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H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 1 Introdução 1 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 2 A hipnoterapia, também chamada de hipnose clínica, consiste na aplicação de técnicas hipnóticas como ferramentas terapêuticas. Dessa forma, a hipnoterapia é utilizada como auxílio para o tratamento de transtornos mentais e físicos, assim como para combater hábitos e sentimentos indesejáveis. Vários desses problemas são causados por eventos do passado dos quais as pessoas, muitas vezes, nem lembram. O papel do hipnoterapeuta, portanto, é identificá-los e ajudar o paciente a confrontá-los, para que o transtorno possa ser tratado com eficácia e o indivíduo possa ter qualidade de vida. O que é Hipnose Clínica? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 3 1. Bernard Gindes apresenta a fórmula seguinte : 2. Atenção + Crença + Expectativa = Estado Hipnótico Desta forma podemos compreender a hipnose como uma ferramenta psicológica e cognitiva que visa identificar, modificar e restaurar os padrões psicológicos através de sugestões e técnicas de relaxamento profundo Trata-se de uma técnica que compreender os “ caminhos da mente” e utiliza do poder sugestivo para alterar memórias, mudar percepções e estimular o paciente a reflexão. Lembre-se somos seres altamente sugestivos e visuais. Estamos a todo momento gerando novas sugestões mentais. Muitas delas negativas (ex: sou feio, feia, não tenho coragem, não apresento bem, tenho ciúmes...) Estamos a todo momento realizando uma “auto Hipnose “ e nem mesmo percebemos. O que é hipnose? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 4 História da Hipnose 4 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 5 “ É Fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer “ Aristóteles •Existem relatos de estados alterados de consciência há mais de 3.500 anos. •Grécia antiga no templo de Asclépio se fazia o diagnóstico e a cura dos doentes por uma espécie de sono divino ou terapia onírica. • Incas, Maias, Astecas. •Tibet, China, Roma. •Relatos arqueológicos •No Egito os sacerdotes induziam as pessoas ao estado hipnótico com finalidades de cura conforme os textos dos papiros de Ebers. Por que esse curso é prático? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 6 • Franz Mesmer (1734-1815) • James Braid(1795-1860) • James Esdaile (1808-1868) • Jean Charcot (1825-1893) • Milton Erickson(1901-1980) • Dave Elman (1900-1967) Vale ressaltar que o “poder” da sugestão existe desde que existimos como humanidade. Reis, Rainhas e grandes governantes utilizavam do poder sugestivo para criar ideologias, perspectivas, visões, e percepções sobre seus reinados. Até hoje em dia... Estamos constantemente recebendo sugestões visuais, auditivas, cinestésicas e energéticas. Das quais nos guiam , direcionam e estimulam determinados tipos de padrões comportamentais. Relatos H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 7 Mitos da Hipnose 7 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 8 1. E se eu não voltar? 2. E se o hipnólogo morrer? 3. Contar segredos Estragar o cérebro 4. Ficar bobo 5. Ficar vulnerável 6. Vou fazer o que não desejo? 7. Machucar alguém 8. Estragar minha mente 9. Vou ficar preso 10. Tenho medo 11. Não acredito 12. Isso é mentira 13. Segredos guardados 14. Perder o controle 15. Não confiar no Hipnólogo 16. Acreditar que quem é hipnotizado é fraco mentalmente 17. Acredita que é algo espiritual 18. Medo dos próprios traumas 19. Sensação de desamparo 20. Outros... Mitos da hipnose H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 9 Para que serve a Hipnose 9 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 10 A hipnose é um estado natural, intrínseco a todo ser humano que pode ser utilizada para comunicação direta com a mente. Por meio dela é possível promover mudanças em nossa programação mental. Nossa mente passa por 3 estados repetitivos: Sono, Vigília e Hipnose. Entramos em hipnose o tempo todo e nem nos damos conta disso. Algumas situações bem comuns são: quando não encontramos as chaves e percebemos que estão em nossa mão; quando estamos concentrados respondendo mensagens do WhatsApp ou Facebook; quando assistimos filmes e nos emocionamos, nos assustamos ou damos gargalhadas, mesmo sabendo que todos os personagens são atores e é tudo uma ficção. Todos estes são estados naturais de hipnose. A chave da mente H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 11 Antes de mais nada, a hipnose não é coaching, não tem fundo religioso, não é charlatanismo, não é PNL, não é sobrenatural e, muito menos, terapia holística. Diferente do que muitas pessoas acreditam, não perdemos o controle quando em hipnose. Não agimos contra a nossa vontade Não contamos segredos Não ficamos presos Ouvimos tudo o que acontece Não iremos dormir durante a terapia Não ficamos inconscientes Tudo o que a hipnose não é H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 12 A ciência já mostrou a eficácia da hipnoterapia desde a década de 70 Em um estudo realizado na década de 1970 pelo Dr. Alfred Barrios, PhD em Psicologia Clínica pela Universidade da California, os dados mostraram que a hipnoterapia é até 93% mais efetiva que as terapias mais convencionais e 89 vezes mais rápida. Psicoterapia – Tempo 11 anos | 38% Cognitiva – Tempo 6 Meses | 72% Hipnoterapia – Tempo 1,5 Meses | 93% Agora, a hipnoterapia H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 13 Entretenimento: Promover diversão de forma ética Exemplos: Street Hypnosis e Hipnose de Palco Terapia: Substituir padrões velhos e indesejáveis por padrões novos e desejáveis. Necessita de um hipnoterapeuta para conduzir Auto-Hipnose: Estado em que a pessoa de forma autônoma entra em transe Usado para reprogramação mental Pra que serve a hipnose? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 14 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 15 Como Funciona Nossa Mente 15 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 16 O cérebro humano é a máquina mas perfeita que existe, responsável pelo gerenciamento de todo o nosso corpo sem a necessidade de qualquer intervenção. Porém, conhecemos muito pouco sobre o seu potencial. Apesar da neurociência ter evoluído e mostrado que alguns caminhos auxiliam no seu desenvolvimento, tudo ainda é muito novo. Cérebro e mente são diferentes e tudo o que trataremos aqui são modelos e interpretações bastante usados para exemplificar o seu funcionamento. Entendendo a mente humana H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 17 A nossa mente é uma máquina extremamente complexa e ainda não conseguimos desvendar ou entender todo o seu potencial. Porém, já é possível separar em, pelo menos, 3 grandes partes com funções específicas: consciente, subconsciente e inconsciente. A mente subconsciente corresponde a 95% de nós: nos move, nos motiva e não podemos lutar contra ela. Mas os 5% que controlamos da mente consciente podem influenciar a nossa vida, se permitirmos. Neste modelo da mente, baseado na versão criada por Gerald Kein, explicamos cada um destes processos. Um modelo da mente H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 18 A hipnoterapia, também chamada de hipnose clínica, consiste na aplicação de técnicas hipnóticas como ferramentas terapêuticas. Dessa forma, a hipnoterapia é utilizada como auxílio para o tratamento de transtornos mentais e físicos, assim como para combater hábitos e sentimentos indesejáveis. Vários desses problemas são causados por eventos do passado dos quais as pessoas, muitas vezes, nem lembram. O papel do hipnoterapeuta, portanto, é identificá-los e ajudar o paciente a confrontá-los, para que o transtorno possa ser tratado com eficácia e o indivíduo possa ter qualidade de vida. Mente Consciente H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 19 É a representação de quem realmente somos e reflete nossa experiência de vida, o modo como somos condicionados a agir, aprender, pensar, acreditar frente a diferentes situações. Funciona como uma programação que começa a ser alimentada desde o momentoem que estamos no útero, antes mesmos de nascermos, permanecendo em constante evolução. A mente subconsciente controla nossas emoções, hábitos, memória e percepções como resultado de nossa programação de vida. E uma das mais importantes funções que ela exerce é a autoproteção, com relação a tudo o que é conhecido e que pode colocar em risco a nossa existência. Ela nos protege de perigos reais ou imaginários da mesma forma, sem saber a diferença entre eles. Enquanto o subconsciente nos protege de perigos conhecidos, o consciente faz o mesmo porém com perigos percebidos. Mente Subconsciente H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 20 Também conhecida como cérebro reptiliano, é a primeira parte do nosso cérebro a ser formada na evolução embrionária. Diferente do subconsciente que começa a receber uma programação com o nascimento, a mente inconsciente já é desenvolvida com programas biológicos padrões. Este programas são responsáveis por funções como a necessidade de alimentação, abrigo, luta, fuga, cicatrização, além de todo o gerenciamento do corpo humano como sistema nervoso autônomo, imunológico e gerenciamento de todos os órgãos e suas funções. Mente Inconsciente H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 21 É o responsável por filtrar absolutamente TUDO o que entra em nossa mente. Fica entre o consciente e o subconsciente e funciona como uma barreira, impedindo que todas as mensagens e sugestões que recebemos entrem de forma direta, sem crítica ou avaliação, de forma abrupta. O fator crítico é a nossa proteção, e nos impede de aceitar qualquer sugestão direta sem crítica. Uma vez que uma mensagem ou sugestão ultrapassa esse filtro, ela pode ou não ser aceita, dependendo de cada pessoa com base em sua programação de vida e avaliação, pois o controle sempre é dela. A função do fator crítico é nos proteger de tudo o que nos oferece algum tipo de perigo (real ou imaginário). Fator Crítico H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 22 “O que é real? Como você define o real? Se você está falando sobre o que você pode sentir, o que você pode cheirar, o que você pode saborear e ver, o real são simplesmente sinais elétricos interpretados pelo seu cérebro.” Morpheus (filme Matrix) Resultados da Hipnoterapia H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 23 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 24 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 25 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 26 15 abordagens terapêuticas 26 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 27 O processo terapêutico do Roberto Peres utiliza mais de 15 abordagens diferentes além da hipnoterapia avançada que, combinadas, potencializam o resultado do tratamento. Com isso é possível atender diferentes necessidades com a mesma qualidade e eficácia. Leitura Biológica Analisa aspectos físicos e fisiológicos prolongados e repetitivos, identifica padrões comportamentais com base em leituras físicas. Análise de Experiências Analisa vários aspectos de vida que, somatizados, promovem uma adaptação física e emocional positiva ou negativa. Percepção Corporal É uma forma do sistema nervoso sinalizar uma questão através dos sentidos. Decodificação Corporal Análise do histórico de saúde e leitura corporal, identificando sintomas físicos e emocionais, correlacionando cada um deles. 15 abordagens terapêuticas H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 28 Leis Sistêmicas Aplicação da ordem sistêmica familiar para restabelecimento do pertencimento, hierarquia e equilíbrio. Cinesiologia Através de alguns movimentos musculares, é possível entender sintomas e confirmar informações e queixas do cliente. Desenhos O desenho como estratégia terapêutica ajuda o sistema nervoso a externalizar o que palavras muitas vezes não conseguem Hipnoterapia Avançada Permite realizar mudanças profundas e solucionar problemas, por meio de regressão, reconciliação, autoconsciência e ajustes sistêmicos, entre outras abordagens. Objetos Simbólicos Auxilia na identificação de uma questão importante, intensidade, emoções, percepções e relação com o problema. 15 abordagens terapêuticas H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 29 Identidades Permite entender a relação de uma questão/problema com uma identidade assumida. Hipnoterapia Infantil Aplicação da hipnoterapia em crianças, com auxílio de ferramentas específicas lúdicas e não invasivas. Âncora Emocional Consiste em ancorar emoções e sentimentos para que possam ser utilizados através de um gesto. Ultra-Height e Ultra-Healing Através de uma consciência ultraelevada é possível realizar mudanças, encontrar respostas e resolver problemas. Leis Biológicas Princípios biológicos responsáveis pelos processos envolvidos para desencadear “enfermidades e doenças em animais e seres humanos. Condicionamento Mental Programa exclusivo de Neurolinguística para promover mudança comportamental e criação de hábitos positivos. 15 abordagens terapêuticas H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 30 AIDA Através de algumas perguntas poderosas é possível acessar emoções e memórias subconscientes. Hipnoterapia Celular Técnicas avançadas da hipnose para conexão em nível celular, auxiliando tratamentos e condições biológicas. Grade Familiar Organização da estrutura familiar de filiação, dentro da Constelação Sistêmica identificando provedor, cuidador e neutro. Processo de Percepção Identificação de como uma emoção determina um comportamento específico 15 abordagens terapêuticas H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 31 Para que serve a Hipnose 31 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 32 É a maneira como enxergamos tudo o que está à nossa volta. Funciona como “lentes” especiais e únicas. Todos percebem a mesma situação, mas cada um dá um significado diferente. Alguns, quando se deparam com uma lagartixa, têm reações distintas: enquanto uns percebem apenas um pequeno e inofensivo réptil, outros percebem um mostro apavorante. Isso se deve à interpretação que nosso subconsciente dá sobre o que estamos enxergando. 1 Percepção: É a análise que a mente subconsciente faz sobre tudo o que percebemos, com base no que já conhecemos. São nossas emoções, que podem ser positivas, neutras ou negativas. No caso da lagartixa, a mente de quem percebe um monstro apavorante, provavelmente associou o réptil a alguma emoção com base em alguma experiência ruim. Isso se deve à consulta que o subconsciente faz, constantemente, à memória para poder dar um significado ao que estamos enxergando. 2 Interpretação: H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 33 São os arquivos e pastas onde toda a nossa vida fica armazenada, desde nosso nascimento (ou antes dele). Lá estão os aniversários, primeiro dia de aula, momentos de frustrações, medos, inseguranças, etc. Para que possamos dar um significado a qualquer coisa, nosso subconsciente pesquisa o tempo todo, tudo o que percebemos. Isso ocorre a 40 milhões de bits por segundo e sequer somos capazes de perceber (nosso consciente trabalha com apenas 40 bits por segundo). Isso é o que gera a sua reação diante daquela situação. 3 Memória: No caso do nosso pequeno réptil, vamos supor que exista uma lembrança com 5 anos de idade onde, durante uma comemoração de aniversário, uma lagartixa passou pelo chão e todos gritaram e correram. Isso pode ter sido armazenado como uma ameaça, uma emoção ruim, logo, a interpretação será igualmente ruim. A associação que ele faz é que “lagartixa = algo ruim” e, por consequência, o que sentimos também será ruim A percepção é a soma da Interpretação + Memória = Significado 4 Significado: H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 34 Transe 34 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 35 Níveis de Transe H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 36 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 37 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 38 1. Palpitação das pálpebras 2. Extremidadesdos dedos frias e úmidas 3. Relaxamento do pescoço Esclera dos olhos a mostra 4. Vermelhidão e maior irrigação nos olhos Analgesia espontânea 5. Anestesia espontânea 6. Engrossamento da jugular Sudorese Sintomatologia do Transe 1. Leve (hipnoidal) 2. Médio 3. Profundo (sonambúlico) 4. Coma Hipnótico (Estado Esdaile) Níveis de Transe H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 39 Pessoas Céticas Pessoas Difíceis 39 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 40 1. Quem não devo hipnotizar? 2. Posso hipnotizar familiares? 3. Batalha de mentes 4. Não acredito, mas quero! 5. Duvido! 6. Tenta hipnotizar o “fulano”! A “chave” existe, você talvez tenha um pouco de dificuldade... E lembre-se há dias que apenas não vai “rolar”. Por mais que você tente, utilize técnicas e variações, muitas vezes você pode não conseguir levar seu paciente em um estado de transe. O importante é você não se frustrar e muito menos demonstrar isso para seu paciente. Pessoas Céticas X Pessoas Difíceis H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 41 Princípios básicos Da hipnose 41 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 42 1. Pré Talk (Conversa Prévia) 2. Rapport (Vínculo, Empatia) 3. Yes Set (Contexto do sim) 4. Como abordar um sujeito para praticar hipnose? 5. Desmistificar a hipnose 6. Explicar de forma simples o que é hipnose 7. Mostrar que a experiência pode ser legal 8. Passar segurança no processo. Princípios Básico da hipnose H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 43 Hipnose Ericksoniana 43 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 44 Considerado uma das maiores autoridades em hipnose aplicada à medicina e à psicoterapia, Milton Hyland Erickson foi um psiquiatra estadunidense. Ele acreditava que a mente inconsciente possui maiores condições de obter soluções positivas diante dos problemas. Por isso, defendia que tanto as mudanças comportamentais quanto os processos de aprendizagem são inconscientes, ou seja, que para modificá-los ou potencializá-los, deve-se trabalhar neste nível da mente e não de forma consciente. Ele observou a manifestação das doenças em diferentes pacientes e chegou à conclusão que cada um deveria ser tratado de forma única. Para que isso fosse possível, procurou conhecer a linguagem de cada indivíduo para que, por meio dela, fosse possível acessar seu inconsciente, respeitando suas crenças e valores individuais. Por este motivo, o Modelo Milton — conjunto de padrões verbais associados com sugestão hipnótica e linguagem — hoje é procurado por pessoas em busca de autoconhecimento e utilizado por diversos profissionais que usam a hipnose como técnica auxiliar nas mais variadas intervenções médicas e psicológicas. Quem foi Milton Erickson? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 45 O Conselho Federal de Psicologia (CFP) entende que a metodologia ericksoniana é um recurso complementar e auxiliar da Psicologia. No entanto, deve ser praticada por profissionais comprovadamente capacitados e utilizar conhecimentos e técnicas fundamentadas na ciência psicológica. Deve, ainda, se pautar na ética e na legislação profissional da categoria. Além disso, a intervenção hipnótica — sobretudo a metodologia ericksoniana — ganhou reconhecimento do CFP não só pelos seus avanços no campo da Psicologia, mas também por ser um recurso capaz de ajudar na resolução de problemas físicos e psicológicos como: 1. alívio de dores; 2. estados de ansiedade; 3. medos, fobias e traumas; 4. depressão e estresse; 5. controle de hábitos — como tabagismo; e 6. diferentes setores da clínica médica e cirúrgica. Vale destacar que a hipnose não é reconhecida como psicoterapia e sim como método auxiliar valioso, principalmente por oferecer ao tratamento procedimentos que só podem ser obtidos por meio desta técnica. O que o conselho de psicologia fala sobre a hipnose ericksoniana? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 46 Cada pessoa é única e, por isso, cria suas próprias condições de cura. O hipnoterapeuta possui apenas papel de guia e usa essas condições para ajudar o paciente. 2. Linguagens e processos mentais estão em constante estado de fluxo criativo. 3. Todo problema tem solução, se forem utilizadas as ferramentas corretas. 4. Todos têm em seu interior a capacidade para resolver quaisquer problemas. Ao assumir essa responsabilidade, abre-se um novo caminho no processo de cura. 5. É preciso criar uma mudança estratégia e permitir que ela tome forma, afinal, basta uma pequena mudança para desencadear outras maiores. 6. Não existe resistência se a solução para um problema vem da própria pessoa. Por esse motivo, é preciso acionar a mente inconsciente e reunir as informações e ações necessárias para atingir a cura. 7. Há poder na troca de vulnerabilidade. 8. É preciso mais conexão, aceitação, amor e comunicação com a mente inconsciente para uma vida plena. Princípios chaves da hipnose ericksoniana H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 47 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 48 1. Com que se parece seu problema? Qual a primeira imagem que vem à sua mente? 2. Se esse problema fosse um objeto, qual seria? 3. Se tivesse peso ou tamanho, qual seria? 4. Se fosse um animal ou cor? Hipnose Ericksoniana “Pensar por imagens está mais perto do processo inconsciente do que pensar por palavras”. (Freud) H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 49 Devolva as metáforas que seu paciente te trouxer com contra metáforas e crie uma história em que os elementos descritos por ele estejam presentes. A história ou estória tem que ter uma resolução. Padrões de linguagem ericksonianos • Comandos embutidos (double bind) • Marcação analógica • “Mais cedo ou mais tarde” Frases vagas “Fato+fato+fato” • O uso do “não” “Talvez” • “Provavelmente” • “Não é “ Hipnose Ericksoniana H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 50 Ressignificando usando submodalidades Efeito Swish - (Velocidade + Impacto + Sobreposição de imagens) A técnica Swish é uma técnica bastante conhecida nos cursos de PNL, que consiste basicamente em permitem o redirecionamento consciente de pensamentos e comportamentos. Basicamente, o Swish te ajuda a direcionar a sua mente para algo que você gostaria de ter ou ser, no lugar de uma compulsão ou hábito que prejudique o seu desempenho. Na PNL, é possível aplicar técnicas como a técnica Swish para permitir uma reprogramação mental. Essa técnica através da escolha de uma imagem ou sensação boa consegue redirecionar pensamentos e ações. Assim, em vez de pensar em uma ação compulsiva, por exemplo, você consegue criar uma identidade para um novo padrão de comportamento. Objetificação do problema H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 51 Efeito Swish Tradicional (velocidade + impacto + sobreposição de imagens) Pense em uma imagem ou sensação que te incomoda(A). Pense na imagem ou sensação que você quer substituir(B). 3)Imagine (B) no canto de (A). Numa fração de segundos, imagine esta pequena imagem crescer e substituir a imagem maior. (B) substitui (A). Amplie essas sensações e se associe a (B). Repita esse processo de 8 a 12x Objetificação do problema H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 52 Efeito Swish Invertido 1. Pense em uma imagem ou sensação que te incomoda(A). 2. Afaste essa imagem e diminua ela de tamanho. 3. Crie uma tela mental grande (B) na qual você quer que (A) faça parte. 4. Jogue rapidamente (A) dentro de (B) 5. Repita esse processo de 8 a 12 vezes Objetificação do problema H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 53 Para não levantar resistência A hipnose Ericksoniana é permissiva Influência o sujeito de forma indireta e as sugestões entram de forma periférica. As vezes, sem mesmo que o sujeito perceba naquele momento. Por que usar sugestões indiretas? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 54 Tailoring: “Corte ou costurando”. Ao molde do cliente. Vem do termo “Tailor” que significa alfaiate. Sinergismo: Ou princípio de semelhanças, como na homeopatia. Darmais do mesmo para encontrar uma saída. Utilizar o que o cliente traz Ser vago: Isso permite que o próprio inconsciente do sujeito encontre a solução e faça os ajustes. Por que usar sugestões indiretas? H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 55 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 56 Poder da sugestão 56 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 57 Atualmente são reconhecidos quatro tipos de sugestão: a direta, a hipnótica, a indireta e a autossugestão. A sugestão direta é aquela que se obtém devido à autoridade que uma pessoa exerce sobre outra sujeita a ela. A sugestão hipnótica é a que se obtém a partir de um transe hipnótico, o qual pode ser realizado por diferentes meios. A sugestão indireta, por sua vez, é a que se realiza quando são incorporadas ideias das outras pessoas como se fossem próprias. E por fim, a autossugestão é a que o indivíduo exerce sobre si mesmo, de forma mais ou menos deliberada. A própria pessoa tenta se induzir a incorporar na sua mente uma ideia ou uma sensação. Como quando está frio e nos obrigamos a pensar “Eu não estou com frio, não estou com frio”, com o objetivo de auto se convencer disso. Também há um subtipo na autossugestão. Trata-se da autossugestão voluntária. Ela ocorre quando um indivíduo, sem querer, acaba se convencendo de uma ideia. Às vezes se trata de uma ideia indesejada. Por exemplo, quando aparece alguma mancha na pele de uma pessoa e ela começa a pensar que é algo grave. Ela não vai ao médico para evitar que seu pensamento seja confirmado, mas tem certeza de que sofre de um mal terrível. O poder que nunca te contaram! H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 58 O poder da sugestão sobre as nossas ações e, certamente, sobre a nossa maneira de perceber a realidade, é extremamente significativo. A sugestão hipnótica tem sido utilizada principalmente com fins terapêuticos, mas sua eficácia é limitada. Primeiro porque nem todo mundo é suficientemente sugestionável para se deixar hipnotizar, e segundo porque os avanços obtidos nesse estado de semiconsciência não se mantêm por muito tempo. O poder que nunca te contaram! H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 59 A sugestão direta deriva daqueles indivíduos que conseguem persuadir as outras pessoas, inclusive de ideias perigosas. Esses indivíduos não se dirigem ao pensamento lógico das pessoas, mas a suas emoções. Particularmente, aos seus medos e seus desejos. Dessa maneira, conseguem que a vontade das pessoas ceda e conseguem fazer com que elas façam o que desejam. É uma forma de sugestão que está associada ao poder, embora não necessariamente aos grandes poderes. É possível exercer esse tipo de sugestão em um relacionamento, em uma situação de compra e venda e até por um chefe de estado ou um ditador. A sugestão direta H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 60 A sugestão indireta é a mais complexa e mais difícil de detectar. Ela tem origem no “mundo das ideias” que paira sobre uma sociedade. Diversas instituições, ainda que inconscientes disso, a constroem e a promovem. Nesse grupo estão inseridas as crenças religiosas. Como, por exemplo, a existência de vida após a morte. Muitas pessoas juram de pés juntos que é verdade, apesar de não existir nenhuma evidência que confirme esse fato. Algumas pessoas chegam a ver como uma ameaça quando alguém tenta provar o contrário. A sugestão Indireta H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 61 A autossugestão, especialmente a involuntária, está mais presente nas nossas vidas do que gostaríamos. Boa parte do que acreditamos não é mais que um conjunto de crenças, sem maior fundamento. Fazemos muitas coisas porque vimos que outras pessoas fazem ou por simples costume, mas nem sempre paramos para encontrar um porquê. O que está claro é que temos convicções sobre nós mesmos e sobre todas as coisas em geral, mas estas não aguentariam uma análise mais rigorosa. É assim que nós somos, e é assim que convivemos com o poder da sugestão A autossugestão H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 62 Loop Hipnótico – James Trip 62 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 63 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 64 Passos Simples 64 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 65 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 66 Aprofundamento Relaxamento 66 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 67 Frases Hipnóticas 67 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 68 Como despertar o sujeito 68 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 69 Roteiros 69 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 70 Auto Hipnose 70 H ip no se Cl ín ic a A PO ST IL A 71 Regressão 71 Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45 Número do slide 46 Número do slide 47 Número do slide 48 Número do slide 49 Número do slide 50 Número do slide 51 Número do slide 52 Número do slide 53 Número do slide 54 Número do slide 55 Número do slide 56 Número do slide 57 Número do slide 58 Número do slide 59 Número do slide 60 Número do slide 61 Número do slide 62 Número do slide 63 Número do slide 64 Número do slide 65 Número do slide 66 Número do slide 67 Número do slide 68 Número do slide 69 Número do slide 70 Número do slide 71