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CPIIIA CONSTITUCIONAL GABARITOS TEMAS 6 E 7

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Renata Rocha

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Questões resolvidas

Determinada instituição financeira propõe demanda em face do município, em que visa a infirmar multa que o município lhe aplicou em razão de os usuários de seus serviços permanecerem em fila por tempo superior ao estipulado em lei local. Em sua inicial, alega que a lei municipal não pode legislar sobre os serviços prestados pelas instituições financeiras, motivo pelo qual a multa é incabível. Responda, fundamentadamente, se o município tem razão.


A fim de beneficiar os empresários da capital fluminense, o prefeito envia projeto de lei que exige que os veículos utilizados para atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal Direta e Indireta devem, obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos expedidos no Município do Rio de Janeiro. Após regular processo legislativo, a lei é aprovada no parlamento e devidamente sancionada pelo Chefe do Executivo. Analise, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, a validade da lei.


Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada o pedido.

FULANO tem direito ao fornecimento de cadeira de rodas para sua locomoção diária.
O Município é parte legítima na demanda.
O art. 196 da Constituição Federal determina que a saúde é direito de todos e obrigação do Estado.

Responda, fundamentadamente, levando em consideração o princípio federativo, como deve ser resolvida a causa.

De acordo com a Lei 13.979/2020, o que é a requisição de bens e serviços e quais são as condições para sua realização?

I - A requisição de bens e serviços é uma medida que pode ser adotada por qualquer ente federado durante a pandemia, garantindo o pagamento posterior de indenização justa.
II - As requisições administrativas precisam balizar-se pelos critérios da razoabilidade e da proporcionalidade, só podendo ser levadas a cabo após a constatação de que inexistem outras alternativas menos gravosas.
III - A fundamentação para a realização das requisições administrativas deve estar devidamente explicitada na exposição de motivos dos atos que venham a impor as requisições, de maneira a permitir o crivo judicial.
IV - A requisição administrativa configura ato vinculado, que sofre condicionamento, tendo em conta o seu caráter unilateral e autoexecutório, bastando que fique configurada a necessidade inadiável da utilização de um bem ou serviço pertencente a particular numa situação de perigo público iminente, sendo por isso exigível a aquiescência da pessoa natural ou jurídica atingida ou a prévia intervenção do Judiciário.
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas.

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Questões resolvidas

Determinada instituição financeira propõe demanda em face do município, em que visa a infirmar multa que o município lhe aplicou em razão de os usuários de seus serviços permanecerem em fila por tempo superior ao estipulado em lei local. Em sua inicial, alega que a lei municipal não pode legislar sobre os serviços prestados pelas instituições financeiras, motivo pelo qual a multa é incabível. Responda, fundamentadamente, se o município tem razão.


A fim de beneficiar os empresários da capital fluminense, o prefeito envia projeto de lei que exige que os veículos utilizados para atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal Direta e Indireta devem, obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos expedidos no Município do Rio de Janeiro. Após regular processo legislativo, a lei é aprovada no parlamento e devidamente sancionada pelo Chefe do Executivo. Analise, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, a validade da lei.


Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada o pedido.

FULANO tem direito ao fornecimento de cadeira de rodas para sua locomoção diária.
O Município é parte legítima na demanda.
O art. 196 da Constituição Federal determina que a saúde é direito de todos e obrigação do Estado.

Responda, fundamentadamente, levando em consideração o princípio federativo, como deve ser resolvida a causa.

De acordo com a Lei 13.979/2020, o que é a requisição de bens e serviços e quais são as condições para sua realização?

I - A requisição de bens e serviços é uma medida que pode ser adotada por qualquer ente federado durante a pandemia, garantindo o pagamento posterior de indenização justa.
II - As requisições administrativas precisam balizar-se pelos critérios da razoabilidade e da proporcionalidade, só podendo ser levadas a cabo após a constatação de que inexistem outras alternativas menos gravosas.
III - A fundamentação para a realização das requisições administrativas deve estar devidamente explicitada na exposição de motivos dos atos que venham a impor as requisições, de maneira a permitir o crivo judicial.
IV - A requisição administrativa configura ato vinculado, que sofre condicionamento, tendo em conta o seu caráter unilateral e autoexecutório, bastando que fique configurada a necessidade inadiável da utilização de um bem ou serviço pertencente a particular numa situação de perigo público iminente, sendo por isso exigível a aquiescência da pessoa natural ou jurídica atingida ou a prévia intervenção do Judiciário.
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas.

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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPIII A 12023
Disciplina/Matéria: DIREITO CONSTITUCIONAL ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sessão: 06 - Dia 08/03/2023 - 08:00 às 09:50
Professor: FLAVIA BAHIA MARTINS
06 Tema: Municípios. Origem. Competências. Organização.
1ª QUESTÃO:
Determinada instituição financeira propõe demanda em face do município, em que visa a infirmar 
multa que o município lhe aplicou em razão de os usuários de seus serviços permanecerem em fila 
por tempo superior ao estipulado em lei local. 
Em sua inicial, alega que a lei municipal não pode legislar sobre os serviços prestados pelas 
instituições financeiras, motivo pelo qual a multa é incabível.
Responda, fundamentadamente, se o município tem razão.
RESPOSTA:
0039763-05.2020.8.19.0001 - APELAÇÃO
Des(a). ALCIDES DA FONSECA NETO - Julgamento: 07/04/2022 - DÉCIMA SEGUNDA 
CÂMARA CÍVEL
APELAÇÃO CÍVEL. MULTA. PROCON. INFRAÇÃO AO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA 
DO CONSUMIDOR. PROCESSO ADMINISTRATIVO HÍGIDO. PROPORCIONALIDADE DA 
SANÇÃO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA ATACADA. Sentença que julgou improcedentes os 
embargos à execução fiscal, mantida a multa administrativa executada pelo Estado, condenado o 
executado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de 10% (dez por cento) 
sobre o valor da causa. Apelo do executado-embargante. Desnecessidade de apresentação do processo 
administrativo. Súmula nº 125, do TJRJ. Matéria que envolve direito do consumidor. Competência 
concorrente e de interesse local. Precedente do STJ. Instituição financeira que se limitou a afirmar a 
impossibilidade fática de cumprimento da legislação municipal que prevê tempo máximo de espera 
em fila e a instalação de biombos, sem apresentar qualquer documentação para tanto. Regularidade da 
sanção aplicada. Proporcionalidade no arbitramento da multa de R$23.768,89 (vinte e três mil 
setecentos e sessenta e oito reais e oitenta e nove centavos) e que, somada aos acréscimos decorrentes 
da mora, totalizou R$32.137,13 (trinta e dois mil cento e trinta e sete reais e treze centavos) quando 
do ajuizamento da execução). Penalidade que deve ser calculada de acordo com a gravidade das 
infrações, vantagem auferida e condição econômica do fornecedor, observadas as balizas estipuladas 
no parágrafo único do artigo 57, do CDC. Valor arbitrado conforme patamares normalmente 
aplicados em infrações semelhantes. Majoração dos honorários advocatícios para 15% (quinze por 
cento), nos termos do artigo 85, §11º, do CPC. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
2ª QUESTÃO:
A fim de beneficiar os empresários da capital fluminense, o prefeito envia projeto de lei que exige que 
os veículos utilizados para atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal Direta e 
Indireta devem, obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos expedidos 
no Município do Rio de Janeiro.
Após regular processo legislativo, a lei é aprovada no parlamento e devidamente sancionada pelo 
Chefe do Executivo.
Analise, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, a validade da lei.
08/03/2023 - Página 1 de 6DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
RE 668810 AgR / São Paulo, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 30/06/2017 Órgão Julgador: Segunda Turma
Publicação
ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-176 DIVULG 09-08-2017 PUBLIC 10-08-2017
Parte(s)
AGTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
AGTE.(S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : DJENANE FERREIRA CARDOSO
AGDO.(A/S) : SINDICATO DAS EMPRESAS DE MANUTENÇÃO E EXECUÇÃO DE ÁREAS 
VERDES PÚBLICAS E PRIVADAS DO ESTADO DE SÃO PAULO- SINDVERDE
ADV.(A/S) : RUY PEREIRA CAMILO JÚNIOR
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Ementa
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Ação direta de inconstitucionalidade movida 
na origem. Lei do Município de São Paulo nº 13.959/05, a qual exige que "os veículos utilizados para 
atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal, Direta e Indireta, devem, 
obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos expedidos no Município 
de São Paulo". Exigência que não se coaduna com os arts. 19, inciso III, e 37, inciso XXI, da 
Constituição Federal. Precedentes. 1. A exigência constante da Lei nº 13.959/05 do Município de São 
Paulo, além de malferir a legítima expectativa individual de quem queira participar de certame 
público, ofendendo direito individual, vulnera o interesse público, direito da coletividade, pois, com a 
redução do universo de interessados em contratar, não se garante à Administração a oferta mais 
vantajosa. 2. É certo que as desigualações entre sujeitos ou situações jurídicas no campo das licitações 
e contratos somente se justificam quando voltadas ao melhor e mais eficiente cumprimento do objeto 
licitado/contratado e, ainda assim, desde que não sejam desarrazoadas e estejam em conformidade 
com o sistema jurídico-constitucional, sob pena de restar vulnerado o princípio da isonomia. 3. 
Consoante a jurisprudência firmada na Corte no exame de situações similares, o diploma em epígrafe 
ofende, ainda, a vedação a que sejam criadas distinções entre brasileiros ou preferências entre os entes 
da Federação constante do art. 19, inciso III, da CF/88. 4. Considerando que, no corpo da decisão 
agravada, afastou-se a inconstitucionalidade formal afirmada pela Corte de origem, mantendo a 
inconstitucionalidade material, constata-se erro material na parte dispositiva da decisão, que negou 
seguimento ao recurso extraordinário. 5. Agravo regimental parcialmente provido tão somente para 
corrigir erro material na decisão agravada, fazendo constar na parte dispositiva que "dou parcial 
provimento ao recurso extraordinário".
08/03/2023 - Página 2 de 6DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPIII A 12023
Disciplina/Matéria: DIREITO CONSTITUCIONAL ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sessão: 07 - Dia 08/03/2023 - 10:10 às 12:00
Professor: FLAVIA BAHIA MARTINS
07 Tema: Federalismo cooperativo. Direitos humanos e Federação. Direitos sociais e regime 
federativo.
1ª QUESTÃO:
FULANO propõe demanda em face do Município em que visa ao fornecimento de cadeira de rodas 
para sua locomoção diária, uma vez que não dispõe de recursos financeiros para adquiri-la. Em sua 
defesa, o município requer extinção do feito por não ser parte legítima na demanda, uma vez que o 
art. 196 da CRFB88 determina ser essa obrigação do Estado, não cabendo a qualquer outro ente da 
federação a responsabilidade pela pretensão do autor.
Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada o pedido.
08/03/2023 - Página 3 de 6DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
RESPOSTA:
0403827-92.2013.8.19.0001 - APELAÇÃO, Des(a). MÔNICA MARIA COSTA DI PIERO -
Julgamento: 08/02/2017 - OITAVA CÂMARA CÍVEL
APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. FORNECIMENTO DE APARELHO. CADEIRA 
DE RODA. DIREITO À SAÚDE. SOLIDARIEDADE DOS ENTES DA FEDERAÇÃO. REDUÇÃO 
DO VALOR FIXADO PARA OS HONORÁRIOS ADVOCATICIOS. 1. Ação objetivando o autor o 
fornecimento de cadeira de rodas motorizada. Sentença de procedência do pedido autoral que foi alvo 
do apelo do município réu. 2. Não merece guarida preliminar suscitada pelo município réu de falta 
de interesse de agir, já que o Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, esculpido no 
artigo 5º, XXXV da Constituição Federal de 1988, só pode ser excepcionado em casos previstos 
legalmente ou pela própria Carta Política, o que não é o caso. 3. O direito à saúde é garantido pela 
Constituição da República. Prestação do serviço de saúde é um direito genérico de todos e obrigação 
do Estado, conforme disposto no artigo 196, da CRFB. 4. O caráter meramente programático não 
impede a aplicação imediatada regra ínsita no art.196, da CRFB/88, diante do cunho cogente e 
vinculante das normas constitucionais que veiculam diretrizes de política pública destinadas a todos 
os entes políticos. Direito assegurado também através das Leis 8080/90 e 9313/96. 5. A Constituição 
Federal, no seu artigo 23, II, dispõe ser da competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios o ato de cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das 
pessoas portadoras de deficiência. Matéria sumulada no verbete 65 do Tribunal de Justiça. 6. A 
existência de alternativas terapêuticas ofertadas pela rede pública não se presta a eximir o ente 
público de fornecer os medicamentos e insumos necessários ao restabelecimento da saúde do autor, 
na forma prescrita pelo médico que o assiste e de sua confiança, não cabendo ao Poder Judiciário 
imiscuir-se em questões atinentes ao exercício da medicina. 7. A ausência de dotação orçamentária 
não pode servir de empecilho jurídico para a propositura de demanda que visa a assegurar o 
fornecimento de medicamentos, por se tratar de direito fundamental, notadamente quando a alegação 
vem desacompanhada de prova objetiva da incapacidade financeira do ente estatal. Enunciado 
sumulado nº 241, do TJERJ. 8. É facultado ao Poder Público substituir medicamentos e insumos por 
genéricos, de forma a tornar a prestação menos dispendiosa ao erário público, na forma do enunciado 
nº 116, deste Egrégio Tribunal. 9. Esta Corte de Justiça firmou entendimento no sentido de que a 
verba honorária, nas ações que versem sobre a prestação unificada de saúde, não deve exceder ao 
valor correspondente a meio salário mínimo nacional, segundo Enunciado 27, aprovado no Encontro 
de Desembargadores de Câmaras Cíveis deste Tribunal. Súmula 182 desta Corte de Justiça. Redução 
da verba honorária fixada na sentença que se impõe. 10. Parcial provimento ao apelo do município
2ª QUESTÃO:
Determinado legitimado propõe ação direta de inconstitucionalidade em face do previsto no art. 3°, 
VII, da Lei 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde 
pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019.
A requerente sustenta que o texto impugnado, ao permitir a todos os entes federados a requisição de 
bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, viola o sistema federativo, uma vez que cabe ao 
Ministério da Saúde coordenar as medidas de requisições administrativas previstas, as quais não 
podem ser levadas a efeito pelos entes subnacionais antes da realização de estudos e do 
consentimento daquela Pasta.
Responda, fundamentadamente, levando em consideração o princípio federativo, como deve ser 
resolvida a causa.
08/03/2023 - Página 4 de 6DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
GABARITO: ADI 6362 / DF - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
Julgamento: 02/09/2020; Publicação: 09/12/2020
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Publicação
PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-288 DIVULG 07-12-2020 PUBLIC 09-12-2020
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 13.979/2020, QUE DISPÕE 
SOBRE MEDIDAS PARA O ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA 
DECORRENTE DA COVID-19. COMPETÊNCIA COMUM DOS ENTES FEDERADOS PARA 
CUIDAR DA SAÚDE. ARTS. 23, II, E 196 DA CF. FEDERALISMO COOPERATIVO. 
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA VOLTADA PARA O CONFRONTO DA PANDEMIA DO 
CORONAVÍRUS. DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PRELIMINAR DO MINISTÉRIO 
DA SAÚDE. INDISPENSABILIDADE, TODAVIA, DO PRÉVIO SOPESAMENTO DE 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E ANÁLISES SOBRE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS. 
MEDIDA QUE, ADEMAIS, DEVE OBSERVAR OS CRITÉRIOS DE RAZOABILIDADE E 
PROPORCIONALIDADE. FIXAÇÃO DE NOVOS REQUISITOS PARA A REQUISIÇÃO PELO 
JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE EM FACE DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS 
PODERES. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA IMPROCEDENTE. I -
A Constituição Federal prevê, ao lado do direito subjetivo público à saúde, a obrigação de o Estado 
dar-lhe efetiva concreção, por meio de “políticas sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a 
sua promoção, proteção e recuperação” (art. 196). II – Esse dever abrange todos os entes federados, 
inclusive as comunas, os quais, na seara da saúde, exercem uma competência administrativa comum, 
nos termos do art. 23, II, do Texto Constitucional. III - O federalismo cooperativo, adotado entre nós, 
exige que a União e as unidades federadas se apoiem mutuamente no enfrentamento da grave crise 
sanitária e econômica decorrente da pandemia desencadeada pelo novo coronavírus. IV- O Plenário 
do STF já assentou que a competência específica da União para legislar sobre vigilância 
epidemiológica, da qual resultou a Lei 13.979/2020, não inibe a competência dos demais entes da 
federação no tocante à prestação de serviços da saúde (ADI 6.341-MC-Ref/DF, redator para o 
acórdão Ministro Edson Fachin). V – Dentre as medidas de combate à pandemia, a Lei 13.979/2020 
estabelece que qualquer ente federado poderá lançar mão da “requisição de bens e serviços de pessoas 
naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa” (art. 
3°, VII). VI – Tais requisições independem do prévio consentimento do Ministério da Saúde, sob 
pena de invasão, pela União, das competências comuns atribuídas aos Estados, Distrito Federal e 
Municípios, os quais, todavia, precisam levar em consideração evidências científicas e análises sobre 
as informações estratégicas antes de efetivá-las (art. 3°, § 1°). VII – Como todas as ações estatais, as 
requisições administrativas precisam balizar-se pelos critérios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, só podendo ser levadas a cabo após a constatação de que 
08/03/2023 - Página 5 de 6DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
inexistemoutras alternativas menos gravosas. VIII- Essa fundamentação haverá de estar devidamente 
explicitada na exposição de motivos dos atos que venham a impor as requisições, de maneira a 
permitir o crivo judicial. IX – Ao Judiciário, contudo, é vedado substituir-se ao Executivo ou ao 
Legislativo na definição de políticas públicas, especialmente aquelas que encontrem previsão em lei, 
considerado o princípio da separação dos poderes. X - A requisição administrativa configura ato 
discricionário, que não sofre qualquer condicionamento, tendo em conta o seu caráter unilateral e 
autoexecutório, bastando que fique configurada a necessidade inadiável da utilização de um bem ou 
serviço pertencente a particular numa situação de perigo público iminente, sendo por isso inexigível a 
aquiescência da pessoa natural ou jurídica atingida ou a prévia intervenção do Judiciário. XI - A 
criação de novos requisitos para as requisições administrativas por meio da técnica de interpretação 
conforme à Constituição (art. 3°, caput, VII, da CF e § 7°, III, da Lei 13.979/2020), não se aplica à 
espécie, dada a clareza e univocidade da disposição legal impugnada. XII - Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada improcedente.
Decisão
Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, resolvendo questão de ordem suscitada pelo Ministro Dias 
Toffoli (Presidente), fixou tese no sentido de que não há impedimento, nem suspeição de Ministro, 
nos julgamentos de ações de controle concentrado, exceto se o próprio Ministro firmar, por razões de 
foro íntimo, a sua não participação, vencido o Ministro Edson Fachin. No mérito, por unanimidade, 
julgou improcedente a ação direta, nos termos do voto do Relator. Falaram: pela requerente, o Dr. 
Marcelo Lamego Carpenter; pelo interessado Presidente da República, o Dr. Raphael Ramos 
Monteiro de Souza, Advogado da União; e, pela Procuradoria-Geral da República, o Dr. Humberto 
Jacques de Medeiros, Vice-Procurador-Geral da República. Ausente, por motivo delicença médica, o 
Ministro Celso de Mello. Plenário, 02.09.2020 (Sessão realizada inteiramente por videoconferência -
Resolução 672/2020/STF).
Tese
Não há impedimento, nem suspeição de Ministro, nos julgamentos de ações de controle concentrado, 
exceto se o próprio Ministro firmar, por razões de foro íntimo, a sua não participação.
08/03/2023 - Página 6 de 6DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023

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