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Equação de uma onda longitudinal e ondas sonoras como flutuações de pressão ONDAS SONORAS RESUMO | FISICA II ONDAS SONORAS As ondas sonoras são ondas mecânicas longitudinais e, assim como nas ondas transversais, vamos buscar descrever matematicamente o comportamento delas e também observar suas propriedades. Matematicamente, a função de uma onda longitudinal é a mesma de uma onda transversal que já foi demonstrada anteriormente. A função está com o sinal negativo entre parênteses porque vamos supor a onda se propagando no sentido positivo, mas lembre-se que ela pode se propagar no sentido negativo também. A diferença principal, de significado físico, é que a direção de oscilação das ondas sonoras não é mais na direção y, mas sim na direção x. Para essa equação, então, o nosso y será, na verdade, um valor de deslocamento na mesma direção da onda, não mais transversal. Logo, quando olhamos o gráfico y por x, vemos a curva descrevendo a variação da posição em x das partículas. ATENÇÃO: Uma partícula nunca atravessa ou pula a outra partícula. EQUAÇÃO DE UMA ONDA LONGITUDINAL Vamos observar em o movimento das partículas de uma onda em instantes sucessivos de tempo. Ao entrarem em movimento, as partículas começam a oscilar em torno das suas respectivas posições de equilíbrio com a amplitude dada pela equação de onda, pelo gráfico de curva azul. Observe que as linhas pontilhadas indicam as partículas que possuem amplitude 0, ou seja, elas não mudam de lugar. As bolinhas em cinza representam as partículas na direção original (t=0) e as setas indicam para onde as partículas se deslocaram chegam ao instante t=1. Note que, onde o gráfico em y mostra variação positiva, na onda longitudinal temos partículas se movendo no mesmo sentido da onda e onde mostra variação negativa vemos as partículas se movendo na direção oposta à propagação da onda. LEMBRE-SE: Não existe deslocamento vertical (perpendicular ao eixo da onda) das partículas em ondas longitudinais, apenas paralela ao eixo de propagação da onda. t=0 t=1 t=0 t=1 t=2 Conseguimos observar regiões com densidades de partículas diferentes, ou seja, regiões com mais partículas concentradas e regiões com menos partículas concentradas. As regiões de maior densidade e de menor estão se deslocando para direita, no mesmo sentido de propagação da onda. Apesar de termos a impressão que as partículas estão indo embora infinitamente, elas estão apenas, uma a uma, oscilando em torno de sua posição de equilíbrio. -x x ONDAS SONORAS COMO FLUTUAÇÃO DE PRESSÃO Vimos que a onda longitudinal gera uma variação de densidade no meio em que ela passa porque as partículas vibram e hora estão mais próximas, hora mais distantes. Essa variação de densidade gera, consequentemente, uma variação de pressão: as regiões mais densas apresentam uma pressão maior e as regiões menos densas apresentam uma pressão menor, se comparadas à pressão da corda sem a onda. Região muito densa, "meio comprimido", pressão maior Região pouco densa, "meio dilatado" pressão menor Devido a isso, podemos, então, descrever as ondas sonoras também em função da variação de pressão em cada instante de tempo ou seja P(x,t). A variação de pressão é em relação a pressão quando não tem nenhuma onda passando no meio. Vamos analisar com a pressão varia dentro de um ambiente simulado delimitado: Temos inicialmente um cilindro contendo ar dentro, ou seja, com partículas do meio, sem nenhuma perturbação, sem presença de ondas. Nessa situação todas as moléculas estão nas suas respectivas posições de equilíbrio. Cada molécula pode se deslocar para (+x), para (-x), ou continuar na mesma posição com deslocamento igual a 0. Quando a onda passa, escolhemos arbitrariamente que as moléculas da seção vermelha andaram para direita, ou seja, no sentido +x. y1 e y2 não calculados normalmente com a equação de onda Sem a onda passar Quando a onda passa S Volume ocupado pelo meio em cinza: V = S.Δx V= volume ; S= área da seção ; Δx = comprimento As moléculas não podem passar umas por cima das outras. Por isso, o meio que antes ocupava o primeiro volume hachurado em cinza na primeira imagem, agora ocupa o segundo volume ao lado. Com as duas situações conseguimos encontrar a variação de volume que ocorreu quando a onda passou pelo meio. A variação do volume depende do deslocamento relativo entre uma partícula e outra. Com a variação de volume, se relacionarmos ela com o volume inicial e levarmos a variação de x (comprimento inicial) a muito próximo de 0. Finalmente, com a deformação em volume, encontramos a pressão utilizando o resultado na Lei de Hooke. B é o módulo de compressão e ΔP é exatamente o valor de flutuação de pressão que queremos encontrar. O comprimento total do cilindo é dado por Δx + y2 e quando retiramos y1 encontramos o comprimento da região cinza para cálculo do volume final. Conseguimos visualizar graficamente a variação de pressão nas regiões de diferentes densidades do meio: SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I e Física II. 14ª. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008 REFERÊNCIAS DE ESTUDO:
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