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Unidade I FENÔMENOS DE TRANSPORTE Profa. Thaís Cavalheri 1 Movimento de um Fluido 1.1 Fluido Real e Fluido Ideal Classificação das propriedades e do regime de escoamento do fluido: Fluido Ideal (Perfeito): supõe-se sua viscosidade nula. Como consequência, não opõe resistência ao deslizamento de suas camadas e não existirão perdas de energia por atrito. Fluido Real: viscosidade não nula. Durante o escoamento, camadas adjacentes resistem ao deslizamento. Taxa de variação da velocidade relativa de deslizamento = determinação da viscosidade do fluido. 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível Propriedades Elásticas do fluido: Fluido Incompressível: Massa específica do fluido permanece uniforme e constante durante o escoamento. A consequência é que o volume do fluido permanecerá constante. Observações: Maioria dos fluidos são incompressíveis. Suas massas específicas se alteram apenas para grandes variações de pressão. Exemplo: Massa específica da água sofre uma alteração de 0,5 % quando a pressão se eleva de 1 atm para 100 atm à T cte. 1 2 constanteρ = ρ = 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível Propriedades Elásticas do fluido: Fluido Compressível: Massa específica do fluido altera-se ao longo do escoamento. Gases, em geral, são fluidos compressíveis, já que pequenas variações de pressão influenciam fortemente o seu volume, alterando sua massa específica. Para gases ideais (perfeitos), relaciona-se massa específica com a pressão, por meio da equação: sendo R uma constante que depende do gás e T, a temperatura absoluta (unidade no SI é o K). P R T= ρ ⋅ ⋅ 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível A constante do gás R pode ser calculada por: sendo RU a constante universal dos gases e M a massa molar do gás. No SI RU = 8,314 kJ/kmol.K. Em sistemas com gases em alta velocidade, essa grandeza é expressa em termos do número de Mach (Ma): sendo a velocidade do som no ar, à temperatura ambiente e ao nível do mar, igual a 346 m/s. uRR M= a velocidade do escoamento vM velocidade do som c = = 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível O número de Mach é adimensional e a classificação do escoamento segundo o número de Mach: Número de Mach Escoamento Ma = 1 sônico Ma < 1 subsônico Ma > 1 supersônico Ma >> 1 hipersônico Quando Ma < 0,3, o escoamento de gases pode ser considerado incompressível. Assim, para o ar os efeitos de compressibilidade podem ser desprezados para velocidades inferiores a 100 m/s. Fonte: livro-texto. 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível Dependência da velocidade do som com a temperatura: Temperatura (ºC) Velocidade do som (m/s) -40 306,2 -20 319,1 0 331,4 5 334,4 10 337,4 15 340,4 20 343,4 25 346,3 30 349,1 40 354,7 Fonte: livro-texto. 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível A velocidade do som em alguns fluidos a 15,5 oC e 1 atm: Fonte: livro-texto. Meio Velocidade do som (m/s) Hidrogênio 1294 Hélio 1000 Argônio 317 CO2 266 CH4 185 Glicerina 1860 Água 1490 Mercúrio 1450 Álcool etílico 1200 Considere que o fluido se comporte como um gás perfeito, a velocidade do som: c k R T= ⋅ ⋅ k é a razão entre calor específico a pressão cte (CP) e o calor específico a volume cte (CV) . R é a constante do gás. T é a temperatura absoluta do gás. 1.3 Movimento Permanente (Estacionário) Se as propriedades do fluido, em cada ponto do espaço, permanecerem constantes com o tempo, o movimento (regime) será chamado de permanente (estacionário). Por exemplo: Reservatório de grandes dimensões, com descarga de fluido não suficiente para alterar o nível do reservatório, que permanece aproximadamente constante com o tempo. Fonte: livro-texto. 1.4 Movimento Variado (Não Estacionário) Se as propriedades do fluido em um determinado ponto variarem com o tempo, esse movimento será denominado não permanente (não estacionário). Por exemplo: Reservatório que houver descarga de fluido, à medida que o nível diminuir, a pressão em um dado ponto diminuirá, como a velocidade do fluido na saída do reservatório. Fonte: livro-texto. Exemplo de Aplicação A velocidade de uma aeronave é de 1300 km/h. Se a velocidade do som for 315 m/s, o voo da aeronave será considerado sônico, subsônico, supersônico ou hipersônico? Solução: Convertendo a velocidade da aeronave de km/h para m/s: O número de Mach é definido como: Portanto voo da aeronave é supersônico. velocidade do escoamento 361,1Ma Ma Ma 1,15 velocidade do som 315 = ⇒ = ⇒ = 3km 10 m m1300 1300 361,1 h 3600 s s = = Exemplo de Aplicação Qual é a velocidade mínima v (em km/h) que um veículo tem de atingir para que os efeitos da compressibilidade do ar ao seu redor sejam relevantes? Considere que a temperatura local do ar atmosférico seja de 15 ºC. Solução: Para valores de Ma > 0,3 no ar, em condições padrões, o escoamento pode ser considerado compressível e a velocidade do som no ar é de 346 m/s: Em km/h, essa velocidade: v vMa 0,3 v 103,8 m / s c 346 = ⇒ = ⇒ = v 103,8 m / s 3,6 v 373,7 km / h= × ⇒ = Interatividade Considere um avião que voa com velocidade de 800 km/h a uma altitude de 10,7 km. Sabendo que nessa altitude a temperatura é de -55 ºC, determine o número de Mach para essa altitude e se o voo da aeronave é sônico, subsônico, supersônico ou hipersônico. Considere que, para o ar, k = 1,40 e R = 286,9 J/kg.K. a) 1,00 b) 0,75 c) 1,25 d) 30,65 e) 0,55 Resposta Considere um avião que voa com velocidade de 800 km/h a uma altitude de 10,7 km. Sabendo que nessa altitude a temperatura é de -55 ºC, determine o número de Mach para essa altitude e se o voo da aeronave é sônico, subsônico, supersônico ou hipersônico. Considere que, para o ar, k = 1,40 e R = 286,9 J/kg.K. a) 1,00 b) 0,75 c) 1,25 d) 30,65 e) 0,55 Solução da Interatividade Solução: Dados: v = 800 km/h = 222,2 m/s h = 10,7 km T = -55 ºC = 218,15 K k = 1,40 R = 286,9 J/kg.K A velocidade do som (c) no ar: Assim, o número de Mach (Ma): v 222,2Ma Ma 0,75 c 296 = = ⇒ = c k R T c 1,40 286,9 218,15 c 296,0 m/s = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = 2 Regimes de Escoamento 2.1 Experimento de Reynolds Osborne Reynolds: Experimento 1883 – demonstração visual da transição de regimes de escoamento. Reservatório de água com um tubo de vidro e, em uma das extremidades, uma adaptação convergente. Tubo ligado a um sistema externo o qual controlava a vazão. Um corante foi injetado no tubo de vidro para visualização do regime de escoamento. Por meio do Experimento foram observados dois regimes de escoamento laminar e turbulento. Foto do aparato empregado por Reynolds em exposição na Universidade de Manchester, na Inglaterra 2.1 Experimento de Reynolds Fonte: livro-texto. 2.2 Escoamento Laminar Osborne Reynolds: Experimento 1883: Pequenas vazões Corante formava um filete continuo paralelo ao eixo do tubo. Regime de Escoamento Laminar A velocidade do fluido em um ponto fixo não varia com o tempo, nem módulo, nem direção. As partículas do fluido deslocam-se sem agitações transversais lâminas (camadas). Fonte: livro-texto. 2.3 Escoamento Turbulento Osborne Reynolds: Experimento 1883: Aumento da vazão Velocidade das partículas do corante aumenta e o traço de corante flutua no tempo e no espaço, apresentando quebras intermediárias. Regime de Escoamento de Transição. Fonte: livro-texto. 2.3 Escoamento Turbulento Osborne Reynolds: Experimento 1883: Aumentoda vazão Velocidade das partículas do corante desaparecimento do filete colorido (partículas rapidamente se misturam enquanto se movimentam). Regime de Escoamento de Turbulento. Fonte: livro-texto. 2.3 Escoamento Turbulento Turbulência: Forças viscosas do fluido não são capazes de conter flutuações aleatórias Escoamento caótico. Fluido com alta viscosidade contém mais as flutuações quando comparado à fluido de baixa viscosidade. Fonte: livro-texto. 2.4 Tensão de Cisalhamento Fluido inicialmente em repouso entre placas; Força tangencial (Ft) aplicada sobre a placa superior; Placa arrastada ao longo do fluido com velocidade v. Fonte: livro-texto. 2.4 Tensão de Cisalhamento Tensão de Cisalhamento – Definição: Razão entre o módulo da Ft e à área submetida à ação dessa força. Sob a influência da Tensão de Cisalhamento, um elemento de volume sofre uma deformação contínua. Fluidos Newtonianos e regime de escoamento laminar: a CTE de proporcionalidade entre a Tensão de Cisalhamento e a Taxa de Deformação (dv/dy): tF A τ = dv dy τ = µ µ: Viscosidade Dinâmica (Absoluta) v: Velocidade da Placa y: Altura da camada do fluido 2.4 Tensão de Cisalhamento Lei de Newton da viscosidade para escoamento laminar: Para modelos de turbulência mais simples: µt Viscosidade Dinâmica Turbulenta Tensão de Cisalhamento Total: Viscosidade Cinemática: ∴ Tensão de Cisalhamento Total: νt Viscosidade Cinemática Turbulenta dv dy τ = µ turbo t dv dy τ = µ total t dv( ) dy τ = µ + µ µ ν = ρ total t dv( ) dy τ = ρ ν + ν Unidades para ν no SI e no sistema CGS: 2.4 Tensão de Cisalhamento µ depende do fluido, temperatura e pressão. Unidades para µ no SI (MLT e FLT) e no sistema CGS (FLT): Sistema Viscosidade dinâmica (µ) SI (MLT) kg/m.s SI (FLT) N.s/m² = Pa.s (Pa é pascal) CGS (FLT) dina.s/cm² = P (poise) Fonte: livro-texto. Sistema Viscosidade cinemática (ν) SI m²/s CGS cm²/s = St (stoke) Fonte: livro-texto. 2.4 Tensão de Cisalhamento Fonte: livro-texto. Fluido Temp. (ºC) µ (Pa∙s) ar -40 1,6 × 10-5 ar 0 1,7 × 10-5 ar 20 1,8 × 10-5 água 0 1,8 × 10-3 água 20 1,0 × 10-3 água 100 2,8 × 10-4 óleo SAE 30 20 0,41 óleo SAE 30 60 0,035 óleo SAE 30 100 0,0012 µ líquidos: diminui com o aumento da temperatura. µ gases: aumenta com o aumento da temperatura. Valores de Viscosidade Dinâmica em função da Temperatura: 2.4 Tensão de Cisalhamento Valores de Massa Específica e Viscosidades Dinâmica e Cinemática para alguns fluidos, a 20 oC e 1 atm de pressão: Fonte: livro-texto. Fluido µ (Pa.s) ρ (kg/m³) ν (m²/s) Ar 1,8 x 10-5 1,2 1,50 x 10-5 Hidrogênio 9,0 x 10-6 0,084 1,05 x 10-4 Água 1,0 x 10-3 1000 1,00 x 10-6 Gasolina 2,9 x 10-4 680 4,22 x 10-7 Álcool etílico 1,2 x 10-3 800 1,50 x 10-6 Mercúrio 1,5 x 10-3 13600 1,10 x 10-7 Óleo (SAE 30) 0,29 891 3,25 x 10-4 Glicerina 1,5 1260 1,18 x 10-3 Exemplo de Aplicação Em um arranjo, colocam-se duas placas planas, horizontais e paralelas, separadas por 2 mm. Na região entre essas placas, existe um fluido cuja viscosidade dinâmica vale 0,29 Pa.s. A placa superior inicia o deslocamento, enquanto a placa inferior é mantida fixa. Se a velocidade da placa superior for de 5 m/s, determine a tensão de cisalhamento que atuará no fluido. Fonte: livro-texto. Exemplo de Aplicação Solução: Para determinar a tensão de cisalhamento τ: Distribuição linear de velocidades. A taxa de deformação é: 0 0 v - vdv Δv v - 0 v = = = = dy Δy y - y y - 0 y -3 3 dv v 5 m/s 5 m 1 = μ = μ = 0,29 Pa s 0,29 Pa s dy y 2x10 m 2x10 s m− τ ⋅ = ⋅ dv dy τ = µ 725 Paτ = Interatividade Duas placas de vidro planas e verticais estão separadas a 0,0050 mm. Uma das placas é mantida fixa e entre elas uma fina camada de glicerina, com viscosidade dinâmica de 1,5 Pa.s. Determine a velocidade com que a placa deslizará, sabendo que a força atuante, força peso, possui massa igual a 0,80 kg e A = 1,0x10-3 m². Considere g = 10 m/s². a) 270,00 mm/s b) 2,700 mm/s c) 0,270 mm/s d) 27,000 mm/s e) 0,027 mm/s Fonte: livro-texto. Resposta Duas placas de vidro planas e verticais estão separadas a 0,0050 mm. Uma das placas é mantida fixa e entre elas uma fina camada de glicerina, com viscosidade dinâmica de 1,5 Pa.s. Determine a velocidade com que a placa deslizará, sabendo que a força atuante, força peso, possui massa igual a 0,80 kg e A = 1,0x10-3 m². Considere g = 10 m/s². a) 270,00 mm/s b) 2,700 mm/s c) 0,270 mm/s d) 27,000 mm/s e) 0,027 mm/s Fonte: livro-texto. Solução da Interatividade Solução: x = 0,0050 mm µ = 1,5 Pa.s v = ? A = 1,0x10-3 m² F = m.g Sabendo que: Pelo perfil de velocidades: tF dv F dv = = μ = μ A dx A dx τ τ ⇒e 0 0 v - vdv Δv v - 0 v = = = = dx Δx x - x x - 0 x F v F x m g x = μ v = v = A x A μ A μ ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ ⇒ ⋅ ⋅ Solução da Interatividade Solução: Substituindo os valores: 2 -3 3 2 m g x 0,8 kg 10 m/s 0,005 10 m v = A μ 1 10 m 1,5 Pa.s− ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ × = ⋅ × ⋅ 3 2 3 2 0,8 10 0,005 10 1 m N m 1 10 1,5 m N s − − ⋅ ⋅ × = ⋅ ⋅ × ⋅ ⋅ v 3v = 27 10 m/s v = 27 mm/s−× ⇒ 3 Número de Reynolds e Descrição de Escoamento 3.1 Número de Reynolds Número de Reynolds (Re): parâmetro que permite determinar o regime de escoamento. ρ a massa específica do fluido; v a velocidade média de escoamento do fluido; L um comprimento característico da geometria de escoamento. µ a viscosidade dinâmica do fluido; ν a viscosidade cinemática do fluido. e v L v LR ρ ⋅ ⋅ ⋅= = µ ν 3.1 Número de Reynolds Número de Reynolds (Re): Estimar se as forças viscosas são desprezíveis ou não em relação aos efeitos inerciais. Se Re for alto efeitos viscosos são pequenos aos inerciais. Se Re for pequeno efeitos viscosos são dominantes. Escoamento em tubos, #Re indica laminar ou turbulento: escoamento laminar escoamento de transição escoamento turbulento e Força de InérciaR Força de Atrito Viscoso = eR 2000≤ e2000 R 2400< < eR 2400≥ 3.2 Trajetória e Linha de Corrente Visualizar o escoamento dos fluidos: análise da trajetória de uma partícula do fluido e das linhas de corrente. Trajetória: Conjunto de posições ocupadas pela partícula ao longo do tempo. Fonte: livro-texto 3.2 Trajetória e Linha de Corrente Linha de Corrente: Continua e tangente ao vetor velocidade para cada ponto do campo de escoamento. Portanto, duas linhas de corrente não se interceptam e não há fluxo de matéria entre elas. Linha de Corrente não podem ser visualizadas de forma experimental, somente em regime estacionário. No regime estacionário as linhas de corrente coincidem geometricamente com as trajetórias. Fonte: livro-texto 3.3 Tubo de Corrente Tubo de Corrente: Superfície formada por todas as linhas de corrente que passam pelos pontos de um linha fechada. Por definição: Um fluido não pode cruzar uma linha de corrente, portanto, o fluido dentro do tubo de corrente não pode cruzar a fronteira dessa superfície. Fonte: livro-texto 3.3 Tubo de Corrente Linhas e Tubos de Corrente variam com o tempo, de acordo com a velocidade em um dado instante. Se o movimento do fluido for: Permanente (Estacionário): Tubos de corrente são fixos. Variado (Não Estacionário): Padrão das linhas de corrente pode variar com o tempo. Escoamento Incompressível: Tubo de corrente diminui de diâmetro com o aumento da velocidade do fluido. 3.4 Tipos de Escoamento Classificação: Uni,Bi ou Tridimensional dependendo das coordenadas necessárias para especificar a velocidade do fluido. Em geral os escoamentos de fluidos são tridimensionais, complexos e que dependem do tempo. Fonte: livro-texto Exemplo: escoamento de ar por uma asa de avião – tridimensional complexo. 3.4 Tipos de Escoamento Esquema de Escoamento Tridimensional: velocidade é função das coordenadas x, y, z. Quando uma das componentes da velocidade for muito pequena em comparação com as demais considera-se o escoamento bidimensional. Fonte: livro-texto 3.4 Tipos de Escoamento Escoamento bidimensional velocidade em função de x e y. Quando duas componentes da velocidade forem muito pequenas em comparação à outra considera-se o escoamento unidimensional. Fonte: livro-texto 3.4 Tipos de Escoamento Escoamento unidimensional Se as propriedades do fluido forem constantes, uma única coordenada é suficiente para descrever o escoamento. Escoamento unidimensional e uniforme em cada seção. Fonte: livro-texto Determine o número de Reynolds e identifique se o regime de escoamento do fluido é laminar ou turbulento. Sabe-se que a tubulação possui 4 cm de diâmetro e escoa água a 20 ºC a uma velocidade de 6 cm/s. A viscosidade dinâmica da água é µ = 1x10-3 Pa.s. Número de Reynolds: A massa específica da água é ρ = 1000 kg/m³: Como 1 N = 1 kg.m/s²: eR = 2400 Escoamento Turbulento∴ Exemplo de Aplicação e v L v LR ρ ⋅ ⋅ ⋅= = µ ν -2 -2 e e-3 1000 kg/m³ 6 10 m/s 4 10 m kg m 1R R = 2400 1 10 Pa s s² N ⋅ × ⋅ × ⋅ = ⇒ × ⋅ Interatividade Uma mangueira com 2 cm de diâmetro é empregada para irrigação da grama de um jardim. Determine a velocidade máxima da água para que o escoamento seja laminar. Dados: ρ = 1000 kg/m³ e µ = 1 mPa.s a) 12 cm/s b) 11 cm/s c) 14 cm/s d) 18 cm/s e) 10 cm/s Resposta Uma mangueira com 2 cm de diâmetro é empregada para irrigação da grama de um jardim. Determine a velocidade máxima da água para que o escoamento seja laminar. Dados: ρ = 1000 kg/m³ e µ = 1 mPa.s a) 12 cm/s b) 11 cm/s c) 14 cm/s d) 18 cm/s e) 10 cm/s Solução da Interatividade Solução: Dados: L = 2 cm v = ? ρ = 1000 kg/m³ µ = 1 mPa.s Re = 2000 (limite p/ escoamento laminar) Número de Reynolds: e e -3 -2 R μρ v LR v = μ ρ L 2000.1x10 Pa.sv = 1000kg/m³.2x10 m N s m³v = 0,1 0,1 m/s m² kg m v=10 cm / s ⋅⋅ ⋅ = ⇒ ⋅ ⋅ = ⋅ 4 Vazões 4.1 Vazão Volumétrica (Q) Taxa de escoamento calculada por meio da razão entre o volume (∀) que passa por uma seção reta e o intervalo de tempo de escoamento (t) do fluido: Unidades: m3/s; l/s; m3/h; l/min. As relações entre litro e metro cúbico são: 1 m³ = 10³ l 1 l = 10-3 m3 volumeQ tempo t ∀ = = 4.1 Vazão Volumétrica (Q) Relação entre a vazão volumétrica e a velocidade do fluido: Válida somente se a v for constante ao longo da seção. Como isso não é válido para a maioria dos casos práticos analisar o perfil da velocidade e determinar a velocidade média ao longo da seção. s AQ Q v A t ⋅ = ⇒ = ⋅ Fonte: livro-texto 4.1 Vazão Volumétrica (Q) Perfil de velocidade variando ao longo da seção de área A: Define-se a velocidade média (vm) como sendo a velocidade uniforme que produziria a mesma vazão na seção transversal estudada. A dQ v dA Q v dA= ⋅ ⇒ = ⋅∫ m A Q v dA Q v A= ⋅ ⇒ = ⋅∫ Fonte: livro-texto 4.1 Vazão Volumétrica (Q) Igualando as duas expressões anteriores, tem-se: Ou seja, a velocidade média corresponde ao valor médio da velocidade v ao longo da seção transversal do tubo. m A 1v v dA A = ⋅∫ Fonte: livro-texto 4.2 Vazão em Massa (QM) Razão entre a massa (m) e o tempo de escoamento (t) do fluido: Unidades: kg/s; kg/min; kg/h; utm/s; utm/min; utm/h. utm (unidade Técnica de Massa). As relações entre utm e kg são: 1 utm = 9,80665 kg 1 kg = 1,0197x10-1 utm Massa específica (ρ): M massa mQ tempo t = = M m m Q t ρ ⋅∀ ρ = ⇒ = ρ ⋅∀⇒ = ∀ 4.2.1 Relação entre a Vazão em Massa e a Vazão Volumétrica A equação anterior pode ser escrita como: v a velocidade ao longo da seção; A a área da seção transversal. 4.2 Vazão em Peso (QG) Razão entre a força peso (G) que passa por uma seção reta e o intervalo de tempo de escoamento (t) do fluido: M M MQ Q Q Q v At ρ ⋅∀ = ⇒ = ρ ⋅ ⇒ = ρ ⋅ ⋅ G peso GQ tempo t = = • N/s, N/min, N/h • kgf/s, kgf/min, kgf/h • dina/s, dina/min, dina/h 4.3.1 Relação entre a Vazão em Peso e a Vazão Mássica Relação entre vazão em peso e vazão volumétrica é dada por: Vazão volumétrica, em massa e em peso e as relações entre elas. G GQ Q g Q Q= ρ ⋅ ⋅ ⇒ = γ ⋅ Vazão Expressão Unidade no SI Volumétrica (Q) m³/s Em massa (Qm) kg/s Em peso (QG) N/s volumeQ tempo t ∀ = = AvQ ⋅= M massa mQ tempo t = = MQ Q= ρ ⋅ G peso GQ tempo t = = gQQ MG ⋅= QQG ⋅γ=Fonte: livro-texto 4.4 Medição da Vazão (Método Volumétrico e Rotâmetro) Vazão grandeza que se relaciona com a velocidade média do fluido, o que influencia o regime de escoamento e as características do movimento do fluido. Método Volumétrico medir o volume de fluido que se acumula em um recipiente por intervalo de tempo. É necessária a utilização de um recipiente graduado e de um cronômetro. Fonte: livro-texto 4.4 Medição da Vazão (Método Volumétrico e Rotâmetro) Rotâmetro Medidores de área variável. Podem ser chamados também de medidores de flutuação. Utilizados para medição da vazão tanto de líquidos quanto de gases. Tubo transparente cônico, vertical, com um flutuador que se desloca livremente com a passagem do fluido. Esse flutuador move-se até uma posição de equilíbrio, em que a força de arrasto e o peso do flutuador se anulam. Fonte: livro-texto Interatividade Próximo ao fundo de um tanque com água foi instalada uma torneira de diâmetro interno 15 mm. O nível da água está 3,25 m acima do nível da torneira. Determine a vazão volumétrica da torneira quando estiver totalmente aberta. Dados: ρ = 1000 kg/m³ e g = 10 m/s². a) 1,42x10-3 m3/s b) 1,52x10-3 m3/s c) 1,62x10-3 m3/s d) 1,72x10-3 m3/s e) 1,82x10-3 m3/s Fonte: livro-texto Resposta Próximo ao fundo de um tanque com água foi instalada uma torneira de diâmetro interno 15 mm. O nível da água está 3,25 m acima do nível da torneira. Determine a vazão volumétrica da torneira quando estiver totalmente aberta. Dados: ρ = 1000 kg/m³ e g = 10 m/s². a) 1,42x10-3 m3/s b) 1,52x10-3 m3/s c) 1,62x10-3 m3/s d) 1,72x10-3 m3/s e) 1,82x10-3 m3/s Fonte: livro-texto Movimento da água considerado retilíneo e uniformemente variado: Substituindo os valores: Solução da Interatividade Solução: Dados: D = 15 mm H = 3,25 m ρ = 1000 kg/m³ g = 10 m/s² Q = ? 2 2 0 0 2 v = v + 2gH tan : 0 v = 2gH v = 2gH = ⇒ No ins te inicial V m²= 2 10 m/s² 3,25 m 2 10 3,25 s² m²v = 65 8,06 m/s s² ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = A vazão volumétrica da torneira: Área de uma circunferência: Assim: Solução da Interatividade Q v A= ⋅ 2 23 3 2 M 3 15 10 15 10Q 8,06 / 8,06 2 2 ³ Q 1,42 10 − − − × × = ⋅ π ⋅ = ⋅ π ⋅ = × m mm s m s m s 2DA 2 = π ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 1 Movimento de um Fluido 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível 1.2 Fluido Incompressível e Fluido Compressível 1.3 Movimento Permanente (Estacionário) 1.4 Movimento Variado (Não Estacionário) Exemplo de Aplicação Exemplo de Aplicação Interatividade Resposta Solução da Interatividade 2 Regimes de Escoamento 2.1 Experimento de Reynolds 2.2 Escoamento Laminar 2.3 Escoamento Turbulento 2.3 Escoamento Turbulento 2.3 Escoamento Turbulento 2.4 Tensão de Cisalhamento 2.4 Tensão de Cisalhamento 2.4 Tensão de Cisalhamento 2.4 Tensão de Cisalhamento 2.4 Tensão de Cisalhamento 2.4 Tensão de Cisalhamento Exemplo de Aplicação Exemplo de Aplicação Interatividade Resposta Solução da Interatividade Solução da Interatividade 3 Número de Reynolds e Descrição de Escoamento 3.1 Número de Reynolds 3.2 Trajetória e Linha de Corrente 3.2 Trajetória e Linha de Corrente 3.3 Tubo de Corrente 3.3 Tubo de Corrente 3.4 Tipos de Escoamento 3.4 Tipos de Escoamento 3.4 Tipos de Escoamento 3.4 Tipos de Escoamento Exemplo de Aplicação Interatividade Resposta Solução da Interatividade 4 Vazões 4.1 Vazão Volumétrica (Q) 4.1 Vazão Volumétrica (Q) 4.1 Vazão Volumétrica (Q) 4.2 Vazão em Massa (QM) 4.2.1 Relação entre a Vazão em Massa �e a Vazão Volumétrica 4.3.1 Relação entre a Vazão em Peso �e a Vazão Mássica 4.4 Medição da Vazão �(Método Volumétrico e Rotâmetro) 4.4 Medição da Vazão �(Método Volumétrico e Rotâmetro) Interatividade Resposta Solução da Interatividade Solução da Interatividade Slide Number 61
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