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Embriologia do Sistema Renal

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Embriologia do Sistema 
Urinário/Renal
Prof. Dr. Wesley Oliveira de Sousa
BIS-UFRB
Sistema urinário
• É formado por:
• Rins – produz urina
• Ureteres – conduz a urina dos rins para a bexiga
• Bexiga – estoca temporariamente a urina
• Uretra – conduz a urina da bexiga para o exterior
• No sexo masculino a uretra conduz urina e sêmen, nas 
mulheres a condução é separada, pois a uretra se abre 
no vestíbulo da vagina, localizado entre os pequenos 
lábios 
Sistema urogenital
• É formado pelo sistema urinário e genital, que são associados
embriológica e anatomicamente;
• `Tem origem do mesoderma intermediário da parede dorsal do corpo
do embrião, exceto grande parte do tecido da bexiga urinária;
• O dobramento lateral do embrião desloca o mesoderma lateral para
posição ventral;
• Ocorre a formação de uma elevação longitudinal do mesoderma, a
crista urogenital, em cada lado da aorta dorsal;
• Genes responsáveis pela formação da crista urogenital: supressor 1 do
tumor de Wilms (WT1), fator esteroidogênico 1 e gene DAX1
(hipoplasia adrenal congênita ligada ao X);
• A parte da crista urogenital que forma o sistema urinário é o cordão
(crista) nefrogênico, e a parte genital é formada pela crista gonadal;
• O sistema urinário se desenvolve antes do sistema genital;
Formação dos rins e ureteres
• Cordão nefrogênico forma três conjuntos de órgãos
excretores/rins:
• O pronefro – é um órgão rudimentar, transitório e não funcional
que se forma no início da quarta semana, na região cervical do
embrião. Os ductos pronéfricos se dirigem caudalmente e se
abrem na cloaca.
• O mesonefro – surge no fim da quarta semana e é bem
desenvolvido, funciona temporariamente (por quatro semanas).
Forma glomérulos e túbulos mesonéfrico que se abrem em
ductos mesonéfricos, que se abrem na cloaca. Após degeneração
do mesonefro, os túbulos mesonéfricos permanecem e
originarão os dúctulos eferentes dos testículos e os ductos
mesonéfricos originam vários derivados no adulto do sexo
masculino (ex ducto ejaculatório e vesícula seminal) .
• O metanefro – surge no início da quinta semana, e começa a
funcionar na nona semana, se transforma nos rins permanentes.
Metanefro (Rim primordial)
• Surge a partir de duas estruturas embrionárias, que se 
aproximam e se diferenciam estimuladas por indução 
recíproca:
• Divertículo metanéfrico (broto uretérico) – evaginação do ducto
mesonéfrico próximo da entrada com a cloaca, que se alonga e
forma na base o pedículo do divertículo metanéfrico, que
depois formará o ureter; apicalmente o divertículo se ramifica
(morfogênese de ramificação) para formar os cálices maiores e
menores, as extremidades formam os túbulos coletores (reto e
arqueado), os arqueados estimulam as células do Blastema
metanefrogênico a formarem as vesículas metanéfricas, que se
alongam e formam os túbulos metanéfricos;
• Blastema metanefrogênico (massa metanéfrica de mesoderma
intermediária) – deriva da parte caudal do cordão nefrogênico, é
um mesênquima que se diferencia para formar as células do
néfron, por um processo de transição epitelial-mesenquimal;
• A porção proximal dos túbulos metanéfrico é invaginada pelos
glomérulos; forma-se os túbulos contorcidos proximal e distal, e
a alça do néfron (de Helen), com o glomérulo e sua cápsula,
formam um néfron.
Nona semana
O rim definitivo
• Na nona semana ocorre:
• Mudança da posição pélvica para a posição abdominal
definitiva por volta da nona semana – processo de
ascensão relativa mediada pelo crescimento da região
caudal do embrião;
• O hilo do rim é ventral e posteriormente passa por uma
rotação de 90 graus e assume posição anteromedial; e o
rim assume uma posição retroperitonial
• O suprimento sanguíneo muda dos ramos das artérias
ilíacas comum para ramos da aorta abdominal, que
originam as artérias renais definitiva;
• O rim entra em contato com as glândulas supra-renais e
estabelece sua posição definitiva.
Desenvolvimento da bexiga urinária
• Origem da mesoderma e endoderma.
• A cloaca é dividida pelo septo urorretal em uma porção 
anterior/ventral chamada seio urogenital, e uma 
porção posterior/dorsal chamada reto;
• O seio urogenital é dividido em:
• Parte vesical, contínua ao alantoide (úraco/ligamento 
umbilical mediano) – forma a maior parte da bexiga;
• Parte pélvica mediana – forma a uretra no colo da bexiga e 
parte prostática da uretra (homens) e toda a uretra 
(mulheres);
• Parte fálica caudal – que cresce em direção do tubérculo 
genital, formará os primórdios do pênis ou clitóris, e uretra 
esponjosa.
• As extremidades caudais do dúctos mesonéfricos
forma a parte do trígono da bexiga;
• As paredes da bexiga derivam do mesênquima
esplâncnico adjacente;
Formação e eliminação da urina 
fetal
• Mesonefro produz pouca urina.
• Metanefro e rim fetal produz urina que é excretada
na cavidade amniótica e se mistura com o líquido
amniótico. O feto maduro deglute líquido
amniótico que é absorvido no intestino fetal, e os
excretas são transportados para o sangue fetal,
transferidos para o sangue materno por meio da
placenta e eliminados pelos rins materno.
Casos clínicos
Resumo
• Sistema urogenital é formados por sistemas
associados embrio e anatomicamente;
• O sistema urinário se desenvolve primeiro, ou seja,
primeiro surge o cordão (crista) nefrogênico, e
depois a parte genital é formada pela crista
gonadal;
• Três sistemas renais se desenvolvem a partir do
cordão nefrogênico: pronefro (não funcional),
mesonefro (órgãos excretores temporários) e
metanefro (rins permanentes);
• O metanefro de desenvolve a partir de duas fontes:
• O divertículo metanéfrico (broto uretérico) da origem ao 
ureter, pelve renal, cálices e tubos coletores;
• O blastema metanefrogênico da origem aos néfrons;
• O crescimento da região lombar e sacral do feto leva ao 
deslocamento dos rins para a região abdominal;
• O rim se aproxima da adrenal na nona semana do 
desenvolvimento embrionário;
• Anormalidades no desenvolvimento dos rins e ureteres são 
comuns, tais como:
• Divisão incompleta do divertículo metanéfrico leva a ureter duplo 
e rins e supranumerário,
• A não ascensão dos rins da pelve leva a rim ectópico e com rotação 
anormal. 
• Bexiga
• Se origina do seio urogenital e do mesênquima
esplâncnico circundante. A uretra feminina e quase toda 
uretra masculina tem origem semelhante
• Extrofia da bexiga é um defeito raro e a epispádia é uma 
anomalia associada e comum nos homens
• Sistema genital
• O sexo é determinado na fecundação;
• As células germinativas primordiais se formam na parede do 
saco vitelínico por volta da quarta semana, migram para as 
gônadas para formar espermatogônias e ovogônias; 
• As gônadas começam a ter características sexuais na sétima 
semana;
• O sexo gonodal é determinado pelo fator determinante do 
testículo (FDT), localizado na região determinante do sexo (SRY) 
do braço curto do cromossomo Y;
• As células intersticiais de Leyding produzem testosterona que 
estimula o desenvolvimento dos ductos mesonéfricos em ductos 
genitais masculinos, estimula a formação do pênis e do escroto;
• As células de Sertoli inibem o desenvolvimento dos ductos 
paramesonéfricos (primórdios dos ductos genitais feminino);
• A genitália externa masculina e feminina tem origem de 
primórdios idênticos e se diferenciam a partir da décima 
segunda semana.
• Genitália feminina
• Na ausência do cromossomo Y e na presença de dois 
cromossomos X ocorre:
• Desenvolvimento dos ovários;
• Regressão dos ductos mesonéfricos;
• Ductos paramesonéfricos se transformam em vagina porção 
superior, útero, tubas uterinas;
• Seio urogenital forma a placa vaginal e vagina, glândulas 
uretrais e parauretrais e glândulas vestibulares;
• Desenvolvimento da genitália externa: clitóris e pequenos e 
grandes lábios.
Gônada indiferenciada ates da 
sétima semana
Córtex
Ovário
Medula
Testículo
Wolff
Müller

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