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1FÍSICA 1 e 2 Palavras-chave: Escalas termométricas • Agitação daspartículas • Pontos fixos Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões a seguir, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer o nosso ensino e o seu aprendizado. 1) Em que materiais e fenômenos devemos estimar ou me dir valores de temperaturas? 2) Em que contextos o conceito de temperatura surge nos âmbitos histórico, social, econômico e cultural? 3) Como medir as temperaturas mais bai xas, as cotidianas e as mais elevadas do Universo? 4) Quais os principais modelos de questões que exploram o conceito de temperatura? 5) Existe um limite mínimo para as temperaturas do Universo que conhecemos? 6) Água, gelo e vapor d’água podem coexistir em equilíbrio num mesmo recipiente? 7) Você conseguiria transformar 95°F em graus Celsius em um segundo? 8) Qual é o hemisfério mais frio da Terra? 9) O que o chuvisco da TV não sintonizada tem que ver com a origem do Universo? 10) Com que doença poderia estar uma pessoa com temperatura de 33°C? 11) Como as vacas, os veados e a manteiga relacionam-se com a construção dos primeiros termômetros? 12) Por que uma variação de menos de 1,0°C aumentou tanto o sentimento de culpa da humanidade? Módulos 1 – Escalas termométricas 2 – Escalas termométricas 3 – Calorimetria 4 – Calorimetria 5 – Potência de uma fonte térmica 6 – Potência de uma fonte térmica 7 – Balanço energético 8 – Balanço energético FÍSICA: TERMOLOGIA C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 1 2 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano 1. Na panela de pressão, a temperatura de ebulição da água aumenta para 120°C e o tempo de cozimento fica dividido por quatro. 2. A variação da temperatura depende da massa, da subs tância do alimento e da quantidade de calor rece bida. 3. A temperatura do ferro elétrico ligado pode ser sen tida a distância por causa da radiação térmica. 4. As correntes de convecção do ar interno da geladeira são provocadas pela diferença de densidades entre a massa quente que sobe e a fria que desce. 5. A cor da chama do fogão indica sua temperatura. O fogo azulado (1200°C) apresenta temperatura maior que o avermelhado (800°C). Para o calor atravessar o fundo metálico da panela, deve haver uma diferença de tempe - raturas entre a chama e o alimento no interior da panela. 6. Entre cada peça do revestimento da parede, há um distanciamento para evitar trincas produzidas pela dila tação térmica. 7. A temperarura do corpo humano é considerada nor mal quando não varia mais que 1°C em torno de 36,5°C. 8. A temperatura ambiente é apresentada nos noticiá rios internacionais em graus Celsius e Fahrenheit. 2. A Física e o mundo A geografia e a geopolítica das temperaturas As escalas Celsius e Kelvin são as mais aceitas em todo o mundo. Apesar disso, a escala Fahrenheit, usa da, de modo mais restrito, nos EUA, ainda influencia a divul gação da ciên cia, o turismo e as transações co mer ciais por causa da importância desse país. As expressões a seguir são en contradas em agen das de negócios e livros didáticos para a conversão das indicações entre as escalas Celsius (C) e Fahrenheit (F): e Para intervalos de temperatura e am plitudes térmi cas (ΔC e ΔF), te mos: 5 C = –––– (F – 32) 9 9C F = –––– + 32 5 �C �F –––– = –––– 5 9 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 2 3FÍSICA No mapa a seguir, há uma visão de temperaturas médias anuais e amplitudes térmicas médias da su perfície terrestre. Note que o He mis fério Norte é mais frio que o Sul e apresenta amplitudes mais acen tuadas, por causa da maior extensão dos continentes em relação aos oceanos. A água ameniza as tem pe ra tu ras e os climas. A temperatura média do nosso planeta é de 15°C (59°F; 288K). O aquecimento global, provocado pela emissão de CO2 pelo homem na atmosfera, pode produzir um acrés cimo de 3,0°C (5,4°F; 3,0K) nes se valor nos próximos 100 anos, com consequências desas trosas pa ra o meio ambiente. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 3 4 FÍSICA A origem do Universo no chuvisco da TV e no chiado do rádio não sintonizados Segundo as teorias mais mo der nas, o Universo que conhecemos originou-se há cerca de 13,8 bilhões de anos, da explosão de um “ovo cós mico” de um cen tíme - tro de diâ metro, liberando toda a matéria e a radiação que nos cerca. Essa radiação, inicialmente, re pre sentava uma tem - pe ratura de trilhões de graus Celsius e diminuiu com a expansão do Universo, até o valor de 2,8K (–270,2°C; –454,4°F), atribuída à radiação cós mica de fundo (RCF) encontrada em todos os pontos do Cosmos. O chiado de um rádio ou o chu vis co de um tele visor não sinto nizados mostram padrão de vibração de um gás a 2,8K, ou seja, eles são o som e a imagem dos ecos do “Big Bang”. A temperatura corporal e o diag nóstico de doenças A temperatura do corpo humano é mantida cons - tante pela inter ven ção de um sistema de termorregu - lação localizado no diencéfalo. Esse sistema pode ser desequilibrado por toxinas intro duzi das (infecções, por exemplo) ou for ma das no organis mo. A tempera tura nor - mal do corpo humano é em média 36,5°C, va riando ao longo do dia até um grau aci ma ou abaixo desse va lor, se gun do um rit mo cir - cadiano. Em al gu mas doen ças, co - mo a có le ra, po de atin gir 33°C (hi - po ter mia) e, em ou tras, 42°C (hiper termia, fe bre). Termografia da cabeça. Os termô me tros clíni cos são ter mô me tros de mer cú rio, utili za - dos para a de ter mi nação da tem pe - ra tura do cor po hu mano. São gra - duados de 35°C a 42°C. Co mo o mer cúrio se con trai ra pi da men te, o termô metro apresen ta um estran - gula men to que im pe de que o mer - cúrio da haste vol te ao bulbo, após a medida de uma temperatura. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 4 5FÍSICA 3. A Física e o laboratório Termômetro a gás (temperaturas muito baixas) Esse tipo de termômetro utiliza um gás como fluido termométrico. É constituído por uma massa fixa de gás num volume constante. Medindo a pressão com um manômetro, podemos determinar a temperatura a partir da equação dos gases perfeitos: = . Os materiais do termômetro não podem sofrer dilatações apreciáveis no intervalo de temperaturas que vão medir, pa ra que o volume não se altere e não se introduzam erros na medição. Esse termômetro pro - porciona um dos métodos mais rigorosos para medição de temperaturas no intervalo de 2,5K a 1300K. Nesses termômetros, usa-se como ponto de refe rên - cia a temperatura em que coexistem, em equi lí brio, os três estados físicos da água – gelo, água líquida e vapor. Esse estado designa-se por ponto triplo da água e ocorre à pressão ptrip = 610Pa e à temperatura Ttrip = 273,16K. Pirômetro óptico (temperaturas elevadas) Para altas temperaturas, o termômetro mais in di ca do é o pirômetro óptico, que compara a cor emitida pelas paredes do forno com a cor do filamento de uma lâmpada padrão. Nesse caso, o termômetro não entra em contato com o forno. Esse tipo de termômetro tam bém pode ser utilizado para medir a temperatura das estrelas. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Temperatura Num primeiro contato, entende re mos a tempera tu - ra como a gran deza que associamos a um cor po, para traduzir o estado de agi tação das partículas que o cons - ti tuem. Esse estado de agitação é de finido pelo ní vel ener gético das par tí culas e cons titui o es ta do tér mi co ou es ta do de aque cimento do corpo. A medida desse nível energético (da temperatura) é feita de maneira indireta, pela medida de ou tra grandeza, característicade determinado corpo e va riá vel com a tem peratura. Essa gran deza é cha ma da de grandeza termo mé trica e o corpo é o termômetro. No corpo de maior tem pe ra tura, as partículas possuem maior nível de agita ção. Escalas termométricas Uma escala termométrica é um conjunto de va lo - res numéricos (de temperaturas), cada um associa do a determinado estado térmico pre es tabelecido. As escalas mais conhecidas são: Escala Kelvin A escala Kelvin, também deno mi na da escala abso - lu ta ou es cala termodinâmica, foi obtida do com por - tamento de um gás perfei to, quando, a volume cons tan - te, fez-se variar a pressão e a tem peratura dele. Para os pontos fixos, denomina dos zero absoluto e ponto triplo da água, associamos 0K e 273,15K, res - pectivamente. Devemos entender por zero ab soluto o estado tér - mico teórico, no qual a velocidade das moléculas de um gás perfeito se reduziria a zero, isto é, cessaria o estado de agitação das moléculas. O ponto triplo da água ocorre quando gelo, água e vapor de água coexistem em equilíbrio. Ao ler-se uma temperatura nessa escala, deve-se omi tir o termo “grau”; assim, 25K leem-se “vinte e cinco kelvin”. p2V2––––– T2 p1V1––––– T1 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 5 6 FÍSICA Escala Celsius A escala Celsius é definida pela relação: Observe que uma variação de tem peratura é ex pres - sa nas escalas Celsius e Kelvin pelo mesmo número: No zero absoluto, essa escala as sinalaria –273,15°C e, no ponto triplo da água, o valor 0,01°C. Até 1954, essa escala era defi ni da convencio nan - do-se 0°C e 100°C co mo as tempe ra tu ras asso ciadas a dois pontos fixos, a saber: 1.o Ponto Fi xo (ou ponto do gelo): Estado térmi co do gelo fun dente (equi líbrio gelo + água), sob pressão nor mal (0°C). 2.o Ponto Fixo (ou ponto do va por): Estado térmico do vapor de água em ebulição, sob pres são normal (100°C). A escala Celsius é usada, oficial mente, em vários paí ses, entre os quais o Brasil. Escala Fahrenheit Essa escala é usada, geral men te, nos países de lín - gua inglesa. No ponto do gelo (1.º P.F.), ela assi nala 32°F e, no ponto do vapor (2.º P.F.), o valor 212°F, apresentando, as - sim, 180 divisões entre essas duas marcas. Equação de conversão Uma equação de conversão é uma relação entre as temperaturas em duas escalas termométricas, tal que, sabendo-se o valor da tempe ratura numa escala, pode-se obter o cor respondente valor na outra. Assim, relacionando-se as três es ca las citadas ante - rior mente, temos: Do esque ma, ob te mos a equa ção de con versão en - tre essas esca las, em que fare mos: 273,15 � 273 e 373,15 � 373 �C – 0 �F – 32 T – 273 –––––––– = –––––––– = ––––––––––––– 100 – 0 212 – 32 373 – 273 Simplificando, temos: As relações mais utilizadas são: e Variação de temperatura É comum encontrarmos exercícios nos quais é for - necida a variação de temperatura na escala Celsius (��C) e é pedida a correspondente variação na escala Fahrenheit (��F), ou vice-versa. �C �F – 32 T – 273 ––– = –––––––– = ––––––––– 5 9 5 � (°C) = T (K) – 273,15 ��c = �T T = �C + 273 �C �F – 32 –––– = –––––––– 5 9 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 6 7FÍSICA ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA: Di fi cul dade para medir preci sa mente as tem peraturas. Hipócrates, pai da Medi cina, va loriza mais o rit mo car diorres pi ratório que a tem pe ra tu ra cor poral em seus diag nósticos. 1593 – Galileu cria o ter mos có pio de água, para me dir a tem peratura do corpo hu ma no. 1612 – Sanctorius, médico de Pádua, de sen volve o ter mos - cópio de Galileu para medir a temperatura dos pa cientes. Século XVII – O álcool é usado como subs tância termo - métrica. A temperatura de fusão da manteiga e a do corpo de vacas e veados são testadas como pon tos fixos livres da influência da pressão atmosférica. 1724 – Daniel Ga briel Fahre nheit cria o pri mei ro ter - mô me tro con fiável, usan do o mer cú rio co mo subs - tância ter mo métrica. 1730 – Réaumur propõe uma no va escala com 0°R para o pon to do gelo e 80°R para o ponto do va por. 1742 – Anders Celsius, sueco, cria uma escala que é utilizada até hoje. 1848 – Lord Kelvin, basea do na defini ção ter mo di - nâmica da tem peratura (grau de agi ta ção das partí culas do sis te ma), cria uma es cala científi ca que esta belece o zero abso luto como limite míni - mo para as tempe raturas do Universo (–273,15°C). 1859 – Rankine ajusta a escala Fahrenheit com a es cala Kelvin. Criação da es cala Rankine. 1900 – Pirômetro óptico permite a me dição da tem pera tura de ob jetos in can des centes (acima de 500°C) e reve la que a ra dia ção é emi tida na forma de pacotes dis cre tos de energia, os quais Max Planck cha mou de quan ta (no sin gular, quan tum). Nasce a Física Quântica. 1927, 1948, 1968, 1990 – Reuniões para o estabe lecimento da Escala Internacio nal de Temperatura (EIT), as quais defi nem o aumento da precisão das me didas, com base nas téc nicas termo métricas vigen tes. Atual men te, tempe raturas en tre –272,5°C (0,65K) a 6000K po dem ser medidas com precisão média de 0,001K. 1963 – Arno Penzias e Robert Wilson relacionam a radia ção, encon trada em todos os pontos do Universo (radiação cós mica de fundo), com a temperatura atual do Universo, 2,8K, que indica que o Universo tem 13,7 bi lhões de anos desde o Big Bang. 1988 – Variações de 0,02K na ra diação cós mica de fundo re for - çam a teoria do Big Bang e ex plicam a existência das galá xias. 2006 – Medidas meteorológicas precisas imputam à hu - manidade o aumento acele rado da temperatura do ar at mos - férico nos últimos 150 anos (aquecimento global). �C �R �F – 32 T – 273 �Ra – 492 ––– = ––– = ––––––– = ––––––– = ––––––––– 5 4 9 5 9 Nesse caso, devemos com parar as duas escalas e usa r as proporcionalidades entre os intervalos de tem pe - raturas. ��C ��F––––– = ––––– 100 180 ��C ��F –––– = –––– 5 9 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 7 8 FÍSICA A medida e o controle da temperatura são rea lizados pelo uso de propriedades mecâ ni cas, térmicas e eletromagnéticas dos mate riais, de acordo com as características e a precisão das medições. As figuras a seguir apresentam alguns termô metros analógicos, de in - dicações contínuas, ou digitais, que produzem pequenos saltos entre um valor e outro, por conta dos microproces sadores de dados eletrô nicos. � (MODELO ENEM) – Daniel Fahrenheit produ ziu o primeiro termô - me tro confiável, baseado na dilatação térmica de uma coluna de mercúrio. O termômetro de mercúrio indica: a) 32°C b) 40°C c) 72°C d) 80°C e) 104°C Resolução Termômetro de mercúrio (�F = 104°F) �C = (�F – 32) ⇒ �C = (104 – 32) (°C) �C = . 72 (°C) ⇒ Resposta: B � (MODELO ENEM) – O termômetro bimetálico fun ciona como con trolador de cir cui tos elé tricos e de re fri ge ração. Duas lâ mi nas de dilatações térmicas dife rentes e soldadas deformam a espiral no aqueci mento. O termômetro bimetálico indica: a) 25°F b) 45°F c) 77°F d) 90°F e) 109°F Resolução Termômetro bimetálico (�C = 25°C) �F = + 32 ⇒ �F = + 32 (°F) �F = 45 + 32 (°F) ⇒ Resposta: C � (MODELO ENEM) – O termômetro de baixas temperaturas, em geral, utiliza a dilatação de gases, e a variação de temperatura é relacio - nada com a mudança de pres são em um manômetro de mercúrio. O termômetro a gás indica: a) – 200°C b) – 150°C c) – 73°C d) – 45°C e) – 32°C Resolução Termômetro a gás (T = 73K) T = �C + 273 �C = T – 273⇒ �C = 73 – 273 (K) ⇒ Resposta: A � (MODELO ENEM) – O termômetro digital sem contato de infravermelho (pirômetro) é ideal para medir a temperatura de metais incandescentes e de estrelas. A diferença entre a temperatura ambiente de 25°C e a indicação do pirômetro, em kelvin, vale: a) 25 b) 273 c) 373 d) 477 e) 725 Resolução Temperatura ambiente: �C1 = 25°C ⇒ T1 = 25 + 273 (K) ⇒ T1 = 298K Pirômetro: �C2 = 750°C ⇒ T2 = 750 + 273 (K) T2 = 1023K ΔT = T2 – T1 ΔT = 1023K – 298K Resposta: E 5 ––– 9 5 ––– 9 5 ––– 9 �C = 40°C 9 �C––––– 5 9 . 25 –––––– 5 �F = 77°F �C = –200°C ΔT = 725K Exercícios Resolvidos – Módulo 1 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 8 9FÍSICA � (OBFEP-MODELO ENEM) – As primeiras lâmpadas que funcionavam com eletricidade usavam a incandescência para gerar luz. Entretanto, este tipo de lâmpada transforma apenas 5% da energia elétrica em luz (fóton visível). O resto é trans - formado em calor (fóton infravermelho). Atualmente, para consumo geral, existem dois tipos de lâmpadas mais eficien - tes: as fluorescentes, com rendimento de 30% , e as de LED, com 95% de eficiência. Entretanto, em uma granja, é necessário manter o ambiente quente; logo, muitas granjas utilizam a lâmpada incandescente para, ao mesmo tempo, aquecer o ambiente e produzir a iluminação necessária. O ambiente da granja deve ficar na temperatura de 30°C. Nos Estados Unidos, os termômetros usam a escala Fahrenheit, a qual registra o valor 32 para o ponto de fusão do gelo e 212 para o ponto de ebulição da água. Qual a indicação da temperatura ideal de uma granja em um termômetro graduado em Fahrenheit? a) 52°F b) 66°F c) 74°F d) 86°F e) 90°F RESOLUÇÃO: = = �F – 32 = 54 Resposta: D � (UNICAMP-MODELO ENEM) – A escala de temperatura Fahrenheit (°F) foi proposta por Daniel Gabriel Fahrenheit em 1724. Essa escala foi utilizada princi palmente pelos países que foram colonizados pelos britânicos. Atual mente, seu uso se restringe a poucos países de língua inglesa, como os Estados Unidos, que mantém a escala sem motivo aparente. Na escala Fahrenheit (°F), o ponto de solidificação da água à pressão ambiente ocorre a 32°F, o que corresponde a 0°C (escala Celsius). Já o ponto de ebulição da água ocorre a 212°F, o que corresponde a 100°C. Há uma única temperatura em que as escalas Celsius e Fahrenheit, ambas lineares, coincidem. Essa temperatura é igual a: a) 40°C b) 18°C c) –18°C d) –40°C e) –50°C RESOLUÇÃO: = = 9� = 5� – 160 4� = –160 Resposta: D � (PUC-SP-MODELO ENEM) – O slide, nome dado ao skate futurista, usa levitação mag nética para se manter longe do chão e ainda ser capaz de carregar o peso de uma pessoa. É o mesmo princípio utilizado, por exemplo, pelos trens ultrarrápidos japo neses. Para operar, o slide deve ter a sua estrutura metálica interna res friada a temperaturas baixíssimas, alcançadas com nitro gê - nio líquido. Daí a “fumaça” que se vê nas imagens, que, na verdade, é o nitrogênio vapo ri zando-se novamente devido à temperatura ambiente e que, para per manecer no estado líqui - do, deve ser mantido a aproximadamente –200 graus Celsius. Então, quando o nitrogênio acaba, o skate para de “voar”. A fumaça que aparenta sair do skate, na verdade, é nitrogênio em gaseificação (Foto: Divulgação/Lexus) (Disponível em: www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/07/como- funciona-o-skate-voador-inspirado-no-filme-de-volta-para-o-futuro- 2.html. Acesso em: 03 jul. 2015. Adaptado.) Com relação ao texto, a temperatura do nitrogênio líqui do, –200°C, que resfria a estrutura metálica interna do slide, quan - do convertida para as escalas Fahrenheit e Kelvin, seria, res - pec tivamente: a) – 328 e 73 b) – 392 e 73 c) – 392 e – 473 d) – 328 e – 73 e) – 328 e – 473 RESOLUÇÃO: (I) Transformação da escala Celsius para a escala Fahrenheit: = ⇒ – = –360 = �F – 32 ⇒ (II)Transformação da escala Celsius para a escala Kelvin: T = �C + 273 ⇒ T = – 200 + 273 (K) Resposta: A �F – 32––––––– 9 �C––– 5 �F – 32––––––– 9 30 ––– 5 �F = 86°F �F – 32––––––– 9 �C––– 5 � – 32 ––––––– 9 � ––– 5 � = –40°C = –40°F �C ––– 5 �F – 32 ––––––– 9 200 –––– 5 �F – 32 ––––––– 9 �F = –328 °F T = 73 K Exercícios Propostos – Módulo 1 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 9 10 FÍSICA � (MEDICINA-FACERES-MODELO ENEM) – Criogenia é um importantíssimo ramo da ciência ligado à Termologia. Sua finalidade é conseguir temperaturas extremamente baixas para diversas aplicações, como conservação de produtos alimen - tícios, transporte de gêneros perecíveis, preservação de teci - dos, conservação de sêmen de animais para uso em fertili - zação, entre tantas outras. A manutenção do sêmen bovi no se dá em temperaturas próximas do ponto de solidificação do nitrogênio, que é de aproximadamente 73K. Assinale a alternativa que apresenta essa temperatura nas escalas Celsius e Fahrenheit, respectivamente: a) –200°C e –328°F; b) –273°C e –328°F; c) –328°C e –200°F; d) 346°C e –328°F; e) 328°C e 288°F. RESOLUÇÃO: I. T = �C + 273 73 = �C + 273 ⇒ II. = –40 = �F – 32 = –360 Resposta: A �C = –200°C �F – 32––––––– 9 �C––– 5 �F – 32––––––– 9 �F = –328°F � (MODELO ENEM) – As paredes de gelo do iglu dos esquimós difi - cultam a condução de calor do interior para o ambiente externo. A diferença entre a temperatura interna e a externa do iglu, em graus Fahrenheit, é igual a: a) 104 b) 72 c) 40 d) 32 e) 25 Resolução Parede de gelo: Δ�C = 0°C – (–40°C) Δ�C = 40°C Δ�F = 1,8 Δ�C Δ�F = 1,8 . 40 (°F) Resposta: B � (MODELO ENEM) – Nos desertos norte-americanos, a diferença de temperatura entre o solo e as altas camadas da atmosfera produz, por convecção, tempes tades de ventos. A máxima variação de temperatura sofrida pelas massas de ar, em graus Celsius, vale: a) 104 b) 90 c) 50 d) 40 e) 14 Resolução Ventos no deserto: Δ�F = 104°F – 14°F Δ�F = 90°F Δ�F = 1,8 . Δ�C 90 = 1,8 . Δ�C Resposta: C Δ�F = 72°F Δ�C = 50°C Exercícios Resolvidos – Módulo 2 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 10 11FÍSICA � (MODELO ENEM) – As temperaturas médias da Terra e da superfície do Sol fazem os dois astros irradiar energia de maneiras diferentes. O saldo maior a favor do Sol permite o aquecimento do nosso planeta. A diferença entre as temperaturas médias, da superfície do Sol e da Terra, em kelvin, é igual a: a) 15 b) 300 c) 700 d) 5727 e) 5985 Resolução Radiação solar e terrestre: Δ�C = 6000°C – 15°C Δ�C = 5985°C ΔT = Δ�C Resposta: E � Vulcões, gêiseres e terremotos são fenômenos naturais asso cia - dos à elevação da temperatura com a profundidade do solo. Pessoas que trabalham em minas de carvão sabem que a temperatura da Terra aumenta, cons tan temente, com a profundidade. Me didas efe - tuadas em poços profundos indicam que a cada quilômetro de profun - didade a variação de temperatura é da ordem de 30°C. Num local onde a tem peratura na superfície vale 20°C, uma broca perfura um poço muito profundo. Com base nessas afirmações e nos seus conhecimentos de Termo - metria, determine a) a expressão que relaciona a temperatura �, em graus Celsius (°C), com a profundidade p em quilômetros (km); b) o gráfico que relaciona a temperatura � com a profundidade p; c) a profundidade em que o líquido de refrigeração da broca ferve a 140°C. Resoluçao a) = = �C – 20 = 30d b) c) �c = 140°C ⇒ �c = 30d + 20 140 = 30d + 20 ⇒ 120 = 30d ⇒ Respostas: a) �C = 30d + 20 (�C em °C e d em km) b) vide gráfico c) d = 4,0km ΔT = 5985K �C – 20 –––––––– 50 – 20 d – 0 ––––––– 1,0 – 0 �C – 20 –––––––– 30d –––– 1,0 �C = 30d + 20 d = 4,0km θC em graus Celsius �d em km � (OPF) – A figura a seguir apresenta um gráfico que relacio - na uma escala de tempe raturas hipotética, X, e a escala Kelvin de temperaturas abso lutas. Sa ben do-se que um obje to está a uma temperatura de 80°X, de ter mine sua tem pe ratura se fosse medida por um termô - metro calibrado na escala Celsius. RESOLUÇÃO: = = �X = 80°X ⇒ T = 0,5 . 80 + 273 (K) T = 40 + 273 (K) Resposta: �X – 0 ––––––––– 200 – 0 T – 273 ––––––––– 373 – 273 T – 273 ––––––––– 100 �X –––– 200 T = 0,5 �X + 273 T = 313K Exercícios Propostos – Módulo 2 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 11 12 FÍSICA � (FCC-UNINOVE-MODELO ENEM) – Uma pessoa encon - trou no porão de sua casa um antigo termômetro com a escala já apagada, na qual só era possível identificar as marcas de 12°C e 48°C. Sabendo-se que a distância entre as duas marcas era de 6,0cm e que no momento em que o termômetro foi encontrado a coluna de mercúrio estava 1,5cm acima da marca de 12°C, a temperatura indicada pelo termômetro naquele momento era de: a) 15°C b) 18°C c) 21°C d) 24°C e) 30°C RESOLUÇÃO: I. 6,0cm ––––––––––– 48°C – 12°C = 36°C 1,5cm ––––––––––– �� �� = 36°C = 9°C II. �� = � – 12°C 9°C = � – 12°C Resposta: C � (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Um Trabalho recente publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física destaca um “Refri gerador termoelétrico de Peltier usado para estabilizar um feixe laser em experimentos didá - ticos” (Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 36, no. 1, 1308. 2014). O trabalho destaca um experimento em que é montado um sistema de estabilização de um laser de diodo mantido a temperatura controlada e estabilizada com materiais de baixo custo. Destacando o controle da temperatura, imaginemos que, no experimento, registra-se uma variação de temperatura de 90°F, e que você tivesse de obter essa informação na escala Celsius. Qual alternativa fornece essa variação de temperatura? a) 20°C b) 32,22°C c) 40°C d) 45°C e) 50°C RESOLUÇÃO: = = ⇒ Resposta: E � (UNICASTELO-MODELO ENEM) – Considere os valores das temperaturas, em graus Celsius e graus Fahrenheit, para os pontos fixos da água sob pressão normal, indicados na tabela. Para uma variação de 10° Celsius, a variação correspondente em Fahrenheit é de: a) 10° b) 18° c) 22° d) 32° e) 56° RESOLUÇÃO: De acordo com os dados, vem: = ⇒ = ⇒ �θF = 1,8��C ��F = 1,8 . 10 (°F) ⇒ Resposta: B � (VUNESP-CUSC-MODELO ENEM) – Analise a tabela a seguir que mostra a relação entre as escalas termométricas Celsius, Fahrenheit e Kelvin, estabe lecidas à pressão normal no nível do mar. Caso a variação de temperatura medida na escala Celsius seja de 45 graus, é correto afirmar que as variações observadas nas escalas Fahrenheit e Kelvin serão, respectivamente, iguais a: a) 190 e 95 b) 81 e 45 c) 120 e 85 d) 85 e 40 e) 105 e 45 RESOLUÇÃO: I) ��C = ��K = 45°C = 45K II) = = Resposta: B 1,5 –––– 6,0 � = 21°C ��C ––––– 5 ��F ––––– 9 ��C ––––– 5 90 ––––– 9 ��C = 50 °C °C °F ponto de ebulição 100 212 ponto de fusão 0 32 ��F ––––––––– 212 – 32 ��C ––––––––– 100 – 0 ��F ––––– 180 ��C ––––– 100 ��F = 18°F Celsius Fahrenheit Kelvin Temperatura de ebulição da água 100 212 373 Temperatura de fusão do gelo 0 32 273 ��C–––– 5 ��F–––– 9 45 –––– 5 ��F–––– 9 ��F = 81°F C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 12 13FÍSICA 1. A Física e o cotidiano Esfregando as mãos, conseguimos aquecê-las: a energia cinética, o atrito e o calor estão sempre relacionados. O cobertor é um isolante térmico e a fonte de calor é o corpo da pes - soa. Os motores dos veículos podem ser refrigerados a água ou a ar. 3 e 4 Palavras-chave: Calorimetria • Calor não étemperatura • Calor é energia Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer o ensino e o aprendizado. 1)Quais são as coisas e os fenômenos relacionados com o aquecimento e com o resfriamento? 2)O cobertor é uma fonte de calor? 3)Como a evolução do conceito de calor influencia nos sa percepção da natureza, o desenvolvimento econômi co e a preocupação com o ambiente? 4)É possível fornecer calor para um sistema sem que ele varie sua temperatura? 5)Por que é quase dez vezes mais fácil aquecer um disco de ferro do que uma quantidade de mesma massa de água? 6)Além de uma situação de sede desesperadora, quando 300m� de água têm o mesmo valor de 10kg de ouro? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 13 14 FÍSICA O automóvel produz calor Q no motor e realiza um tra balho τ. 2. A Física e o mundo Como a evolução do conceito de calor influencia nos sa percepção da natureza, o desenvolvimento econômi co e a preocupação com o ambiente? A fotossíntese é a responsável pela energia dos alimentos. Um adulto deve consumir entre 2000kcal e 2500kcal diárias para realizar suas atividades. Isso faz com que ele seja equivalente a um sistema com uma po tên cia comparável a uma lâmpada de 100W. 3. A Física e o laboratório O conceito de calor tornou-se importante quando se se pa rou do conceito de temperatura. A partir daí, definiu-se o equilíbrio térmico (QA + QB = 0; lei zero da Termodinânica) e que o calor flui espon tanea - mente da região de maior temperatura para a de menor temperatura (2.a lei da Termodinâmica). τ Rendimento = ––– Q Vocábulos e expressões da língua inglesa relacionados com a Calorimetria HEAT: Transfer of energy from one part of a substance to another, or from one body to another by virtue of a difference in temperature. SPECIFIC HEAT: The heat capacity, or the measure of the amount of heat required to raise the temperature of a unit mass of a substance one degree. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 14 15FÍSICA O modelo cinético-molecular caracterizou o calor co - mo energia em trânsito, tal como o trabalho mecânico, e o inse riu no campo teórico fundamental da mecânica estatística (1.a lei da Termodinâmica; Q = τ + �U). Caloria – calor espe cí fico sensível da água Por definição, chama-se calo ria a quantidade de ca lor neces sária e suficiente pa ra aquecer 1,0g de água pu ra de 14,5°C a 15,5°C, sob pressão normal. Assim, temos: Usando-se a equação funda men tal da calorimetria, para um grama de água, vem: Q = m c �� 1,0 cal = 1,0g . cágua . 1,0°C Portanto: Resulta, pois, que o calor espe cí fi co sensível da água, no in ter valo de tem peratu ra de 14,5°C a 15,5°C, vale 1,0 cal/g°C. De forma geral, costumamos utili zar esse valor (1,0 cal/g°C) do ca lor es pecífico sensível da água como cons tante no intervalo de 0°C a 100°C. A tabela abaixo apresenta os calores específicos sen síveis de várias substâncias em cal/g°C a 15°C. A água (1,0cal/g°C) é referência para os outros calo - res específicos sensíveis, Assim, é fácil ver que, com apenas 11% do calor que aquece uma certa massa de água, é possível produzir a mesma variação de tempe - ratura numa mesma massa de ferro (0,11cal/g°C). Outro fato importante é que quanto mais alto é o ca - lor específico sensível do material, mais tempo leva para aquecê-lo, e quanto mais calor absorver, mais tempo leva para esfriá-lo. Calor sensível e calor latente Colocando-se um pedaço de fer ro na chama de uma ve - la, obser va mos que o ca lor for ne cido pela cha ma pro voca uma variação de tem pe ratura (aque cimento) no ferro. Calores específicos sensíveis médios em cal/g°C ouro 0,030 chumbo0,031 mercúrio 0,033 prata 0,056 cobre 0,094 ferro 0,110 querosene 0,510 álcool 0,580 água 1,00 cal cágua = 1,0 ––––– g°C C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 15 16 FÍSICA Colocando-se um pe daço de ge lo na chama da ve la, no ta mos que o ca lor fornecido pe la cha ma pro vo ca uma mu dança de esta do (fusão) no gelo. Portanto, quan do um cor po re ce be ou cede ca lor, este po de produzir no corpo dois efei tos diferentes: va - ria ção de temperatura ou mu dan ça de estado. Se o efeito no corpo for apenas variação de tem - pe ra tura, o ca lor é chamado ca lor sensível. Se o efeito no corpo for apenas mu dança de es - tado, o calor é cha mado calor latente. Assim, nas considerações aci ma, o calor recebido pelo ferro é sen sível e o recebido pelo gelo é latente. Por exemplo, se colocarmos um pe daço de ferro aquecido na cavi da de feita num bloco de gelo a 0°C, verifi caremos o resfriamento do ferro e a fu são de parte do gelo. O ferro, mais quente, cede calor ao gelo. Esta quan tidade de calor cedida pelo ferro pro vocou nele um resfria men to, sendo ca lor sensível. A mes ma quan ti - da de de calor ao ser rece bida pe lo ge lo provoca nele uma fu são, sen do, pois, chamado de ca lor la tente. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Energia térmica Todo corpo é formado de partículas. Essas partículas estão cons tan te mente em agitação, provocada por uma energia nelas existente. A energia cinética média as sociada a uma partícula é que de ter mina seu estado de agitação, de finindo a temperatura do cor po. O somatório das energias de agi tação das partículas é a energia tér mica do corpo. É importante notar que esse so ma tório de energias depende da ener gia de agitação de cada partí cula (da temperatura) e do nú mero de partí cu las que o corpo possui (da massa do corpo). Calor e equilíbrio térmico Quando dois corpos em tempe ra turas diferentes são co locados em contato térmico, espontaneamente, há trans ferência de energia térmica do corpo de maior para o de menor tem peratura. Dessa forma, a tempe ratura do “mais quente” diminui e do “mais frio” aumenta até que as duas se igualem. Nesse ponto, cessa a troca de ener - gia térmica. Dizemos que foi atin gido o equi líbrio tér mi - co e a tem pe ratura co mum é de no mi na da temperatura fi nal de equi lí brio tér mi co. Observemos que a causa de ter mi nante da passa gem de ener gia tér mi ca de A para B foi a di fe rença de tem - peraturas e que, quan do as tem pera turas se igualaram, ces sou a pas sa gem de energia térmica. A energia térmica que pas sa de A para B recebe, durante a pas sa gem, a de nominação de calor. Portanto, calor é energia tér mica em trânsito de um corpo para outro, mo ti vada por uma diferença de tempe raturas exis tente entre eles. Capacidade térmica (C) e calor específico sensível (c) Suponhamos que um corpo A de massa m receba uma quantidade de calor sensível Q, que lhe provoca o aquecimento ��. Por de fi ni ção, a ca pa ci dade tér mica ou capa cidade calorí fi ca de um cor po repre senta a quan ti dade de calor necessária e suficiente para va riar sua tem pera tura de uma unidade. Unidade usual: cal/°C Por definição, o calor espe cí fi co sensível de uma substância cor responde à capacidade térmica por unida - de de massa. O calor específico sensível da água, em geral, vale 1,0cal/g°C. C Q c = ––– = ––––––– m m �� Q C = –––– �� C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 16 17FÍSICA SÉCULO V a.C. – Pla tão destaca que o ca lor e o fogo podem ser produ zidos por im pac to ou fric ção. ANTIGUIDADE E IDADE MÉ DIA – Ao lado do ar, da ter ra e da água, o fogo serviu como ele men to para com por a visão de mundo e a filosofia natural. Era o único que não abrigava a vida. 1620 – Francis Bacon de fende a ideia de que ca lor e tem pe ra tura são mani - fes tações do mo vi men to (ener gia). 1680 – Robert Hooke e Robert Boyle rela cio nam a tempe ra tura com a “rápi da e impe tuo sa agita ção das partes de um corpo”. 1779 – Joseph Black, usan do um ter - mô me tro, con cebido por Fahrenheit, rea liza as primeiras ex pe riên cias para di fe renciar calor de tem pera tura. Aque ceu corpos de mas sa (m) e subs tâncias dife ren tes e per ce beu que eles res pon diam com diferen tes variações de tempe ratura (��). Definiu, en tão, o calor sensível (Q), a ca paci dade tér mica de um corpo C e o calor específico sensível (c) de uma subs tância e os rela cio nou nas fór - mulas: A ideia de Black de que o calor é uma substância sem peso (ca ló rico) trans - ferida de um corpo quente pa ra ou tro frio, apesar de lógica, desa grada mui - tos cien tistas (ener gistas x caloristas). 1800 – Conde Rum ford (Benjamim Thom son) ob ser van do a fabri ca ção de ca nhões, conclui que um corpo finito não poderia produzir quan - tidades in finitas de caló rico – o calor, relacionado com o movimento e o atrito, é de finido como ener gia em trân sito, provocado por uma dife - rença de tempera turas. 1843 – Joule, pelo ca mi nho experi - men tal, e Mayer, pe lo teó rico, mos - tram que o ca lor po de trans formar-se em traba lho mecâ nico e con ser var-se como qual quer tipo de ener gia. 1907 – Einstein res tringe a agitação mo le cu lar a ener gias dis cretas (quan - ti za ção) e deter mina valo res muito pre cisos para os calores es pecí ficos sen síveis dos metais. 1912 – Debye aper feiçoa as ideias de Eins - tein, ao consi de - rar que átomos e mo léculas de um sólido, sob aque - cimento, agi tam- se como as on - das sonoras no ar, com mo dos de vibração chamados de fô nons. Q = C . �� Q = mc �� C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 17 18 FÍSICA � (MODELO ENEM) Lâminas bimetálicas, quando aquecidas, entor - tam-se e interrompem circuitos de controle. Na fi gu ra, a lâmina inferior dilata-se mais que a superior. A lâmina interrompe o circuito ao ter sua tem - pe ratura variada em 30°C com o recebimento de 4,5 ca lorias. A capacidade térmica da lâmina bime tálica, em J/K, é igual a: a) 0,40 b) 0,60 c) 0,80 d) 1,0 e) 1,2 Dado: o equivalente mecânico do calor vale 4,0 J/cal Resolução C = C = C = 0,15 C = 0,15 . C = 0,60 = 0,60 Resposta: B � O calor provoca efeitos importantes, tanto no mundo tecnológico, como na natureza. O aquecimento e o resfriamento, a contração e a dilatação, as mudanças de estados físicos da matéria e a produção do movimento em vários sistemas são exemplos cotidianos do uso do calor. O aquecimento dos alimentos facilita a fixação dos temperos e quebra grandes moléculas para ajudar a digestão. Para elevar a temperatura de um litro de água de 20°C para 120°C, a quantidade de calor neces sária e suficiente, em calorias, vale: a) 1,0.105 b) 1,0.104 c) 1,2.102 d) 1,0.102 e) 20 Dados: Densidade da água, 1,0 kg/� e calor específico sensível da água,1,0 cal/g °C Resolução Q = mc�θ Q = (1000g) . �1,0 � . (120°C – 20°C) Q = 1,0. 105 cal Resposta: A � (MODELO ENEM) O Rio Amazonas nasce pelo derretimento do gelo na Cordilheira dos Andes. A quantidade de calor necessária e suficiente, em quilocalorias, para elevar a temperatura de um quilograma de gelo de – 10°C para 0°C vale: a) –10 b) –5,0 c) 5,0 d) 10 e) 50 Dado: calor específico sensível do gelo, 0,50 cal/g °C Resolução Q = mc�θ Q =(1000g).�0,50 °C�.[0°C – (–10°C)] Q = 5,0kcal Resposta: C � (MODELO ENEM) O transporte coletivo urbano e rodoviário é feito principalmente pela quei ma de combus tí - veis (calor de combustão do óleo diesel: 10 900kcal/kg).O ônibus cujo motor tem rendimento 25% con - some quatro quilogramas de óleo diesel para percorrer um trajeto de 5,0km. O trabalho mecânico, em quilojoules, para o ônibus cumprir uma jornada diária de 200km é igual a: a) 1 744 000 b) 436 000 c) 6 976 000 d) 10 900 e) 43 600 Adote: 1,0kcal = 4,0kJ Resolução Como o rendimento do motor do ônibus é de 25%, de cada 4,0 kg de diesel ele transforma apenas um quilograma de combustível em trabalho mecânico no deslocamento de 5,0 km. Assim, para percorrer 200 km, transferirá a energia da combustão de 40 kg de diesel para as rodas. Essa energia é o trabalho total e cal - culado a seguir: Trabalho mecânico = Calor de combustão de 40kg de óleo diesel Trabalho mecânico = 40kg . 10900 . 4,0 Trabalho mecânico = 1 744 000kJ Resposta: A Q –––– �θ 4,5cal ––––––– 30°C cal ––––– °C cal ––––– °C 4,0J ––––– cal J –––– °C J –––– K cal –––– g cal –––– g°C kcal –––– kg kJ –––– kcal Exercícios Resolvidos – Módulo 3 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 18 19FÍSICA � (ETEC-MODELO ENEM) – Assinale a alternativa que completa, corretamente, a afirmação a seguir. O calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes. O calor flui naturalmente de um corpo A para um corpo B, desde que o corpo A tenha _____________ que o corpo B. a) maior volume. b) maior densidade. c) maior temperatura. d) menor calor específico. e) menor capacidade térmica. RESOLUÇÃO: Calor é energia térmica em trânsito, transferindo-se esponta - neamente do corpo mais quente para o corpo mais frio. Resposta: C � Nos dias frios, é comum ouvir expressões como: “Esta roupa é quentinha” ou então “Feche a janela para o frio não entrar”. As expressões do senso comum utilizadas estão em desacordo com o conceito de calor da Termodinâmica. A roupa não é “quentinha”, muito menos o frio “entra” pela janela. A utilização das expressões “roupa é quentinha” e “para o frio não entrar” é inadequada, pois o(a) a) roupa absorve a temperatura do corpo da pessoa, e o frio não entra pela janela, o calor é que sai por ela. b) roupa não fornece calor por ser um isolante térmico, e o frio não entra pela janela, pois é a temperatura da sala que sai por ela. c) roupa não é uma fonte de temperatura, e o frio não pode entrar pela janela, pois o calor está contido na sala, logo o calor é que sai por ela. d) calor não está contido num corpo, sendo uma forma de energia em trânsito de um corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura. e) calor está contido no corpo da pessoa, e não na roupa, sendo uma forma de temperatura em trânsito de um corpo mais quente para um corpo mais frio. RESOLUÇÃO: Calor é conceituado como uma forma de energia em trânsito que se transfere espontaneamente do corpo mais quente para o corpo mais frio. É errado, do ponto de vista físico, dizer que uma roupa contém calor ou falar em trânsito de frio. Resposta: D � (VUNESP) – A capacidade térmica é uma característica as - sociada a corpos, indicando, no Sistema Internacional, a quantidade de a) newtons necessária para fazer com que 1kg de matéria do corpo varie em 1°C a temperatura do corpo. b) watts necessária para fazer com que 1kg de matéria do corpo varie em 1°C a temperatura do corpo. c) watts necessária para fazer variar em 1°C a temperatura do corpo. d) newtons necessária para fazer variar em 1°C a temperatura do corpo. e) joules necessária para fazer variar em 1°C a temperatura do corpo. RESOLUÇÃO: Nas questões de Física dos exames vestibulares brasileiros, em geral, utilizamos as seguintes unidades para calcular a capacidade térmica de um corpo: Capacidade térmica = Assim, ela pode ser entendida como a quantidade de joules para fazer variar em 1,0°C a temperatura do corpo. Resposta: E quantidade de calor em joules ou calorias –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– variação da temperatura em graus celsius ou kelvin Exercícios Propostos – Módulo 3 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 19 20 FÍSICA � (UFJF-MODELO ENEM) – Um estudante de Física rea - lizou experimentos de calo rimetria com três líquidos dife - rentes. Cada um deles é aquecido lenta mente por uma resis - tência elétrica dentro de um calorímetro ideal, e a temperatura é anotada em função da energia total fornecida. Após a realização dos experimentos, o estudante construiu o gráfico a seguir: Utilizando o gráfico, o estudante encontrou um calor específico sen - sível para a água de 4,18 kJ/(kg.K), para o metanol, 2,50 kJ/(kg.K), e para o óleo de soja, 1,97 kJ/(kg.K). No entanto, o estudante es que - ceu-se de identificar os líquidos na legenda do gráfico. Nossa tarefa é corrigir esse erro. Sabendo-se que a quantidade de massa das amos tras foi a mesma nos três casos, identifique corretamente os líqui dos A, B e C, respectiva mente: a) água, metanol, óleo de soja. b) metanol, água, óleo de soja. c) óleo de soja, metanol, água. d) óleo de soja, água, metanol. e) água, óleo de soja, metanol. RESOLUÇÃO: Q = mc�� c = Para uma mesma quantidade de calor recebida e sendo as massas iguais, o calor específico sensível é inversamente proporcional a ��. ��A > ��B > ��C cA < cB < cc Resposta: C Q ––––– m�� A: óleo de soja B: metanol C: água � (MODELO ENEM) – O aquecimento desi gual da crosta ter restre e do ar atmosférico é explicado pela esfericidade do nosso planeta, pela inclinação do eixo de rotação, pela sucessão dos dias e das noites e pelos comportamentos térmicos diferentes da água do oceano e do continente. A região equatorial é mais aquecida que os polos. A inclinação do eixo de rotação da Terra provo ca as estações do ano. O Sol aquece diretamente cada localidade por aproximadamente 12 horas diárias. As brisas litorâneas sopram do oceano para o continente durante o dia. Exercícios Resolvidos – Módulo 4 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 20 21FÍSICA Numa praia, é possível perceber a diferença do aquecimento da areia e da água num dia en - solarado. As variações de temperatura de 1,0kg de água e de 1,0kg de areia, ao receberem, individualmente, 1000 cal do Sol valem, em °C, respectivamente: a) 5,0 e 1,0 b) 1,0 e 5,0 c) 1000 e 5000 d) 10 e 50 e) 50 e 10 Resolução Aquecimento da água: Q = 1000cal Q = mc Δ� Δ� = Δ� = (°C) Aquecimento da areia: Q = 1000cal = 1,0kcal Δ� = Δ� = (°C) Resposta: B � (MODELO ENEM) – Segundo o modelo cinético-molecular, ao fornecermos a mesma quantidade de calor para um mesmo número de átomos, obtemos uma mesma elevação de temperatura. Tal diferença de temperatura, conforme esse modelo, não depende da natureza da substância, mas apenas do nú mero de átomos envolvidos no processo. Para alguns me tais, entre os quais se incluem o alumínio e o ferro, o mo delo prevê que essa quantidade seja de 6,0 calo rias/mol°C. Sabendo-se que um mol de alumínio corres - ponde a 27g, e um mol de ferro a 56g, os calores específicos sensíveis do alumínio e do ferro valem, em cal/g°C, respecti va mente: a) 4,5 e 9,3 b) 6,0 e 6,0 c) 0,48 e 0,96 d) 0,22 e 0,11 e) 27 e 56 Resolução Como um mol de substância representa um número deter minado e fixo de átomos (Número de Avogadro), a quantidade de calor necessária por mol para elevar de 1,0°C a temperatura dessa substância é constante (Q = 6,0cal). Para a determinação dos calores específicos sensíveis, utiliza mos as mas sas molares forne - cidas para o alumínio (27g/mol) e para o ferro (56g/mol): Alumínio: Q = mc Δθ ⇒ 6,0 cal = 27 g . c . 1,0°C c = ⇒ Ferro: Q = mc Δθ ⇒ 6,0 cal = 56 g . c . 1,0°C c = ⇒ Resposta: D � (MODELO ENEM) – Durante o funcio - namento de um motor, é necessário acio nar o sistema de refrigeração. Tanto o ar como a água podem ser usados como substâncias refrige radoras.Se cinco litros de água de um radiador mantêm a temperatura de operação entre 90°C e 96°C, a massa de ar, em quilogramas, que produz o mesmo arre - fecimento é mais próxima de: a) 1,20 b) 4,17 c) 6,00 d) 20,8 e) 30,00 Resolução Para conseguir resfriar um motor em funciona - mento, é necessário que a substância refrigera - dora absorva uma certa quantidade de calor libera da pelo motor. Supondo-se que a quantidade de calor e a variação de tem peratura sejam iguais, pode - mos igualar, também, as capaci dades térmicas do ar e da água: Car = Cágua mar . car = mágua . cágua mar . 0,24 = 5,0 .1,00 Resposta: D 6,0 –––– 27 cal�––––�g°C cal c � 0,22 –––– g°C 6,0 –––– 56 cal�––––�g°C cal c � 0,11 –––– g°C mar � 20,8kg Note e adote: Massa específica da água: 1,00 g/cm3 = 1,00 kg/litro Calor específico sensível da água: 1,00 cal/g°C Calor específico sensível do ar: 0,24 cal/g°C Note e adote: Calor específico sensível da água: 1,0kcal/kg°C Calor específico sensível da areia: 0,20kcal/kg°C Q ––––– mc 1000 –––––––––– 1,0 . 1000 Δ� = 1,0°C Q ––––– mc 1,0 ––––––––– 1,0 . 0,20 Δ� = 5,0°C � (VUNESP-MODELO ENEM) – O calor específico sensível do alumínio é igual a 0,2 cal/(g.°C), enquanto o calor específico sensível do ferro é igual a 0,1 cal/(g.°C). Desprezando-se qual - quer perda de energia, aquece-se de 20°C a 100°C um ferro de passar roupas atual (elétrico, de alumínio e de massa igual a 250 g) e um ferro de passar roupas antigo (a carvão, de ferro e de massa igual a 1500 g). A quantidade de energia utilizada para o aquecimento do ferro de passar roupas antigo em relação ao ferro de passar roupas atual é: a) igual. b) duas vezes maior. c) três vezes maior. d) quatro vezes maior. e) cinco vezes maior. RESOLUÇÃO: Q = mc�� Ferro atual: Q1 = 250 . 0,2 . 80 cal Q1 = 4000 cal Ferro antigo: Q2 = 1500 . 0,1 . 80 cal Q2 = 12000 cal Resposta: C Portanto: Q2 = 3Q1 Exercícios Propostos – Módulo 4 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 21 22 FÍSICA � O Inmetro procedeu à análise de garrafas térmicas com ampolas de vidro, para manter o consumidor informado sobre a adequação dos produtos aos Regulamentos e Normas Técnicas. Uma das análises é a de eficiência térmica. Nesse ensaio, verifica-se a capacidade da garrafa térmica de conservar o líquido aquecido em seu interior por determi nado tempo. A garrafa é completada com água a 90 °C até o volume total. Após 3 horas, a temperatura do líquido é medida e deve ser, no mínimo, de 81°C para garrafas com capacidade de 1,0 litro, pois o calor específico sensível da água é igual a 1,0 cal/g °C. (Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/ produtos/garrafavidro.asp>. Acesso em: 3 maio 2009. Adaptado.) Atingindo a água 81°C nesse prazo, a energia interna do siste - ma e a quantidade de calor perdida para o meio são, respec - tivamente, a) menor e de 900 cal. b) maior e de 900 cal. c) menor e de 9.000 cal. d) maior e de 9.000 cal. e) constante e de 900 cal. RESOLUÇÃO: I) Quando a temperatura do líquido diminui, a energia interna do sistema também diminui. II) Q = mc�� Q = 1,0 . 103 . 1,0 . 9,0 cal Resposta: C � (UNIFEV) Hábitos que fazem diferença Em uma residência, um banho de chuveiro de 15 minutos gasta 45 litros de água. Porém, se a pessoa fechar o registro ao se ensaboar (banho econômico), o tempo do chuveiro ligado cai para 5 minutos e o consumo, para 15 litros. (O Estado de S.Paulo, 22 mar. 2015. Adaptado.) Com base no texto, calcule a quantidade de energia, em calorias, que é utilizada para o aquecimento da água no banho econômico. Considere o calor específico sensível e a massa específica da água iguais a 1,0cal/g°C e 1,0kg/�, respecti - vamente, e que a variação da temperatura da água ao passar pelo chuveiro é de 15°C. RESOLUÇÃO: Como a massa específica da água é igual a 1,0kg/� , 15 litros de água (banho econômico) correspondem a 15kg ou 15 . 103g de água. Q = mc�θ Q = 15 . 103 . . (15°C) Q = 225 . 103cal = 225kcal Resposta: Q = 225kcal � (FAMECA) – O gráfico representa a variação da tem pera - tura de dois objetos de massas iguais, R e S, em função da quantidade de calor por eles absorvida. De acordo com o gráfico, a razão entre os calores es pe - cí ficos sensíveis das substâncias que compõem os objetos R e S vale a) b) c) 1 d) 3 e) 9 RESOLUÇÃO: Q = mc�θ ⇒ c = = = = = Resposta: B 1,0cal –––––– g°C cR––––cS 1 ––– 3 1 ––– 9 Q –––—– m�θ 1 ––– 3 20°C –––––– 60°C �θS –––– �θR Q ––––– m�θR–––––––––– Q ––––– m�θS cR ––– cS Dado: 1,0� contém 1,0kg de água Q = 9,0 . 103cal = cR ––– cS 1 ––– 3 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 22 23FÍSICA 1. A Física e o cotidiano Depois de pré-aquecidos, os alimentos entram em equi líbrio térmico com o ambiente do forno. O gás e o oxigênio promo vem a com - bustão nos queimadores (Q = q . m). q: calor específico de combustão m: massa de gás Podemos relacionar o calor para aquecer o alimento com o tempo: 2. A Física e o mundo A potência de uma fonte térmica também pode ser utilizada para analisarmos sistemas que não sejam necessa - riamente máquinas térmicas. A energia consumida e utilizada por um ser humano pode ser calculada em kcal e sua potência, em kcal/h ou Q kcal/dia �Pot = –––– �.�t (QA + QB = 0) Q mc�� Pot = –––– = ––––––– �t �t 5 e 6 Palavras-chave: Potência de uma fonte térmica • Calor e tempo • 4,2J • Caloria • Aquecedores Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)Como relacionar de maneira controlada as grandezas que envolvem o aquecimento de um sistema? 2)Uma dona de casa, orgulhosa de seu fogão que ferve 6,0� de leite em 6,0 minutos, poderia dizer que ele tem mais de 5,0hp? 3)Um cronômetro pode transformar-se num termômetro? 4)Quanto tempo, em média, você teria de correr para gastar a energia adquirida com a ingestão de um hambúrguer? 5)Como você poderia derreter duas pedras de gelo a –15°C dentro de uma câmara frigorífica sem usar o calor de suas mãos ou aquecedores? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 23 24 FÍSICA A tabela abaixo apresenta uma utilização da relação da energia térmica com a atividade humana. C.H. Snyder. The extraordinary chemistry of ordinary things. John Wiley and Sons. 3. A Física e o laboratório As fontes térmicas mais comuns em um laboratório são os bicos de Bunsen e os aquecedores elétricos de imer - são (ebulidores). Eles estão representados a seguir, no aquecimento de uma certa massa m de água, num intervalo de tempo �t medido por um cronômetro, para provocar uma varia ção de temperatura �� sem ocorrer mudança de estado. A potência Pot desses aparelhos, em relação a esse processo, pode ser calculada pela expressão: Pot = ⇒ Q ⇒ calor sensível c ⇒ calor específico sensível da água CONTEÚDO ENERGÉTICO DE ALGUNS ALIMENTOS, TEMPOS DE EXERCÍCIOS EQUIVALENTES (PESSOA DE 70kg) PARA CONSUMI-LOS Alimento (uma porção) cal Repouso (min) Andando (min) Bicicleta (min) Natação (min) Corrida (min) Maçã 110 78 19 12 9 5 Toucinho (duas fatias) 96 74 18 12 9 5 Ovo cozido 77 59 15 9 7 4 Ovo frito 110 85 21 13 10 6 Hambúrguer 350 269 67 43 31 18 Milk-shake 502 386 97 61 45 26 Refrigerante comum 106 82 20 13 9 5 Batata frita 108 83 21 13 10 6 Q –––– �t mc �� Pot = –––––––– �t Vocábulos e expressões da língua inglesa relacionados com potência de uma fonte térmica POWER: The rate of performing work or transferringenergy power measures how quickly the work is done. It’s energy always expressed in units of energy divided by units of time. Power = –––––––– time C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 24 25FÍSICA Se a potência da fonte térmica é constante, pode - mos re la cionar a variação de temperatura �� com a va - riação do tempo �t por meio do seguinte gráfico: 4. A Física e a evolução de seus conceitos Cálculo da potência da fonte térmica Os sistemas que produzem calor (estrelas, aquece do - res elétricos, fogões a gás) podem ter seus desem penhos analisados à luz dos conceitos de energia me cânica, como transformação, conservação, trabalho e po tência. Assim, se uma fonte térmica produz certa quanti - dade de calor Q, num intervalo de tempo �t, podemos definir sua potência Pot pela expressão: ou As unidades mais utilizadas para estas grandezas são mostradas no quadro abaixo: Potência (Pot) Calor (Q) (energia) Intervalo de tempo (�t) cal ––––– min caloria (cal) minuto (min) cal ––––– s caloria (cal) segundo (s) J watt (W) = ––– s joule (J) segundo (s) quilowatt (kW) quilowatt-hora (kWh) hora (h) Importante 1,0cal � 4,2J 1,0kcal = 1000cal 1,0kWh = 3 600 000J 735W = 1,0cv (cavalo- vapor) 746W = 1,0hp (horse power) 1,0min = 60s 1,0h = 3600s Q Pot = –––– �t Q = Pot . �t 500 a.C.: Platão diz que o calor e o fo go, que ge ram e sus tentam todas as coisas, são em si ori gi na dos por im pac to e fricção. 1790: James Watt de sen volve a má - quina a va por de Newco men e mos tra que o calor pode ser trans for ma do em trabalho me cânico. 1800: Humphry Da vy impres sio na a co - mu nida de cien tí fica ao der reter ge lo, num dia de in verno rigoroso (–15°C), atri tan do um bloco no outro. De mons tra, as sim, que o calor ne ces sário para a fu são era criado pelo movimento (energia cinética). 1842: J.R. Mayer reúne e siste ma tiza todo o co nhe ci men to de sua época so bre o calor e o insere no contexto ener gético, su bor dinan do-o aos con cei tos de con - ser vação e trans fomação. 1843: James Pres cott Joule encon tra ex - pe ri men talmente o equiva len te me câ - nico do calor (1,0cal = 4,2J) e permite o cálculo da potência das fontes térmicas. Experiência de Joule. Q Pot = –––– �t C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 25 26 FÍSICA � (INEP-MODELO ENEM) – No século XXI, racionalizar o uso da energia é uma necessidade imposta ao homem devido ao crescimento populacional e aos problemas climáticos que o uso da energia, nos moldes em que vem sendo feito, tem criado para o planeta. Assim, melhorar a eficiência no consumo global de energia torna-se imperativo. O gráfico, a seguir, mostra a participação de vários setores da atividade econômica na composição do PIB e sua participação no consumo final de energia no Brasil. Considerando-se os dados apresentados, a fonte de energia primária para a qual uma melhoria de 10% na eficiência de seu uso resultaria em maior redução no consumo global de energia seria a) o carvão. b) o petróleo. c) a biomassa. d) o gás natural. e) a hidroeletricidade. PATUSCO, J. A. M. “Energia e economia no Brasil 1970-2000”. Economia & Energia, no. 35, nov./dez., 2002. Disponível em:<http://ecen.com/eee35/energ-econom1970- 2000.htm>. Acesso em: 20 mar. 2009. (com adaptações). Resolução A fonte de energia primária responsável pela maior contri buição para a energia total consumida no planeta é o petróleo, o que se evidencia pela coluna vermelha cor res pondente a transporte. Resposta: B � (VUNESP) – Pelo fato de serem práticos, aquecedores elé tricos de imersão são muito utili zados nos mais diversos labo ratórios. Um desses aquece dores, cuja potência útil é de 250W, é imerso num re ci - piente adiabático contendo 500m� (500g) de água a 25°C e ligado du - rante 7,0 min. O calor específico sensível da água vale 1,0 cal/(g . °C) e o equivalente me cânico do calor vale 4,2 J/cal. Determine a tem peratura final atingida pela água, em °C. Resolução Pot = 250W Δt = 7,0min = 420s m = 500g c = 1,0 = 4,2 θ = ? θ0 = 25°C Pot = Q = Pot . Δt mcΔθ = Pot . Δt Δθ = ⇒ θ – θ0 = θ = + θ0 = + 25°C = 50°C + 25°C Resposta: 75°C � A eficiência do fogão de cozinha pode ser anali sa da em relação ao tipo de energia que ele utiliza. O gráfico a seguir mostra a eficiên - cia de diferentes tipos de fogão. Pode-se verificar que a eficiência dos fogões aumenta a) à medida que diminui o custo dos combustíveis. b) à medida que passam a empregar combustíveis re nováveis. c) aproximadamente duplicando seu valor, quando se substitui fogão a lenha por fogão a gás. d) duplicando seu valor, quando se substitui fogão a gás por fogão elé - trico. e) quando são utilizados combustíveis sólidos. Resolução a) Falsa: o fogão a lenha tem custo mais baixo e é o de menor eficiência. b) Falsa: dos combustíveis citados, o único que é sem pre reno vável é a lenha, que corres ponde à menor eficiência. c) Correta: para o fogão a lenha, a eficiência é da or dem de 28%, e do fogão a gás é da or dem de 56%. d) Falsa: a eficiência passa de um valor da ordem de 56% para 62%. e) Falsa: lenha e carvão são combustíveis sólidos e cor respondem às menores eficiências. Resposta: C cal ––––– g°C J ––––– g°C Q ––– Δt Pot . Δt –––––––– m . c Pot . Δt –––––––– m . c Pot . Δt –––––––– m . c J 250 ––– . 420s s –––––––––––––––– J 500g . 4,2 –––– g°C θ = 75°C Exercícios Resolvidos – Módulo 5 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 26 27FÍSICA � (VUNESP-INSTITUTO EMBRAER-MODELO ENEM) – Um calorímetro (A) contendo água quente foi conectado, por meio de uma barra metálica, a outro calorímetro (B) contendo em seu interior água fria. Em cada um desses calorímetros, foi colocado um termômetro para que a temperatura fosse medi - da de minuto em minuto durante 10 minutos. A ilustração a seguir representa o experimento. Considerando-se que o volume de água é igual nos dois calorí - metros, a partir dos registros de tem pe ra tura, foi elaborado um gráfico que registra a tem pe ra tura dos dois calorímetros duran - te os 10 minutos. O gráfico que representa corretamente o resultado do experi - mento é: RESOLUÇÃO: A temperatura de A diminui; a temperatura de B aumenta, ambas tendendo para a temperatura de equilíbrio térmico. Resposta: C � (VUNESP – UCSC-MODELO ENEM) – Em um laboratório de análises clínicas, determinado material deve ser analisado quente a uma temperatura não superior a 80°C. Uma amostra de 100 g desse material, a 20°C, de calor específico sensível 1,0 cal/(g°C), é então inserta em um forno elétrico de potência útil 200W. Considere 1 cal equivalente a 4,2J e que toda a ener gia gerada pelo forno seja transferida para a amostra, que nesse processo não muda de estado físico. O maior intervalo de tempo que a amostra deverá permanecer no interior do forno, para satisfazer as condições descritas, deve ser de: a) 30s b) 42s c) 1min 6s d) 2min 6 s e) 2min 30s RESOLUÇÃO: I) Q = mc �� Q = 100 . 1,0 . 60 (cal) Q = 6000 cal = 6000 . 4,2 J Q = 25200 J II) Pot = ⇒ �t = = (s) Resposta: D 25200 –––––– 200 Q –––– Pot Q –––– �t �t = 126 s = 2 min + 6 s Exercícios Propostos – Módulo 5 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 27 28 FÍSICA � (MEDICINA-ALBERT EINSTEIN-MODELO ENEM) – Nos veículos com motores refrige ra dos por meio líquido, o aqueci - mento da cabine de passageiros é feito por meio da troca de calor entre o duto que conduz o líquido de arre feci mento que circulapelo motor e o ar externo. Ao final, esse ar que se encontra aquecido é lançado para o interior do veículo. Num dia frio, o ar externo, que está a uma temperatura de 5°C, é lan çado para o interior da cabine, a 30°C, a uma taxa de 1,5�/s. Determine a potência térmica aproximada, em watts, absorvida pelo ar nessa troca de calor. a) 20 b) 25 c) 45 d) 60 e) 80 RESOLUÇÃO: Pot = Pot = Pot = Pot = 10,8 Pot = 10,8 . 4,2 Pot = 45,36W Resposta: C � (VUNESP-UNIVAG-MODELO ENEM) – Uma amostra de titânio, com massa 10 gra mas e calor específico sensível igual a 520 J/(kg.K), é posta a 20°C no interior do corpo humano como prótese biocompatível. Até entrar em equilíbrio térmico com o corpo humano a 36°C, a quantidade de calor, em joules, que a amostra recebe é a) 87,6 b) 77,8 c) 81,2 d) 90,4 e) 83,2 RESOLUÇÃO: Q = mc�θ Q = (0,010kg) . . (36℃ – 20℃) Q = 83,2J Resposta: E � Com o objetivo de se testar a eficiência de for nos de micro-ondas, planejou-se o aque - cimento em 10°C de amostras de diferentes substâncias, cada uma com determinada massa, em cinco fornos de marcas distintas. Nesse teste, cada forno operou à potência máxima. O forno mais eficiente foi aquele que a) forneceu a maior quantidade de energia às amostras. b) cedeu energia à amostra de maior massa em mais tempo. c) forneceu a maior quantidade de energia em menos tempo. d) cedeu energia à amostra de menor calor específico mais lentamente. e) forneceu a menor quantidade de energia às amostras em menos tempo. RESOLUÇÃO: A potência é definida como a razão entre a energia transferida e o tempo gasto, isto é, é a rapidez com que a energia é transferida. A potência será máxima quando transmitirmos a maior quan - tidade de energia em menos tempo. Resposta: C Quando necessário, adote: • densidade do ar: 1,2 kg/m3 • calor específico sensível do ar: 0,24 cal.g–1.°C–1 • 1cal = 4,2 J Q Pot = ––––– Δt m c Δθ ––––––– Δt μVc Δθ ––––––––– Δt (1,2 g/�) . (1,5�) . (0,24 cal/g°C) . (30° C – 5°C) ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1,0s cal –––– s cal –––– s J –––– cal Pot � 45W 520 J ––––––– kg . °C C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 28 29FÍSICA � (ETEC-SP – MODELO ENEM) – Os manuais de aparelhos celulares recomendam que estes permaneçam distantes do corpo pelo menos 2,5 cm, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um relatório sobre o impacto, na saúde humana, da radiação emitida por estes aparelhos, informando que os sinais emitidos por eles conseguem penetrar até 1,0cm nos tecidos humanos, provocando um aumento de temperatura. Considere que: • os sinais emitidos pelos celulares têm, em média, potência de 0,5 W e são gerados apenas durante o uso do telefone; • 1 W = 1 J/s ( um joule de energia por segundo); • o calor específico sensível da água vale 4,2 J/g°C, ou seja, são necessários 4,2 J para variar em 1,0° C a temperatura de 1,0 g de água. Supondo-se que a radiação emitida por um desses aparelhos seja usada para aquecer 100 g de água e que apenas 50% da energia emitida pelo celular seja aproveitada para tal, o tempo necessário para elevar a temperatura dessa quantidade de água de 1,0°C será de a) 10 min b) 19 min c) 23 min d) 28 min e) 56 min Resolução 1. QU = m c �θ QU = 100 . 4,2 . 1,0 (J) = 420J 2. � = ⇒ 0,50 = ⇒ 3. Pot = 0,5 = ⇒ Resposta: D � (FURG-RS) – O grá fi co re pre senta a tem pe ratura de um corpo em fun ção do tem po, ao ser aquecido por uma fonte que for nece calor a uma potência cons tan te de 180 cal/min. Se a massa do corpo é 200g, determine o seu calor es pecífico sen - sível. Resolução Q = mc�� �Pot = ⇒ Q = Pot �t Então: Pot �t = mc�� 180 . 10 = 200 . c . (120 – 20) Resposta: 0,090cal/g°C � (UERJ-MODELO ENEM) – Duas chaleiras idênticas, que come - çam a apitar no momento em que a água nelas contida entra em ebulição, são colocadas de duas formas distintas sobre o fogo, como indica a figura adiante: (Adaptado de EPSTEIN, Lewis C. Thinking Physics. San Francisco: Insight Press,1995.) Em um dado momento, quando ambas já estavam apitando, as cha - mas foram apagadas simultaneamente. Assim, a situação relativa ao tempo de duração dos apitos das chaleiras, após as chamas terem sido apagadas, e a explicação física do fenômeno estão descritas na seguinte alternativa: a) A chaleira I continuará apitando por mais tempo, pois a placa metálica está mais quente do que a água. b) Ambas as chaleiras deixam de apitar no mesmo instante, pois as chamas foram apagadas simultaneamente. c) Ambas as chaleiras deixam de apitar no mesmo instante, pois a temperatura da água nas duas é a mesma. d) A chaleira II continuará apitando por mais tempo, pois a capacidade térmica do metal é menor do que a da água. e) A chaleira I continuará apitando por mais tempo, pois a placa metálica está mais fria do que a água. Resolução Como o calor é transmitido por condução do metal para a água, a placa metálica, quando a chama for apagada, estará mais quente que a água e, durante um certo tempo, continuará transmitindo calor para a água, fazendo com que a chaleira I apite por mais tempo. Resposta: A QU–––– QT 420J ––––– QT QT = 840J QT––– �t 840 –––– T T = 1680s = 28min Q –––– �t c = 0,090cal/g°C Exercícios Resolvidos – Módulo 6 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 29 30 FÍSICA � (VUNESP-SÃO CAMILO) – Em um aquecedor solar, o flu - xo de água pela placa coletora é de 200 m�/h e são transferidos para a água 3,36kJ de energia térmica a cada hora. Sendo a massa específica e o calor específico sensível da água iguais a 1,0kg/� e 4,2kJ/kg.°C, respectiva mente, e admitindo-se que não haja perda de calor, a elevação de temperatura da água, em °C, em uma hora é de a) 1,6 b) 5,0 c) 0,25 d) 2,5 e) 4,0 RESOLUÇÃO: Considere: �t = 1,0h 200m� de água (1,0kg/�) correspondem a 0,2kg de água. Calor para aquecer a água = potência do aquecedor . tempo Q = Pot . �t mc�θ = Pot . �t �θ = = Resposta: E � (VUNESP-FEMA-MODELO ENEM) – O gráfico mostra o au - mento de temperatura de 4,5 . 102g de água, em função do tem - po, enquanto recebe de uma fonte de potência 4,0 . 103cal/min. Considerando-se que o calor específico sensível da água é cons tante e vale 1,0 cal/g . °C, a quanti dade de calor, em calo - rias, perdida para o ambiente durante os 8,0 minutos de aqueci mento foi de: a) 3,0 . 103 b) 4,0 . 103 c) 5,0 . 103 d) 6,0 . 103 e) 7,0 . 103 RESOLUÇÃO: Qperdido = Qtotal – Qágua Qperdido = (Pot �t) – (mc��) Qperdido = 4,0 . 10 3 . 8,0 – 4,5 . 102 . 1,0 . 60 (cal) Qperdido = 32 . 10 3 – 27 . 103 (cal) Resposta: C 3,36 . 103J/h . 1,0h –––––––––––––––––––––– 0,2kg . 4,2 . 103J /kg°C Pot . �t ––––––– m c �θ = 4,0°C Qperdido = 5,0 . 10 3 cal Exercícios Propostos – Módulo 6 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:24 Página 30 31FÍSICA � Durante a primeira fase do projeto de uma usi na de gera ção de energia elétrica, os en - ge nheiros da equipe de avaliação de im pac - tos ambientais procuram saber se esse projeto está de acordo com as normas ambientais. A nova planta estará loca lizada a beira de um rio, cuja tem peratura média da água é de 25°C, e usará a sua água somente para refrigeração. O projeto preten - de que a usina opere com 1,0 MW de potência elétrica e, em razão de restrições técnicas, o dobro dessa potência será dissipada por seu sistema de arrefecimento, na forma de calor. Para atender a resolução número 430, de 13 de maio de 2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, com uma ampla margem de segurança, os engenheiros determina ram que a água só poderá ser devolvida ao rio com um aumento de tem - peratura de, no máximo,3°C em relação à temperatura da água do rio captada pelo sistema de arrefecimento. Considere o calor específico da água igual a 4 kJ/(kg°C). Para atender essa determinação, o valor mínimo do fluxo de água, em kg/s, para a refrigeração da usina deve ser mais próximo de a) 42 b) 84 c) 167 d) 250 e) 500 RESOLUÇÃO: A potência (Pot) de refrigeração é o dobro da potência elétrica (1,0 MW) e vale 2,0 MW (2,0 . 106 W). Para �t = 1,0s, vem: Pot = Q = Pot . �t mc�� = Pot . �t m = (kg) m = (kg) m = (kg) O valor mínimo do fluxo de água para a refrigeração da usina deve ser mais próximo de 167kg/s. Resposta: C � No manual fornecido pelo fabricante de uma ducha elétrica de 220V é apresentado um grá - fico com a variação da temperatura da água em função da vazão para três condições (morno, quente e superquente). Na condição superquente, a potência dissi pada é de 6 500 W. Considere o calor específico da água igual a 4 200 J/(kg °C) e densidade da água igual a 1 kg/�. Com base nas informações dadas, a potência na condição mor - no corresponde a que fração da potência na condição su per - quen te para uma vazão de 3�/min? a) b) c) d) e) RESOLUÇÃO: A energia elétrica dissipada no resistor da ducha elétrica será absorvida pela água na forma de calor, assim: Eelétrica = Q P . �t = m c �T P . �t = d V . c �T P = d . c �T A densidade (d) e o calor específico (c) são constantes. Fixando um determinado valor do gráfico para a vazão , concluímos, dessa maneira, que a potência elétrica será diretamente propor - cional à variação de temperatura (�T). Do gráfico, para uma vazão de 3�/min, temos: Situação 1: morno ⇒ P1 = k12 Situação 3: superquente ⇒ P3 = k32 Assim: = Resposta: D Q ––– �t Pot . �t ––––––– c�� 2,0 . 106 . 1,0 ––––––––––––– 4,0 . 103 . 3,0 20 . 105 –––––––– 12 . 103 m � 166,6kg 5 ––– 8 3 ––– 8 3 ––– 5 1 ––– 5 1 ––– 3 V ––– �t V ––– �t P = k �T k12 –––– k32 P1 ––– P3 = P1 ––– P3 3 ––– 8 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 31 32 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano Na sala, todos os objetos, inclusive o piso de már - more e o carpete, estão em equilíbrio térmico, ou seja, estão com a mesma temperatura de 20°C. As sensações de quente e frio estão relacio nadas com a maneira como o corpo humano troca calor com o mármore e o carpete. Leia o texto a seguir sobre es se assunto. 2. A Física e o mundo Alerta: O corpo humano é um péssimo termômetro O metabolismo humano está regulado para uma temperatura de 37°C. Em di fe rentes ambientes, nosso corpo se utili za de vários mecanismos para a manu - tenção dessa temperatura. Porém, se a temperatura extracorpórea for muito menor que 37°C (abaixo de 20°C), o corpo perde calor muito rapi da mente para o meio externo; quando isto acontece, temos a sensação de frio. Por outro lado, se a temperatura es ti ver acima de 26°C, a perda de calor para o meio ambiente se dá de maneira muito lenta, o que resulta na sensa ção de calor. Para o nosso clima, a tem peratura de conforto térmico é de, aproxima - damente, 22°C. Isso explica a sensação que temos ao colocarmos, simultaneamente, uma das mãos num recipiente com água a 35°C e a outra mão em outro recipiente, a 15°C. Temos ao mesmo tempo a sensação de calor em uma das mãos e de frio na outra. 3. A Física e o laboratório Calorímetro O calorímetro de um laboratório di dá tico pode ser cons truído de acor do com a figura abaixo. Sua função é transformar o seu conteúdo num sistema termica men te isolado para a aná lise das trocas de calor entre os corpos em seu interior. Vocábulos e expressões da língua inglesa relacionados com o equilíbrio térmico THERMAL EQUILIBRIUM: When an object is brought into contact with a relatively colder object, a process takes place that brings about an equalization of temperatures of two objects. 7 e 8 Palavras-chave: Balanço energético • Equilíbrio térmico• Soma de calores trocados nula Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)Você está em férias no lito ral e por algum motivo pre cisa de uma massa m de água a 50°C. Você dis põe de uma balança, mas não de um termô metro. Como você obtém a massa m de água a 50°C? 2)Ao entrar numa sala que está, há algum tempo, a 20°C, você anda descalço sobre um piso de mármore e em seguida sobre um tapete. Qual dos dois se encontra a uma temperatura mais baixa? 3)O que acontece com a temperatura média do Universo à medida que ele se expande? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 32 33FÍSICA Assim, por exemplo, para dois corpos, A e B, que não sofrem mudança de estado, o equacionamento da con dição de equilíbrio térmico pode ser feito da seguinte ma neira: C: capacidade térmica do calorímetro (determinada pre - viamente). 4. A Física e a evolução de seus conceitos Calores trocados Consideremos vários corpos em tem peraturas diferentes, colocados em contato térmico, constituindo um sis tema termicamente isolado (siste ma que não troca calor com o meio ex ter no). Como estão em temperaturas di fe rentes, eles tro - cam calor entre si, até atingirem o equilíbrio térmico. Mas, como o sistema é termi ca mente isolado, isto é, como ele não tro ca energia térmica com o meio ex - terno, sua energia térmica total per ma nece constante. Logo, a soma das quan ti dades de calor cedidas por uns é igual à soma das quanti dades de calor recebidas pe los demais. Se convencionarmos: Calor recebido: Q > 0 Calor cedido: Q < 0 a expressão acima se transforma em: Exemplo Sistema termicamente isolado. |Qa + Qb| = |Qc + Qd + Qe| cedido recebido Pela convenção adotada, temos Qa e Qb negativos e Qc, Qd e Qe posi tivos, de tal forma que: Qcalorímetro + QA + QB = 0 (C ��)calorímetro + (mc ��)A + (mc ��)B = 0 � Qcedida = � Qrecebida � Qtrocada = 0 Qa + Qb + Qc + Qd + Qe = 0 SÉCULO VI a.C. – Filó sofos pré-socrá - ticos (en tre os quais, He rá clito) consi de - ravam o Uni ver so como um sistema fechado e que o “quente” e o “frio” di - tas sem o sentido de sua evolução para um es tado “morno” ou “mais frio”. 1779 – Black define o calor co mo um fluido indes trutível, invi sível e sem peso (calórico) que era trans ferido de um cor po “quen te” para outro, “frio”. Estes, num sis te ma fe chado, atingiam o equi lí brio tér mi co, ao fica rem com tem pera turas iguais. A quantidade de calórico for ne - cida pelo corpo quente é igual à recebida pelo cor po frio (Qquente + Qfrio = 0). 1800 – Conde Rumford rebate a ideia do ca lórico e relaciona o calor com a energia tro ca da entre o corpo quente e o frio. Num sis te ma fechado, a soma dos ca - lores tro ca dos entre eles é sempre nula (Qquente + Qfrio = 0). 1843 – Mayer insere o calor de fi nitiva - men te no reino ener gé tico e justifica o equilíbrio tér mico, num sistema fechado, pelo prin cí pio da conservação da energia. 1988 – Segundo a teoria do Big Bang, o Uni verso era mui to pe queno (1,0cm de diâ me tro) e “quen tís simo” (mais de 1050K) há 13,7 bi lhões de anos e, em ex - plosiva ex pan são, atin giu, hoje, com um diâmetro de 1026m, a mar ca mé dia de 2,8K, com variações de até 0,02K. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 33 34 FÍSICA � (MODELO ENEM) – Um engenheiro de materiais realiza um ensaio de endu re cimento de uma liga metálica por meio de resfria - mento rápido. A amostra de metal, de 300 g de massa e de calor espe cífico sen sível 0,11 cal/g°C, é mergulhada em 5 000 g de água (1,0 cal/g°C) a 30°C. Após a liga entrar em equilíbrio térmico com a água, veri fica-se que a temperaturado conjunto atinge 34°C. Inicialmente, a amostra da liga metálica foi aquecida a uma temperatura de aproximadamente: a) 640°C b) 300°C c) 160°C d) 150°C e) 100°C Resolução Qcedido pela liga + Qrecebido pela água = 0 (mc Δθ)liga + (mc Δθ)água = 0 300 . 0,11 (34 – θ) + 5 000 . 1,0 (34 – 30) = 0 1122 – 33θ + 20 000 = 0 θ = (°C) Resposta: A � (MODELO ENEM) – Um avião, depois de um pouso de emer - gência e da saída de seus ocupantes, sofre um incêndio, que é controlado pelos bombeiros. A fuselagem de 40 toneladas atinge 70°C e, para resfriá-la até 30°C, é feito bombeamento de água a 20°C sobre ela, conforme representa o gráfico da temperatura � em função do tempo t. O calor é trocado apenas entre a água e o avião. O volume de água, em litros, utilizado no resfriamento é igual a: a) 16 b) 40 c) 1,0 . 104 d) 1,6 . 104 e) 4,0 . 104 Resolução Equilíbrio térmico: �cágua = 1,0 = 1,0 � Qavião + Qágua = 0 (mcΔ�)avião + (mcΔ�)água = 0 40 . 103 . 0,10 (30 – 70) + m (1,0) . (30 – 20) = 0 –160 . 103 + 10m = 0 m = 1,6 . 104kg Resposta: D � (VUNESP) – Dois fragmentos de mesmo material, A e B, são colocados em um recipiente isolado termicamente, de modo que apenas entre eles ocorre troca de calor. A massa de B é três vezes maior que a de A e as temperaturas iniciais são –10°C para A e 20°C para B. Sabendo-se que não haverá mudança de estado físico nesses dois fragmentos, determine a temperatura de equilíbrio térmico, em °C. Resolução No equilíbrio térmico, a soma dos calores tro cados é nula: QA + QB = 0 (mc��)A + (mc��)B = 0 mc[� – (– 10)] + 3mc(� – 20) = 0 mc� + 10mc + 3mc� – 60mc = 0 4mc� = 60mc – 10mc 4mc� = 50mc Resposta: 12,5°C � (FATEC-SP) – Um sis tema, A, está em equilíbrio tér mico com outro, B, e este não está em equilíbrio tér mi co com um terceiro, C. Então, podemos dizer que a) os sistemas A e B possuem a mesma quantidade de calor. b) a temperatura de A é diferente da de B. c) os sistemas A e B possuem a mesma tem pe ra tura. d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C pode ter temperatura igual à do sistema A. e) a temperatura de C é maior que a de A e B. Resolução Dois corpos em equilíbrio térmico possuem a mesma tem pera tura. Resposta: C 21122 ––––––– 33 θ � 640°C Note e adote: Calor específico sensível da fuselagem do avião: 0,10kcal/kg°C Calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C Densidade da água: 1,0kg/� cal ––––– g°C kcal ––––– kg°C V = 1,6 . 104� � = 12,5°C Exercícios Resolvidos – Módulo 7 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 34 35FÍSICA � (VUNESP-UEA) – “Quando um corpo A está em equilíbrio térmico com um corpo B e B está em equilíbrio térmico com um corpo C, então A e C estão em equilíbrio térmico”. O enunciado expressa a lei conhecida como a) segunda lei da Termodinâmica. b) primeira lei da Termodinâmica. c) primeira Lei de Newton. d) lei zero da Termodinâmica. e) segunda Lei de Newton. RESOLUÇÃO: O equilíbrio térmico ocorre quando os corpos apresentam temperaturas iguais e isso é o fundamento da lei zero da Termodi - nâmica. Resposta: D � (VUNESP-UNICASTELO-MODELO ENEM) – Dois mate - riais, A e B, são colocados no interior de um calorímetro ideal, com as seguintes caracte rísticas: Uma vez isolados do meio exterior e não havendo mudança de estado físico, tais materiais atingirão o equilíbrio térmico na seguinte temperatura: a) 10°C b) 8°C c) 12°C d) 16°C e) 18°C RESOLUÇÃO: QA + QB = 0 ⇒ (mAcA��A) + (mBcB��B) = 0 [10 . 0,2 . (� – 80)] + [20 . 0,4 . [� + 10)] = 0 2� – 160 + 8� + 80 = 0 10� – 80 = 0 10� = 80 Resposta: B c [cal/g . °C)] T (°C) M(g) A 0,2 80 10 B 0,4 – 10 20 � = 8,0°C Exercícios Propostos – Módulo 7 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 35 36 FÍSICA � (PUC-MODELO ENEM) – Uma xícara contém 30m� de café a 60°C. Qual a quanti dade, em m�, de leite frio, cuja tem - peratura é de 10°C, que devemos despejar nessa xícara para obtermos uma mistura de café com leite a 40°C? www.aguadoce.com.br Considere as trocas de calor apenas entre o café e o leite, seus calores específicos sensíveis iguais e suas densidades iguais a 1,0g/cm3. a) 15 b) 20 c) 25 d) 35 e) 40 RESOLUÇÃO: As transferências de energia ocorrem, apenas, entre o café e o leite e a soma dos calores trocados é nula. + = 0 Qleite + Qcafé = 0 mc (40 – 10) + 30 . c (40 – 60) = 0 30m – 600 = 0 30m = 600 m = 20g ⇔ Resposta: B � (PUC-CAMPINAS-MODELO ENEM) – A perspectiva de uma pessoa que usa uma garrafa térmica é que esta não permita a troca de calor entre o meio ambiente e o conteúdo da garrafa. Porém, em geral, a própria garrafa já provoca uma pequena redução de temperatura quando nela colocamos um líquido quente, como o café, uma vez que a capacidade térmica da garrafa não é nula. Numa garrafa térmica que está a 24°C, colocam-se 500g de água (c = 1,0cal/g°C) a 90°C e, após algum tempo, nota-se que a temperatura se estabiliza em 84°C. Pode-se afirmar que a capacidade térmica desta garrafa é, em cal/°C, a) 5,0 b) 6,0 c) 50 d) 60 e) 100 RESOLUÇÃO: Qcedido = Qrecebido mc ���1� = C ��2 500 . 1,0 . 6,0 = C . 60 Resposta: C C = 50cal/°C calor cedido por 30g de café entre 60°C e 40°C calor recebido pela massa m de leite frio entre 10°C e 40°C V = 20m� C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 36 37FÍSICA � (MACKENZIE) – Um estudante no la bo ra tório de Física, por des cuido, colocou 200g de água líquida (calor específico sensível 1,0cal/(g.°C)) a 100 °C no interior de um calorímetro de capacidade térmica 5,0cal/°C, que contém 100g de água a 20°C. Determine a massa de água líquida a 0°C, que esse aluno deverá adicionar no calorímetro, para que a temperatura de equilíbrio térmico volte a ser 20°C. Resolução Os 100g de água que já estavam no calorí metro e o próprio calorímetro não vão interferir nas trocas de calor, pois as temperaturas inicial e final são iguais. Qcedido = Qrecebido m1 c ��θ1� = m2c ��θ2� 200 . 80 = m2 . 20 Resposta: 800g � (MODELO ENEM) – Os motores de alta potência, tanto de máquinas pesadas como de carros esportivos, utilizam trocadores de calor para res friar o óleo lubrificante ou o ar proveniente do turbo com pressor e aumentar a durabilidade e o rendimento do propulsor. Na figura abaixo, apresentamos o interior de um sistema de arrefeci mento do fluido de um câmbio automático pela água do radiador. A vazão de água vale 500m� por segundo e a do óleo, em m�/s, é igual a a) 5000 b) 2500 c) 500 d) 250 e) 200 Resolução Calor recebido pela água em um segundo: Qágua = mcΔθ = dVcΔθ ⇒ Qágua = (500cm 3) . (1,0g/cm3) . (1,0cal/g°C) . (96°C – 86°C) ⇒ Qágua = 5000cal Soma dos calores trocados: Qfluido + Qágua = 0 ⇒ (mcΔθ)fluido + 5000 = 0 ⇒ dVcΔθ = –5000 ⇒ 0,80 . V . 0,50 (60 – 110) = –5000 0,40V (–50) = –5000 ⇒ 20V = 5000 ⇒ V = 250m� Vazão Z do óleo: Z = = ⇒ Resposta: D m2 = 800g Note e adote Nos trocadores de calor, a soma dos calores cedidos e recebidos é nula. Densidade da água: 1,0g/cm3 Densidade do fluido: 0,80g/cm3 Calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C Calor específico sensível do fluido: 0,50cal/g°C 250m� –––––– 1,0s V ––– Δt Z = 250m�/s Exercícios Resolvidos – Módulo 8 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 37 38 FÍSICA � (UNESP-MODELO ENEM) – O esquema representa um calorí me tro utilizado para a deter minação do valor energético dos alimentos. (http://quimica2bac.wordpreess. Adaptado.) A tabela nutricional de determinado tipo de azeite de oliva traz a seguin te informação:“Uma porção de 13m� (1 co lher de sopa) equivale e 108kcal.” Considere que o calor específico sensível da água seja 1,0kcal . kg–1 .°C–1 e que todo o calor liberado na com bustão do azeite seja transferido para a água. Ao serem queimados 2,6m� desse azeite, em um calorímetro con tendo 500g de água inicialmente a 20,0°C e à pressão constante, a tempera - tura da água lida no termômetro deverá atingir a marca de a) 21,6°C b) 33,2°C c) 45,2°C d) 63,2°C e) 52,0°C RESOLUÇÃO: I) Cálculo da energia térmica liberada na combustão de 2,6m� de azeite: 13 m� –––––––– 108 kcal 2,6 m� –––––––– �Qazeite� Da qual: II) No equilíbrio térmico: �Q = 0 Qazeite + Qágua = 0 ⇒ Qazeite + (mc Δθ)água = 0 – 21,6 + 0,5 . 1,0 (θ – 20,0) = 0 θ – 20,0 = 43,2 ⇒ Resposta: D � (VUNESP-FAMERP) – Em um calorímetro de capacidade térmica des prezível, contendo 500 g de água a 80 °C, coloca- se um bloco de concreto de 500 g, a 20 °C. Considere o calor específico sensível da água igual a 1,0 cal/(g . °C), o do concreto igual a 0,20 cal/(g . °C) e despreze perdas de calor para o ambiente. a) Calcule a temperatura de equilíbrio térmico, em °C. b) Que quantidade de água, a 95 °C, deve ser colocada no ca - lorí metro para que a temperatura final volte a ser de 80°C? RESOLUÇÃO: a) Qágua + Qconcr = 0 mA . cA . �θA + mC . cC . �θC = 0 500 . 1,0 . (θ1 – 80) + 500 . 0,20 . (θ1 – 20) = 0 500 . θ1 – 40 000 + 100 . θ1 – 2 000 = 0 600 . θ1 = 42 000 θ1 = (°C) b) Haverá troca de calor entre a água remanescente no calorí me - tro (70°C), o bloco de concreto (70°C) e a água acrescentada a 95°C. A temperatura final é de 80°C. Q1 + Q2 + Q3 = 0 mA . cA . �θ1 + mC . cC . �θ1 + m’A . cA . �θ3 = 0 500 . 1,0 . (80 – 70) + 500 . 0,20 . (80 – 70) + m’A . 1,0 . (80 – 95) = 0 500 . 10 + 100 . 10 – m’A . 15 = 0 5 000 + 1 000 = 15 . m’A m’A = (g) Respostas:a) 70°C b) 400g �Qazeite� = 21,6 kcal θ = 63,2°C 42 000 ––––––– 600 6 000 ––––– 15 m’A = 400g θ1 = 70°C Exercícios Propostos – Módulo 8 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 38 39FÍSICA � Uma garrafa térmica tem como função evitar a tro ca de calor entre o líquido nela contido e o ambien te, mantendo cons tante a tempe - ratura de seu conteúdo. Uma forma de orientar os consumi do - res na compra de uma garrafa térmica seria criar um selo de qualidade, como se faz atualmente para informar o consumo de energia de eletrodomésticos. O selo iden tificaria cinco categorias e informaria a variação de temperatura do con teúdo da garrafa, depois de decorridas seis horas de seu fechamento, por meio de uma porcentagem do valor inicial da temperatura de equilí brio do líquido na garrafa. O quadro apresenta as categorias e os intervalos de variação percentual da temperatura. Para atribuir uma categoria a um modelo de garrafa térmica, são prepa ra das e misturadas, em uma garrafa, duas amostras de água, uma a 10°C e outra a 40°C, na proporção de um terço de água fria para dois terços de água quente. A garrafa é fechada. Seis horas depois, abre-se a garrafa e mede-se a temperatura da água, obtendo-se 16°C. Qual selo deveria ser posto na garrafa térmica testada? a) A b) B c) C d) D e) E RESOLUÇÃO: I) Cálculo da temperatura de equilíbrio térmico no momento em que as duas porções de água são misturadas. ∑Q = 0 ⇒ QAQ + QAF = 0 (m c ��)AQ + (m c ��)AF = 0 Mc (� – 40) + Mc (� – 10) = 0 2� – 80 + � – 10 = 0 ⇒ II) Determinação percentual da variação relativa da temperatura depois de 6h. V = x 100% ⇒ V = 100% III) A garrafa térmica considerada deve ser classi ficada na cate - goria D, já que a variação térmica se situa entre 40% e 55%. Resposta: D Tipo de selo Variação de temperatura A menor que 10% B entre 10% e 25% C entre 25% e 40% D entre 40% e 55% E maior que 55% 1 –– 3 2 –– 3 � = 30°C 30 – 16 ––––––– 30 �� ––– � V � 47% C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 39 40 FÍSICA � (VUNESP-UNICID-MODELO ENEM) – Uma dona de casa precisava de água a 60°C para determinada tarefa. Para isso, colocou um pouco de água em uma panela e a levou ao fogo. Por distração, a dona de casa deixou a água entrar em ebulição; para conseguir, então, o que precisava, retirou 4,0 litros de água a 100°C da panela com água fervente e os transferiu para outro recipiente, de capacidade térmica desprezível. Em seguida, ela colocou este recipiente sob uma torneira que fornecia água a 20°C, com uma vazão de 0,1�/s. Sabendo-se que o calor específico sensível da água líquida é igual a 1,0 , a densidade da água é 1,0kg/� e desprezando-se perdas de calor para o ambiente, para conseguir a água na tem - pera tura desejada, a dona de casa deixou o recipiente sob a torneira durante um intervalo de tempo, em segundos, igual a a) 20 b) 40 c) 60 d) 80 e) 100 RESOLUÇÃO: No equilíbrio térmico: QA + QB = 0 mAcA�θA + mBcB�θB = 0 4,0 . c . (60 – 100) + mB . c . (60 – 20) = 0 –160 . c + 40mB . c = 0 40mB = 160 mB = 4,0 kg (4,0 litros de água) De acordo com o enunciado, a vazão da torneira vale 0,1 �/s; assim, vem: 0,1� ––––––––– 1,0s 4,0� ––––––––– T 0,1T = 4,0 Resposta: B cal –––– g°C T = 40s C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 40 41FÍSICA 1 Palavras-chave: Princípios da óptica geométrica I • Raios de luz • Fontes de luz • Feixes de luz Módulos 1 – Princípios da óptica geométrica I 2 – Princípios da óptica geométrica II 3 – Princípios da óptica geométrica III 4 – Objeto e imagem 5 – Espelhos planos 6 – Campo visual 7 – Translação do espelho plano 8 – Associação de espelhos planos FÍSICA: ÓPTICA Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)Um raio de luz pode ser curvo? 2)Qual a temperatura da superfície do Sol? 3)Para enxergar-se no espelho de um quarto totalmente escuro, para onde você dirigiria o feixe de luz de uma lanterna? 4)O que é um pincel de luz? 5)O que significa translúcido? 6)O cérebro é um órgão de visão? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 41 42 FÍSICA 2. A Física e o mundo Guia ilustrado para feixes de luz, fontes luminosas Sol, a mais importante fonte pri mária de luz para a Terra. Exemplos de pincéis 1. A Física e o cotidiano A construção de um modelo correto para a visão dos objetos que nos rodeiam depende da refutação, ou destrui - ção, de mitos criados pelo senso comum. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 42 43FÍSICA Raios de luz São linhas orientadas que re pre sentam, grafica men te, a di re ção e o sentido de propagação da luz. Conforme o meio em que se pro pa ga, o raio de luz po de ser re ti líneo ou curvilíneo. O estudo da óptica geométrica possibilita o entendimento de fenômenos do cotidiano e a construção de com ple - xos aparatos tecnológicos. 3. A Física e o laboratório Meio transparente Exemplos: ar, água em pequenas camadas, vi dro hia li no etc. Meio translúcido Exemplos: vidro fosco, papel de seda, ne voeiro, uma lâmina extremamente fina etc. Meio opaco Exemplo: madeira, concreto, chapas metáli cas espes sas etc. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Introdução Conceitua-se luz como um agen te físico ca paz de sen si bi li zar nossos órgãos visuais. A óptica geométrica estuda os fenômenos que são explicados sem que seja necessário conhecer a na tu re - za do agente físico luz.A pro pa ga ção retilínea, a refle xão e a re fra ção são fenômenos estudados pela óptica geo - métrica. Este es tudo é fei to a partir da noção de raio de luz, de princípios que regem o com por ta mento dos raios de luz e de conhe cimentos de geometria plana. Vocábulos e expressões da língua inglesa relacionados com a óptica geométrica e a visão GEOMETRICAL OPTICS: This area of optical science concerns the application of laws of reflection and refraction of light. VISION: Physiological power of sight. Many simple organisms have light receptors and can thus react to motion and shadows, but true vison envolves the formation of images in the brain. Vision mainly concerned with the color, form, distance and tridimensional extension of objects. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 43 44 FÍSICA Feixe de luz É um conjunto de raios de luz. Os feixes de luz são classificados como: Cônico divergente Cônico convergente Cilíndrico Fontes de luz São os corpos capazes de emitir luz. As fontes de luz são classifica das em: Fontes primárias São aquelas que emitem luz pró pria, isto é, emi tem a luz que pro duzem. Exemplos Sol, lâmpadas elétricas quando ace sas etc. As fontes primárias admitem ain da uma subdivisão: Fontes incandescentes São aquelas que emitem luz em decorrência da sua elevada tempe ratura (em geral acima de 500°C). Exemplos O Sol, cuja temperatura em sua superfície é da ordem de 6000°C; as lâmpadas incandescentes, cujo fila mento atinge temperatura supe rior a 2000°C. Fontes luminescentes São aquelas que emitem luz em tem peraturas relati - va mente baixas. Exemplos Lâmpadas fluorescentes; subs tân cias fosforescen tes. As fontes luminescentes podem ser de dois tipos: a) Fluorescentes Somente emitem luz quando se encon tram sob ação da cau sa excitadora da emissão. É o caso das lâmpadas fluo res centes. b) Fosforescentes Emitem luz por algum tempo mes mo quando cessa a causa ex ci ta dora da emissão. É o caso das subs tâncias fosforescentes dos mos tra dores de relógios e de inter - rupto res, que permitem a visão no escuro. Fontes secundárias São aquelas que reenviam ao es pa ço a luz que re - cebem de outros cor pos. Exemplos A Lua, as paredes, nossas rou pas. 5. Classificação dos meios Meio Transparente Um meio se diz transparente quan do permite a propagação da luz através de si, segundo trajetórias re - gu lares, permitindo a visão nítida dos objetos. Exemplos: Ar, água em pequenas camadas, vidro co mum etc. Meio translúcido Um meio se diz translúcido quando permite a pro - pagação da luz através de si, segundo trajetórias ir re gu - lares, de modo a não permitir a vi são nítida dos objetos. Exemplos: Vidro fosco, papel de seda, pa pel vege tal etc. Meio opaco Um meio se diz opaco quando não permite a pro - pagação da luz atra vés de si. Exemplos Madeira, concreto etc. Os raios de luz divergem a partir de um ponto P. O pon to P é o vértice do feixe. Os raios de luz convergem para um único ponto P. Os raios de luz são todos pa ra lelos entre si. Neste caso, dize mos que o vértice P é impróprio. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 44 45FÍSICA Meio homogêneo Um meio é homogêneo quan do todos os seus pontos apresentam as mesmas propriedades, isto é, mes ma composição química, mesma densidade etc. Meio isótropo Um meio é isótropo quando as pro priedades físicas associadas a um ponto do meio independem da di reção em que são medidas. Quan do o meio não é isótropo, ele é cha ma do anisótropo. Um meio transparente, ho mo gê neo e isótropo é cha mado meio or di ná rio ou refringente. 3000 a. C.: Invenção da vela, no Egito. 1000 a. C.: Registros de operações de ca - ta rata que devolveram a visão para ricos e es cravos em Babilônia e na Índia. Apesar disso, os cirurgiões não perceberam a ligação en tre o cé rebro e os olhos. 600 a. C.: Os gregos formulam a teoria da emanação: os olhos emitem raios de luz que, como tentáculos, ta - teiam os objetos para permitir a visão. A teoria da emanação é combatida por Epicuro, com uma teoria corpuscular: os objetos emitem átomos que carregam a forma e um subátomo, com a cor, para impressionar nossos olhos. 500 a. C.: Aristóteles afirma que a luz pro vém exclusivamente do fo - go. Euclides defende a teoria da ema na ção e Platão faz a junção das teorias: os olhos emitem raios e os corpos emitem átomos de for ma e cor que se encontram no es paço (a visão é um processo externo ao corpo). Aristóteles faz a pergunta crítica fun da men tal: “se os olhos emi - tem luz, por que não en xergamos no es cu ro?” 1500: Leonardo da Vinci estabelece a rela ção entre o olho e o cérebro em seus es tudos de anato mia. 1625: Christopher Scheiner, padre jesuíta, retira olhos de mamíferos que acabaram de morrer e verifica que as imagens do mo mento final não ficam im preg nadas no olho. Ele retira o fundo do globo ocular e o con si dera uma simples tela de projeção. O olho é redu zido à con - dição de mero captador de formas e cores. O cé rebro, na verdade, é o centro da visão. 1666: Newton faz as experiências críticas para mostrar que os ob - jetos são vistos quando refletem luz de fontes primárias para os olhos. 1879: Invenção da lâmpada elétrica (Edison). SÉCULO XX: Estudos sobre a lu - mines cên cia mostram que a in - can descência não é a única forma de produzir luz, como supunha Aris tó teles. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 45 46 FÍSICA � Observe a fotografia do Sol nascente apresentada abaixo O Sol é uma fonte primária de luz, enquanto os outros objetos e seres são fontes secundárias que refletem a luz solar para serem vistos. É correto afirmar: a) O Sol fornece radiação para a máquina fotográfica, que a emite em forma de luz para captar as imagens. b) A água é uma fonte de luz secundária luminescente. c) O Sol é o único elemento da figura que não é visto por reflexão especular, difusa ou seletiva nem por absorção. d) As nuvens constituem-se apenas como meios translúcidos e transparentes. e) As árvores e as montanhas refletem toda a luz em feixes cilíndricos. Resolução Os raios solares impressionam diretamente a retina de uma pessoa, sem incidências intermediárias. Resposta: C � As salas de aula são iluminadas por lâmpadas fluorescentes que têm um certo comprimento e, por isso, são consideradas fontes extensas de luz. Ao iluminarem um caderno a uma certa distância do tampo de uma mesa, produzem sombras e regiões de penumbra que fazem a transição entre a parte escura e a iluminada. Na análise da formação de sombras e penumbras, foram construídos feixes de luz, apenas: a) divergentes. b) convergentes. c) cilíndricos. d) cilíndricos e convergentes. e) divergentes e convergentes. Resolução Para a formação dos cones de sombra, foi utilizado um feixe conver - gente: Para a formação das penumbras, foi utilizado o feixe divergente na extremidade da lâmpada: Resposta: E � Os peixes são vistos mais próximos da superfície por causa da refração da luz. Assinale a alternativa correta. a) A água permite a visão nítida dos peixes, mas, ao desviar a luz, é considerada um meio translúcido, como a neblina e um vidro fosco. b) A água e o ar são opacos. c) A água e o ar são transparentes. d) A imagem é vista a uma profundidade x. e) Um índio deveria apontar sua lança no peixe visto a uma profundidade h para pescá-lo. Resolução Apesar do desvio da luz por refração, a luz propaga-se em linha reta no ar e na água, caracterizando-os como meios transparentes e homogêneos. Resposta: C Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 46 47FÍSICA Exercícios Propostos � Classifique as seguintes fontesde luz: a) Lâmpada de filamento (acesa): __________ ____________________ ______________________________ b) Estrela-d’alva (planeta Vênus): __________ ____________________ ______________________________ c) Mostrador de um relógio analó - gico que brilha no escuro: __________ ____________________ ______________________________ RESOLUÇÃO: a) Lâmpada de filamento (acesa): primária incandes cen te. b) Estrela-d’alva (planeta Vênus): se cun dá ria. c) Mostrador de um relógio analógico que bri lha no escuro: primária lumi nes cente fosforescente. � Cite dois exemplos dos seguintes meios: a) Transparente; b) Translúcido; c) Opaco. RESOLUÇÃO: a) Vidro de automóvel – Vidro de vitrinas comerciais b) Vidro canelado – Papel vegetal c) Madeira – Parede de tijolos de barro C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 47 48 FÍSICA � Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (lbn al- Haytham: 965-1040 d.C.) escreveu sua principal obra, o Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava o funcionamento da visão e outros aspectos da óptica, por exemplo, o funcionamento da câmara escura. O livro foi traduzido e incorporado aos conhecimentos científicos ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra, é representada a imagem invertida de edificações em tecido utilizado como anteparo. Zewail, A. H. “Micrographia of twenty-first century: from camera obscure to 4D microscopy”. Philosophical Transactions of the Royal Society A v. 368, 2010 (adaptado) Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho humano, o tecido corresponde ao(à) a) íris. b) retina. c) pupila. d) córnea. e) cristalino. RESOLUÇÃO: As figuras abaixo estabelecem uma analogia entre a câmara escu - ra e o olho humano, em que o tecido corresponde à retina. Resposta: B � (PASUSP-MODELO ENEM) – A Lua, em sua órbita ao redor da Terra, passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. Esse fato decorre de a Lua não ser um corpo luminoso, mas sim um corpo iluminado pelo Sol. A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. Na representação a seguir, a visão do sistema Terra-Lua é registrada, em diferentes instantes de tempo, por um observador muito afastado da Terra, olhando diretamente para o Polo Sul do planeta. A fase da lua representa o quanto dessa face, iluminada pelo Sol, está também voltada para um observador sobre a Terra. As quatro fases mais características do ciclo recebem as seguintes denominações: Com base nas informações contidas no texto e na figura, pode- se afir mar que as formas aparentes da Lua, nas posições 1, 2, 3 e 4, para um observador situado no He misfério Sul da Terra, são, respec tivamente, as seguintes: RESOLUÇÃO: I) Um observador no Hemisfério Sul da Terra, olhan do a Lua na posição 1, enxerga à sua esquerda a face obscurecida do saté - lite, o que indica, conforme o enunciado, quarto min guan te. II) Na posição 2, a Lua apresenta para a Terra sua face obscure - cida. Logo, é Lua Nova. III) Um observador no Hemisfério Sul da Terra, olhando a Lua na posição 3, enxerga à sua esquerda a face iluminada do saté - lite, o que indica, conforme o enunciado, quarto crescente. IV) Na posição 4, a Lua apresenta para a Terra sua face iluminada. Logo, é Lua Cheia. Resposta: C orifício tecido imagem real e invertida das edificações edificações (objeto) córnea retina imagem real e invertida das edificações edificações (objeto) pupila íris cristalino C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 48 49FÍSICA Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)O que significa penumbra? 2)Você conhece a avó de um máquina fotográfica? 3)Em que fase da Lua ocorre o eclipse solar? 4)Qual a importância do Ceará para a Física? 2 Palavras-chave: Princípios da óptica geométrica II • Propagação retilínea • Eclipse • Sombra • Câmara escura 1. A Física e o cotidiano Um garoto passeia pelo parque e, talvez, não ima - gine a simultaneidade dos fenômenos ópticos que permitem sua visão dos objetos e seres na paisagem: � O Sol é uma fonte primária de luz, enquanto os outros objetos e seres são fontes secundárias que refletem a luz solar para serem vistos. � O cisne branco difunde a luz branca e reflete todas as cores do espectro. O cisne negro absorve todas as cores do espectro da luz branca do Sol. As folhas verdes refletem a luz verde e absorvem as outras cores do espectro que ativam os ciclos da fotossíntese. � A formação de sombras e a visão nítida mostram que o ar local é homogêneo e transparente, e que a luz se propaga em linha reta. � Os peixes são vistos mais próximos da superfície por causa da refração da luz. 2. A Física e o mundo Em que fases da Lua ocorrem os eclipses solares e lunares? A fase da Lua no va ocorre quando a Lua vol ta para a Terra seu he mis fério não ilumi nado pelo Sol (posi ção 1). Nas posições 2 e 4, a Lua vol ta para a Terra meio he - mis fério iluminado. Nesses ca sos, temos o quar t o cres - cente (posi ção 2) e o quarto min guante (po sição 4). Na posição 3, a Lua volta para a Terra seu hemisfério iluminado: é a Lua cheia. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 49 50 FÍSICA 3. A Física e o laboratório Câmara escura de orifício Vamos construir uma câmara escura de ori fí cio. Para isto, basta dispor de uma caixa de sapatos vazia. Na par - te aberta da caixa, pren demos um pedaço de papel vege tal ou pa pel de seda. No lado oposto, fazemos um pe queno furo. Um objeto é colocado em fren te ao lado que possui o orifício. No lado opos to, onde existe o papel ve getal, tem-se a for mação da imagem invertida do objeto visa do. O orifício de uma câmara escura está vol tado para o céu, numa noite estrelada. A pa rede oposta ao orifício é feita de papel vegetal translúcido. Um observador que es tá atrás da câmara, se olhasse dire ta mente para o céu, veria o Cruzeiro do Sul con for me o esquema. Olhando a imagem, no papel vegetal, por trás da câmara, o observador vê o Cruzeiro do Sul conforme o esquema: 4. A Física e a evolução de seus conceitos Princípio da propagação retilínea Observação Muitos fenômenos são ex pli ca dos pela propagação re tilínea da luz. É o caso da câmara escura de ori fício, a for mação de sombra e pe numbra e a ocorrência de eclip ses. Câmara escura de orifício É uma caixa de paredes opacas munida de um orifí cio em uma de suas faces. Um objeto AB é co lo ca do em fren - te à câmara, conforme a fi gu ra. Raios de luz prove nien tes do objeto AB atravessam o orifício e for mam na pa rede oposta uma figura A'B', chamada "imagem" de AB. O fato de a imagem ser invertida em relação ao ob - jeto evidencia a pro pagação retilínea da luz. A semelhança entre os triângulos OAB e OA’B’ for - nece: Nos meios homogêneos e trans pa rentes, a luz se pro pa ga em li nha reta. A'B' d' ––––– = ––– AB d Observe que o eclipse da Lua ocorre na fase da Lua cheia. Observe que o eclipse do Sol ocorre na fase da Lua nova. Texto da língua inglesa relacionado com os eclipses In astronomy, the obscuring of one celestial body by another, particularly that of the Sun or a planetary satellite. Two kinds of eclipses involve the Earth: those of the Moon, or lunar eclipses; and those of the Sun, or solar eclipses. A lunar eclipse occurs when the Earth is between the Sun and the Moon and its shadow darkens the Moon. A solar eclipse occurs when the Moon is between the Sun and the Earth and its shadow moves acrossthe face of the Earth. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 50 51FÍSICA Sombra e penumbra Considere uma fonte de luz pun ti for me (F), um cor - po opaco (C) e um anteparo opaco (A). Dos raios de luz emitidos por F, consideremos aque - les que tan gen ciam C. Sobre o corpo C, podemos dis tin guir duas regiões: uma iluminada e ou tra em sombra. A região em som bra é denominada sombra pró pria. Entre o corpo C e o anteparo A, existe uma região do espaço que não rece be luz de F: é o cone de som bra do corpo C. A re gião do an te pa ro que não recebe luz de F é a som bra projetada. Se a fonte de luz for extensa, obser va-se entre o cor - po C e o an te paro A uma região que não recebe luz (cone de sombra) e outra parcialmente iluminada (cone de pe num bra). No anteparo A, temos a som bra e a penumbra projetadas. Eclipses O eclipse do Sol ocorre quando o cone de sombra e o de penumbra da Lua interceptam a superfície da Ter ra. O eclipse total da Lua ocorre quando ela está total - men te imersa no cone de sombra da Terra. Se a Lua interceptar parcialmente o cone, o eclipse será parcial. Para os observadores A e C, o eclip se do Sol é par - cial. Pa ra o ob ser vador B, o eclip se do Sol é total. 2137 a.C. – Pri meiro re gistro de eclip se so lar da his tória, no livro chi nês Shu-Ching (acha va-se que um dragão come ria o Sol). SÉCULO VI a.C. – Ob ser va ção de som bras e refle xos leva os gre gos a for mu lar o prin cípio da pro paga ção re ti - línea dos raios de luz. SÉCULO III a.C. – Eratóstenes, uti li zando a formação de som bras em poços de cidades dis tintas, cal culou a circun fe rên cia da Terra com gran de pre cisão (40 000km). Ele era che fe da biblioteca de Alexan dria. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 51 52 FÍSICA SÉCULO II a.C. – H iparco de Niceia deter mina a dis tân cia entre a Ter ra e seu satélite pelo tempo de du ração de um eclip se. SÉCULO I d.C. – Heron mostra que a luz se propaga em linha reta em meios transpa ren tes e ho mo gêneos estu dan do, con junta men te, a refle - xão e a refra ção (Ale xandria). IDADE MÉDIA – É co mum o uso de câ ma ras es cu ras de orifí cios para a pintura de pai sa gens e ambien tes. 1500 – Leonardo da Vinci relaciona a câ mara escura de ori fício com a pro - pa ga ção retilí nea da luz. SÉCULO XVII – As Leis de Kepler con soli dam o sis te ma he lio cêntri co ao per mi tir a pre visão de eclip ses com maior facili da de de cál cu lo que no sis tema geo cên tri co. 1919 – Eclipse solar, em Sobral, no Cea rá, confirma a teoria da rela tivi - dade ge ral: o campo gravita cional desvia a luz. � (MODELO ENEM) – As salas de aula são iluminadas por lâmpadas fluorescentes que têm um certo comprimento e, por isso, são consideradas fontes extensas de luz. Ao iluminarem um caderno a uma certa distância do tampo de uma mesa, produzem sombras e regiões de penumbra que fazem a transição entre a parte escura e a iluminada. É correto afirmar: a) Se o caderno for aproximado da mesa, a extensão da sombra au - men tará e a das regiões de penumbra também. b) Os feixes, na figura, são divergentes e convergentes, e os raios que se interceptam não alteram suas trajetórias. c) O livro é um meio translúcido. d) Os raios de luz atingem o cone de sombra. e) As regiões de luz não recebem, simultaneamente, raios das duas extremidades da lâmpada. Resolução Para a formação dos cones de sombra, foi utilizado um feixe conver - gente: Para a formação das penumbras, foi utilizado o feixe divergente na extremidade da lâmpada: O livro é um meio opaco. Resposta: B Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 52 53FÍSICA � Nos eclipses solares totais, os observadores do fenômeno posi - cio nam-se em pontos a) do cone de sombra da Lua. b) de penumbra. c) quaisquer da Terra, na fase da Lua Nova. d) fora do caminho do eclipse. e) da Terra iluminados pela luz solar, na fase da Lua Cheia. Resolução Eclipse solar (total) Resposta: A � A formação de sombras e a visão nítida mostram que o ar local é homogêneo e transparente, e que a luz se propaga em linha reta. O garoto de 1,50m de altura projeta uma sombra de 1,20m no solo plano e pode estimar que, se a árvore ao seu lado produz uma sombra de 4,80m, a altura do vegetal é de a) 1,20m b) 1,50m c) 3,00m d) 4,80m e) 6,00m Resolução = ⇒ H = 4 . 1,50(m) ⇒ Resposta: E H ––––––– 1,50 4,80 ––––––– 1,20 H = 6,00m � (VUNESP-UEA-MODELO ENEM) – Se uma câmara escura de orifício for apontada para um objeto, a imagem do objeto formada no interior da câmara será invertida, como mostra a figura. (www2.fc.unesp.br) A formação dessa imagem invertida se deve ao a) princípio de propagação retilínea da luz. b) fenômeno da reflexão regular da luz. c) fenômeno da difração da luz. d) fenômeno da refração da luz. e) princípio da reversibilidade dos raios de luz. RESOLUÇÃO: A formação de sombras e penumbras, além da projeção de ima - gens nítidas no fundo de câmaras escuras de orifício, são evidên - cias da propagação retilínea da luz. Resposta: A Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 53 54 FÍSICA � (UNIRIO-RJ) – No mundo artístico as antigas “câ maras es - curas” voltaram à moda. Uma câmara es cu ra é uma caixa fechada de paredes opacas que possui um orifício em uma de suas faces. Na face oposta à do orifício, fica preso um filme fotográfico, no qual se formam as imagens dos objetos localizados no ex terior da caixa, como mostra a figura. Suponha que um ob jeto de 3,0m de altura esteja a uma dis - tância de 5,0m do orifício, e que a distância entre as faces seja de 6,0cm. Calcule a altura h da imagem. RESOLUÇÃO: Os triângulos observados na figura são semelhantes, assim: = ⇒ Observe que utilizamos o fato de a luz se pro pagar de forma retilínea em meios ordinários. Resposta: h = 3,6 cm � (VUNESP) – Em 3 de novembro de 1994, no período da manhã, foi observado, numa faixa ao sul do Brasil, o último eclip se solar total do milênio passado. Supondo retilínea a tra - jetória da luz, um eclipse pode ser explicado pela par tici pação de três cor pos alinha dos: um anteparo, uma fonte e um obstáculo. a) Quais são os três corpos do sistema solar envolvidos nesse eclipse? b) Desses três corpos, qual deles faz o papel de anteparo? De fonte? De obstáculo? RESOLUÇÃO: � (UCMG-MODELO ENEM) – Num dia ensolarado, um aluno de 1,7m mede a sua sombra, encontrando 1,2m. Se, naquele instante, a sombra de um poste nas proximi dades mede 4,8m, qual é a altura do poste? a) 3,4 m b) 4,3 m c) 5,3 m d) 6,8 m e) 7,2 m RESOLUÇÃO: Como os raios de luz, provenientes do Sol, são considerados paralelos, os triân gulos ABC e A’B’C’ são semelhantes: = ⇒ = ⇒ Resposta: D 300 –––– h 500 –––– 6 h = 3,6 cm H ––– h S ––– s H ––– 1,7 4,8 ––– 1,2 H = 6,8m C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 54 55FÍSICA 2. A Física e o mundo Texto da língua inglesa relacionado com a visão de cores COLOR: Physical phenomenon of light or visual perception associated with the various wavelenghts in the visible portion of the electro mag netic spectrum. As a sensation experienced by humans and some animals, per ception of color is a complex neuro phy siological process. 1. A Física e o cotidiano Na figura, te mos vá rios pin céis de luz re ti lí neos cru zan do-se uns com os ou tros. Note co mo, após o cru za men to, a luz con tinua pro pa gando-se de ma neira in de pen dente, como se nada tivesse ocor rido. Feixe de luz incidindo nu ma lâmina de vidro. Ob ser ve os fenômenos de reflexão e re fra ção. Fotografia de uma flor bran ca ilu mi na da com luz monocromática azul. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniõese confronte- as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)O que ocorre depois que um feixe de luz verde cruza com um feixe de luz vermelha? 2)Qual é a cor de uma flor branca iluminada com luz azul? 3)Refração e reflexão podem ocorrer simultanea - mente? 4)O olho humano possui sensores para todas as cores? 3 Palavras-chave: Princípios da óptica geométrica III • Raios indepen - dentes • Vi são das cores depende da iluminação C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 55 56 FÍSICA 3. A Física e o laboratório Os fenômenos ópticos num laboratório Mesa de demonstrações colocada em sala escura 4. A Física e a evolução de seus conceitos Independência dos raios de luz A propagação dos raios de luz é feita de modo in - dependente, isto é, cada raio de luz se propaga como se os demais não existissem. Essa propriedade nos permite estudar separada - mente o comportamento de um dado raio de luz. Os feixes, após se cruzarem, continuam a propagação sem altera - ções. Leis da reflexão e leis da refração As leis da reflexão e as leis da refração serão apre - sentadas no estudo dos espe lhos e dioptros. Observações: Uma decorrência dos princípios da óp - tica geométrica é a “reversibilidade dos raios de luz”: Assim, por exemplo, considere um raio de luz inci - dindo numa superfície S segundo AB e refletindo-se segundo BC. Se a luz incidir segundo CB, irá refletir-se segundo BA. Fenômenos luminosos Consideremos uma fronteira F delimitando dois meios transparentes, (A) e (B). “A trajetória descrita por um raio de luz inde - pende do sentido de propagação.” C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 56 57FÍSICA Quando a luz proveniente do meio (A) atinge a fronteira, podem ocorrer três fenômenos luminosos: a) uma parte da luz retorna ao meio (A); o fenômeno é denominado reflexão da luz. b) uma parte da luz atravessa a fronteira e passa a se propagar no meio (B); o fenômeno é denominado refra - ção da luz. c) uma parte da luz é absorvida na fronteira; o fenômeno é denominado absorção da luz. Quando há predominância da luz refletida, a fronteira é considerada um espelho. Se a luz for integralmente refletida, temos um espelho perfeito. Quando há predominância da luz refratada, a fronteira é considerada um dioptro. Se a luz for integralmente refratada, temos um diop - tro perfeito. Se a luz for integralmente absorvida, o meio (B) é denominado corpo negro ideal. Cor de um corpo A luz solar, denominada luz branca, é, na realidade, uma luz composta de uma infinidade de cores. A cor de um corpo não é uma característica sua; ela depende da luz que o ilu mina. Quando um corpo, constituí do de pigmentos puros, re - cebendo luz bran ca, apresenta-se verde, isto significa que, de todas as cores que compõem a luz bran ca, o corpo absor - veu todas, com exceção da verde, que foi refletida e en viada para nossos olhos. Se o corpo não absorver ne nhuma cor, refletindo to das, ele é um corpo branco ideal. Se o corpo absorver todas as cores, não refletindo nenhu ma, ele é um corpo negro ideal. SÉCULO III a.C. – Epicuro define um modelo em que corpos emitem áto - mos com sua forma e subátomos com a sua cor que permitem a visão, quando se en contram com raios lu - minosos ema na dos pelos olhos. Não atribui ao cérebro ne nhuma ligação com a visão. 1500 – Leonardo da Vinci des cobre que a luz branca é com pos ta pela adição de várias co res. Em seus estu - dos de Anatomia, es tabe lece a rela - ção entre o cérebro e o olho no pro - cesso de vi são. Influen ciado por sua ati vidade de pintor, considera que os cor pos mis turam as cores da luz bran ca para produzir sua pró pria cor e emiti-la para nossos olhos. 1666 – Isaac New ton estabe le ce o mo de lo de visão dos ob je tos e das cores acei to até hoje, de monstra com pris mas e es pectros a in depen dên cia dos raios lu mi nosos e que os corpos não mo difi cam as cores. Na ver dade, eles apenas as absorvem ou as refle - tem de acordo com os pig men tos que os com põem. A visão é resul tado da in ter pretação dada pelo cérebro para os raios de luz captados pelo olho. Dife rentes iluminações pro - duzem dife ren tes visões. Esta é uma ideia que surpreende a todos. 1801 – Thomas Young e Herman von Helmholtz criam a teoria tri cromática da visão. Os olhos pos suem apenas três tipos de recep to res de cores: ver - de, azul e ver melho. Varia ções de in - ten sida des e super po sições des sas co res pro du zem as outras tonalidades. Helmholtz tentou com parar a visão das co res com a for mação de acor - des em um piano (três ou qua tro no - tas, que, to cadas jun tas, entram em res so nância, for mando novos sons). 1870 – Ewald Hering de fine re cep - tores du plos: ver melho-ver de, ama re - lo-a zul e bran co-pre to e com ple men ta a teoria de Young-Helmholtz. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 57 58 FÍSICA � (MODELO ENEM) – O cisne branco difunde a luz branca e reflete todas as cores do espectro. Considere a luz branca do Sol composta pelo espectro de cores que sensibilizam os olhos humanos. Num quarto com paredes pretas e foscas iluminado com luz mono cro - mática azul, o cisne branco sera visto na cor: a) branca b) azul c) preta d) anil e) violeta Resolução Resposta: B � (MODELO ENEM) – Num jogo de futebol de salão na escola, adotou-se o uso de três car tões pelo juiz: o vermelho para a expulsão, o amarelo para a adver tência e o azul para suspender o atleta por cinco minutos sem direito à substituição. Depois de uma falta, o juiz a 2,0m de Ariclenes, autor da infração, mos - tra-lhe um cartão de 10cm de altura. As ilustrações abaixo apresentam o olho de Ariclenes como uma câmara escura de orifício com 2,5cm de profundidade e o gráfico de absorção da luz do cartão mostrado a ele. A altura h da imagem, em cm, formada na retina de Ariclenes e a cor do cartão mostrado são, respectivamente, a) 12,5 e azul. b) 10 e vermelho. c) 12,5 e amarelo. d) 1,25 . 10–1 e amarelo. e) 1,25 . 10–3 e vermelho. Resolução De acordo com a figura do olho: = ⇔ = h = (cm) ⇒ h = (cm) O cartão é amarelo, pois esta é a cor menos absorvida e mais refletida para ser vista. Resposta: D � (MODELO ENEM) – O cisne negro absorve todas as cores do espectro da luz branca do Sol. h –––– H d –––– D h –––– 10 2,5 –––––– 200 25 ––––– 200 12,5 ––––– 100 h = 1,25 . 10–1cm Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 58 59FÍSICA A ilustração a seguir mostra a limitação da visão humana para perceber a radiação emitida pelo Sol Num quarto com paredes pretas e foscas iluminado com luz monocro mática azul, o cisne negro será visto na cor: a) branca b) vermelha c) violeta d) azul e) preta Resolução Resposta: E � (MODELO ENEM) – As folhas verdes refletem a luz verde e absorvem as outras cores do espectro que ativam os ciclos da fotossíntese. Num quarto com paredes pretas e foscas iluminado com luz monocro mática azul, as folhas verdes da árvore são vistas na cor: a) verde e realizam a fotossíntese. b) azul e realizam a fotossíntese. c) preta e realizam a fotossíntese. d) preta e não realizam a fotossíntese. e) verde e não realizam a fotossíntese. Resolução De acordo com o gráfico, a luz azul permite altas taxas de fotossín tese. Resposta: C C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 59 60 FÍSICA � (MODELO ENEM) – Analise a figura a seguir. (Disponível em: <http://www.iatec.com.br>.) Quando observamosque dois ou mais feixes de raios luminosos se encontram e que a propagação de cada um deles não é alterada, como mos trado na figura, isso nos prova um dos princípios da óptica geo métrica denominado a) princípio da reflexão. b) princípio da refração. c) princípio da propagação retilínea da luz. d) princípio da reversibilidade do raio luminoso. e) princípio da independência da propagação dos raios luminosos. RESOLUÇÃO: Quando dois raios luminosos se cruzam, eles mantêm sua trajetória inalterada como se não tivesse ocorrido o cruzamento. Resposta: E � (MODELO ENEM) – A figura a seguir representa um cartão pintado com tintas feitas de pigmentos puros, o qual, quando iluminado com luz branca, é visto vermelho, branco e azul nas regiões 1, 2 e 3, respectivamente. Se esse cartão fosse iluminado apenas com luz monocro má - tica azul, as regiões 1, 2 e 3 seriam vistas, respectivamente, com as cores a) preta, azul e azul. b) preta, branca e azul. c) verde, azul e azul. d) vermelha, azul e azul. e) verde, branca e azul. RESOLUÇÃO: Região 1: absorve o azul e fica preta. Região 2: reflete o azul e fica azul. Região 3: reflete o azul e continua azul. Resposta: A � (UNICAMP-MODELO ENEM) – O Teatro de Luz Negra, típico da República Tcheca, é um tipo de representação cênica caracterizada pelo uso do cenário escuro com uma iluminação estratégica dos objetos exibidos. No entanto, o termo Luz Negra é fisicamente incoerente, pois a coloração negra é justa mente a ausência de luz. A luz branca é a composição de luz com vários com primentos de onda e a cor de um corpo é dada pelo compri mento de onda da luz que ele predomi - nantemente reflete. Assim, um quadro que apresente as cores azul e branca quando iluminado pela luz solar, ao ser iluminado por uma luz monocromática de comprimento de onda correspon dente à cor amarela, apresentará, respectivamente, uma coloração a) amarela e branca. b) negra e amarela. c) azul e negra. d) totalmente negra. e) totalmente branca. RESOLUÇÃO: I) No quadro citado, há pigmentos que refletem a luz azul, absor - vendo as demais cores (frequências). Há também pigmentos capazes de refletir todas as cores (frequências): trata-se da região branca. Iluminação com luz branca (mistura de cores) 1 2 3 BRANCO AZUL BRANCO AZUL QUADROLUZ BRANCA LUZ AZUL LUZ BRANCA: A parte azul do quadro reflete a cor azul LUZ BRANCA: A parte branca do quadro reflete todas as cores O observador vê o quadro branco e azul Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 60 61FÍSICA II) Iluminando-se o quadro com luz monocromática amarela, esta é absorvida pela região azul do quadro, que se apresenta escura (“negra”). Já a região branca apresenta-se amarela, cor que pode ser difundida pela citada região. Iluminação com luz amarela Resposta: B � Para que uma substância seja colorida, ela deve absorver luz na região do visível. Quan - do uma amostra absorve luz visível, a cor que percebemos é a soma das cores restantes que são refletidas ou transmitidas pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de absorção para uma substância e é possível observar que há um comprimento de onda em que a intensidade de absorção é máxima. Um observador pode prever a cor dessa substância pelo uso da roda de cores (Figura 2); o comprimento de onda correspondente à cor do objeto é encontrado no lado oposto ao com primento de onda da absorção máxima. Brown. T. Química e Ciência Central. 2005 (adpatado) Qual a cor da substância que deu origem ao espectro da Figura 1? a) Azul. b) Verde. c) Violeta. d) Laranja. e) Vermelho. RESOLUÇÃO: Do espectro de absorção, verificamos que o compri mento de onda da luz absorvida com mais intensidade é da ordem de 500 nm. Na roda de cores, este comprimento de onda está na faixa da radiação verde e a cor apresentada pela substância que deu origem ao espectro será vermelha. Resposta: E � É comum aos fotógrafos tirar fotos coloridas em ambientes iluminados por lâmpadas fluo - res centes, que contêm uma forte composi - ção de luz verde. A consequência desse fato na fotografia é que todos os ob jetos claros, principalmente os brancos, apare cerão esver dea dos. Para equilibrar as cores, deve-se usar um filtro adequado para diminuir a intensidade da luz verde que chega aos sen sores da câmera fotográfica. Na escolha desse filtro, utiliza-se o conheci - mento da composição das cores-luz primá rias: ver me lho, verde e azul; e das cores-luz secundárias: amarelo = ver melho + verde, ciano = verde + azul e magenta = vermelho + azul. Disponível em: http://nautilus.fis.uc.pt. Acesso em: 20 maio 2014 (adaptado). Na situação descrita, qual deve ser o filtro utilizado para que a fotografia apresente as cores naturais dos objetos? a) Ciano. b) Verde. c) Amarelo. d) Magenta. e) Vermelho. RESOLUÇÃO: Como o ambiente está iluminado por luz com forte composição de luz verde, devemos usar um filtro que atenue a luz verde. Para tanto, o filtro deve intensificar as demais cores primárias, isto é, o vermelho e o azul. A combinação do vermelho com o azul nos remete a um filtro ma - genta (magenta = vermelho + azul). Resposta: D AMARELO PRETO BRANCO AZUL QUADRO LUZ AMARELA: Refletida pela parte branca do quadro O observador vê o quadro amarelo e negro’’ LUZ AMARELA: Absorvida pela parte azul do quadro. ’’ C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 61 62 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano Sistemas refletores 2. A Física e o mundo Sistemas Refratores Nas máquinas fotográficas, devido à propa ga ção retilínea da luz, as imagens são projetadas de forma invertida no filme, ou seja, são imagens reais. A lupa transforma objetos reais em imagens virtuais. Objetos muito distantes como os astros defi nem pontos objetos impróprios. Microscópio composto. GLOBO OCULAR HUMANO O olho humano transforma pontos objetos reais e impróprios em pontos imagens reais. Os espelhos planos, co mo a superfície da água, transformam pon t os ob je tos reais em pontos imagens virtuais. Os espelhos curvos po dem produzir pontos ima gens reais, virtuais e im próprios. 4 Palavras-chave: Objeto e imagem • Ponto objeto • Refletores • Refratores • Ponto imagem Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)O que ocorre depois que um feixe de luz verde cruza com um feixe de luz vermelha? 2)Qual é a cor de uma flor branca iluminada com luz azul? 3)Refração e reflexão podem ocorrer simultaneamente? 4)O olho humano possui sensores para todas as cores? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 62 63FÍSICA 3. A Física e o laboratório Principais sistemas ópticos dos laboratórios de Física Ponto objeto: vértice do pincel de luz incidente no siste ma óptico. Ponto imagem: vértice do pincel de luz emergente do sistema óptico 4. A Física e a evolução de seus conceitos Ponto Objeto e Ponto Imagem Espelhos planos, espelhos esfé ri cos, lentes etc. são exemplos de sis temas ópticos. Dado um sistema óptico S, con si de remos um feixe de luz incidente e o correspondente feixe de luz emer gen te. Vocábulos e expressões da língua inglesa relacionados com sistemas ópticos Telescope: Device that permits distant and faint objects to be viewed as if they were much brighter and closer to the observer. Telescopes are typically used to observe the skies. Microscope: Instrument used to obtain a magnified image of minute objects or minute details of objects. Lens: In optical systems, glass or other transparent substance so shaped that will refract light from any object andform a real or virtual image of the object. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 63 64 FÍSICA Os esquemas a seguir mostram a classificação dos pon tos objeto e imagem em relação a um sistema ópti - co S: Observações a) Somente as imagens reais po dem ser projetadas em anteparos. b) Um sistema óptico é dito es tig mático quando a um ponto ob jeto P faz corresponder um único ponto ima - gem P' e não uma mancha lu mi nosa. Se acontecer esta última si tua ção, o sistema óptico é astig má tico. O vértice do feixe incidente é de no minado ponto objeto (P) e o vérti ce do feixe emer gente é o pon - to ima gem (P’). P: ponto objeto real. Os raios de luz incidentes em S se encon tram efetivamente. P’: ponto imagem real. Os raios de luz emer - gentes de S se encontram efetivamente. P: ponto objeto virtual. Os raios de luz incidentes em S se encontram apenas por prolon ga men tos. P’: ponto imagem virtual. Os raios de luz emer - gentes de S se en contram apenas por prolon ga - men tos. Quando o feixe incidente em S é cilíndrico, o ponto objeto é impróprio. Quando o feixe emergente de S é cilindri co, o ponto imagem é im pró prio. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 64 65FÍSICA O desenvol vimen to dos instru men tos ópticos permi tiu à huma ni dade avan ços na ciên cia, na arte e no la zer a ponto de não con se guirmos imaginar como se ria nossa vida sem eles. SÉCULO V a.C. – Chi ne ses usam es - pelhos côn ca vos pa ra cozi nhar ali men - tos, trans for man do pontos obje tos im - pró prios em pontos ima gens reais. SÉCULO IV a.C. – O es pelho plano ins - pira os gre gos para for mu lar o prin cípio da pro pa gação retilínea da luz. SÉCULO II a.C. – Arqui medes sugere o uso de es pelhos es fé ricos côn ca vos para quei mar navios romanos em Sira cu sa. 1352 – Primeiro re gistro de uso de len tes con ver gen tes para cor rigir a hiper metro pia. 1609 – Galileu revo lu ciona a ciên cia, apon tando seu te les cópio para o céu. SÉCULOS XVII E XVIII – Newton, Halley, Dollon, Scheiner, entre outros, aperfei çoam os telescópios elimi nan do as aber rações cro má ticas das lentes. Robert Hooke observa uma célula num micros cópico composto. SÉCULO XIX – Desenvolvimento da fo - tografia e do cinema (ima gens projetadas são reais). SÉCULO XX – Invenção da televisão (1926). Lançamento do te lescópio orbi tal Hubble (1990). Enunciado para os testes � e �. O farol de um automóvel pode ser assim repre sentado: � Em relação ao espelho curvo, o ponto P, onde está co locada a lâmpada, é um ponto a) objeto virtual. b) objeto real. c) imagem real. d) imagem virtual. e) objeto impróprio. Resposta: B � O ponto imagem, em relação ao espelho curvo, é a) virtual. b) real. c) divergente. d) convergente. e) impróprio. Resposta: E Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 65 66 FÍSICA Os pontos luminosos são classificados de acordo com a tabela a se guir. Considere S como um sistema refletor ou refrator. Classifique os pontos objeto e imagem citados em cada cons - trução de imagem das questões de � a �. � Imagem do espelho côncavo do dentista. Classifique, respectivamente, os pontos A e A’ no espelho do dentista. RESOLUÇÃO: POR e PIV � Imagem do espelho convexo da loja. Classifique, respectivamente, os pontos A e A’ no espelho da loja. RESOLUÇÃO: POR e PIV Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 66 67FÍSICA � Imagem da lente divergente do “olho mágico” da porta. Classifique, respectivamente, os pontos O e I no olho mágico. RESOLUÇÃO: POR e PIV � Imagem da lente convergente do olho humano e da câmera fotográfica. Classifique, respectivamente, os pontos O e I para o olho hu - mano. RESOLUÇÃO: POR e PIR O A F 0 F' A' I C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 67 68 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano Note a perfeita simetria entre um ob jeto e a respectiva imagem em um es pelho plano. 2. A Física e o mundo No espelho plano, o objeto e a imagem são iguais, porém não su per - poníveis, constituindo as chamadas figuras enantiomorfas. Ob serve que na imagem as palavras estão escritas de modo reverso. 3. A Física e o laboratório Como são fabricados os espelhos? Quando uma pessoa está diante de um espelho qualquer, ela imagina que o espelho é o vidro para o qual ela está olhando. Será mesmo? Embora parte da luz que incida sobre o vidro trans parente seja refletida, não é esse o fe nômeno mais importante ocorrido no es pelho. Na verdade, o vidro serve para susten tação me - cânica e para dar forma ao espelho, que consiste numa camada mui to fina de metal – normalmente pra ta – depositada sobre o vidro. Sobre esse metal, ainda é aplicada uma camada de verniz para evitar descolamento e oxi dação do material da superfície refle tora. Texto da língua inglesa relacionado com a reflexão da luz Reflection: Reflection occurs when light hits the boundary between two materials. If light strikes the boundary at an angle, the light is reflected at the same angle, similar to the way balls bounce when they hit the floor. Light that is reflected from a flat boundary, such as the boundary between air and a smooth lake, will form a mirror image. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte- as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1) Como é possível mostrar que a imagem de um espelho plano é virtual? 2) Observe na figura a palavra ambu lância escrita na frente do veículo. Por que a palavra ambu - lância es tá es crita “de modo reverso”? 3) Por que é necessário utilizar um espelho plano para a leitura dos escritos de Leonardo da Vinci? 5 Palavras-chave: Espelhos planos • Ânguloscongruentes • Simetria • Enantiomorfismo C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 68 69FÍSICA 4. A Física e a evolução de seus conceitos Leis da reflexão Seja F uma fronteira que delimita os meios (A) e (B). Um raio de luz incide no ponto I da fronteira F e é re - fletido. Sejam: RI = raio incidente IR' = raio refletido IN = normal à fronteira F no ponto I i = ângulo de incidência r = ângulo de reflexão Como, ao ponto objeto (P), o espelho plano conju ga um único ponto imagem (P’), então todo raio de luz in - cidente no espelho, passando por P, origina um raio de luz refletido passando por P’, conforme a figura anterior. Por outro lado, em virtude da reversibilidade da luz (o trajeto geométrico do raio de luz não depende do sentido da propagação), todo raio incidente, com direção passando por P’, origina um raio refletido, passando por P, como se ilustra na figura que se segue. Enantiomorfismo Em virtude da simetria entre o objeto e a imagem, concluímos que, embora o objeto e a sua imagem tenham mesma forma e tamanho (figuras idênticas), não são figuras superponíveis como, por exemplo, a mão direita e a mão esquerda de uma pessoa normal. Quando uma pessoa se encontra diante de um es - pelho plano e levanta a mão direita, sua imagem levan - tará a mão esquerda. 1ª lei da reflexão O raio incidente (RI), o raio refletido (IR') e a nor - mal no ponto de incidência (IN) pertencem ao mes - mo plano. 2ª lei da reflexão O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de in ci - dência. Espelho plano Definição Quando a fronteira F que delimita os meios (A) e (B) é plana e o fenômeno de reflexão da luz é predominante, dizemos que a fronteira F é um "espelho plano". O espelho plano é representado pelo esquemaa seguir: Se tivermos diante do es pe lho um livro no qual está es crita a palavra FÍSICA, na ima gem do livro, dada pelo espe lho, a palavra FÍSICA apa rece es crita de trás para fren te (ob serve a figura acima). O objeto e a sua imagem da da pelo espelho plano são, portanto, figuras iguais, po rém não superponíveis e são chamadas “figuras enan tiomorfas”. i = r C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 69 70 FÍSICA � (MODELO ENEM) – Leonardo da Vinci (1452-1519) redigiu suas anotações de tal maneira que o leitor só entendia ao lê-las refletidas num espelho plano. A causa desse fato é alvo de controvérsia: da Vinci desejava dificultar o acesso a suas ideias inovadoras, era disléxico ou, por ser canhoto, não queria borrar seus textos e ilustrações enquanto escrevia? Esse fato relaciona-se, na atualidade, com a) a instalação de espelhos em ambientes pequenos para aumentar a sensação de amplidão. b) a colocação de espelhos paralelos em escadas rolantes de “shoppings” para produzir várias imagens. c) a simetria que o espelho plano proporciona nos salões de beleza. d) a maneira como são escritas as palavras na parte dianteira dos carros de bombeiros e de resgate. e) a presença de espelhos planos nos leitores ópticos de preços em lojas de departamento. Resposta: D � (MODELO ENEM) – Ao posicionar um livro (figura A) dian te de um espe lho, um estudante obteve uma imagem (figura B) re pre sentada abaixo: O espelho utilizado, considerando o fato de ocor re rem, nas figuras A e B, simetria, estigmatismo e enantiomorfismo, é a) esférico côncavo. b) esférico convexo. c) cilíndrico. d) parabólico. e) plano. Resposta: E SÉCULO II d.C.: Heron de Alexandria define as leis bá - sicas da reflexão da luz: I) Os raios incidente, re fle tido e a reta normal são co pla - nares. II) Os ângulos de in ci dência e de reflexão são con gruen - tes. SÉCULO XV.: Leonardo da Vinci (1452-1519) redigiu suas anotações de tal maneira que o leitor só entendia ao lê-las refletidas num espelho plano. A causa desse fato é alvo de controvérsia: da Vinci desejava dificultar o acesso a suas ideias inovadoras, era disléxico ou, por ser canho to, não queria borrar seus textos e ilustrações en quanto escrevia? Exercícios Resolvidos Natureza da imagem Para um espelho, o objeto real ou imagem real se po siciona na frente do espelho, isto é, na região onde a luz (incidente ou refletida) está presente; o objeto virtual ou imagem virtual se posiciona atrás do espelho, isto é, na região onde a luz (incidente ou refletida) não está pre - sente. Isto posto, em virtude da simetria, concluímos que o ob jeto e sua imagem ficam em semiespaços opostos em relação à superfície do espe lho, isto é, um na frente e o outro atrás do espelho, e, portanto, têm naturezas opostas, sendo um deles real e o outro, virtual. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 70 71FÍSICA � (UFRN-MODELO ENEM) – No intuito de fazer com que seus alunos pensem em Física no cotidiano, um professor mostra a figura abaixo e faz a seguinte pergunta: “Se uma menina maquia seu rosto, que está a 30cm da super - fície refletora de um espelho plano, qual será a distância entre o rosto da menina e a imagem formada por esse espelho?” Os alunos devem responder que a distância é de a) 60,0cm b) 30,0cm c) 15,0cm d) 5,0cm e) zero RESOLUÇÃO: A imagem é simétrica: 60,0cm Resposta: A � (FUVEST-SP-MODELO ENEM) – Um motorista de auto - móvel, ao olhar para o seu retrovisor, vê um caminhão e lê, na ima gem do para-choque, a palavra SORRIA. Podemos con cluir que no para-choque do caminhão estava escrito: RESOLUÇÃO: A imagem é enantiomorfa ao objeto. Resposta: C � (VUNESP-UEA-MODELO ENEM) – Uma pessoa encon - tra-se em pé na frente de um espelho plano vertical e nele vê sua imagem. Se a pessoa se afastar do espelho, que per - manece fixo, a imagem a) continua à mesma distância do espelho e seu tamanho diminui. b) continua à mesma distância do espelho e seu tamanho não se altera. c) afasta-se do espelho e seu tamanho aumenta. d) afasta-se do espelho e seu tamanho não se altera. e) afasta-se do espelho e seu tamanho diminui. RESOLUÇÃO: Por simetria, a imagem afasta-se do espelho e o tamanho não se altera. Resposta: D � Na figura temos um objeto real P e um observador, representado apenas pelo seu olho. Desenhe um raio de luz que permita ao observador enxergar a imagem de P refletida pelo espelho plano. RESOLUÇÃO: S ORR IA SO RRIA SORRIA SO RRIA SORRIA a) b) c) d) e) Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 71 72 FÍSICA Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1)Quantos caminhos um raio de luz pode percorrer ao sair de uma fonte de luz, refletir-se num espelho plano e atingir os olhos de um observador em repouso? 2)Como construir uma mira laser para um jogo de sinuca? 3)Que medidas você deve levar a uma loja de espelhos para comprar o menor espelho plano que lhe permita ver-se de corpo inteiro? 4)A luz de uma lanterna constitui um feixe de ondas ou de partículas? 1. A Física e o cotidiano Os principais campos visuais de espelho plano do mundo moderno O retrovisor interno do automóvel Como regular o campo visual do retrovisor: • O motorista não deve ver nenhuma parte de seu rosto no espelho. • Toda a vista proporcionada pela janela traseira do veículo deve ser obser vada no retrovisor. • O campo visual deve ser um pouco deslocado para a direita do motorista. O menor espelho plano que permite a visão de corpo inteiro de uma pessoa = = = = 2. A Física e o mundo A indústria automobilística sugeriu ao Governo Federal que renovasse a nossa frota de veículos, por meio da redução de impostos e do oferecimento de um bônus de US$ 1000, na troca do carro com mais de quinze anos por um novo, pelas concessionárias, que encaminhariam as “sucatas” para centrais de re - ciclagem. Além do reaquecimento da economia, uma frota renovada representa menos poluição e uma re - dução no número de acidentes, uma vez que os veí culos mais anti gos, por exemplo, não possuíam es pe lhos re - trovisores externos do lado direito do motoris ta. Observe, na figura a seguir, a vista superior de um mo - torista em seu velho carro sem o espelho retro visor externo citado anteriormente, sendo ultrapas sado, pela direita, por um motociclista apressado. Altura mínima do espelho Altura da pessoa ––––––––––––––––– 2 H ––– 2 Altura da borda inferior do espelho ao chão Altura dos olhos –––––––––––––––– 2 h ––– 2 6 Palavras-chave: Campo visual • Simetria • Retrovisores C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 72 73FÍSICA 3. A Física e o laboratório Construa uma mira laser para seu jogo de bilhar. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Campo visual Define-se campo visual do es pelho plano, para uma da da po sição (O) do olho do obser - vador, como sendo a região do espaço que se torna visível por reflexão no espelho. Para que o observador (O) possa ver o ponto (P) por reflexão no espelho, a luz deve seguir o trajeto (PIO) esquematizado na figura acima. O raio incidente PI é obtido lembrando que, se o raio re fletido deve chegar a O, o raio incidente deve passar por O’, simétrico de O, em relação à superfície do espe lho. Estando o ponto (O) no plano do papel, a região do plano do papel pertencente ao campo visual é obtida unindo-se o ponto O’ aos bordos do espelho, conforme se mostra na figura da direita.Texto da língua inglesa ligado ao campo visual dos espelhos planos The light source in figure 1 is the object, and a point on A send out rays in all directions. The two rays that strike the mirror at B and C for example, are reflected as the rays BD and CE. To an observer in front of the mirror, these rays appear to come from the point F behind the mirror. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 73 74 FÍSICA SÉCULO VI a.C.: Pitágoras afirma que todo cor po visível emite uma torrente constante de par tículas. SÉCULO IV a.C.: Aristóteles conclui que a luz se propaga em forma de ondas, ob servando ondas, na água e em outros corpos, que podem refletir-se e refra - tar-se. SÉCULO II d.C.: Heron de Alexandria refere-se ao ân - gulo de incidência como ângulo de colisão na reflexão da luz. Era uma alusão ao caráter corpuscular da luz. 1666: Francesco Grimaldi compara o com portamento da luz com o das ondas na água. 1678: Christian Huygens, ao explicar mate - maticamente a refração, considera a luz um fenômeno ondulatório. A figura faz alusão ao modelo de Huy gens. SÉCULO XVIII: Hesitante, Isaac Newton optou pela teoria corpuscular da luz e in fluen cia toda a comuni - dade científica por 100 anos, apesar da oposição de Robert Hooke. 1801: Thomas Young, produzindo difração e interfe - rência da luz, convence a todos: a luz é onda. Na figura, a difra ção. 1870: Maxwell prova que a luz é uma onda eletromag - nética e inicia a revolução ele trô nica que, somada à importante contribuição de Hertz e de outros sábios, dará ensejo à criação do rádio e da TV. 1900: Max Planck explica que a emissão de radiações (luz, raios X…) pelos corpos ocor - re na forma de pacotes de energia chama - dos de quanta (quantum, no singular) e não de forma contínua, como pensava Maxwell. Nasce a física quântica. 1905: Einstein explica a retirada de elé - trons da superfície dos metais pela inci dên - cia de luz considerando-a um feixe de partí - culas na interação com a matéria (efeito fotoelétrico). Einstein chamou de fótons os pacotes de energia da luz que se propagam como ondas e intera gem com a matéria como par - tículas, inspirado nas ideias de Planck. 1923: Compton demonstra que os fótons têm energia cinética e atribui a eles o ca - ráter de partícula. 1925: Louis de Broglie propõe nossa concepção atual sobre a luz: a luz é onda e partícula. Onda na po - larização, na difração, na interferência e partícula na intera ção com a matéria (dualidade partícula-onda). C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 74 75FÍSICA � (FUVEST) – Um rapaz com chapéu observa sua imagem em um espelho plano e vertical. O espelho tem o tamanho mínimo necessário, y = 1,0 m, para que o rapaz, a uma distância d = 0,5 m, veja a sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés. A distância de seus olhos ao piso horizontal é h = 1,60 m. A figura da página de resposta ilustra essa situação e, em linha tracejada, mostra o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem do ponto mais alto do chapéu. a) Desenhe, na figura da página de resposta, o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem da ponta dos pés do rapaz. b) Determine a altura H do topo do chapéu ao chão. c) Determine a distância Y da base do espelho ao chão. d) Quais os novos valores do tamanho mínimo do espelho (y’) e da distância da base do espelho ao chão (Y’) para que o rapaz veja sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés, quando se afasta para uma distância d’ igual a 1,0m do espelho? Resolução a) O raio luminoso (em linha cheia) que parte do pé do homem e atinge seu globo ocular deve obedecer às leis da reflexão, conforme ilustra o esquema a seguir. b) Na figura-resposta do item a, os triângulos OCD e OA’B’ são semelhantes. Logo: = ⇒ = 2 ⇒ c) Também na figura-resposta do item a, os triân gulos DFB’ e OBB’ são semelhantes. Daí: = ⇒ Y = Y = ⇒ d) As relações de semelhança dos itens b e c mostram, respectivamente, que os valores de y e de Y não dependem da distância d entre o homem e o espelho. Logo: e Respostas:a) Ver esquema b) H = 2,0m c) Y = 0,8m d) y’ = 1,0m; Y’ = 0,8m � Os espelhos de provadores de lojas de roupas, dos quartos de vestir e o retrovisor interno do automóvel são os exemplos cotidianos do uso de espelhos planos. Para que uma pessoa veja a sua imagem inteira num espelho plano, é necessário que o espelho seja de um tamanho igual à metade da altura da pessoa. No caso do retrovisor do carro, o fato de o observador estar mais próximo do espelho e, ao mesmo tempo, sua posição não coincidir com a do objeto permite que ele tenha um campo visual maior Considere as proposições que se seguem. I. As imagens do artista e do carro no retrovisor são direitas, simétricas e virtuais. II. O artista segura o braço da guitarra com a mão esquerda, e sua imagem, com a mão direita, e a palavra na dianteira do veículo de emergência foi grafada da seguinte maneira: III. Se o artista se afastar do espelho, continuará vendo sua imagem de corpo inteiro. IV. Mantendo-se imóvel em seu assento, o motorista não vê seu próprio rosto no espelho retrovisor. São corretas: a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. NOTE E ADOTE O topo do chapéu, os olhos e a ponta dos pés do rapaz estão em uma mesma linha vertical. H ––– y 2d ––– d H ––– 1,0 H = 2,0m Y ––– h d ––– 2d h ––– 2 1,6m ––––– 2 Y = 0,8m y’ = 1,0m Y’ = 0,8m RESGATE Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 75 76 FÍSICA Resolução I. Correta. O artista vê sua imagem de “cabeça para cima” (direita), a dis tân cia do objeto ao espelho é igual à distância da imagem ao espelho (simétrica) e a imagem forma-se atrás do espelho pelo prolongamento de raios refletidos (virtual). II. Correta. A imagem do artista e do carro de emergência são enan - tiomorfas e, por isso, ocorre a inversão da direita para a esquerda. III. Correta. Na determinação da altura mínima do espelho do artista, a distância p não é considerada. = ⇒ (por semelhança de triângulos) IV. Correta. O motorista não está no campo visual do retrovisor. Resposta: E h –––– H p ––––– 2p H h = ––– 2 � (UFAM-MODELO ENEM) – Um observador O está diante de um espelho plano E. Quatro objetos são colocados nos pontos I, II, III e IV, conforme indicado na figura a seguir: Podemos afirmar que o observador em O consegue ver por reflexão no espelho plano E os objetos localizados a) somente no ponto II. b) somente nos pontos I e II. c) somente nos pontos I, II e III. d) somente nos pontos I, II e IV. e) somente nos pontos II, III e IV. RESOLUÇÃO: A construção da imagem do observador O e sua ligação com as extremidades do espelho E definem o campo visual do obser - vador O que verá, por reflexão, os pontos II, III e IV, como mostra a figura que se segue: Resposta: E Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 76 77FÍSICA � (FMABC-MODELO ENEM) – Ubaldo é morador de um apartamento de pequenas dimensões. Sua mãe resolve instalar um espelho na parede do quarto de Ubaldo de tal maneira que, quando defronte ao espelho e a uma distância deste, ele sempre consiga enxergar-se por inteiro (dos pés à cabeça). Recordando-se das aulas de óptica geométrica do ensino médio, a mãe toma algumas medidas do corpo do filho, faz alguns cálculos e encontra o menor tamanho possível do espelho e a altura em que sua base deve estar posicionada em relação ao chão do quarto. Os valores encontrados, em metros, para o tamanho mínimo do espelho e para a altura da base desse espelho em relação ao chão são, respectivamente: a) 1,50 e 0,635 b) 0,75 e 0,70 c) 0,75 e 0,75 d) 0,70 e 0,75e) 0,635 e 0,70 RESOLUÇÃO: (I) Cálculo do tamanho mínimo do espelho (L): Semelhança de triângulos: = ⇒ L = = (II)Cálculo da altura da base do espelho em relação ao solo (y): Semelhança de triângulos: = y = = Deve-se notar que L e y independem de d. Resposta: B � (UNIFOR-MODELO ENEM) – Um observador encontra-se no ponto P, a 2,5m de distância e perpendicular a um espelho plano NM, de 2,0m de largura, posto no fundo de uma sala quadrada de 6,0m x 6,0m. Na lateral desta sala, encontram-se cinco quadros de dimensões desprezíveis, representados pelas letras A, B, C, D, E, equidistantes. A vista é superior, des - preze as dimensões verticais. Olhando frontalmente para o espelho, quais as imagens dos quadros vistos pelo observador? a) A, B, C, D, E b) Apenas B, C, D, E c) Apenas C, D, E d) Apenas D, E e) Apenas E RESOLUÇÃO: Pela construção do campo visual do observador no ponto P, concluímos que ele vê, por reflexão, os pontos C, D e E. Resposta: C d –––– 2d y –––– h 1,4m –––– 2 h –––– 2 y = 0,70m 1,5m –––– 2 H –––– 2 d –––– 2d L –––– H L = 0,75m C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 77 78 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano Uma pessoa, parada numa calçada, vê sua imagem refletida no vidro traseiro plano de uma perua. Quando a perua atingir 20km/h, qual o valor da velocidade da imagem em relação a pessoa? Leia a teoria e obtenha a resposta correta. O menino da figura a seguir observa seu reflexo na superfí cie tranquila de um lago. Nessa situação, a superfície da água comporta-se como um espelho plano. 2. A Física e o mundo Algumas lojas usam um espelho plano na parede de fundo e, geralmente, em toda a sua extensão. A finalidade é dar im pressão de maior profundidade e de maior extensão ao ambiente. Impressão de profundidade (loja no Paço Alfândega). 3. A Física e o laboratório I. Um transferidor para medir ângulos entre 0° e 180°. II. Uma lanterna que pro duz um feixe de luz colimado (estreito). III.Um anteparo branco. IV.Um espelho plano. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confron te-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. Se um espelho deslocar-se 1,0m em relação a um objeto parado, qual será o deslocamento da imagem? E se o espelho girasse 10°, qual seria o giro da imagem? 7 Palavras-chave: Translação do espelho plano • Velocidade duplicada • Distância dobrada C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 78 79FÍSICA 4. A Física e a evolução de seus conceitos Consideremos um objeto fixo AB e um espelho plano (E) em movimento de translação retilínea com velocidade de módulo V, numa direção perpendicular ao plano do espelho. Inicialmente, para o espelho na posição (E1), a imagem do objeto AB era A1B1, simétrica de AB em relação a E1, conforme a figura. Em seguida, o espelho se transladou para a posição (E2) e a imagem do mes mo objeto AB passou a ser A2B2, simétrica de AB em relação a E2, conforme a figura. Observe que o espelho, na figura, se deslocou de 2,0cm e a imagem de AB se deslocou de 4,0cm. Genericamente, podemos enunciar: Quando um espelho plano se translada retilinea - mente de uma distância d, a imagem de um objeto fixo se translada de 2d. Ou, ainda: Quando um espelho plano se translada retilinea - mente, com velocidade de módulo V, a imagem de um objeto fixo se translada com velocidade de mó dulo 2V. (MODELO ENEM) – Uma pes soa posiciona sua mão dian te de um espelho e ob ser va a simetria e o estig matis mo que ocorre en tre os pontos do ob jeto e da imagem. � O espelho utilizado é a) esférico côncavo. b) plano. c) esférico convexo. d) parabólico. e) cilíndrico. Resposta: B � Se a mão afastar-se 10cm do espelho, a distância entre a mão e a imagem a) aumenta em 20cm. b) aumenta em 10cm. c) diminui em 5,0cm. d) diminui em 10cm. e) permanece inalterada. Resposta: A � (MODELO ENEM) – Um garoto parado na calçada do estacio - namento do colégio vê sua imagem refletida afastar-se, em linha reta, no amplo vidro plano traseiro de sua perua escolar; a velocidade escalar da imagem é 2,0m/s. Essa perua, ao sair da vaga de estacionamento, faz uma curva de 3° para a direita. Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 79 80 FÍSICA � (UNEAL) – Em relação à Óptica, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta. I. Denomina-se translação do espelho plano quando o objeto se move com uma determinada velocidade em direção ao espelho. II. Quando uma pessoa corre em direção a um espelho plano com velocidade de intensidade v, a imagem aproxima-se do espelho com velocidade de intensidade 2v. III. Em uma associação de dois espelhos planos, a um objeto real conjuga-se sempre uma imagem real. IV. A reflexão e a refração ocorrem sempre de forma isolada. a) Apenas II é correta. b) Apenas I e III são corretas. c) Apenas II e IV são corretas. d) Apenas I e II são corretas. e) I, II, III e IV são incorretas. RESOLUÇÃO: I. Incorreta. Na translação, o espelho movimenta-se em relação a um referencial inercial. II. Incorreta. A imagem aproxima-se do espelho com velocidade de intensidade v. III. Incorreta. A imagem conjugada é virtual. IV.Incorreta. Os fenômenos ocorrem simultaneamente. Resposta: E � (MACKENZIE) – Um objeto extenso de altura h está fixo, disposto frontalmente diante de uma superfície refletora de um espelho plano, a uma distância de 120cm. Aproximando-se o espelho do objeto de uma distância de 20,0cm, a imagem conjugada, nessa condição, encontra-se distante do objeto de: a) 100cm b) 120cm c) 200cm d) 240cm e) 300cm RESOLUÇÃO: Observe que o tamanho da imagem não se alterou. Resposta: C Exercícios Propostos De acordo com as figuras, é correto afirmar que o módulo da velo - cidade da perua VE, enquanto se deslocava em linha reta, e o ângulo α de giro dos raios luminosos provenientes do garoto valem, respecti - vamente: a) 1,0m/s e 3° b) 2,0m/s e 6° c) 4,0m/s e 6° d) 1,0m/s e 6° e) 4,0m/s e 3° Resolução Determinação da velocidade escalar da perua: Vi = 2VE 2,0 = 2VE Determinação do ângulo α: Resposta: D VE = 1,0m/s α = 6° C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 80 81FÍSICA � (MNEF) – Se um espelho plano for deslocado de uma distancia D ao longo da normal ao espelho, paralelamente a si mesmo, afastando-se de um objeto colocado à sua frente, a imagem do objeto, em relação ao objeto, a) se afastará de uma distância 4D. b) permanecerá na mesma posição. c) se aproximará de uma distância 2D. d) se afastará de uma distância 2D. RESOLUÇÃO: Se o espelho plano for deslocado de uma distância D, a imagem desloca-se 2D em relação ao objeto. O mesmo fato ocorre para os deslocamentos angulares do espelho. Resposta: D � (FMJU) – Sobre uma superfície plana e perpendicular a um espelho plano vertical, é colocado um objeto. Ao se afastar o objeto da face refletora do espelho 5,0 metros, a distância entre ele e sua imagem irá variar de: a) 2,5m b) 5,0m c) 7,5m d) 10,0m e) 20,0m RESOLUÇÃO: Por simetria, d = 5,0m + 5,0m = 10,0m Resposta: D � (UEMG-MODELO ENEM) – Um espelho reflete raios de luz que nele incidem. Se usássemos os espelhos para refletir, quantas reflexões interessantes poderíamos fazer. Enquanto a filosofia se incumbe de reflexões internas, que incidem e voltam para dentro da pessoa, um espelho trata de reflexõesexternas. Mas, como escreveu Luiz Vilela, “você verá.” Você está diante de um espelho plano, vendo-se totalmente. Num certo instante, e é disso que é feita a vida, de instantes, você se aproxima do espelho a 1,5m/s e está a 2,0m de distância do espelho. Nesse instante, a sua imagem, fornecida pelo espelho, estará a) a 2,0m de distância do espelho, com uma velocidade de módulo 3,0m/s em relação a você. b) a 2,0m de distância do espelho, com uma velocidade de módulo 1,5m/s em relação a você. c) a uma distância maior que 2,0m do espelho, com uma velocidade de módulo 3,0m/s em relação ao espelho. d) a uma distância menor que 2,0m de espelho, com uma velocidade de módulo 1,5m/s em relação ao espelho. RESOLUÇÃO: Por simetria, se você está a 2,0m do espelho, sua imagem estará a 2,0 m do espelho. Você e a imagem têm velocidades com sentidos opostos e o módulo da velocidade relativa é a soma dos seus módulos: Vrel = 1,5m/s + 1,5m/s = 3,0m/s Resposta: A C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 81 82 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano A fotografia mostra múltiplas imagens de um objeto colocado entre dois espelhos planos. Esquema de um pe ris cópio no qual es tão as so ciados dois espelhos planos. 2. A Física e o mundo A associação de espelhos é um artifício muito utili - zado por diretores de cinema, teatro e muitos mágicos, para produzirem cenas que levam o público a ilusões de óptica intrigantes. Na figura, o “ator imagem” pode ser atraves sado por uma grande espada sem maiores problemas. Dois modelos de periscópios utilizando espelhos planos. 8 Palavras-chave: Associação de espelhos planos • Dois espelhos • Muitas imagens Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias e sugestões são muito importantes para enriquecer nosso ensino e o seu aprendizado. 1) Como um diretor de teatro, utilizando dois grandes espelhos planos no fundo do palco e dois baila rinos, conseguiria formar um corpo de baile de 22 figurantes? 360° 2) Na expressão N = ––––– – 1, para calcular o número de imagens (N) produzidas por dois espelhos � planos que formam um ângulo � para um objeto colocado entre as faces reflexivas, qual o significado do “menos um”? 3) Numa peça de teatro, um mesmo ator é atravessado por uma espada nas cem apresentações da tem porada. Discuta esse fato. 4) Como as associações de espelhos planos participaram da vida de Leonardo da Vinci e de Albert Einstein? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 82 83FÍSICA 3. A Física e o laboratório Você pode montar um sistema articulado com dois espelhos, como mostra a figu ra acima, para observar a formação de imagens. Para um objeto colo ca do sobre a bissetriz do ângulo � formado entre os espelhos, o número de imagens (N) é dado por: Note que para � = 90°, for maram-se três ima gens para um objeto co locado entre as faces reflexivas dos espe lhos. Quatro velas são vistas, mas uma delas é o objeto, que é descontado na fórmula (–1). Dois espelhos planos podem ser associados para for - mar várias imagens, como mostra a ilustração a seguir. O gráfico a seguir relaciona o número de imagens (N), for ma das para objetos colocados no plano bissetor entre as faces refletoras, e o ângulo entre os espelhos. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Consideremos dois espelhos planos, (E1) e (E2), for - mando entre si um ângulo diedro (�) e com as super - fícies refletoras se defrontando, conforme a figura. A luz proveniente de um ponto objeto P vai sofrer uma série de reflexões nos dois espelhos antes de emer gir do sistema. Para cada reflexão, teremos a formação de uma nova imagem. Sendo � um divisor de 360°, o número total de ima - gens formadas (N) é dado por: No caso de � = 90°, isto é, espelhos planos per pen- dicu lares entre si, sendo = 4 (par), teremos a formação de 3 imagens, para qualquer posição do objeto entre os dois espelhos. 360° N = ––––– – 1 � 360° N = ––––– – 1 � Se for par, a fórmula é aplicável para qualquer posição de P entre os espelhos E1 e E2. Se for ímpar, a fórmula é aplicável para o ob- jeto (P) situado no plano bissetor do diedro (�). 360° –––– � 360° –––– � 360° –––– � C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 83 84 FÍSICA 1500 – Leonardo da Vinci associa es - pelhos para ob servar o corpo huma no sob di ver sos ângulos, en quanto pin ta va, esculpia ou estu dava Anato mia. 1890 – Michelson e Morley asso cia ram es pe lhos planos para cal cular a velocidade da luz e veri ficar o efei to da velocidade da Terra no espa ço sobre a propagação dos feixes lumi nosos. Des - cobri ram que o módulo da velo ci dade da luz é constante para todos os referen - ciais. Imagens formadas por reflexão em dois es - pelhos planos. 1905 – Einstein, postulan - do que a velocidade da luz é constante para observa - do res em re pou so ou em movi men to, defor mou o es - paço e o tem po para man - ter as leis da Física válidas para todos os referenciais (Teoria da relativi da de). � Quando colocamos um objeto entre dois espelhos que formam um ângulo de 90° entre si, observamos a formação de três imagens, como ilustra a figura a seguir. Analise as proposições que se seguem: I. As imagens i1 e i3 “vistas” nos espelhos A e B são interpretadas como objetos pelos espelhos B e A, respectivamente, e estes produzem imagens que coincidem, correspondendo à imagem i2. II. Se diminuirmos o ângulo entre os espelhos, o número de imagens formadas aumenta, atingindo seu limite na situação em que os espelhos são colocados paralelos entre si, tendendo a formar infinitas imagens se a luz não perder intensidade. III. Para um ângulo de 60° entre os espelhos, formar-se-ão seis imagens. IV. As imagens i1 e i3 são enantiomorfas e i2 é idêntica ao objeto. São corretas: a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I, II e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Note e adote Para um objeto no plano bissetor, entre os espelhos que for - mam um ângulo α, o número N de imagens vale: 360° N = –––– – 1 α Exercícios Resolvidos As três imagens estarão assim distribuídas: (1) Imagem P1: obtida por simples reflexão no espe lho E1. (2) Imagem P2: obtida por simples reflexão no es pelho E2. (3) Imagem P3: obtida por dupla reflexão. Conclusões a) Como resultou uma única imagem por dupla reflexão, concluímos que as imagens obtidas por dupla reflexão, primeiro em E1 e depois em E2, e primeiro em E2 e depois E1, vão coincidir. b) Como não há imagem por tripla reflexão, con cluí mos que, após duas reflexões sucessivas, a luz aban dona o sistema. c) As duas imagens por simples reflexão são enantiomorfas em relação ao objeto. d) A imagem obtida por dupla reflexão é su per po ní vel ao objeto. Assim, se uma pessoa diante de dois espelhos pla nos levantar a mão direita, duas das imagens levanta rão a mão esquerda e a terceira imagem levan tará a mão di reita. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 84 85FÍSICA Resolução I. Correta. II. Correta. Da expressão do número N de imagens N = – 1 , se o ângulo α diminui, N aumenta. III. Incorreta. N = – 1 IV. Correta. Resposta: C � (UPE) – A respeito dos espelhos planos, analise as afirmações a seguir: I. Nos espelhos planos, o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência. II. Para um espelho plano, pontos-objetos e pontos-imagens têm na - tu rezas contrárias: se o objeto é real, a imagem é virtual e vice- versa. III. São formadas três imagens de um objeto, quandoeste é colocado entre dois espelhos planos, que formam entre si um ângulo de 90°. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II e III. d) I, apenas. e) II e III, apenas. Resolução I. Correta. De acordo com as leis da reflexão, os ân gulos de incidência e de reflexão são con gruentes, além disso, o raio incidente, a reta normal e o raio refletido são coplanares. II. Correta. Para um objeto real em frente à face refle tiva do espelho plano, a imagem é obtida pelo prolongamento de raios refletidos atrás do espelho, caracterizando a ima gem como virtual. Para um objeto virtual, obtido com o auxílio de uma lente convergente, por exemplo, a imagem será real. III. Correta. N = – 1 N = – 1 = 4 – 1 N = 3 imagens Resposta: C 360° ––––– � 360° ––––– 90° � 360° –––– α� 360° ––––– 60° N = 5 imagens � (MODELO ENEM) – Duas paredes adjacentes e orto go - nais de um elevador são totalmente revestidas por espelhos planos, E1 e E2. Ao adentrar o elevador, um passageiro P se posiciona equidistante às duas paredes. Levando-se em conta que a imagem de um espelho se torna objeto para o outro espelho, e vice-versa, o número máximo de imagens de si próprio que o passageiro é capaz de ver quando olha para o conjunto de espelhos é igual a: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 6 RESOLUÇÃO: N = – 1 N2 = – 1 Resposta: C � (UEL) – Dois espelhos planos que formam entre si um ângulo � fornecem 8 imagens de um ponto luminoso colocado no plano bissetor do ângulo formado entre eles. Determine esse ângulo �. RESOLUÇÃO: N = – 1 N = 8 ⇒ – 1 = 8 = 9 ⇒ Resposta: 40° E1 P E2 360 –––– � 360 –––– 90 N = 3 360 ––– � 360 ––– � � = 40° 360 ––– � Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 85 86 FÍSICA � (UFSCAR) – O ângulo formado entre dois espelhos planos quando um único objeto é colocado entre eles é o quíntuplo do número de imagens obtidas. a) Qual é o número de imagens formadas? b) Qual é o ângulo entre os espelhos? RESOLUÇÃO: N = – 1 a) Sendo: � = 5N N = – 1 5N2 + 5N – 360° = 0 Simplificando por 5 N2 + N – 72 = 0 N = ⇒ N = N = ⇒ N > 0 ⇒ b) � = 5N � = 5 . 8 ⇒ Respostas: a) 8 imagens b) 40° � (MODELO ENEM) – Quando um objeto é colocado entre dois espelhos planos formando entre si um ângulo (�), medido em graus, formam-se desse objeto (N) imagens. O número de imagens formado (N) relaciona-se com o ângulo (�) pela fórmula: Um cineasta deseja filmar uma cena para a qual precisa de 32 bai larinas, porém só tem à disposição 4 bailarinas. Para filmar essa cena, o cineasta utiliza 2 espelhos planos, formando entre si um ângulo x. Para que as quatros bailarinas forneçam o número de imagens ne cessárias para compor o total necessário, o valor de x deve ser: a) 180° b) 80° c) 45° d) 20° e) 32° RESOLUÇÃO: Cada bailarina deve fornecer 7 imagens. N = – 1 7 = – 1 = 8 � = Resposta: C – 1 � 12 + 4 . 72 ––––––––––––––––– 2 – 1 � 17 ––––––––– 2 N = 8 imagens � = 40° 360 –––– � 360 –––– � 360 –––– 8 � = 45° 360° ––––– � 360° ––––– 5N 360 –––– � – 1 � 289 ––––––––––– 2 N = – 1 360° ––––– � C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 86 87FÍSICA � (PUC) – Um aluno colocou um objeto “O” entre as super - fícies refletoras de dois espelhos planos associados e que formavam entre si um ângulo �, obtendo n imagens, Quando reduziu o ângulo entre os espelhos para �/4, passou a obter m imagens. A relação entre m e n é: a) m = 4n + 3 b) m = 4n – 3 c) m = 4(n + 1) d) m = 4(n – 1) e) m = 4n RESOLUÇÃO: O número N de imagens é dado em função de � por: N = – 1 (1) m = – 1 ⇒ (2) De (1): = n + 1 ⇒ � = De (2): = m + 1 ⇒ � = Portanto: = 4 (n + 1) = m + 1 m = 4n + 4 – 1 Resposta: A 360 –––– � 360 n = –––– – 1 � 1440 m = ––––– – 1 � 360 –––– � –– 4 360 ––––– n + 1 360 –––– � 1440 –––––– m + 1 1440 –––– � 1440 –––––– m + 1 360 –––––– n + 1 m = 4n + 3 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE1-FRENTE2.qxp 09/11/2021 15:25 Página 87 88 FÍSICA Módulos 1 – Noções gerais de ondas 2 – Ondas mecânicas – classificação 3 – Ondas mecânicas – rela ção fundamental 4 – Ondas eletromagnéticas – produção e espectro 5 – Ondas eletromagnéticas – relação fundamental e quantização 6 – Ondas – exercícios gerais 7 – Potência e intensidade de ondas I 8 – Potência e intensidade de ondas II FÍSICA: O MUNDO DAS ONDAS 1 Noções gerais de ondas Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. O Universo é constituído somente por partículas? O corpo humano é sensível a que tipos de ondas? Como a tecnologia torna perceptíveis as ondas de rádio e as micro-ondas? O som é mais veloz no ar ou na água? As ondas de raios X são mais energéticas que as de infravermelho. Qual dessas radiações é mais veloz no vácuo? Um surfista percebe perturbações na água que o fazem subir e descer e outras que o deslocam para frente com a prancha. Do ponto de vista da Física, quais delas são as ondas verdadeiras? Que meios permitem a propagação do som? Os filmes que apresentam sons de explosões em batalhas no espaço sideral são passíveis de quais críticas pelos cientistas? 1. A Física e o cotidiano O Universo que conhecemos é composto por sistemas formados por átomos e moléculas – planetas, estrelas e galáxias – entremeados por toda a sorte de radiações, como as micro-ondas, a luz visível e os raios X, exemplos mais presentes em nossa vida cotidiana. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 88 89FÍSICA A matéria e a radiação apresentam muitas propriedades definidas por movimentos oscilatórios ou ondas. A oscilação de moléculas e átomos define os fenômenos térmicos, a vibra - ção das moléculas do ar pode produzir som e as ondas de rádio permitem a comunicação à distância, inclusive no vácuo. 2. A Física e o mundo Percepção do som e da luz em função da frequência f (número de oscilações por segundo) e do comprimento de onda λ (deslocamento da energia em uma oscilação). LIMITES DA PERCEPÇÃO HUMANA O ser humano pode captar vários tipos de infor mações visuais, auditivas e táteis para colher dados e comunicar-se com o meio ambiente e com a sociedade. A tecnologia, por meio de circuitos oscilantes e ressonantes, cria uma série de aparelhos de comunicação que transformam ondas que o homem não pode perceber em sons, imagens e processamento de informações. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 89 90 FÍSICA 3. A Física e o laboratório Ondas mecânicas e eletromagnéticas Ondas mecânicas São aquelas que precisam de um meio material para poderem propagar-se. Ondas no oceano. Som. Todas são perturbações causadas em meios materiais. Ondas eletromagnéticas Não precisam de meios materiais para se propagar. A perturbação é causada em campos eletromag - néticos e propaga-se através deles. A luz do Sol chega até nós, mesmo existindo vácuo no espaço. Luz. Outros exemplos de ondas eletromagnéticas são as micro-ondas, as ondas de rádio etc. As velocidades do som e da luz As radiações eletromagnéticas pro pagam-se no vácuo com a maior velocidade fisicamente concebível: Substância Temperatura (°C) Módulo da Velocidade do som (m/s) Ar Ar Ar Dióxido de Carbono Oxigênio Hélio 0 20 100 0 0 0 331 343 387 259 316 965 Clorofórmio Etanol Mercúrio Água Fresca 20 20 20 20 1 004 1 162 1 450 1 482 Cobre Vidro Pirex Aço Berílio ––– ––– ––– ––– 5 010 5 640 5 960 12 870 c = 3,0 . 105km/s = 3,0 . 108m/s C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40Página 90 91FÍSICA Representação esquemática de uma on da eletromagnética. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Conceito de onda Dizemos que um meio sofre uma perturbação quando qualquer uma das propriedades físicas asso - ciadas a um de seus elementos de volume é alterada. Se a perturbação se estender a outros elementos de volume do meio, originar-se-á uma onda. Dizemos, então, que: No exemplo acima, a pessoa dá um solavanco na extre midade es quer da da corda, produzindo uma on da que se propaga através dela. Propriedade fundamental das ondas É o caso, por exemplo, das on das esquematizadas a seguir, que, ao atingirem a rolha, fazem com que esta execute um movimento de sobe e desce, sem que seja arrastada pa ra a direita. Natureza das ondas Ondas mecânicas Exemplos: Ondas numa corda, ondas na su perfície da água, ondas numa mo la, o som etc. O som constitui-se de ondas me cânicas que se podem propagar em meios sólidos, líquidos e gaso sos. É importante destacar que as on das mecânicas não se propagam no vácuo. Assim: Ondas eletromagnéticas Exemplos: Ondas de rádio e TV, micro- on das, infravermelho, luz, ultravioleta, raios X etc. Resumindo: A luz é onda eletro magné ti ca que se propaga no vá cuo e em alguns meios ma te riais. Sua ve lo ci - da de no vá cuo tem módulo igual a 3,0 . 108m/s. O som não se propaga no vá cuo. Uma onda transmite ener gia, sem propagação de ma té ria. Onda é qualquer per tur ba ção que se propaga atra vés de um meio. São perturbações mecânicas que se propagam através das partí culas de um meio material. Constituem-se do conjunto de um campo elé - trico e um campo mag né ti co, variáveis e perpen - diculares entre si, que se propagam no vácuo e tam bém em alguns meios mate riais. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 91 92 FÍSICA 1. Leitura Noção física de ondas O termo ‘ondas’ remete a maioria das pessoas à memória do surfe, esporte agora olímpico, com vários praticantes brasileiros de renome mundial e que fascina principalmente os jovens. As ondas do surfe, porém, não se coadunam com o con ceito apresentando nesse início do curso de On - dulatória: Onda é uma perturbação que se propaga em um meio físico – material ou imaterial – com transporte de energia, sem arrastamento de matéria. No caso das ondas utilizadas por um surfista, trata- se de um turbilhão de água em deslocamento, que arrasta matéria, inclusive o próprio corpo do surfista com sua prancha, não caracterizando, portanto, uma onda pura. Nesta imagem, o surfista enfrenta um ‘tubo’, que não caracteriza uma onda pura, mas, sim, um turbilhão de água em deslocamento. Vivemos cercados de ondas, a maioria das quais não percebidas pelos nossos órgãos sensoriais. Um receptor de FM, por exemplo, pode sintonizar uma série de emissoras cujas ondas estão presentes no local onde se encontra o aparelho. Seu celular toca sem que você veja a onda que o fez funcionar. Sons musicais, vozes e ruídos chegam aos nossos ouvidos sem que enxerguemos as ondas correspondentes. Já as ondas provocadas em grossas cordas – cordas navais – por uma pessoa praticando musculação são perfeitamente visíveis durante sua propagação. Ondas se propagando ao longo de duas cordas durante um exercício de musculação. Nesse caso, abalos mecânicos percorrem as cordas conduzindo a energia liberada pelo corpo do(a) atleta. Podem ocorrer ondas de duas naturezas: me câ - nicas, como o som e as ondas nas cordas acima, e ele - tromagnéticas, como a luz visível e os sinais de rádio e TV, bem como os de telefonia celular. 2. Atividade em Grupo A luz no vácuo é o ente físico mais veloz que existe. A intensidade de sua velocidade é algo que escapa à percepção pelos nossos sentidos: Este é o limite supremo de velocidades do Universo. Com rapidez tamanha, a luz consegue viajar do Sol à Terra em apenas 8min + 20s, ou da Lua à Terra em cerca de 1,2s. Com colegas, e sob a orientação do professor, que - re mos que você discuta e participe da resolução da ques tão a seguir, que é do tipo MODELO ENEM: c = 299 792 458 m/s � 3,0 . 108 m/s 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 92 93FÍSICA Considere que as distâncias do Sol à Terra e da Terra à Lua va - lem 150 milhões de quilômetros e 384 mil quilô metros, res pec - tivamente. Adotando-se para a veloci dade da luz intensi dade c = 3,0 . 108m/s, aponte a alternativa que traz o valor mais pró - ximo do intervalo de tempo de trânsito de um pulso lu minoso emanado do Sol que se reflete na Lua, em noite de lua cheia, e atinge a face noturna da Terra: a) 8,0 min + 18,7 s b) 8,0 min + 20,0 s c) 8,0 min + 21,3 s d) 8,0 min + 22,6 s e) O intervalo de tempo citado é praticamente nulo. RESOLUÇÃO: O pulso luminoso emitido pelo Sol reflete-se na Lua e atinge a Ter - ra, permitindo que o satélite natural seja visto, fonte secundária de luz, pois não emite luz própria. Veja o esquema simplificado e fora de escala abaixo: (I) Cálculo do intervalo de tempo �t1 gasto pela luz para percorrer a distância D = 150 . 106 km entre o Sol e a Terra. Sendo c = 3,0 .105 km/s, vem: c = ⇒ �t1 = ⇒ �t1 = (s) Da qual: (II) Cálculo do intervalo de tempo �t2 gasto pela luz para percor - rer a distância 2d = 2 . 384 . 103 km = 768 . 103 km, corres pon - dente ao trânsito Terra-Lua-Terra. c = ⇒ �t2 = ⇒ �t2 = (s) Da qual se obtém: (III) Sendo T o intervalo de tempo total, segue-se que: T = �t1 + �t2 ⇒ T = 8,0 min + 20,0s + 2,6s Logo: Resposta: D 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Vídeo – Ondas mecânicas e eletromagnéticas https://www.youtube.com/watch?v=3kQgb9Uu3Hw Jogo virtual – Introdução às Ondas https://phet.colorado.edu/en/simulation/waves-intro 150 . 106 ––––––––– 3,0 . 105 D ––– c D ––– �t1 �t1 = 500s = 8,0 min + 20,0s 2d ––– �t2 2d ––– c 768 . 103 ––––––––– 3,0 .105 �t2 = 2,56s � 2,6s T = 8,0min + 22,6s C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 93 94 FÍSICA � Citar duas provas experimentais de que as ondas trans portam ener gia. Resolução 1.a) Quase toda a energia de que dispomos na Terra é recebida do Sol por meio de radia ções eletromagnéticas (visíveis e invi síveis) que atravessam o vácuo e chegam até nós. Neste caso, a energia trans por tada pela onda está associada aos campos elétrico e magnético que a constituem. 2.a) As ondas sonoras transportam energia mecânica até nossos ouvidos, fazendo vibrar a membrana do tímpano. � (PUC-SP) – As estações de rádio têm, cada uma delas, uma fre - quência fixa e própria na qual a transmissão é feita. A radiação eletro - magnética transmitida por suas ante nas é uma onda de rádio. Quando escutamos uma mú sica, nossos ouvi dos são sensi bili zados por ondas so noras. Sobre ondas sonoras e ondas de rádio, são feitas as seguin tes afir - ma ções: I. Qualquer onda de rádio tem velocidade de pro pagação maior do que qualquer onda sonora, quando se propagam no ar. II. Ondas de rádio e ondas sonoras propa gam-se em qualquer meio, tanto material quanto no vácuo. III. Independentemente da estação de rádio trans mis sora ser AM ou FM, a velocidade de propagação das ondas de rá dio no ar é a mesma e tem módulo aproxi madamente 3,0 . 108m/s. Está correto o que se afirma apenas em : a) I b) III c) I e II d) I e III e) II e III Resolução I. Verdadeira. Uma onda de rádio é uma onda eletro mag nética. No ar, o módulo de sua veloci dade vale aproxi mada men te 3,0 . 108m/s. As ondas sonoras, no ar, propagam-se com velocidade de módulo próximo a 340m/s. II. Falsa. As ondas sonoras, sendo ondas me cânicas, não se pro pa - gam no vácuo. III. Verdadeira. As ondas de AM (amplitude mo dulada) e FM (fre quên - cia modulada) são ondas eletromag néticas, propagando-se no ar com velocidades de módulos iguais a 3,0 . 108m/s. Resposta: D � (GAVE-PORTUGAL) – Leia o seguinte tre cho: “Aquilo de que eu (Alex) gos tava mais era dos dias de chuva e das tempestades. (...) Ensinei ao Floco (rato de esti ma ção) que, se con tás semos os se gun -dos entre um relâmpago e o trovão e os multiplicássemos por tre - zentos e trinta, obtería mos a distância a que o relâmpago estava de nós em me tros. Era um rato tão ignorante que tive de lhe ex pli car que isso se devia ao fato de a luz chegar até nós instantaneamente, en - quanto o som viaja à velo cidade de trezentos e trinta metros por se - gundo.” (Uri Orlev, A ilha na rua dos pássaros) Analise as proposições que se seguem: (I) Se Alex contar 10s entre o instante em que viu o re lâm pago e o instante em que ouviu o trovão, é porque a distância entre o local do trovão e Alex é de 3,3km. (II) A distância d entre o local do trovão e a posição de Alex, medida em km, em função do tempo t, me dido em segundos, entre a visão do relâmpago e a audição do trovão é dada pela relação: d = 330t. (III) A afirmação do texto de que a luz chega até nós instantanea - mente não é correta, pois o módulo da velocidade da luz é de, aproxima damente, 300 000 km/s. (IV) O intervalo de tempo entre a visão do re lâmpago e a au di ção do trovão decorre do fa to de a velo cida de da luz no ar (300000km/s) ser muito maior que a do som (330m/s). Estão corretas apenas: a) I, III e IV b) I, II e III c) II, III e IV d) I e IV e) III e IV Resolução I. Verdadeira. d = Vsom . T d = 330 . 10 (m) = 3300m II. Falsa. d = 330t para d, em m, e t, em segundos d = 0,33t para d, em km, e t, em segundos III. Verdadeira. IV. Verdadeira. Resposta: A � Um barco de dimensões desprezíveis navega com veloci dade de intensidade VB ao longo de uma represa de águas tranquilas, profun - didade constante e de margens paralelas, com largura L = 200��3m. A embarcação mantém-se todo o tempo equidistante das margens da represa. À medida que o barco se desloca, seu motor perturba a água, o que provoca o surgimento de uma onda superficial de Mach, conforme a vista superior representada abaixo. Sabendo-se que as perturbações se propagam na superfície da água com velocidade de intensidade VP = 4,0 m/s, pede-se determinar a) o valor de VB; b) o intervalo de tempo T gasto pelas ondas, desde a sua pro dução, para atingirem as margens da represa. d = 3,3km L 2 _ L 2 _ 60º VP VP VB Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 94 95FÍSICA Resolução No esquema: (I) Triângulo retângulo CAO: cos 30° = ⇒ = ⇒ (II) Triângulo retângulo CBA: sen 30° = ⇒ = ⇒ a) Enquanto o barco percorre o segmento CB, a perturbação per - corre o segmento CA. ΔtCB = ΔtCA ⇒ = ⇒ = Da qual: b) Analisando-se o movimento uniforme das perturbações: VP = ⇒ 4,0 = Da qual se obtém: Respostas: a) VB = 8,0 m/s b) T = 50s L –– 2 ––––– CA ��3 –––– 2 200 ��3 ––––––– 2 ––––––––– CA CA = 200m CA –––– CB 1 ––– 2 200 –––– CB CB = 400m CB –––– VB CA ––– VP 400 –––– VB 200 ––– 4,0 VB = 8,0 m/s CA ––– T 200 ––– T T = 50 s � Ondas de naturezas mecânica e eletromagnética per - meiam nosso dia a dia, prestando-se a diversos fins. A me dici - na, por exemplo, utiliza-se dos ultrassons, raios X e raios � para a elaboração de diversos diagnósticos e tratamentos. Já em telecomunicações, são empregadas radiações de AM, FM, TV e micro-ondas, essas últimas essenciais na telefonia celular. Tendo em conta seu conhecimento sobre ondas, classifique como falsa (F) ou verdadeira (V) cada proposição a seguir. (I) As ondas sonoras são de natureza mecânica e não po - dem propagar-se no vácuo. No ar, o módulo de sua velo - cidade de propagação é cerca de 340 m/s, provocando em sua passagem vibrações longitu dinais. (II) Os sons detectáveis pelo ouvido humano têm frequência compre endida entre 20Hz e 20 000Hz. Sons com fre - quên cia acima de 20000Hz são considerados ultrassons, podendo ser percebidos por alguns animais. (III) Todas as ondas eletromagnéticas são transversais e pro - pagam-se no vácuo com velocidade de módulo próximo de 300000 km/s. (IV) Os raios X são menos energéticos que os raios ultravioleta. De (I) para (V) a sequência de V e F é: a) F V V V b) V V V F c) V V V F d) V F V V e) F F F V RESOLUÇÃO: (I) Verdadeira. (II) Verdadeira. (III) Verdadeira. (IV) Falsa. Os raios X têm maior frequência que os raios ultravio - leta, logo, são mais energéticos que esta radiação. Resposta: B � Alguns sistemas de segurança incluem detec tores de movimento. Nesses sensores, existe uma substância que se polariza na presença de radiação eletromagnética de certa região de fre - quência, gerando uma tensão que pode ser amplificada e empregada para efeito de controle. Quando uma pessoa se aproxima do sistema, a radiação emitida por seu corpo é detectada por esse tipo de sensor. WENDLlNG. M. Sensores. Disponível em: www2.feg.unesp.br. Acesso em: 7 maio 2014 (adaptado). A radiação captada por esse detector encontra-se na região de frequência a) da luz visível. b) do ultravioleta. c) do infravermelho. d) das micro-ondas. e) das ondas longas de rádio. RESOLUÇÃO: A radiação eletromagnética emitida por uma pessoa está na faixa do infravermelho. Resposta: C Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 95 96 FÍSICA 2 Ondas mecânicas – classificação 1. A Física e o cotidiano Ondas mecânicas São aquelas que precisam de um meio material para poderem propagar-se. Como exemplo, temos as ondas no oceano, uma pedra no lago, o som etc. Todas são perturbações causadas em meios materiais. Eraldo Gueiros (na foto), brasileiro, nas ondas de Havaí. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. Quais são os principais exemplos de ondas mecânicas? Diferencie ondas transversais de longitudinais. Como oscila uma bolinha de isopor, na superfície da água, na passagem de uma onda? O que é uma cuba de ondas? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 96 97FÍSICA Devido à re du ção na pro fundidade do mar, as ondas, ao “quebrarem” na chegada a uma praia, não são ondas puras, mas uma espécie de correnteza capaz de arrastar os corpos. 2. A Física e o mundo Movimento ondulatório Ondas mecânicas Onda: perturbação que se propaga. Ondas mecânicas: som, ondas na água, ondas sís - micas etc. Propagam-se apenas em um meio ma terial. No entanto, não há transporte de matéria, apenas da per - turbação. Exemplos de ondas mecânicas: C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 97 98 FÍSICA Palavras da língua inglesa relacionadas com a clas sifi cação das ondas mecânicas 3. A Física e o laboratório Produção de ondas transversais na corda. As ondas na corda transmitem a energia de ponto para ponto (puntiformes) sobre o comprimento da corda (unidimensionais). Ondas transversais e longitudinais em molas C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 98 99FÍSICA Som O som é uma onda mecânica, longitudinal e tridimensional, que se propaga em um meio (sólido, líquido e gasoso). Uma onda sonora está relacionada com a densidade das partículas do meio através do qual o som se propaga. O som propaga-se, em meios homogêneos e isotrópicos, esfericamente e tridimensionalmente, e pode apresentar componentes transver - sais nos sólidos e líquidos, caracterizando-se como onda mista. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Introdução Os corpos e sistemas constituídos por átomos e moléculas podem vibrar e transmitir energia e quan tida de de movimento de um ponto a outro. Cuba de ondas para a produção de ondas na água As ondas na água obtidas na cuba são circulares, bidimensionais e pos - suem componentes transversais e longitudinais, definindo-as como mistas. Imagem projetada Vibrador Cuba de onda Retroprojetor Calibrador de frequência 110V Gerador de ondas C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 99 100 FÍSICA Dessa forma, são produzidas as ondas mecânicas, que podem ser classificadas das seguintes maneiras: Ondas quantoàs direções de vibração e propagação Ondas longitudinais A direção de vibração coincide com a de propagação. Na mola acima, a onda repre sen ta da é longitudinal, pois, enquanto a propagação ocorre da esquerda para a direita, as partículas vibram ho ri zon talmente, isto é, na mesma dire ção. São também longitudinais as on das sonoras nos meios fluidos (lí qui dos ou gasosos). Ondas transversais A direção de vibração é per pen di cular à de propagação. Na corda acima, a onda repre sen tada é transversal, pois, enquan to a propagação ocorre da esquerda pa ra a direita, as partículas vibram ver ticalmente, isto é, na direção per pen dicular. São também transversais todas as radiações eletro - mag néticas, in clu sive a luz. Ondas mistas Têm caráter longitudinal e trans ver sal. As ondas nas superfícies líqui das são mistas. Ondas quanto à frente de onda e à dimensão Ondas unidimensionais A frente de onda é um ponto Uma onda propagando-se ao lon go de uma corda tem por frente de onda um “ponto”, o que significa que essa onda é unidimensional. Ondas bidimensionais A frente de onda é uma linha C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 100 101FÍSICA Podemos ob servar na super fí cie da água ondas cir - culares ou retas. Em ambos os ca sos, a frente de on da é uma “li nha” e, por isso, essas on das são bidimensionais. Ondas tridimensionais A frente de onda é uma superfície. Ondas sonoras emitidas, por exemplo, por um pe - queno alto-falante muito potente propagam-se em todas as direções em torno dele. Isso mostra que as frentes de onda são “superfícies” (no caso, superfícies esféricas) e, por is so, essas ondas são tridimensionais. Frente ondade Raio de onda Ondas esféricas 1. Leitura Sismos: ondas mecânicas Atividades geológicas que ocorrem continuamente no interior do planeta, como a movimentação de placas tectônicas, provocam abalos mecânicos que atingem regiões da litosfera (crosta terrestre), determinando os sismos – vibrações que alcançam locais mais distantes, fruto da propagação da energia desprendida nesses eventos. A magnitude desses sismos pode levar devastação a pontos superficiais do planeta, transformando po voados e cidades em cenários de terra arrasada, com pro dução de vítimas e destruição. São os terremotos. Felizmente, o Brasil não sofre com a ação dos ter remotos de maneira significativa, pois o País localiza-se no centro da placa tectônica sul-americana. Dessa forma, a movimentação dessa placa não gera em nosso território o chamado movimento convergente, ou seja, não há fortes tremores de terra por aqui. Registram-se apenas, em locais pontuais, abalos de pequena inten sidade. Os sismos são constituídos geralmente por dois tipos de ondas: ondas-P ou primárias, longitudinais e mais ve lo - zes, com velocidades escalares da ordem de 4000m/s, e ondas-S ou secundárias, transversais e mais lentas, com ve - locidades escalares da ordem de 500m/s. Esses valores são aproximados e dependem do meio de propagação do tremor. 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:40 Página 101 102 FÍSICA Sendo VP e VS as intensidades das ondas-P e das on - das-S, respectivamente, em determinado local, veri fica- se que: Em que: K: módulo de incompressibilidade do solo; �: rigidez do material a ser atravessado (nos líquidos, � = 0); �: densidade volumétrica do material a ser atraves sa - do. O local onde o sismo é gerado denomina-se epicen - tro e, à medida que o abalo se propaga, sua amplitude decresce na razão inversa da distância, aproximada - mente. Isso significa que, por via de regra, quanto mais distante do epicentro estiver a região atingida, menores serão os efeitos provocados pela perturbação. Os sismos produzem também ondas superficiais na superfície terrestre, semelhantes àquelas verificadas quando jogamos uma pedrinha na água tranquila de um lago. São as ondas-R ou de Rayleigh. Propagação de um distúrbio sísmico a partir de uma fonte repre - sentada pelo ponto P próximo à superfície de um meio homogêneo. A onda propaga-se como uma onda esférica no meio e como uma onda superficial ao longo da superfície livre. (Fonte: Fundamentals of Geophysics, William Lowrie, 2004). Utiliza-se na mensuração da intensidade de um abalo sísmico a escala logarítmica Richter. Terremotos cuja mag nitude ultrapassa 7,0 pontos nessa escala são clas - sificados como fortes ou até extremos. Abalos sísmicos são registrados por aparelhos denominados sis mó - grafos, como o da imagem acima. 2. Atividade em Grupo Com os colegas, sugerimos que você consiga duas latinhas vazias de conserva, de preferência iguais, faça um pequeno furo no fundo de cada uma, o suficiente para a introdução de uma linha de náilon relativamente grossa, com uns oito metros de comprimento, dessas utilizadas para pescar. Fixe bem as extremidades da linha de náilon no fundo das respectivas latinhas por meio de alguns nós. Pronto! Você terá dessa maneira um telefone me - cânico, transmissor e receptor de mensagens entre as duas latinhas. Falando-se junto à extremidade aberta de uma delas, é possível ouvir-se o ‘recado’ junto à extremidade aberta da outra. Ao se falar junto à extremidade aberta de uma das latinhas, as vibrações mecânicas impostas pelas ondas sonoras perturbam o fundo desta. Essas vibrações são, então, transmitidas ao longo da linha de náilon até o fundo da outra latinha. Esse local, por sua vez, vibra, provocando a reconversão dos abalos mecânicos em ondas sonoras. VP = e VS = 4 K + ––– � 3 –––––––––– � � ––– � C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 102 103FÍSICA Agora, novamente com colegas, e sob a orientação do professor, queremos que você discuta e participe da resolução da questão a seguir: Nazaré: ondas extremas O vilarejo de Nazaré no centro-oeste de Portugal caracteriza-se pelo sossego das casinhas de pescadores, além de tranquilas pousadas e pequenos hotéis. Mas também se notabiliza como local de ondas extremas, que atingem a costa com alturas descomunais, desafiando surfistas radicais de todo o mundo. Isso porque, a certa distância da orla há um cânion muito pro - fundo no assoalho oceânico, o que obriga as ondas que se diri - gem ao litoral a perder subitamente velocidade e ganhar ampli - tude. Admita que numa situação ideal a intensidade da velocidade de pro pa gação de uma onda na superfície da água, V, seja dada por V = ���g h, em que g é a intensidade da aceleração da gravidade e h é a profun dida de local. Suponha ainda que a energia total associada à onda, E, que se rá admitida constante em sua propagação, seja expressa por E = k V A2, em que k é uma constante que depende do meio líquido e A é a amplitude da onda. Considere que em Nazaré, pela ação de fortes ventos, a água seja per tur bada na região do cânion subaquático, com profun - didade h0 = 3240m, gerando-se um trem de ondas com com - pri mento de onda λ0 = 900m e amplitude A0 = 5,0m. Essas ondas vão dirigir-se a costa on de a profundidade é h = 40,0m. Admitindo-se g = 10,0m/s2, determine a) o comprimento de onda, λ, do trem de ondas na região cos - teira; b) a amplitude, A, das ondas ao atingirem a profundidade h = 40,0m. Nota: Para obter o comprimento de onda use a propriedade que diz que o módulo da velocidade e o comprimento de onda são proporcionais. RESOLUÇÃO: a) (I) Na região do cânion: V0 = �����g h0 = �������������10,0 . 3240 (m/s) ⇒ V0 = 180m/s Na região costeira: V0 = �����g h = �������������10,0 . 40,0 (m/s) ⇒ V = 20,0m/s (II) Da região do cânion à região costeira, temos: = ⇒ = Da qual: b) Levando-se em conta que a energia associada à onda se con - ser va duran te sua propagação, segue-se que: E = E0 ⇒ k V A 2 = k V0 A0 2 20,0 . A2 = 180 . (5,0)2 Da qual se obtém: Respostas: a) λ = 100m b) A =15,0m 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Para saber mais sobre sismos, leia o artigo abaixo: https://www.iag.usp.br/~eder/ensinarcompesquisa/ Sismologia_f.pdf V ––– V0 V0––– V0 20,0 –––– λ 180 –––– 900λ = 100m A = 15,0m C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 103 104 FÍSICA � (UNIRIO-MODELO ENEM) – A figura I abai xo mostra um pul so de onda, com veloci dade → V, propagando-se para a direita numa corda tracionada, um pouco antes de atingir os pontos A, B e C. Na figura II, a onda já atingiu os pontos citados. A alternativa que indica, corretamente, as velo ci dades dos pon tos A, B e C no instante considerado, correspondente à figura II, é: Resolução Na situação da figura II, tem-se: Ponto A: está na lombada posterior do pulso, por isso sua veloci dade é vertical e dirigida para baixo (↓). Ponto B: está no ponto de altura máxima, em que ocorre inversão no sentido do seu movimento. Por isso, o ponto B tem velocidade nula. Ponto C: está na lombada anterior do pulso, por is so sua velocidade é vertical e dirigida para cima (↑). Resposta: A � (PISA) – A velocidade de propagação do som no ar depende da tem pera tura. Na tabela seguinte, é possível obser var o módulo da velo - cidade do som (m/s) a dife rentes tem pera turas. Analise as proposições que se seguem: (I) Para um aumento de temperatura de 5°C, o módulo da velocidade do som aumenta 3,0m/s. (II) Na temperatura de 40°C, supondo-se que a tabela continua válida, o módulo da ve lo cidade do som será de 352,4m/s. (III) Se a equação do módulo da velocidade do som V em função da temperatura θ for dada pela relação: V = θ + b, para θ em °C e V em m/s, o parâmetro b vale 331,4m/s. (IV) Para a tempertura θ = 12°C, o módulo da velocidade do som vale 338,6m/s. Estão corretas: a) I, II, III e IV b) apenas I, III e IV c) apenas II e III d) apenas I e IV e) apenas I Resolução I. Verdadeira. Leitura da tabela. II. Falsa. Para um aumento de 10°C, a veloci da de do som aumenta 6,0m/s e valerá: V = (349,4 + 6,0)m/s = 355,4m/s III. Verdadeira. V = θ + b θ = 0°C ⇒ V = b = 331,4m/s IV. Verdadeira. V = θ + 331,4 θ = 12°C ⇒ V = � . 12 + 331,4� m/s V = (7,2 + 331,4) m/s = 338,6m/s Resposta: B � (MODELO ENEM) – Para pesquisar a pro fundidade do oceano numa certa região, usa-se um sonar instalado num barco em repouso. O intervalo de tem po decorrido entre a emissão do sinal (ultrassom de fre quên cia 75000Hz) e a resposta ao barco (eco) é de 1,0 segundo. Su - pon do que o módulo da velocidade de propa gação do som na água é igual a 1500m/s, a profundi dade do oceano na região con si derada é de: a) 25m b) 50m c) 100m d) 750m e) 1500m Resolução Sejam: p → profundidade do oceano na região considerada; V → módulo da velocidade de propagação do som na água (V = 1500m/s); Δt → intervalo de tempo gasto pelo ultrassom desde a emissão até a recepção do sinal refletido no fundo do oceano. (Δt = 1,0s). O movimento do som na água deve ser consi derado uni for me, o que significa que podemos es cre ver: V = em que d é a distância per cor rida pelas on das ultrassônicas des de a emissão até a recep ção. As ondas são emitidas do navio, inci dem no fundo do mar e, depois de refletidas, são captadas no va mente no navio. Assim: V = 1500m/s � d = 2p ⇒ 1500 = Δt = 1,0 s p = m ⇒ Resposta: D Velocidade do ponto A Velocidade do ponto B Velocidade do ponto C a) ↓ Zero ↑ b) ↓ ↓ ↓ c) Zero Zero Zero d) ↑ ↑ ↑ e) → → → 3 –– 5 3 –– 5 3 –– 5 3 –– 5 d ––– Δt 2p ––– 1,0 p = 750m 1500 ––––– 2 Temperatura (θ) em °C Módulo da velocidade do som (V) em m/s –10 325,4 –5 328,4 0 331,4 5 334,4 10 337,4 15 340,4 20 343,4 25 346,4 30 349,4 Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 104 105FÍSICA � (MODELO ENEM) – Na figura, o garoto faz com que a extremidade da corda em sua mão realize um movimento periódico de sobe e desce. Devido a isso, produz na corda o trem de ondas mostrado. As ondas na corda são a) mecânicas, transversais, puntiformes e unidimensionais. b) mecânicas, mistas, circulares e bidimensionais. c) mecânicas, longitudinais, esféricas e tridimensionais. d) eletromagnéticas, transversais, puntiformes e unidimen sio - nais. e) eletromagnéticas, transversais, planas e tridimensionais. RESOLUÇÃO: Mecânica: necessita de um suporte material, a corda. Transversal: a vibração é perpendicular à propagação. Puntiforme: a frente de onda é um ponto. Unidimensional: a energia propaga-se na única dimensão da corda, o comprimento. Resposta: A � (MODELO ENEM) – O garoto lança, sucessivamente, pedri nhas na super fície livre da água de uma piscina. As ondas na água são a) mecânicas, transversais, puntiformes e unidimensionais. b) mecânicas, mistas, circulares e bidimensionais. c) mecânicas, longitudinais, esféricas e tridimensionais. d) eletromagnéticas, transversais, puntiformes e unidimen - sionais. e) eletromagnéticas, transversais, planas e tridimensionais. RESOLUÇÃO: Mecânica: necessita de um suporte material, a água. Mista: a vibração é circular, pois tem componentes paralela e perpendicular à propagação. Circular: a frente de onda é uma circunferência. Bidimensional: a energia propaga-se nas duas dimensões da água, o comprimento e a largura. Resposta: B � (MODELO ENEM) – O menino estoura uma bombinha e o som da explosão é ouvido em todas as direções em torno dela. As ondas sonoras produzidas pelo estouro da bombinha são a) mecânicas, transversais, puntiformes e unidimensionais. b) mecânicas, mistas, circulares e bidimensionais. c) mecânicas, longitudinais, esféricas e tridimensionais. d) eletromagnéticas, transversais, puntiformes e unidimen - sionais. e) eletromagnéticas, transversais, planas e tridimensionais. RESOLUÇÃO: Mecânica: necessita de um suporte material, o ar. Longitudinal: a vibração é paralela à propagação. Esférica: a frente de onda é uma superfície esférica. Tridimensional: a energia propaga-se nas três dimensões da atmos fera, o comprimento, a largura e a altura. Resposta: C � (MODELO ENEM) – Observe as figuras que se seguem: Quanto às direções de vibração e propagação, as ondas mostradas na figura são a) transversais. b) longitudinais. c) mistas. d) eletromagnéticas. e) bidimensionais. RESOLUÇÃO: Longitudinal: a vibração é paralela à propagação. Resposta: B Exemplo de onda mecânica Representação esquemática da propagação e da vibração da onda pulso produzido numa mola Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 105 106 FÍSICA 3 Ondas mecânicas – relação fundamental 1. A Física e o cotidiano Quando os sistemas materiais vibram (ondas numa corda ou, na água, ou o som no ar), definimos as cha ma das ondas mecânicas. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. Qual é o nome do tempo de um ciclo de oscilação? Se uma onda oscila duas vezes por segundo, qual é o seu período? Relacione os dois valores. O comprimento de onda das ondas numa corda é o comprimento da corda? Num meio não absorvedor de energia, como fica o módulo da velocidade das ondas sonoras mais graves e mais agudas? C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 106 107FÍSICA 2. A Física e o mundo Som, ultrassom e infrassom Dependendo de sua frequência, uma onda mecânica pode, ou não, excitar nossos ouvidos. Quando o excita, di ze mos que estamos ouvindo a onda, que recebe o nome de som, ou onda sonora. A onda mecânica, para ser ouvida, deve ter sua fre - quên cia compreendida entre 20Hz e 20 000Hz, apro xi - ma da mente. Se a frequência da onda mecânica for superior a 20 000Hz, a onda se diz ultrassom, e se for inferior a 20Hz, in frassom. No caso do som propagando-se no ar, ocorre fato se - melhante ao da onda longitudinal na mola. Regiões de compressão alternam-se com re giões de rarefação, e o comprimento de onda λ é a dis tância entre duas regiões de compressão consecutivas, con forme representa o es - quema. 3. A Física e o laboratório O ouvido humano e os sons que detecta C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE308/12/2021 16:41 Página 107 108 FÍSICA Os animais ouvem sons que nós não ouvimos. 4. Onda longitudinal na mola Onda longitudinal produzida numa mola. A distância entre os centros de duas compressões sucessivas é o comprimento de onda da onda. A propagação do som nos fluidos é análoga à propagação dessa onda na mola. 5. A Física e a evolução de seus conceitos Período, frequência, amplitude e comprimento de onda Suponhamos que um homem, se gurando uma das extremidades de uma corda tensa, passe a movi men tar ritmadamente sua mão para cima e para baixo. Admitamos que o intervalo de tem po decorrido em um movimento de sobe e des ce da mão seja sempre constante e que a altura da posição mais alta da mão em relação à posição mais baixa seja invariável. Esses movimentos cadenciados da mão do homem produzirão uma sucessão de ondas que percorrerão a corda com velocidade de intensidade V, conforme ilustra o esquema a seguir. No caso do exemplo, o período da onda é igual ao intervalo de tempo gasto pela mão do homem para exe - cutar uma oscilação, isto é, um movimento de sobe e desce completo. Matematicamente: Se n = 1 ciclo, teremos Δt = T. As sim: Se a unidade de tempo for o segundo (s), decorrerá que: Recordemos que: 1kHz = 103 Hz, 1MHz = 106 Hz e 1GHz = 109 Hz Referindo-nos ao exemplo da cor da, podemos dizer que o com pri mento de onda λ é a distância entre duas cristas ou entre dois vales consecutivos. É evidente que a distância entre uma crista e um va le consecutivos equi vale a meio comprimento de on da (λ/2). 6. Relação fundamental da ondulatória Geralmente, uma onda pro pa ga-se em movimento uniforme, valendo a relação: Recordando que durante um pe río do (T) a per tur ba ção percorre um comprimento de onda (λ) e que a fre quên cia (f) é o inverso do período, podemos escrever que: Os morcegos ouvem sons com frequência entre 1000 Hz e 120 000 Hz Os golfinhos ouvem sons com frequência entre 150 Hz e 150 000 Hz Os gatos ouvem sons com frequência entre 60 Hz e 65 000 Hz Os cães ouvem sons com frequência entre 15 Hz e 50 000 Hz Chama-se período (T) da on da o intervalo de tempo necessário para que um ponto vibrante rea - lize um ciclo completo. Chama-se frequência (f) da on da o número de ciclos rea li za dos por um ponto vi brante numa uni - dade de tempo. n f = –––– Δt 1 1 f = ––– ou T = ––– T f 1 unid (f) = –– = s–1 = hertz (Hz) s Chama-se amplitude (A) da onda a distân cia de uma crista ou um vale ao nível de equilíbrio. Chama-se comprimento de onda (λ) a dis tância per cor rida pela perturbação du ran te um pe ríodo. Δs V = –––– Δt λ V = –––– = λ f T C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 108 109FÍSICA 1. Leitura O som não se propaga no vácuo (Será?) O clássico experimento de Boyle, da campainha que deixa de ser ouvida quando em funcionamento dentro de uma campânula evacuada, dá conta de que, com a ex - tinção quase total do ar dentro deste recipiente, torna-se inviável a propagação sonora através do sistema. Nesse caso, utilizando-se bombas de vácuo pouco eficazes, com baixa capacidade de sucção, consegue-se reduzir a pressão dentro da campânula a algo em torno de um centésimo da pressão atmosférica padrão, que é de 1,0 atm. Porém, isso não caracteriza o vácuo teórico que, por definição, se trata de um ambiente totalmente isento de qualquer sorte de matéria. Conforme estudos recentes, um critério para a exis - tência de ondas sonoras é que o livre caminho médio das moléculas existentes no meio considerado seja bem menor que o comprimento de onda. Isso significa que até no vácuo sideral (no espaço), numa nuvem intereste - lar, onde o livre caminho médio das moléculas é da or - dem de 1014 cm – o que implica a existência de apro - ximadamente 10 átomos de hidrogênio por cm3 –, pode haver propagação sonora! As ondas correspon dentes, no entanto, não seriam audíveis, já que teriam com - primento de onda extremamente grande, algo compa - rável ao tamanho do sistema solar. Logo, ao se dizer que ‘o som não se propaga no vá - cuo’, deve-se inferir que se trata do vácuo absoluto – um ambiente vazio, existente apenas em teoria – sem ne - nhum tipo de matéria – átomos ou moléculas. 2. Atividade em Grupo Antecedendo exames mais avançados, eletrocar dio - gra mas fornecem uma primeira avaliação do com por ta - mento cardíaco, permitindo ao médico verificar ar rit mias do coração que possam sugerir quadros pa tológicos. Abaixo, você tem um trecho de um eletrocar diogra - ma considerado normal em que a escala de tempo na base da figura está graduada em segundos. A onda P é gerada pela ativação ou despolarização dos átrios, o com - plexo QRS é produzido pela ativação de ambos os ventrículos, a onda T é criada pela repolarização dos ventrículos e a onda U representa a repolarização do sistema His-Purkinje. Adaptado de: http://angomed.com/electrocardiograma/ 7. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 109 110 FÍSICA Com colegas, e sob a orientação do professor, estime a fre - quên cia cardíaca aproximada para este caso, em bpm (bati - men tos por minuto). RESOLUÇÃO: (I) Cálculo do período: 5,00 quadrículas → 1,00s 3,35 quadrículas → T 5,00T = 3,35 ⇒ T = (s) ⇒ (II) Cálculo da frequência: f = (bpm) ⇒ 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Vídeo – Relação entre V, λ e f https://www.youtube.com/watch?v=FeIMIQxD_dI Simulação de onda transversal em corda https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-on-a- string/latest/wave-on-a-string_en.html T = . (min) 3,35 ––––– 5,00 1 ––– 60 3,35 ––––– 5,00 f = = número de batimentos ––––––––––––––––––––––– intervalo de tempo 1 ––– T f � 89,55 bpm 1 ––––––––––––– . 3,35 ––––– 5,00 1 ––– 60 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 110 111FÍSICA � A distância entre duas cristas consecu tivas de uma onda mecânica é 5,0m e o período de oscilação desta onda é igual a 2,0s. Pode-se dizer que o módulo da velocidade de propagação da onda e sua frequência são, respectivamente, iguais a: a) 2,5m/s e 0,50Hz. b) 2,5m/s e 0,60Hz. c) 3,0m/s e 0,60Hz. d) 3,5m/s e 0,70Hz. e) 4,0m/s e 0,70Hz. Resolução V = ⇒ V = (m/s) = 2,5m/s f = ⇒ f = (Hz) = 0,50Hz Resposta: A � (UFPR-MODELO ENEM) – Identifique a característica de uma onda sonora: a) Propaga-se no vácuo com velocidade igual à da luz. b) Tem velocidade de propagação com módulo igual a 340m/s em qual quer meio. c) Propaga-se como onda transversal. d) Todas as ondas sonoras têm igual comprimento de onda. e) Necessita de um meio material para se propagar. Resposta: E � (UFTM-MODELO ENEM) – O estetos cópio é um instrumento utilizado para aus cultar qualquer som vascular, respiratório e outros de outra natu reza em qualquer região do corpo. É composto por 3 com - ponentes: a peça auricular, os tubos condutores de ondas sonoras e a peça aus cultatória – geralmente composta de uma campânula ou sinete, que transmite melhor os sons de baixa frequência, e do diafragma, que trans mite melhor os sons de alta frequência. Para que a transmissão desses sons seja per cebida pelo médi co, a faixa de frequência transmitida deve estar entre a) 5Hz e 5 000Hz. b) 10Hz e 12 000Hz. c) 10Hz e 15 000Hz. d) 20Hz e 20 000Hz. e) 200Hz e 200 000Hz. Resolução O ouvido humano percebe sons compreen didos na faixa de 20Hz a 20 000Hz, aproxima damente, denominada faixa audível. Resposta: D λ ––– T 5,0 ––– 2,0 1 ––– T 1 ––– 2,0 � (UNI-CESUMAR-MODELO ENEM) – Considere o texto abai xo. Tremor coloca à prova sistema de alerta da capital. O forte terremoto na costa do México disparou rapida - mente um alarme sonoro em toda a capital do país. Há duas décadas, a associação Cires fornece à capital mexicana um sistema de sensores distribuídos ao longo da costa do Pacífico, onde o risco de terremotos é maior. Uma vez detectado o abalo sísmico, o sistema dispara imediatamente os alarmes em escolas, escritórios e em outros prédios. Os mexicanos têm, então, um minuto para reagir e deixar osedifícios antes que eles comecem a tremer. (Adaptado de: O Estado de S.Paulo, 09/09/2017) Supondo-se que, nesse caso, após sua detecção, a onda sísmica demorou 120 segundos para chegar à capital mexicana, que sua frequência era 2,0 Hz e que seu comprimento de onda era 2,5 km, a distância entre o ponto de detecção do abalo sísmico e a capital do México era de a) 24 km. b) 160 km. c) 600 km. d) 720 km. e) 900 km. RESOLUÇÃO: I) Equação fundamental da Ondulatória: v = λ f ⇒ v = 2,5 . 2,0 Da qual: II) Propagação do abalo em movimento uniforme: v = ⇒ 5,0 = Da qual se obtém: Resposta: C km�––––� s v = 5,0km/s D –––– T D ––––– 120 D = 600km Exercícios Propostos Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 111 112 FÍSICA � (MODELO ENEM) – No esquema a seguir, uma rolha de dimensões des prezí veis flutua na superfície tranquila e horizontal da água de um grande tanque e vai ser atingida por um trem de ondas senoidais que se propaga para a direita com velocidade de intensidade 50 cm/s. Uma vez atingida pelas ondas, a rolha passa a executar um movimento osci|atório de sobe e desce, sem sofrer deslocamentos horizontais. Qual o menor intervalo de tempo, a partir da situação representada na figura, para que a rolha recobre sua posição inicial? a) 0,8s b) 0,4s c) 0,2s d) 0,1s RESOLUÇÃO: (I) Da figura: 1,5λ = 60 ⇒ (II) V = λf = ⇒ 50 = ⇒ (III) O intervalo de tempo pedido corresponde a meio período (meio ciclo) de oscilação da rolha. Logo: Δt = ⇒ Δt = ⇒ Resposta: B � Em um dia de chuva muito forte, cons tatou-se uma go teira sobre o centro de uma piscina coberta, formando um padrão de ondas circulares. Nessa situação, observou-se que caíam duas gotas a cada segundo. A distância entre duas cristas consecutivas era de 25 cm e cada uma delas se aproximava da borda da piscina com velocidade de módulo 0,5 m/s. Após algum tempo a chuva diminuiu e a goteira passou a cair uma vez por segundo. Com a diminuição da chuva, a distância entre as cristas e o módulo da ve lo cidade de propagação da onda se tornaram, res - pec tivamente, a) maior que 25 cm e maior 0,5 m/s. b) maior que 25 cm e igual a 0,5 m/s. c) menor que 25 cm e menor que 0,5 m/s. d) menor que 25 cm e igual a 0,5 m/s. e) igual a 25 cm e igual a 0,5 m/s. RESOLUÇÃO: Supondo-se que a profundidade da piscina seja cons tante, o mó - dulo da velocidade de propagação da onda permanece constante e continua igual a 0,5m/s. Como a frequência da onda diminuiu, o comprimento de onda deverá aumentar, ficando maior que o com primento de onda inicial de 25cm. V = λ f = constante f diminui ⇔ λ aumenta Resposta: B λ = 40 cm T = 0,8s 40 –––– T λ ––– T Δt = 0,4s 0,8 ––– 2 T ––– 2 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 112 113FÍSICA 1. A Física e o cotidiano O Universo que conhecemos apresenta não só cor pos formados por átomos e moléculas, mas também é preenchido por radiação ou ondas eletromagnéticas. Estas fazem parte de muitos fenômenos físicos e têm grandes aplicações tecnológicas, como as transmissões de rádio e TV, os raios X, as micro-ondas, além de sua manifes tação mais familiar: a luz visível. 2. A Física e o mundo O espectro eletromagnético O quadro a seguir mostra os tipos de ondas eletromagnéticas, como são formadas e quais são suas principais utili - zações. Note que as on das de infravermelho relacionam-se com torções e oscilações de moléculas, responsáveis pelos fenômenos termo dinâmicos e, por isso, são chamadas de ondas de calor. Raios gama Raios X Ultravioleta Visível Infravermelho Micro-ondas Televisão Rádio ESPECTRO ELECTROMAGNÉTICO O conjunto das radiações eletromagnéticas constitui o espectro eletromagnético Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. O Universo possui apenas partículas? O que é o espectro eletromagnético? Como são produzidas as radiações eletromagnéticas? 4 Ondas eletromagnéticas – produção e espectro C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 113 114 FÍSICA Palavras da língua inglesa relacionadas com as ondas eletromagnéticas 12:50 Frequência (Hz) 1021 1020 1019 1018 1017 1016 1015 1014 1013 1012 1011 1010 109 108 107 106 105 104 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 101 102 103 104 10510-710-810-910-1010-1110-1210-13 Comprimento de onda (m) Fonte física Raios gama Raios X Ultravioleta Infravermelho Micro-ondas Ondas de rádio Desintegração nuclear Transições eletrônicas profundas Transições eletrônicas Visível Transições eletrônicas mais externas Vibrações e torções moleculares Rotações e inversões moleculares Aceleração circular de elétrons sob campos elétricos e magnéticos em tubos evacuados Distante Próximo Próximo Distante UHF VHF SW MW LW LF Produção prática Reatores nucleares, isótopos radioativos (por exemplo, cobalto-60) Tubo de raios X Lâmpada solar Luz elétrica Aquecedores elétricos Forno de micro-ondas Equipamento de radar Equipamento de transmissão de sinais S iz e re fe re n c e football field man's height baseball paperclip thickness paper thickness blood cells bacteria viruses water molecule atom atomic nucleus wavelength 1 ft 1 cm 1 mm 1� 1 nm 1 A 1 pm �(m) 103 102 101 1 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9 10-10 10-11 10-12 Biological Effect Induced Currents Heating Ex & Phcm Ionization – DNA Damage electron volt (eV) 10-9 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 102 103 104 105 106101 frequency (Hz) 1 MHz 1 GHz 1 THz 1 PHz 1 EHz 1 ZHz 105 106 107 108 109 1010 1011 1012 1013 1014 1015 1016 1017 1018 1019 1020 1021 Radio Spectrum Broadcast and Wireless Microwave Terahertz Infrared Ultraviolet X-rays & Gamma Rays S o u rc e s a n d U s e s o f F re q u e n c y B a n d s AM radio 600kHz-1.6 MHz MRI (1.5T) 63.86 MHz SmartMeter 0.9-2.45 GHz Microwave Oven 2.4 GHz TV Broadcast 54-700 MHz Wireless Data ~2.4 GHz FM radio 88-108 MHz Mobile Phones 900MHz-2.4GHz Radar 1-100 GHz Screening 0.2-4.0 THz Night Vision 10-0.7 m� Remotes 850 nm Suntan 400-290 nm Visible Light 700-400 nm Fiber telecom 0.7-1.4 m� Dental Curing 200-350 nm Medical X-ray 80 keV Cosmic Gamma Rays >10 BeV PET 511 keV Bone Scan 140 keV Baggage Screen 160 keV "mm wave" "sub-mm" e le c tro n ic s o p ti c s Soft X-ray Hard X-ray 7 0 0 6 2 5 5 7 5 5 4 0 4 7 0 4 4 0 Visible wavelengths (nm) B a n d s Non-ionizing Radiation Ionizing Radiation ELECTROMAGNETIC RADIATION SPECTRUM ° C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 114 115FÍSICA 1. Leitura Em busca da velocidade da luz A luz sempre exerceu enorme fascínio na imaginação dos pensadores que, já na Grécia Antiga, elaboravam hi - póteses a respeito de sua natureza e velocidade, como Empédocles (490 a.C.), que admitia ser a luz algo extre ma - mente rápido, mas com velocidade finita. O primeiro método experimental consistente para a determinação da velocidade da luz foi proposto pelo naturalista e astrônomo italiano Galileu Galilei (1564 – 1642), considerado o pai do método científico e fundador da ciência Física. Galileu também conjecturava a respeito de a luz ter uma velocidade finita. Segundo sua estratégia para a obtenção da rapidez da luz, ele e um assistente subiriam durante a noite nos topos de duas colinas próximas portando lampiões cobertos por panos pretos. Galileu deveria levar também um dispositivo capaz de medir intervalos de tempo. Um pêndulo ou um relógio de água, provavelmente. O cientista destamparia seu lampião ao mesmo tempo em que acionaria seu ‘relógio’. Quando o assistente, situado no cume da outra colina, visse a luz do lampião de Galileu, descobriria seu lampião, retirando o pano preto de cima dele. Ao perceber, finalmente, o 3. A Física e o laboratório Produção de ondas eletromagnéticas Como você sabe, a matéria é formada por cargas elétricas(prótons e elétrons) que, quando oscilam, pro - duzem alterações nas cargas e nos ímãs próximos. Imagine, de maneira muito simplificada, uma carga elétrica que oscila nas proximidades de um pêndulo com uma car ga elétrica pendurada e de uma bússola, ambos, inicialmente, em repou so. A carga em movimento oscilatório pro du z ondas ele - tromagnéticas que são recebidas à dis tância por ou tras cargas ou ímãs, que podem passar a os cilar também, o que ocorre com o pêndulo e a bússola. A oscilação apresenta uma frequência f e um com - primento de onda λ representado a seguir. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Classificação e diferenciação Todas as ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo com ve lo cidade de módulo 3,0 . 108m/s e diferen - ciam-se umas das outras pela frequência e pelo com - primento de onda. As ondas mais energéticas e pene - trantes são as de maior frequência e menor comprimento de onda (raios X e raios �). N S Pêndulo com carga elétrica Oscilação Carga oscilando Onda eletromagnética (transversal) A onda eletromagnética é formada por campos elétrico e magnético perpendiculares entre si, que promovem a oscilação do pêndulo e da bússola à distância. Bússola ( mã)í Oscilação f Fonte física da onda eletromagnética � v As ondas eletromagnéticas são sempre trans - ver sais e, de maneira geral, esféricas e tridimen - sionais. 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 115 116 FÍSICA brilho do lampião do assistente, Galileu pararia seu ‘relógio’ e avaliaria o intervalo de tempo gasto pela luz nesse trânsito de ir de uma colina à outra e retornar à primeira, de onde partira no instante t0 = 0. Conhecida antecipadamente a distância d entre os ci - mos das duas colinas e o valor aproximado do intervalo de tem po de ida e volta da luz, �t, bastaria assimilar a pro pa - gação luminosa a um movimento uniforme. Nesse ca so, o mó dulo da velocidade c de propagação da luz ficaria deter - minada fazen do-se: (Observe que se a luz vai e volta, a distância total percorrida por ela é 2d.) Em teoria, o método de Galileu era perfeito, mas revelou-se desastroso na prática. A medição do intervalo de tempo de ida e volta do sinal luminoso era realizada de maneira absolutamente tosca. Além disso, o tempo de reação humano, de cerca de 0,5 s (intervalo de tempo entre a visão de um estímulo e a correspondente ação muscular), era enor me em comparação com o intervalo de tempo a ser medido e esse fato desabonava qualquer resultado encon trado. Embora o método de Galileu tivesse sido testado mais tarde por outros experimentadores, aumentando-se sucessivamente a distância entre as duas lanternas, os resultados continuavam muito discrepantes. Talvez, a solução viesse do céu, isto é, o mais razoável seria buscarem-se melhores resultados a partir de fenômenos astronômicos. O astrônomo dinamarquês Ole Römer (1644-1710), baseado nos eclipses de uma das luas de Júpiter, Io, obteve em 1672 uma medida para a velocidade da luz. O valor encontrado, cerca de 2,10 . 108 m/s, tornou-se um paradigma revolucionário que soterrou de vez a noção de que a luz tivesse propagação instantânea. Ole Römer e um esquema do seu método astronômico para a medição da velocidade da luz: a determinação era feita a partir da diferença de tempos para o início dos eclipses de uma das luas de Júpiter, Io. Com a Terra em conjunção com Júpiter, isto é, na situação de grande aproximação em relação àquele planeta, o eclipse iniciava-se num horário previamente estimado. Com a Terra em oposição com Júpiter, isto é, na situação de grande afastamento em relação àquele planeta, o início do eclipse sofria um atraso de cerca de alguns minutos, o que foi explicado pela distância adicional a ser transposta pela luz para chegar à Terra. Métodos não astronômicos surgiram depois de Römer para determinar a velocidade da luz. Um deles foi proposto pelo físico francês Armand Hippolyte Louis Fizeau (1819 – 1896), em 1849, utilizando-se uma roda dentada. Fizeau obteve um valor próximo de 3,11 . 108 m/s. Isso foi verdadeiramente extraordinário! c = 2d –––– �t C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 116 117FÍSICA O engenhoso método de Fizeau consistia em fazer um estreito feixe de luz refletir-se parcialmente em um espelho plano inclinado, semitrans - parente, situado em Paris, em Mont Valérien. Esse feixe atravessava uma roda dentada com 720 dentes e refletia-se em outro espelho plano fixo em Mont Matre, a 8 633 m de distância da roda dentada. Aumentando-se a velocidade de rotação da roda dentada até a frequência de 12,5 Hz, percebia-se que a luz refletida em Mont Matre “desaparecia”. Isso era explicado imaginando-se que o feixe que atravessava determinada fenda da roda era bloqueado pelo dente subsequente, o que implicava um intervalo de tempo de 5,55 . 10–5s para o trânsito de ida e volta da luz. Isso significava uma distância percorrida igual a 17 266m que, no intervalo de tempo citado, sugeria uma velocidade luminosa de 3,11 . 108 m/s. Outro método (método do espelho girante) foi apresentado pelo também francês Jean Bernard Leon Foucault (1819 – 1868), em 1862, tendo-se obtido: c = 2,99774 . 108 m/s. Já o cientista norte-americano de origem alemã Albert Michelson (1852-1931) refinou os experimentos anteriores e, em 1926, utilizando um interferômetro, obteve o valor c = 2,99796 . 108 m/s para a rapidez da luz. Outros processos ainda mais avançados de medição da velocidade da luz foram apresentados posteriormente e, hoje, o valor aceito para a rapidez de propagação da luz no vácuo é: É interessante mencionar que o símbolo c para o módulo da velocidade de propagação da luz no vácuo se deve ao termo latino celeritas, que significa velocidade ou rapidez. Como você estudará em Física Moderna, a velocidade da luz é o limite superior para as velocidades no Universo. Você verá também que objetos movendo-se com velocidades da ordem de c seguem um conjunto de leis físicas completamente diferentes, não somente das Leis de Newton, da Mecânica Clássica, mas também de todas as intuições humanas. 2. Atividade em Grupo Com colegas, e sob a orientação do professor, responda aos questionamentos a seguir: 1. Você seria capaz de propor um método eficiente para medir a velocidade de propagação da luz? 2. A visão que você tem do Sol num determinado instante corresponde à realidade dessa estrela no instante da observação? 3. Dizem que olhar as estrelas em noite sem nuvens é contemplar o passado... Você está de acordo com essa frase? Em caso positivo, que argumentos você agregaria a esta afirmação no sentido de reforçá-la? c = 2,99792458 . 108m/s C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 117 118 FÍSICA 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Sugerimos o livro Big Bang, de Simon Singh (Editora Record, 2006) e também, do mesmo autor, O Último Teorema de Fermat, grandes best sellers sobre ciências. Será que realmente medimos o módulo da velocidade da luz? https://www.youtube.com/watch?v=pTn6Ewhb27k � (UDESC) – Analise as afirmações abaixo, com relação às ondas eletromagnéticas. I. Os raios gama são radiações eletromagnéticas de frequência maior do que a luz visível. II. As micro-ondas são ondas eletromagnéticas que se propagam, no ar, com velocidade maior do que as ondas de rádio. III. Os campos elétrico e magnético em uma radiação infraver me lha vibram paralelamente à direção de propagação da radiação. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. b) Somente a afirmativa II é verdadeira. c) Somente a afirmativa III é verdadeira. d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. e) Somente a afirmativa I é verdadeira. Resolução I. Verdadeira. II. Falsa. Todas as ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo (e, com boa aproximação, também no ar), com velocidade de mó dulo c = 3,0 . 108m/s. III. Falsa. Os campos elétrico e magnético em uma radiação eletro - mag nética qual quer vibram perpendicularmente à direção de pro - pagaçãoda radiação. Resposta: E � (UEL-MODELO ENEM) – Uma alternativa para reduzir o con su mo de energia elétrica, sem prejudicar o conforto do consumidor, é a troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes. Isto se deve ao fato de que as lâmpadas fluorescentes são chamadas também de lâmpadas frias, emitindo luz com comprimentos de onda específicos na região espectral da luz visível, enquanto as lâmpadas incandes centes emitem um espectro largo e contínuo, que atinge compri mentos de onda bem acima dos da luz visível. Considerando o exposto, é correto afirmar que as lâmpadas incan descentes consomem mais energia produzindo a mesma quantidade de luz visível que uma fluores cente porque emitem a) muita radiação infravermelha. b) muita radiação beta. c) muita radiação azul. d) muita radiação ultravioleta. e) muita radiação gama. Resolução As lâmpadas incandescentes emitem luz como um sub produto do aque - cimento do filamento, que se torna rubro devido à passagem da cor rente elétrica (Efeito Joule). A radiação emanada da lâmpada constitui-se principalmente de infravermelho (ondas de calor) e luz visível. O maior consumo de energia dessas lâmpadas está ligado à emissão de radiação infravermelha (invisível), que tem fre quência menor que a da luz visível e comprimento de onda maior que o da luz visível. Resposta: A 10-15 10-13 10-11 10-9 10-7 10-5 10-3 10-1 101 103 105 107 raios gama ultravioleta infravermelho rádio FM rádio AM micro-ondasraios X COMPRIMENTO DE ONDA (m) TV ondas longas de rádio luz visível Exercícios Resolvidos � (UFU-MODELO ENEM) – A figura a seguir representa o espectro eletromagnético que apresenta ondas de diferentes comprimentos de onda. A compreensão do espectro eletro - mag nético permite ao homem explorar diversos tipos de on - das, nas mais diferentes formas: nas transferências de infor - mações, na saúde etc. A partir do espectro eletromagnético, é correto afirmar que a) o infravermelho, visível ao olho humano, só é percebido no escuro, por possuir tons avermelhados. b) as ondas de rádio não são visíveis ao olho humano e pos - suem velocidade baixa quando comparada à velocidade da luz visível. c) os raios gama são invisíveis ao olho humano, possuem pe - queno comprimento de onda e alta frequência, com alta capacidade de penetração em objetos sólidos e no corpo humano. d) as micro-ondas são uma forma de radiação com com pri - men to de onda e frequência maiores que os da luz visível. e) todas as ondas eletromagnéticas têm a mesma frequência. Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 118 119FÍSICA Adaptado de: COMINS; KAUFAMANN. Descobrindo o universo. Porto Alegre: Bookman, 2010. p. 96. RESOLUÇÃO: a) O infravermelho não é visível ao olho humano. b) No vácuo, e também no ar (com boa aproximação), as ondas de rádio têm velocidade de propagação igual à da luz visível. d) As micro-ondas têm menor frequência e maior comprimento de onda que a luz visível. e) Cada onda eletromagnética tem a sua frequência característica. Resposta: C � Nossa pele possui células que reagem à incidência de luz ultravioleta e produzem uma substância chamada mela - nina, responsável pela pigmentação da pele. Pen sando em se bronzear, uma garota vestiu um biquíni, acendeu a luz de seu quarto e deitou-se exatamente abaixo da lâmpada incandescente. Após várias horas ela percebeu que não conseguiu resultado algum. O bronzeamento não ocorreu porque a luz emitida pela lâmpada incandescente é de a) baixa intensidade. b) baixa frequência. c) um espectro contínuo. d) amplitude inadequada. e) curto comprimento de onda. (Imagem: http://refensdafisica.tumblr.com/post/19975814934/espectro-eletromagnetico) RESOLUÇÃO: O espectro eletromagnético emitido por uma lâmpada incandescente é composto principalmente por radia ções infravermelhas e luz visível, de frequências me nores que as das radiações ultravioleta, exigidas no bron zeamento. Resposta: B C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 119 120 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano As ondas eletromagnéticas estão presentes em vá - rios objetos cotidianos, principalmente, nas faixas de rádio, TV, micro-ondas, infravermelho, luz visível e ultra - violeta. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. Quais as principais ondas eletromagnéticas utilizadas na vida cotidiana? Quais são os usos pacíficos da radioatividade? Relacione a estrutura da matéria com a produção da radiação. À medida que o comprimento de onda da radiação eletromagnética, no vácuo, diminui, o que ocorre com a velocidade escalar, com a frequência e com o poder de penetração? É possível imaginar a luz de uma lâmpada como uma chuva de grãos de energia? 5 Ondas eletromagnéticas – relação fundamental e quantização C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 120 121FÍSICA 2. A Física e o mundo A tecnologia encontrou aplicações para todo o espectro eletromagnético. 3. A Física e o laboratório As ondas eletromagnéticas são produzidas por desintegrações nucleares, transições nucleares, vibrações e torções nucleares e movimentos curvos de elétrons. 12:50 Raios gama Raios X Ultravioleta Infravermelho Micro-ondas Ondas de rádio Visível Distante Próximo Próximo Distante UHF VHF SW MW LW LF Produção prática Reatores nucleares, isótopos radioativos (por exemplo, cobalto-60) Tubo de raios X Lâmpada solar Luz elétrica Aquecedores elétricos Forno de micro-ondas Equipamento de radar Equipamento de transmissão de sinais Fonte física Raios gama Raios X Ultravioleta Infravermelho Micro-ondas Ondas de rádio Desintegração nuclear Transições eletrônicas profundas Transições eletrônicas Visível Transições eletrônicas mais externas Vibrações e torções moleculares Rotações e inversões moleculares Aceleração circular de elétrons sob campos elétricos e magnéticos em tubos evacuados Distante Próximo Próximo Distante UHF VHF SW MW LW LF C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 121 122 FÍSICA A luz e as demais radia ções eletromagnéticas cons - tituem-se de ondas formadas pela junção de dois campos – um elétrico e outro mag nético – que se propa - gam em conjunto, conforme esque mati zamos a seguir. 4. A Física e a evolução de seus conceitos A relação fundamental da ondulatória e as ondas eletromagnéticas Para todas essas ondas, aplica-se também a relação fundamental da ondulatória: No vácuo, V = c = 3,0 . 108m/s para todas as ondas eletromagnéticas. Dependendo da frequência (e do com primento de on da), as radiações eletro mag néticas mani festam-se dis tintamente, pres tando-se a diferentes finalidades. No esquema a seguir, apresentamos o espectro ele - tromagnético, no qual eviden ciamos frequências e com - primentos de onda λ dos diversos tipos de radiação. A quantização da energia radiante – os fótons De acordo com a Física Quântica, as ondas eletro - magnéticas propa gam-se na forma de pacotes de onda chamados de quanta (no singular, quantum) ou fótons. É possível calcular a energia de um fóton e, portanto, de uma onda eletromagnética, por meio da expres são: E: energia do fóton (joule, J); h: Constante de Planck (6,63 . 10–34J.s); f: frequência da onda eletromag nética (hertz, Hz). Os fótons de raios � e raios X são os mais ener - géticos. A Física Moderna mostra que a luz de uma lâmpada pro paga-se na forma de grãos de energia (fótons), em vez de fazê-lo de maneira con - tínua como postulava a Física Clás sica. Campo elétrico A direção de propagação da onda é perpendicular aos campos elétrico e magnético. Direções de vibração perpendiculares campo magnético � � λ V = ––– = λ f T 2510 2310 2110 1910 1710 -1710 -1510 -1310 -1110 -910 -710 -510 -310 -110 110 310 510 710 1510 1310 1110 910 710 510 310 110 f(Hz)Radiação �(m) Utilização Tratamento do câncer Raios Gama Raios X Ultravioleta Luz Visível Infravermelho Micro-ondas Radiofrequências Sondagem de materiais Diagnósticos médicos Reconhecimento de estruturas atômicas Fotos especiais Lâmpadas de calor Fornos Telefonia Radar TV Rádio FM Rádio AM Ondas longas Navegação E = hf C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:41 Página 122 123FÍSICA 1. Leitura Luz: esse ente físico essencial Apresentamos em Óptica uma definição um tanto simplista para a luz, quando dissemos que luz é o agente físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão. Talvez pudéssemos ter dito que a luz é um tipo de energia radiante – onda eletromagnética – que pode propagar-se no vácuo com velocidade próxima de 3,0 .108 m/s, como também ocorre com sinais de rádio, TV, micro-ondas, raios X e raios �. Seria ainda lícito dizer que a luz tem caráter corpus - cular – partículas de energia denominadas fótons –, havendo em cada um dos ínfimos grãos luminosos uma dose de energia E – quantum – diretamente proporcional à frequência f (E = hf, em que h � 6,63 .10–34 J.s é a Constante de Planck). Sim, a luz tem caráter dual! Conforme as teorias de James C. Maxwell (1831- 1879) e forte base experimental, em certos fenômenos, como difração e interferência, ela se comporta como on - da eletromagnética. Já segundo Max Planck (1858- 1947), Albert Einstein (1879-1955) e outros cientistas, a luz também pode manifestar-se como feixes de discre - tos pacotes de energia capazes de interagir com a maté - ria, como ocorre no efeito fotoelétrico e na fotos síntese, inerente aos vegetais. Momento histórico em que o dinamarquês Bohr (à es querda) e o alemão Planck discutem aspectos da me câ nica quântica diante de uma lousa de giz. Segundo Niels Bohr (1885 – 1962), contudo, esse ca rá ter dual da luz deve ser entendido segundo o Prin - cípio da Comple mentariedade: “A natureza é cons tituí da de duas imagens pa ra a energia radiante – uma de onda e outra de partícula –, que não são contraditórias, mas, sim, complementares, já que descrevem dois aspectos de um mesmo fenómeno. Expli cando-se determinada situação com uma das teorias – ondu latória ou corpus - cular –, deve-se ignorar a outra, e vice-versa”. É fundamental registrar que a luz tem papel essen - cial, estando associada a rotinas e tecnologias que vão muito além do simples ato de enxergar. Basta dizer que, com base na luz, desenvolveram-se sobremaneira a As - tro nomia, a Medicina e as telecomunicações. 2. Atividade em Grupo Bluetooth Hoje em dia, você consegue transferir arquivos entre computadores, entre computadores e impressoras ou mes mo entre telefones celulares utilizando a tecnologia bluetooth. A interação entre dispositivos eletrônicos por bluetooth permite a transferência de arquivos sem fio e com grande rapidez. Com colegas, e sob a orientação do professor, pes qui - se como funciona basicamente a tecnologia bluetooth. Que ‘processo mágico’ ocorre quando você pa reia seu ce lu lar com um equipamento de áudio e escu ta seu som favorito? 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Física quântica… salto quântico… cura quântica… coach quântico… afinal, o que é quântico? http://cienciaeautonomia.org/2020/09/fisica-quantica-salto- quantico-cura-quantica-coach-quantico-afinal-o-que-e-quantico/ Estudando o espectro de radiação de um corpo negro https://phet.colorado.edu/en/simulation/blackbody-spectrum 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 123 124 FÍSICA � (MODELO ENEM) – Alguns tumores can - cerígenos têm grande chance de re gres são ou mesmo eliminação total quando sub me tidos a tera pias por radiação. Es ses tratamentos con - sistem em transferir quantidades adequadas de energia (“doses”) às células dos tecidos doentes. Con sidere um tumor tratado com dois feixes de raios X, 1 e 2, de comprimentos de onda respectivamente iguais a λ e 3λ. Sabendo- se que a energia associa da a um fóton de ra - diação é diretamente proporcional à frequência da onda eletromag nética correspondente, aponte a alter nativa que traz a relação correta entre as energias E1 e E2 dos fótons das radiações 1 e 2. a) E1 = 3E2 b) E1 = E2 c) E1 = 2E2 d) E1 = E2 e) E1 = E2 Resolução E = hf (h é a Constante de Planck) Mas: V = λ f ⇒ f = Logo: E1 = h ; E2 = h Assim: Resposta: A � (UEPA-MODELO ENEM) – Corpos aque - cidos emi tem fótons em diferentes frequên - cias do espectro eletromagnético, cada uma distinta. A frequência emitida com maior inten - sidade para uma determinada tempe ratura é dada pela lei do deslocamento de Wien: f = C T em que f é a frequência do fóton, T é a tem - peratura, em kelvin, e C é uma constante que vale 1,0 . 1011 Hz/K. A tem pe ratura típica do cor po humano é de 310K. De acordo com a Lei de Wien e observando a figura a seguir, o corpo humano emite mais in - ten samente em que faixa do espectro? a) Raio X b) Ultravioleta c) Luz Visível d) Infravermelho e) Micro-ondas Resolução f = CT f = 1,0 . 1011 . 310 (Hz) f = 3,1 . 1013Hz ⇒ infravermelho Resposta: D 1 –– 3 1 –– 2 2 –– 3 V ––– λ V E = h –––– λ V ––– λ V –––– 3λ E1 = 3E2 f (Hz) MICRO-ONDAS INFRAVERMELHO LUZ VISÍVEL ULTRAVIOLETA RAIOS X 10 21 10 20 10 19 10 18 10 17 10 16 10 15 10 14 10 13 10 12 10 11 10 10 10 9 10 8 10 7 � (VUNESP-FAMERP-MODELO ENEM) – A tabela mostra a clas sificação das ondas eletromagné ticas em função das suas frequências. (www.if.ufrgs.br. Adaptado.) Considere que as ondas eletromagnéticas se propagam pelo ar com velocidade de módulo 3,0 . 108 m/s aproximadamente e que um radar emite ondas eletromagnéticas de comprimento 2,0 cm. As ondas emitidas por esse radar são a) infravermelho. b) ultravioleta. c) raios X. d) micro-ondas. e) ondas de rádio. RESOLUÇÃO: Determinação da frequência de ondas eletromag néticas de radar que se propagam com velocidade de módulo V = 3,0 . 108 m/s e comprimento de onda λ = 2,0cm = 2,0 . 10–2 m ⇒ f = = De acordo com a tabela, o resultado encontra-se na região do espectro eletromagnético que corresponde às micro-ondas (3,0 . 109 Hz a 3,0 . 1012 Hz). Resposta: D Região do espectro eletromagnético Faixa de frequência (Hz) Ondas de rádio < 3,0 . 109 Micro-ondas 3,0 . 109 a 3,0 . 1012 Infravermelho 3,0 . 1012 a 4,3 . 1014 Visível 4,3 . 1014 a 7,5 . 1014 Ultravioleta 7,5 . 1014 a 3,0 . 1017 Raios X 3,0 . 1017 a 3,0 . 1019 Raios gama > 3,0 . 1019 V = λ f V –––– λ 3,0 . 108 (m/s) ––––––––––––––– 2,0 . 10–2 (m) f = 1,5 . 1010 Hz Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 124 125FÍSICA � (FACISB-VUNESP-MODELO ENEM) – Radioisótopo muito utilizado na medicina nuclear, o tecnécio-99-metaestável decai por emissão de um fóton com energia 2,21 . 10–14J. De acordo com Max Planck, essa energia é dada por EF = h . f, sendo h uma constante de valor 6,63 . 10–34J.s e f a frequên - cia da radiação. Considerando-se a velocidade das ondas eletromagnéticas no vácuo com módulo igual a 3,0 . 108m/s, o com primento de onda, em metro, da radiação emitida por esse radioisótopo é, aproximadamente, a) 6,0 . 10–14 b) 9,0 . 10–14 c) 6,0 . 10–12 d) 9,0 . 10–12 e) 1,0 . 10–10 RESOLUÇÃO: c = λ f ⇒ f = � EF = h f � � em �: Com h = 6,63.10–34J.s; c = 3,0 . 108m/s e EF = 2,21 . 10 –14J, calcula- se o comprimento de onda λ. 2,21 . 10–14 = (m) Da qual: Resposta: D � A radiação ultravioleta (UV) é dividida, de acordo com três faixas de frequência, em UV-A, UV-B e UV-C, conforme a figura. Para selecionar um filtro solar que apresente absorção máxima na faixa UV-B, uma pessoa analisou os espectros de absorção da radiação UV de cinco filtros solares: Considere: módulo da velocidade da luz = 3,0.108m/s e 1nm = 1,0.10–9m. O filtro solar que a pessoa deve selecionar é o a) V b) IV c) III d) II e) I RESOLUÇÃO: (I) Cálculo dos comprimentos de onda associados às frequências limítrofes do UV-B. c = λ f ⇒ λ = • λmín = = (m) λmín � 2,9 . 10–7m λmín � 2,9 . 10 –7 . 109 nm ⇒ • λmáx = = (m) λmáx � 3,2 . 10 –7m λmáx � 3,2 . 10 –7 . 109 nm ⇒ (II)Os comprimentos de onda calculados remetem, no gráfico dado, à curva correspondente ao filtro solar IV, que apresenta absorção máxima entre 290 nm e 340 nm. Resposta: B c ––– λ h c EF = ––––λ 6,63 . 10–34 . 3,0 . 108 ––––––––––––––––––––– λ λ = 9,0 . 10–12m Frequência (s )-1 UV-A UV-B UV-C 7,47.10 14 9,34.10 14 1,03.10 15 2,99.10 15 Filtro solar I Filtro solar II Filtro solar III Filtro solar IV Filtro solar V Comprimento de onda (nm) 240 290 340 390 440 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 A b s o rb â n c ia (u n id a d e s a rb it rá ri a s ) c –– f 3,0 . 108 –––––––––– 1,03 . 1015 c –––– fmáx λmín � 290nm 3,0 . 108 –––––––––– 9,34 . 1014 c –––– fmín λmáx � 320nm C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 125 126 FÍSICA Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. Qual é a propriedade fundamental da onda? O que é uma onda mista? Em que meios o som é mais veloz? E a luz? O que é amplitude de onda? 1. A Física e o cotidiano Propriedade fundamental de uma onda Uma onda promove a transmissão de ener gia, sem propagação de matéria. 2. A Física e o mundo Natureza das ondas Mecânicas: requerem um meio material para se propagar. Ex.: som, ondas numa corda ou mola, on das em superfícies líquidas. As ondas mecânicas não se propagam no vácuo. Eletromagnéticas: podem propagar-se em alguns meios materiais e também no vá cuo. Ex.: luz, raios X, micro-ondas, ondas de rá dio e TV, ondas de radar, raios laser. 3. A Física e o laboratório Ondas quanto às direções de vibração e propagação A direção de vibração é perpendicular à de pro paga - ção. Ex.: ondas em cordas, todas as ondas ele tro mag - néticas. Longitudinais: A direção de vibração é a mesma que a de pro pa gação. Ex.: som nos fluidos, ondas numa mola de pois de sucessivas compressões. Mistas: Ex.: ondas em su per fí cies líquidas, som nos sólidos. Velocidades da luz e do som A luz é o ente físico mais veloz que existe. Sua velocidade de propagação no vácuo é má xi ma e tem módulo, aproximadamente: Num meio de índice de refração absoluto n, o mó - dulo da ve lo ci dade da luz é dado por: Quanto ao som, temos: Var � 340m/s Vágua � 1500m/s Vcristais � 6000m/s O som não se propaga no vácuo. A luz pode propagar-se no vácuo. km c = 300 000 –––– = 3,0 . 108m/s s c V = ––– n 6 Ondas – exercícios gerais C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 126 127FÍSICA 1. Leitura Vibração x propagação em ondas transversais Considere uma longa corda elástica horizontal, não dissipadora de energia, pela qual se propaga um trem de ondas se noidais de período igual a T. No esquema ao lado, repre - sentamos em cinco instantes sucessivos, t1, t2, t3, t4 e t5, o per fil da corda com destaque para as posições ocupadas por um ponto vibrante P. As figuras 1, 2, 3, 4 e 5 estão in tercala - das, respectivamente, por intervalos de tempo �t = . Do esquema, depreende-se que, enquanto o trem de ondas se propaga horizontalmente da esquerda para a direita (tente verificar porque), o ponto P oscila verticalmente para baixo e para cima, executando um movimento com período igual a T, denominado harmônico simples (MHS). Tem-se, nesse caso, uma onda mecânica transversal, já que a direção de vibração dos pontos da corda é perpen - dicular à direção de propagação dos pulsos. T –– 4 4. A Física e a evolução de seus conceitos Estudo matemático da onda Frequência (f) É o número de vibrações por unidade de tempo. Período (T) É o intervalo de tempo correspondente a uma vibra - ção (oscilação) completa. Relação entre f e T ou unidade (f) = Para t, em segundos: unidade (f) = = s–1 = hertz (Hz) Relação fundamental da ondulatória a = amplitude λ = comprimento de onda (distância per cor rida pela perturbação durante um período) V = módulo da velocidade de propagação n f = –––– �t 1 f = ––– T 1 T = ––– f 1 –––––––––––– unidade (t) 1 –– s 1kHz = 103Hz e 1MHz = 106Hz λ V = λ f = ––– T 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 127 128 FÍSICA É importante destacar que nos instantes t1,t3 e t5, a aceleração de P é nula e a intensidade de sua velocidade é máxima. Sua energia potencial é nula e a cinética é má xima. Já nos instantes t2 e t4, a intensidade da aceleração de P é máxima, enquanto a velocidade é nula. Observe que nos pontos de elongação com valor absoluto máximo, ocorre inversão no sentido do movimento oscilatório. A energia potencial de P tem módulo máximo e sua energia cinética é nula. 2. Atividade em Grupo Com colegas, e sob a orientação do professor, que remos que você as discuta e participe das resoluções da ques - tão a seguir: Um pulso triangular produzido na extremidade de uma cor da tensa está na posição mostrada na figura 1,5s após o início do movimento da fonte de onda indicada. A velocidade do ponto P (x = 8,0cm), marcado no esquema, no instante 3,0s é: a) 2,0cm/s para cima. b) 2,0cm/s para baixo. c) 4,0cm/s para cima. d) 4,0cm/s para baixo. e) 5,0cm/s para baixo. RESOLUÇÃO: I) Determinação da velocidade de propagação do pulso (Vprop): Vprop = ⇒ Vprop = ⇒ II) Posicionamento do pulso em t2 = 3,0s: Vprop = ⇒ 4,0 = ⇒ III) Cálculo da velocidade de fase do pulso (Vfase): Enquanto o pulso se propaga 4,0cm para a direita, o ponto P vai do topo ao nível de equilíbrio, deslocando-se |�y| = 4,0cm para baixo. �tfase = �tprop ⇒ = = ⇒ Resposta: D 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=VRiasBTuoq0 Vprop = 4,0cm/s 6,0 cm ––––––– 1,5 s �x –––– �t �x = 12,0cm �x –––– 3,0 �x –––– �t �x ––––––– Vprop ��y� ––––– Vfase Vfase = 4,0cm/s 4,0 –––– 4,0 4,0 ––––– Vfase C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 10/12/2021 11:04 Página 128 129FÍSICA � (UNIOESTE) – Segun do dados da Anatel (Agência Nacio nal de Tele - comunicações) sobre a densidade de aparelhos no Bra sil, divulgados em agosto de 2006, con clui-se que metade dos brasileiros possui tele fone celular. Todo apa relho de telefo nia celular se comunica com as antenas que estão nos to pos das torres por meio de radiações (ou ondas) eletro mag - néticas que se propagam a uma velo ci dade de módulo c e pode operar na fre quên cia f1 = 800 MHz em pregando tecnologias cha madas TDMA e CDMA, ou na frequência f2 = 1,8 GHz, empre gando a tec nologia GSM. Sendo c o módulo da velocidade da luz no vá cuo (c = 3,0 . 108 m/s), é incorreto afirmar que a) em uma hora, as ondas eletromagnéticas com frequências f1 e f2, propagando-se no vácuo, percorrem uma distância de 1,08 . 109 km. b) o comprimento de onda da radiação de frequência f1 é maior do que o compri mento de onda da radiação de frequência f2. c) o comprimento de onda da radiação de frequência f1 é 0,375 metro. d) a energia da onda de frequência f2 é menor do que a energia da onda de frequência f1. e) se uma dessas ondas eletromagnéticas parte da Terra e chega a Plutão depois de 320 minutos, conclui-se que a dis tância entre a Terra e Plutão é de 5760 . 106 km. Resolução a) c = ⇒ 3,0 . 108 = Δs = 1,08 . 1012 m Logo: b) c = λf ⇒ λ = Com c constante, λ e f são inversamente proporcionais, logo: Se f1 = 0,80 GHz < f2 = 1,8 GHz, então λ1 > λ2. c) c = λ1 f1 ⇒ 3,0 . 10 8 = λ1 . 800 .10 6 d) E = hf (Equação de Planck) = ⇒ = e) c = ⇒ 3,0 . 108 = D = 5760 . 109 m Resposta: D � (FUVEST) – Uma pessoa produz oscilações periódicas em uma longa corda formada por duas porções de materiais diferentes, 1 e 2, nas quais os módulos das velocidades de pro pagação das ondas são, respectivamente, 5,0m/s e 4,0m/s. Segurando a extremidade feita do material 1, a pessoa abaixa e levanta sua mão regularmente, com - pletando um ciclo a cada 0,5s, de modo que as ondas se propagam do material1 para o material 2, conforme mostrado na figura. Despreze eventuais efeitos de reflexão das ondas. a) Circule, entre os vetores na folha de respostas, aquele que melhor representa a velocidade do ponto P da corda no instante mostrado na figura. b) Calcule a frequência e o comprimento de onda no material 1. c) Calcule a frequência e o comprimento de onda no material 2. Resolução a) No esquema abaixo está representado um trecho da corda 1 à qual pertence o ponto P. Foi carac terizada a corda em um instante t e em um ins tante posterior t + Δt. (Δt é menor que um período de oscilação, isto é, menor que 0,5s). Material 1 O ponto P oscila verticalmente com movimento harmônico simples (MHS) e no intervalo de tem po Δt esse ponto se desloca para baixo, como in dica a seta a seguir. → VP ↓�Representação da velocidade�vetorial do ponto P. b) (I) f1 = ⇒ f1 = (Hz) (II) V1 = λ1f1 ⇒ 5,0 = λ1 . 2,0 Da qual: c) (I) Na refração do pulso da corda 1 para a corda 2, a frequência se mantém. Logo: (III) V2 = λ2f2 ⇒ 4,0 = λ2 . 2,0 Da qual: Respostas: a) ↓ b) 2,0Hz e 2,5m c) 2,0Hz e 2,0m Δs –––– Δt Δs –––––– 3600 Δs = 1,08 . 109 km c –––– f λ1 = 0,375 m E2–––– E1 hf2–––– hf1 E2–––– E1 1,8 –––– 0,80 E2 = 2,25E1 Δs –––– Δt D –––––––– 320 . 60 D = 5760 . 106 km 1 –––– T1 1 –––– 0,5 f1 = 2,0 Hz λ1 = 2,5m f2 = f1 = 2,0Hz λ2 = 2,0m Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 129 130 FÍSICA � (MED. SANTA CASA-MODELO ENEM) – No mar, quando a amplitude das ondas aumenta, elas perdem seu formato se - noi dal, suas cristas tornam-se pontudas e seus vales adquirem for ma de calha. Quando a amplitude cresce muito, as ondas quebram. Avalia-se, empiricamente, que a onda se quebra quan do sua altura (h) atinge do compri mento de onda (λ). (Alberto Gaspar. Física, 2000. Adaptado.) O módulo da velocidade de propagação de uma onda no mar pode, com boa aproximação, ser calculado pela expressão v = ���� g . d , em que g é o módulo da aceleração da gravidade e d é a profundidade do mar no local da propagação. Considere que, em uma região onde a profundidade do mar é de 4,9 m, as ondas se quebrem quando sua altura atinge 2,0m, conforme a figura. Adotando-se g = 10 m/s2, a frequência com que as ondas estão oscilando, nessa região, é de a) 0,5Hz b) 1,0Hz c) 1,5Hz d) 2,0Hz e) 2,5Hz RESOLUÇÃO: (I) Cálculo da intensidade da velocidade de propaga ção da onda na profundidade d = 4,9m: V = ���gd ⇒ V = ������10 . 4,9 (m/s) ⇒ (II) Cálculo do comprimento de onda no instante em que a onda vai quebrar (isso ocorre na profun didade h = 2,0m): h = λ ⇒ 2,0 = λ ⇒ (III) Cálculo da frequência de oscilação: V = λ f ⇒ 7,0 = 14,0f ⇒ Resposta: A � (FUVEST) – Lasers pulsados de altíssima potência estão sendo construídos na Europa. Esses lasers emitirão pulsos de luz verde, e cada pulso terá 1,0 . 1015 W de potência e duração de cerca de 30 . 10–15 s. Com base nessas informações, de - termine a) o comprimento de onda λ da luz desse laser; b) a energia E contida em um pulso; c) o intervalo de tempo Δt durante o qual uma lâmpada LED de 3,0W deveria ser mantida acesa, de forma a consumir uma energia igual à contida em cada pulso; d) o número N de fótons em cada pulso. RESOLUÇÃO: a) Determinação do comprimento de onda λ. V = λ f ⇒ c = λ f λ = λ = (m) ⇒ b) Energia de um pulso E: E = Pot . Δt E = 1,0 . 1015 . 30 . 10–15 (J) c) Intervalo de tempo Δt de funcionamento da lâmpada de potên - cia PotLED = 3,0W com a energia do pulso E = 30J: PotLED . Δt = E Δt = = (s) d) Número de fótons N em cada pulso: E = N . Efóton E = N . h f N = N = = Respostas: a) λ = 5,0 . 10–7m b) E = 30J c) Δt = 10s d) N � 8,3 . 1019 fótons Note e adote: Frequência da luz verde: f = 0,6 . 1015 Hz Módulo da velocidade da luz = 3,0 . 108 m/s Energia do fóton = h f h = 6 . 10–34 J s c –– f λ = 5,0 . 10–7 m 3,0 . 108 –––––––––– 0,6 . 1015 E = 30J 30 –––– 3,0 E ––––––– PotLED Δt = 10s E –––– h f 30 ––––––––––– 3,6 . 10–19 30 ––––––––––––––––– 6 . 10–34 . 0,6 . 1015 N ≅ 8,3 . 1019 fótons 1 –– 7 V = 7,0m/s 1 –– 7 λ = 14,0m 1 –– 7 f = 0,5Hz Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 130 131FÍSICA 1. A Física e o cotidiano As intensidades da luz para o estudo do sinal do te - le fone celular, do wi-fi e do som fazem parte de nossas atividades cotidianas. Intensidade luminosa Símbolo: I Unidade: candela (cd) A intensidade luminosa é o fluxo luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. De uma forma geral as fontes luminosas não emitem luz igualmente em todas as direções. Deste modo, é necessário conhecer a intensidade luminosa em cada dire ção. A esta representação esquemática no espaço envol vente da fonte luminosa chama-se diagrama foto métrico ou diagrama polar e é fornecido pelos fabri cantes das lâmpadas. O ponto x, por exemplo, no diagrama seguinte, cor - res pondente a uma dire ção de 80°, tem uma inten sidade luminosa de 350 cd. Intensidade do sinal do telefone celular Um fator primordial para que uma ligação telefônica em aparelho ce - lular seja bem-sucedida é a intensidade de onda no local da ligação. Chamadas em locais em que o sinal é muito fraco não são comple - tadas. Os telefones celu lares geralmente têm um medidor da inten - sidade de onda, que pode ser lido pelo usuário no painel luminoso do aparelho. A intensidade do sinal diminui com a distância à antena. x 90° 60° 120° 150° 180° A 0 100 200 300 400 30° 0°B D C A N D E L A S Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. Quais são suas maiores preocupações com a intensidade das ondas? Como é possível medir a idade do Universo e dos fenômenos que nos cercam, como a produção de ondas gravitacionais? A amplitude da onda é importante na medida da intensidade da onda? Ao dobrar a distância em relação a uma lâmpada, quantas vezes diminui a luminosidade? 7 Potência e intensidade de ondas I C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 131 132 FÍSICA A história do Universo inicia-se com temperaturas im pres sionan te - mente elevadas que se vão redu zindo com a expansão. Galáxias e outras estruturas complexas de sen volvem-se a partir de sementes microscó picas. Intensidade sonora A sensibilidade auditiva depende da intensidade emitida pelas fontes sonoras, em W/m2, e da percepção fisiológica das orelhas humanas, em decibéis(dB). A tabela que se segue antecipa alguns resultados que apro fundaremos nas aulas de Acústica. Escala Decibel 2. A Física e o mundo A origem do Universo e a distribuição da energia no espaço-tempo A medida da distribuição da energia radiante no Universo mostra a origem inflacionária do espaço e do tempo, e suas variações permitem a localização de galáxias, explosões, buracos negros e a detecção de ondas gravitacionais. NIS (nível de intensidade sonora) = 10 log (dB) I ––– I0 I0 = 1,0 . 10 –12W/m2 (limiar da audição humana) C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 132 133FÍSICA As ondas gravitacionais 1. Segundo a Teoria da Relatividade de Einstein, o espaço-tempo é como um tecido elástico estica - do, que pode ser “dobrado” por campos gravi ta - cionais, planetas e buracos negros. 2. Einstein havia previsto que, diante de eventos co - mo a fusão de buracos negros, a gravidade seria tão massiva que geraria “ondas” no tecido espa - ço-tempo, que viajariam pelo Universo à veloci - dade da luz. Em uma comparação simples, elas se comportariam como as ondas geradas pela queda de uma pedra em um lago, dirigindo-se às bordas. 3. Até agora, essas ondas gravitacionais existiam apenas na teoria. Mas, com a ajuda de dois enormes experimentos nos Estados Unidos, os cientistas finalmente conseguiram detectar microal te rações em feixes de laser que percorrem 4 km entreespelhos, indicando a passagem de uma dessas ondas. 4. De acordo com os pesquisadores, a onda gravi - tacional detectada em 14 de setembro de 2015 foi gerada pela fusão de dois buracos negros com 150 km de diâmetro que colidiram 1,3 bilhão de anos atrás. A intensidade luminosa e a fotossíntese Luminosidade Quando uma planta é colocada em completa obs - curidade, ela não realiza fotossíntese. Aumentando-se a intensidade luminosa, a taxa da fotossíntese também aumenta. Todavia, a partir de um certo ponto, novos aumentos na intensidade de iluminação não são acompanhados por elevação na taxa da fotossíntese. A intensidade luminosa deixa de ser um fator limitante da fotossíntese quando todos os sistemas de pigmentos já estiverem sendo excitados e a planta não tiver como captar essa quantidade adicio - nal de luz. Atingiu-se o ponto de saturação luminosa. Luz do Sol 1. Os cloroplastos capturam a energia solar 2. Água entra na folha 3. CO entra na folha2 através dos estômatos 4. A folha libera açúcar ENERGIA QUÍMICA + DIÓXIDO DE CARBONO = AÇÚCAR ÁGUA + LUZ = ENERGIA QUÍMICA FOTOSSÍNTESE C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 133 134 FÍSICA Aumentando-se ainda mais a intensidade de exposi - ção à luz, chega-se a um ponto a partir do qual a ativi - dade fotossintética passa a ser inibida. Trata-se do ponto de inibição da fotossíntese pelo excesso de luz. 3. A Física e o laboratório As lâmpadas, as antenas e os alto-falantes podem ser considerados fontes de ondas esféricas. Admitamos, agora, que a propagação ondulatória ocor ra sem dissipação da energia ligada à onda. Sendo Pfonte a potência total emitida pela fonte e S = 4π x 2 a área da superfície esférica, temos que a intensidade de onda nessa superfície fica determinada por: O gráfico de I em fun ção de x é uma hi pérbole cú - bica, como mos tramos a seguir. Destaquemos que I é inver sa mente proporcional ao qua drado da distância x à fonte. Dobran do-se x, I reduz-se à quarta parte. Tri plicando-se x, I reduz-se à nona parte e assim por diante. Variação da intensidade de onda com as grandezas características da onda Verifica-se que, para uma onda esférica de fre quên - cia f e amplitude a que se propaga num meio não ab - sorvedor de energia, a intensidade de onda é dada por: em que k é uma constante de proporcionalidade que de - pende do meio e do módulo da velocidade de pro pa - gação. Dessa forma, é possível determinar a intensidade da onda sem conhecermos a potência e a localização da fonte. As ondas com maiores amplitudes e frequências são mais intensas. A seguir, verifique esses fatos para as ondas I e II, eletromagnéticas e observadas num mesmo local: A onda II é mais intensa, pois possui maior frequência e maior am - plitude (I2 > I1). A onda II possui maior amplitude (A2 > A1) e menor compri mento de onda (λ2 < λ1), e portanto maior fre quência. Assim, a onda II é mais intensa que a onda I, ou seja, trans fere mais energia para o ponto onde foi observada. Pfonte I = –––––– 4πx2 I = k f 2 a 2 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 134 135FÍSICA 1. Leitura O Sol – nossa grande “fornalha” De onde vem a energia que alimenta a Terra e que supre as necessidades de todos os seres vivos, além de toda sorte de máquinas e equipamentos das mais diversas tecnologias? Vem direta ou indiretamente do Sol (do latim solis), estrela mãe de nosso sistema planetário, que irradia luz, calor e outras formas de ener - gia eletromagnética em todas as direções, des pejando sobre o nosso planeta, em média, 1366 joules por segundo, por metro quadrado de superfície irradiada. Esse número é conhecido como constante solar. Nos vegetais, a energia solar sintetiza, pelo processo da fotossíntese, a formação de glicose, nutriente vital. Esses vegetais vão servir de alimento para diversos ou - tros organis mos, inclusive alguns mamíferos, prestando- se como base de uma cadeia alimentar que se estende até o homem. Da cana de açúcar, do milho, da mamona e de outros insumos de origem vegetal derivam-se vá - rios tipos de combustíveis, como o etanol e o biodiesel. De vegetais e outros subs tra tos de com postos ao longo de milhões de anos advém o petróleo e o carvão mineral, itens ainda primordiais na matriz ener gética do planeta. A energia dos ventos (eó lica) tam bém provém primaria - 4. A Física e a evolução de seus conceitos Potência e intensidade de onda para ondas esféricas Consideremos uma fonte pontual de ondas esfé ri - cas, como uma pequena lâmpada, por exemplo, colocada no centro de uma superfície esférica de raio igual a x, que tem uma abertura de área igual a A, confor - me representa a figura. Seja ΔW a quan tidade de energia as sociada à onda que atravessa a abertura num intervalo de tempo Δt. A potência de onda (P) na abertura considerada é dada pelo quociente: No SI, temos: unid (P) = = watt (W) A intensidade de onda (I) na abertura considerada é dada pelo quociente: No SI, temos: unid (I) = = A grandeza física I traduz a quantidade de energia da onda que atravessa a abertura por unidade de tempo e por unidade de área. Para uma onda esférica de raio igual a x, temos: ΔW P = –––– Δt J ––– s P I = ––– A W ––––– m2 J –––––– s m2 Pfonte I = –––––– 4 πx2 Foto astronômica do Sol. 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 135 136 FÍSICA men te da energia solar, que tra balha para movimentar as diversas camadas at mos fé ricas. O mesmo ocorre com a energia das marés (ma re motriz) e a energia hídrica, pro ve - niente de hidroelé tricas. É importante lembrar que a água líquida existente na Terra está condicionada à privi le giada posi ção do pla neta em relação ao Sol e ao regime de chu - vas, totalmen te dependente de manifestações so la res. Em comparação com o Sol, a Terra é um pequeno grão de poeira cósmica. A distância da estrela ao nosso pla neta varia de 147,1 milhões de quilômetros, no perié - lio, a 152,1 milhões de quilômetros, no afélio. A energia ra diante solar gasta cerca de 8min e 18s para atingir a Terra, transpondo algo como 150 milhões de quilômetros (o que equivale a uma unidade astronômica – ua), na ve - lo cidade da luz: 3,0 . 108 m/s. A massa da estrela é 332 830 vezes a da Terra e o raio médio, 108,97 vezes o do nosso planeta. Seriam necessárias cerca de 109 Ter - ras para cobrir o disco solar ou, o que é mais impressio - nante, caberiam aproximadamente 1,3 milhão de Terras dentro do Sol. Nesta ilustração, produzida por computador, você pode comparar as di - mensões da Terra com as do Sol. Já no século XIX, os astrônomos sabiam que a ener - gia solar não poderia ser gerada por combustão, uma vez que, por essa via, o Sol se manteria brilhante por apenas 10 mil anos. Tampouco a teoria do Colapso Gravitacional, proposta pelo físico alemão Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821 – 1894), explicou satisfatoriamente a energia emanada do Sol. Segundo essa teoria, o Sol po deria brilhar por somente 20 milhões de anos, o que contrariava evidências geológicas que indicam ainda hoje que a Terra, e também o Sol, têm idade estimada em 4,5 bi lhões de anos. Em 1937, Hans Albrecht Bethe (1906 – 2005) propôs uma nova explicação, aceita atualmente, para a proce - dência da energia solar: ela provém de reações termonu - cleares, de fusão nuclear, em que quatro pró tons, per - ten centes a quatro núcleos de hidrogênio, aglutinam-se para formar uma partícula �, núcleo do átomo de hélio. Des sa forma, o Sol, constituído por 73,46% de hidro gê - nio e 24,85% de hélio – portanto, quase a totalidade da estrela – teria “combustível” suficiente para mais 6,5 bi - lhões de anos, aproximada mente. Na transformação dos quatro prótons em uma partícula �, há uma “perda” de massa de 0,7%. Essa redução de matéria, fruto do con tí - nuo processo de fusão nuclear, é transformada em ener - gia de acordo com a Equação de Albert Einstein, E = mc2. A esfera solar, constituída basicamente por gases e plasma, tem três partes bem distintas:o núcleo, onde se processam as reações de fusão nuclear, com tempe - raturas da ordem de 13 600 000 K, a região radioativa, in ter mediária, e a região convectiva. Nesta parte, a ener gia produzida no núcleo é levada à superfície pela movi men tação de massas quentes que se deslocam por diferença de densidades. A região convectiva é coberta por uma tênue camada, denominada fotosfera, que é a “capa” ex ter na que caracteriza as imagens do Sol cap ta - das de observatórios astronômicos. Paradoxal mente, a fotos fera não é tão quente como se imagina: suas tempe ra tu ras rondam os 5 778K (temperatura efetiva). Nas ima gens do Sol, as partes mais claras indicam maior ativi dade energética e as partes mais escuras – eventual - men te, as manchas solares – identificam regiões da es - trela com menor liberação de energia. As camadas acima da fotosfera constituem a at - mos fera solar. A primeira, imediatamente superior, é a cro mosfera, com temperaturas variando de 6 000 K a 30 000 K. A camada mais externa chama-se coroa solar. Esta é extremamente rarefeita e se estende para além do sistema solar. As razões da elevação da temperatura desde a fotosfera até as camadas sobrejacentes é fato ainda não devidamente explicado pelos cientistas, cons - tituindo-se em um grande enigma para os astrofí si cos que estudam o Sol. Nesta fotografia, obtida por ocasião de um eclipse total do Sol ocorrido em 1999, pode-se observar o disco lunar cobrindo perfeitamente o disco solar. Nota-se claramente além do círculo escuro a presença da coroa solar. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 136 137FÍSICA O Sol desfruta de um equilíbrio hidrodinâmico em que forças opostas trabalham concomitantemente: uma é a força gravitacional, dirigida para o núcleo, que tende a prensar toda a massa da estrela em sua região central, on de se registram pressões da ordem de 340 bilhões de vezes a pressão atmosférica da Terra no nível do mar, e a outra é uma força de pressão que empurra as massas quentes produzidas no núcleo para a região superficial (con vecção). Devido à estrutura gasosa do Sol, o movimento de ro ta ção da estrela imprime diferentes velocidades an gu - lares em pontos superficiais da região equatorial e da re - gião polar. Próximo ao equador do Sol, o período de ro - tação é de 25 dias terrestres, aproximadamente, en quan - to nas vizinhanças dos polos, é cerca de 34 dias. Isso provoca ciclicamente, a cada 11 anos em média, inversão no campo magnético da estrela, o que acarreta na Terra as chamadas tempestades solares, que são interfe rên - cias magnéticas significativas e maior incidência de partí - culas procedentes da coroa solar. As tempestades solares podem afetar satélites arti - ficiais terrestres e as telecomunicações em geral, com possibilidade de transtornos nas transmissões de rádio, TV e telefonia celular. Esse blecaute pode trazer proble - mas na operação de aeroportos, estações ferroviárias e sistemas que dependem de GPS (sigla em inglês para Global Positioning Sistem). As tempestades solares também proporcionam efeitos belíssimos, como a inten - sifi cação de auroras boreais e austrais. Nesses casos, o céu é aclarado por rajadas multicoloridas (predominan - temente verdes e vermelhas) devido à interação de partículas solares em alta velocidade com o campo mag - nético do planeta, mais intenso nas regiões polares. Auroras boreais e austrais: interação entre partículas solares e o campo magnético terrestre. Mas o Sol esgotará seu combustível nuclear... A gran de “fornalha” colapsará, transformando-se primeira mente numa gigante vermelha e por fim numa anã bran ca. Os primeiros sintomas desse colapso serão notados na Terra por um grande aumento de temperatura que fará evaporar todas as águas da superfície do planeta. Por fim, todos os planetas do sistema solar serão “engolidos” pelo Sol. Com isso, todo o tipo de vida por aqui se extinguirá! A boa notícia, porém, é que isso ainda demandará muito tempo, cerca de cinco bilhões de anos... 2. Atividade em Grupo Imagine que você faça uma viagem sideral visitando outros planetas de outras galáxias. (...) Ocorrendo um encontro com algum extraterrestre (ET) amigável e na hipótese de haver um diálogo inte ligível entre você e ele, possíveis perguntas desse ET provavelmente fossem dirigidas a você: – De que lugar do Universo você é? – Em seu planeta existe água? E atmosfera? – Qual a intensidade da aceleração da gravidade de lá? – Qual a constante solar dessa tal de Terra? Sim, ele gostaria de saber o valor da nossa essencial constante solar, isto é, quanto de energia recebemos do Sol por segundo e por metro quadrado de área perpen dicular à insolação. Agora Aquecimento gradual Gigante vermelha Nebulosa planetária Anã branca... Ciclo de vida do Sol 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Bilhões de anos (aprox.) não está em escala Nascimento C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 137 138 FÍSICA Dessa informação, seria possível ao ET depreender todas as possibilidades energéticas do nosso planeta, já que praticamente todas as demais matrizes de energia dependem da nossa fonte primária: o Sol. Esta última pergunta tem a seguinte resposta: Lembre-se agora de que a intensidade de onda ou de radiação, I, para ondas esféricas, como as emanadas pelo Sol, é dada pela expressão: Em que: P: potência da fonte de ondas e x: distância de um determinado observador à fonte de ondas Observe que I decresce na razão inversa do quadra do de x. Graficamente: ITerra � 1360 W/m 2 I = P ––––– 4πx2 Agora, observe o infográfico a seguir, fora de escala e em cores-fantasia, no qual estão indicadas as dis tân cias ao Sol e as constantes solares dos planetas Vênus, Terra e Marte, respectivamente. Com esses dados, pedimos que você, juntamente com colegas e sob a orientação do professor, estime o valor apro ximado da potência energética emanada pelo Sol, admitida constante em todo o sistema solar. Ex pres se sua resposta em GW (1 GW= 109 W). Compare o resultado obtido com a potência instalada em Itaipu (Brasil / Paraguai) e Três Gargantas (China). Pesquise os valores dessas potências. 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Para saber mais sobre a estrutura e o comporta mento do Sol: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sol http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm http://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/sun.htm C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 138 139FÍSICA � (UNIP-MODELO ENEM) – A intensidade de uma onda so nora, pro pagando-se no ar, é proporcional ao quadrado de sua amplitude de vibração e pro por cional ao quadrado de sua fre quên cia. Um observador recebe, si multa neamente, dois sons, A e B, cu jos perfis de onda são mostrados acima. Sabendo-se que os sons têm a mesma velocidade de pro pagação no ar, a relação entre as intensidades IA e IB dos sons A e B, captados pelo observador, é dada por: a) IA = IB b) IA = 2IB c) IA = 4IB d) IA = 16IB e) IA = Resolução λA = 2λB ⇒ fB = 2fA AA = 2AB ⇒ AB = IB = kfB 2 AB 2 = k (2fA) 2 . 2 = k4fA 2 . Assim: IA = IB Resposta: A � (UFPR-MODELO ENEM) – Quando uma pessoa fala, o que de fato ouvimos é o som resultante da superposição de vários sons de frequências diferentes. Porém, a fre quên cia do som percebido é igual à do som de menor frequência emitido. Em 1984, uma pesquisa reali - zada com uma população de 90 pessoas, na cidade de São Paulo, apresentou os se guintes valores médios para as frequências mais baixas da voz falada: 100Hz para homens, 200Hz para mulheres e 240Hz para crianças. (TAFNER, Malcon Anderson. Reconhecimento de palavras faladas isoladas usando redes neurais artificiais. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina.) Segundo a teoria ondulatória, a intensidade I de uma onda mecânica se propagando num meio elástico é diretamenteproporcional ao quadrado de sua fre quên cia para uma mesma amplitude. Portanto, a razão IF / IM entre a intensidade da voz feminina e a intensidade da voz masculina é: a) 0,25 b) 0,50 c) 1,5 d) 2,0 e) 4,0 Resolução Conforme o enunciado: I = kf2 Logo: = ⇒ = 2 = 2 ⇒ Resposta: E � Explosões solares emitem radiações eletro mag - néticas muito intensas e ejetam, para o espaço, partículas car re gadas de alta energia, o que provoca efeitos danosos na Terra. O gráfico abaixo mostra o tempo transcorrido des de a pri meira detecção de uma explosão solar até a chegada dos diferentes tipos de perturbação e seus respectivos efeitos na Terra. Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a per tur bação por ondas de rádio geradas em uma explosão solar a) dura mais que uma tempestade magnética. b) chega à Terra dez dias antes do plasma solar. c) chega à Terra depois da perturbação por raios X. d) tem duração maior que a da perturbação por raios X. e) tem duração semelhante ao tempo de chegada à Terra de par - tículas de alta energia. Resolução a) Falsa: a duração T das ondas de rádio é tal que 1min < T < 10h e a tempestade magnética tem du ração de até 10 dias. b) Falsa: a diferença de chegada à Terra é pouco maior que 1 dia. c) Falsa: as ondas de rádio e de raios X chegam, prati camente, si mul - taneamente. d) Verdadeira. e) Falsa: a duração das ondas de rádio é maior do que o tempo de che - gada à Terra das partículas de alta energia. Resposta: D IB ––– 4 AA–––– 2 IA = kfA 2 AA 2 AA�––––�2 AA 2 –––– 4 IB = kfA 2 AA 2 �fF–––fM� IF––– IM kfF 2 –––– kfM 2 IF––– IM IF ––– = 4,0 IM �200–––––100� IF––– IM Escala de tempo das perturbações solares e seus efeitos perturbação efeito: primeiras alterações na ionosfera perturbação efeito: interferência de rádio efeito: alteração na ionosfera polar perturbação efeito: tempestade magnética 1 minuto 10 minutos 1 hora 10 horas 1 dia 10 dias Exercícios Resolvidos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 139 140 FÍSICA � (MODELO ENEM) – A telefonia móvel foi introduzida no Brasil em 1972, utilizando um sistema anterior à tecnologia celular. Era um sistema rudimentar para os padrões atuais, com baixa capacidade, utilizando a tecnologia IMTS, sigla em inglês para Improved Mobile Telephone System, instalado em Brasília, com apenas 150 terminais. Hoje, passadas mais de qua tro décadas, as redes de telefonia celular abrangem pra - ticamente todo o território nacional, com mais de 200 milhões de linhas habilitadas (cerca de uma linha por habitante), que se valem das tecnologias 2G, 3G e 4G, que em prega a quarta geração de telefones celulares. Considere um carro trafegando ao longo de uma rodovia retilí - nea situada numa região em que há uma única antena trans - mis sora/re ceptora de sinais de telefonia celular. Suponha que essa antena esteja localizada junto à posição x = 0 de um eixo de abscissas 0x coincidente com o eixo longitudinal da pista. Admita ainda que os sinais da antena sejam constituídos de ondas eletro magnéticas esféricas, centradas na extremida de da antena, e que essas ondas se propaguem sem dissi pação de energia. O motorista do carro tem um telefone celular que irá “per ceber” a presença da antena. Sendo I a intensidade do sinal captado pelo aparelho, aponte o gráfico que mais bem representa a variação de I em função da posição x do veículo durante sua passagem diante da antena. RESOLUÇÃO: Na aproximação da antena, o telefone celular “percebe” a intensi - da de do sinal irradiado aumentando, ocorrendo o contrário no afastamento. O crescimento e o decrescimento de I, porém, estão mais bem representados no gráfico da alternativa d, já que I é inversa mente proporcional ao quadrado da distância d, do telefone celular à extremidade da antena. Veja a expressão matemática dessa variação: em que P é a potência, supostamente constante, das ondas trans mitidas. Resposta: D P I = –––––– 4π d2 Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 140 141FÍSICA � A figura mostra como é a emissão de radiação eletromag nética para cinco tipos de lâmpada: haleto metálico, tungstênio, mercúrio, xenônio e LED (diodo emissor de luz). As áreas coloridas destacadas são proporcionais à intensidade da energia liberada pela lâmpada. As linhas pontilhadas mostram a sensibilidade do olho humano aos diferentes comprimentos de onda. UV e IV são as regiões do ultravioleta e do infravermelho, respectivamente. Um arquiteto deseja iluminar uma sala usando uma lâmpada que produza boa iluminação, mas que não aqueça o ambiente. Disponível em: http://zeiss-campus.magnet.fsu.edu. Acesso em: 8 maio 2017 (adaptado). Qual tipo de lâmpada melhor atende ao desejo do arquite to? a) Haleto metálico. b) Tungstênio. c) Mercúrio. d) Xenônio. e) LED. RESOLUÇÃO: A lâmpada LED, entre as opções apresentadas, é a que mais emite radiação eletromagnética na faixa do visível. Além disso, a intensidade da energia liberada na faixa do IV é desprezível, o que melhor atende ao desejo do arquiteto, que é de não aquecer em demasia o ambiente. Resposta: E � (UNITAU-MODELO ENEM) – O planeta Terra é constante - mente bombardeado por radiações vindas do espaço. Atualmente, algumas dessas radiações podem ser produzidas por meio de equipamentos controlados por pesquisadores e técnicos. Essas “radiações” podem ser divididas em dois grandes blocos: radiação ionizante e radiação não ionizante. Algumas das radiações ionizantes fazem parte do espectro de radiações eletromagnéticas. Identifique qual das alternativas abaixo apresenta somente radiações ionizantes: a) Raios X, luz visível, luz ultravioleta. b) Raios gama, raios infravermelhos, raios X. c) Ondas RF, raios beta, raios X. d) Raios cósmicos, luz amarela, luz ultravioleta. e) Raios beta, raios gama, raios X. RESOLUÇÃO: Radiação ionizante é a radiação que apresenta energia suficiente para ionizar átomos e moléculas. A energia mínima típica da radiação ionizante é cerca de 10eV. Radiações com energia superior a esse valor podem danificar células e material genético (DNA), causando doenças graves, como o câncer, que pode levar à morte. Raios beta são feixes de elétrons de alta energia, sendo consi dera - dos radiações ionizantes. Já os raios X e �, também considerados radiações ionizantes, são ondas eletromagnéticas de alta frequência que, numa visão quân - tica, têm fótons muito energéticos, cujo quantum é calculado pela Equação de Planck. Resposta: E E = h f C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 141 142 FÍSICA 1. A Física e o cotidiano O uso de protetores solares é fundamental para a prevenção do câncer de pele, principalmente, em países tropicais. 2. A Física e o mundo Os aquecedores solares são opções sustentáveis para o aquecimento doméstico da água. Antes de iniciar seus estudos, reflita sobre as questões abaixo, forme suas opiniões e confronte-as com a teoria apresentada em seguida. Suas ideias são muito importantes para enriquecer nosso ensino e seu aprendizado. Que proteção a camada de ozônio oferece para nossas peles? O Brasil tem insolação média entre 400W/m2 e 1000W/m2; como poderíamos aproveitar essa energia? Por que existe uma unidade especial para a medida da intensidade luminosa, a candela? Qual o significado de medir a intensidade sonora em W/m2 ou em decibel(dB)? 8 Potência e intensidade de ondas II C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 142 143FÍSICA Aquecedores solares Energia solar = Calor para aquecer a água I. A . Δt = m . c . Δθ I = intensidade solar em W/m2 A = área do coletor em m2 Δt = tempo de exposição ao Sol em segundos m = massa em kg c = calor específico sensível da água em J/kg.°C Δθ = variação da temperatura em °C 3. A Física e o laboratório Intensidade sonora As ondas sonoras são esféricas e, definida a fre - quência, sua intensidade depende da amplitude no local de sua medição. A intensidade da fonte sonora é medidaem W/m2 e a percepção auditiva, em decibel(dB), numa escala logarítmica, que permite uma análise simples dos danos da poluição do som. Intensidade (“volume”) • Intensidade = • A intensidade sonora geralmente é medida em decibéis (dB). • Está relacionada com a amplitude da onda. Intensidade luminosa As ondas luminosas podem ser esféricas, mas suas intensidades variam para cada direção e sua medida é feita dentro de ângulos sólidos cônicos, como mostra - mos a seguir. Unidade do SI • No caso geral, uma fonte luminosa não emite a luz de maneira idêntica em todas as direções do espaço. • Intensidade luminosa (I), referida a uma dada direção, é o quociente entre o fluxo luminoso gerado por uma fonte, num cone contendo a direção pretendida, e o ângulo sólido desse cone: Potência da fonte –––––––––––––––––– Área da superfície C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 143 144 FÍSICA As ondas eletromagnéticas são produzidas pela osci lação de elétrons e, suas intensidades são direta - mente pro porcionais aos quadrados da frequência f e da ampli tude A. 4. A Física e a evolução de seus conceitos Potência e Intensidade de Onda Sendo ΔW a quantidade de energia transportada pela onda que atravessa a superfície de área A no intervalo de tempo Δt, temos: Potência: Intensidade: Para ondas esféricas: ΔW P = –––– Δt P ΔW I = ––– = ––––– A A Δt P P I = ––– = –––––– A 4 π x2 I = k f 2 A2 C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 144 145FÍSICA 1. Leitura Cumes muito altos e neves eternas? Quando pensamos em sair de férias, mesmo que nos so destino seja uma bela praia com muito calor, não deixamos de cogitar a incrível possibilidade de visitar - mos um local com neve. Mesmo nas estações mais quentes do ano, altas mon tanhas podem apresentar neve no entorno do seu cume. No sopé da elevação encontramos temperaturas elevadas, no entanto, quando chegamos lá em cima, o ar se apresenta gélido e rarefeito e não conseguiríamos su - portar essa situação sem, pelo menos, um bom agasa lho. Afinal, por que no topo dessas altas montanhas a neve é ‘eterna’, persistindo mesmo durante o verão? E o ar, por que é tão frio? Energia radiante emitida pelo Sol atravessa o espaço e chega à Terra na razão de 1360 W/m2, aproxima da - mente. Essas ondas eletromagnéticas são absorvidas em parte pela superfície do planeta e transformadas em energia térmica. Uma parcela da energia absorvida é emitida de volta e utilizada para aquecer o ar próximo ao solo. Esse ar quente sobe, por correntes de convecção, mas, à medida que vai subindo, a pressão atmosférica diminui e o ar se expande. A expansão rápida do ar suge - re, então, uma transformação adiabática. Assim, o ar ascendente realiza trabalho quase sem trocar calor e, como resultado, esfria. Outro aspecto é que na base da montanha o solo é bem mais horizontal, favorecendo um maior acúmulo de neve. Isso gera, porém, intensas forças de pressão con - tra as camadas subjacentes, o que provoca o derreti - mento do gelo, que perdura por pouco tempo nesses locais. Ademais, há uma melhor absorção da energia radiante junto ao sopé da elevação, o que também con - tribui para a fusão da neve. Nas encostas mais íngremes (muito inclinadas) existentes nas maiores altitudes, acumula-se muita neve branca que difunde, sem absor - ção, a maior parte da energia radiante incidente. Além do mais, as superfícies mais verticais, próximas ao topo, recebem menores quantidades de energia, já que a insolação nos horários mais quentes, de sol a pino, ocorre quase tangencialmente à área nevada. Esses fatores mantêm, portanto, as temperaturas muito baixas junto aos cumes, colaborando para a ma - nutenção de neves perenes nesses locais, mesmo durante o verão. O notório aquecimento verificado no planeta, con tu - do, provocado pelo acúmulo de gases-estufa na atmos - fera – CO2,CH4 e N2O, entre outros – tem levado muitas ‘neves eternas’ a derreterem, como está acon tecendo no topo do Monte Kilimanjaro, elevação mais alta da África, com 5895m de altitude, no norte da Tan zânia, quase na fronteira com o Quênia. Lá, praticamente não há mais neve. As neves do alto do Kilimanjaro estão desaparecendo ano a ano, fruto do aquecimento global. 5. C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 145 146 FÍSICA 2. Atividade em Grupo Com colegas, e sob a orientação do professor, que - remos que você a discuta e participe da resolução da ques tão a seguir: A Torre Eiffel, em Paris, foi inaugurada em 31 de março de 1889, para comemorar o centenário da Revolução Francesa e marcar a Expo Universal de Paris. O construtor responsável pela obra foi Gustave Alexandre Eiffel, engenheiro francês que também projetou a estrutura da estátua da Liberdade, em Nova York, além de outras obras importantes mundo afora. A Torre Eiffel possui cerca de dez mil toneladas de aço em uma estrutura vazada com 324 metros de altura e área constituída por aço, exposta à radiação solar, equivalente a 10 000 m2. Responda às questões abaixo: a) Qual a quantidade de energia térmica solar, em joules, inci - dente sobre o aço de que é feita a torre entre 10h e 15h de um solstício de verão? b) Supondo-se que às 10h de um solstício de verão, a tempe - ratura do aço de que é feita a torre é de 20,0 °C, qual a tem - peratura verificada nesse material às 15 h do mesmo dia? c) Do dia mais frio do inverno ao dia mais quente do verão, qual o acréscimo de altura verificado na Torre Eiffel, em cen - tímetros? Dê o resultado com três algarismos significa tivos. RESOLUÇÃO: a) I = ⇒ 1 000 = Da qual: b) Sendo Q = 1,8 . 1011 J = 0,45 . 1011 cal, m = 10 . 109 g, c = 0,20cal/g°C e θ0 = 20,0°C, calculemos a tempera tura final θ atingida pelo aço que constitui a torre. Q = m c Δθ ⇒ Q = m c (θ – θ0) 0,45 . 1011 = 10 . 109 . 0,20 (θ – 20,0) 45,0 = 2,0 (θ – 20,0) ⇒ 22,5 = θ – 20,0 Da qual: c) Com L0 = 324 m, α = 1,1 . 10 –5°C–1 e Δθ = 35 – ( – 5) (°C) = 40°C, cal culemos o acréscimo de altura ΔL verificado na Torre Eiffel. ΔL = L0 α Δθ ⇒ ΔL = 324 . 1,1 . 10–5 . 40 (m) Da qual: Respostas: a) 1,8 . 1011 J b) 42,5°C c) 14,3 cm 3. Livros, Artigos, Sites e Vídeos Para saber mais sobre o aquecimento global e suas conse - quências: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e- reportagens/reportagem/o-aumento- alarmante-da-temperatura-global https://jornal.usp.br/ciencias/aquecimento- global-causado-pelo-homem-gera-37-das- mortes-ocorridas-na-estacao-quente/ Para explorar a intensidade de radiação emitida por um corpo negro: https://phet.colorado.edu/sims/html/ blackbody-spectrum/latest/blackbody- spectrum_en.html No livro Tópicos de Física (obra em 3 volumes) – Helou, Newton e Ronaldo – Ed. Saraiva; SOMOS Educação – leia, no Volume 1 – Edição 2019, o texto Rios voadores da Amazônia (Capítulo Trabalho e Potência) Note e Adote: Taxa média de radiação solar sobre o aço de que é feita a torre, entre 10h e 15h de um solstício de verão: 1000 J/m2 s Calor específico sensível do aço: 0,20 cal/g °C Coeficiente de dilatação linear do aço: 1,1 . 10–5 °C–1 Temperaturas típicas registradas em Paris: no dia mais frio do inverno, –5°C, e no dia mais quente do verão, 35°C. 1 cal = 4 J Q –––––––––––––––––– 10 000 . 5 . 3 600 Q –––––– A Δt Q = 1,8 . 1011 J Q = 42,5°C ΔL � 0,143 m = 14,3 cm C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 146 147FÍSICA � (ITA-SP-MODELO ENEM) – Um painel coletor de energia solar para aque cimento residencial de água, com 50% de eficiência, tem su - per fície coletora com área útil de 10m2 . A água cir cula em tu bos fixados sob a super fície coletora. Suponha que a intensidade da energia solar incidente é de 1,0 . 103 W / m2 e que a vazão de supri - mento de água aquecida é de 6,0 litros por mi nuto. Assinale a opção que indica a variação da tem peratura da água. Dado: cH2O = 4,2 . 103J/kg. K a) 12°C b) 10°C c) 1,2°C d) 1,0°C e) 0,10°C Resolução A intensidade de radia ção aproveitada para o aque cimento da água (Iútil)é dada por: Iútil = 0,5 I = ⇒ 0,5 I = Admitindo-se que a massa de água corres pon dente a 6,0� seja igual a 6,0kg (µH2O = 1,0kg/�), vem: 0,5 . 1,0 . 103 = ⇒ Resposta: A � Os níveis de irradiância ultra violeta efetiva (IUV) indicam o risco de expo sição ao Sol para pessoas de pele do tipo II – pele de pigmentação clara. O tempo de ex posição se gura (TES) corresponde ao tempo de exposição aos raios solares sem que ocorram quei maduras de pele. A tabela mostra a correlação entre riscos de exposição, IUV e TES. Uma das maneiras de se proteger contra queimaduras pro vocadas pela radiação ultravioleta é o uso dos cremes prote tores solares, cujo Fator de Proteção Solar (FPS) é calculado da seguinte maneira: FPS = TPP = tempo de exposição mínima para produção de vermelhidão na pele protegida (em minutos). TPD = tempo de exposição mínima para produção de vermelhidão na pele desprotegida (em minu tos). O FPS mínimo de que uma pessoa de pele tipo II neces sita para evitar queimaduras ao se expor ao Sol, con siderando TPP o intervalo das 12h às 14h, num dia em que a irradiância efetiva é maior que 8, de acor do com os dados fornecidos, é a) 5 b) 6 c) 8 d) 10 e) 20 Resolução Para IUV maior que 8, de acordo com a tabela, o valor de TES é de, no máximo, 20 minutos = h. Para produzir vermelhidão sem a pele estar pro tegida, o TPD deve ser superior a 20 mi nu tos = h. De acordo com o enunciado, desejamos o valor TPP igual a 2h (inter - valo entre 12h e 14h). Portanto: FPS = = ⇒ Resposta: B Pot –––– A Q –– ––– Δt . A mc Δθ –– ––––– Δt . A 6,0 . 4,2 . 103 . Δθ –– ––––––––––––––– 60 . 10 Δθ = 11,9 °C � 12°C TPP –––– TPD 1 –– 3 1 –– 3 TPP –––– TPD 2h ––––– 1 –– h 3 FPS = 6 Riscos de exposição IUV TES (em minutos) Baixo 0 a 2 Máximo 60 Médio 3 a 5 30 a 60 Alto 6 a 8 20 a 30 Extremo Acima de 8 Máximo 20 Exercícios Resolvidos � (UNICAMP-SP) – Uma antena de transmissão de telefonia celular situa-se no topo de uma torre de 15m de altura. A frequência de transmissão é igual a 900 MHz, e a intensidade da radiação emitida varia com a distância em relação à antena, conforme o gráfico ao lado. a) Qual a intensidade da radiação em um aparelho de tele fo ne celular que está posicionado na base da torre da antena? b) O limite de segurança para a radiação eletromag né tica nessa faixa de frequências é de aproxima da mente 10W/m2. Qual a distância mínima que uma pessoa pode ficar dessa antena sem ultra pas sar o limite de segurança? Exercícios Propostos C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 147 148 FÍSICA RESOLUÇÃO: a) De acordo com o gráfico dado, para d = 15m, temos I = 10–1W/m2. b) 1mW/cm2 = 10–3W/10–4m2 = 10W/m2 No gráfico dado, para I = 10W/m2, o valor de d é mais próximo de 1,5m. Para confirmar a leitura do gráfico, observemos que: d1 = 15m ––––––––––––– I1 = 10 –1W/m2 d2 = ? ––––––––––––– I2 = 10 1W/m2 Como I varia inversamente com o quadrado da dis tância, te - mos: I2 = 100 I1 ⇒ Respostas: a) 10–1W/m2 b) 1,5m � O aproveitamento da luz solar como fonte de ener gia renovável tem aumentado significati - vamente nos últimos anos. Uma das aplicações é o aquecimento de água (ρágua = 1,0kg/�) para uso residencial. Em um local, a intensidade da radiação solar efetivamente captada por um painel solar com área de 1,0m2 é de 0,03kW/m2. O valor do calor específico sensível da água é igual 4,2 kJ/(kg °C). Nessa situação, em quanto tempo é possível aquecer 1,0 litro de água de 20 °C até 70 °C? a) 490 s b) 2 800 s c) 6 300 s d) 7 000 s e) 9 800 s RESOLUÇÃO: (I) I = ⇒ 0,03 = Da qual: (II)Pot = ⇒ Δt = = Δt = (s) ⇒ Δt = (s) Da qual se obtém: Resposta: D d1 d2 = ––– = 1,5m 10 Pot –––– 1,0 Pot –––– A Pot = 0,03kW m c Δθ –––––––– Pot Q –––– Pot Q –––– Δt 210 –––––– 0,03 1,0 . 4,2 . (70 – 20) ––––––––––––––––– 0,03 Δt = 7000s C1_2a_Fisica_Alelex_2022-FRENTE3 08/12/2021 16:42 Página 148