Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Curso: licenciatura em matemática Disciplina: didática E Professora: Jane Bittencourt Aluno: Valéria Martins Silveira de Andrade matricula 14206092 Sintese Texto : As funções sociais da escola Segundo o texto analisado, o autor afirma que a escola tem como principais duas funções sociais que são a de preparar os alunos para incorporação no mundo do trabalho e a de formação do Cidadão. Com base nessas afirmações dividimos essas questões em dois eixos que são: o processo de socialização e a complexidade do processo de socialização. No processo de socialização é trabalhado juntamente com a família os meios de comunicação entre outros que fazem parte da vida do aluno sendo esse processo um processo comum foi levado a ser aprimorado de acordo com o desenvolvimento das sociedades. O autor afirma que esse processo na escola não é passivo faz uma citação em relação a isso. “ Os estudantes criam suas próprias estruturas culturais que utilizam para se defender das imposições da escola.” O autor menciona alguns mecanismo de socialização na escola são eles: o clima das relações sociais, as atividades desenvolvidas na escola e na aula, como organizar e selecionar os conteúdos, o meio que separa o espaço e o tempo das atividades na escola, o meio que trabalha o incentivo e a competição dos alunos em sala de aula e por último o quanto essa participação é valorizada. As propostas do autor para organizar os efeitos das desigualdades sociais se baseia em duas sugestões são elas: a criação de um modelo didático flexível e variável dentro da escola e focar na diversidade e não na homogeneidade de saberes. Logo de acordo com o autor e o que foi visto em aula, a escola de hoje tem demandas que são contraditórias dentro de uma sociedade desigual, tornando esse papel atribuído a escola, o de socialização cada vez mais complexo se tornando uma saída para as contradições da sociedade. A nossa sociedade não é democrática verdadeiramente e o que se impõe na escola de hoje é formar esse aluno como um cidadão democrático de maneira que ele aja democraticamente, só que ele saiba lidar com isso em nossa sociedade não verdadeiramente democrática. Questão 2 O papel de ensino da matemática diante das funções sociais da escola é estipulado hoje com a base Nacional comum curricular 2017, que organiza a área da matemática dividida em 5 blocos temáticos sendo eles: Números Ágebra Geometría Grandezas e medidas Probabilidade e estatística De acordo com a sugestão de leitura “o professor de matemática e seu papel na educação básica.” de Sérgio Rodrigues de Souza o texto atribui ao professor uma contextualização da matemática em todos os aspectos para trazer o aluno cada vez mais perto da matemática e seu cotidiano. Partindo do seguinte pressuposto: “Dentro deste contexto, o papel do professor de Matemática torna-se, de suma relevância, pois terá a obrigação de motivar os alunos para aprenderem e apreenderem uma disciplina que não é muito bem vista pela clientela. E não apenas isto, mas de igual forma promover o enriquecimento técnico-científico-social dos educandos com vistas à formação da sua personalidade com a finalidade de exercer a sua cidadania e preparação para o mercado formal de trabalho e para a vida.” O professor de matemática com isso, tem por obrigação de trabalhar com correlações com cotidiano, evidenciando o caráter dinâmico em constante evolução sem se prender às dificuldades dos alunos necessariamente, pois como o autor menciona cada um tem seu tempo tempo de aprendizagem, o que significa deixar o fraco como fraco, porque é o seu tempo de ser fraco ou forte como forte porque é o seu tempo de ser forte, com isso o professor não fica limitado a ensiná-los a resolver situações de problemas, mas saber avaliar estratégias e resultados, desenvolvendo dedução, intuição, indução ,entre outras qualidades. o professor deve ir Além disso, fazendo com que o aluno aprenda a criar caminhos para chegar a determinados resultados, o objetivo de tudo isso é levar o aluno a raciocinar e expressar-se de maneira matematicamente falando, o autor acredita que o professor não deve atuar necessariamente como um professor e sim como facilitador para a estruturação e desenvolvimento do pensamento do aluno. Professor então passa a ter a obrigação de planejar atividades cujo objetivo seja a promoção e o sucesso deste aluno. Ficou claro que quem escreveu o texto não era professor de matemática. Essa visão é claramente de um pedagogo ou algo assim. O autor ressalta que o professor de matemática deve encarar a sua metodologia de ensino como um processo global. Em seguida são mencionados os parâmetros curriculares nacionais em matemática, nesses parâmetros são expostas algumas ideias em relação ao papel do professor de matemática, cujo objetivo é valorizar mais a compreensão das ideias Matemáticas e a maneira com que são buscadas do que sua sistematização, incentivando o aluno a ter uma postura investigativa diante de várias situações e problemas propostos pelo professor, são alguns exemplos que ele cita no texto. Levando a criança a pensar possíveis caminhos para resolver a questão levando os jovens a pensar de várias maneiras diferentes e com sua própria autonomia. para finalizar o autor afirma que o professor deve assumir um novo papel deixando de ser apenas um transmissor de informações e os alunos apenas os receptores deste conhecimento. A proposta então do autor e do outro texto mencionado para leitura que é “educação para cidadania global da Unesco 2015 o capítulo um foco então em uma educação global”. Outro texto sugerido para leitura foi: “PCN matemática ensino fundamental ensino matemática e cidadania”. “Para dimensionar a Matem·tica no currÌculo do ensino fundamental È importante que se discuta sobre a natureza desse conhecimento e que se identifiquem suas caracterÌsticas principais e seus mÈtodos particulares como base para a reflex„o sobre o papel que essa ·rea desempenha no currÌculo, afim de contribuir para a formação da cidadania.” O texto ressalta a importância da matemática, destacando as áreas de conhecimentos e raciocínios lógicos e dedutíveis, como instrumentos para a solução de problemas científicos e tecnológicos, contrapondo está linha de pensamento com a ideia de que se deve todo o conteúdo ser associado ao cotidiano do aluno. Destacando algumas partes onde a matemática se faz presente no cotidiano deste aluno, ressalta que a matemática foi criada em diversos culturas, seguindo diversos conhecimentos diferentes, fala sobre a multiplicidade sistemas matemáticos, ressaltando como é amplo conhecimento matemático que podem solucionar vários tipos de problemas. “Falar em formação básica para a cidadania significa refletir sobre as condiÁıes humanas de sobrevivencia, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura e sobre o desenvolvimento da crÌtica e do posicionamento diante das questıes sociais. Assim, È importante refletir a respeito da colaboração, que a Matemática tem a oferecer com vistas a formação da cidadania”. Ele menciona as diferenças de culturas e grupos sociais, as diferenças da sociedade, dos recursos gráficos comuns e como é trabalhada ou não trabalhada a questão dessas diferenças que pertencem a sociedade dos receptores, ou seja, dos alunos, enfatizando que a matemática deve contribuir com essa pluralidade sociocultural, criando condições para que o aluno diferentemente da sua cultura ou do meio em que vive se torne ativo e transformador o seu ambiente, focando na inserção do cidadão no mundo do trabalho na estruturação dos pensamentos, como a matemática contribui para o raciocínio lógico e desta maneira contribuindo para o mundo do trabalho apoiando outras áreas. Por fim, ressalta a matemática como meio para compreensão e transformação do mundo em que o aluno vive, através de estimular a curiosidade e o interesse em investigação e o desenvolvimento para resolver problemas também como se faz observações sistemáticas, como se seleciona e organiza algumas informações, resolver situações desenvolvendo no aluno a capacidade de construir conhecimentos matemáticos e de interagir de forma cooperativa... Questão 3 Minhas considerações: Esse foco nas diferenças sociais, nas diferenças entre os alunos, das suas capacidades de aprender, de total contextualização da matemática no meu ver estão distorcendo a essência do que é a escola e sua finalidade. lógico que tem partes que concordo com os autores, como a parte que focam em que o professor deve ajudar o aluno a desenvolver o raciocínio lógico, a pesquisa e resoluções de problemas, instigando-os nessas áreas. Sabemos das dificuldades que o sistema de ensino tem enfrentado, mas acredito que devemos partir do pressuposto de que todos possuem a capacidade de aprender, de uma maneira ou de outra mas possuem essa capacidade de aprender. Creio que antes de falar sobre o ensino de matemática é necessário falar sobre o ensino, o que é ser professor e não professor de alguma coisa, tratar essa questão como primordial desmistificaria o ensino completamente. Pois acredito que com o passar dos anos a essência do que é ser professor tem sido deixada de lado, o professor não é pai, o professor não é mãe, professor é professor e o que isso significa e qual é a essência disso, no meu ver com toda essa socialização da escola, com todas as demandas impostas à escola e ao professor, tudo isso tem deixado para trás e de certa maneira perdendo a essência e sua finalidade inicial do que vem a ser a escola. Escola em sua essência foi criada com outra finalidade, a de proporcionar tempo livre para as pessoas, tempo livre para aprenderem e se desconectar m das obrigações tanto de casa com os pais, familiares, quanto com a sociedade em si e terem tempo para eles. É o aprender por aprender que precisa ser restaurado dentro das escolas de hoje. No começo do semestre li um livro chamado “Em defesa da escola uma questão pública”, creio que uma outra visão sobre a responsabilidade da escola e do professor, o autor nesse livro fala sobre o que ele chama de suspender e como se manter suspenso em sala de aula e a importância disso. “Os jovens saindo do ninho familiar. Há um limiar, e o referido limiar é muitas vezes visto hoje como a causa de uma experiência quase traumática. Daí o apelo para mantê-lo o mais baixo possível. Mas não é por isso que esse limiar é, precisamente, o que torna possível o deixar ir; não é o que permite que os jovens entrem em outro mundo no qual podem deixar de ser “filho” ou “filha”? De que outra forma eles podem deixar a família, o lar? Muito simplesmente, isso significa que a escola dá às pessoas a chance (temporariamente, por um curto espaço de tempo) de deixar o seu passado e os antecedentes familiares para trás e se tornarem um aluno como qualquer outro. Tomemos, por exemplo, o hospital -escola, que oferece às crianças descanso, por mais breve que possa ser, a partir do papel do paciente doente. Como atestam os professores dessas escolas, elas “trabalham” até o último dia, mesmo para os pacientes terminais. Essas escolas são transformadoras: “Lá fora, eles são o paciente, aqui eles são o aluno. Vamos deixar parte do ‘estar doente’ ficar lá fora. O que a escola faz é prover o tempo em que as necessidades e rotinas que ocupam a vida diária das crianças nesse caso, uma doença podem ser deixadas para trás” Supervalorizar a diferença isso pode ser um problema pois pode gerar mais complicações do que Soluções. Creio que concordo bastante com esse autor neste ponto, no livro ele fala que as competências específicas devem ser ensinadas no trabalho e não na escola que a escola é o momento de suspender de se desconectar de todo o resto para adquirir um novo mundo para conhecer esse novo mundo que nos é apresentado o mundodo conhecimento essas especificações impostas a escolas não podem ser ensinadas na escola porque elas mudam conforme o tempo e até o aluno sair da escola O que leva alguns anos o mercado de trabalho já é outro e não mais necessariamente aqueles requisitos que ele aprendeu então seria um tempo perdido para o aluno Professor escola e sociedade. “A escola cria igualdade precisamente na medida em que constrói o tempo livre, isto é, na medida em que consegue, temporariamente, suspender ou adiar o passado e o futuro, criando, assim, uma brecha no tempo linear. O tempo linear é o momento de causa e efeito: “Você é isso, então você tem que fazer aquilo”, “você pode fazer isso, então você entra aqui”, “você vai precisar disso mais tarde na vida, então essa é a escolha certa e aquela é a matéria apropriada”.Romper com esse tempo e lógica se resume a isso: a escola chama os jovens para o tempo presente (“o presente do indicativo” nas palavras de Pennac) e os libera tanto da carga potencial de seu passado quanto a pressão potencial de um futuro pretendido planejado (ou já perdido). A escola, como uma questão de suspensão, implica não só a interrupção temporária do tempo (passado e futuro), mas também a remoção das expectativas, necessidade”. Mesclando as leituras feitas em sala com a visão desse livro e do famoso educador Daniel Pennac em sua publicação School Blues n. London: MacLehose Press, 2010, podemos ver que a escola tem deixado de ser escola em sua essência mais pura, sendo transformada em uma ferramenta governamental apenas para o desenvolvimento da sociedade e o que dizem ser o foco, o sistema de ensino atual não tem contribuído, daí surgem aqueles problemas contextualizados onde Joãozinho uma criança sai de casa com um par de esquadros e se depara com algo e mede algo, todos sabem que isso é um esforço de contextualização mas que não contextualiza nada. Creio que o instigar o aluno falado nos textos bases devem ser voltados a instigarem os alunos a buscarem o conhecimento pelo conhecimento, o saber pelo saber e não transmitir a função dos pais e sociedade a escola.
Compartilhar