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Interferência de ondas, condições de contorno de uma corda, princípio da superposição e ondas estacionárias. RESUMO | FISICA II ONDAS MECÂNICAS CONDIÇÕES DE CONTORNO DA CORDA INTERFERÊNCIA DE ONDAS Em várias situações podemos ter mais de uma onda andando no mesmo meio no mesmo instante de tempo. Esse fenômeno é comum a qualquer tipo de onda, seja transversal, longitudinal, eletromagnética, etc. Interferência é o que acontece quando duas ou mais ondas passam pela mesma região ao mesmo tempo. Analisaremos aqui o que ocorre quando duas ondas se interferem e assim conseguiremos generalizar para qualquer número de ondas. Corda com extremidade fixa Corda com extremidade livre As condições de contorno da corda são, basicamente, duas condições que precisamos analisar antes de observar a interferência de ondas. Aqui específico para o caso de ondas em cordas. Dependendo da condição a reflexão da onda será diferente: 1. 2. PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO O princípio da superposição diz que quando duas ondas se superpõem, o deslocamento resultando em qualquer ponto do m eio em qualquer instante é obtido somando-se os deslocamentos individuais que cada ponto deveria ter caso não existisse o outro deslocamento. (I) (II) A equação acima resume o princípio da superposição: se temos uma onda 1 descrita pela função I, tenho a onda 2 descrita pela função II e se as duas ondas estão se deslocando simultaneamente na mesma corda, o deslocamento resultante em cada ponto da corda e em cada instante de tempo é a soma dos deslocamentos individuais de cada uma das ondas. Observe que: os x são os mesmos e os t são os mesmos, mesma posição, mesmo intervalo de tempo! Temos representado ao lado dois pulsos diferentes se propagando na mesma corda, um representado pela linha azul e outro pela linha verde. A curva vermelha nos dá a soma dos deslocamentos individuais dos dois pulsos. Observamos, agora, um instante de tempo posterior em que os dois pulsos se aproximam. Aqui começamos a ver o fenômeno de interferência dos dois pulsos. Na região central temos a soma do deslocamento de cada um dos pulsos separadamente naquele ponto formando o deslocamento final observado. A superposição vai aumentando a medida que um pulso começa a "passar por cima" do outro, somando seus deslocamentos no ponto. Essa resultante de deslocamento vai ficando maior até atingir o máximo da superposição. O máximo de superposição é dado pela soma da amplitude do pulso azul com a amplitude do pulso verde. Após isso, a superposição dos pulsos voltam a diminuir pois o pulso verde vai ultrapassando o pulso azul e eles continuam seguindo cada um na sua direção. Chega um determinado instante de tempo que os pulsos param de se sobrepor e voltam a situação semelhante a inicial. t = 0 t = 1 t = 2 t = 3 t = 6 ONDAS ESTACIONÁRIAS Podemos partir de uma situação diferente, em que os pulsos são invertidos. Então temos novamente um pulso representado na cor azul e outro pulso, invertido, representado na cor verde. A curva em vermelho indica o pulso resultante. Os pulsos vão se aproximando um do outro e a pedida em que começam a passar pela mesma região da corda, começam a se superpor, porém de uma maneira diferente da anterior. Observe que por um pulso ser negativo e o outro ser positivo, a medida que eles vão se superpondo, ao invés de aumentar o tamanho do pulso resultante, vai ocorrendo uma diminuição do mesmo. Essa característica vai se repetindo até que no ponto máximo de cada pulso individual o pulso resultante é nulo, igual a 0. ATENÇÃO: O pulso resultante se anula apenas nesse caso em que consideramos os dois pulsos com a mesma ampliture. Se um pulso tiver uma amplitude diferente do outro o pulso resultante será menor, mas não nulo! t = 0 t = 1 t = 2 t = 3 Fizemos a demonstração do fenômeno de interferência com pulsos, mas isso se estenderá para o estudo de ondas (sequência de pulsos). Uma onda estacionária é um padrão de onda que parece estar parado, sem se mover ao longo de uma determinada direção. Ela é formada quando duas ondas idênticas de mesma amplitude e frequência, chamadas de onda incidente e onda refletida, se encontram e interferem entre si. Ela ocorre quando as cristas e vales das ondas se encontram, criando regiões fixas de movimento e falta de movimento. Conseguimos, pela função de onda, ver que a onda está se deslocando no sentido negativo do eixo x (o sinal dentro dos parênteses é positivo, vimos isso anteriormente). O gráfico mostra a situação da onda em um instante t=0. Vamos supor que a extremidade em x=0 é fixa! Ou seja quando a onda chega ali ela é refletida de maneira invertida . É como se somássemos o valor π ao ângulo do cosseno na função. Agora, no segundo gráfico, conseguimos observar a onda em azul, que nada mais é que a onda vermelha depois de chegar na extremidade fixa e inverter seu sentido! Como vimos, o fenômeno de interferência de ondas irá ocorrer entre a onda vermelha e sua própria reflexão e em instantes de tempo diferentes teremos situações diferentes. A onda resultante está representada na cor rosa. Em t=0, o somatório de deslocamento das ondas, por serem simétricas, é 0! Ou seja, vemos a corda parada, sem se deslocar verticalmente. Em t=1, o somatório deixa de ser nulo devido a posição x das ondas. O máximo da onda em vermelho e da onda em azul são deslocados um para mais perto do outro. Se deixarmos o tempo ir passando, observaremos que, num dado ponto da corda temos uma variação no deslocamento vertical variando do ponto máximo de superposição ao ponto mínimo de superposição, que nesse caso particulár é 2A e 0 respectivamente por ser uma onda simétrica. t = 0 t = 1 Lembre-se: os máximos e mínimos não se deslocam ao longo do eixo x, eles estão sempre no mesmo ponto. Ao mesmo tempo que as duas ondas, azul e vermelha, se deslocam ao longo da corda, a onda resultante da superposição das duas NÃO se desloca ao longo da corda. Sabemos que: cos (a) - cos (b) = - 2 sen (a+b) sen (a-b) Como as amplitudes são iguais, conseguimos colocá-la em evidência e usar essa identidade trigonométrica. SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I e Física II. 14ª. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008 REFERÊNCIAS DE ESTUDO: A onda que forma a onda estacionária é chamada de onda progressiva, porque ela se desloca na direção x. Note que: Em alguns pontos o deslocamente é sempre 0 (nós, distanciados de λ/2), em outros o deslocamento máximo é A e em outros o deslocamento máximo é 2A (ventres, distanciados também de λ/2) . Ou seja, pontos diferentes da corda tem amplitudes de deslocamento diferentes, diferente das ondas progressivass. Queremos, agora, descrever matematicamente o comportamento das ondas estacionárias, como fizemos com as ondas progressivas. Já vimos que o deslocamento resultante na superposição de ondas é a soma dos deslocamentos das duas ondas no mesmo ponto e no mesmo instante. Vimos também a equação das duas ondas que são superpostas. ATENÇÃO: Aqui estamos fazendo para as duas ondas que possuem mesma amplitude A, mesma frequência angular e, necessariamente, mesmo comprimento de onda, já que estão na mesma velocidade. A equação que encontramos nos dá o deslocamento de cada ponto da corda em cada instante de tempo quando as duas ondas percorrem a onda simultaneamente. Esse resultado é completamente diferente das funções de cada uma das ondas separadamente. 2 2
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