mulheres de 15 a 49a com reação multibacilar
Mulheres de 15 a 49a com reação multibacilar e reação tipo 2
CONCLUSÃO
Há uma queda nos casos a partir de 2020, se comparado a 2017, devido à subnotificação durante a pandemia do COVID-19.
A parcela de notificações é maior em homens do que em mulheres, porém, no que
tange ao sexo feminino, quase metade das notificações ocorreram em idade de 15 a
49 anos.
Dessas mulheres de 15 a 49 anos, no Piauí, constatou-se que a maioria estava acometida por reações Paucibacilares, fato destoante se comparado ao quadro nacional.
Destaca-se, pois, que a Hanseníase ainda é motivo de atenção devido ao perfil contagioso da doença.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde - DataSUS. Dísponível em http://www.datasus.gov.br. Acesso em: 30 mar. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. 2. ed. rev. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Boletim Epidemiológico de Hanseníase - Número Especial. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2023.

Mais conteúdos dessa disciplina