Segunda Prova ONLINE- Economia Brasileira Contemporanea - G1-T1 - 2022-2

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Segunda Prova ONLINE
Entrega 19 de nov de 2022 em 19:30 Pontos 30 Perguntas 6
Disponível 19 de nov de 2022 em 14:00 - 19 de nov de 2022 em 19:30 5 horas e
30 minutos
Limite de tempo 90 Minutos
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Tentativa Tempo Pontuação
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BOA PROVA!!
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MAIS RECENTE Tentativa 1 65 minutos 20 de 30
 As respostas corretas não estão mais disponíveis.
Pontuação deste teste: 20 de 30
Enviado 19 de nov de 2022 em 15:14
Esta tentativa levou 65 minutos.
 
5 / 5 ptsPergunta 1
Após o golpe militar de 1964 que tinha por objetivo principal
salvar o país do caminho sem volta que seria o comunismo,
buscou-se encontrar uma solução “técnica” para os problemas
econômicos. O caminho foi o lançamento do “Plano de Ação
Econômica do Governo – Paeg”. Esse plano, de forma distinta
ao Plano de Metas, não foi fruto de um diagnóstico exaustivo da
situação econômica e nem passou por um processo de
discussão com a sociedade. Os seus formuladores Roberto
Simonsen e Otávio Gouveia de Bulhões, esse último um grande
defensor do conservadorismo econômico, propuseram radicais
alterações na vida econômica do país.
Um dos pontos básicos para que o Paeg cumprisse suas metas
seria a redução da inflação que, em 1963 havia chegado à taxa
de 83,2% ao ano e indicava, nos meses que antecederam ao
golpe, um índice de mais de 100% em 1964.
Como corre em qualquer plano, o Paeg fez o diagnóstico, para
alguns superficial, das causa da inflação. Abaixo são
apresentadas algumas afirmativas sobre as causas da inflação
apresentadas pelos formuladores do plano, escolha o conjunto
das afirmativas corretas.
1) As restrições ao crédito para as empresas e,
principalmente, ao consumo ampliavam o custo e, por
consequência, os preços e, em última medida, a inflação.
2) O ciclo de aumentos salarias com ganhos reais para os
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2) O ciclo de aumentos salarias com ganhos reais para os
trabalhadores ampliaram o consumo fazendo pressão sobre os
preços;
3) Os gastos públicos financiados por emissão de moeda
ampliaram a base monetária (meios de pagamento) levando á
inflação
4) O excesso de demanda era um dos fatores responsáveis
pelo processo inflacionário vivido pelo país.
5) A aplicação da política de “realismo cambial” pelo governo
de João Goulart, desvalorizações continuas da moeda, era
outro elemento de ampliação da inflação a ser combatido.
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5 / 5 ptsPergunta 2
O Governo Figueiredo (1979-1985) iniciou com uma clara
promessa de fazer a redemocratização do País, a abertura
política foi sintetizada por ele em uma (infeliz) frase: "É pra abrir
mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!".
No campo econômico não era só a vontade do mandatário que
iria contar, pois os problemas se acumulavam.
Abaixo são apresentadas cinco afirmativas sobre as políticas
econômicas adotadas no período, escolha o conjunto das
afirmativas corretas.
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1) A segunda crise do petróleo iniciada com a chegada da
Revolução Islâmica no Irã, em 1979, reeditou o quadro das
políticas econômicas recessivas adotadas pelos países centrais
quando da primeira crise. No entanto, os recursos do superávit
dos países produtores petróleo não seguiram para o mercado
internacional, mas sim para a economia americana que
praticava altas taxas de juros. Isso impactou fortemente nos
países periféricos, que de um lado perdiam mercado
internacional para suas exportações e de outro tinham que
fazer frente a uma elevação de juros e de preço do petróleo.
2) Apesar do pouco sucesso das políticas econômicas
adotadas pelo Governo Figueiredo, deve ser indicado que
houve uma expressiva ampliação do mercado de trabalho, não
tanto no aspecto do volume de pessoas empregadas, mas no
aumento do salário médio real recebido pelos trabalhadores.
3) A substituição de Mario Henrique Simonsen, no Ministério do
Planejamento, por Delfim Netto, deu novo fôlego à economia e
permitiu a reprodução, em menor escala, do momento virtuoso
da economia observado no Governo Médici, afastando de vez a
necessidade de o país ter de recorrer aos organismos
financeiros internacionais.
4) A variação da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
do Brasil durante o Governo Figueiredo foi errática, alterando
entre valores positivos e negativos. No entanto, ao final do
governo as taxas de crescimento tinham retornado a patamares
próximos do inicio do ciclo Figueiredo. Por outro lado, a
situação da desigualdade havia ampliado colocando em
situação de vulnerabilidade, abaixo da linha de pobreza, mais
de 45,0% das famílias brasileiras.
5) Apesar de todos os problemas no campo externo, no período
de 1983 e 1985 o Brasil conseguiu obter expressivos 
superávits na Balança Comercial. Alguns economistas
creditaram esse sucesso só não ao Governo Figueiredo, mas,
em parte, às políticas de substituição das importações adotadas
pelo Governo Geisel.
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0 / 5 ptsPergunta 3IncorretaIncorreta
A chegada de Fernando Collor (1990 a 1992) trazia muitas
esperanças. A fama de administrador eficiente no estado de
Alagoas indicava que o primeiro presidente eleito diretamente
no período pós ditadura militar iria desempenhar o papel de
“salvador da pátria”. No entanto, o futuro reservava grandes
surpresas para a sociedade brasileira. Ao assumir, o governo
traçou linhas bem arrojadas no trato da questão econômica,
onde se destacam a abertura econômica e a implementação de
um plano econômico – Plano Collor – que, ao final, foi mais
uma tentativa frustrada de combater a inflação.
Em relação ao Plano Collor são listadas abaixo cinco
afirmativas. Escolha aquelas que estão corretas.
1. Segundo os economistas a “ancora” do Plano Collor seria o
confisco da liquidez que se traduzia na retomada da
capacidade de fazer política monetária ativa, congelando os
estoques de moeda. Infelizmente essa visão só se fixava no
controle de estoque da moeda e não no fluxo.
2. Segundo alguns economistas, um dos equívocos do Plano,
no campo da política monetária, não foi ter aproveitado o
ensejo para retirar do mercado todas as suas imperfeições.
Isso contribuiu para que o objetivo de colocar a taxa de
juros como o reflexo da liquidez da economia não fosse
alcançado.
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alcançado.
3. Apesar de, por razões obvias, ser o confisco dos ativos
financeiros a face mais conhecida do Plano Collor, outras
medidas estavam previstas na proposta “Plano Brasil Novo”,
dentre elas a abertura econômica. Essa medida tinha por
objetivo gerar um choque de oferta que desestimularia os
reajustes de preços, procedimento observado em outros
planos.
4. A colocação pelo Plano de restrições no acesso aos ativos
financeiros fez com que a redução do meio circulante
controlasse a inflação, não sendo, portanto, necessária uma
reforma monetária nos moldes do Plano Cruzado.5. O fracasso do Plano Color levou à edição do Plano Collor –
II que foi uma tentativa, também frustrada, de retomar o
controle sobre a inflação. Segundo alguns economistas o
maior equivoco dessa nova edição do Plano foi não se
propor medidas para conter a demanda via o congelamento
de preços e salários.
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5 / 5 ptsPergunta 4
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O início do governo Sarney em 1985 era uma mistura de
esperança e tristeza. Esperança da redemocratização do país e
tristeza por não estar no cargo alguém que, apesar de eleito de
forma indireta e ser veterano na política, tinha o respeito de
importante parcela da população. No campo econômico os
problemas estavam colocados, divida externa, inflação e déficit
público faziam a tríade maldita que assombrava os governos.
No caso da inflação, surgiam nessa época diversas propostas
de conter a espiral de aumentos de preços. Ideias ortodoxas e
heterodoxas foram aplicadas em vários países como Argentina
e Israel, com maior ou menor grau de sucesso, e no Brasil. O
primeiro plano –Cruzado- introduziu várias alterações na forma
de tratar a inflação. A seguir são indicadas algumas afirmações
sobre o plano Cruzado, escolha o conjunto de declarações
corretas.
1. Uma das propostas do Plano Cruzado foi o congelamento
dos salários, após a concessão de um abono. Tal fato
contribuiu para um aumento do consumo das famílias, o que
pressionou os preços.
2. O congelamento dos preços pode ter trazido ânimo ao
consumo, mas várias empresas em patamares distintos da
cadeia produtiva ficaram com defasagem de preço em seus
produtos.
3. A “maquiagem” foi o caminho utilizado por algumas
empresas para fugir do tabelamento, via a colocação no
mercado de produtos com embalagens e especificações
distintas dos originais.
4. O processo de crescimento iniciado pelo Plano Cruzado
teve impacto quase imediato na balança comercial
ampliando os saldos positivos, pelo menos nos primeiros 6
meses do Plano.
5. O bom desempenho do setor externo da economia só foi
possível, pois houve a adoção da política de cambio
flutuante nos primeiros meses da implantação do Plano.
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5 / 5 ptsPergunta 5
Ao ser constatado o fracasso do Plano Cruzado outras
propostas foram colocadas em marcha com nomes diversos,
“Cruzadinho”, “Cruzado II”, “Plano Bresser”, “Plano Feijão com
Arroz”, e “Plano Verão”.
Em seguida são apresentadas possíveis características e
comentários dos planos que deverão associados ao plano
correspondente.
Plano Cruzadinho Manutenção do congelamento de preços do Plano Cruzado com a criação de empréstimos compulsórios sobre os combustíveis, viagens internacionais e ágio na compra de carros novos.
Plano Bresser Desvalorização do cruzado frente ao dólar, congelamento temporário de preços e salários, criação da Unidade de Referência de Preços (URP) para correção de salários, após fim do congelamento.
Plano Verão Reforma monetária criando o cruzado novo, congelamento de preços, adoção de uma tablita para conversão de valores de contratos para expurgar a inflação futura, adoção da paridade entre a nova moeda - cruzado novo - e o dólar, reforma administrativa com a demissão de funcionários públicos.
 
0 / 5 ptsPergunta 6IncorretaIncorreta
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O problema da dívida externa brasileira, assim como em outros
países em desenvolvimento, teve grande impacto no
desenvolvimento econômico. Apesar de ser uma situação que
tem uma trajetória ligada à própria história do Brasil, foi nos
governos de Figueiredo e Sarney que esse processo tomou
características de uma crise que afetou todo o processo de
decisões na área econômica.
Em seguida são feitas cinco afirmativas que tratam da questão
da dívida externa nesses dois governos, Figueiredo (1979 –
1985) e Sarney (1985-1990), escolha o conjunto das afirmativas
corretas.
 
1. Ao findar o Governo Figueiredo a questão da dívida parecia
equacionada, pois a reservas haviam aumentado, por conta
dos saldos na balança comercial. No início do Governo
Sarney, com a ampliação do consumo e importações, os
saldo foram diminuindo de tal sorte que, em fevereiro de
1987, o Brasil declarou, de forma unilateral, a moratória da
dívida externa.
2. No Governo Sarney a preocupação com o endividamento
externo diminuiu na medida em que o sucesso do Plano
Cruzado era reconhecido internacionalmente. Os superávits
crescentes na balança comercial consolidavam a postura do
Brasil frente aos credores externos e, com isso, o país
obtinha melhores condições para a negociação de juros e
amortizações.
3. Ao tomar posse, Figueiredo tinha como uma de suas
propostas de governo quitar totalmente a dívida externa do
Brasil. Dessa forma entendia a equipe econômica do
governo, que seria mais fácil conseguir financiamentos de
longo prazo com juros reduzidos. Pensavam assim em
reproduzir na economia o dito popular: “quem não deve, não
teme”.
4. Em outubro de 1980, no momento em que os banqueiros
internacionais se recusaram a “rolar” a dívida externa
brasileira, houve a reversão da política expansionista aplica
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brasileira, houve a reversão da política expansionista aplica
pelo então ministro Delfim Neto. No campo econômico, a
passagem de uma política expansionista para uma política
contracionista, não conseguiu ajustar a economia do país às
novas condições internacionais. Essa situação levou a que,
frente a moratória mexicana, as linhas de crédito
internacionais fossem fechadas para o Brasil.
5. Em 1982, a necessidade de ir ao FMI levou o Brasil a viver
sob o signo desse órgão ao longo de toda a década de
1980. Nas diversas “cartas de intenções” que foram
assinadas, o governo brasileiro se comprometia, entre
outras coisas: a ajustar a economia mediante a redução do
déficit público, a eliminar subsídios, e a realizar as
desvalorizações cambiais necessárias para o incentivo de
exportações.
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