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INSTRUMENTAL TÉCNICO OPERATIVO

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MEMORIAL DESCRITIVO E ANALÍTICO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO 
OPERATIVO UTILIZADO NO CAMPO DE ESTÁGIO 
ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL - CRAS 
ESTÁGIO III 
 
Daniele Teixeira Costa 
Prof. Orientador: Neide Mary Camacho Solon 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso/Habilitação (5163SES) – Estágio III 
23/05/2023 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A supervisão do campo de estágio ocorreu sob orientação da assistente social 
Jussara Edi Pulga Mendo na cidade de Xanxerê-SC, sendo de suma importância para 
minha formação profissional. Neste sentido, o ambiente de formação e aprendizagem 
partiu do curso de Serviço Social ofertado pela UNIASSELVI - Centro Universitário 
Leonardo da Vinci, onde pude aprender os primeiros passos através da teoria e no 
campo de estágio em contato com a instrumentalidade técnica – operativo do 
profissional, focando na realidade social das pessoas, garantindo direitos, 
informações e orientação aos usuários do CRAS Nossa Senhora de Lourdes, uma 
unidade pública municipal. 
O Centro de Referência de Assistência Social - CRAS é uma unidade estatal 
pública responsável pela realização da proteção social básica correspondendo a 
áreas de vulnerabilidade social, organizando a rede socioassistencial dos municípios, 
e neste caso, de Xanxerê-SC. Fica localizado prioritariamente em áreas de maior 
vulnerabilidade social, onde são oferecidos os serviços de Assistência Social, com o 
objetivo de fortalecer a convivência com a família e com a comunidade. 
A profissional de serviço social é responsável por realizar um atendimento 
sociofamiliar, de forma a intervir em questões sociais na promoção ao exercício da 
cidadania, da ética, dos direitos humanos, da democracia e da construção mais justa 
e pacífica fortalecendo a convivência com a família e com a comunidade. Assim, para 
Battini (2004), a instrumentalidade é a propriedade de determinado modo de ser que 
uma profissão constrói dentro das relações sociais, no confronto entre as condições 
objetivas do exercício profissional cotidiano e na defesa de direitos auxiliando na 
superação e no impacto quem necessita de políticas públicas. 
 
 
2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS 
UTILIZADOS NO CAMPO DE ESTÁGIO 
 
Este trabalho tem por finalidade apresentar e analisar as atividades 
desenvolvidas no campo de estágio III, onde em todas as etapas fui bem recebida e 
orientada pelas profissionais do Serviço Social. É destacável que o acolhimento e 
atendimento ao usuário é o ponto de partida para que se possa alcançar resultados 
em situações de vulnerabilidade social, respeitando a realidade das expressões das 
questões sociais. O que muito chama a atenção é que a maioria dos usuários não têm 
ou tem baixa escolaridade, o que dificulta suas relações pessoais e também 
profissionais, são de baixa renda e alguns se encontram desempregados. 
Durante o processo de estágio, em todas as etapas foram utilizados 
instrumentos que facilitam a prática do profissional do Serviço Social tais como, 
reunião, observação, relatório, visita domiciliar, entrevista, encaminhamento e 
acolhimento, sendo um trabalho qualificado e necessário à população, utilizando a 
competência técnica operativa para intervenção na realidade dos usuários. Os 
instrumentais técnico-operativos são como “um conjunto articulado de instrumentos e 
técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional”. (MARTINELLI, 
KOUMROUYAN, 1994, p.137). 
Também é ofertado atividades em grupos, através de reuniões, numa roda de 
conversa, com orientações sobre cadastro único para recebimento de bolsa família, 
cadastros para acompanhamento familiar de brasileiros e estrangeiros que residem 
na cidade de Xanxerê-SC, entre outros. Também após avaliação, os grupos em 
situação de vulnerabilidade social recebem uma cesta básica temporária para garantia 
dos direitos essenciais. 
Durante o período do estágio curricular tive oportunidade de aprender, 
conhecer melhor a realidade dos usuários, participei de entregas de cesta básica de 
alimentos, participei de visitas domiciliares, tendo de suma importância a orientação 
aos usuários e a certeza de uma aprendizagem muito significativa entre a exploração 
da teoria em sala de aula e a concretização no campo de estágio, sendo essencial na 
minha formação acadêmica. 
O que faz refletir é que, muitas vezes pensamos que as dificuldades da vida 
das pessoas, somente existem em grandes centros, mas pude ver de perto tais 
dificuldades, assim, o estágio supervisionado permitiu uma postura crítica e reflexiva, 
proporcionando um momento único para a formação profissional. Com ele foi possível 
observar uma realidade concreta e contraditória, ou seja, o estágio contribuiu de forma 
muito positiva onde pude situar a relação entre a teoria e prática, e ainda percebi o 
quão importante é o tratamento humanizado para as pessoas que procuram 
atendimento, tendo em vista que é uma política pública de direito de todo cidadão. 
No período da realização dos estágios, como já mencionado, foi constatado 
que o profissional do Serviço Social realiza suas atividades com auxílio de diversos 
instrumentos, desde o acolhimento, observação, reunião, relatório, ficha cadastral e 
entrevista ao usuário, encaminhamentos e visita domiciliar. Estas ações profissionais 
são baseadas em conhecimentos e competências que auxiliam o profissional na 
realização de um trabalho embasado tanto teórico quanto metodologicamente inserido 
na divisão social, sendo que em algumas situações são necessárias ações junto a 
equipe multiprofissional (assistente social, psicólogo, advogado), focando em 
objetivos para cada ação do profissional. 
Na unidade do CRAS Nossa Senhora de Lourdes, a assistente social utiliza 
atendimento individual e principalmente escutar e avaliar o que o usuário realmente 
necessita, sendo a escuta um fator primordial. 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Finalizando esta etapa, vale mencionar que o trabalho do assistente social é 
essencial e visa a melhorar a qualidade de vida da população. O estágio proporcionou 
reflexões inexplicáveis, pois estar presente no dia a dia das pessoas, e vivenciar o 
trabalho do assistente social a qual envolve resultados de satisfação, é muito 
gratificante, pois engloba o bem-estar humano e coletivo. Embora, um ponto 
observado para reflexão é certa resistência atrelada ao processo histórico de 
sociabilidade e de formação social dos usuários em mudar de vida, sendo que muitos 
não querem mudar de situação, sabendo que os atendimentos em relação à 
vulnerabilidade social são somente por um período, não sendo vitalício, ocorrendo 
novamente aos atendimentos e acabam por incidir numa certa dificuldade em ouvir 
algumas orientações. 
É necessário trabalhar a favor de ações preventivas de atenção básica que 
atendam as demandas da comunidade, favorecendo o acesso aos serviços, 
melhorando a qualidade e a atuação do serviço social. É preciso superar essas 
práticas assistencialistas e paternalistas, no sentido de propor práticas com o 
proposito para a mudança de vida, ancoradas na análise da totalidade da realidade, e 
que recupere o potencial político do trabalho que faz mudar de vida. Neste sentido, o 
compromisso da categoria profissional é uma luta intransigente dos direitos da classe 
trabalhadora. 
Portanto, encarar o dia a dia dessa profissão sem sombra de dúvida será muito 
satisfatória, o prazer de poder auxiliar o próximo e ter a oportunidade do processo que 
envolve dedicação, paciência e também amor pelo trabalho, estabelecendo vínculos 
de respeito e solidariedade, identificando as necessidades sociais e a promoção da 
dignidade, e orientá-lo, e quem sabe ver a mudança de vida é de um valor inestimável. 
Uma pessoa mais consciente de seus direitos e dos seus deveres e mais cidadã, 
contribui para a construção de uma sociedade mais humana, justae solidária, 
vencendo o círculo da fome e da marginalização que tem destruído vidas. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BATTINI, Odária. A questão da Instrumentalidade. Texto de apoio para discussão 
na disciplina de Metodologia de Serviço Social, 2001. Mimeo. Disponível em 
http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/Vjornada/JORNADA_EIXO_2011/IMP
ASSES_E_DESAFIOS_DAS_POLITICAS_DA_SEGURIDADE_SOCIAL/O_SERVIC
O_SOCIAL_NO_CENTRO_DE_REFERENCIA_DE_ASSISTENCIA_SOCIAL_CRAS. 
Acesso em 25 mai. 2023. 
 
MARTINELLI, Maria Lúcia, KOUMROUYAN, Elza. Um novo olhar para a questão 
dos instrumentais técnico-operativos em Serviço Social. Revista Serviço Social 
& Sociedade. N.º 54. São Paulo: Cortez, 1994. Disponível em 
https://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentais-tecnico-operativos-na-pratica-
profissional-do-servico-social/36921. Acesso em 24 mai. 2023.

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