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Processo de Execução - 1 parte

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
LIQUIDAÇÃO, CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E PROCESSO DE EXECUÇÃO
Prof. Míria Soares Enéias 
Aula 01
DA EXECUÇÃO
1 - Atividade Jurisdicional: 
Em que consiste? 
A análise etimológica da expressão "jurisdição" mostra a presença de duas palavras do latim: juris, que significa direito e a palavra dictio, que significa dizer. Portanto, Jurisdição é uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça. E essa pacificação é feita através da aplicação das normas previstas no ordenamento jurídico ao caso em concreto. Entretanto, é necessário entender que, não basta ao Estado reconhecer a quem cabe ao direito. Na prática, será preciso que o Poder Público ofereça também aos interessados mecanismos que possam tornar concreta a vontade estatal materializada no julgado. 
Temos então dois tipos de atividade jurisdicional: 
- cognitiva: o juiz investiga os fatos ocorridos e define qual norma incidirá no caso concreto. Dizendo o direito no caso concreto 
- executória: busca-se o resultado prático, fisicamente concreto.
2 - Conceito de execução: conjunto de atividades atribuídas aos órgãos judiciários para a realização prática de uma vontade concreta da lei previamente consagrada num título executivo.
Para Cândido Rangel Dinamarco é “como uma cadeia de atos de atuação da vontade sancionatória, ou seja, conjunto de atos estatais através de que, com ou sem concurso da vontade do devedor (e até contra ela), invade-se seu patrimônio para, à custa dele, realizar o resultado prático desejado concretamente pelo direito objetivo material. A esse conjunto de atos dá-se o nome de sanção”.
Para Enrico Tullio Liebman na cognição o juiz desenvolve um “trabalho intelectual”, que se assemelha ao do historiador. Na execução, a atividade é prevalentemente prática e material.
3 – Requisitos para qualquer execução: art. 786 – nulla executio sine titulo
4 – Títulos Executivos: é um documento que representa uma obrigação líquida, certa e exigível. Para Didier “o título é um documento que comprova um ato jurídico extrajudicial ou a decisão proferida pelo julgador”.
. judicial (rol do artigo 515): São provimentos jurisdicionais, ou equivalentes, que contêm a determinação a uma das partes de prestar algo à outra. Somente as sentenças de prestação dão ensejo a atividade executiva, ou seja, as sentenças condenatórias, mandamentais e executivas lato sensu. A prestação pode ser de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia.
. Condenatória: impõe prestação
. Constitutivas: Certifica e efetiva direito potestativo (é o poder jurídico conferido de submeter outrem à alteração, criação ou extinção de situações jurídicas. Ex. rever cláusulas contratuais, rever prestação alimentícia, adotar alguém, pedir divórcio) 
. Declaratórias: restringem a certificar a existência ou a inexistência de uma situação jurídica. Ex. Decisão de usucapião – certifica a existência do direito de propriedade do autor em função de ter-se operado a usucapião, fato gerador do direito real.
. Extrajudicial: (artigo 784 do CPC) é o documento com eficácia executiva já reconhecida pela lei, e não por provimento jurisdicional ou equivalente, o qual representa um ato jurídico em que figuram credor e devedor. A obrigação que advém de um título de executivo extrajudicial dispensa a declaração dessa obrigação, desse direito, pelo judiciário.
Há dezenas de títulos executivos previstos em leis esparsas, como exemplo, o contrato de honorários de advogado (Lei nº 8.906/94, art. 24), os créditos da Previdência Social (Lei nº 8.212/91, art. 39, § 1º), as cédulas de crédito rural (Dec. Lei nº 167, de 1967, art. 41), as cédulas de crédito industrial (Dec. Lei nº 413/1969), os contratos de alienação fiduciária em garantia (Dec. Lei nº 911, de 1969, art. 5º), a Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) e a Cédula de Crédito Bancário (Lei nº 10.931, de 02.08.2004, arts. 20 e 28); o Certificado de Deposito Agropecuário (CDA), o Warrant Agropecuário (WA), o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), a Letra de Credito do Agronegócio (LCA), o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) (Lei nº 11.076, de 30.12.2004) etc.
5 – Modalidades de execução
. Execução por título judicial (cumprimento de sentença), constitui apenas uma fase de um processo maior, que é sempre precedida de atividade cognitiva
. Execução por título extrajudicial: implica sempre a formação de um processo autônomo.
Aula 02
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA (arts. 778 e seguintes)
1. A Legitimidade Ativa está fundamentalmente estabelecida no artigo 778 do CPC:
A – o credor a quem a lei confere título executivo: regra geral, irá intentar a ação executiva aquele que tem a seu favor uma obrigação materializada em um título executivo, como, por exemplo, nos casos em que o favorecido pelo cheque ingressa em juízo com execução para a quantia nele materializada.
B – O Ministério Público nos casos previsto em lei
. quando o próprio órgão funcionar como parte do processo
. quando atuar como fiscal da lei – Ex. prevê a Lei da Ação Popular, em seu artigo 16 que decorridos 60 dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução, o RMP a promoverá nos 30 dias seguintes, sob pena de falta grave. Art.15 da ação popular 
C- o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo – trata-se de legitimação ativa ordinária derivada. 
. As pessoas elencadas podem tanto propor a demanda executiva, na hipótese de o credor morrer antes de formular tal pleito, quanto suceder o credor que faleça durante o curso da execução – mediante habilitação.
 A legitimidade do espólio vai até a partilha, quando passa a ser exclusivamente detida pelo sucessor a que tenha cabido o crédito. 
D – O cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe foi transferido por ato entre vivos:
. Aqui também é legitimidade ativa ordinária derivada. O crédito tem que ser passível de cessão, que deve estar documentalmente comprovada. Há que se observar as regras de direito material sobre cessão de crédito.
E – O sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional
. Aqui também é legitimidade ativa ordinária derivada
. Pela sub-rogação, o terceiro que paga a dívida ao credor assume o direito de cobrá-la junto ao devedor. Se a dívida paga estava representada em título executivo, tal cobrança se fará diretamente mediante execução. As hipóteses de sub-rogação legal e convencional estão previstas, respectivamente, nos arts. 346 e 347 do CC. Ex. fiador
2. Legitimidade Passiva está estabelecida no artigo 779 CPC:
A – O devedor reconhecido como tal no título executivo
. Legitimidade passiva ordinária originária. A regra é que aquele que consta no título executivo como sendo o devedor estará sujeito aos efeitos de uma execução. Ex. emitente do cheque.
B – O espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor
. Em caso de falecimento do devedor, poderão ser acionados para cumprir a obrigação, o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor. Nessa hipótese, consigna-se a regra do artigo 1997 do CC que garante aos herdeiros responsabilidade patrimonial limitadas às forças da herança.
C – O novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo
. Pode haver com o consentimento do credor, alteração da figura do devedor (novação subjetiva), de forma que, esse novo devedor será o responsável pelo cumprimento da obrigação.
D – O fiador do débito constante em título extrajudicial
E – O responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito
F – O responsável tributário, assim definido na legislação própria – o responsável pelo pagamento pelo tributo. (arts. 128 ao 138 do CTN)
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA EXECUÇÃO
1 – Princípio do monopólio estatal da funçãoexecutiva
- Somente o Estado poderá presidir uma ação executiva. Nem mesmo a arbitragem, permite que os atos executórios sejam realizados pelo arbitro.
2 – Princípio da Máxima utilidade da execução ou da efetividade da execução ou do resultado
- a execução deve redundar em proveito do credor, no resultado mais próximo que se teria caso não houvesse a transgressão de seu direito.
- É um desdobramento da máxima utilidade da atuação jurisdicional, sintetizada na célebre afirmação de que o processo deve dar a quem tem direito tudo aquilo e exatamente aquilo a que tem direito, inerente à inafastabilidade da adequada tutela jurisdicional.
- Em razão desse princípio é que se exige celeridade e rigor na prática dos atos executórios.
- Existem medidas empregáveis na execução, que dão aplicação prática a esse princípio
. a previsão de multa diária (astreintes), na execução das obrigações de fazer e não fazer e de entrega de coisa;
. a execução provisória – baseada em título executivo judicial que ainda não transitou em julgado. A decisão que serve como título executivo ainda não é definitiva, uma vez que sobre ela pende recurso
. sanção ao devedor que age deslealmente, cuja prática pode acarretar a incidência de multa que reverterá em proveito do credo. Ex. fraude à execução, oposição maliciosa ao andamento da execução.)
. arresto do devedor não localizado
3 – Princípio do menor sacrifício do executado ou da menor onerosidade ao devedor (art. 805)
- ao lado da preocupação com a efetividade da execução em prol do credor, deve-se buscar sempre o caminho menos oneroso para o devedor. É essa a norma expressa no art. 805.
 - O objetivo da execução é satisfazer o credor, não se busca a punição do devedor. Claro que quando necessário o ordenamento prevê sanções punitivas para o transgressor do direito. Fixadas no título quais as sanções a serem atuadas, cabe ao juiz da execução apenas pô-las em prática, e não adicionar outras. 
- desdobramento do Princ. da proporcionalidade
- Mecanismos de aplicação prática do princípio
. direito do devedor pedir a substituição de um bem penhora por outro
. possibilidade do devedor ficar como depositário dos bens penhorados
. proibição da arrematação de bens do devedor por preço vil
. impenhorabilidade de certos bens (833 e 834 do CPC)
4 – Princípio do contraditório
- está superada a noção de execução sem contraditório. Pode discutir pressupostos processuais, condições da ação, nulidades absolutas.
5 – Princípio da patrimonialidade (art. 789)
- Execução será sempre real
6 – Princípio da disponibilidade da execução – (art. 775)
 
Aula 03 
FORMAS DE EXECUÇÃO E ATOS DE EXECUÇÃO
1. Classificação quanto à natureza e ao objeto da prestação:
1.1 Cumprimento de sentença (Livro I da Parte Especial do CPC – arts. 513 a 538)
- Cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade da obrigação de pagar quantia certa (arts. 523 a 527)
- Cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade da obrigação de prestar alimentos (arts. 528 a 533)
- Cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade da obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública (arts. 534 e 535)
- Cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade da obrigação de fazer ou de não fazer ou de entregar coisa (arts. 536 a 538)
1.2 Título extrajudicial ( Livro II da Parte Especial do CPC)
 - Execução para a entrega de coisa certa (arts. 806 a 810)
 - Execução para a entrega de coisa incerta (arts. 811 a 813)
 - Execução das obrigações de fazer (arts. 815 a 821)
 - Execução das obrigações de não fazer (arts. 822 a 823)
 -Execução por quantia certa (arts. 824 a 909)
 -Execução conta a Fazenda Pública (art.910)
 -Execução de Alimentos (arts. 911 a 913)
2. Execução singular e execução coletiva:
2.1 Execução singular: tem a finalidade de total pagamento do credor exeqüente;
2.2 Execução coletiva: procura-se colocar todos os credores num plano de paridade, a fim de que, excluídos os privilégios legais, todos possam participar proporcionalmente no produto da expropriação executiva.
3. Execução indireta e execução direta:
3.1 Execução indireta: é o nome que se dá à aplicação judicial de medidas de coação, de pressão psicológica sobre o devedor a fim de que ele voluntariamente cumpra a obrigação. Exemplo: imposição de multa diária para o devedor até que cumpra a obrigação de fazer.
3.2 Execução direta: é a execução propriamente dita, é quando a jurisdição, por ato seu, sem qualquer colaboração do executado, concretizasse diretamente a sanção, ou seja, a execução sempre se faria pela sub-rogação (substituição) da conduta do devedor pela atuação do órgão jurisdicional. Exemplo: execução por quantia certa.
4. Quanto à estabilidade do título:
4.1 Execução definitiva: embasa em título executivo judicial que já transitou em julgado ou em título executivo extrajudicial.
4.2 Execução provisória (arts. 520 a 522) funda-se em título que ainda não transitou em julgado, uma vez que sobre ela pende recurso. O recurso, entretanto, não tem efeito suspensivo.
5. Quanto à especificidade do objeto da prestação:
5.1 Execução especifica: visa obter bem jurídico diferente de quantia em dinheiro, em favor do credor. São elas: execução de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa certa e incerta.
5.2 Execução genérica: é a que busca a obtenção em dinheiro.
COMPETÊNCIA NO PROCESSO EXECUTIVO
1. Cumprimento de sentença:
1.1 Determina o art. 516 que o cumprimento de sentença será processado perante:
· Os tribunais, nas causas de sua competência originária; (critério funcional)
· O juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; (funcional – ver exceção art. 516)
· O juízo cível competente, quando o título executivo for sentença arbitral; (incompetência relativa)
· O juízo cível competente, quando o título executivo for sentença penal condenatória, sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo tribunal marítimo. (Incompetência relativa)
2. Competência para execução civil de sentença penal:
-O juízo competente para a execução é aquele competente para a ação condenatória, caso tivesse que ser ajuizada.
-Regra geral: foro do domicilio do réu
-Trata-se do critério territorial (incompetência relativa - prorrogável).
3. Competência para execução de títulos extrajudiciais (art. 781)
-Para determinação da competência, que na espécie é relativa e prorrogável até mesmo tacitamente, há de se observar o seguinte: domicilio do executado, foro de eleição, situação dos bens a ela sujeitos, foro do lugar em que se praticou o ato, em que ocorreu o fato que deu origem ao título.
-Regras de derrogação da competência comum presumem-se feitas a benefício do credor.
4. Competência internacional (título judicial ou extrajudicial)
-Se o título é judicial, deverá obter sua homologação pela justiça brasileira (STJ) e requerer a execução perante a nossa Justiça Federal (art. 109, X da CF). Se trata de título extrajudicial, sua execução há de ser requerida diretamente em nossa justiça comum, e não em foro alienígena.
6. Competência para deliberação sobre os atos executivos (art. 782)
-A competência para decidir sobre o cabimento, ou não, dos atos executivos e determinar sua realização é sempre do juiz. O cumprimento deles, no entanto, caberá ao oficial de justiça, via de regra. 
7. A incompetência absoluta deverá ser conhecida pelo juiz de oficio, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição (art. 64)
- A relativa terá de ser arguida no prazo para a propositura de defesa do devedor (art. 63)
CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES
1. Cumulação de demandas executivas – art. 780
1.1 Requisitos:
· Identidade do credor nos diversos títulos;
· Identidade do devedor;
· Competência do mesmo juízo para todas as execuções;
· Identidade de procedimento 
Aula 04
DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO
1. PENHORA: art. 797
Ato de constituição judicial sobre bens do devedor, típico da execução por quantia certa, que objetiva concretizar a responsabilidade patrimonial pela dívida não paga.
· Conferedireito de preferência 
· A preferência não afeta eventual direito real anterior. 
· A preferência não se verifica quando decretada a insolvência do devedor
· Gera direito de sequela
2. DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS: (art. 798)
 Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
 I - Instruir a petição inicial com:
 a) o título executivo extrajudicial;
 b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
 c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
 d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente;
 II - Indicar:
 a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada;
 b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
 c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
 O demonstrativo do débito deverá conter:
 I - o índice de correção monetária adotado;
 II - a taxa de juros aplicada;
 III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados;
 IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
 V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
OBSERVAÇÃO:
Condição: cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e incerto.
Termo: é acontecimento futuro e certo do qual depende o começo ou o fim da eficácia do ato jurídico. 
3. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS CABÍVEIS: (art. 799)
 Incumbe ao exequente:
I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária;
II - requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação;
III - requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada;
IV - requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada;
V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre imóvel submetido ao regime do direito de superfície, enfiteuse ou concessão;
VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do superficiário, do enfiteuta ou do concessionário;
VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 7o;
VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes;
IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de terceiros.
4. CERTIDÃO COMPROBATÓRIA DO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO: (art. 828) 
 O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
5. INDEFERIMENTO DA INICIAL: (art. 801)
 Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento.
6. EFEITO DA CITAÇÃO: 
· interrupção da prescrição (art. 802)
Na execução, o despacho que ordena a citação, desde que realizada em observância ao disposto no § 2º do art. 240, interrompe a prescrição, ainda que proferido por juízo incompetente.
Parágrafo único. A interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da ação.
OBSERVAÇÃO: prescrição é a extinção da possibilidade de pretensão de determinado direito em juízo pela perda do prazo determinado em lei, em razão da inércia do seu titular, sendo que os prazos de prescrição variam conforme a natureza da obrigação. 
6.1 Prescrição intercorrente: art. 921, III, §3º e 4º
 art. 924, V
· Art. 206-A do Código Civil
· Súmula 150 do STF: prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação.
É o mesmo prazo indicado no Código Civil para a prescrição do direito discutido no processo.
· Tem como objetivo evitar a possibilidade da perpetuação das lides.
7. NULIDADE DA EXECUÇÃO (art. 803 – elenco exemplificativo) nulla executio sine titulo
· Se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
· Se o devedor não for regularmente citado;
· Se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos casos do art. 514;
Execução diferida: é aquela em que a exigibilidade da prestação depende da verificação de condição suspensiva ou da ocorrência de termo inicial.
OBSERVAÇÃO: objeção ou exceção de pré-executividade consubstancia meio de defesa idôneo para o efeito de suscitar nulidades referentes às condições da ação executiva ou a seus pressupostos processuais.
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