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Angie Martinez – MED – UFRJ Fisiopatologia Quando há uma queda do cálcio plasmático, detectada pelos receptores que liberam o PTH, há aumento da produção deste para compensar a queda dos níveis de cálcio. O PTH age em vários locais por meio dos quais leva ao equilíbrio no metabolismo. • O PTH “raspa’ o osso, retirando cálcio e joga para o sangue. Logo, aumenta a reabsorção óssea. • No rim, ele vai estimular a reabsorção de cálcio e a excreção de fósforo. Além disso, o PTH também ativa a enzima que ativa a vitamina D (ele a produz). A vitamina B3 utilizada como suplemento precisa sofrer a ação dessa enzima para funcionar. O paciente renal crônico, que se encontra em diálise (estágio 5), recebe calcitrion (vitamina D ativa). • No intestino, ele vai levar à absorção de cálcio, sendo que essa via é intermediada pela ação da vitamina D. Ela que auxilia na absorção. Todas essas ações levam ao aumento dos níveis de cálcio. Questionamento: cálcio iônico ou cálcio total? O cálcio total é mais influenciável em relação à dosagem de albumina. O iônico tende a ser mais fiel. Contudo, às vezes não é possível dosar o iônico e utiliza-se como parâmetro o total. Hipocalcemia Para que o paciente apresente sintomas, o cálcio deve estar abaixo de 7 mg/dL (o nível normal é entre 9,5- 11,5/12). Possíveis sintomas: • Tetania, espasmos musculares. [comum com valor de 6 ou 6,5], Outros sintomas observados: • Irritabilidade, ansiedade, psicose, alucinação, letargia, parestesias, fraqueza muscular, arritmias cardíacas, convulsões. Alguns sinais: • Trousseau [espasmo na mão, após inflar o manguito 20 mmHg acima da PA sistólica, mão de parteira] e Chvostek [contração da musculatura após percussão do membro facial]. Principais causas de hipocalcemia: • Hipoparatiroidismo; • Hipomagnesemia (o magnésio altera a ação do paratormônio e por isso também deve ser avaliado nesses pacientes); • Deficiência de vitamina D; • Síndrome de fome óssea: complicação que acontece após retirada de adenoma de paratireoide. Nesses casos, a paciente que tem o adenoma produz muito paratormônio, então esse excesso vai retirando cálcio do osso e joga no sangue. Quando o tumor é retirado, em torno de 15 min há uma queda abrupta do PTH (porque sua meia vida é muito curta). Com isso, o osso não sofre mais a reabsorção e fica ávido por cálcio do sangue. • Hipercalciúria; • Sepse; • Pancreatite; • IRC; Tratamento da hipocalcemia: • Quando o paciente chega na emergência com esse quadro, podem ser feitas 2 ampolas de gluconato de cálcio diluído. Com essa medida, não haverá excesso. Há a chance do paciente de que o cálcio Doenças das paratireoides e metabolismo ósseo Angie Martinez – MED – UFRJ fique um pouco elevado temporariamente (é melhor isso do que uma hipocalcemia grave). • No tratamento crônico é utilizado o carbonato de cálcio com doses em torno de 2000 a 3000 mg de cálcio por dia com a vitamina D3 (mais acessível) ou pode ser utilizado o sigmatriol/vitamina D ativa (de 20000 a 50000 por dia). Hipercalcemia Há a elevação dos níveis séricos de cálcio iônico, o que gera a diminuição da liberação do PTH; como consequência há maior reabsorção tubular renal de fósforo e menor reabsorção tubular renal de cálcio. Além disso, a nível ósseo, cessa o estímulo da reabsorção óssea, diminuindo a densidade óssea. Ainda, há menor absorção intestinal de cálcio e fósforo. Sinais e sintomas: • Hipotonia muscular, fadiga, letargia, irritabilidade, ansiedade, psicose, depressão, confusão mental, coma, arritmias cardíacas, encurtamento do intervalo QT, parada cardíaca, constipação e nefrolitíase. Os sintomas psiquiátricos são raros. Importante saber que a hipercalcemia leva a constipação, porque é comum dar cálcio para pacientes pós bariátrica (que têm diarreia), para auxiliar a ressecar o paciente e segurar o piriri (não ia repetir a palavra por vigésima vez). Principais causas: Posso tem hipercalcemia com paratormônio baixo? Há alguns pacientes que tem neoplasias que produzem uma substância similar ao PTH (o PTHrP), atuando nos seus receptores, levando ao processo de hipercalcemia. • Neoplasias: Metástases invadindo osso (visíveis no rx) e altera a secreção de PTH pelas células tumorais (com rarefação óssea difusa). Nesse contexto, há aumento do cálcio sérico e diminuição do PTH. • Hiperparatireoidismo primário: aumenta a absorção intestinal de cálcio mediada pela ??, aumentando a reabsorção óssea. Ocorre aumento do cálcio sérico e aumento do PTH. • Outras causas: mieloma, insuficiência adrenal e intoxicação por vitamina D. Tratamento: • Diuréticos (furosemida); • Hidratação; • Bifosfonatos são utilizados em casos específicos; • Glicocorticóides: utilizados nas doenças que causam hipercalcemia, ligadas à imunidade. Patologias Hiperparatireoidismo primário Há hiperfunção autônoma de uma ou mais paratireoides, acarretando a elevação do PTH no soro e hipercalcemia. Tem uma maior incidência na população maior ou igual a 50 anos, com frequência (m3:1h). As principais causas são: • Adenoma único (tumor benigno e solitário) (80%); • Hiperplasia difusa; • Menos de 1% associado a carcinoma; Como suspeitar de hiperparatireoidismo primário? • Hipercalcemia em exames de rotina (pacientes assintomáticos, em 70% dos casos). Por conta do excesso de exames feitos atualmente, o diagnóstico acontece no início do quadro); • Investigação de nefrolitíase cálcica; • Densidade mineral óssea (BMD) muito reduzida em relação à idade (jovens com osteopenia ou osteoporose); • Osteíte fibrosa cística vista ao Rx (é uma doença causada por conta do hiperpara, é muito comum em pacientes com DRC avançada); • Manifestação clínica com sintomas de hipercalcemia; Apresentações – 3 fenótipos clínicos: • Paciente com envolvimento evidente dos órgãos- alvo (exemplos: osteoporose, já há lesão e não apenas alteração metabólica); • Hipercalcemia assintomática leve (a mais comum); • Altos níveis de PTH com valores persistentemente normais de cálcio sérico ionizado e corrigido à albumina; Esquerda: Reabsorção subperiosteal nas falanges distais por conta do hiperpara Direita: presença de tumor marrom Angie Martinez – MED – UFRJ É importante saber que o HPT acomete preferencialmente osso cortical, representado pelo fêmur e rádio. Tanto que na suspeita de HPT, pede-se a densitometria óssea e análise do rádio distal. O osso cortical é um osso de sustentação, relacionado a força mecânica. Já o osso trabecular, está mais relacionado às pessoas com menopausa ou andropausa, pacientes com uso de glicocorticoides. A ausência dos esteroides sexuais ou excesso de glicocorticoides vai acometer a coluna lombar. O pcte entra na menopausa e deve ser vista a coluna, porque a maior chance de osteopenia é na lombar, não em fêmur. Fêmur tem mais acometimento em idosos. Na densitometria avalia-se a coluna lombar e fêmur. Se há suspeita de HPT, o médico deve pedir a complementação para a análise de raio distal. Exames laboratoriais: • PTH elevado; • Hipercalcemia (pode haver HPT com cálcio ainda normal); • Hipofosfatemia; • CTX aumentado (índice de absorção óssea); • Hipercalciúria (em quadros muito avançados); Na suspeita do HPT primário, a conduta é pedir uma cintilografia marcada com tecnécio. Outros exames: • US, TC, Cintilografia TC-Sestamibi; • PAAF do nódulo diluindo aspirado em 1 mL de soro fisiológico (caso houver alguma dúvida); • PTH no aspirado acima de níveis séricos é igual a adenoma; Confirmação da cura cirúrgica: • PTH intra-operatório (critério de sucesso a queda maior que 50% após 20 min); Imagem única de um adenoma de PT Tratamento: O tumor é benigno, mas deve ser retirado. Logo, o tratamentode primeira opção é a cirurgia. Indicações de paratireoidectomia: • HPT sintomático (com lesão tipo nefrolitíase de repetição, a osteíte fibrosa cística) • Paciente assintomático com – cálcio sérico acima do normal, cálcio urinário acima de mg/ h, clearance de creatinina reduzido em 30% ou mais, idade menor que 50 anos, densidade mineral óssea com escore menor que -2,5 (indica osteoporose). Há situações em que o paciente não quer operar, então é preciso conduzir o paciente para outro tratamento. Ainda, outros que não tenham a indicação para cirurgia. O principal objetivo do suplemento clínico nos pacientes que não vão operar é evitar piora da condição óssea do paciente, evitando alguma fratura no futuro. Ainda, combater a hipercalcemia que pode trazer danos. Fármacos: • Bifosfonatos: inibidor de reabsorção óssea; • Terapia de reposição hormonal após a menopausa, para tentar uma melhora de qualidade óssea para a paciente, evitando os riscos de fratura. • Cinacalcet (calcimiméticos) é uma medicação cara. Ela aumenta a afinidade dos receptores das células da paratireoide pelo cálcio, para inibir a secreção de PTH. Ela não é conseguida fácil no estado. • Importante monitorizar o paciente. Hiperparatireoidismo secundário É mais comum a deficiência de vitamina D. Quando ela é reposta, os níveis de PTH normalizam. Ainda, há situações – como no raquitismo, osteomalácia, IRC, hipercalciúria, nas quais há resistência à vitamina D Angie Martinez – MED – UFRJ causando a deficiência. Nesses casos é preciso repor a vitamina D de forma contínua para evitar a piora. Em pacientes com doença renal crônica avançada há um envolvimento ósseo mais grave, por conta do aumento dos níveis de PTH para tentar compensar o cálcio e fósforo. Perde-se o controle dessa excreção e a glândula vira “autônoma”. Logo, ele começa como hiperpara secundário e vira terciário. Finalmente, com o avançar, será necessário retirar as paratireoides desse paciente. Níveis de PTH normais: até 75 Hiperparatireoidismo terciário Como já foi explicado acima, o hiperpara terciário acontece quando o HPT2 não é tratado adequadamente e há a secreção autônoma de PTH (por proliferação nodular das células). Inclusive, mesmo após transplante renal em pct com IRC, há a permanência de altos níveis do PTH. Pacientes com doença renal crônica com hiperpara terciário chegam no ambulatório com 1500 de PTH. Nesses casos é preciso retirar as paratireoides, deixando a implantação de uma só. Hipoparatiroidismo Trata-se de uma patologia onde há deficiência ou diminuição da produção de PTH. A principal causa é pós cirúrgica, mas existem outras situações de doenças infiltrativas como hemocromatose, doença de wilson, amiloidose, tumores metastáticos e a irradiação de pescoço. Existe, ainda, a resistência ao PTH, que pode acontecer na hipomagnesemia e na doença genética do pseudohipoparatireoidismo. Em geral, os sintomas de hipocalcemia são bem evidentes. Então o diagnóstico se faz por meio deles. O quadro laboratorial, quando avaliado, apresenta hipocalcemia, hiperfosfatemia (com função renal normal), PTH baixo ou indetectável, diminuição da vit. D. Para tratamento, pode-se utilizar um PTH sintético, que é o Teriparatide. Contudo, essa medicação é bem cara (é difícil, mas consegue pedir pelo SUS). Ainda, realiza-se a suplementação de cálcio e vitamina D. Em geral, utilizam-se altas dosagens da vitamina D3 e o sigmatriol/calcitriol que é a vitamina D ativa. A Osteodistrofia de Albright 1A – há uma sinalização à resistência ao PTH. Ocorre aumento dos níveis de PTH, porém, os níveis de cálcio continuam baixos, já que o PTH não atua. Logo, pode haver níveis de PTH elevado com níveis de cálcio baixo. Isso ocorre pelo pseudo- hipoparatireoidismo. Basicamente, o PTH não está atuando onde deveria. Osteoporose A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um aumento de fragilidade óssea e, consequentemente, a maior risco de fraturas. A importância dessa doença é que ela pode levar ao aumento da morbi-mortalidade dos pacientes. Exemplo: o idoso tem uma fratura grave e desenvolve complicações, podendo resultar em óbito. Fatores de risco: • Sexo feminino; • Baixo peso (IMC <19); • História de fratura prévia; • Uso de glicocorticoides (quanto? Doses altas continuamente, de corticoides potentes); • Outros fatores: idade maior que 65 anos, etnia branca e oriental, menopausa, sedentarismo, tabagismo, álcool, doenças secundárias, desnutrição, má absorção intestinal, hereditariedade, imobilização prolongada, hipogonadismo, baixa de vitamina D e baixa ingestão de cálcio, intolerância à lactose, baixa densidade óssea, cirurgia bariátrica; O mecanismo mais comum é a osteoporose primária. Em geral, por conta da menopausa, andropausa em menor proporção e envelhecimento. Há um aumento da taxa de remodelação óssea, o que gera a perda óssea. Existe um desequilíbrio entre a formação. Diminui a massa óssea, pelo desequilíbrio entre osteoblastos e osteoclastos. No envelhecimento, além da queda de níveis hormonais pela idade, há alteração na absorção de vitamina d, cálcio, má alimentação etc., o que piora o quadro de perda óssea. Há causas secundárias, como por exemplo o uso crônico de glicocorticoides em doses suprafisiológicas. Existem outras drogas que levam a perda óssea (algumas com mecanismo fisiopatológico desconhecido) – tiroxina, lítio, anticonvulsivantes, álcool, ciclosporina, warfarina. Também (dentro das secundárias) podem ser causadas por outras patologias – gastrectomias (principalmente), hipertiroidismo, síndrome da má absorção, hipogonadismo... Angie Martinez – MED – UFRJ O diagnóstico por meio da densitometria óssea pode ser pelo T score ou Z score. O T score é calculado em devios-padrão, com referência a DMO média do pico da massa óssea – até – 1,0 DP é normal; até -2,4 DP significa osteopenia e menor ou igual a -2,5 DP é a osteoporose. Essa classificação é utilizada em mulheres com menopausa, homens acima de 50 anos e idosos. A classificação de Z score é utilizada em nível de -2,0 DP. Abaixo de -2,0, o paciente tem baixa massa óssea, acima desse valor é normal. Esse score é utilizado para indivíduos jovens, homens entre 20-50 anos e crianças, além de mulheres pré-menopausa. Quais são as indicações para DMO? • Mulheres após 65 anos e homens acima de 70 anos; • Mulheres acima de 40 anos que estão em transição menopausal, com reposição hormonal e acompanhamento; mulheres que fizeram a terapia e interromperam; • Homens acima de 50 anos com fatores de risco; • Adultos com antecedentes de fraturas, condição clínica ou uso de medicamentos associados a baixa massa óssea ou perda óssea. • Pacientes pós bariátrica (1 ano após); • Monitorizar resposta ao tratamento; É só paciente com osteoporose que devo tratar? Não. Pcte com osteopenia também pode ter indicação para tratamento. A história clínica também pode servir como critério para tratamento. A tabela a seguir serve para calcular a probabilidade de fratura nos pacientes, mesmo sem valores de densitometria óssea. Pode ser utilizada em homens e mulheres que tenham osteopenia ou osteoporose. Quando o paciente tem osteopenia, só dar cálcio e vitamina D está bom? “não sei”. Essa tabela guia, mas o histórico clínico do paciente que vai definir. Para fazer a dosagem de vit d, é a 25-hidroxi-vitamina D, não é nenhum outro subtipo. Essa 25-bláblá vai avaliar a reserva da vitamina D. Obs: segundo a professora, tomar sol não é muito efetivo, até porque há a questão de nevos, melasma... Em relação ao tratamento/prevenção: A reposição de vitamina D3 não precisa ser diária, podendofazer semanal (pela meia vida longa). Pode-se utilizar magnésio, que ajuda na estabilização do fosfato de cálcio na hidroxiapatita – a dose recomendada é de 320 mg. Contudo, o mais comum é repor o cálcio com pílulas que já trazem magnésio no comprimido, o que facilita a absorção pelos ossos. A vitamina K2 é encontrada nos alimentos verdes e auxilia na mineralização óssea, além de diminuir a calcificação vascular. Os suplementos proteicos, como whey protein, também auxiliam no ganho de massa muscular e óssea. O idoso que faz musculação reforça o próprio esqueleto, tendo menor chance de cair e maior amortecimento. Como tratamento da osteoporose, tem sempre que se adequar a reposição de cálcio (800 a 1200mg/dia) e a vitamina D3 (1000 a 2000 Ui/dia). Mas qual devo usar? Para os pacientes que precisam uma rápida reposição, devo utilizar o que tiver maior porcentagem de cálcio presente – exemplo, carbonato de cálcio em paciente com DRC. Os outros, que tem menos efeito no TGI, são utilizados para paciente pós cirurgia bariátrica (+ comum o citrato de cálcio, é mais digerível e menos efeitos colaterais). Em relação às marcas, deve-se atentar às concentrações de cálcio e outros nutrientes que têm de fato no multivitamínico – e se ela será necessária para a Angie Martinez – MED – UFRJ suplementação. 1 mcg de vitamina D tem 40 unidades de vitamina D – em relação a ela, deve ser convertido para saber se está sendo suficiente ou se deve complementar. Além da suplementação, o tratamento específico para tratar a osteoporose é: • Drogas anti-reabsortivas: estrogênio, moduladores seletivos do receptor de estrogênios – tamoxifeno, raloxifeno (SERMS), calcitonina, bifosfonatos, denosumabe. 1. Bifosfanatos: Os bifosfonatos têm como função inibir a reabsorção óssea. O maior problema é que deve ser tomado em jejum e o paciente não pode se deitar após ingerir, já que ela reflui e dá bastantes efeitos colaterais. Atualmente existe o bifosfonato em dose oral mensal, com preço acessível – antes isso não era possível. Sua meia vida biológica é de até 10 anos, sendo que até 3 anos é o máximo de ação dele – se questiona, inclusive, se deve ser retirado ou não após esse tempo, para avaliar o pcte. Caso o pcte apresente clearance de creatininca menor que 3,5 ml por minuto, interromper o uso. Formas orais: • Alendronato • Risedronato • Ibandronato (não é eficaz para fratura no quadril). Formas IV (infusão venosa anual): • Pamidronato • Ácido Zoledrônico (Aclasta) – mais utilizado da classe, contudo, é muito caro (aproximadamente 1500 reais). O principal efeito colateral é a síndrome gripal (flu-like syndrome) devido à liberação de citocinas na fase aguda, causando febre e dores musculares. 2. Estrogênios: Também são uma opção de tratamento. Ela é realizada até que o paciente esteja controlado, não tem mais duração definida do tratamento. O problema é que uma vez terminada a terapia, não há mais proteção óssea. Em geral, ao parar a terapia, é receitado um inibidor de reabsorção. 3. Calcitonina: Não é muito utilizada, medicação de segunda linha. Denosumabe Seria uma alternativa do tratamento inicial, o problema é que a medicação é caríssima. Mesmo sendo a cada 6 meses, são 1000 reais a dose. É o primeiro tratamento biológico aprovado para tratar osteoporose. Atua na diferenciação em osteoclastos. Tem aumento progressivo da DMO por até 10 anos, sem efeito residual. É um fármaco sem efeito colateral nenhum, a não ser local da aplicação (SC). • Drogas anabólicas: 1. Tem o PTH sintético, o teriparatida: É uma opção, porém pouco usado. 2. Anabolizantes hormonais: Tem os derivados sintéticos da testosterona, que estimula a formação óssea com aumento de massa muscular. Usada em casos de hipogonadismo ou idosos frágeis com musculatura reduzida. 3. Abaloparatida: É análogo do PTH, forma SC diária. 4. GH recombinante: Tem ação em osteoblastos, com uso SC. Estimula a formação óssea. Ela não trata a osteoporose, a não ser que haja deficiência desses hormônios. • Romosozumabe: É um anticorpo monoclonal humano anti-esclerostina. Uso SC mensal. Vai inibir uma proteína chamada esclerostina, que é mediadora da atividade osteoblástica. Com isso, é um agente formador de osso com o duplo efeito de aumentar a formação óssea e diminuir a reabsorção óssea. Ela tem maior potência para fortalecer os ossos em um tempo menor que os outros fármacos. Uma boa DMO tem: • Deve ser visível de L1 a L4; • Último par de costelas T12; • Cristas ilíacas • Parte da L5. • Área do trocânter e abaixo do ísquio devem ser equivalentes. • A porção proximal da diáfise do fêmur alinhada.
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