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1 REVISE & RESPONDA FILOSOFIA 2. ANTIGA 2.3 HELENISMO REVISÃO REVISÃO QUESTÃO 01 RES O LU Ç Ã O TEXTO I Ora, a morte é a cessação da vida física ou o aniquilamento do indivíduo no dinamismo da physis, de maneira que não há sofrimento nela, afi nal, sofrimento e prazer, mal e bem, residem nas sensações. Como a morte implica privação de sensações, não se pode pensar que ela acarrete algum sofrimento aos indivíduos. Por conseguinte, o sábio, aquele que se aplica a refl etir sobre a natureza da morte, não terá nada a temer. Epicuro. Carta sobre a felicidade (A Meneceu). São Paulo: Editora UNESP; 1997. TEXTO II O sábio não desdenha viver nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo, e deixar de viver (a morte) não é um mal. Ao contrário, o sábio, assim como que opta pela comida mais saborosa e não pela mais abundante, do mesmo modo sabe colher os frutos de um tempo bem vivido, ainda que breve. Epicuro. Carta sobre a felicidade (A Meneceu). São Paulo: Editora UNESP; 1997. O epicurismo é o sistema fi losófi co que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Seguindo essa linearidade de raciocínio, Epicuro afi rma que não se deve temer a morte, pois ela A retrata a brevidade da penúria vivenciada pelo homem. B traduz os anseios dos que buscam atenuar suas afl ições. C exprime um alívio para o sofrimento humano aqui na Terra. D simboliza uma passagem para uma vida melhor no outro plano. E representa um processo natural da vida com a ausência de dor. REVISÃO QUESTÃO 02 RES O LU Ç Ã O A noção de necessidade, ou destino (heimarmené), é muito forte no estoicismo; o homem deve resignar-se a aceitar os acontecimentos como predeterminados. Isso não se traduz pela inação; devemos também aceitar as consequências de nossa ação e o curso inevitável dos acontecimentos. Segundo um exemplo famoso, se vejo alguém se afogando, devo tentar salvá-lo, mas se não o conseguir, não devo desesperar-me, pois era inevitável. MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofi a: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. O estoicismo foi uma doutrina fundada por Zenão de Cício e que exerceu profunda infl uência na ética cristã. A partir da perspectiva apresentado no excerto acima, entende-se como atitude ética aquela que é A fundamentada na aceitação do destino como caminho para obtenção da felicidade. B apoiada na inanição do homem ao se deparar com os dilemas oriundos do cotidiano. C fi rmada na aceitação apenas dos fracassos promovidos pelas ações infelizes dos indivíduos. D respaldada pela inanição do indivíduo frente a impossibilidade de se alcançar a felicidade. E amparada na negação das ações humanas e na aceitação do determinismo divino. REVISÃO QUESTÃO 03 Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não signifi ca nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infi nito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo, portanto, quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o afl ige a própria espera. EPICURO. Carta sobre a felicidade [a Meneceu]. In: COTRIM, G. Fundamentos da Filosofi a. São Paulo: Saraiva, 2006. O epicurismo foi uma escola fi losófi ca do período helenístico. No texto, percebe-se que, o fi lósofo Epicuro defende que o medo da morte levava o individuo ao(à) A prazer. B dever. C dor. D desejo. E paraíso. REVISÃO QUESTÃO 04 Certamente, miserável é a condição de todas as pessoas ocupadas, mas ainda mais miserável a daqueles que sobrecarregam a sua vida de cuidados que não são para si, 2 2.ANTIGA | 2.3 HELENISMO esperando, para dormir, o sono dos outros, para comer, que o outro tenha apetite, que caminham segundo o passo dos outros e que estão sob as ordens deles nas coisas que são as mais espontâneas de todas – amar e odiar. Se desejam saber quão breve é a sua vida, que calculem quão exígua é a parte que lhes toca. SÊNECA. Sobre a brevidade da vida. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2010. p. 70-71. A corrente de pensamento fi losófi ca apresentada no texto era considerada estoica por A justifi car o papel social distinto dos fi lósofos. B promover uma crítica às desigualdades sociais. C fundamentar decisões individuais de forma autônoma. D enaltecer o papel das paixões e dos prazeres na vida ética. E estabelecer a primazia do cuidado egoico e estético na vida prática. REVISÃO QUESTÃO 05 Ceticismo é a habilidade, ou atitude mental, a qual opõe aparências a julgamentos sob qualquer forma, com o resultado que, devido à equipolência dos objetos e das razões assim opostas, nós somos levados primeiramente a um estado de suspensão mental e depois a um estado de “imperturbabilidade” ou quietude. SEXTO EMPÍRICO. Hipotiposes pirrônicas. Disponível em: Maxwell (puc-rio.br). Entendido como forma de levar as pessoas à ataraxia, à paz interior, o ceticismo defende a ideia de que o conhecimento verdadeiro é A impensável, considerando que ele não advém da sensação e da refl exão. B inconcebível, uma vez que não existem verdades únicas e absolutas. C impossível, pois as pessoas podem apenas se aproximar da verdade. D insustentável, já que não há validação científi ca para as verdades. E inconstante, tendo em vista que as ideias mudam o tempo todo. GABARITO REVISÃO 01 E 02 A 03 C 04 C 05 A TOTAL DE ACERTOS Total Questões 05 Total Acertos Rendimento %