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Alterações Hematológicas e Sintomas

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Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
HEMOGRAMA
 
● Alterações hematológicas como anemia, 
leucopenia e plaquetopenia causam um grupo 
comum e previsível de sintomas 
● Alterações hematológicas podem ser causadas 
por doenças sistêmicas, desordens familiares 
ou drogas 
o Pode chegar a 40% dos casos 
o Cirrose, LV, AIDS… 
o Álcool, tabagismo, viagens recentes a 
zonas endêmicas 
● Perda ponderal não-justificada, febre e 
sudorese noturna: Achados inespecíficos 
importantes, que devem ser sempre 
perguntados 
o Definem os “sintomas B”, dos linfomas 
● Sempre correlacionar anamnese e sintomas 
com achados laboratoriais específicos 
 
Sintomas relacionados à anemia 
● Correlacionados com a severidade e a 
velocidade de instalação (quadros anêmicos 
agudos geram mais sintomas do que quadros 
crônicos) 
o Fadiga 
o Adinamia 
o Palpitação 
o Dispneia aos grandes-pequenos 
esforços 
o Redução da tolerabilidade a esforços 
físicos 
o Cefaléia 
o Tontura 
o Angina 
 
● Em idosos, pode haver apresentação mais 
precoce 
● Avaliação da palidez 
 
● Avaliação de icterícia (esclera) - Não é comum, 
mas se houver icterícia associada a anemia, 
pensar em hemólise 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
Tríade da hemólise: Palidez, icterícia e 
esplenomegalia. 
Costuma haver resposta medular, alta BI, alto LDH, 
alto Fe sérico. 
Coombs direto avalia ligação do anticorpo ligado à 
hemácia (anemia hemolítica autoimune) 
 
 
 
Anemia macrocítica com anisocitose, leucopenia, 
plaquetopenia e reticulócitos diminuídos 
 
Deficiência de vitamina B12 gera pancitopenia com 
macrocitose, palidez e icterícia 
Nesses pacientes, dosar vitamina B12 
O que fazer? Nessa ordem de prioridade: dosar 
vitamina B12, solicitar o mielograma ou realizar 
teste terapêutico 
● Resumindo: Em paciente com palidez + 
icterícia: 
o Sem esplenomegalia - pensar em 
anemia megaloblástica 
o Com esplenomegalia - pensar em 
hemólise. 
● Coiloníquia e queilite angular: comuns em 
pacientes com anemia ferropriva crônica 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
“Unha em colher” 
 
Ferimentos em cantos da boca 
 
● É muito comum pacientes com anemia serem 
tratados indevidamente com ferro, sem ser por 
etiologia ferropriva 
 
 
Anemia macrocítica, sem reticulocitose 
Resultado: TSH alto (10), T4 livre 
Logo, a anemia fazia parte do hipotireoidismo (anemia 
macrocítica do hipotireoidismo) 
 
Sintomas relacionados à neutropenia 
● Infecções de repetição, não usuais ou com 
maior severidade que o normal (perde a 
primeira linha de defesa) 
o Neutropenia: < 1000/mm3 
o Neutropenia severa: < 500/mm3 
 
Paciente com celulite após punção venosa. Nota-se 
conteúdo purulento e infecção localizada, o que indica 
que ainda há alguma quantidade de neutrófilos. 
● Neutropenia febril é uma emergência médica! 
Deve-se colher culturas e iniciar ATB o mais 
rápido possível 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
Sintomas relacionados à plaquetopenia 
● Manifestações hemorrágicas de pele e 
mucosas excessivas ou espontâneas 
o Sangramento pós-trauma: < 100000 
plaquetas/mm3 
o Sangramento espontâneo: < 20000 
plaquetas/mm3 
● Síndrome purpúrica (presente em um 
distúrbio da hemostasia primária, como é a 
plaquetopenia): 
o Petéquias: lesões puntiformes e planas, 
formadas pelo extravasamento de 
pequenos vasos, que não somem à 
digitopressão. 
 
o Equimose: extravasamentos mais 
significativos 
 
o Epistaxe 
o Gengivorragia 
o Menorragia 
o Hemorragia em vela no fundo de olho: 
prediz mais risco de sangramento de 
SNC 
 
Sintomas relacionados a defeitos da 
coagulação 
● Defeitos de proteínas da cascata de coagulação 
o Exemplo: deficiência de fator VIII 
(hemofilia A) 
● Formação de hematomas (sangramento que 
produz volume) 
 
o Sangramento excessivo após trauma 
ou cirurgia 
o Sangramento espontâneo 
o Manifestação em tecidos profundos 
▪ Hemartrose em articulações 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
▪ Síndrome pseudotumoral em 
músculos 
 
 
Sintomas relacionados à infiltração neoplásica 
(oncohematológica) 
● Pode seguir padrão de insuficiência medular 
ou de tumorações 
● Não segue um padrão específico 
o Tumorações cervicais, axilares, 
inguinais - adenomegalia 
o Aumento de volume abdominal - 
hepatomegalia 
o Desconforto abdominal e 
empachamento: esplenomegalia 
causando compressão extrínseca 
o Outras tumorações 
o Dor óssea (suspeita de mieloma 
múltiplo) - pode causar fraturas 
patológicas 
o Sintomas compressivos: edema, dor 
o Sintomas de SNC: Cefaleia, dor, perda 
de função, outros sintomas 
neurológicos 
 
Hipertrofia gengival como manifestação de leucemia 
aguda. 
 
Adenomegalia 
● Deve ser avaliada considerando idade, 
ocupação e localização: 
● Idade: Crianças costumam ter reações 
inflamatórias, idosos costumam ter neoplasia. 
● Localização: em gânglios localizados, é 
fundamental buscar a região de drenagem 
o Occipital: couro cabeludo 
o Cervical: cabeça e pescoço 
o Supraclavicular: pulmão e abdome 
o Axilar: mama 
o Epitroclear: membros superiores 
o Inguinal: membros inferiores 
▪ É comum haver linfonodo 
inguinal palpável na 
população geral, pela 
frequência de lesões em MMII 
na infância, causando processos 
reacionais que levam a uma 
fibrose crônica. 
▪ Evita-se na biópsia 
● Adenomegalia localizada: 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
o Infecções: Infecção bacteriana ou viral 
o Afecções cutâneas 
o Neoplasias: Carcinoma, linfoma, 
metástase 
● Adenomegalia generalizada: 
o Infecções: TB, AIDS, mononucleose 
infecciosa 
o Neoplasias hematológicas: Leucemia 
linfoide, linfomas 
o Doenças inflamatórias 
o Doenças autoimunes 
O fato de ser localizado ou generalizado não ajuda a 
diferenciar se a causa é neoplásica, infecciosa ou por 
outro motivo. 
● Adenomegalia reacional: transitória, 
dolorosa, elástica, de pequeno volume, 
associada a infecção, única 
o Não aderem a planos profundos 
o Não crescem rapidamente 
o Não possuem sintomas sistêmicos 
o Não causam sinais ou sintomas de 
compressão 
● Adenomegalia neoplásica: persistente (> 2 
semanas), indolor, firme, volumosa, não 
associada a infecção, múltipla 
o Aderida a planos profundos 
o Crescimento rápido ou recente 
o Sintomas sistêmicos 
o Sinais e sintomas de compressão 
● É ideal realizar Rx de tórax, USG ou TC de 
tórax/abdome, para avaliar adenomegalia em 
cadeias profundas, não acessíveis à palpação. 
● As sorologias podem ter papel nesses 
pacientes. 
● Diagnóstico é finalizado com biópsia 
aspirativa ou cirúrgica 
 
Gânglios fusionados em cadeia inguinal esquerda. 
Gânglio gigante em linfonodo inguinal direito. Sugere 
neoplasia. 
Leucemia - neoplasia primária de MO 
Linfoma - neoplasia primária de órgão linfóide 
periférico (primária manifestação é adenomegalia) 
 
Gânglios aumentados e fusionados em cadeia axilar 
 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
Adenomegalia há 6 semanas. 
 
Hemograma sem alterações 
DDx: Infecção, HIV, LES, tumor sólido, neoplasia 
hematológica 
 
TC indicou massa retroperitoneal 
 
Biópsia de linfonodo histopatológico indicou Linfoma 
Não-Hodgkin 
 
Esplenomegalia: 
 
 
Os maiores baços ultrapassam cicatriz 
umbilical/linha média 
Sempre percutir Espaço de Traube 
 
Esplenomegalia volumosa, com baço que ultrapassa 
a linha média. Foi feito hemograma: 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
Leucemia mieloide crônica (células mieloides se 
proliferando, crônica por manter diferenciação) 
● Etiologias: 
o Cirrose com hipertensão portal 
o Doença inflamatóriacrônica 
o ICC 
o Malária, calazar, mononucleose 
o Anemia hemolítica 
o Neoplasias hematológicas 
● Diagnóstico diferencial: 
o Buscar outros achados associados 
o Análise do gânglio, se tiver acometido 
o Exames de imagem (busca por gânglios 
intra-abdominais e torácicos) 
o Análise da medula óssea 
o Análise do sangue periférico 
o Esplenectomia 
 
Outras manifestações 
● Pletora facial: rubor facial causado por 
policitemia secundária ou policitemia vera 
 
● Dor óssea: quando presente em indivíduo 
idoso, suscita suspeita de mieloma múltiplo. 
 
 
Anemia normocítica, normocrômica, com anisocitose 
elevada. 
Leucócitos normais, predomínio de neutrófilos 
Discreta plaquetopenia. 
Hemácias em rouleaux (hemácias sedimentadas, pela 
presença de substâncias que neutralizam as forças de 
repulsão - costuma indicar aumento de VHS) 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
Eletroforese de proteínas: 
 
Pico monoclonal na fração gama: Paraproteinemia 
monoclonal, pela proliferação de uma linhagem clonal 
de plasmócitos, produzindo um único tipo de 
imunoglobulinas. 
 
Lesão osteolítica em saca bocado 
 
Fraturas patológicas bilaterais: causados por 
traumas mínimos ou por ausência de traumas 
 
Plasmócitos malignos vistos no mielograma 
 
Leucemias agudas 
● Neoplasia primária de MO, formada por células 
indiferenciadas 
● Linhagem celular mutada tem 
hiperproliferação, e bloqueia a produção 
correta de outras linhagens 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
● Normal é de < 5% de blastos. Leucemia é 
definida quando há >= 20% de blastos na 
MO 
● Proliferação celular evolui com: 
○ Leucócitos normais, inicialmente 
○ Leucócitos diminuídos, pela 
hipoprodução medular de células 
corretas 
○ Leucócitos aumentados, quando a 
proliferação de blastos torna-se tão 
alta que chega a esse ponto. 
Leucócitos podem estar de qualquer jeito no 
hemograma! 
● Inicia-se com insuficiência medular: anemia + 
neutropenia + plaquetopenia 
 
Síndrome anêmica + Síndrome petequial 
 
Pancitopenia importante, anisocitose. Neutropenia 
< 1000 (candidato forte a processo infeccioso) 
 
Leucemia mieloide aguda 
 
Anemia aplástica (biópsia) 
Anemia aplástica e leucemia aguda possuem o 
mesmo hemograma, devendo ser realizado aspirado 
medular + biópsia de MO 
 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
Leucemias crônicas 
● Neoplasia primária de MO, formada por células 
diferenciadas 
● Formação de massas e tumorações no 
organismo (proliferação e infiltração) 
 
● Contagem de leucócitos aumentada (por ser 
de células maduras, a produção logo leva a 
liberação dos leucócitos) 
● Anemia e plaquetopenia surgem depois, 
podendo haver insuficiência medular 
posteriormente na doença. 
 
Anemia normocítica, normocrômica, anisocitose 
Leucocitose com linfocitose (linhagem linfoide), 
crônica 
Plaquetopenia 
Nesse caso, há leucocitose com linfopenia, com 
anemia e plaquetopenia, indicando uma LLC com 
insuficiência medular. 
 
● Lembrar: Anemia megaloblástica por 
deficiência de vitamina B12 pode cursar com 
déficit motor agudo e outros sinais 
neurológicos 
 
Síndrome sensitivo-motora - degeneração 
combinada subaguda (manifestações motoras e 
sensitivas) 
 
Anemia macrocítica, com anisocitose 
 
Matheus Zaian Rodrigues de Fonseca Lira 
Universidade Federal do Ceará – T122 
 
Diagnosticar deficiência de vitamina B12: dosar a B12, 
aspirado medular e/ou testar com B12 
Vitamina B12 administrada via EV leva a completa 
recuperação gradualmente 
 
 
 
● Anemia perniciosa: anemia megaloblástica 
secundária a gastrite atrófica

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