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AUTISMO E AS FASES DO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO: RELATO DE CASO AUDREY MARIA FREIRE RODRIGUES; GUILHERMINIA S. DE SOUZA ARRUDA; RAYANNE VIEIRA LEITE. Acadêmicas do 9º período de odontologia da Asces Unita. OBJETIVO RELATO DE CASO DISCUSSÃO CONCLUSÃO Apresentar através de um relato de caso a experiência vivenciada no CEO de Pacientes com Necessidades Especiais da ASCES- UNITA, sob orientação do Preceptor Dr. André Ricardo Carvalho de Araújo. Paciente Y.V.D.S.Q, 12 anos, sexo feminino, procurou o CEO de PNE da ASCES-UNITA encaminhada da Secretária de Saúde de Belo Jardim para atendimento especializado. Durante anamnese a responsável relatou que a mesma possui deficiência intelectual, transtorno do especto autista e transtorno opositor desafiador. Ao exame físico foi constatado alto índice de cárie, presença de raiz residual e amelogênese. Desde o primeiro contato a paciente não demonstrou ser cooperativa, foi realizado o plano de tratamento começando pelos procedimentos de baixa/média complexidade até os de alta, como a exodontia, em todas as sessões a paciente foi contida. O tratamento odontológico em pacientes autistas, muitas vezes, é considerado desafiador para os pais e para os profissionais. Dificuldade de abordagem, comportamento repetitivo e limitado e recusa para responder aos comandos são alguns dos desafios encontrados (SANTA’ANNA, 2017). Crianças com TEA podem possuir uma má higiene bucal, com alguns agravos, como gengivite por exemplo, quando comparadas com indivíduos não portadores do transtorno (LOPES et al., 2022). O paciente autista possui dificuldade de socialização e comunicação, por isso conquistá-la é fundamental. Na maioria dos casos, o dentista não consegue realizar o atendimento na primeira consulta; faz-se necessário buscar diferentes formas de abordagem para que o objetivo seja atingido (MARRA, 2007). REFERÊNCIAS LOPES, Cristina da Silveira et al. Atendimento odontológico à criança com transtorno do espectro autista - Revisão de literatura. Research, Society And Development, [S.L.], v. 11, n. 7, 14 maio 2022. Research, Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29497 Marra PS. Dificuldades encontradas pelos responsáveis para manter a saúde bucal em portadores de necessidades especiais. Tese [Mestrado em Odontologia] - Universidade do Grande Rio. Duque de Caxias, RJ, 2007. Sant’Anna, LFC; Barbosa, CCN; Brum, SC. Atenção à saúde bucal do paciente autista. Revista Pró-UniverSUS. 2017 Jan./Jun.; 08 (1): 67-74. Onol S, Kirzioglo Z. Evaluation of oral health status and influential factors in children with autism. Niger J Clin Pract. 2018 apr.;21(4): 429-35 Santana LM, Leite GJF, Martins MA, Palma ABO, Oliveira CC. Pacientes autistas: manobras e técnicas para condicionamento no atendimento odontológico. Revista Extensão & Sociedade. 2020; 11(2): 155-65. Coimbra BS, Soares DCL, Silva JA, Varejão LC. Abordagem odontológica a pacientes com transtorno do espectro autista (TEA): uma revisão da literatura. Braz J Develop. 2020 dec.; 6(12): 94293-306. Conclui-se que, apesar dos desafios, um tratamento odontológico de qualidade pode ser realizado com o uso de abordagens personalizadas e, para isso, é necessário que o Cirurgião-Dentista conheça esses recursos e domine as técnicas. Torna-se imprescrindível conhecer mais sobre as necessidades especiais para melhor atender esse público, já que compreender esse transtorno ajuda a evitar situações que poderiam causar danos físicos e psicológicos para os pacientes e familiares, durante o tratamento odontológico. Dividir o tratamento em várias sessões fez com que a paciente se sentisse segura e confortável com a rotina criada no ambiente clínico, obtendo-se sucesso nos procedimentos realizados. INTRODUÇÃO Pacientes que apresentam alguma dificuldade temporária ou permanente, intelectual, física ou comportamental são denominados de pacientes especiais, essas pessoas necessitam de cuidados individualizados sendo acompanhados por uma equipe multidisciplinar(SANTANA et al.,2020). Crianças com TEA necessitam de uma atenção e cuidados especiais, geralmente elas dependem de seu responsável para realizar atividades cotidianas. Por causa da falta de cooperação da criança, há uma dificuldade de realizar a escovação dentária sendo executada de forma breve e ineficaz (COIMBRA et al., 2020). A associação da má higiene bucal com a preferência por alimentos cariogênicos leva os pacientes TEA a apresentarem níveis elevados de cárie e doença periodontal necessitando de tratamentos restauradores e extrações precoces(ONOL et al., 2018). http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29497
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