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Direito Ambiental Unidade 3 Seção 2

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Unidade 3
Seção 2
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Direito Ambiental
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Webaula 2
Política Nacional de Recursos Hídricos
Estudaremos nesta webaula a Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº
9.433, de 8 de janeiro de 1997, seus fundamentos, objetivos e diretrizes, bem como os
instrumentos necessários ao alcance de sua eficácia e outros assuntos regulados pela norma.
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Política Nacional de
Recursos Hídricos – Lei nº
9.433/97
Fundamenta-se na premissa de que a
água é um bem público, recurso natural
limitado e dotado de valor econômico.
Constitui-se, ainda, seu valor basilar o
uso prioritário dos recursos hídricos ao
consumo humano e à dessedentação de
animais, em situações de escassez.
Sobre a forma de gestão, a Política Nacional de
Recursos Hídricos estabeleceu, também, que
esta deve sempre proporcionar o uso múltiplo
das águas, ser descentralizada e contar com a
participação do Poder Público, dos usuários e
das comunidades, e considerar a bacia
hidrográfica como a unidade territorial para a
implementação das diretrizes e atuação do
Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos (BRASIL, 1997, art. 1º).
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Objetivos
A Política Nacional de Recursos Hídricos
visa assegurar a disponibilidade de água,
em padrões de qualidade adequados aos
respectivos usos, para às necessidades
atuais e futuras; a utilização racional e
integrada dos recursos hídricos, sem
excluir o desenvolvimento sustentável,
considerando-se o transporte aquaviário e
a prevenção e a defesa contra eventos
hidrológicos críticos (BRASIL, 1997, art.
1º).
A Política Nacional de Recursos Hídricos,
por meio da Lei nº 9.443/97, estabeleceu,
outrossim, suas diretrizes de ação,
prevendo a articulação da União com os
Estados para o gerenciamento dos
recursos hídricos que envolvem interesse
comum (BRASIL, 1997, art. 4º).
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Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos
Clique aqui para saber mais.
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Quanto a seus instrumentos, a Política
Nacional de Recursos Hídricos listou
(BRASIL, 1997, art. 5º): 
 
• Os Planos de Recursos Hídricos. 
• O enquadramento dos corpos de água
em classes.
• A outorga, que atribuirá o direito de uso
de recursos hídricos. 
• A cobrança pelo uso. 
• O Sistema de Informações sobre
Recursos Hídricos.
Saiba Mais
Havia a previsão, ainda como instrumento, da
compensação pelo uso aos municípios. Entretanto,
esta foi vetada.
Os Planos de Recursos
Hídricos
São planos diretores, de longo prazo,
que, conforme determina a norma,
devem ser elaborados por bacia
hidrográfica, por Estado e para o País, a
fim de nortear a implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e
o gerenciamento dos recursos hídricos
(BRASIL, 1997, art. 6º-8º).
Seu conteúdo envolve a análise da situação do
recurso hídrico (diagnóstico), do uso, com
balanço entre disponibilidade e demandas
futuras, envolvendo, também, verificação de
crescimento populacional e atividades
econômicas.
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Os planos devem prever, ainda, metas de racionalização e melhoria do recurso hídrico, bem
como ações e programas a serem desenvolvidos para o atendimento das metas previstas.
Ainda, quanto ao uso do recurso hídrico, os planos devem prever hipóteses de prioridades,
critérios para a cobrança e criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção
dos recursos hídricos (BRASIL, 1997, art. 7º).
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O enquadramento dos corpos de
água em classes
Outro instrumento da Política Nacional de
Recursos Hídricos possui o objetivo de
compatibilizar a qualidade do recurso hídrico
ao uso, combater a poluição mediante ações
preventivas permanentes (BRASIL, 1997, art.
9º). O enquadramento consistirá em “fixar o
nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou
mantido em um seguimento de corpo de água
ao longo do tempo” (MILARÉ, 2013, p. 492).
Vale ressaltar que o Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA), através
das Resoluções nº 357/05 e nº 396/08
classifica as águas superficiais e
subterrâneas, através de patrões de
qualidade, segundo o uso
preponderante a que lhe são atribuídas
(MILARÉ, 2013).
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O regime de outorga
O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos,
por sua vez, é um instrumento que visa assegurar o acesso à
água, com controle quantitativo e qualitativo dos usos
(BRASIL, 1997, art. 11). Não significa alienação pelo Poder
Público do recurso hídrico: as águas são inalienáveis e a
outorga implica apenas no direito de uso (BRASIL, 1997, art.
18).
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A lei trouxe, ainda, hipótese de dispensa de
outorga pelo Poder Público, para uso do
recurso hídricos, quando para a satisfação
das necessidades de pequenos núcleos
populacionais, em áreas rurais; para as
derivações, captações e lançamentos
considerados insignificantes, bem como
para as acumulações de volumes de água,
também insignificantes (BRASIL, 1997, art.
12 ).
É importante destacar que o Poder
Público, ao outorgar o direito de uso de
determinado recurso hídrico, deverá
respeitar o uso estabelecido no respectivo
Plano de Recursos Hídricos, bem como a
classe em que o corpo de água estiver
enquadrado, sempre respeitando seu uso
múltiplo (BRASIL, 1997, art. 13).
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Quanto à competência para conceder a
outorga pelos entes federativos, esta se regerá
pela observância do domínio do recurso
hídrico, cabendo delegação aos Estados e ao
Distrito Federal pelo Poder Executivo Federal,
para conceder outorga de direito de uso de
recurso hídrico de domínio da União (BRASIL,
1997, art. 14).
Por fim, estabelece a lei que a concessão
da outorga deverá obedecer ao prazo
não excedente a trinta e cinco anos,
renovável (BRASIL, 1997, art. 16);
podendo, no entanto, haver sua
suspensão parcial ou totalmente, em
definitivo, ou por prazo determinado.
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A cobrança pelo uso e o Sistema de Informações sobre Recursos
Hídricos
Outro instrumento da Política Nacional de
Recursos Hídricos é a cobrança pelo uso
do recurso hídrico. Serão objeto de
cobrança os usos sujeitos a outorga,
conforme definido no art. 12 da Lei nº
9.433/97, citados acima e, os valores
arrecadados devem ser aplicados
prioritariamente na bacia hidrográfica
(BRASIL, 1997, art. 22).
Por fim, prevê a Lei, o Sistema de
Informações sobre Recursos Hídricos para
gerenciamento das informações sobre os
recursos hídricos e fatores intervenientes
em sua gestão, pautado em uma
coordenação unificada e na
descentralização da obtenção e produção
de dados e informações, garantindo
acesso a toda sociedade (BRASIL, 1997,
arts. 25 e 26).
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A Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos.
Trata-se de mais um importante dispositivo legal referente ao estudo do Direito Ambiental,
que possui como um dos objetivos “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária
disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos” (BRASIL,
1997, art. 2º, I).
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